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Nota: O termo "colaborador" sempre se refere a membros da equipe do sexo feminino e masculino.
Índice
1 Caixas de Câmbio............................................................................................................ 1
1.1 Modelos de Caixas de Câmbio ................................................................................................ 1
3 Caixa GO 240................................................................................................................. 20
3.1 GO 240-8 Índice de operações .............................................................................................20
3.2 Câmbio - Generalidades ........................................................................................................25
3.3 Transmissão da Força ...........................................................................................................27
3.4 Visão de conjunto do sistema GO 240-8 Powershift (com teclado no volante). ..................29
3.5 Visão de conjunto do sistema GO 240-8 Powershift (sem teclado no volante) ....................30
3.6 Desmontagem do câmbio .....................................................................................................31
3.7 Árvore secundária .................................................................................................................37
3.8 Comando do grupo divisor ....................................................................................................43
3.9 Caixa de velocidades do contra - freio de disco....................................................................47
1 Caixas de Câmbio
1.1 Modelos de Caixas de Câmbio
Modelos de Caixa Torque máx. Número de Relação de Sistema de Mudanças
de Entrada Marchas Redução/Relaç
ão Total
850Nm 6 6.70 - 0.73 9.2 Mecânica via Cabos
G85-6
1100Nm 6 6.12 - 0.75 8.2 Mecânica via Cabos
GO110-6
1900Nm 6 8.17 - 1.00 8.2 Mecânica via Cabos com PSH
GO190-6
2100Nm 6 6.53 - 0.80 8.2 Mecânica via Cabos com PSH
GO210-6
2300Nm 6 6.53 - 0.80 8.2 Mecânica via Cabos com PSH
GO230-6
2400Nm 8 6.57 – 0.63 10.4 Circuito Eletro Pneumático
GO240-8 PowerShift
2300Nm 12 12.33 – 0.78 Circuito Eletro Pneumático
15.8
AS Tronic
2 Caixa de mudanças
2.1 Função/Objetivo.
Adequar o torque e rotação provenientes do motor de acordo com as necessidades de
operação do veículo;
Possibilitar o funcionamento do motor com o veículo parado;
Inverter o sentido de rotação da árvore de transmissão em relação ao motor;
Possibilitar o ponto morto;
As caixas de mudanças manuais são constituídas basicamente por engrenagens de rodas
dentadas. Para variar o fator de multiplicação, transmite-se a força motriz através de diferentes
pares de engrenagens.
Conceito
A caixa de mudanças também é chamada tecnicamente de dispositivo de mudança de torque.
Ela permite selecionar maior velocidade com menos torque, ou pouca velocidade com grande
torque, de acordo com as necessidades do movimento.
O torque (medido em Nm) é o produto de uma força fornecida por uma alavanca. Quanto maior
a alavanca, maior será o torque (força).
A rotação de duas engrenagens do mesmo tamanho, com o mesmo número de dentes, será de
velocidade e torque idênticos.
Uma engrenagem de dez dentes trabalhando com outra com trinta dentes, terá que dar três
voltas para que a de trinta dentes dê uma volta. Esta chama-se redução três-por-um. O torque
de saída será três vezes maior, desprezando-se a perda por atrito. Isto denomina-se torque
um-por-três.
Relação de redução
A relação de redução é o fator que determina torque e a rotação de saída em uma transmissão
por engrenagens. O cálculo da relação de redução é feito da seguinte forma:
Neste exemplo a rotação diminui seis vezes tendo o torque aumentado na mesma proporção.
Exemplo: Bicicleta
A marcha engatada está desmultiplicando duas vezes, ou seja, a saída na roda está com uma
velocidade duas vezes maior do que na entrada “pedal”.
As caixas de mudanças que tem suas marchas fazendo desmultiplicação, tem o nome de
Overdrive (rotação de saída maior que a da entrada).
Ex.: 8ª H = 0,83 : 1
2.2 Componentes
Componentes/Funcionamento
Dentes Retos.
Existem engrenagens de dentes retos e dentes helicoidais.
As engrenagens de dentes retos geralmente são usadas
em marchas que não necessitam serem utilizadas em
períodos de longo engrenamento, primeira marcha (caixas
antigas), crawler e marcha-à-ré, pelo motivo de as mesmas
quando engrenadas produzirem ruído continuo (retos).
Dentes helicoidais.
As engrenagens de dentes helicoidais, assim chamadas
por possuírem seus dentes em forma de hélice, são as
mais utilizadas na maioria das caixas de mudanças
existentes.
Ao contrário das engrenagens de dentes retos, são
aplicadas para marchas menos reduzidas e, por
conseguinte de período de engrenamento mais longo,
engrenamento esse mais perfeito e de funcionamento
silencioso.
Convém esclarecer, que peças que transmitem movimento de torção leva o nome de “árvore”.
“Eixo” é aquele que somente suporta uma ou mais peças, móveis ou não.
Exemplo: Eixo dianteiro, eixo traseiro, etc.
Funcionamento
Na caixa de mudanças, as engrenagens estão colocadas sobre árvores, dentro de uma caixa
fechada, banhada a óleo. Na maioria dos tipos, a árvore secundária é suportada na
extremidade dianteira por um mancal piloto ou rolamento localizado dentro da árvore primária
e a extremidade posterior ligada à árvore de transmissão por meio de uma junta universal.
Um orifício, fechado por um bujão, serve para esgotar o óleo lubrificante da caixa (2). O
orifício de enchimento (1), também fechado por um bujão, está geralmente localizado de
modo a determinar o nível correto do óleo. As superfícies ao redor do bujão de
enchimento devem sempre ser cuidadosamente limpas antes de retirar o bujão. Falta de
cuidado, poderá fazer com que impurezas abrasivas penetrem na caixa e causem avarias
nos dentes das engrenagens, mancais ou rolamentos.
Fluxo de Força
A representação do fluxo do torque em uma caixa de mudanças de cinco marchas à frente e
uma ré.
Engrenamento
Existem diferentes tipos de caixas de mudanças
manuais, cuja diferença consiste no mecanismo de
engrenamento das marchas.
lnkn
Esse sistema é montado nos cominhões ACTROS 2546 S e 2646 S equipados com as caixas de
mudanças G-330 12K e com motores que atendem a norma EURO V.
Por contar com um nível de unidades de controle mais sofisticado, foi possível conhecer um
sistema totalmente automatizado (inclusive no acionamento da embreagem), e ainda, mudar a
concepção interna da caixa, que deixa de ter anéis sincronizadores na caixa básica e passa a ter o
sistema de garras constante.
Com esta nova concepção ganha-se espaço, o que permite aumentar a largura das engrenagens.
Desse modo, podem transitir maior torque sem a necessidade de aumentar as dimensões externas
da caixa. Outra vantagem, é a maior simplicidade na hora dos reparos e consequentemente menor
custo de manutenção.
Adiante, em curso específico, veremos os detalhes de funcionamento que caracterizam por um
lado a complexidade por traz desta nova tecnologia e por outro a simplicidade de operação
alcançada, facilitando significativamente a condução do veículo.
Com o GP aplicado (1º H), teremos a disposição à ré, 1ª, 2ª, 3ª e 4ª marchas. Por outro lado,
quando não usamos a redução do GP (2º H), teremos a disposição a 5ª, 6ª, 7ª e 8ª marchas.
O conjunto planetário pode ser utilizado em caixas de mudanças com a finalidade de realizar
reduções.
Anelar
Solar
Planetária
Quando a luva de acoplamento mover para o lado da placa de bloqueio, através da ação
pneumática, a engrenagem anular estará travada, obtendo a redução do GP.
Abaixo segue exemplo do fluxo de força da 1ª marcha utilizando o1º par e 2º par constantes.
Árvores e rodas
Como está montado o câmbio, fundamentalmente?
Atribua os números aos componentes do câmbio que aparecem a seguir.
3 Caixa GO 240
3.1 GO 240-8 Índice de operações
Câmbio automatizado Powershift
Lugares de montagem do GO 240-8 Powershift.
Descrição do sistema.
Câmbio – Generalidades.
Escoamento de óleo do câmbio.
Verificação e correção do nível de óleo do câmbio.
Abastecimento de óleo do câmbio.
Peneira de óleo
Desmontagem da peneira de óleo.
Montagem da peneira de óleo.
AR26.30-B-1020
Visão de grupos construtivos.
Descrição de funcionamento.
Desmontagem do freio da árvore intermediária.
Desmontagem dos discos de freio da árvore
intermediária.
Desmontagem e montagem da válvula de saída
rápida de ar do freio da árvore intermediária.
Montagem dos discos do freio da árvore
intermediária.
Montagem do freio da árvore intermediária.
Semieixo
Construção da árvore primária.
Desmontagem da árvore primária.
Verificação do limite de desgaste entre o cone de sinalização e a coroa móvel.
Montagem da árvore primária.
Pinhão de marcha à ré
Desmontagem do pinhão de marcha à ré.
Montagem do pinhão de marcha à ré.
Comando
Relação de componentes do comando.
Figura em corte do comando.
Desmontagem do comando.
Desmontagem do comando.
Montagem do comando.
Montagem do comando.
Cilindro de marchas
Esquema pneumático de cilindro de marchas.
Desmontagem de cilindro de marchas e cobertura de mancal.
Montagem de cilindro de marchas e cobertura de mancal.
Cilindros corredor
Esquema pneumático de cilindro corredor.
Desmontagem de cilindros corredores e coberturas de mancal.
Montagem de cilindro corredor e coberturas de mancal.
Posicionador da embreagem
Esquema pneumático do posicionador da embreagem.
Descrição de funcionamento.
Desmontar o posicionador da embreagem.
Montar o posicionador da embreagem.
Alavanca de desengate
Desmontar a alavanca de desengate.
Desmontar o mecanismo de desengate e verificá-lo em relação à facilidade de movimento de
desgaste.
Armar a alavanca de desengate.
Montar a alavanca de desengate.
Sistema de ar comprimido
Desmontagem de tubulações de ar comprimido e suportes de fixação.
Verificar a execução da união por conector de ar comprimido.
União por conector de ar comprimido VOSS 232.
Conexão por conector de ar comprimido Schäfer SDF.
Montagem de tubulações de ar comprimido e suportes de fixação.
Bomba de óleo
Bomba de óleo.
Desmontagem da bomba de óleo.
Montagem da bomba de óleo.
Sensores / transmissores
Visão de conjunto de sensores.
Dados técnicos.
Retarder – AR43.30-B-0002A
Desmontagem do retarder.
Manual de serviço pós-venda Voith VR 115 E (153.000452xx, 153.001763xx).
Montagem do retarder.
• Sincronizador 2 Sincronizador
7 Árvore secundária
GO240 – 8K PowerShift
10A01 Unidade de controle de regulação do motor CAN IES CAN FPS (controle flexível programável)
(MR)
10A02 Unidade de controle Common Powertrain CAN FPS CAN IT (painel de instrumentos)
Controller (CPC)
12A04 Unidade de controle do comando de CAN Cabo K (serviço de marcha substitutivo)
marchas ITKERS
12A07 Posicionador da embreagem
Desmontar do suporte
AR26.50-B-2002-01B
Separar as conexões elétricas por tomada (2, 3). Desmontar as tubulações de ar comprimido
(1). Desenroscar a capa protetora (5) da válvula (4) e introduzir o espigão da válvula (6) com
pressão. Com isso se estabelece uma compensação entre a pressão ambiente e a pressão no
posicionador da embreagem.
W 715 589 03 15 00
AR26.50-B-0420BR
Desmontagem do comando
AR26.18-B-2100BB
1 Caixa
2 Juntas anelares
3 Anel de apoio
4 Êmbolo
5 Anel de retenção
6 Discos com dentado interno
7 Discos com dentado externo
Desprender o rolamento de rolos cônicos (16) - W 652 589 00 33 21; W 652 589 003 323;
W 715 589 10 34 00; W 715 589 11 34 00; W 715 589 12 34 00; W 715 589 09 34 00.
Retirar a roda dentada da 1a marcha (23), o anel distanciador (22), a roda dentada da
marcha à ré (19), a coroa móvel (18) e o sincronizador (17).
Aplicar o extrator de três garras à roda dentada da 1a marcha
Desmontar os mancais de agulhas (20, 24) e a bucha de mancal (21).
Desmontar o anel de segurança (25).
Desmontar a coroa móvel (26), o sincronizador (27), a roda dentada da 3a marcha (28) e o
rolamento de agulhas (29) da árvore secundária (15).
Colocar o rolamento de agulhas (29) e a roda dentada da 2a marcha (28) sobre a árvore
secundária (15).
Lubrificar com óleo o rolamento de agulhas e o limitador da roda dentada.
Colocar o sincronizador (27) e colocar o anel de segurança (25) isento de jogo.
A rosca longa do sincronizador deve estar dirigida para a roda dentada da 2a marcha. Se
for necessário, montar um anel de segurança de outra espessura.
Valores de verificação Jogo axial dos anéis de segurança máxima 0,079 mm
Montar a coroa móvel (26).
Colocar a roda dentada da 1a marcha (23) com rolamento de agulhas (24) na árvore
secundária (15).
Lubrificar com óleo o rolamento de agulhas e o limitador da roda dentada.
Colocar o anel distanciador (22), a bucha de mancal (21), o rolamento de agulhas (20) e a
roda dentada da marcha à ré (19) sobre a árvore secundária (15).
Colocar a coroa móvel (18) e o sincronizador (17) sobre a árvore secundária (15).
Perigo de sofrer lesões na pele e nos olhos ao manusear objetos quentes ou incandescentes.
Detalhes...
Aquecer o rolamento de rolos cônicos (16) a cerca de 100°C e colocá-lo.
Comprimir o rolamento de rolos cônicos de forma que esteja isento de jogo axial.
Colocar a roda dentada da 3a marcha (13) com rolamento de agulhas (14) na árvore
secundária (15).
Lubrificar com óleo o rolamento de agulhas e o limitador da roda dentada.
Colocar o anel de sincronização (12), o sincronizador (11) e a coroa móvel (9) sobre a
árvore secundária (15).
A rosca longa do sincronizador deve estar dirigida para a roda dentada da 3a marcha
Colocar o anel de segurança (10) isento de jogo.
Se for necessário, montar um anel de segurança de outra espessura.
Comprimir o rolamento de rolos cônicos de maneira que fique isento de jogo axial.
Montar uma nova porca de segurança (1).
A porca (1) está micro encapsulada e possui rosca à esquerda. Torque de 340Nm.
AR26.50-B-0420-11BA
3.8.1 Desmontagem
Desenganchar o garfo de comando (5) se tiver que girar a vareta de comando (4) 180°.
Para desenganchar o garfo de comando (5) se tiver que girar a vareta de comando (4)
180°.
Extrair a vareta de comando (4) com o êmbolo de comando (1).
Desmontar o anel de ranhura dupla (2) do êmbolo de comando (1).
Corte do êmbolo
2 Juntas anelaras
*Observar a posição de
montagem das juntas
anelares (2).
3 Anel de apoio
4 Êmbolo
Exercícios / Tarefas
4 Retarder (Voith)
O retarder ou retardador, consiste em um importante componente de freio auxiliar. Instalado
na transmissão tem a função de transformar a energia cinética do veículo no momento da
desaceleração em energia hidráulica que será aproveitada para ajudar a frear.
Este princípio de funcionamento é denominado hidrodinâmico, além da elevada capacidade de
frenagem, o fato de estar instalado na saída da caixa de mudanças, mantém a ação de freio
mesmo com a caixa de mudanças em ponto morto.
No Brasil, a Mercedes-Benz disponibiliza o retarder hidrodinâmico como opcional para ônibus a
vários anos.
O modelo R115 E é oferecido como opcional para os ônibus O-500 RS / RSD, com as caixas de
mudanças GO 190 / 210. Estas, quando equipadas com o retarder, possuem na parte traseira
a superfície para fixação de equipamentos, fundida na própria carcaça, o que garante um
conjunto rígido e ainda mais compacto.
Apenas para constar, há ainda a possibilidade de montagem dos modelos: VR 123 para os
ônibus O-500 M e R115 HV para determinadas versões de caminhões.
O retarder é um sistema de freio que possui, de maneira muito simplificada, um rotor (a) e um
estator (b). Quando o sistema é ativado, existe um fluxo de óleo (c) entre esses dois
componentes de maneira a produzir um efeito de frenagem.
Quanto maior for a pressão de óleo presente, maior será o efeito de frenagem. A pressão pode
ser controlada através de uma válvula que é comandada por uma unidade de controle do
retarder (RS).
- Sensor de pressão;
- Sensor de temperatura do líquido de arrefecimento;
- Sensor de temperatura do óleo;
- Válvula moduladora de pressão.
Operação
A utilização do freio não produz momento de frenagem quando o veículo está parado, portanto,
não deve ser utilizado como freio de estacionamento.
Operação
0 – Desligado