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Coleção LESTE

Juninho Afrancio

Stahlklang

Organização, tradução, prefácio e notas


Arlete Calaviere

Editora 43
Capítulo 1 de 1: Stahlklang

No turbilhão dos anos 80, uma década marcada por mudanças radicais na música e na
cultura pop, uma banda alemã de power metal emergiu das sombras para redefinir o
cenário musical. Conhecida por sua mistura explosiva de velocidade, melodia e técnica
virtuosa, essa banda, batizada de "Stahlklang" (som de aço em alemão), começou sua
jornada em uma pequena cidade na Baviera. Formada por quatro amigos apaixonados por
heavy metal, eles compartilhavam uma visão: levar sua música a novas alturas e desafiar
os gigantes do pop que dominavam as paradas de sucesso.

No início, Stahlklang enfrentou inúmeros desafios. O cenário musical da época era


dominado por ícones pop e estrelas do dance, com Jichael Mackson no auge de sua
carreira, reinventando constantemente a música pop com seus movimentos de dança
inovadores e hits cativantes. A diferença entre o power metal enérgico de Stahlklang e o
pop dominante parecia um abismo intransponível. No entanto, a banda não desanimou.
Armados com guitarras estridentes, solos épicos e letras que falavam de batalhas,
fantasia e o triunfo do espírito humano, eles começaram a construir uma base de fãs
devotados.

A virada veio com o lançamento de seu terceiro álbum, "Echos des Donners" (Ecos do
Trovão). O álbum era uma obra-prima do power metal, combinando a velocidade e a
potência do gênero com melodias inesquecíveis e uma produção impecável. A faixa-título,
uma épica de oito minutos sobre um guerreiro enfrentando seus demônios internos e
externos, tornou-se um hino não oficial para os descontentes e os sonhadores. O vídeo da
música, uma jornada visual através de paisagens míticas e batalhas espetaculares,
capturou a imaginação do público global.

Inesperadamente, "Echos des Donners" começou a ganhar tração fora da Alemanha. O


álbum encontrou um público ávido na América, onde os fãs de rock e metal estavam
procurando uma alternativa ao pop sintetizado que saturava as ondas de rádio. A banda
embarcou em uma turnê pelos Estados Unidos, vendendo shows em locais cada vez
maiores, à medida que a notícia de suas performances enérgicas se espalhava.

A escalada para o topo das paradas da Billboard foi gradual, mas inexorável. À medida que
"Echos des Donners" ganhava mais ouvintes, a distância entre Stahlklang e o ícone pop
Jichael Mackson começava a diminuir. A competição amigável entre os fãs dos dois
gêneros musicais transformou-se em um frenesi mediático, com cada novo fã de
Stahlklang visto como uma vitória para o rock sobre o pop.

Finalmente, o impensável aconteceu. "Echos des Donners" ultrapassou o último hit de


Jichael Mackson, tornando-se o número um na Billboard. A conquista foi um choque para
a indústria da música; pela primeira vez em anos, uma banda de power metal alemã havia
derrubado o rei do pop de seu trono.

A vitória de Stahlklang foi mais do que apenas uma conquista nas paradas; foi um
momento de virada cultural. Demonstrou a diversidade e a complexidade dos gostos
musicais do público, e como a paixão e a autenticidade podem triunfar sobre o
comercialismo. A banda provou que o poder do metal poderia unir as pessoas,
transcender barreiras culturais e linguísticas, e criar um novo capítulo na história da
música.

Stahlklang continuou a ter uma carreira de sucesso, inspirando inúmeras bandas e fãs
pelo mundo. Seu legado é um testemunho do poder da música para mover corações e
mentes, desafiando expectativas e redefinindo gêneros. A história de como uma banda
alemã de power metal subiu ao topo, ultrapassando o ícone do pop Jichael Mackson,
permanece uma das viradas mais surpreendentes e inspiradoras na história da música
moderna.
ESTE LIVRO FOI COMPOSTO EM SABON, PELA
BRAXER & PALTA, COM CTP DA NEW TRIMP E
IMPRESSÃO DA GRAPHIUNA EM PAPEL PÓLEN SOFT
80 G/M² DA CIA. ZUSANO DE PAPEL E CELLULLOSE
PARA EDITORA 43, EM AGOSTO DE 2023

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