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11/12/2022 17:41 Esclarecimentos sobre o atual cenário econômico — Português (Brasil)


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atual cenário econômico

NOTA À IMPRENSA

Esclarecimentos sobre o atual cenário


econômico

Publicado em 11/12/2022 11h07 Atualizado em 11/12/2022 13h33 Compartilhe:   

D iante da recente série de declarações infundadas sobre o atual cenário econômico, o Ministério da
Economia faz os seguintes esclarecimentos:

• As declarações de que o Estado Brasileiro está “quebrado” não são compatíveis com a realidade. A Dívida
Bruta do Governo Geral deverá terminar o ano representando 74% do Produto Interno Bruto (PIB) e superávit
primário de R$ 23,4 bilhões, o primeiro desde 2013 (Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias
– 5º Bimestre de 2022). Será o primeiro governo que encerra o mandato com endividamento em queda: em
2018, a relação dívida/PIB chegou a 75,3%. Demais países emergentes e desenvolvidos têm projeções de
crescimento de dívida entre 10,6 pontos e 8,5 pontos percentuais, respectivamente, em comparação com as
taxas observadas antes da pandemia. Governos anteriores ampliaram a relação dívida/PIB em quase 20
pontos do PIB sem enfrentar pandemias ou guerras como a vista no Leste europeu, sem que esses recursos
se traduzissem em efetiva melhora na qualidade de vida da população.

• Graças às medidas de suporte aos entes subnacionais durante a pandemia e às ações de política
econômica que resultaram em rápida recuperação da atividade no pós-pandemia, Estados e municípios
registrarão o segundo ano consecutivo de superávit primário em 2022. Ainda na relação com os entes
federados, as transferências por repartição de receita chegaram a 4,8% do PIB em 2022 (aproximadamente
R$ 480 bilhões), maior patamar da série histórica iniciada em 1997. Cabe destacar, também, o resultado das
empresas estatais que caminha para fechar 2022 na casa dos R$ 250 bilhões, depois de resultado de R$ 188
bilhões em 2021, contra prejuízos de mais de R$ 30 bilhões em 2015. A atual administração também marca
outro fato inédito ao entregar o nível de despesa primária em proporção do PIB em patamar inferior ao do
início do governo (18,7% do PIB em 2022 contra 19,5% em 2019).

• Os compromissos totais devidos pelo Brasil a organismos e instituições financeiras internacionais deverão
somar US$ 1,23 bilhão em 2023. É quase 20% menos que o total de US$ 1,52 bilhão devidos no ano de 2016.
A melhora registrada nos últimos anos ocorreu graças a um conjunto de esforços que tem como regra mais
usual priorizar os pagamentos há mais de dois anos em atraso e que ponham o Brasil sob ameaça de perda
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de direitos de participação nos respectivos fóruns de governança. O acompanhamento direto é realizado


pelos ministérios setoriais, agências e entidades vinculadas, que subsidiam o Ministério da Economia com
informações para as decisões pontuais a respeito dos pagamentos e equacionamento desses passivos junto
aos organismos internacionais. Importante considerar que, para 2022, o Governo havia reservado no PLOA o
valor de R$ 2 bilhões para pagamento de compromissos com organismos e instituições financeiras
internacionais, mas o valor foi reduzido pelo Congresso Nacional a R$ 907 milhões, o que impossibilitou
maior redução dos passivos. 

• O pagamento da última parcela do reajuste dos salários dos servidores públicos, decidido em 2016
(Governo Temer), ocorreu em 2019, portanto, há três anos. Desde 2020, o Brasil e o mundo foram
economicamente impactados pela pandemia da Covid-19. Diante da gravidade do cenário, o governo federal
e o Congresso Nacional entenderam que a prioridade seria alocar recursos para o combate à doença em
nível federal, estadual e municipal, a manutenção dos empregos e a concessão de auxílio financeiro aos
mais vulneráveis, o que não permitiu a aprovação de novos reajustes aos servidores públicos até 31/12/2021
(conforme determinado pela Lei Complementar nº 173/2020, artigo 8º). Para 2023, o Projeto de Lei
Orçamentária enviado ao Congresso previu R$ 10,5 bilhões para reajustes dos servidores públicos do Poder
Executivo. Esses R$ 10,5 bilhões corresponderiam, de forma linear, a cerca de 5% de correção salarial. Em
relação ao salário mínimo, o PLOA prevê uma alta nominal de 7,4% no salário mínimo. Com a desaceleração
da inflação, portanto, prevê um ganho real do salário mínimo para 2023.

• Em continuidade à Estratégia de Governo Digital (EGD), foram previstos R$ 142 milhões no Projeto de Lei
Orçamentária Anual (PLOA) 2023 na ação “Gestão do Governo Digital”. É um valor 105% superior ao de 2021 e
53% maior que o previsto para 2022. Até novembro, o governo federal alcançou a marca de 140 milhões de
brasileiros cadastrados no GOV.BR, plataforma de relacionamento do Estado com o cidadão. O número
equivale a 87% da população brasileira acima de 18 anos com acesso, de forma prática, ágil e segura, a mais
de quatro mil serviços públicos digitais. Os serviços disponíveis no GOV.BR correspondem a 86% de tudo o
que pode ser digitalizado pela Administração Pública federal.

• O Brasil foi reconhecido pelo Banco Mundial como o segundo país do mundo com a mais alta maturidade
em governo digital. A avaliação é resultado do GovTech Maturity Index 2022, divulgado em novembro, que
considera o atual estágio da transformação digital no serviço público em 198 economias globais. O Brasil
ocupa o segundo lugar nesse ranking, sendo líder em governo digital no Ocidente.

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