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A Educação de Jovens e

Adultos como campo de


pesquisas e de epistemologias.
Abreu, A. C. S., & Laffin, M. H. L. F.
Categorias do seminário
Resumo - Arielle Castro

Facilitadora da discussão - Design Gráfico - Adriany


Erika Beatriz Souza

Dicionário - Gabriele Samos


Articuladora - Drielle

Leitura adicional - Gabriele


Samos
resumo
O artigo de Anderson Abreu e Maria Laffin aborda de forma enfática a
importância da educação de jovens e adultos para pesquisas e como é um
atraso essa modalidade ainda não ser considerada importante o suficiente na
epistemologia para ser considerada uma área de conhecimento e pesquisa. Os
autores abordam no início do artigo a defesa de que a educação de jovens e
adultos deveria servir como uma área de conhecimento baseada na hierarquia
definida pela CAPES do que seria área de conhecimento e usando diversos
autores para respaldar suas afirmações e explica de forma breve que a história
de como surgiu a EJA é um dos fatores que colaboram para que essa
modalidade não seja considerada uma área de conhecimento.
Os autores dão continuidade mostrando que por se tratar de uma prática social
as vezes é inviabilizada como uma área para pesquisas, o que segundo a
perspectiva dos autores e dos teóricos como Edward Thorndike, Eduard
Lindeman. Malcolm Knowles e outros não é correto porque a educação de jovens
e adultos é uma modalidade que apesar de começar como uma forma de prática
social, atualmente a EJA trás dados muito importantes que servem como base
para pesquisas, e categorias, pois segundo os autores a EJA é uma área que inclui
a classe trabalhadora que não escolarizada/não alfabetizada gerando uma área
plausível de pesquisa.
Para finalizar o artigo os autores falam sobre a
Educação de Jovens e Adultos como Campo
epistemológico, e destacam alguns
apontamentos sobre a base epistemológica
da EJA que trazem algumas pesquisas que
levaram a uma nova visão do que era essa
modalidade e como ela encaixava em diversos
aspectos como base para pesquisas e até
demonstram em tabelas a síntese das bases
epistemológicas da EJA, tornando essa
perspectiva mais visual para a compreensão
do que vem sendo abordado durante todo o
artigo, a Educação de Jovens e Adultos deve
ser considerada uma área de conhecimento e
de pesquisa.
Na conclusão os autores destacam
teses que tem elementos da base
epistemológica da EJA como Educação
popular, Educação Escolar, Educação ao
Longo da Vida, Pedagogia das
Competências e Andragogia que voltam
a comprovar o valor da Educação de
Jovens e Adultos para pesquisas,
concluindo o artigo demonstrando que
apesar da Epistemologia de base da EJA
ser usada em pesquisas de outras áreas
que tem o titulo de Campo
Epistemológico e Área de
Conhecimento o mesmo não acontece
com a Educação de Jovens e Adultos.
Todas as outras modalidades da Educação Básica
1 são, para além disso, também áreas de
conhecimento embasadas por epistemologias
próprias?

facilitadora 2
Contendo a EJA embasamento teórico
epistemológico para constituir-se como área de
e

da discussão
conhecimento, comprovado pelos estudos levantados
ao longo do texto, o que falta de interesse à CAPES
para categorizá-la como tal?

Sendo a EJA considerada como área de


3 conhecimento, qual o núcleo interno essencial a
constituí-la como tal?
Como a CAPES tem garantido acompanhar a sistematização
4 contemplando a evolução do pensamento do objeto da EJA?

5 Quais fenômenos compreendem a complexidade da essência da EJA?

Considerando a relevância da eja na construção da formação de


6 professores, como constituir caminhos possíveis do reconhecimento
desta como área do conhecimento?
Articuladora
Primeira articulação
O texto contribuiu para entendermos a trajetória da EJA na área de conhecimento
e seu compromisso com a formação humana, com isso, defender a EJA. Teve como
propósito compreender a relação entre a diversidade e analisar diferentes
situações cotidianas que refletem a intolerância e o desrespeito, e a importância de
um trabalho em conjunto entre professores, família, sociedade e órgãos
competentes. Considerando a importância do papel do docente na consolidação
da educação de adultos como campo pedagógico específico, que lutam para ter
seus direitos reconhecidos.
Segunda articulação
No vídeo Histórias de um Brasil Alfabetizado (MEC), a professora Elineide da
Cruz aborda a questão sobre reinserir na sociedade mulheres que estão em
cárcere privado, mas indaga o fato de que muitas que estão lá nem ao menos
foram inseridas. Assim como, os estudantes da EJA possuem características
distintas, o que retrata a desigualdade socioeconômica no Brasil e ocorre a
necessidade do professor se desgarrar do modo tradicional de ensino,
oferecendo atividades embasadas em aprendizagens e valorização dos
saberes com uma concepção mais humanista.
Terceira articulação
Minha avó é uma mulher branca que nasceu na cidade de Itapororoca, no interior da
Paraíba, atualmente mora em uma comunidade da Baixada Fluminense, tem 60 anos, é
analfabeta e veio para o Rio de Janeiro com os cinco filhos e o marido em busca de uma
vida mais digna. Sempre fala que não teve acesso à educação, que foi obrigada a casar e
hoje não tem cabeça para aprender a ler e escrever. Conta que é muito triste por isso, o
sonho dela era ser professora. Assim como a avó do meu marido que tem 85 anos, nascida
e criada no interior do Rio Grande do Norte, alfabetizada durante a infância, mas foi
obrigada a largar os estudos com 10 anos para cuidar dos irmãos enquanto os pais
trabalhavam fora. Consequentemente, foi obrigada a casar muito cedo e ter filhos com
intervalos curtos, abandonada pelo marido que a deixou com cinco crianças, sozinha. Seu
sonho era ser advogada. Comprovando a fala dos autores sobre a Educação escolar, e
consequentemente a EJA, não sendo prioridade para a camada popular da classe
trabalhadora e a influência da invisibilidade da EJA como área de conhecimento nessa
compreensão.
Designer gráfico

Em uma década, o Brasil perde um terço das escolas para adultos com aula de ensino
fundamental. Disponível em: <https://g1.globo.com/educacao/noticia/2019/04/06/em-uma-
decada-brasil-perde-um-terco-das-escolas-com-aula-do-ensino-fundamental-para-
adultos.ghtml>. Acesso em: 26 de novembro de 2022.
”A invisibilidade da EJA como área de conhecimento é
um elemento que transparece visivelmente na sua
oferta à população brasileira como possibilidade de
escolarização. Portanto, a pouca oferta desta
modalidade ao ser tomada como programas de governo
e não a políticas de estado, e dessa forma, estado,
associa-se, também, à invisibilidade epistemológica que
esta sofre nas comunidades científicas.” (P.8, Abreu, A.
C. S., & Laffin, M. H. L. F.)
A partir desse parágrafo no texto em
análise deste trabalho, fiz a seleção do
infográfico montado através de dados
fornecidos pelo INEP, elaborado em
fevereiro de 2019. Fica confirmada,
infelizmente, a tese dos autores, que
apontam que a pouca oferta se relaciona
diretamente com a invisibilidade
epistemológica. Todo o levantamento e
organização de dados produzidos por Ana
Carolina Moreno ao G1, fundamentando sua
pesquisa em dados de instituições como o
INEP, IBGE e Censo Escolar são de grande
importância para a confirmação das
teorias levantadas por Abreu e Laffin.
Dicionário Dialética Kosikiana

Epistemologias

Estrutura Fenomênica
Dialética Kosikiana (Página 6)
Segundo Kosik não existe conhecimento fora da realidade ou acima dela. Pois a
realidade compreende a totalidade em sua aparência e essência. (Não se distingue
representação e conceito da mesma coisa/o homem não se constitui como sujeito
abstrato, mas sim atuante na natureza).

Epistemologias (Página 10)


O reconhecimento da Eja está ligado a uma forma de categorizar a EJA como um
campo de estudo científico, tendo em vista que a Epistemologia ocupa um lugar
sistêmico, categórico e científico.

Estrutura Fenomênica (Página 9)


Estudar apenas o fenômeno na EJA acaba afastando o estudo da essência da EJA,
pois desviaria o nível de compreensão na totalidade da EJA.
ABREU, Anderson Carlos Santos de, Bases epistemológicas no campo da pesquisa

1
Leitura adicional em educação de jovens e adultos, Programa de Pós- Graduação em Educação,
Centro de Ciências da Educação, Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis/SC, Junho, 2018. O texto trata sobre as bases epistemológicas
existentes no campo da pesquisa em Educação de Jovens e Adultos no Brasil.

SANTOS, Lucicleide Guedes dos, TORRES, Andresso. SANTOS, Ana Luiza Tenório dos,
Um estudo epistêmico sobre a EJA: itinerário de pesquisa, VII Semana internacional de
Pedagogia, Universidade Federal de Alagoas, Centro de Educação, Maceió, Alagoas,
2 2020. O texto é uma pesquisa em conjunto da semana internacional de pedagógica, a
pesquisa e trabalhada no PIBIC-2020-2021, tem como objetivo compreender as
lógicas histórico-contextuais da produção do conhecimento sobre a EIA.

ROCHA, Claudia Smuk da, O estado do conhecimento sobre o ensino de História na


EJA: Um estudo a partir dos anais dos simpósios da associação nacional de História
(ANPUH-BRASIL) 1961-2015, Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Chapecó,

3 Programa de Pós- Graduação em Educação, Curso de mestrado em Educação,


Chapecó/ SC, 2016. O texto trata sobre o Ensino de História e a Educação de Jovens e
Adultos, buscando investigar como o ensino de História se estabelece na EJA,
tratando-se de em sua base um estudo bibliográfico de caráter exploratório.

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