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1. CONCEITOS BÁSICOS DE ECOLOGIA
Data: _____/_____/______
[a]
Número de espécies
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O2 consumido (μl g–1 h–1)
Temperatura (°C)
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1. Analise as afirmações a seguir. Assinale, para cada uma delas, V (verdadeira) ou F (falsa).
Além disso, para as afirmações falsas, explique qual é o erro.
b) ( ) A quantidade de fosfato no solo afeta a sobrevivência dos fungos que podem causar
doenças nas plantas.
3. Em uma região onde cresce o capim dourado (Syngonanthus nitens), vivem gafanhotos
(Rhammatocerus conspersus), cupins (Cornitermes cumulans), pássaros-pretos (Gnorimopsar
chopi), andorinhas-de-coleira (Pygochelidon melanoleuca), morcegos (Artibeus cinereus),
tamanduás-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) e raposinhas (Lycalopex vetulus).
As chuvas nessa região são frequentes entre novembro e março. No outro período, a seca
é intensa. Por ser uma área sem árvores, a insolação e a ventilação são bem elevadas.
A temperatura durante o dia também é bem elevada, mas despenca durante a noite.
b) E quantas populações?
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PARTE 2 – Conceitos básicos
c) o potencial biótico de uma espécie é sempre o mesmo. Populações de uma mesma espécie
que ocupam ambientes diferentes encontram resistências do meio diferentes e, por isso,
apresentam tamanhos populacionais distintos.
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PARTE 3 – Exercícios
7. Peixes-leões das espécies Pterois volitans e P. miles são nativos do Indo-Pacífico. Esses
peixes, no entanto, foram introduzidos no Atlântico Ocidental, na costa dos Estados Unidos
da América. A partir dessa introdução, diversos registros têm sido feitos em localidades
mais ao sul da Flórida, como o Caribe, e, mais recentemente, no litoral sudeste do Brasil.
Com relação a essas espécies de peixes, é correto afirmar que:
a) as populações dessas espécies são reguladas pela ação de predadores na costa dos EUA.
b) são exóticas nos EUA.
c) não representam uma séria ameaça à biodiversidade dos EUA.
d) a invasão se dá em função do estabelecimento de relações benéficas para a biodiversidade
dos EUA.
9. A palmeira-açaí (Euterpe oleracea), oriunda da Floresta Amazônica, está sendo plantada por
produtores em áreas da Mata Atlântica de São Paulo e tem tomado o lugar originalmente
ocupado pelo palmito-juçara (Euterpe edulis), que ocorre espontaneamente nessas
matas litorâneas.
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2. ESPÉCIES INVASORAS
Data: _____/_____/______
2. Faça breves anotações, em seu caderno, sobre cada uma das espécies invasoras
apresentadas.
d) Quais são as características dessa espécie? (Por exemplo: como é a velocidade de sua
reprodução? O ciclo de vida dela é longo ou curto? Do que ela se alimenta?)
3. Leia o trecho a seguir e responda às questões propostas. Você pode, para responder às
questões, consultar seu caderno.
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a) Na América do Sul, o sapo-cururu é exótico.
( ) Verdadeiro ( ) Falso
( ) Verdadeiro ( ) Falso
( ) Verdadeiro ( ) Falso
d) O enunciado “a braquiária tem um ciclo de vida rápido e produz muitas sementes que se
dispersam rapidamente com o vento” exemplificaria qual conceito?
e) Ainda sobre a braquiária, ao afirmar que, no ambiente em que ela ocorre, é frequente o
pisoteio do gado e a ocorrência periódica de incêndios, exemplificamos qual destes
conceitos?
f) Sobre o sapo-cururu, o enunciado “uma fêmea é capaz de liberar até 25.000 ovos a cada
estação chuvosa” exemplificaria qual conceito?
4. Construa, em seu caderno, uma síntese sobre espécies invasoras. Nessa síntese, você deve
explicar o que é esse problema ambiental, quais são suas causas (o motivo pelo qual as
espécies são transportadas e as características biológicas que favorecem sua rápida
expansão) e de que forma essas espécies prejudicam a biodiversidade.
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Braquiária (Brachiaria decumbens)
A braquiária é uma espécie de capim que foi trazida da África para o Brasil na década
de 1960 para servir de pasto para o gado bovino. Posteriormente, foi também empregada em
beiras de estrada e em barrancos íngremes, pois ajuda a evitar que o solo seja levado
pelas chuvas.
Trata-se de um tipo de capim de crescimento rápido, que forma uma cobertura contínua,
mesmo em solos pouco férteis. Essa planta resiste bem ao pisoteio do gado e à ocorrência
periódica de incêndio, comum em ambientes como o cerrado.
A braquiária tem um ciclo de vida rápido e produz muitas sementes, que se dispersam
rapidamente com o vento. Ao longo de seu crescimento, a planta produz substâncias que
inibem o desenvolvimento de outros tipos de capim. Ela viceja mesmo quando o solo apresenta
alta acidez e grandes concentrações de alumínio, condições desfavoráveis para a maioria das
plantas. Suas sementes, dispersas pelo vento, são capazes de ficar adormecidas no solo por
longo período, sendo, inclusive, resistentes ao fogo.
Essa espécie de planta tem baixa tolerância a ambientes sombreados e, por esse motivo,
dificilmente ocorre em áreas de floresta. Ela cresce vigorosamente em áreas de vegetação mais
aberta e hoje está espalhada por todos os estados do país.
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Mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei)
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Sapo-cururu (Rhinella marina)
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Sagui-de-tufo-branco (Callithrix jacchus)
Algumas espécies que podem causar danos ao ambiente fogem ao estereótipo que
imaginamos para um invasor. Esse é o caso do sagui-de-tufo-branco.
Essa espécie existia, originalmente, apenas no Nordeste do Brasil, mas foi trazida como
animal de estimação para o Sul e o Sudeste. Muitos desses animais acabaram soltos na
natureza a ponto de hoje a espécie ser considerada invasora em alguns locais, como a Serra
dos Órgãos, no Rio de Janeiro.
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3. SAPOS QUE DESAPARECEM
Data: _____/_____/______
Em várias partes do mundo, pesquisadores que trabalham com anfíbios (sapos, rãs,
pererecas e salamandras) têm documentado um rápido e silencioso desaparecimento de
espécies. E, para aquelas que ainda existem, registra-se um importante declínio de suas
populações, indicando que a ameaça da extinção é real.
O sapo-dourado (Bufo periglenes) é uma espécie de anfíbio que podia ser encontrada
apenas em algumas florestas nebulosas de topo de montanha na Costa Rica. Somente os
machos da espécie são dourados, e sua cor e seu brilho tão incomuns foram inspiração para
muitas lendas locais. Esses sapos, na maior parte do ano, vivem escondidos embaixo da terra,
e por isso, segundo dizem as lendas, aquele que encontrar essa criatura maravilhosa
encontrará também a felicidade.
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A especialista em anfíbios Marty Crump encontrou dezenas de machos de sapo-dourado
na mata da Reserva da Floresta Úmida de Monteverde, Costa Rica, mas, em seu livro In search
of the golden frog, ela relata uma história nada feliz. Nesse trabalho, a pesquisadora descreve
uma diminuição gradual de avistamentos de machos e fêmeas de sapo-dourado a partir
de 1987, até seu completo desaparecimento em 1989. Esses anfíbios saíam de seus
esconderijos por poucos dias ou semanas no ano, na estação úmida, e se acumulavam em
torno de várias poças nas bases das árvores à procura de uma oportunidade para acasalar.
A floresta nebulosa, a partir de 1976, foi perdendo sua névoa, e um aumento crescente do
número de dias sem neblina gerou um ambiente seco, no qual os ciclos de vida de muitas
espécies não podiam ser completados. O sapo-dourado, por exemplo, perdeu seus locais para
acasalamento e desenvolvimento dos ovos e girinos, o que ao longo do tempo diminuiu o
tamanho da população até a extinção.
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1. Em Ecologia, os componentes não vivos de um ambiente natural são denominados “fatores
abióticos”. No texto “Sapos que desaparecem”, quais fatores abióticos são mencionados
por participarem do ciclo de vida daqueles animais ou por influenciarem esse ciclo de vida?
2. A presença de uma espécie no ambiente natural depende de uma série de condições que
devem ser compatíveis com suas demandas de sobrevivência. Tais condições envolvem
fatores abióticos do local e, também, a interação adequada com outras formas de vida
presentes naquele ambiente. O local de vida ocupado por determinada espécie
é denominado habitat. Já as interações da espécie com seu habitat e as relações ecológicas
estabelecidas com outros seres vivos fazem parte do que chamamos de
“nicho ecológico”.
No texto “Sapos que desaparecem”, você leu os trechos a seguir. Em quais desses trechos
podemos encontrar descrições do habitat e do nicho ecológico dos sapos-dourados?
I. “É natural que alguns indivíduos morram, mas a contínua reprodução gera novos
exemplares que perpetuarão, ou pelo menos continuarão por certo tempo, a ocorrência
da espécie.”
( ) Nem habitat, nem nicho ecológico. ( ) Habitat. ( ) Nicho ecológico.
II. “O sapo-dourado (Bufo periglenes) é uma espécie de anfíbio que podia ser encontrada
apenas em algumas florestas nebulosas de topo de montanha na Costa Rica. Somente os
machos da espécie são dourados, e sua cor e seu brilho tão incomuns foram inspiração
para muitas lendas locais.”
( ) Nem habitat, nem nicho ecológico. ( ) Habitat. ( ) Nicho ecológico.
III. “Esses anfíbios saíam de seus esconderijos por poucos dias ou semanas no ano, na estação
úmida, e se acumulavam em torno de várias poças nas bases das árvores à procura de uma
oportunidade para acasalar.”
( ) Nem habitat, nem nicho ecológico. ( ) Habitat. ( ) Nicho ecológico.
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3. Na Reserva da Floresta Úmida de Monteverde, podemos encontrar muitas espécies de
animais, plantas, fungos, entre outras. Elas interagem umas com as outras e, também, com
as condições ambientais ali existentes, umidade, solo, temperatura etc. De outra forma,
podemos dizer que existe a interação de uma comunidade biológica, ou seja, do conjunto
das populações dos seres vivos, com os fatores abióticos do meio. Esse é o conceito de
ecossistema.
a) Em I, III e IV.
b) Em I e III, apenas.
c) Em II, III e IV.
d) Em II e IV, apenas.
e) Em I e II.
a) nativo.
b) invasor.
c) endêmico.
d) exótico.
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4. MAPA DE CONCEITOS: ESPÉCIES INVASORAS
Data: _____/_____/______
Analise o mapa conceitual abaixo, que busca responder à seguinte pergunta: “O que são
espécies invasoras?”.
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5. ILHA DE SÃO MATEUS
Data: _____/_____/______
Stuart McMillen utiliza sua enorme capacidade de ilustrar histórias para discutir aspectos importantes da sociedade contemporânea.
Em Ilha de São Mateus, o australiano relata a jornada das renas nessa ilha do Alasca. Você encontra outros trabalhos desse autor em seu website:
http://www.stuartmcmillen.com.
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a) As renas foram introduzidas na ilha para solucionar um possível problema dos trabalhadores da guarda costeira dos EUA: a falta de
alimento. A partir da leitura dessa história em quadrinhos, podemos utilizar as renas como um exemplo de espécies invasoras na ilha de
São Mateus? Justifique sua resposta.
“O crescimento populacional das renas entre 1944 e 1957 na ilha foi incrível, mas nada se compara ao período entre 1957 e 1963.
No segundo período, o crescimento foi entre sete e oito vezes maior.”
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6. A INVASÃO DOS TRIOPS
Data: _____/_____/______
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A notícia a seguir foi publicada no jornal Folha de S.Paulo no dia 8 de maio de 1998.
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Os dados a seguir foram obtidos pelos pesquisadores contratados pela empresa
MANUFATURA DE BRINQUEDOS ESTRELA S.A. para avaliar os possíveis impactos ambientais
da introdução da espécie Triops cancriformes no estado de São Paulo.
Essa espécie é chamada popularmente de “fóssil vivo”, pois suas características atuais
praticamente não diferem daquelas dos fósseis atribuídos ao gênero Triops encontrados em
rochas do período Carbonífero, estimado em 300 milhões de anos atrás.
A espécie é encontrada na Europa, no Oriente Médio e na Índia. Devido à destruição de seu
habitat natural, muitas populações foram perdidas recentemente e, por isso, a espécie é
considerada em perigo de extinção no Reino Unido e em diversos outros países europeus.
No Reino Unido, há apenas duas populações conhecidas: em uma lagoa perene na Escócia e
em uma lagoa temporária no Sul da Inglaterra.
Localizamos os principais artigos publicados sobre as populações naturais de Triops
cancriformes e as relações ecológicas que estabelecem com as diversas espécies de seres vivos
dessas lagoas inglesas. Em seguida, identificamos espécies nativas similares que poderiam
estabelecer o mesmo tipo de relação ecológica com o crustáceo.
Comensalismo, sendo
Phyllogorgia perilatata Phyllogorgia dilatata
P. perilatata a comensal
Parasitismo, sendo
Ceriamorphe bretannessis Ceriamorphe brasilliensis
T. cancriformes o hospedeiro
Predação, sendo
Comasterias liepsis Não há
T. cancriformes a presa
Predação, sendo
Roberia robtsionis Não há
T. cancriformes a presa
1. Você é responsável pela resolução desse caso. Você autoriza a venda de triops no Brasil?
Por quê?
2. Quais termos e conceitos você desconhece e precisa pesquisar para embasar sua tomada
de decisão?
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7. INTERAÇÕES NAS ILHAS GALÁPAGOS
Data: _____/_____/______
Ainda nas ilhas Galápagos, alguns pássaros endêmicos do arquipélago, conhecidos como
“tentilhões” – um grupo emblemático para a história do local e da Biologia –, estão sendo
dizimados por uma mosca que foi introduzida na região a partir da metade do século XX.
A mosca Philornis downsi tem tirado o sono dos conservacionistas, porque deposita seus
ovos nos ninhos dos tentilhões. As larvas, então, se alimentam dos tecidos e do sangue,
principalmente das cavidades nasais, dos passarinhos que acabaram de nascer. Muitas
pesquisas já indicam um aumento da mortalidade de tentilhões desde o aparecimento dessa
mosca, tornando-os ameaçados de extinção.
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1. Podemos afirmar que a população de cabras __________ tamanho das populações de plantas
nativas de Galápagos.
a) provoca um aumento do
b) provoca uma redução do
c) não afeta o
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Nos exemplos que conhecemos de Galápagos, as cabras funcionam como predadoras das
diferentes plantas que compõem a vegetação da paisagem dessas ilhas. Nessa interação,
a população de uma das espécies é prejudicada, e a outra é beneficiada. Quando ocorre de um
animal para uma planta, a predação recebe o nome de “herbivoria”.
No caso dos tentilhões, podemos dizer que se estabeleceu uma relação de parasitismo, em
que a larva da mosca é a parasita que se alimenta de seu hospedeiro, os filhotes de tentilhões.
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10. Ao se alimentarem dos carrapatos, os tentilhões __________ a população de atobás.
a) beneficiam
b) prejudicam
c) não afetam
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8. INTERAÇÕES INTRAESPECÍFICAS: FORMIGAS
Data: _____/_____/______
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5. O jornalista Marcelo Oliveira escreveu para a revista Superinteressante um texto sobre a
vida das saúvas. A partir da leitura do trecho a seguir, qual seria a relação ecológica
existente entre as formigas e os besouros?
“Colocando centenas de ovos por dia, a rainha, que pode chegar a 2,5 centímetros de
comprimento, tem a função de produzir um feromônio característico do sauveiro,
um perfume que mantém a família unida. Dentro desse formigueiro, os insetos que se
desenvolverem na sequência de ovo para larva, ninfa e adulto terão assim o mesmo cheiro,
mesmo que não sejam formigas. É o caso de uma espécie de besouro que deposita os ovos
nos salões de lixo dos sauveiros, onde são jogados os ovos que não se desenvolvem,
as folhas secas, os pedaços de fungo e as operárias mortas. As larvas do besouro,
que incorporaram o cheiro do lixo, se alimentam durante o crescimento desses restos ricos
em matéria orgânica, sem serem incomodadas pelas formigas.”
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9. DINÂMICA DE POPULAÇÕES
Data: _____/_____/______
São considerados emigrantes os indivíduos que saem da população para integrar outra
população em um habitat diferente. Já os imigrantes são os indivíduos que ingressam em uma
população, provenientes de outro local. Assim, a população só cresceria se o número de
imigrantes e de nascidos fosse superior ao de emigrantes e mortos em um período de tempo.
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1. Em 1910, cerca de 50 indivíduos de uma espécie de mamíferos foram introduzidos em
determinada região. O gráfico abaixo mostra quantos indivíduos dessa população foram
registrados a cada ano, de 1910 a 1950.
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2. Em um parque nacional, biólogos acompanharam uma população de morcegos.
Considerando o tamanho inicial da população, que era de 750 animais (no início de 2008),
e os dados de cinco anos, registrados na tabela a seguir, indique qual era o tamanho da
população no final do ano de 2012.
ANO
Determinantes
2008 2009 2010 2011 2012
populacionais
Imigração 10 40 70 65 60
Emigração 20 25 85 30 145
3. Uma população de lemingues era formada por 134 indivíduos, e, após um período de dois
meses, nasceram 112 filhotes. O número de imigrantes dessa população foi de
32 indivíduos; já o de emigrantes, de 27. Predadores e parasitas mataram 59 indivíduos.
Ao final desse período, qual era o tamanho da população de lemingues?
a) 48
b) 58
c) 192
d) 182
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10. DENTE-DE-LEÃO
Data: _____/_____/______
Em um passeio até o ponto mais alto da cidade de São Paulo, o Pico do Jaraguá, um grupo
de estudantes de Biologia reparou que era possível encontrar, ao longo de toda a trilha,
indivíduos da espécie Taraxacum officinale, popularmente conhecida como “dente-de-leão”.
Será que a quantidade de indivíduos era a mesma em altitudes tão diferentes? O número
de dentes-de-leão seria o mesmo no alto da montanha, a mais de mil metros de altura, e na
parte mais baixa da trilha?
Para responder a essa questão, o grupo planejou uma investigação. Além de amostrar a
população de T. officinale nos dois locais, os alunos e alunas coletaram informações sobre
fatores abióticos que poderiam afetar a distribuição dessa espécie: luminosidade, umidade
relativa e temperatura do ar, acidez e quantidade de água do solo e velocidade dos ventos.
A coleta de dados aconteceu em cinco datas ao longo do ano. A cada visita ao Pico do
Jaraguá, foram selecionadas aleatoriamente 20 áreas de 1 m2 cada (dez áreas na parte mais
alta e dez áreas na parte mais baixa do pico). Todos esses dados foram organizados em uma
planilha.
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11. COLAPSO EM YELLOWSTONE
Data: _____/_____/______
Colapso em Yellowstone
Doug Smith não se lembra do momento em que percebeu que uma grave crise ecológica
estava em curso no Parque Nacional de Yellowstone. Um dos primeiros sinais que Smith
identificou se apresentou no tranquilo Lago Riddle, em 2014. Ali, flutuando de cabeça para
baixo, estava um jovem cisne morto por uma águia-careca. O cisne era o último de um grupo
inteiro de cinco irmãos comidos pelo poderoso predador, num ato que, de uma só vez, eliminou
todos os cisnes recém-nascidos no parque durante aquele ano.
Embora seja óbvio procurar respostas olhando em direção ao céu, os culpados podem ser
encontrados em outros locais desse ecossistema. Trocar e substituir apenas uma espécie de
peixe por outra desencadeou uma série de eventos que afetaram negativamente ursos e
alces – e acabaram produzindo más notícias para muitas das aves do parque.
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Caos da cadeia alimentar
Junto com cisnes, aves herbívoras, Smith adiciona aves piscívoras, como pelicanos,
corvos-marinhos, mergulhões, gaivotas e andorinhas-do-mar, a uma lista de espécies que estão
sendo pressionadas até o limite da sobrevivência em Yellowstone. Algumas delas podem,
em breve, desaparecer da reserva natural mais famosa dos EUA.
O impacto de um peixe exótico – a truta-de-lago – que dizimou o que era a última grande
fortaleza da truta nativa de Yellowstone desencadeou uma reação em cadeia letal.
É surpreendente a desordem ecológica do Lago Riddle, um dos maiores lagos de água doce
de alta altitude do mundo e elemento central do parque – Riddle é um importante reservatório
da truta selvagem de Yellowstone (Oncorhynchus clarkii). Essa truta se alimenta de pequenos
invertebrados herbívoros do lago. Mesmo com alimento em abundância, após a introdução da
exótica truta-de-lago (Salvelinus namaycush), há 25 anos, a situação dessa espécie nativa ficou
alarmante.
Isso, dizem Koel e Smith, representou a primeira de várias peças de dominó a cair.
O sumiço das trutas selvagens afetou espécies que se alimentavam delas, por exemplo,
os ursos-pardos. Os ursos, famintos, mudaram sua caça de verão para alces, passando a predar
mais jovens alces do que os lobos, então os principais predadores desses herbívoros. As lontras
também foram afetadas, por haver menos trutas selvagens disponíveis para sua alimentação.
Ainda assim, Smith diz que o maior prejuízo envolveu 16 espécies de aves que se
alimentam de peixes. No início dos anos 1990, havia 62 ninhos de águias pescadoras
documentados no Lago Riddle, com 67 filhotes no verão de 1994. Em 2017, havia apenas três
ninhos de águias pescadoras e um filhote recém-nascido produzido.
Águias pescadoras são exclusivamente comedoras de peixe, então foram para outras
regiões do país. Ninhos de águias-carecas, entretanto, também diminuíram em torno do Lago
Yellowstone, mas elas são formidáveis predadoras oportunistas.
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5. Podemos afirmar que a truta selvagem (representada à esquerda) e a truta-de-lago
(representada à direita) ocupam o mesmo habitat? Justifique sua resposta.
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Em busca de uma solução
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12. TEIAS ALIMENTARES
Data: _____/_____/______
Os ouvidos da coruja permitem-lhe Pode alcançar até 2,3 metros de Doninhas são predadores de
ouvir pequenos mamíferos comprimento e 1,5 metro de pequeno porte que se alimentam,
debaixo da neve. As presas, altura nos ombros e pesar até geralmente, de lemingues.
como lemingues, doninhas e 400 kg. Alimenta-se de vegetais,
êiders-edredão, são mortas com como ervas Dryas, gramíneas e
um único golpe. musgos.
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Lemingue Raposa-do-ártico Urso-cinzento
Lemmus lemmus Vulpes lagopus Ursus arctos
É um pequeno roedor herbívoro Elas caçam lemingues, gansos- Costuma caçar em campo
que se alimenta de vegetais, -do-canadá, êiders-edredão e aberto, preferindo terrenos
como gramíneas, ervas Dryas e doninhas. Em épocas de fartura, descampados para capturar
musgos. armazenam as sobras de carne suas presas, que incluem bois-
em suas tocas, alinhando -almiscarados, doninhas e
ordenadamente aves sem cabeça lemingues. Apesar de ter o
ou cadáveres de mamíferos. Essas sistema digestório típico de
reservas são consumidas nos carnívoros, sua dieta também é
meses de inverno. composta por ervas, como a
Dryas.
Sua alimentação é baseada em Sua alimentação é feita à base de Ela se alimenta de lemingues e
gramíneas e musgos. gramíneas. ovos de ganso.
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13. MAPA DE CONCEITOS: FLUXO DE ENERGIA NOS ECOSSISTEMAS
Data: _____/_____/______
Conceitos
( ) biomassa
( ) cadeia alimentar
( ) consumidores
( ) consumidores primários
( ) consumidores secundários
( ) consumidores terciários
( ) fotossíntese
( ) gás carbônico
( ) moléculas orgânicas
( ) nível trófico
( ) organismos autótrofos
( ) organismos heterótrofos
( ) pirâmide de biomassa
( ) pirâmide de energia
1. Qual deveria ser a posição de cada conceito no mapa?
Preencha a lista de conceitos com os números adequados. ( ) produtores
2. Explique por qual motivo a relação representada pela seta vermelha é verdadeira. ( ) respiração celular
3. Explique por qual motivo o fluxo de energia em um ecossistema é unidirecional. ( ) teia alimentar
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14. PEGA-PEGA ECOLÓGICO
Data: _____/_____/______
Jaguatirica
No passado, muitas pessoas caçavam jaguatiricas para utilizar a pele desse animal
como decoração ou vestuário. Isso causou uma redução muito grande da população dessa
espécie e, por isso, essa atividade passou a ser proibida.
Cutia
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Jerivá
Essa palmeira pode chegar a atingir 30 metros de altura, e seu tronco pode apresentar
60 centímetros de diâmetro. Seus frutos alaranjados são alimentos de papagaios e
maritacas que passam o dia em seus cachos. Muitos animais, como os teiús, os quatis e as
cutias, alimentam-se dos frutos que caem dessas árvores.
• Os jerivás devem escolher em que lugar ficarão durante a rodada. Não podem se
movimentar depois do início dela.
• Cada cutia deve correr até encontrar um jerivá. Isso deve ocorrer antes de ser capturada
por uma jaguatirica. Uma possibilidade para se esconder das jaguatiricas antes de capturar
um jerivá é se abaixar.
• Cada jaguatirica deve correr e capturar uma cutia. As cutias só podem ser capturadas se
não estiverem abaixadas ou se ainda não estiverem com um jerivá capturado.
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Ao final de cada rodada, os participantes podem ter novos papéis ecológicos atribuídos,
de acordo com as regras abaixo:
● As jaguatiricas e cutias que não conseguirem capturar seu alimento, na rodada seguinte,
farão parte da turma dos jerivás.
● Os jerivás capturados pelas cutias passarão, na rodada seguinte, a atuar como cutias.
As cutias capturadas pelas jaguatiricas passarão, na rodada seguinte, a atuar como
jaguatiricas.
1. Vamos jogar dez rodadas de pega-pega de acordo com as regras apresentadas. Ao final de
cada rodada, serão contabilizados os números de indivíduos de cada população. Registre
no quadro abaixo os dados obtidos.
Início
10
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2. Vamos jogar mais um pouco. Só que agora não existirão jaguatiricas no jogo: serão apenas
cutias e jerivás. Todas as regras serão mantidas.
Início
10
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3. Ao final de cada rodada, novos papéis poderiam ser atribuídos aos jogadores. Explique o
sentido ecológico de:
4. Represente a cadeia alimentar do jogo. A partir das informações apresentadas, avalie se:
5. Organize os dados coletados em uma planilha. A partir desses dados, produza dois gráficos
(um para cada situação) que ilustrem o tamanho de cada uma das populações ao longo
das rodadas.
7. Liste outros três fatores que poderiam influenciar a dinâmica populacional e que não foram
contemplados pela simulação realizada.
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15. O DESAPARECIMENTO DOS LOBOS-IBÉRICOS
Data: _____/_____/______
O lobo-ibérico (Canis lupus signatus) é uma espécie endêmica de lobo da Península Ibérica.
Apesar do porte robusto, é o menor dos lobos. Os lobos-ibéricos são animais sociáveis e vivem
em alcateias de dois a dez indivíduos, formadas por um casal dominante e seus descendentes.
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1. Analise os mapas abaixo. Sobre a população de lobos-ibéricos, podemos afirmar que, até
o início do século XX:
Figura 1 – Densidade populacional de lobos-ibéricos (Canis lupus signatus) em Portugal entre os anos de 1930
e 2002.
a) o lobo-ibérico ocupava basicamente todo o país de Portugal. No entanto, a partir dos anos
1940 foi observado que a população de lobos-ibéricos estava diminuindo, com uma
redução significativa nos anos 1970. Atualmente, em Portugal, essa espécie se concentra
na região norte do país.
b) o lobo-ibérico ocupava grande parte de Portugal. No entanto, a partir dos anos 1980 foi
observado que a população de lobos-ibéricos estava diminuindo, com uma redução
significativa nos anos 2000. Atualmente, em Portugal, essa espécie se concentra na região
norte do país.
c) o lobo-ibérico ocupava basicamente todo o país de Portugal. No entanto, a partir dos anos
1940 foi observado que a população de lobos-ibéricos estava diminuindo, com uma
redução significativa nos anos 1970. Atualmente, em Portugal, essa espécie se concentra
na região sul do país.
d) o lobo-ibérico ocupava grande parte de Portugal. No entanto, a partir dos anos 1980 foi
observado que a população de lobos-ibéricos estava diminuindo, com uma redução
significativa nos anos 2000. Atualmente, em Portugal, essa espécie se concentra na região
sul do país.
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2. Elabore uma hipótese para explicar por que a população de lobos-ibéricos se reduziu
significativamente ao longo do tempo.
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3. A partir da descrição do texto, foram esquematizadas quatro teias alimentares. Qual teia
melhor representa as relações descritas?
a)
b)
c)
d)
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4. Qual(is) nível(is) trófico(s) o lobo-ibérico ocupa?
c) Consumidor primário.
d) Consumidor secundário.
e) Consumidor terciário.
O principal motivo para a redução populacional dos lobos-ibéricos foi a caça humana.
Visando à proteção de seus rebanhos e inflados por histórias e mitos, a comunidade
agropastoril de Portugal passou a caçar os lobos desenfreadamente. Hoje, a espécie está em
perigo de extinção no país. Ao tomarem conhecimento do caso, um grupo de ecólogas e
ecólogos começou a levantar uma série de questões:
Para tentar responder às questões propostas pelos cientistas, iremos analisar uma cadeia
alimentar que envolve o lobo-ibérico. Para isso, iremos utilizar o simulador Wolf Sheep
Predation, disponível no link abaixo:
http://www.netlogoweb.org/launch#http://ccl.northwestern.edu/netlogo/models/models/Sam
ple%20Models/Biology/Wolf%20Sheep%20Predation.nlogo
59
II. Conhecendo o simulador
O simulador Wolf Sheep Predation apresenta sete variáveis que você pode regular:
• tempo para a renovação das plantas (grass-regrowth-time): escolher para essa variável um
número baixo significa que as plantas se reproduzirão mais rapidamente;
Após organizar todos os parâmetros, clique sobre o botão setup e, em seguida, sobre o
botão go. Para interromper a simulação, clique novamente sobre o botão go. Um gráfico com
o tamanho populacional de cada um dos organismos ao longo do tempo será gerado
automaticamente. Você pode salvar o gráfico gerado clicando sobre o menu no canto superior
direito da imagem. Ao passar o cursor sobre as linhas do gráfico, você poderá ver o número de
indivíduos da população em cada ano. Os valores estão indicados em “ano, número
de indivíduos”.
60
Rode a simulação com os parâmetros indicados por, aproximadamente, 100 anos. Analise
o gráfico gerado e responda ao que se pede.
5. As alterações que ocorrem com o tamanho populacional dos lobos ao longo dos 100 anos
estão mais bem descritas em:
b) O tamanho populacional de lobos aumentou ao longo dos primeiros anos, até atingir seu
valor máximo. Em seguida, a população de lobos passou a decrescer.
6. Nos primeiros 50 anos, a população de ovelhas sofreu grande variação. Sobre isso,
é correto afirmar que:
61
Esses parâmetros são nossas referências sobre a comunidade. Rode a simulação por
aproximadamente 500 anos.
( ) Verdadeiro ( ) Falso
a) a população de ovelhas:
b) a população de gramíneas:
( ) Verdadeiro ( ) Falso
62
10. A diminuição da população de lobos para 20% da população inicial aumenta a resistência
do meio para a população de gramíneas.
( ) Verdadeiro ( ) Falso
11. A população de gramíneas tende a aumentar com a diminuição da população de lobos para
20% do valor inicial.
( ) Verdadeiro ( ) Falso
63
12. A diminuição da população de lobos para 20% do valor inicial aumenta o potencial biótico
das ovelhas.
( ) Verdadeiro ( ) Falso
V. Manutenção da população
Tendo visto os efeitos que a redução da população de lobos tem sobre as outras
populações da comunidade, os investigadores quiseram entender como os fatores bióticos
influenciam a manutenção da comunidade.
c) a população de lobos se mantém estável, pois o potencial biótico dela não se altera.
64
Uma segunda pesquisadora indicou que o ganho de cada nível trófico com a comida
também deveria ser importante.
15. A hipótese da pesquisadora pode ser refutada ou confirmada? Para responder a essa
pergunta, altere os parâmetros da simulação e analise os resultados.
( ) Refutada ( ) Confirmada
16. Para cada uma das projeções anteriormente descritas, ajuste os parâmetros do simulador
para montar um cenário em que ela aconteça. Para isso, pense em quais condições são
necessárias para que essa projeção se concretize. Indique na tabela abaixo as
configurações em que o cenário foi atingido.
65
16. EXERCÍCIOS: RELAÇÕES ECOLÓGICAS
Data: _____/_____/______
a) Quais são os níveis tróficos ocupados pela população de tubarões nesse ecossistema?
b) Transcreva dois exemplos de relação harmônica interespecífica em que não haja benefício
para uma das populações envolvidas. No trecho transcrito, grife as populações que
estabelecem essa relação. Nomeie a relação ecológica existente em cada um dos exemplos
transcritos.
c) As relações existentes entre uma espécie exótica e duas das espécies nativas dessa
comunidade foram testadas por cientistas. A partir da análise dos resultados, qual pode
ser a conclusão dos pesquisadores?
As florestas de kelps
As algas gigantes kelps são a base de uma interessante comunidade marinha. Nelas, peixes
black-smith se abrigam quando percebem que seus predadores, os tubarões, estão na região.
Esses peixes não se alimentam dessas algas gigantes, mas sim do fitoplâncton.
Outro organismo que, nas algas gigantes, se esconde de seus predadores, os tubarões, é a
lontra-do-mar. No entanto, diferentemente do black-smith, as lontras-do-mar protegem a
floresta de kelps. Para se alimentar, as lontras mergulham até a base das algas e coletam
ouriços-do-mar, que se encontram em grande concentração próximos às algas gigantes,
porque se alimentam desses produtores.
Os briozoários são pequenos animais que podem ser encontrados sobre rochas ou
qualquer outro substrato marinho filtrando o fitoplâncton, seu único alimento. Às vezes, eles
crescem sobre a alga gigante, cobrindo a superfície fotossintética da alga. No entanto,
a população desses organismos não aumenta muito, pois eles são o alimento do peixe garibaldi.
67
68
2. A partir da leitura do texto “A invasão dos gafanhotos” e dos conhecimentos trabalhados
em aula, responda às perguntas a seguir.
a) Podemos afirmar que Calliptamus italicus é uma espécie invasora da França? Justifique sua
resposta.
69
3. Para analisar as interações biológicas existentes entre quatro espécies de peixes do rio
Dourado (MS), um pesquisador transferiu exemplares dessas espécies para tanques de
pesquisa. Em cada tanque, apenas uma ou duas espécies eram mantidas.
Inicialmente, poucos indivíduos de cada espécie foram inseridos nos tanques, mas, depois
de dois anos, as populações estavam em equilíbrio. Nesse momento, o pesquisador
analisou qual era o tamanho da população em cada um dos tanques.
a) Duas espécies estabelecem entre si uma relação de comensalismo. Quais são essas
espécies? Justifique sua resposta.
b) Qual é a relação ecológica estabelecida entre os peixes capapari e apaiari? Justifique sua
resposta.
c) A bicuda pode ser predadora de que outra espécie? Justifique sua resposta.
70
17. OS GATOS QUE DANÇAM
Data: _____/_____/______
Logo ficou claro que se tratava de uma doença. Mas que doença? Sífilis, que naquela época
era bastante frequente? Não. Aquilo era mais grave do que sífilis. E, como se veio a descobrir,
não se tratava de doença causada por micróbio. A causa estava na própria cidade.
71
As pesquisas mostraram níveis elevadíssimos desse metal nas vísceras de pessoas e gatos
falecidos da doença. Quantidades bem superiores às encontradas nos peixes, nos camarões,
nos mexilhões e nas algas. Os pescadores da região levavam os peixes para casa e alimentavam
toda a família com eles. Os gatos pegavam alguns restos de peixes para se alimentar.
Mal sabiam que estavam se envenenando. Os dejetos industriais lançados ao mar
contaminavam algas que serviam de alimento para os mexilhões e camarões. Os peixes, ao se
alimentarem de mexilhões e camarões, também se contaminavam.
72
Envenenamento por mercúrio não chegava a ser novidade. Entre os personagens de Alice
no País das Maravilhas existe o Chapeleiro Louco. Por que um chapeleiro haveria de ser louco?
Porque naquela época o feltro de que eram feitos os chapéus era tratado com mercúrio – e os
chapeleiros, intoxicados, exibiam o mesmo comportamento que os gatos depois mostrariam
em Minamata.
Mas o caso da cidade japonesa teria mais um, e trágico, desdobramento. Acontece que a
Chisso empregava boa parte da população. Se fechasse, muita gente ficaria sem trabalho.
O que se viu, então, foi um amargo confronto entre empregados e parentes das vítimas,
que só cessou quando a corporação mudou seu ramo de atividade.
A doença de Minamata, como veio a ser conhecida, chamou a atenção do mundo todo para
o problema da intoxicação por metais pesados. Um problema que aparece sob as formas mais
inesperadas. Por exemplo, no recondicionamento de baterias, feito por pequenas indústrias
de fundo de quintal. Os vapores de chumbo que se desprendem no processo são altamente
tóxicos. E isso exige uma atenção redobrada, não só por parte da saúde pública e da
fiscalização, como também do público em geral. Metal pesado é um risco constante, para o
qual precisamos estar atentos. Sob pena de dançarmos como os gatos de Minamata.
1. Os seres vivos que habitam a baía de Minamata podem ser classificados de acordo com as
relações alimentares que estabelecem com outras populações no ecossistema.
Quais seriam as populações heterótrofas de Minamata?
73
4. O esquema a seguir representa as relações alimentares de uma comunidade biológica.
5. Uma lagarta de mariposa absorve apenas metade das substâncias orgânicas que ingere,
sendo a outra metade eliminada na forma de fezes. Cerca de 2/3 do material absorvido é
utilizado como combustível na respiração celular, enquanto o 1/3 restante é convertido em
matéria orgânica da lagarta. Considerando que uma lagarta tenha ingerido uma
quantidade de folhas com matéria orgânica equivalente a 600 calorias, quanto dessa
energia estará disponível para um predador da lagarta?
a) 100 calorias
b) 200 calorias
c) 300 calorias
d) 400 calorias
e) 500 calorias
f) 600 calorias
74
6. Uma grande área de vegetação foi devastada, e esse fato provocou a emigração de diversas
espécies de consumidores primários para uma comunidade vizinha em equilíbrio.
Espera-se que, nessa comunidade vizinha, em um primeiro momento:
75
18. EXERCÍCIOS: ECOLOGIA TRÓFICA
Data: _____/_____/______
77
2. O esquema a seguir representa as relações alimentares de uma comunidade biológica.
Sem saber que a água está contaminada por mercúrio, uma pessoa “A” ingeriu 100 gramas
de mexilhão-zebra. Outra pessoa, “B”, também sem saber da contaminação, ingeriu
100 gramas de esturjão. Qual delas deve ter ingerido a maior quantidade de mercúrio?
a) A.
b) B.
3. O cogumelo shitake é cultivado em troncos, onde suas hifas se nutrem das moléculas
orgânicas componentes da madeira. Um indivíduo, ao comer cogumelos shitake, está se
comportando como:
a) produtor.
b) consumidor primário.
c) consumidor secundário.
d) consumidor terciário.
e) decompositor.
78
4. Quais desses processos ocorrem no ciclo do carbono? Nomeie-os.
79
19. VIAGEM DE UM ÁTOMO
Data: _____/_____/______
No cerne do jequitibá gigante, incrustado nas células mais antigas do tronco, estava um
átomo de carbono. Milhões iguais a ele construíram paredes de células alongadas, já mortas e
com seus canais cheios de resina. No passar dos séculos, desde sua incorporação à jovem
planta, nada foi perdido daquele momento luminoso, quando recebeu energia suficiente para
se unir aos outros cinco átomos de carbono que estavam próximos, dentro de um cloroplasto.
Aquela mesma força vinda da luz ainda está com o carbono. Isso não vai durar muito tempo,
pois coisas estranhas aconteceram nos arredores e ameaçaram a árvore milenar. Desde alguns
anos, as chuvas têm um sabor diferente, e os vasos que sobem desde as raízes já não trazem
consigo, na mesma abundância de outrora, nutrientes.
Antes de ser parte do jequitibá, o carbono passou por muitas etapas, ficou milênios voando
no ar e rodando por todo o planeta. Agitava-se e acelerava-se durante os dias, quando absorvia
o calor que a Terra refletia. Guardava o calor da Terra e não a deixava se resfriar. Também
passou milhares de anos no mar. Entrava e saía, mas, numa dessas vezes, seu caminho foi
alterado, e, num facho de luz, ele entrou em uma alga que dançava nas ondas iluminadas.
Quase em seguida, entrou, com a alga, pela boca de uma diminuta larva e começou a fazer
parte desse novo ser. A larva cresceu e se transformou num animal complicado e que tinha a
capacidade de se proteger formando uma concha com listas e estrias coloridas. No entanto,
uma parte de seu corpo foi devorada por um veloz peixe. Recarregado com alimento, o peixe
conseguiu muita energia para continuar a nadar, e o carbono, na forma de gás, foi eliminado.
O carbono deu, então, inúmeras voltas no planeta até encontrar um grupo de árvores que
pareciam as colunas de um templo. Desceu numa lufada de ar e entrou na folha de uma planta
jovem e robusta, daquelas que formavam as colunas. Por sorte, incorporou-se nesse templo
diferente, mas ainda majestoso, pois era vivo e palpitava de energia e de ciclos de reprodução
e de evolução entre suas hastes e sob suas ramas.
Como se contou no início, alterações nas chuvas agora ameaçavam essas árvores
colunares, e todo o templo tremia. Não tardou para que as raízes se sentissem fracas, o solo
ficasse estranho e o jequitibá caísse durante um vendaval. Sem a proteção da vida, em alguns
anos, o enorme tronco foi quebrado, lascado e penetrado por fungos e bactérias, que dele se
alimentaram. Num breve instante, o carbono foi absorvido por um fungo e, dentro de uma das
células do fungo, foi separado dos outros átomos de carbono e perdeu novamente a energia
que tinha incorporado. O fungo cresceu e o carbono voou novamente acompanhado de dois
oxigênios. Para onde irá agora o carbono?
81
A viagem do átomo de nitrogênio
O começo de nossa história se passa na atmosfera do planeta Terra, onde está um átomo
de nitrogênio. Incontáveis outros átomos como ele ajudam a compor a imensa cobertura de ar
que envolve o planeta. Em associação íntima com esse átomo, há outro, idêntico, compondo
uma molécula inorgânica de gás nitrogênio, que é o gás mais abundante da atmosfera. Esse
átomo, que forma essa molécula, vaga há milênios pela vasta camada de ar que abraça a Terra.
Em certo dia, esse átomo que voa pela atmosfera aproxima-se do solo do planeta. Ele é
captado por uma bactéria e é rapidamente separado de seu antigo companheiro, desfazendo
a molécula de gás. Substâncias dentro da bactéria induzem esse átomo a conectar-se a quatro
átomos de hidrogênio, formando uma molécula inorgânica chamada “amônia”. Esse tipo de
bactéria, por ser capaz de realizar esse processo, recebe o nome de fixadora de nitrogênio.
O átomo de nitrogênio não passa muito tempo na forma de amônia. Outras bactérias,
também habitantes do solo, separam-no dos átomos de hidrogênio e promovem sua
associação com átomos de oxigênio, formando uma molécula inorgânica de nitrito. O nitrito
está longe de ser a etapa final da viagem. A molécula de nitrito é captada por outra bactéria,
que insere mais um átomo de oxigênio nessa associação: o resultado é uma molécula
inorgânica de nitrato, que faz parte do interior dessa bactéria.
O átomo de nitrogênio, que agora compõe a molécula de nitrato, sai de dentro da bactéria
e chega ao ambiente do solo. Ali se mistura com a água e é absorvido pelos minúsculos pelos
que existem nas raízes de uma palmeira. O átomo de nitrogênio é levado pelo sistema de tubos
através do caule e chega até a copa da árvore. Ali, dentro de uma das bilhões de células da
planta, ele participa de reações bioquímicas e torna-se parte de uma proteína, molécula
orgânica que é transportada por meio de vesículas através da célula. O átomo de nitrogênio
agora compõe a proteína, que por sua vez compõe a célula, que por sua vez compõe o fruto
da palmeira.
Quando amadurece, o fruto da palmeira cai sobre o solo da mata. Um esquilo alimenta-se
desse fruto e é assim que o átomo de nitrogênio vai parar no intestino desse animal. A proteína
da qual o átomo faz parte é digerida e seus componentes passam para o sangue; o átomo de
nitrogênio também. Uma vez dentro de uma das células do esquilo, ele é novamente
incorporado em uma proteína recém-fabricada.
O átomo de nitrogênio passa algum tempo dentro do organismo do esquilo, até que o
pequeno animal é capturado por uma jararaca. Um processo muito semelhante de digestão
leva o átomo até o interior de uma célula da pele da jararaca, onde ele é outra vez parte de
uma nova proteína.
Quando a jararaca morre, bactérias e fungos passam a crescer sobre sua pele. A proteína
da qual o átomo de nitrogênio faz parte é capturada por um fungo, que a utiliza como alimento.
Dentro da célula de bolor, a proteína é desmontada e, nesse processo, o bolor converte a
molécula onde está o átomo de nitrogênio em amônia. A amônia sai da célula do bolor e volta
para o solo, onde é rapidamente capturada por bactérias que a transformam em uma molécula
de nitrito e, depois, de nitrato. Só que, dessa vez, outra bactéria converte o nitrato em gás
nitrogênio, que se desprende do solo e migra para a atmosfera. É assim que o átomo de
nitrogênio volta para a atmosfera. Para onde irá agora o nitrogênio?
82
1. Esquematize as teias ou cadeias alimentares citadas nos textos. Classifique os seres vivos
que formam essas cadeias de acordo com o nível trófico que ocupam.
83
20. O DESAPARECIMENTO DAS IGUANAS-MARINHAS
Data: _____/_____/______
85
As iguanas passam a maior parte de seu tempo se aquecendo em rochas no litoral, mas
entram na água para se alimentar. Elas têm caudas achatadas, que permitem o deslocamento
na água; garras fortes, para se apoiarem nas rochas enquanto se alimentam;
e dentes pontiagudos, para rasparem as algas da superfície das rochas dentro da água.
As iguanas são ectotérmicas, ou seja, não produzem calor suficiente para controlar a
própria temperatura. Esse ajuste é comportamental, ou seja, elas modificam seu
comportamento para ajustar a temperatura corpórea. Como a água de Galápagos é,
normalmente, muito mais fria do que a maioria das águas tropicais (entre 18 °C e 23 °C),
as iguanas só podem se alimentar no ambiente aquático por um tempo limitado antes de se
deslocarem até as rochas da superfície e se aquecerem ao sol.
86
Ao pesquisar sobre Galápagos, encontrei um artigo científico que descrevia os efeitos do
El Niño em uma população de tentilhões, aves nativas do arquipélago. El Niño é um fenômeno
atmosférico-oceânico caracterizado pelo aquecimento anormal das águas superficiais no
Oceano Pacífico tropical. O texto dizia que o clima normal de Galápagos é muito seco e que
essas aves têm seu crescimento alterado pela disponibilidade de comida. Contudo, durante um
ano de El Niño, a vegetação cresceu muito e levou a um enorme aumento da população de
tentilhões depois de alguns meses. O mais interessante é que ocorreu um intenso El Niño entre
1997 e 1998.
Figura 1. Temperatura média anual do ar medida na Estação de Pesquisa Charles Darwin, Santa Cruz.
87
Figura 2. Chuva total anual (em mm) medida na Estação de Pesquisa Charles Darwin, Santa Cruz.
88
Não é fácil explicar por que as iguanas-marinhas morrem durante os anos de El Niño.
As conexões só foram reconhecidas depois do evento ocorrido em 1982-1983. Como a
mortalidade alta foi inesperada, dados relevantes daquela época estão incompletos. Houve
três eventos menores do fenômeno entre os períodos de 1982-1983 e 1997-1998. Apesar de
terem melhorado a detecção dos sinais de eventos independentes, os cientistas ainda estavam
surpresos com a severidade do El Niño ocorrido em 1997-1998. Isso significa que os poucos
dados que temos vieram de eventos anteriores.
Figura 4. Comprimento de algas nas ilhas de Genovesa e Santa Fé durante o período de 1991 a 1993.
Cada ponto representa a média de 16 amostras de algas.
Tipo de Zona Zona Zona Zona Zona Zona Zona Zona Zona
Nome da espécie
alga superior intermediária inferior superior intermediária inferior superior intermediária inferior
(Nota para interpretação das figuras 4 e 5: as amostras anteriores da maré estão localizadas acima da linha de
maré alta, e, apesar de poder ser úmida, a maré não deixa essa região submersa. A área intermediária fica submersa
na maré alta, mas pode ficar parcial ou completamente exposta na maré baixa; já a área inferior está sempre
submersa. Na figura 5, as células coloridas indicam a presença significativa de indivíduos de determinada espécie
em uma zona de maré da rocha.)
89
Figura 6. Peso seco do conteúdo alimentar estomacal das iguanas-marinhas da ilha de Santa Fé.
90
Algas verdes
Média 66,5 3
Algas vermelhas
Média 78 2,2
Algas marrons
1. A análise dos dados apresentados nos gráficos, nas tabelas e nos quadros permite chegar
a que conclusões? Elabore uma afirmação sobre cada uma dessas análises.
3. Podemos afirmar que a ação humana é a principal responsável pela redução da população
de iguanas-marinhas? Justifique sua resposta.
91
21. CICLO DO NITROGÊNIO
Data: _____/_____/______
O que aconteceu?
Matéria-prima Por qual motivo aconteceu Produto
essa transformação?
2. Compare seu percurso com o de mais três colegas. Caso vocês tenham passado por
transformações diferentes, adicione os novos dados à tabela.
93
22. EXERCÍCIOS: CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
Data: _____/_____/______
Molécula Bactérias
Houve crescimento da
Experimento inorgânica
“B” “C” população de bactéria “A”?
disponível
1 gás nitrogênio ausente ausente não
95
Com base na análise dos resultados, foi possível identificar o papel de cada uma dessas
espécies no ciclo do nitrogênio. Considerando o papel dessas bactérias no ciclo do
nitrogênio, preencha o quadro a seguir.
Quais foram os
Qual é a molécula Qual é a molécula
Classificação da experimentos que
inorgânica utilizada inorgânica produzida
Bactéria bactéria no ciclo lhe permitiram
para a obtenção no processo de
do nitrogênio chegar a essa
de energia? obtenção de energia?
resposta?
c) Escolha um tipo de bactéria que poderia ser utilizada no filtro descrito no texto. Elabore
um argumento defendendo sua escolha.
d) Explique por que o esgoto tratado provocará menor impacto na diversidade de seres vivos
de um rio no qual ele será despejado.
96
Grãos e flores produzidos a partir do esgoto
Atualmente, a hidroponia – técnica de cultivo que substitui o solo por nutrientes dissolvidos
em meio aquoso – é feita com compostos químicos. “Esse tipo de solução é cara, poluente e
exige mão de obra especializada”, explica Cícero Onofre, engenheiro e sanitarista da UFRN e
um dos autores do estudo. “Após o tratamento do esgoto, o líquido restante é composto de
água e nutrientes fundamentais para o desenvolvimento de vegetais.”
“É uma forma de dar um fim produtivo ao esgoto”, comemora Onofre. O engenheiro conta
que um litro de esgoto é capaz de poluir até 100 litros de água. “Com o reaproveitamento dos
efluentes, é possível não só economizar a quantidade de água necessária para a produção,
como também evitar a degradação de um imenso volume de recursos hídricos.”
(Texto produzido em 5 de agosto de 2004, por Eliana Pegorim, para o site Ciência Hoje.)
97
3. Em uma série de reportagens feita pela Rede Globo de Televisão, foi apresentado um
“flutuador”. Utilizado para medir a qualidade das águas dos rios de São Paulo, esse
equipamento realizava medições da quantidade de gás oxigênio dissolvida próxima à
superfície da água e armazenava os dados coletados para posterior análise.
Alguns dados foram coletados para avaliar a influência da construção de uma barragem
em um rio do estado de São Paulo. O projeto buscava responder à seguinte questão:
a redução da velocidade das águas desse rio provocaria qual impacto ambiental?
Após a barragem, a água foi testada em três pontos diferentes do rio ao longo de um
período de tempo. O ponto A é próximo a uma região agrícola com alta produtividade de
cana-de-açúcar. O ponto B fica próximo a uma cidade em que o esgoto é tratado, reduzindo
em 97% a quantidade de resíduos orgânicos lançados no rio. Por fim, o ponto C fica ao lado
de um centro urbano em que o esgoto não é tratado.
Analisando o gráfico, associe a medição do nível de gás oxigênio na água (I, II e III) com a
localidade estudada (A, B e C). Justifique as associações.
98
4. A seguir, algumas espécies serão descritas e estarão em destaque no texto. Com base nas
informações apresentadas e em seus conhecimentos biológicos, indique, por meio de
setas, a transformação que essas espécies realizam entre as moléculas nitrogenadas
presentes no esquema a seguir.
99
Exemplos: Amanda é uma professora de Biologia que gosta muito de comer
hambúrgueres de carne bovina. Enterococcus faecalis é uma bactéria encontrada no
esgoto doméstico capaz de transformar nitrato em nitrito.
d) A espécie Cajanus cajan, forrageira conhecida como guandu, caracteriza-se por ser ereta e
arbustiva, apresenta folhas perenes, pode ter de 1 m a 3 m de altura e ocupa
mundialmente o sexto lugar em importância alimentar entre as leguminosas, sendo usada
extensivamente na Ásia para a alimentação animal e humana. Para o produtor rural, a alta
produtividade, aliada ao baixo custo de produção, tem feito do guandu uma das principais
culturas utilizadas na adubação verde no Brasil.
100
23. EXERCÍCIOS: SUCESSÃO ECOLÓGICA E FRAGMENTAÇÃO DE HABITAT
Data: _____/_____/______
a) A reta “A” representa qual dos processos do ciclo do carbono? Justifique sua resposta.
1 3
B B B B
A A
4
A A
2
101
a) Em qual dos fragmentos de mata nativa esperamos encontrar a maior relação entre o
número de indivíduos de espécies pioneiras e o número de indivíduos da comunidade
clímax? Explique como chegou a essa conclusão.
b) A ocorrência de cutias fica limitada aos fragmentos florestais, pois elas não conseguem
alimento nas plantações de soja. Talvez pela fragmentação recente, a densidade
populacional de um fragmento não é muito diferente das demais.
Parte da equipe de pesquisadores acredita que o corredor mais adequado seria entre os
fragmentos 1, 2 e 3 (opção A). Outra parte da equipe, entre os fragmentos 3 e 4 (opção B).
c) Dois grupos de espécies vegetais nativas – I e II – estão adaptados a dois estágios diferentes
de sucessão ecológica. O gráfico a seguir mostra as curvas de saturação luminosa desses
dois grupos.
Qual seria a espécie mais adequada para iniciar o reflorestamento proposto pelos
pesquisadores? Justifique sua escolha.
102
3. Pesquisadores acompanharam um processo de sucessão ecológica em um ecossistema.
Os dados obtidos por esses pesquisadores estão apresentados no gráfico a seguir.
a) Qual tom de cinza (claro ou escuro) representa a quantidade absorvida de gás carbônico?
E qual tom de cinza representa a quantidade liberada de gás carbônico?
c) Qual ano apresentou a maior produtividade bruta? Qual foi o valor medido nesse ano?
103
24. PAISAGENS PELO MUNDO
Data: _____/_____/______
Um grupo de amigos decidiu aproveitar o período de férias para fazer um mochilão pelas
Américas. Durante a viagem, o grupo conseguiu visitar diversos países: Brasil, Chile, Argentina,
Peru, Colômbia, Guatemala, Nicarágua, México, Estados Unidos e Canadá. Apesar do curto
período de tempo passado em cada lugar, algo chamou a atenção do grupo: a paisagem em
cada um desses países era muito diferente. Por vezes, os viajantes encontraram em um mesmo
país paisagens tão diferentes que se surpreenderam.
Quando voltou para casa, o grupo estava intrigado e decidiu conduzir uma investigação
para responder às seguintes questões:
105
1. Sobre essas duas paisagens, é correto afirmar que:
Em uma rápida pesquisa, o grupo descobriu que a vegetação característica de cada região
visitada era denominada bioma. Um bioma é uma grande comunidade estável e desenvolvida,
adaptada às condições ecológicas de certa região.
Para responder às questões propostas pelo grupo, acesse o site Biome Viewer, disponível
no link abaixo:
https://media.hhmi.org/biointeractive/biomeviewer_web/index.html
Ao abrir o simulador, você poderá visitar diferentes localizações do mundo. Clicando sobre
a esfera no canto superior esquerdo, você pode alternar entre a visão esférica e a visão plana
da Terra.
Na lateral esquerda, você encontra um menu com a lista de diferentes biomas mundiais.
Cada bioma está representado por uma cor específica no mapa. Para saber qual bioma pode
ser encontrado em determinada região, clique sobre ela no mapa. Um menu aparecerá na
lateral direita com informações sobre a região selecionada. Caso queira localizar uma região
específica, digite o nome ou as coordenadas geográficas dela na barra de pesquisa, no canto
superior direito.
a) floresta tropical.
b) savana.
c) deserto.
d) floresta temperada.
No menu suspenso na lateral direita, você encontrará uma representação gráfica do clima
dessa localização. Essa representação gráfica é denominada “climograma”. Um climograma
apresenta, em seu eixo horizontal, os doze meses de um ano. Os dois eixos laterais indicam a
quantidade de precipitação média no mês e a temperatura média do mês. Em geral,
a precipitação é representada por barras verticais, enquanto a temperatura está indicada em
pontos ou linhas.
106
Analise o climograma da região 5.9 N, 27.9 E e responda às perguntas a seguir.
3. Em quantos meses a precipitação dessa região foi mais baixa que 150 mm?
a) 0
b) 1
c) 5
d) 7
a) 0
b) 12
c) 2
d) 10
5. Para a localização 5.9 N, 27.9 E, a biodiversidade total de répteis, anfíbios e mamíferos é de:
a) 11 espécies.
b) 28 espécies.
c) 130 espécies.
d) 179 espécies.
Acesse o Biome Viewer e visite as cinco localidades diferentes indicadas a seguir. Para cada
local visitado, colete dados com base nas seguintes perguntas:
107
5. Em quantos meses a temperatura é igual ou abaixo de 0 °C?
6. Qual é a biodiversidade do local? Você pode registrar o número de espécies de répteis,
anfíbios, mamíferos do local e número total de espécies.
Você pode organizar, em uma planilha como esta, os dados que coletar:
https://docs.google.com/spreadsheets/d/1SMHxgkqyfQYOoDzDryU5MfUvk7X_dMritx2hvI
QVlV0/edit?usp=sharing
a) 77 N, 65 W
b) 67 N, 65 W
c) 51 N, 65 W
d) 45 N, 65 W
e) 3 N, 65 W
( ) latitude. ( ) longitude.
9. Analisando os dados coletados, podemos concluir que a biodiversidade tende a ser maior
em regiões mais próximas ao equador.
( ) Verdadeiro ( ) Falso
10. Elabore uma explicação para a diferença observada no número de espécies animais nesses
cinco ambientes. Em sua explicação, incorpore os conceitos de fluxo de biomassa e energia
nos ecossistemas.
108
Etapa III. Fatores abióticos
Um dos amigos ficou curioso sobre a distribuição da temperatura pelo planeta ao longo
do ano. Em seu simulador, no menu lateral esquerdo, clique sobre as setas laterais para mudar
sua visão de Biomes para Temperature.
( ) Verdadeiro ( ) Falso
12. Elabore uma hipótese para explicar as diferenças que você observou na variação de
temperatura ao longo do ano entre os dois hemisférios.
Uma das amigas do grupo de viajantes observou que, mesmo em regiões igualmente
distantes do equador, as paisagens ainda poderiam ser muito diferentes entre si. A menina
propôs que a disponibilidade de água deve ser um fator importante para explicar o porquê
dessas diferenças.
13. Para testar essa hipótese, você deve visitar lugares na mesma:
( ) latitude. ( ) longitude.
Volte sua simulação para o modo Biome e visite três localidades no mapa de acordo com
sua resposta anterior. Em sua visita, você deve passar por uma floresta tropical, uma savana e
um deserto. Anote na tabela os dados coletados.
( ) refutada. ( ) aceita.
( ) Verdadeiro ( ) Falso
( ) Verdadeiro ( ) Falso
( ) Verdadeiro ( ) Falso
109
18. A partir de todos os dados que você coletou até agora, é correto afirmar que:
19. Essas regiões têm um clima parecido com qual região visitada pelo grupo de mochileiros?
a) 77 N, 65 W
b) 67 N, 65 W
c) 51 N, 65 W
d) 45 N, 65 W
e) 3 N, 65 W
20. Elabore uma hipótese para explicar o motivo de haver esse clima inesperado nessa região.
110
25. EXERCÍCIOS: BIOMAS TERRESTRES MUNDIAIS
Data: _____/_____/______
111
A Namíbia é um país africano localizado em uma latitude aproximada de 22°.
J F M A M J J A S O N D Anual
°C 30,7 29,0 27,6 25,7 23,0 20,6 21,0 23,7 27,4 29,3 30,0 31,3 26,6
J F M A M J J A S O N D Anual
°C 17,5 16,9 15,7 12,7 9,3 6,9 6,7 9,0 12,4 14,6 16,0 17,1 13,0
J F M A M J J A S O N D Anual
°C 23,3 22,1 21,0 18,9 15,8 13,2 13,1 15,8 19,3 21,7 22,5 23,5 19,1
J F M A M J J A S O N D Anual
mm 78,1 80,3 78,7 37,7 6,6 1,2 0,7 0,9 2,8 11,8 26,9 41,7 365,1
b) Em uma aula sobre biomas, esse professor fez um esquema do planeta Terra e do Sol em
diferentes momentos do ano. Marque um “X” sobre a representação mais adequada do
planeta Terra para o momento em que o professor registrou as imagens no Parque
Nacional Etosha. Justifique sua escolha.
112
2. Barend Cornelis Koekkoek (1803-1862) foi o pintor mais importante de paisagens do
movimento romântico holandês.
I.
II.
113
Já o também holandês Vincent van Gogh (1853-1890) foi o maior representante do
Impressionismo.
III.
Esses artistas representaram, por meio de diferentes estilos, a região onde viveram em
períodos do ano bem distintos.
114
a) Para cada uma das três pinturas, escolha o mês em que há paisagens mais semelhantes às
das obras apresentadas: março, junho, setembro ou dezembro.
115
26. EXERCÍCIOS: CLIMOGRAMAS
Data: _____/_____/______
Associe o nome de cada bioma mundial a uma das descrições a seguir, a um dos
climogramas e a um dos pontos do gráfico que está na página 119.
PONTO DO
BIOMA DESCRIÇÃO CLIMOGRAMA
GRÁFICO
I
II
III
IV
VI
I. De maneira geral, estão situados nas latitudes próximas a 30°, tanto ao norte como ao sul
da linha do equador. A principal característica é a pequena quantidade de chuvas, com
precipitações abaixo de 250 mm por ano (para comparação, na Amazônia, a média é de
2.300 mm de chuva por ano). Podem ser quentes ou frios, e os primeiros podem apresentar
temperaturas diurnas que ultrapassam 50 °C. As noites são muito frias, pois o ar seco
perde calor rapidamente. A vegetação é composta por poucas espécies resistentes à seca,
acompanhadas por uma pequena diversidade de animais, especialmente insetos,
aracnídeos e répteis.
II. Localizam-se nas regiões próximas à linha do equador, onde o clima é quente e chuvoso
durante a maior parte do ano. Esses locais concentram a maior parte da biodiversidade do
mundo, da qual a maioria das espécies sequer foi identificada. O número de espécies de
árvores de grande porte chega a 450 por hectare (área equivalente a dois campos de
futebol). Essas árvores conferem grande complexidade ao ambiente, formando estratos
verticais que são habitados por fauna e flora específicas (por exemplo, o topo das árvores
é habitado por plantas e animais diferentes daqueles que vivem próximos ao solo).
A diversidade de invertebrados é imensa, com destaque para os insetos. Praticamente
todos os grupos de animais terrestres e de água doce apresentam suas faunas mais
diversas nessas áreas.
117
III. Ocorrem em áreas tropicais e temperadas que recebem quantidade de chuvas
intermediária entre o deserto e a floresta. Não há árvores de grande porte, mas há
abundância de plantas rasteiras, como as gramíneas. A fauna é composta por animais
pastadores, que se alimentam dessas plantas, e por carnívoros que se alimentam deles.
Nas regiões tropicais, existem apenas duas estações: a seca e a úmida, das quais as
temperaturas são relativamente altas durante o ano todo. Há arbustos e árvores esparsas.
IV. Ocupa a região ao redor do polo Norte, que permanece sob o gelo a maior parte do ano.
Nos meses de verão, a neve derrete, e surge uma vegetação de pequeno porte composta
de pequena variedade de musgos, liquens e plantas rasteiras, e não há árvores. Essa região
é habitada por insetos, pássaros e algumas espécies de mamíferos resistentes ao frio
(caribu, lemingue, lebre-ártica, raposa-polar e lobo-do-ártico).
V. Ocupa áreas do Canadá, dos EUA e da Rússia. Essa região recebe mais luz solar ao longo
do ano do que outros biomas, mas, ainda assim, passa os meses de inverno sob neve e
gelo. Além de plantas rasteiras, existem algumas espécies de árvores, como o pinheiro.
A fauna é um pouco mais diversa, com insetos, aves, lebres, alces, renas, ratos-silvestres e
alguns mamíferos carnívoros de maior porte, como linces, lobos e ursos-pardos. Há poucos
anfíbios e répteis. No inverno, várias espécies de animais hibernam ou migram.
VI. Ocupam regiões de clima temperado, onde há quatro estações bem definidas, como
algumas áreas da Ásia, da Austrália, da Europa, da América do Sul e dos Estados Unidos.
Uma característica marcante dessa paisagem é que suas árvores perdem as folhas no fim
do outono e no inverno, voltando a crescer na primavera; por essa razão, essas florestas
são chamadas de “decíduas” ou “caducifólias”. A fauna é mais diversa e abundante do que
a de outros biomas, com maior número de espécies de vegetais, invertebrados e
vertebrados. Alguns exemplos de mamíferos típicos dessas regiões são veados, ursos,
gambás, pumas, lobos, linces, raposas, gatos selvagens e esquilos. No inverno, muitas
espécies migram para regiões mais quentes, hibernam ou se enterram em tocas.
118
A B
C D
E F
119
27. ÁRVORES DO BRASIL
Data: _____/_____/______
Aqui o sol incide forte o ano todo, e a temperatura média é de, aproximadamente, 28 °C.
Já a chuva é pouca, e chegamos a passar nove meses sem nenhuma gota de água.
O solo é tão raso e pedregoso, que não consegue armazenar nem um pouquinho da água
que cai nos meses de chuva.
Eu, assim como as outras espécies que vivem aqui, tenho muitas adaptações que me
permitem aguentar essa seca extrema, por isso nos chamam de “xerófitas”. No meu caso, por
exemplo, tenho as folhas modificadas em espinhos e armazeno grande quantidade de água no
caule. Vejo que algumas plantas próximas a mim apresentam uma camada, chamada de
“cutícula”, que impede a saída de água de suas folhas.
A maioria das árvores e arbustos daqui deixa as folhas caírem no período de seca e, por
esse motivo, são denominadas “plantas caducifólias”. Na época mais seca, quando olho em
volta, encontro a mata aparentemente morta, sem nenhuma folha. Contudo, é só chover um
pouquinho que, rapidamente, essas plantas produzem folhas e flores. Dessa forma,
conseguimos nos reproduzir antes da próxima estação seca.
Olhando ao redor, vejo que as árvores vizinhas são todas baixas, com menos de 6 m de
altura, e têm muitos ramos.
121
Phytolacca dioica – Umbu
Sou uma árvore que mede, aproximadamente, 17 m, mas minhas parentes chegam a 25 m.
Além disso, sou uma árvore solitária, a única que se avista por aqui. Estou ilhada em meio a um
extenso tapete de gramíneas: a vegetação herbácea em volta de mim não passa de 1 m de
altura. Por isso, muitos tipos de animal gostam de se proteger do sol embaixo de minha copa.
Não que aqui seja muito quente; a temperatura média anual é de 15 °C. Porém, ao longo
do ano, a temperatura varia bastante: pode chegar a 35 °C no dia mais quente e já chegou a
–5 °C em poucas noites de muito frio. Isso acontece porque as frentes polares baixam muito a
temperatura nos meses de inverno.
Aqui, a precipitação é constante o ano todo. Isso ajuda a manter os grandes rios
encontrados em minha região.
Eu percebo que o solo aqui é bastante fértil, o que é positivo para meu crescimento.
No entanto, ele é muito raso, o que dificulta o crescimento de plantas como eu.
Aqui onde moro é muito quente o ano inteiro: a temperatura está sempre acima dos 25 °C.
Também chove muito ao longo de todo o ano. Eu não paro de transpirar. Por minhas folhas,
escapa muita água para a atmosfera. Ainda bem que consigo capturar muita água por meio de
minhas raízes. Inclusive, temos água por todos os lados – são tantos rios por aqui, que eles
chegam a formar a maior bacia hidrográfica do mundo.
É por causa da copa das árvores altas de minha região que aqui dentro da floresta fica
muito escuro, bem diferente de como é do lado de fora. A vida de plantas herbáceas e
pequenos arbustos é muito difícil dentro da floresta, pois quase não chega luz perto do solo.
As copas das grandes árvores ficam tão próximas umas das outras, que a vista para o céu fica
completamente fechada. Parece um manto formado por copas de árvores, o que é
denominado “dossel”. O dossel aqui é bem fechado.
O solo da região é bastante arenoso e raso, o que é ruim para nossas raízes crescerem.
Contudo, há uma camada de folhas secas e galhos em decomposição na superfície do solo, a
serrapilheira, que ajuda a mantê-lo fértil, permitindo nosso pleno desenvolvimento.
122
Schinopsis brasiliensis – Quebracho
Eu vivo na maior planície de inundação contínua do planeta. Onde moro, o ano é dividido
em duas estações bem determinadas: o verão chuvoso e o inverno seco. No verão,
a temperatura varia entre 26 °C e 29 °C; no inverno, entre 20 °C e 23 °C. Ou seja, aqui é quente
o ano todo.
No período de chuvas, ainda que elas não sejam muito intensas, a água transborda dos
rios e provoca enchentes. Isso acontece porque a chuva de outras regiões vem parar aqui por
meio dos rios. Isso é o resultado de haver tantas regiões mais altas ao redor. Também na época
de seca, quando não chove quase nada, os grandes rios se tornam grandes lagoas
entremeadas por terra seca.
O solo daqui é formado por fragmentos oriundos de terrenos mais altos. Apesar de variar
bastante em sua composição, a região toda tem superfície pouco permeável, o que resulta nas
enchentes constantes. O solo também é pouco fértil, principalmente porque a decomposição
da matéria orgânica é extremamente lenta pelo excesso de água.
Onde vivo, metade do ano chove muito, mas a outra metade é bem seca. Calor é o ano
todo, mas na metade chuvosa, o verão, chega a fazer 40 °C. Já na metade seca, o inverno,
a temperatura fica ao redor dos 23 °C.
Eu tenho folhas bastante grossas, as coriáceas. Elas me ajudam a não esquentar muito nos
dias quentes e a não perder muita água. Das árvores que consigo enxergar daqui, vejo que
algumas têm pelos ou uma camada de cera na superfície de suas folhas. Essas características
também ajudam minhas vizinhas a lidar com a insolação intensa e a falta de água durante o
inverno.
Ao meu redor, não vejo muitas árvores. As que existem por aqui, como eu, têm um tronco
bem tortuoso, ou seja, todo retorcido. Essas árvores aparecem bem espaçadas em um campo
de vegetação rasteira formada basicamente por capim. Assim como eu, a maioria delas mede
entre 2,5 m e 6 m. Apesar de não ser muito alta, tenho raízes extensas e profundas que
penetram no solo, argiloso e permeável. Nas camadas mais profundas dele, minhas raízes
encontram reservas hídricas permanentes, os chamados “lençóis freáticos”. É dessas reservas
que pego água no período de seca.
123
Assim como as outras árvores daqui, as folhas em minha copa estão sempre verdes, por
isso nos chamam de “perene”. No capim rasteiro, não observo isso. Suas folhas parecem
morrer toda estação seca e reaparecer toda estação chuvosa.
Com essa vegetação seca, durante o inverno, costumam ocorrer incêndios em minha
região. Eu não sou tão afetada por esse fogaréu, pois a casca do meu tronco é muito grossa.
Ela tem uma camada de proteção chamada “súber”, que atua como um isolante térmico.
Na região em que vivo, a temperatura é alta praticamente o ano inteiro, ficando, em média,
nos 25 °C. Chove bastante por aqui quase o ano todo, pois as nuvens carregadas pela umidade
do mar são retidas no relevo montanhoso da região.
De onde estou, consigo observar uma diversidade enorme de vegetação. Perto de mim,
há muitas outras árvores perenes que, como eu, medem entre 20 m e 30 m. Nós temos grande
facilidade para pegar luz solar. Algumas plantas, que levam o nome de “trepadeiras”, se apoiam
em nossos troncos e, com isso, conseguem alcançar o topo de nossas copas e obter luz.
Nossas copas, por sinal, em razão do relevo montanhoso, não ficam tão próximas umas
das outras, permitindo a entrada de luz solar no interior da floresta – e por isso dizem que
temos um dossel descontínuo. Assim, é possível ver árvores de porte pequeno e de vegetação
herbácea crescendo no interior da floresta.
O solo da região é bastante pobre e raso, o que é ruim para nossas raízes crescerem.
Mas há uma camada de folhas secas e galhos em decomposição no substrato, a serrapilheira,
que ajuda a mantê-lo com nutrientes para nosso desenvolvimento.
124
28. DESMATAMENTO
Data: _____/_____/______
1. Qual desses biomas apresenta maior porcentagem de cobertura com vegetação nativa?
2. Qual desses biomas apresentou maior expansão das áreas agropecuárias entre 1985 e 2020?
3. A distribuição das áreas conservadas é igual ao longo de cada um dos biomas? O que explicaria isso em cada um deles?
125
126
127
128
29. EXERCÍCIOS: BIOMAS TERRESTRES BRASILEIROS
Data: _____/_____/______
1. O artigo “As muitas faces do sertão” foi publicado na revista Pesquisa Fapesp de julho de
2013. Nele, diferentes aspectos de um bioma brasileiro são apresentados. Ao longo do
texto, identifique se existem erros conceituais de Ecologia. Para cada erro identificado ao
longo do texto, apresente o número do parágrafo que o contém. Em seguida, cite o
conceito equivocado e explique por qual motivo ele está errado. Por fim, sugira o conceito
mais adequado. Apresente a resposta da seguinte forma:
9) Herbívoros. O sapo está se escondendo de outras espécies que se alimentam dele. Se isso
ocorre, elas não podem ser chamadas de “herbívoras” (que se alimentam de produtores).
O conceito mais adequado seria “predadores”.
2) Esses fatores ambientais têm, ao longo de milhares de anos, exigido respostas adaptativas
específicas das plantas mais frequentes do local, as herbáceas, o que lhes permite sobreviver
num ambiente cada vez mais quente e seco.
3) Uma dessas respostas é o ajuste que determinadas espécies fazem quanto à não manutenção
de suas folhas perenes, uma estratégia simples, mas que lhes permite reter água nas épocas
mais secas.
129
4) Esse racionamento é uma das razões que têm contribuído para determinar o tamanho dessas
plantas e também de suas folhas. Isso porque esse mecanismo, ao mesmo tempo que lhes
garante melhor adaptação ao clima semiárido, restringe o surgimento de plantas de
grande porte.
5) Apesar das circunstâncias desfavoráveis, a caatinga tem grande variedade de plantas, a maior
parte delas exóticas. São cerca de 6 mil espécies vegetais! Das 87 espécies de cactos da
caatinga, 83% são exclusivas desse bioma. É o caso do mandacaru (Cereus jamacaru) e do
xiquexique (Pilosocereus gounellei), espécies ameaçadas – esses autótrofos são retirados ainda
jovens de seu ambiente e vendidos como souvenir em restaurantes de beira de estrada.
6) Também a família das leguminosas, a mais diversa da caatinga, engloba várias das espécies
exclusivas do semiárido, como a mucunã (Dioclea grandiflora) e a jurema-preta (Mimosa
tenuiflora). Muitas delas desempenham importantes funções ecológicas. Devido à associação
com algumas bactérias nitrificantes, essas plantas ajudam a transformação de matéria orgânica
nitrogenada da planta em amônia em suas raízes, tornando o solo mais nutritivo. Mas, mesmo
com os avanços na identificação de novas espécies, como a Prosopanche caatingicola, planta
catalogada em 2012, a falta de dados em relação à biodiversidade florística desse ecossistema
ainda é grande.
9) Por exemplo, a Corythomantis greeningi, perereca típica da região, nas épocas secas hiberna por
meses entre pequenas frestas de rochas, protegendo-se de herbívoros e armazenando água.
Já o Scriptosaura catimbau, lagarto adaptado a regiões de solos bem profundos, como os que
predominam na caatinga, literalmente se enterra por debaixo da terra à procura de água.
Outras espécies, como a rã Pleurodema diplolister, chegam a se enterrar em épocas de seca e,
com isso, evitam a perda de água por transpiração.
10) A principal causa de desmatamento na região é a produção de energia. Abatida, a mata nativa
vira lenha e carvão para siderúrgicas de Minas Gerais e Espírito Santo ou de indústrias de gesso
e cerâmica instaladas no próprio semiárido. As consequências do uso inapropriado dos
recursos naturais da região é a perda de habitat e a fragmentação de ecossistemas. Não se
trata de deixar de utilizar os recursos naturais da caatinga, mas sim de identificar até que ponto
podemos usá-los sem comprometê-la.
130
2. O quadro a seguir apresenta dados sobre o desmatamento das paisagens brasileiras.
a) De acordo com os dados apresentados, quais são os dois biomas brasileiros mais
conservados atualmente?
a) Observa-se que a temperatura sob a copa de uma árvore é mais baixa que a temperatura
embaixo de um telhado que esteja exposto à mesma insolação. Que fenômeno relacionado
à planta está mais diretamente envolvido com essa diferença observada? Explique de que
forma ele gera esse resultado.
b) Sempre que possível, deve-se evitar a varrição embaixo das árvores plantadas em bosques
e praças. Por qual motivo?
131
4. As espécies do gênero Prosopis são árvores perenes encontradas em diferentes
continentes. Pesquisadores quantificaram a biomassa da parte aérea (que fica para fora
do solo, geralmente caule e folhas) e da parte subterrânea (que fica dentro do solo,
geralmente raízes) das plantas desse gênero. Com os valores obtidos, os pesquisadores
calcularam uma razão, dividindo o valor da parte aérea pelo valor encontrado para a parte
subterrânea. Duas espécies apresentaram valores bem diferentes. A seguir, os climogramas
das localidades em que cada uma das espécies foi encontrada.
Em qual das localidades fica a espécie que apresentou a menor razão calculada? Justifique
sua resposta.
132
RELAÇÕES ECOLÓGICAS
Data: _____/_____/______
Harmônicas Desarmônicas
Intraespecíficas
Interespecíficas
133
CICLO DO CARBONO
Data: _____/_____/______
135
CICLO DO NITROGÊNIO
Data: _____/_____/______
137
BIOMAS MUNDIAIS
Data: _____/_____/______
Tundra
Taiga
(floresta
boreal)
Floresta
temperada
Floresta
tropical
Savana
Pradaria
Deserto
139
BIOMAS BRASILEIROS
Data: _____/_____/______
Amazônia
Caatinga
Cerrado
Pantanal
Mata
Atlântica
Pampas
141