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por
Cristo
Histórias de cristãos que
sacrificaram suas próprias
vidas em defesa da fé
Primeira Edição
www.LMSdobrasil.com.br
São Paulo – SP
LMS
2012
Incendiados Por Cristo
Histórias dos Mártires Anabatistas
Recontadas a partir do livro Martyrs Mirror
Dave e Neta Jackson
Impresso no Brasil
Esta edição de Incendiados por Cristo
foi publicada em 2012 pela
iv
Índice
Lista de Ilustrações. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . iv
Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
Prefácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Martyrs Mirror: Histórias para nossos dias. . . . . . . . . . 9
1. Entre gelo e fogo
Dirk Willems – 1569. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
2. A dama e o pirralho
Jacques Dosie – 1550 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
3. Mamãe, quero que saiba
Maeyken Wens – 1573. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
4. A confissão do Tanoeiro
Hans Blietel – 1545. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
5. Amor mais forte que a morte
Maria Van Beckum – 1544. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
6. O fogo que deu errado
Jan Hendricks – 1558. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
7. Jamais os trairei
Elizabeth Dirks – 1549. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
8. Quanto menos você souber, melhor
Adriaan Cornelisz – 1552. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
9. Juntos suportaremos
Hans Van Overdam – 1550. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111
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10. Óleo é bom para salada
Weynken Claes – 1527. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121
11. A caneta de amora
Joris Wippe – 1558. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129
12. A herança do órfão
Jerome Serges e Lijsken Dircks – 1551 e 1552. . . . . . . . 145
13. Frei Cornélio e o fabricante de velas
Jacob de Roore – 1569. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161
14. Um longo dia de maio
Michael Sattler – 1527. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 173
15. A conversão do garotão rico
Jan Block – 1572. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 183
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Introdução
Este é um livro sobre pessoas que agiram movidas pela
fé; que através do seu testemunho moveram montanhas e
mudaram a história da humanidade. Foram heróis da fé,
que, assim como Abraão, se tornaram grandes por amarem
a Deus acima de tudo, inclusive as crenças religiosas valo-
rizadas pelos homens.
Em seu livro Fear and Trembling (Temor e Tremor), o
filósofo existencialista, Soren Kierkegaard, escreve que Abraão
era “grande com um tipo de poder cuja força é a impotência,
com uma sabedoria cujo segredo é a tolice, com a esperança
que por fora é insanidade, com o amor que é ódio de si mesmo.”
Os seguidores de Jesus descritos neste livro eram cheios desse
tipo de fé bíblica, que é impulsiva e arriscada. Como resultado,
eles lutavam contra as tradições, doutrinas e expectativas da
sociedade cristã em que viviam e, não é de surpreender, que
fossem perseguidos ao fio da espada pelas autoridades e forças
do mundo daquela época.
Ignorando as súplicas dos amigos, da família, dos padres
e dos magistrados, estas testemunhas da fé desafiavam as
crenças da religiosidade convencional, que identificava a igreja
cristã com a autoridade civil. O que inicia o processo de ade-
rência do crente ao corpo de Cristo é o batismo pela fé, não a
indução de bebês a uma nação cristã, argumentavam. A Santa
Ceia é o alimento espiritual em volta de uma mesa comum
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Incendiados por Cristo
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Introdução
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Incendiados por Cristo
dada aos santos” (Judas v. 3). O fogo que consumiu seus corpos
não foi capaz de destruir a fé que sustentava suas vidas. A
voz destes mártires nos convida a viver o mesmo tipo de fé
inabalável, deixando que nossa luz brilhe, para que fiquemos
“Incendiados por Cristo.” Que assim seja.
Gerald J. Mast
Bluffton University
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Prefácio
Devemos a ideia e o convite para escrever este livro ao
editor de longa data, apoiador criativo e diretor da Herald
Press, Paul M. Schrock.
Ficamos muito animados desde o começo, mas também
meio apreensivos. Pensávamos que poderia ser muito depri-
mente adentrar a vida e as terríveis mortes destes mártires
cristãos durante os muitos meses de pesquisa para escrever o
livro. Mas por uma questão de respeito e pelo dever de conhe-
cer nossa história, lemos o livro Martyrs Mirror várias vezes
e, além disso, mergulhamos nos relatos de outros mártires
cristãos. Foi uma experiência incrível, mais ou menos como
visitar o Monumento dos Veteranos do Vietnã na cidade de
Washington D.C. (Estados Unidos).
Contudo, a oportunidade criativa superou nossa hesitação
inicial e aceitamos o projeto. A experiência recompensadora
que tivemos evaporou todo o medo da depressão.
Esperamos conseguir passar ao menos um pouco deste
mistério para você. A metamorfose aconteceu enquanto
estudávamos os mártires como pessoas, não como um dado
estatístico ou um obituário. Buscamos pistas em relatos antigos
que nos dissessem como eles eram de verdade: Eles tinham
família? O que eles pensavam? O que sentiam? Eram ricos
ou pobres? Do que eles gostavam? A quem amavam? Por que
e como suportaram coisas tão terríveis? Assim, através de
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Incendiados por Cristo
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Prefácio
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Martyrs Mirror:
Histórias para nossos dias
É um livro denso, 1.157 páginas. Geralmente está nas
prateleiras das principais bibliotecas menonitas. A maioria
das pessoas que nasceram num lar menonita já ouviu falar de
Dirk Willems… Michael Sattler… Elizabeth Dirks, mártires
do século XVI, cujas histórias estão nas páginas do livro. Ele
foi traduzido para o inglês em 1886, a partir da edição origi-
nal holandesa de 1660. Em torno de mil cópias desta edição
inglesa são vendidas por ano.
O livro Martyrs Mirror é muito conhecido, mas não é
realmente lido. Em cada página do livro, vemos pessoas
sendo torturadas com pregos, tendo seus membros estirados
por aparelhos de tortura, sendo açoitadas, queimadas vivas,
afogadas, decapitadas e enterradas com vida por causa de sua
fé. O livro não é uma leitura leve. Mas que relevância essas
histórias têm para nós, pessoas do século XXI, que usufruímos
da liberdade religiosa?