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UNIMAR UNIVERSIDADE DE MARÍLIA

REBECA RAMALHO CONTI

2ºTERMO PUBLICIDADE E PROPAGANDA

TRABALHO
SOCIEDADE, ECONOMIA E POLÍTICA BRASILEIRA
PEC 241
PROF. GILBERTO ROSSI

MARÍLIA, 2016
O artigo usado na primeira parte desta análise é: Envelhecimento, saúde e
previdência. Um artigo de Luiz Carlos Bresser-Pereira, que foi postado por ele
no dia 5 de outubro de 2016, em sua página no facebook e repostado no site
www.trincheiras.com.br, por Marcelo Fantaccini Brito, no dia 10 de outubro de
2016. Acessado em 29/11/2016. É um artigo contra a pec 241.
http://www.trincheiras.com.br/2016/10/coletanea-de-textos-contra-a-pec-241/
Ele pergunta qual é a compatibilidade entre o aumento de gasto com a saúde
pública, devido ao envelhecimento da população, e a relação do teto de gastos
de 112 bilhões de reais para os próximos anos. Em seguida, aponta que já
existe um grande déficit na saúde e questiona como será nos próximos anos
com o aumento da demanda de serviço e a receita do SUS congelada. A saúde
não será afetada pelo teto de gatos e pode crescer acima dele, desde que
outros fiquem abaixo, dizer que a receita da saúde ficará congelada é uma
grande mentira. Despesas com a saúde estão protegidas, já que prevê que
aquilo que for autorizado será realmente usado, já que, desde 2011, existem
“restos a pagar”. Em 2015, por exemplo, o ano começou com 15 bilhões em
orçamentos atrasados de anos anteriores, isso devido à insuficiência de caixa
do Tesouro. Ou seja, se realmente funcionar como o programado, teremos
mais dinheiro do que nos anos anteriores, podendo fazer a receita crescer.
Ele também diz que a PEC é irrealista e que os economistas que as fizeram
estão ligados às elites econômicas rentistas e financistas. Aponta que eles
estão acostumados a fazerem castelos no ar e diz, com certa ironia, que por
outro lado, os políticos, que precisam do voto popular, deixaram convencer-se
que “o Estado brasileiro está quebrado”. Todo economista é financista, afinal
mexe com dinheiro, com economias, seja de um país, de um banco, de uma
grande loja ou apenas use seu conhecimento em sua casa. E os políticos que
precisam de voto estão mais do que certos, afinal quem reelege alguém que
não deu conta da primeira vez, que viu a situação do país, quebrado, e preferiu
não tomar nenhuma medida cabível e que prejudique em menor grau a
população, apenas para ter seu voto no futuro, um futuro em que o país estará
em uma situação pior ainda.
Para ele, Estado endividado com sua própria moeda não quebra e que o déficit
de 170 bilhões é um sinal de uma crise fiscal, por causa da brutal recessão e
das desonerações irresponsáveis de impostos de 2014. Apenas um grave
desequilíbrio fiscal, que não é “estrutural”, a não ser pelo lado da Previdência.
Então, segundo ele, não há justificativa para a PEC 241. Ela não interessa ao
povo, só aos ricos que não querem pagar impostos. O importante é uma
reforma na Previdência, a PEC 241 não. Como não quebra? Se o vizinho pede
dinheiro para construir algo na casa dele, você resolve pegar dinheiro do seu
trabalho. Você tem, mas não dá do seu dinheiro e ainda pega um pouco para o
seu cofre também. Isso acontece por algum tempo, mas chega o dia que o seu
patrão descobre, demite você por justa causa, coloca você na justiça e o obriga
a devolver tudo que pegou; você vai preso. Você e sua família estão no fundo
do poço. Afinal, a moeda que você deu era o Real, mas não era sua. Assim é
no nosso país que foi roubado até as tampas; teve dinheiro mandado pra fora,
tanto para as contas dos políticos quanto para países comunistas e socialistas
com os quais a nossa antiga presidente simpatizava. Nosso país precisando
investir dinheiro em algumas coisas e países comunistas e socialistas levando
dinheiro que é nosso, do nosso país, não de nossa antiga presidente e seus
políticos que roubaram e gastaram até quando não podiam mais, fazendo um
rombo nos cofres públicos. Pagar impostos, ninguém quer; ainda mais os
nossos que são exorbitantes, não só os ricos. Fazer reforma da Previdência,
aumenta os impostos para os “ricos” pagarem, esquecendo-se que todos
pagam, inclusive os pobres. A PEC 241 é pra isso, para não precisar aumentar
os impostos, pois se continuar do jeito que está, não haverá dinheiro para
pagar a aposentadoria. Com a PEC 241, saúde e educação não são afetadas
pelo teto de gastos e podem crescer acima dele, afinal o da saúde é um piso,
desde que outros fiquem abaixo, gerando dinheiro para os cofres do Estado e,
assim, poder pagar as dívidas e futuramente ter dinheiro apara pagar a
aposentadoria.

O segundo artigo é de Mansueto Almeida, secretário de Acompanhamento


Econômico, publicado na edição do Valor Econômico em 14/10/2016, teve sua
última modificação em 01/11/2016 ás 15h38. “Esclarecimentos sobre a PEC
241”. Acessado em 28/11/16 ás 13:34. É um artigo pró PEC 241.
http://www.fazenda.gov.br/sala-de-imprensa/artigos/2016/artigo-
esclarecimentos-sobre-a-pec-241
Segundo Mansueto, a PEC 241 propõe que, nos próximos 10 anos, o
crescimento da despesa primária seja corrigido pela inflação dos anos
anteriores, o que é um crescimento real, próximo de zero. Então, cada um dos
próximos presidentes poderá estabelecer uma nova regra para o crescimento
real das despesas do governo. O que importa é que, até 2026, o governo tenha
uma economia capaz de reduzir substancialmente a dívida pública e a taxa de
juros de longo prazo. A economia não ficará parada, pelo contrário, tem a
chance de crescer e sem prejudicar o povo, especialmente os mais pobres,
com juros em cima de juros e o fato de que cada presidente pode mudar a
regra é excelente, pois pode ser mudada, conforme o andar da situação
econômica e política do país.
De acordo com ele, o ajuste fiscal proposto pela PEC 241 é o mais gradual
possível, diferente de outros países, por exemplo, Grécia e Portugal que foram
muito mais agressivos em seus recentes ajustes. O que é bom, pois a
população de nosso país não irá sofrer, mesmo que ela não acredite nisso.
Para Mansueto, as despesas com educação estão protegidas e poderão
crescer acima da inflação nos próximos anos, desde que outras despesas
cresçam abaixo da inflação. A despesa do setor público com educação é por
volta de 6% do PIB, R$ 370 bilhões. Desse total, a parcela do governo federal é
de R$ 85 bilhões, este ano, apenas 23% (de 100%) da despesa pública total
com educação. Já que a PEC 241 estabelece regras apenas para as despesas
primárias do governo, 77% da verba pública, destinada à educação continua
com as mesma regras e, na parcela federal de 85 bilhões, não há teto para
crescimento, mas sim um piso de 18% da receita de impostos líquida de
transferências, em 2017, que passará a ser corrigida pela inflação do ano
anterior, a partir de 2018. Podendo crescer acima da inflação, decisão que
ocorrerá no debate anual de orçamento. O que é bom para a educação, pois
mantém a maior fatia do bolo da mesma forma e os 18% do governo federal
podem crescer conforme a inflação anterior, ou seja, o dinheiro investido em
educação poderá vir a subir nos próximos anos.
Segundo ele, a PEC 241 aumentou os recursos para a saúde. De acordo com
a Emenda Constitucional 86/2015, o governo deve gastar 13,2% da sua receita
corrente líquida (R$ 93,2 bilhões) em saúde este ano e 13,7% (R$ 103,9
bilhões) no próximo. Isso cresceria aos poucos para 15% em 2020. Porém,
PEC 241 antecipa essa vinculação maior já para 2017 e o piso da saúde
passará a ser R$ 113,7 bilhões, quase R$ 10 bilhões a mais do que seria pela
legislação atual. Em 2018, esse piso já poderá ser corrigido pela inflação do
ano interior, mas em cima de uma base que cresceu cerca de R$ 10 bilhões. A
saúde também é um piso e nada impede que ela cresça acima da inflação,
desde que outros estejam controlados. Bom, convenhamos que crescer em
uma inflação numa base de 10 milhões é muito melhor do que crescer em uma
perto do zero. Será um bom avanço para a saúde.
De acordo com Mansueto, de 2000 a 2015 o mínimo constitucional de saúde
crescia de acordo com o crescimento do PIB nominal, porém, era baseado no
“valor empenhado”, que não garantia que o valor aprovado seria usado. A
prática de atrasar orçamentos vem sendo usada desde 2011, gerando “restos a
pagar”. E de 2011 a 2014 cerca de 8 milhões do piso mínimo da saúde deixou
de ser usado a cada ano e no ano de 2016, mesmo com a Emenda
Constitucional de 86/2015, começamos o ano com 15 bilhões de orçamentos
atrasados, já com a PEC, a tendência é que isso não ocorra, pois despesa
autorizada no orçamento será muito próxima das autorizações para
pagamentos. E, isso não ocorrendo, não teremos dinheiro sendo desviado. A
saúde no Brasil melhora e o dinheiro “desperdiçado”, que deveria ser pago em
anos seguintes, poderá ter outra utilização em nosso país.
Consideração final:
A PEC 241 resolverá os problemas do país. Obviamente, não todos; afinal, ela
não é uma varinha mágica, mas irá ajudar bastante, já que, com ela, não será
necessário o aumento dos impostos, o que prejudicaria a classe pobre do país.
Também no final do processo, os cofres do governo federal estarão cheios,
com dinheiro para pagar as dívidas e seguir funcionando: pagar a Previdência;
a saúde terá melhorado, juntamente com a educação, dando a possibilidade de
crescimento nessas áreas e em outras que não foram muito citadas aqui. O
Brasil voltará aos trilhos.

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