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Sumário

1. Os principais resultados do censo 2022 no Brasil.......................................3

2. Estado do Rio de Janeiro.............................................................................4

3. Campos dos Goytacazes..............................................................................4

4. Fundo de Participação dos Municípios (FPM)............................................4

5. Redutor Financeiro......................................................................................5

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Censo 2022 – Brasil e Regiões Selecionadas

1. Os principais resultados do censo 2022 no Brasil

Tamanho da população: A população brasileira era de 203.062.512 pessoas em


2022, um crescimento de 6,5% em relação a 2010. Este número ficou abaixo das
projeções feitas em 2021 e da prévia do Censo 2022.
Crescimento médio anual da população: O ritmo anual de crescimento da
população entre 2010 e 2022 foi de 0,52%, a menor taxa em 150 anos.
Região que mais cresce: O Centro-Oeste é a região brasileira com maior
crescimento médio anual de sua população entre 2010 e 2022, com um ritmo de 1,23%.
Ao lado do Norte (0,75%) e do Sul (0,74%), são as três regiões com expansão acima da
média nacional. Nordeste (0,24%) e Sudeste (0,45%) tiveram crescimento inferior.
Região mais populosa: A região Sudeste é a mais populosa do país, com 84,8
milhões de habitantes, representando 41,8% da população do país.
Número de domicílios: O número de domicílios particulares passou de 67,5
milhões em 2010 para 90,7 milhões em 2022, um aumento de 34%.
Número médio de pessoas no domicílio: A média de pessoas vivendo por
domicílio no Brasil diminuiu de 3,31 em 2010 para 2,79 em 2022.
Concentrações urbanas: A maioria da população brasileira - 124,1 milhões de
pessoas ou 61,1% do total – vive nas grandes concentrações urbanas, com mais de 100
mil habitantes. Quase metade (44,8%) dos municípios tinham até dez mil habitantes,
embora respondessem por apenas 6,3% da população, ou 12,8 milhões de habitantes.
Quem mais ganhou e quem mais perdeu população: A cidade de Canaã dos
Carajás, no Pará, foi a que registrou o maior ritmo de crescimento de sua população
entre 2010 e 2022. O número quase triplicou, de 26.716 em 2010 para 77.079 em 2022.
Por outro lado, a cidade de Catarina, no Ceará, teve a maior redução de sua população
entre os Censos de 2010 e 2022. Sua população, que era de 18.705 em 2010, caiu quase
pela metade em 12 anos, para 10.243.

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Maior e menor cidade do Brasil: São Paulo foi confirmada mais uma vez
como a cidade mais populosa do Brasil, com 11,45 milhões de habitantes em 2022. A
menor cidade é Borá, em São Paulo, que viu sua população diminuir de 838 habitantes
em 2010 para 802 em 2022.

2. Estado do Rio de Janeiro

População: A população do estado do Rio de Janeiro em 2022 era de


17.264.943, um crescimento de 1,5% em relação a 2010.
Idade média: A idade média da população do Rio de Janeiro em 2022 era de
32,6 anos.
A menor cidade do Brasil em termos de população é Serra da Saudade, no estado
de Minas Gerais, com 781 habitantes, seguida por Borá, no estado de São Paulo, com
837 habitantes, e Arroio do Padre, no estado do Rio Grande do Sul, com 855 habitantes.
No estado do Rio de Janeiro, a cidade com menos habitantes é Aperibé, com 7.704
habitantes.

3. Campos dos Goytacazes

A população da cidade de Campos dos Goytacazes (RJ) chegou a 483.551


pessoas no Censo de 2022, o que representa um aumento de 4,2% em comparação com
o Censo de 2010. No ranking de população dos municípios, Campos dos Goytacazes
está na 5ª colocação no estado, na 19ª colocação na região Sudeste e na 42ª colocação
no Brasil. A densidade demográfica é de 119,91 habitantes por km² e há uma média de
2,74 moradores por residência.

4. Fundo de Participação dos Municípios (FPM)

O cálculo do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) sofreu uma alteração com a
sanção da Lei Complementar nº 198/2023 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Esta lei foi criada para manter os coeficientes do FPM de municípios que tiveram uma

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redução populacional, conforme verificado em censo demográfico. A nova lei altera
duas normas anteriores e aplica um redutor financeiro sobre eventuais ganhos.
A mudança tem como objetivo evitar grandes quedas de arrecadação e estabelece um
período de transição de dez anos para os municípios migrarem para um coeficiente
inferior do FPM. Acredita-se que 601 municípios possam ter um decréscimo de
coeficiente devido a uma diferença de até mil habitantes em relação à mudança de faixa
populacional.
A nova lei é uma tentativa de resolver definitivamente essa questão, já que, atualmente,
168 municípios são protegidos pela Lei Complementar 165/2019, que perderá eficácia
após o Censo 2022.
A legislação estabelece uma regra de transição que visa garantir segurança jurídica e
exequibilidade aos Planos Plurianuais (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e
Leis Orçamentárias Anuais (LOA) já aprovadas e vigentes.
De acordo com o redutor financeiro previsto na lei, haverá uma restrição inicial de 10%
no exercício seguinte à publicação da contagem populacional do censo do IBGE. Essa
restrição aumentará para 20% no segundo exercício, seguindo uma queda gradativa até
90% no nono exercício. A partir de 1º de janeiro do décimo exercício, os municípios
terão seus coeficientes individuais no FPM fixados de acordo com a população aferida
no censo.
O Tribunal de Contas da União (TCU) publicará uma instrução normativa referente ao
cálculo das quotas do FPM, com efeito imediato para a distribuição do Fundo ainda em
2023, em até dez dias.

5. Redutor Financeiro

É uma medida implementada pela Lei Complementar nº 198/2023 para suavizar


o impacto da redução do coeficiente do Fundo de Participação dos Municípios (FPM)
em municípios que sofreram uma redução populacional.
Essencialmente, o redutor financeiro limita a quantidade de redução que um
município pode experimentar em sua alocação de FPM de um ano para o outro. Isso é
feito para evitar uma queda abrupta na arrecadação que poderia prejudicar a capacidade
do município de fornecer serviços públicos.

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A implementação do redutor financeiro é feita da seguinte maneira:

1. No ano seguinte à publicação da contagem populacional do censo do IBGE, haverá


uma restrição inicial de 10% na alocação do FPM do município. Isso significa que, se a
população de um município diminuiu de tal forma que seu coeficiente do FPM deveria
ser reduzido em, digamos, 20%, a nova lei limita essa redução a apenas 10% no
primeiro ano.
2. No segundo ano após a publicação do censo, a restrição aumenta para 20%. Ou seja, a
redução máxima na alocação do FPM que o município pode experimentar é de 20%
3. Esse processo continua ano após ano, com a restrição aumentando gradualmente até
atingir 90% no nono ano.
4. No décimo ano após a publicação do censo, a restrição é removida. Nesse ponto, o
coeficiente do FPM do município será fixado de acordo com a população aferida no
censo mais recente.
Essa medida tem como objetivo proporcionar aos municípios um período de
ajuste, permitindo-lhes adaptar-se gradualmente às mudanças em seus coeficientes de
FPM e evitar perturbações bruscas em seus orçamentos e na prestação de serviços
públicos.

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