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All content following this page was uploaded by Tiago Amaral TMA on 02 December 2014.
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Unidade Curricular
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Por:
Tiago Manuel Ferreira do Amaral
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Professores Coordenadores:
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Lisboa
Junho 2014
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ÍNDICE DE ABREVIATURAS E SIGLAS
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Índice de Tabelas
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INDICE
Pág.
ÍNDICE DE ABREVIATURAS E SIGLAS ……………………………………... 1
0. INTRODUÇÃO ……………………………………………………………….. 4
3. CONCLUSÃO ………………………………………………………………… 14
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0. INTRODUÇÃO
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dos cuidados uma vez que, pela natureza da sua profissão, que pressupõe o contacto
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24h/24h com o doente, sabe quais as suas necessidades e cuidados indispensáveis por
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A presente escala pretende ser uma ferramenta que viabilize dotações seguras,
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1. ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE E QUALIDADE
DOS CUIDADOS
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adequação dos cuidados de saúde às necessidades e expectativas do cidadão e o melhor
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desempenho possível.
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Ribeiro, Carvalho, Ferreira & Ferreira (2008) ratificam este conceito referindo
que a qualidade nos cuidados de saúde justifica-se por várias razões, entre as quais:
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Ordem social - existe cada vez maior exigência e expectativas por parte
dos utentes;
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Tendo em conta estas premissas, é necessário auditarmos com o intuito de controlar
esta mesma qualidade. Apesar do Instituto de Qualidade na Saúde (IQS) e do Quadro
comunitário de apoio no Programa Operacional da saúde se terem constituído como
referências fundamentais para o desenvolvimento da qualidade em saúde, Campos,
Saturno & Carneiro (2010) destacam que é importante reconhecer que, em Portugal,
existe pouca avaliação da qualidade dos cuidados e da sua variabilidade.
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Não é possível obter uma excelência no cuidar se não se apoiar ambientes
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favoráveis à prática. Estes ambientes têm o poder de atrair e reter os Enfermeiros. Têm
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um efeito benéfico que se reflecte desde a satisfação deste profissional aos resultados
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dos doentes passando pela inovação. Tais resultados estão devidamente documentados
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Baunmann et al (2001) citado pelo ICN (2007) menciona que quando há falta de
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1.3. Dotações seguras salvam vidas
Vários estudos ao longo das últimas décadas evidenciam que dotações seguras
estão intimamente ligadas a inferiores taxas de mortalidade e morbilidade, quando
comparadas com dotações abaixo do nível preconizado. Tal facto está patente no estudo
de Person et al (2004) citado pelo ICN (2007) no qual verificaram que os doentes com
enfarte agudo do miocárdio (EAM) tinham menor probabilidade de morrer caso
estivessem internados em hospitais com níveis mais elevados de Enfermeiros. Outro
estudo, este de maior dimensão, retrospetivo e conduzido no Canadá, da autoria de
Tourangeau, Giovanetti, Tu & Wood (2002) também citado pelo ICN (2007), verificou
uma menor taxa de mortalidade aos 30 dias em doentes diagnosticados com EAM,
AVC, pneumonia e septicémia quando estava associada uma combinação de três
fatores: a) aptidões dos Enfermeiros; b) maior proporção de Enfermeiros; c) mais anos
de experiência.
Uma das primeiras definições de dotações relaciona-as com o número e tipo de
pessoal necessário para a prestação de cuidados. Contudo, ao longo do tempo, diversos
autores perceberam que as dotações vão muito para além dos números. Variáveis como
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carga laboral, ambiente de trabalho, eficiência e efetividade em termos de custos,
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complexidade dos doentes, nível de aptidões dos Enfermeiros e combinação das
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de enfermagem, pelo que não são uma solução completa para a determinação das
dotações seguras (ICN, 2006).
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este enorme hiato, permitindo assim, caminhar no sentido da correta medição da carga
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reduzir os custos para o sistema de saúde, os Enfermeiros estão envolvidos em
atividades inovadoras (ICN, 2009).
A salientar que a QeS é produto de uma equipa multiprofissional da qual o
Enfermeiro faz parte e cujo trabalho não pode, jamais, ser negligenciado ou tornado
invisível, sob o risco desse objectivo não ser almejado (OE, 2001).
Todavia existem entraves que se colocam, nomeadamente, o fraco
reconhecimento, publicitação ou partilha entre a enfermagem e o público em geral
(ICN, 2009). Cabe ao Enfermeiro fazer marketing do que faz. E é isso que Buresh &
Gordon (2004) referem na sua obra “Do Silêncio à Voz”. Sensibilizam este profissional
para a necessidade urgente de mostrar aos pares e à comunidade o seu trabalho; ajudam-
no a demonstrar as suas convicções.
Cain & Mittman (2002), citados pelo ICN (2009), referem que este processo de
sensibilização e adopção da inovação pelos pares segue ume “curva em S”: primeiro
com alguns, depois mais alguns e seguida de uma rápida e franca adesão à medida que
experienciam os benefícios. É que “a inovação tem de permear uma organização, ser
pertença de todos…” (Rosabeth Moss, 1997).
serviços que lidera e utilizando o marketing com eficácia e eficiência. Ao nível do eixo
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2. JONES DEPENDENCY TOOL
se baseia na crença de que, durante o seu tempo de vida, o indivíduo está envolvido em
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promoção da saúde.
No período 1986-2001, e fruto da colaboração directa com o pessoal do Hospital
Oldchurch em Essex, o modelo e a escala da dependência foram sendo modificados e,
em vez de sete componentes, passámos só a ter seis: a) comunicação, b)
airway/breathing/circulation, c) mobilidade, d) cuidado pessoal, f)
comer/beber/eliminição e g) segurança ambiental/saúde e bem-estar social.
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São estes seis componentes (com declarações relevantes para orientar o usuário),
que permitem avaliar à chegada e, subsequentemente durante a estadia no departamento
de urgência e emergência, o nível de dependência em que o doente se encontra. Estes
níveis de dependência variam da seguinte forma: a) baixa dependência = 0; b)
dependência média = 1; c) alta dependência = 2; d) dependência total = 3 (Jones, 2014).
Este nível de dependência está intrinsecamente relacionado com a carga de trabalho de
enfermagem pelo que, o seu cálculo contribui para a obtenção de dotações seguras, que
são a base de uma política de gestão de qualidade.
Como foi referido anteriormente, existem declarações específicas em cada um
destes seis componentes que, por uma questão de organização do presente trabalho,
achamos pertinente serem enunciados somente no ponto seguinte.
Nas conclusões a que chegaram Crouch & Williams (2006) no seu trabalho de
validação da JDT está mencionado que a mesma pode ser aplicada e usada noutros
países, com sistemas de saúde semelhantes ao inglês, salientando a necessidade de
fidelização e validação do instrumento como critério obrigatório. A
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Em 2008, na sequência de um trabalho de pós-graduação em Urgência e
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trabalhar no Reino Unido, bem como um tradutor oficial referenciado pela embaixada
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da Inglaterra.
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em Portugal mas cuja “língua mãe” é o inglês, não sendo profissional de saúde.
Desta cooperação saiu um resultado que foi apresentado a um comité de três
peritos na área de Urgência e Emergência. Após as indicações destes constituiu-se uma
nova tradução.
A tabela seguinte ilustra o resultado final do trabalho realizado nesta primeira
parte do estudo (Sousa, Peixoto e Santos, 2013).
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Na segunda parte do estudo procederam ao pré-teste tendo a colaboração de
quatro Enfermeiros que aplicaram o instrumento a quatro doentes internados no serviço
de urgência (SU) – sala de observação, num dos hospitais onde decorreu o estudo.
Entre Maio e Junho, recolheram-se os dados após a aplicação da escala por
vários Enfermeiros dos diferentes hospitais. De seguida, e recorrendo a testes
estatísticos, comparou-se a versão portuguesa e a versão inglesa. Fidelidade analisada,
partiu-se para a validade do instrumento.
As conclusões a que chegaram “demonstraram níveis satisfatórios de fidelidade,
de validade (…) permitindo (…) sugerir a sua utilização, como um instrumento
confiável e válido para avaliação do grau de dependência dos utentes que recorrem ao
SU” (Sousa, Peixoto e Santos, 2013).
2013, por forma a comparar a evolução da dependência do cidadão que recorrer ao SU.
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Concluíram, entre outros, que “a variação de grau de dependência de entrada
quando comparada com o de saída não apresenta diferença estatística significativa” e
que “a componente alteração da mobilidade vai levar a maior tempo de permanência
no SU, o que implica um aumento do tempo de cuidados a pessoas com maior grau de
dependência” (Beja & Filipe, 2013).
Estes resultados estão em consonância com os já publicados por Crouch &
Williams (2006) e O’Brien & Benger (2007) em que é salientada a importância do
desenvolvimento de outros estudos que possam associar o grau de dependência dos
doentes ao número de horas de cuidados de enfermagem necessários nos SU.
Aquando da deslocação de Gary Jones a Lisboa, a convite da Secção Regional
Sul da OE, por altura do “1º Encontro Internacional de Urgência e Emergência:
Vivências Emergentes” em Janeiro de 2014, o mesmo deslocou-se ao SU do HSJ onde
pôde testemunhar “in loco” a aplicação da escala da sua autoria, na prática de
enfermagem. Ficou simultaneamente, surpreso e orgulhoso, pois validou a
internacionalização da mesma, comprovando o que Crouch & Williams (2006),
anteviram: a JDT pode ser aplicada e usada noutros países com sistemas de saúde
semelhantes ao inglês.
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3. CONCLUSÃO
A JDT de Jones (2014) apresenta-se como uma ferramenta de gestão dos cuidados
de enfermagem, destacando as competências de gestão do Enfermeiro, que assegura a
vanguarda da inovação dos cuidados.
Ao ser traduzida, adaptada e validada para a realidade portuguesa, na sequência de
um trabalho académico por Enfermeiros portugueses, no ano de 2008, constituiu-se a
alavanca para a sua implementação, em definitivo, no SU polivalente do Hospital São
José (HSJ), Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC), no ano de 2013.
Objetivamente, o excelente trabalho produzido até ao momento ainda não teve
repercussões nos ratios. Esse será o próximo passo. No entanto, apesar da sua mais-
valia, e tendo em conta o estudo de Nelas (2013) na área da pediatria, chega-se à
conclusão que é necessária a utilização de mais do que um método de cálculo no
dimensionamento de equipas de enfermagem.
Cabe ao Enfermeiro continuar a ser agente dinamizador de instrumentos que,
complementando-se, permitem dotações seguras e melhores outcomes para o doente,
salvaguardando a QeS.
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
3. Campos, L.; Saturno, P. & Carneiro, A.V. (2010). Plano Nacional de Saúde
2011-2016: A qualidade dos cuidados e dos serviços. Acedido Junho 8, 2014
em http://www.observaport.org/sites/observaport.org/files/Q2.pdf
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5. Crouch, R. & Williams, S. (2006). Patient dependency in the Emergency
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department (ED): Reliability and validity of the Jones Dependency Tool (JDT).
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Nurses.
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Economia, Universidade de Coimbra. Acedido Junho 15, 2014 em
https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/23205/1/Jos%C3%A9%20Carlos_
Nelas_disserta%C3%A7%C3%A3o%20_%5BMGES%5D-%5B2013%5D.pdf
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14. Ribeiro, O.; Carvalho, F.; Ferreira, L. & Ferreira, P. (2008). Qualidade dos
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Cuidados de Saúde. Website do Insituto Politécnico de Viseu. Acedido em
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16. Sousa, B.; Santos, A.R. & Peixoto, C. (2013). Tradução, Adaptação e Validação
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