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RELATÓRIO TÉCNICO
Ministéé rio da Economia
Projéto dé Coopéraçaã o “Projéto dé Pésquisa, Désénvolviménto é Inovaçaã o para a Automaçaã o dé
Sérviços Pué blicos no aâ mbito da Jornada da Transformaçaã o dos Sérviços”
Brasíélia
2019
É permitida a reprodução parcial ou total deste relatório, desde que não haja fns comerciais e que seja
citada a fonte.
Uma publicação do
Information Téchnology – Réséarch and Application Céntér (ITRAC)
Univérsidadé dé Brasíélia
Faculdadé do Gama
AÓ réa Espécial dé Indué stria – Projéçaã o A
Sétor Lésté – Gama
Contéâ inér 14
CEP: 72.444-240
itracfga@gmail.com
Elaboração
Réjané Maria da Costa Figuéirédo (FGA/UnB, ITRAC)
Vanéssa dé Andradé Soarés (ITRAC)
Laura Barros Martins (ITRAC)
Maria Luiza Férréira Assumpçaã o Alméida (FGA/UnB, ITRAC)
Léonardo Sagméistér dé Mélo (FGA/UnB)
Cristiané Soarés Ramos (FGA/UnB, ITRAC)
Colaboração
Pablo Diégo Silva da Silva (FGA/UnB)
Coordenação do Projeto
Réjané Maria da Costa Figuéirédo (FGA/UnB, ITRAC)
RESUMO
O contéxto dos govérnos éstaé ém constanté mudança, principalménté com o cénaé rio dé
Govérno digital, para réflétir a busca por soluçoã és digitais inovadoras para as préssoã és
sociais, éconoâ micas, políéticas é outras, bém como suas transformaçoã és no procésso. Com
a évoluçaã o técnoloé gica é a éxpansaã o da intérnét, cada véz mais govérnos éstaã o adotando
a técnologia da informaçaã o é comunicaçaã o (TIC) para provér sérviços. Esté rélatoé rio
aprésénta métodologias, modélos é férraméntas qué promovém a automaçaã o é
digitizaçaã o dé sérviços pué blicos fédérais no Brasil, com foco nos cidadaã os é nas
organizaçoã és. Essés procéssos ocorréram no contéxto da Govérnança Digital é da
Plataforma dé Cidadania Digital (Décréto nº 8.936/2016), ém parcéria com o atual
Ministéé rio da Economia, qué ém 2018 continha o Départaménto dé Modérnizaçaã o da
Géstaã o Pué blica, da Sécrétaria dé Géstaã o (SEGES), do Ministéé rio do Planéjaménto,
Désénvolviménto é Géstaã o (MP). O téxto réprésénta as atividadés dé 2018, quando o MP
éstava vigénté.
Palavras-chave: Govérno Digital, Govérno Elétroâ nico, Transformaçaã o Digital, Sérviços
Pué blicos.
LISTA DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................6
1.1 Contéxto............................................................................................................................................ 6
1.2 Plataforma dé Cidadania Digital.............................................................................................. 7
2 GOVERNO DIGITAL.....................................................................................................8
2.1 Motivaçoã és para a digitizaçaã o.................................................................................................. 8
2.2 Histoé ria do govérno digital........................................................................................................ 9
2.3 Evoluçaã o do govérno digital................................................................................................... 12
REFERÊNCIAS.................................................................................................................33
6
1 INTRODUÇÃO
1.1 Contexto
O cénaé rio do govérno digital éstaé ém constanté mudança para réflétir a busca por
soluçoã és digitais inovadoras para as préssoã és sociais, éconoâ micas, políéticas é outras,
bém como suas transformaçoã és no procésso (JANOWSKI, 2015).
Com a évoluçaã o técnoloé gica é a éxpansaã o da intérnét, cada véz mais govérnos éstaã o
adotando a técnologia da informaçaã o é comunicaçaã o (TIC) para provér sérviços (FANG,
2002; WEST, 2005). Désdé qué a intérnét foi réconfigurada para sér acéssíévél aà
populaçaã o, surgiu o térmo “é-govérno”, dé “govérno élétroâ nico” (OECD, 2014), qué vém
sé éxpandindo é évoluindo.
Alguns autorés considéram os térmos “govérno digital” é “govérno élétroâ nico” (“é-
govérno”) como sinoâ nimos (ELMAGARMID; JR., 2001; PARDO, 2000; WEST, 2005). A
Organizaçaã o para a Coopéraçaã o é Désénvolviménto Econoâ mico (OCDE), no éntanto, trata
“é-govérno” (govérno élétroâ nico) como o uso dé TICs, ém éspécial da intérnét, pélo
govérno como férraménta dé mélhoria é “govérno digital” como o uso das técnologias
digitais como parté das éstratéé gias dé modérnizaçaã o do govérno, dé forma a agrégar
valor pué blico (OEDC, 2014).
Kané ét al. (2015) réssaltam qué, para um govérno passar a sér élétroâ nico ou
digital, éé nécéssaé rio tornar digitais séus procéssos, suas agéndas é séus sérviços fíésicos.
Essa transformaçaã o éé conhécida como digitização de serviços.
Nos ué ltimos anos, tém-sé obsérvado divérsas iniciativas para alavancar o govérno
digital no mundo. Por éxémplo, o Comitéâ dé Govérnança Pué blica (PGC) da OCDE
apréséntou, ém julho dé 2014, uma récoméndaçaã o sobré éstratéé gias digitais dé govérno,
com o intuito dé aproximar os govérnos dos cidadaã os é das émprésas (OECD, 2014).
Organizaçoã és como, por éxémplo, a Accénturé (2016) é a Déloitté (2015) tambéé m téâ m
apréséntado rélatoé rios sobré o désénvolviménto dé govérno digital ém alguns paíésés é a
nécéssidadé dé pésquisas qué possam inovar os vaé rios cénaé rios govérnaméntais
(GARTNER, 2015).
1.2 Plataforma de Cidadania Digital
Governo Governança
Supéréstrutura Funcionalidadé
Décisoã és Procéssos
Régras Objétivos
Régras Désémpénho
Impléméntaçaã o Coordénaçaã o
Réndiménto Résultados
E-governo E-governança
Entréga dé sérviço élétroâ nico Consulta élétroâ nica
Fluxo dé trabalho élétroâ nico Controladoria élétroâ nica
Votaçaã o élétroâ nica Compromisso élétroâ nico
Produtividadé élétroâ nica Oriéntaçaã o sociétal ém rédé
Enquanto a govérnança éstaé présénté nas tréâ s ésféras, o govérno atua apénas na
ésféra políética é/ou administrativa. Isso sé rélaciona dirétaménté com o concéito dé é-
govérno da OECD dé 2003, qué éxplica qué as définiçoã és dé é-gov sé ajustam a tréâ s
grupos (OECD, 2003):
1. é-govérno éé définido como a éntréga dé sérviço online (intérnét) é outras
atividadés baséadas na intérnét como é-consulta;
Variável Explicação
Estágio
Metáfora Tema
Cidadaã os é Opéraçoã és é
sérviços técnologia
Assimilaçaã o dé habilidadés
Assimilaçaã o Intéraçaã o Intégraçaã o
computacionais baé sicas no mundo réal.
Nésté capíétulo, aprésénta-sé como o cidadaã o, énquanto usuaé rio digital podé
influénciar é contribuir para a construçaã o é évoluçaã o dé um govérno digital.
2.1 Participação do cidadão no governo digital
Com a mélhora nas éxpériéâ ncias digitais comérciais, os cidadaã os téâ m sé tornado
cada véz mais éxigéntés é, conséquéntéménté, a diférénça éntré o qué os cidadaã os
vivénciam ém suas vidas é o qué élés acéitaraã o para o govérno éstaé diminuindo, ou séja,
a éxpéctativa das péssoas sobré suas rélaçoã és com os govérnos éstaé mudando. A
constanté intégraçaã o dé novas técnologias (computaçaã o ém nuvém, rédés sociais,
técnologia moé vél) na vida cotidiana dé péssoas, émprésas é govérnos éstaé ajudando a
dar origém a novas formas dé éngajaménto pué blico é rélacionaméntos qué ultrapassam
os concéitos dé pué blico, privado é ésféras sociais (ACCENTURE, 2016; OECD, 2014).
Ségundo a Accénturé (2016), énténdér os haé bitos, as préféréâ ncias é as
éxpéctativas dos cidadaã os pérmitiraé ao govérno construir uma basé para tér sucésso
quando cada cidadaã o sé tornar um “supérusuaé rio digital”, ou séja, um usuaé rio qué utiliza
técnologia cotidianaménté, séja ém computadorés, séja ém dispositivos moé véis. Définé-
sé por usuaé rio a péssoa qué intéragé com o sistéma, qué podé sér o cidadaã o, o analista, o
fornécédor, o téé cnico, o consumidor ou o pésquisador, éntré outros énvolvidos.
Essé novo ambiénté digital pérmité qué os rélacionaméntos éntré os intéréssados
séjam mais colaborativos é participativos, oportunizando qué élés moldém as
prioridadés políéticas, colaborém no désénho dos sérviços pué blicos é participém da sua
éntréga dé forma ativa, com uma maior coéréâ ncia é soluçoã és intégradas para désafios
compléxos.
Para apoiar uma mudança dos govérnos, saã o nécéssaé rias novas abordagéns dé
govérnança pué blica. Ségundo a OCDE (2014), abordagéns céntradas no cidadaã o (citizen-
centric), qué détérminam qué o govérno dévé antécipar as nécéssidadés dé cidadaã os é
négoé cios, dévém sér substituíédas por abordagéns oriéntadas ao cidadaã o (citizen-driven),
nas quais os cidadaã os é os négoé cios détérminam suas proé prias nécéssidadés dé forma
mais participativa é intégrada.
Trabalhos acadéâ micos tambéé m discutém qué a participaçaã o do cidadaã o naã o sé
limita ao procésso démocraé tico, mas inclui o procésso dé éntréga dé sérviços do govérno
digital (REDDICK, 2011; SANTOS; TONELLI; BERMEJO, 2014; SIMONOFSKI ét al., 2017).
Déssé modo, o domíénio dé négoé cio naã o dévé éstar céntralizado no govérno, mas focar a
intéraçaã o éntré govérno é cidadaã o dé forma híébrida é hétérogéâ néa. Ségundo Santos ét al.
(2014), éssa intéraçaã o sociopolíética digital dévé sér instruméntalizada por férraméntas
élétroâ nicas qué otimizém o procésso comunicativo é informativo éntré o govérno é o
cidadaã o.
Apésar dé sua importaâ ncia na aé réa dé pésquisa ém govérno digital, o campo qué
énvolvé participaçaã o do cidadaã o éncontra-sé ém um éstado pouco désénvolvido é naã o
consolidado. Dianté déssa lacuna dé pésquisa, Simonofski ét al. (2017) buscam, por méio
dé uma révisaã o sistémaé tica dé litératura, comprééndér o éstado atual désté campo,
éspécificaménté no qué diz réspéito aà participaçaã o dé cidadaã os na éntréga dé sérviços dé
e-government. Como résultado da révisaã o conduzida por Simonofski ét al. (2017),
conformé apréséntado na Figura 4, foram idéntificados os quatro principais fatorés qué
compoã ém a pésquisa ém participaçaã o dé éntréga dé sérviço ém e-government:
stakeholders, qué podém sér cidadaã os como usuaé rios finais, sérvidorés
pué blicos, políéticos ou désénvolvédorés dé software;
préé -condiçoã és, qué podém sér classificadas ém motivaçoã és é barréiras;
méé todos dé participaçaã o, qué podém sér classificados ém co-désign dé sérviço
é coéxécuçaã o dé sérviço; é
résultados, qué podém sér classificados ém éspécíéficos dé e-government é
tradicionais dé sistémas dé informaçaã o.
Algumas açoã és réalizadas ao longo dos 15 anos dé é-gov no Brasil podém sér obsérvadas nas Figura 5 é
O MP coordéna a éstratéé gia dé automaçaã o dos sérviços pué blicos nos oé rgaã os é
éntidadés énvolvidos. Em 2017, para o Portal dé Sérviços do Govérno, foi prévista a
contrataçaã o, ém nuvém, dé uma soluçaã o técnoloé gica para automaçaã o dé sérviços
pué blicos, no modélo dé Softwaré como Sérviço (SaaS). Tambéé m éstaé inclusa a adéquaçaã o
é automaçaã o dos sérviços propriaménté ditos, com o uso da soluçaã o técnoloé gica
disponibilizada, incluindo suporté téé cnico é tréinaménto, capazés dé aténdér a oé rgaã os é
éntidadés da Administraçaã o Pué blica Fédéral com nécéssidadé dé automatizar sérviços
pué blicos, ségundo o Prégaã o Elétroâ nico SRP nº 3, publicado ém 28 dé abril dé 2017
(BRASIL, 2017c).
A Plataforma da Cidadania Digital (BRASIL, 2017d) éé uma férraménta dé
solicitaçaã o é acompanhaménto dos sérviços pué blicos qué pérmitiraé a oférta élétroâ nica
dé détérminado sérviço, incluindo a idéntificaçaã o dé sérviços pué blicos é dé suas
principais étapas; a solicitaçaã o élétroâ nica dos sérviços; o agéndaménto élétroâ nico,
quando coubér; o acompanhaménto das solicitaçoã és por étapas; é o péticionaménto
élétroâ nico dé qualquér naturéza. Ela tém como funcionalidadés: visaã o graé fica sobré a
situaçaã o das démandas; intéraçaã o digital por méio dé chat é é-mail; é histoé rico dé
aténdiménto é comunicaçoã és éntré cidadaã o é aténdénté (BRASIL, 2017c).
Dados os décrétos, éncontra-sé ém construçaã o, sob résponsabilidadé do
départaménto INOVA, do MP, um programa dé govérno digital dénominado Kit
Transformaçaã o dé Sérviços Pué blicos.
4.5.1 Questione
4.5.2 Personalize
4.5.3 Reinvente
4.5.4 Facilite
4.5.5 Integre
EÓ a fasé dé planéjaménto é comunicaçaã o, aos cidadaã os, das mudanças qué foram
réalizadas nos sérviços. Séus désafios incluém:
Témpéstividadé: as açoã és dé comunicaçaã o précisam sér réalizadas no
moménto adéquado, pois a pérda do timing podéraé réduzir a éficaé cia da
comunicaçaã o.
Alcancé: asségurar qué o pué blico-alvo dos sérviços (usuaé rios, géstorés é
opéradorés) séja éfétivaménté alcançado na comunicaçaã o.
Continuidadé: planéjar é impléméntar a mudança dé modo a naã o gérar
“caos” ou intérrupçoã és bruscas na préstaçaã o do sérviço, préjudicando os
usuaé rios.
Disponibilizar éstrutura dé aténdiménto adéquada para o suporté aos
sérviços apoé s a “virada dé chavé” (implantaçaã o) da transformaçaã o (MP, 2017d).
ACCENTURE. Digital Government Pathways to Delivering Public Services for the Future A
comparative study of digital government performance across 10 countries, 2014.
ACCENTURE. Digital government: “Good enough for government” is not good enough,
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