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Silencio Pag. 2
Silencio Pag. 2
quando um fulgor mais rubro da Lua me fez voltar de novo os olhos para o
entre os nenúfares para espiar o que o homem fazia. Era alto, imponente, envolto
dos ombros aos pés na toga da velha Roma. Eram indistintos os contornos do seu
vulto — as suas feições, porém, eram as feições de uma divindade; pois o manto
rosto. Tinha a fronte alta do pensador; via-se-lhe nos olhos a sombra dos
cuidados; e nas poucas rugas que lhe sulcavam as faces eu li as fábulas da dor, do
ergueu os olhos para as enormes árvores primitivas, ergueu-os mais ainda para o
espiava o que o homem fazia. E o homem tremeu na solidão; — mas a noite foi
rochedo!
tremeu na solidão; — mas a noite foi avançando, dissipou-se por fim, e o homem
onde até aí não soprava vento, estralejou temerosa tempestade. O céu pôs-se