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AGENTE FIDUCIÁRIO NA EMISSÃO DE LETRA DE RISCO DE SEGURO

Resolução conjunta entre CMN e CNSP disciplina a atuação do agente fiduciário na


emissão de letra de risco de seguro por SSPE

O Conselho Monetário Nacional (CMN), em conjunto com o Conselho Nacional de


Previdência Complementar (CNPC), publicou a Resolução Conjunta nº 9/24, que
disciplina a atuação, os requisitos, as atribuições e as responsabilidades do agente
fiduciário na emissão de Letra de Risco de Seguro (LRS) por meio de Sociedade
Seguradora de Propósito Específico (SSPE).

O normativo foi aprovado após ter sido amplamente discutido com diversas instituições
estatais e representantes do setor privado e tem como objetivo regulamentar o artigo 9º
da Lei nº 14.430/20221, que determina que tais regras de atuação dos agentes
fiduciários de LRS devem ser fixadas pelo CNSP e pelo CMN, em ato conjunto.

A norma concedeu à SSPE a opção de nomear agente fiduciário para representar os


investidores titulares da LRS. No entanto, caso opte por fazer essa nomeação, a SSPE
deverá observar a regra estabelecida no normativo, que determina que apenas
instituições financeiras e outras instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central
do Brasil (BCB) e que tenham a administração ou a custódia de bens de terceiros em seu
objeto social podem ser nomeadas como agente fiduciário.

A norma ainda traz algumas vedações relacionadas ao agente fiduciário, conforme


abaixo:

 É proibido que partes relacionadas à SSPE exerçam a atividade de agente


fiduciário;
 É proibida a nomeação de um agente fiduciário que seja credor, por qualquer
motivo, da SSPE ou de uma sociedade por ela controlada; e
 É proibida a nomeação de um agente fiduciário que esteja em situação de conflito
de interesses de qualquer outra.

Além disso, o normativo também estabelece que a decretação de liquidação extrajudicial


ou de falência da SSPE acarreta a aplicação, no que couber, das regras utilizadas para as
sociedades seguradoras, nos termos da regulamentação específica. Neste contexto, o
agente fiduciário fica isento de administrar a operação de securitização, mantendo suas
atribuições e responsabilidades atribuídas na LRS.

A Resolução Conjunta entra em vigor em 1º de março de 2024.

A prática de Bancário, Seguros e Financeiro pode fornecer mais informações sobre as


implicações da Resolução Conjunta nº 9/24.

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“Art. 9º Ato conjunto do CNSP e do Conselho Monetário Nacional (CMN) disciplinará a atuação, os requisitos,
as atribuições e as responsabilidades do agente fiduciário nas operações de que trata esta Lei.”

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