Introdução: Delirium é uma desordem neuropsiquiátrica aguda, frequentemente observada em
pacientes hospitalizados, especialmente na população idosa. Essa condição gera impacto
significativo à saúde dos pacientes, cuidadores e sistemas de saúde. Apesar da importância, o diagnóstico em situações de emergência muitas vezes é negligenciado. Objetivo: explorar abordagens farmacológicas e não farmacológicas para prevenir e tratar o delirium em idosos hospitalizados. Métodos: Revisão narrativa das revisões sistemáticas e meta-análise, percorrendo as seis etapas metodológicas de uma revisão integrativa. Resultados: Inicialmente, foram identificados 29 artigos, dos quais 12 atenderam aos critérios de inclusão. Os estudos abordaram uma variedade de intervenções, incluindo serviços de consulta geriátrica, equipes médicas especializadas, sedação com dexmedetomidina, protocolos de recuperação perioperatória acelerada, intervenções de exercícios, ferramentas de triagem cognitiva e estimulação transcraniana por acupuntura elétrica. Os estudos relataram níveis variados de eficácia na prevenção ou redução da incidência de delirium, com algumas intervenções apresentando resultados promissores. No entanto, foi observada heterogeneidade metodológica e evidências limitadas de alta qualidade nos estudos. Conclusão: Esta revisão destaca a importância de estratégias multifacetadas e personalizadas para prevenir e gerenciar o delirium em pacientes idosos hospitalizados. Os achados enfatizam a significância de cuidados multidisciplinares, equipes médicas especializadas e intervenções adaptadas. Pesquisas adicionais com metodologia rigorosa e ensaios multicêntricos maiores são necessárias para validar a eficácia dessas intervenções e aprimorar a compreensão de estratégias ótimas para o manejo do delirium em pacientes idosos. Unitermos: Delirium; idosos; hospitalizados; intervenções farmacológicas; intervenções não farmacológicas; manejo terapêutico.
Introdução: O delirium é um problema de saúde, comumente observado em pacientes
hospitalizados, especialmente na população idosa. Essa desordem neuropsiquiátrica aguda é caracterizada por comprometimento da atenção e consciência, acompanhada por declínio cognitivo ao longo de um curto período de tempo. O delirium representa um fardo significativo para os pacientes, cuidadores e sistemas de saúde devido a internações prolongadas, declínio funcional e cognitivo, aumento do risco de mortalidade e maiores custos com cuidados de saúde. Apesar de sua gravidade, o delirium muitas vezes não é diagnosticado em situações de emergência. Portanto, é essencial compreender os fatores de risco e estratégias eficazes de tratamento. O presente estudo teve como objetivo explorar a literatura sobre abordagens farmacológicas e não farmacológicas para prevenir e tratar o delirium em pacientes idosos hospitalizados. Métodos: Revisão narrativa das revisões sistemáticas e meta-análise, percorrendo as seis etapas metodológicas de uma revisão integrativa: identificação da pergunta de pesquisa, estabelecimento de critérios de inclusão/exclusão, busca na literatura, identificação e seleção de estudos, categorização dos estudos incluídos, análise e interpretação dos resultados e síntese do conhecimento. Foram realizadas pesquisas nas bases de dados PubMed e Cochrane Library usando palavras-chave específicas. Resultados: Inicialmente, foram identificados 29 artigos, dos quais 12 atenderam aos critérios de inclusão. Os estudos abordaram uma variedade de intervenções, incluindo serviços de consulta geriátrica, equipes médicas especializadas, sedação com dexmedetomidina, protocolos de recuperação perioperatória acelerada, intervenções de exercícios, ferramentas de triagem cognitiva e estimulação transcraniana por acupuntura elétrica. Os estudos relataram níveis variados de eficácia na prevenção ou redução da incidência de delirium, com algumas intervenções apresentando resultados promissores. No entanto, foi observada heterogeneidade metodológica e evidências limitadas de alta qualidade nos estudos. Discussão: A revisão revelou uma variedade de intervenções farmacológicas e não farmacológicas para o gerenciamento do delirium em pacientes idosos hospitalizados. Essas intervenções englobam abordagens multidisciplinares, cuidados médicos especializados, estratégias de sedação direcionada, protocolos de recuperação perioperatória acelerada, intervenções cognitivas e de mobilidade, e técnicas inovadoras como estimulação transcraniana por acupuntura elétrica. Os estudos destacaram a necessidade de abordagens individualizadas e abrangentes, bem como de evidências robustas de ensaios de alta qualidade para orientar a tomada de decisões. Conclusão: Esta revisão destaca a importância de estratégias multifacetadas e personalizadas para prevenir e gerenciar o delirium em pacientes idosos hospitalizados. Os achados enfatizam a significância de cuidados multidisciplinares, equipes médicas especializadas e intervenções adaptadas. Pesquisas adicionais com metodologia rigorosa e ensaios multicêntricos maiores são necessárias para validar a eficácia dessas intervenções e aprimorar a compreensão de estratégias ótimas para o manejo do delirium em pacientes idosos.
Palavras-chave: Delirium; idosos; hospitalizados; intervenções farmacológicas; intervenções não
farmacológicas; manejo terapêutico.
Introdução: O delirium é comum em idosos hospitalizados, gerando
encargos para pacientes, cuidadores e sistemas de saúde. O estudo investigou abordagens farmacológicas e não farmacológicas para prevenção e tratamento do delirium em idosos. Métodos: Revisão narrativa das revisões sistemáticas e meta-análise, seguindo seis etapas de revisão integrativa. Pesquisas foram realizadas nas bases PubMed e Cochrane Library com palavras-chave específicas. Resultados: Foram identificados 29 artigos, 12 atenderam critérios de inclusão. Estudos abordaram intervenções como consultas geriátricas, equipes especializadas, dexmedetomidina, protocolos perioperatórios, exercícios, triagem cognitiva e estimulação transcraniana. Eficácia variada foi relatada na prevenção do delirium, com intervenções promissoras. Havia heterogeneidade metodológica e evidências limitadas de qualidade. Conclusão: Estratégias personalizadas são essenciais para prevenir e gerenciar o delirium em idosos hospitalizados. Resultados ressaltam a importância de cuidados multidisciplinares, equipes especializadas e intervenções adaptadas. Estudos rigorosos são necessários para validar eficácia e aprimorar estratégias ótimas de manejo.
O que é delirium? Caracterizar/trazer o que há na literatura;
Restringir discussão para situação de hospitalização e voltar para população mais acometida = idosos; Mostrar o impacto que o delirium causa na saúde de: o Pacientes; o Cuidadores; o Sistemas de saúde; APESAR DE TODA ESSA IMPORTÂNCIA MOSTRADA, Diagnóstico em situações de emergência é muito negligenciado; OBJETIVOS: o Explorar abordagens farmacológicas e não farmacológicas para prevenir e tratar o delirium em idosos hospitalizados
*até 8 parágrafos (fazer uns 5?)
Apesar de sua gravidade, existem ações não
farmacológicas bem estabelecidas como efetivas para reduzir as chances de sua ocorrência ou da respectiva duração do episódio, como manter o paciente bem orientado em tempo e em espaço, além de deixar o ambiente mais familiar; promover estimulação da memória e do raciocínio, além de uma boa higiene do sono (BURTON 2021). Por outro lado, também existem estudos que revelam não ter tanta eficácia para a redução das chances de delirium: (1) limites de transfusão de sangue liberais no lugar de restritivos em caso de cirurgia de quadril; (2) cuidado em unidade geriátrica ao invés de ortopédica; (3) realização de exercícios físicos em contrapartida ao cuidado habitual e (4) estimulação elétrica em pontos de acupuntura frente ao placebo; além de ainda ser incerto se a “Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas” (CPAP) tem capacidade de reduzir o risco de delirium por reduzir apneia em momento posterior a cirurgias (BURTON 2021). Reaproveitar esse trecho na discussão?
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estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. 2. Burton JK, Craig, LE, Yong, SQ, Siddiqi, N, Teale, EA, Woodhouse, R, Barugh, AJ, Shepherd, AM, Brunton, A, Freeman, SC, Sutton, AJ, Quinn T. Non‐pharmacological interventions for preventing delirium in hospitalised non‐ICU patients. Cochrane Database of Systematic Reviews [Internet]. 2021;(7). Disponível em: https://doi.org//10.1002/14651858.CD013307.pub2 3. National Institute for Health and Care Excellence (NICE). Delirium: diagnosis, prevention and management. NICE Clinical Guideline 103, 2023. https://www.nice.org.uk/guidance/cg103/resources/delirium- prevention-diagnosis-and-management-in-hospital-and-longterm- care-pdf-35109327290821. (accessed 16 January 2024). 4. Ormseth CH, LaHue SC, Oldham MA, Josephson SA, Whitaker E, Douglas VC. Predisposing and Precipitating Factors Associated With Delirium: A Systematic Review. JAMA Netw Open. 6 de janeiro de 2023;6(1):e2249950. 5. Oliveira J. E Silva L, Berning MJ, Stanich JA, Gerberi DJ, Murad MH, Han JH, et al. Risk Factors for Delirium in Older Adults in the Emergency Department: A Systematic Review and Meta-Analysis. Annals of Emergency Medicine. outubro de 2021;78(4):549–65. 6. CALF, A. H. et al. Screening instruments for cognitive impairment in older patients in the Emergency Department: a systematic review and meta-analysis. Age and ageing, v. 50, n. 1, p. 105–112, 8 jan. 2021. 7. Ursi, E. S. Prevenção de lesões de pele no perioperatório: revisão integrativa da literatura. [dissertação]. Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto; 2005. 8. Pereira JV, Sanjanwala RM, Mohammed MK, Le ML, Arora RC. Dexmedetomidine versus propofol sedation in reducing delirium among older adults in the ICU: A systematic review and meta- analysis. Eur J Anaesthesiol. fevereiro de 2020;37(2):121–31. 9. Miller D, Lewis S, Pritchard M, Schofield‐Robinson O, Shelton C, Alderson P, et al. Intravenous versus inhalational maintenance of anaesthesia for postoperative cognitive outcomes in elderly people undergoing non‐cardiac surgery. Cochrane Database of Systematic Reviews [Internet]. 2018;(8). Disponível em: http://dx.doi.org/10.1002/14651858.CD012317.pub2 10. Abraha I, Trotta F, Rimland JM, Cruz-Jentoft A, Lozano- Montoya I, Soiza RL, et al. Efficacy of Non-Pharmacological Interventions to Prevent and Treat Delirium in Older Patients: A Systematic Overview. The SENATOR project ONTOP Series. PLoS One. 2015;10(6):e0123090. 11. Grigoryan KV, Javedan H, Rudolph JL. Orthogeriatric care models and outcomes in hip fracture patients: a systematic review and meta-analysis. J Orthop Trauma. março de 2014;28(3):e49-55. 12. Eagles D, Godwin B, Cheng W, Moors J, Figueira S, Khoury L, et al. A systematic review and meta-analysis evaluating geriatric consultation on older trauma patients. J Trauma Acute Care Surg. março de 2020;88(3):446–53. 13. Thillainadesan J, Yumol MF, Suen M, Hilmer S, Naganathan V. Enhanced Recovery After Surgery in Older Adults Undergoing Colorectal Surgery: A Systematic Review and Meta-analysis of Randomized Controlled Trials. Dis Colon Rectum. 1º de agosto de 2021;64(8):1020–8. 14. Hartley P, Keating JL, Jeffs KJ, Raymond MJ, Smith TO. Exercise for acutely hospitalised older medical patients. Cochrane Database Syst Rev. 10 de novembro de 2022;11(11):CD005955. 15. Li S, Jiang H, Liu W, Yin Y, Yin C, Chen H, et al. Transcutaneous electrical acupoint stimulation for the prevention of perioperative neurocognitive disorders in geriatric patients: A systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Medicine (Baltimore). 16 de dezembro de 2022;101(50):e32329. 16. Woodhouse R, Burton J, Rana N, Pang Y, Lister J, Siddiqi N. Interventions for preventing delirium in older people in institutional long‐term care. Cochrane Database of Systematic Reviews [Internet]. 2019;(4). Disponível em: http://dx.doi.org/10.1002/14651858.CD009537.pub3 17. Wang Y, Tang J, Zhou F, Yang L, Wu J. Comprehensive geriatric care reduces acute perioperative delirium in elderly patients with hip fractures: A meta-analysis. Medicine (Baltimore). junho de 2017;96(26):e7361. 18. Page MJ, McKenzie JE, Bossuyt PM, Boutron I, Hoffmann TC, Mulrow CD, et al. A declaração PRISMA 2020: diretriz atualizada para relatar revisões sistemáticas. Revista Panamericana de Salud Pública. 30 de dezembro de 2022;46:1 19. Baczynska AM, Lim SE, Sayer AA, Roberts HC. The use of volunteers to help older medical patients mobilise in hospital: a systematic review. J Clin Nurs. novembro de 2016;25(21– 22):3102–12.