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Secretaria Especial para Assuntos Jurídicos
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º A implementação do princípio de valorização dos profissionais da educação escolar, inscrito no inciso V
do art. 206 da Constituição Federal, no que se refere aos profissionais das redes públicas de educação básica,
obedecerá às diretrizes fixadas na presente Lei.
Art. 2º Profissionais da educação escolar básica pública são aqueles que, detentores da formação requerida em
lei, exercem a função de docência ou as funções de suporte pedagógico à docência, isto é, direção e administração
escolar, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacionais, ou ainda as funções de suporte técnico e
administrativo que requeiram formação técnica ou superior em área pedagógica ou afim.
III – condições de trabalho que favoreçam o sucesso do processo educativo, assegurando o respeito à
dignidade profissional e pessoal dos educadores.
Art. 4º Os planos de carreira dos profissionais da educação escolar básica pública contemplarão as seguintes
diretrizes:
I – ingresso na carreira exclusivamente por concurso de provas e títulos, que aferirá o preparo dos candidatos
com relação a conhecimentos pedagógicos gerais e a conhecimentos da área específica de atuação profissional,
sempre considerada a garantia da qualidade da ação educativa;
a) possibilidade efetiva de progressão funcional periódica ao longo do tempo de serviço ativo do profissional;
a) titulação;
d) experiência profissional;
e) assiduidade;
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V – piso remuneratório da carreira definido e atualizado em conformidade com o piso salarial profissional
nacional estabelecido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal;
VII – composição da remuneração que assegure a prevalência proporcional da retribuição pecuniária ao cargo
ou emprego em relação à retribuição das vantagens;
VIII – consideração das especificidades pedagógicas da carreira e das características físicas e geoeconômicas
das redes de ensino, na definição:
a) dos adicionais que vierem a ser previstos, para contemplar modificações no perfil do profissional ou
alterações nas condições normais de exercício do cargo ou emprego, especialmente a titulação decorrente de
formação adicional não considerada na organização básica da carreira, e o exercício em condições que possam
comprometer a saúde do profissional ou em estabelecimentos localizados em áreas de reconhecidos índices de
violência;
b) das gratificações que vierem a ser previstas, para contemplar o exercício de atribuições que extrapolem
aquelas relativas ao cargo ou emprego para o qual o profissional prestou concurso ou que caracterizem condições
especiais de exercício, especialmente o exercício de funções de gestão ou coordenação pedagógica nas unidades
escolares e o exercício em classes especiais ou em escolas de difícil acesso;
IX – jornada de trabalho de até 40 (quarenta) horas semanais, da qual, no caso da regência de classe, parte
será reservada a estudos, planejamento e avaliação, nos termos da legislação específica e de acordo com a proposta
pedagógica da escola;
X – férias anuais para os profissionais em regência de classe e para os demais profissionais da educação
escolar básica pública;
XI – duração mínima de 2 (dois) anos para o período de experiência docente estabelecido como pré-requisito
para o exercício de quaisquer funções de magistério, excetuada a de docência, nos termos do § 1º do art. 67 da Lei nº
9.394, de 20 de dezembro de 1996.
Parágrafo único. Os critérios utilizados para estabelecer a organização dos planos de carreira devem assegurar:
I – remuneração condigna;
Art. 5º A formação continuada para a atualização dos profissionais da educação escolar básica pública,
promovida e estimulada pelos respectivos sistemas de ensino por meio de programa permanente com planejamento
plurianual, contemplará:
I – vinculação com as necessidades de qualificação dos profissionais nas diversas áreas específicas de
atuação, inclusive em nível de pós-graduação;
II – oferta de atividades que promovam o domínio do conhecimento atualizado e das metodologias de ensino
mais modernas e a elevação da capacidade de reflexão crítica sobre a realidade educacional e social;
III – universalidade de acesso a todos os profissionais da mesma rede de ensino, com licenciamento periódico
remunerado;
IV – coerência com os objetivos e com as características das propostas pedagógicas das escolas da rede de
ensino;
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VI – devido credenciamento e qualidade das instituições formadoras.
Art. 6º As condições de trabalho dos profissionais da educação escolar básica, indispensáveis para o êxito do
trabalho pedagógico, contemplarão:
I – adequado número de alunos por turma, que permita a devida atenção pedagógica do profissional a cada
aluno, de acordo com as necessidades do processo educacional;
II – número de turmas, por profissional, compatível com sua jornada de trabalho e com o volume de atividades
profissionais extraclasse, decorrentes do trabalho em sala de aula;
III – disponibilidade, no local de trabalho, dos recursos didáticos indispensáveis ao exercício profissional;
VI – permissão para o uso do transporte escolar no trajeto entre o domicílio e o local de trabalho, quando não
houver prejuízo do uso pelos estudantes.
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