JUCA

ESTE CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO, DISTRIBUIDO, COMERCIALIZADO OU REPRODUZIDO SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DE SEUS IDEALIZADORES

Jornal
de Umbanda

Carismática
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
Ano VlII - Nº 89
Janeiro/2014

Existem algumas atitudes que além de

demonstrarem nosso respeito,
falam mais que mil palavras...
2 - Janeiro/2014 JUCA Jornal de Umbanda Carismática www. umbandacarismatica.org.br
EXPEDIENTE:
JUCA - Jornal de Umbanda Carismática
Dirigente Espiritual do NÚCLEO e Redatora
Mãe Mônica Caraccio
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devidos fins que executou em seu parque gráfico
o serviço de impressão do Jornal Juca - Jornal
de Umbanda Carismática Edição n0 89 no dia
22/01/2014 com tiragem de 5.000 exemplares
com papel imprensa fornecido por esta Gráfica,
com periodicidade Mensal de propriedade do Núcleo
Cultural e Social de Umbanda Carismática luz de
oxalá - Força de oxum, tendo como seu diretor
responsável o Sr. Marco antonio Caraccio.
São paulo, 22 de Janeiro de 2014
rogério Torres de lima
Folhagráfica
EDITORIAL
Axé a todos! Início de ciclo,
agora é hora de agir, de atitude, de cora-
gem, caso contrário, novas e novas des-
culpas, lamentações e arrependimentos
farão parte do futuro. Dentro do contex-
to espiritual o desenvolvimento mediú-
nico provoca um gigantesco medo, po-
rém, esse medo é normalmente reflexo
da falta de conhecimento sobre o que é
e como tratá-la.
O primeiro ponto a ser esclarecido é de
que a mediunidade não é escravidão, mas
uma grande oportunidade de evoluir espi-
ritualmente, visto que, não somos matéria
mas sim espíritos em experiências no Plano
Material. Observo que muitas pessoas têm
medo de incorporar e acreditam que isso é
algo do outro mundo, mas mal sabem que
muitas vezes estão incorporando em suas
próprias casas ou em qualquer local sem
nenhum cuidado ou conhecimento.
Mediunidade é a faculdade que uma
pessoa possui e que, se desenvolvida de
maneira séria e correta, poderá servir de
veículo de comunicação entre os dois pla-
nos: o espiritual e o material. A mediu-
nidade é um DOM e, assim como o mé-
dium, deve ser lapidada e preparada para
lidar com forças poderosíssimas e irradia-
ções emanadas de Deus. Essa lapidação
só se realiza de forma ordenada se houver
a dedicação do médium com os estudos,
com o desenvolvimento correto em dias
próprios, com a mudança de maus hábi-
tos, com o reconhecimento e a reparação
de erros e vícios, com a reforma íntima,
com a disciplina e o respeito …
É fato, quanto mais recusar a vida em espí-
JUCA
rito, mas difícil ficará a vida na matéria! É a
incontestável Lei da Ação e Reação agindo.
Jornal de Umbanda Carismática
www.umbandacarismatica.org.br
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Medo??? O medo quando não dominado
só paralisa, endurece e estagna um movi-
mento, consequentemente um crescimento.
Medo? Medo de espíritos Bons, de energia
pura, de fazer o bem? Não, não podemos
deixar boas e importantes oportunidades
passar. Não podemos alimentar esse tipo
É fato, ninguém faz conosco o que não
de sentimento tão denso e paralisante.
queremos ou o que não merecemos! O
Preocupado com a responsabilidade? Se
pedido, o desejo, o acordo de ser médium
vai dar conta? Ora, olhe à sua volta, será que
foi e é NOSSO.
você já não deu conta de coisa muito pior, de
Saibam que grandes acordos foram
coisa muito mais difícil que isso? Entenda,
feitos no astral com os Guias Espirituais
desenvolver a mediunidade cria em nós uma
quando nos encontrávamos desencarna-
energia altamente positiva e Divina, portan-
dos, assim como grandes promessas são
to, não tem como não dar conta.
feitas diariamente aos Guias Espirituais
Pensando o que e no que isso compro-
pelos próprios médiuns aqui, enquanto
mete? Então saiba que isso só comprome-
encarnados e enquanto necessitam. No
te Amor, Dedicação e Convicção. E tenho
entanto, após tudo resolvido e com novas
certeza que isso não é tão difícil assim.
oportunidades as ideias mudam e as pro-
Acha que esse é um caminho sem vol-
messas são quebradas facilmente.
ta? Pois então compreenda que esse Não
Saliento e afirmo com toda minha con-
é um caminho sem volta, é sim, um cami-
vicção que os Guias Espirituais respeitam
nho de tanta Paz, de tanta Luz e de tanta
o Livre Arbítrio e que não nos forçam a
Alegria que é VOCÊ que não vai mais
nada, nós é que muitas vezes somos vo-
querer sair desse caminho.
lúveis demais e esquecemos muito rápi-
Sei que algumas pessoas passam por
do os compromissos, os chamados e as
apuros no início desse desenvolver, mas
bênçãos recebidas.
nada que não seja de merecimento, que não
Como Dom, a mediunidade não é pri-
seja para crescimento e para aperfeiçoa-
vação, castigo ou escolha. Desenvolver
mento. Sei que algumas pessoas já tiveram
a mediunidade só faz o bem, seja para
grandes desilusões, mas o que é isso perto
o próprio médium, seja para o próximo.
da grandeza de sentir um Orixá em nosso
Aliás, tem uma frase muito inspiradora a
corpo, sentir a doçura de um Preto-velho, a
todos aqueles que juram uma fé incondi-
clareza de um Caboclo, a pureza e alegria
cional, mas não agem o Sentido da Fé: A
de um Erê e a sabedoria de um Exu.
FÉ, SE NÃO TIVER OBRAS, É MOR-
Enfim, sei que esse assunto é longo,
TA EM SI MESMA. Tiago 2:17.
mas termino esse texto afirmando com
Desenvolver a mediunidade, Vestir o
toda minha convicção, fé e amor que
Branco, é entrar em equilíbrio com o pró-
não existe nada melhor, nada mais sa-
prio espírito, com a própria alma. É sair
tisfatório e nada mais grandioso que ser
da agonia, da dor e do sofrimento e viver
um instrumento de Espíritos tão eleva-
em Paz de Espírito. Não adianta, quem
dos, tão benevolentes e sábios.
tem missão, função e obrigação tem que
quebrar os tabus, os medos e fazer aquilo
Que a Luz de Oxalá nos ilumine e
que TEM QUE FAZER.
Que as Forças de Oxum nos unam na
Desenvolver a mediunidade, Vestir o
Fé em Olorum!
Branco, só faz bem, só melhora e apu-
ra nossos sentidos, só engrandece nossa
vida e favorece nosso estado de espírito. Mãe Mônica Caraccio
C A DA S T
R
Gratuitam E - S E
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GRUPOS DE ESTUDO
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Ministrados e Coordenados por Mãe Mônica Caraccio

Redatora do JUCA - Jornal de Umbanda Carismática; Sacerdotisa de

Umbanda com grau de Ialorixá, dirigente espiritual da Umbanda Carismática;
Mestre em Radiestesia e Radiônica formada entre outros pelo
SENAC/SP; Mestre em Apometria formada entre outros Sr.Sardinha
www.umbandacarismatica.org.br - Osasco SP; Formação Teológica pela Pontifícia Universidade Católica
de São Paulo - PUC/SP; Bacharel em Ciências da Religião,
e
o d e lados os Pós-graduada em História da África e do Negro no Brasil.
Rem alizad
Atu
Mistérios da Mediunidade
O PODER DAS ERVAS, e da Incorporação
PEDRAS E ÁGUAS Para todos aqueles que acreditam que 'nada é por acaso' e para todos aqueles que entendem a im-
portância de cumprir suas Funções, Obrigações e Missões. Vamos entender o porque de ser médium, as
obrigações mediúnicas, o ato de incorporar, como facilitar a incorporação e como cuidar da mediunidade.
* Um estudo detalhado das Ervas, Pedras e Águas Vamos saber o que acontece com o bloqueio, rompimento ou recusa desse Dom. Os tabus, os mitos e
dos Orixás e o uso ritualístico, energético, fitoterápico e as verdades que envolvem a Mediunidade. Um estudo essencial, que fala da essência do espírito e das
litoterápico desses elementos naturais. relações com os espíritos. Um estudo emocionante, empolgante e INSPIRADOR.

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ALGUNS TEMAS QUE SERÃO ABORDADOS NESSE ESTUDO: O que é mediunidade,
ser médium e a incorporação - As responsabilidades, obrigações e deveres que envolvem a

de 03 a 06 FEVEREIRO mediunidade - Diferentes capacidades, funções e missões mediúnicas - Como acontece a

manifestação mediúnica, transe e incorporação - Corpo Astral - Ectoplasma - As diferenças
das incorporações dos Guias Espirituais da Umbanda - É possível “abrir” ou “fechar” a me-
- 2ª a 5ª feira - diunidade? - Como potencializar a mediunidade e muito mais.

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“Tenho plena convicção que é mais que um estudo,
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4 - Janeiro/2014 JUCA Jornal de Umbanda Carismática www. umbandacarismatica.org.br
Umbandista Verdadeiro
Umbandista de Fim de Semana
Dentro dos milhões de terreiros espalhados por esse
país e pelo mundo, podemos encontrar casas cheias de
“médiuns”, todos, ou quase todos, presentes no dia de
sessão, afim de cumprir, por mais uma vez sua missão.
Entretanto, podemos identificar facilmente dois
grandes grupos de Umbandistas: O Umbandista Ver-
dadeiro e O Umbandista de fim de semana. Apesar de
ser impossível verificar apenas na aparência em qual
grupo determinado médium se encontra, as atitudes,
os pensamentos, a preparação do adepto deixa claro
sua classificação. Essa classificação deve ser feita inti-
mamente por cada um que se diz “Umbandista”, colo-
cando em uma balança seus atos.
Mas, genericamente, podemos defini-los dessa forma:
O UMBANDISTA VERDADEIRO, não dei-
xa de ser umbandista quando os atabaques do terreiro
silenciam. Ele continua vivenciando sua religião mes-
mo fora do templo sagrado. Pois sabe que é aqui fora
que se deve por em prática todos os ensinamentos da-
dos pelos guias na sessão.
O UMBANDISTA DE FIM DE SEMANA,
além de reclamar da duração do trabalho, pois é can-
sativo ficar em pé algumas horas a cada semana, ou
a cada quinze dias, deixa de ser umbandista com o
término dos trabalhos. Não vê a hora de ir embora e
voltar para sua rotina habitual. Quando indagado so-
bre sua religião, tem vergonha, esconde, mente ser de
outra, e não faz questão nenhuma de por em prática
aquilo que aprendeu.
O UMBANDISTA VERDADEIRO é aquele
que se orgulha de sua religião, não teme assumi-la
publicamente, ou ajudar aquele que precisa. É aquele
médium interessado, que sempre busca aprender mais,
questionar mais, buscando compreender melhor como
funciona sua religião e a espiritualidade.
O UMBANDISTA VERDADEIRO tem amor
à sua casa religiosa, pois entende que é nesse solo
sagrado que seus Orixás e seus guias se manifestam,
além de ser uma escola onde desenvolve sua mediuni-
dade e aperfeiçoa sua moral. Busca auxiliá-la em tudo
que precisa, tem zelo, tem capricho.
O UMBANDISTA DE FIM DE SEMANA
lembra-se de seu terreiro apenas nos dias de sessões,
e não se preocupa se tudo está em ordem, ou se a casa
encontra-se em bom estado, pois, apenas quer “ficar”
aquelas horas ali e ir embora.
&
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O UMBANDISTA VERDADEIRO conta os E você meu irmão de fé? Em qual grupo de Umban-
dias para que chegue a próxima sessão. Programa sua dista está?
vida incluindo os dias de trabalho, para que nenhum Se está na dos Umbandistas Verdadeiros, parabéns,
evento ocorra nesse dia, pois, trata-se de um dia sagra- continua buscando o aperfeiçoamento de sua fé e cum-
do. E quando chega o dia, o Umbandista verdadeiro prindo sua missão.
desde o momento em que acorda, já está em sintonia Mas, se você está no grupo dos Umbandistas de fim
com o astral superior, evitando o consumo de bebidas de semana, é sinal que algo em sua vida está errado.
alcoólicas e fumo e fazendo seu banho de descarga, Ainda é tempo de mudar! Aproveite essa oportunida-
pois sabe que os irmãos espirituais já estão agindo em de, pois o Reino de Oxalá é grandioso e iluminado,
seu templo e em sua matéria. Precisa estar bem, para mas temos que merecer estar lá. Todos podem lá che-
socorrer aqueles que lá estarão precisando de auxílio. gar, desde que façam sua “reforma íntima”, mudando
a maneira de agir e de pensar, confiando mais naquilo
O UMBANDISTA DE FIM DE SEMANA quan- que professa, cultivando as coisas positivas, buscando
do nota que naquele fim de semana terá sessão, já faz a elevação e entendendo que a Umbanda é a oportuni-
cara feia e pensa “não acredito, isso de novo! Nem deu dade que Deus nos deu para corrigir nossos defeitos,
para descansar”. Qualquer motivo é motivo para não ir livrar-nos de nossos vícios e alcançar o progresso es-
ao terreiro. Se o tempo está frio, chuvoso ou muito quen- piritual.
te, não vai. Se “não está afim” arruma qualquer desculpa Ainda há tempo! Avante filhos de fé!
e não vai. Se espirrar, se pegar uma gripe ou resfriado
leve, também não vai. E esquece-se, que muitos irmãos
doentes procuram nossas casas em busca de alívio para Por Sandra Pacheco
seus males. Qual seria a lógica de um filho de fé não
ir, se seria essa a oportunidade de encontrar sua cura?
O Umbandista de fim de semana no dia de sessão age
como se fosse mais um dia comum. Cultiva vícios, más
palavras, más atitudes e intrigas. Não tem noção de que
a espiritualidade já está agindo e que seu comportamen-
to prejudica seriamente seu desenvolvimento.
O UMBANDISTA VERDADEIRO realmente
acredita naquilo que professa. Sabe que a espirituali-
dade está em todos os lugares e tudo que faz, faz com
fé e amor, pois tem a certeza que os espíritos estão ali
e irão, de alguma forma, auxiliá-lo, mesmo não sendo
da maneira que ele esperava. Não se desespera com as
provações, com os contratempos, com as peripécias
da vida, pois sabe que é nos momentos difíceis que
realmente somos lapidados.
O UMBANDISTA DE FIM DE SEMANA
duvida do que professa. Não tem certeza das manifes-
tações. É aquele que acredita que sendo Umbandista,
nunca mais terá problema de saúde, que nunca mais
terá problemas financeiros. Quando tais problemas
aparecem, revolta-se e mais uma vez põe em dúvida
sua religião. É aquele que acredita serem as entidades
verdadeiros “gênios da lâmpada”, que tudo que ele pe-
dir e quiser, elas terão que dar. Acredita que não have-
rá mais contratempo e que não passará por provações,
pois as “entidades não vão deixar ele sofrer”.
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O PODER DA
ORDEM
Você já parou pra pensar no
quão é mais fácil nos organizar-
mos na vida quando o ambiente
em que vivemos encontra-se
igualmente organizado? Já ou-
viu alguém dizer que o nosso
carro ou a nossa casa reflete o
nosso modo de vida? Pois bem,
é sobre ordem que vamos fa-
lar... Vale lembrar que ordem,
no contexto em pauta, é sinô-
nimo de disciplina e equilíbrio.
Ordem ou equilíbrio é alvo
de discussão de diferentes
campos do saber desde a anti-
guidade. Doutrinas, religiões,
filosofia e outras áreas do co-
nhecimento humano há tempos
tem se empenhado em proble-
matizar tal assunto.
Diferentes filósofos, em di-
ferentes épocas, constataram
a importância da ordem no
ato de ser livre. Dito de outro
modo, antes de ser livre, é pre-
ciso saber sobre ordem. Afinal,
todo ato carrega em si as raízes
das consequências que ganha-
rão vida após a concretização
do mesmo.
A importância da ordem para
a vida, no entanto, não se restrin-
ge ao que foi colocado até aqui
se considerarmos que as conse-
quências de uma vida que bus-
ACESSE
www.minhaumbanda.com.br
e se encante um pouco
mais com a Umbanda
ca a ordem
em tudo o que faz, pode
contribuir imensamente com
o equilíbrio do universo. Para
tanto, é preciso começar com o
espaço onde vivemos: a nossa
casa/lar, o nosso trabalho o nos-
so bairro, em fim, os lugares nos
quais convivemos diariamente.
Cumprir horários, manter
a casa organizada, reservar
tempo para o lazer, família,
amigos e espiritualidade, den-
tre outros, constituem a difícil
tarefa de administrar o tempo
nos dias em que vivemos. Essa
administração, contudo, pre-
cisa se concretizar de modo
que cada contexto de vida
consiga se autobeneficiar com
as consequências da ordem
estabelecida para a sua vida.
Essa busca não pode se tornar
uma tortura, no sentido de ‘em
nome da ordem’ acabarmos
promovendo a ‘desordem’. É
preciso equilibrar nossas ações
de maneira que possamos dar
e receber, amar e ser amado.
Se apenas um desses extremos
tiver vez na nossa busca, a de-
sordem estará instaurada.
Por Kelly Bianca Clifford Valença
A Arte como Fonte de
Autoconhecimento
No decorrer da his-
tória humana, muitos
foram os conceitos e
implicações atribuídos
ao que denominamos
arte hoje. Esta, já ser-
viu a crenças, religiões,
deuses, representantes do
poder, homens e natureza.
Estilos diversos foram alvos de
representações que alimentaram a
arte no decorrer da sua história. Ideais
que refletem culturas, sociedades, espaços e
tempos variados revelaram-se através da bus-
ca pelo belo, pelo feio e por tudo o que há
entre estes dois extremos.
Independentemente de conceitos que ampa-
rem a ideia de arte, concebo-a, sempre, como
expressão do homem situada histórica, cultu-
ral e socialmente. Ou seja: a arte ‘fala’ do seu
tempo. E, mais ainda, ‘fala’ de quem a pro-
duz. Já dizia o pintor abstracionista Pollock,
no séc. XX, que todo artista pinta o que é.
É neste sentido que a arte pode funcionar
como um instrumento facilitador de autoconhe-
cimento e cura. Foi a partir desta constatação
que se deu a origem da Arteterapia. Isto é, uma
modalidade terapêutica que se utiliza da arte
para dar ‘voz’ ao que se passa com os sujeitos.
Vale lembrar que neste campo não está em
cheque o fato de o paciente possuir ou não
o domínio de técnicas e destrezas manuais.
Mas, de exprimir seus sentimentos sem preo-
cupações estéticas, através de diferentes mo-
dalidades, tal como a pintura, modelagem, co-
lagem, montagem, dobraduras, dentre tantas
outras possibilidades que serão escolhidas de
acordo com cada caso e contexto. Com base
nesta produção, o próprio paciente começa a
tecer relações entre a sua personalidade, com-
portamento e/ou sentimentos, e a expressão
visual construída. O diagnóstico, portanto, é
mediado pelo arteterapeuta e construído pelo
próprio paciente.
Isto tudo é possível porque ao nos expres-
sarmos visualmente através da arte, acaba-
mos tornando aquilo que produzimos uma
espécie de extensão de nós mesmos, ou seja,
uma espécie de projeção do corpo e da alma.
Por isto, essa modalidade terapêutica pode
favorecer a autoestima, o equilíbrio mental e
físico, a concentração, o sono e uma série de
outras questões.
Engana-se quem pensa que a arteterapia,
assim como outras modalidades terapêuticas,
só possui serventia a quem apresenta sérios
distúrbios físicos ou psicológicos. Qualquer
pessoa pode se beneficiar desta área, desde
que esteja aberto à experiência.
Você já experimentou algo assim? Lembre-
se que o cuidar de si é uma importante condi-
ção para o cuidar do próximo.
Por Kelly Bianca Clifford Valença
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6 - Janeiro/2014
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ESTE CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO, DISTRIBUIDO, COMERCIALIZADO OU REPRODUZIDO SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DE SEUS IDEALIZADORES
(...) Em primeiro lugar, o
médium ao adentrar no ter-
reiro deve Saudar as Forças
dos Srs. Exus/Guardiões e das
Sras. Pombagiras/Guardiãs as-
A Umbanda
divino de amorosi-
dade e fé seguindo o
ensinamento de Jesus
no momento de sua
crucificação. Fazendo

sentadas na Tronqueira e para
tanto, deve parar por alguns
minutos de frente à tronqueira
e com a cabeça baixa, agrade-
cer a permissão de sua entrada
naquela Casa Santa. Caso seja
necessário, nesse momento
também se pede para os espíri-
tos negativos, que por ventura
estão perturbando o equilíbrio
do médium, sejam recolhidos
e encaminhados pela Força da
Esquerda com a permissão de
Ogum, consequentemente o
agradecimento e os momen-
tos de permanência de frente à
tronqueira serão maiores. Por-
tanto deve-se sempre agradecer
a guarda, a força e a proteção
que ELES proporcionam em
nossas vidas e ao terreiro.
Normalmente e dependen-
do do terreiro, durante esses
momentos de agradecimento
bate-se palmas três vezes e/
ou toca-se no chão saudando
o “embaixo” também três ve-
zes pronunciando sua sauda-
ção que é “Laroye Exu. Exu
é Mojubá!”. Segundo a ‘En-
ciclopédia brasileira da Diás-
pora Africana’ de Nei Lopes,
Laroye significa: interjeição de
saudação a Exu, um dos nomes
de Exu e Mojubá significa: fór-
mula de saudação e reverência,
dirigidas pelos fiéis aos orixás.
Do ioruba ‘mo juba’, “eu (te)
reconheço como superior”.
Em um segundo momento de-
ve-se Saudar o Congá e o Altar,
locais e pontos Sagrados que
devem ser respeitados, afinal, é
entre tantas coisas, onde se rea-
lizam as grandes trocas de ener-
gias, é onde todas as Irradiações
Divinas estão concentradas e
consequentemente são projeta-
das a todos, principalmente so-
bre aqueles que reconhecem e
aceitam esse Poder Divino.
Para saudar o Congá deve-
se fazer três vezes o sinal da
cruz no chão antes mesmo de
entrar nesse espaço. Fazendo
esse sinal, abre-se um portal
merece...
três vezes se afirma,
reafirma e determina
esse ato. Fazendo no
chão “acordar” a for-
ça da terra e toda sua
potência energética
transmutadora, trans-
formadora, curadora,
sábia e ancestral.
Já o ato de “Bater
Cabeça” não deve
ser ou se tornar um
‘costume’ ou uma
‘repetição’, mas uma
atitude de reverência,
entrega, devoção e
adoração diante dos
e pelos Sagrados Ori-
xás. É nessa hora que
comungamos com
Oxalá, Oxum, Oxóssi,
Xangô, Ogum, Oba-
luayê, Iemanjá e com todos os
Guias Espirituais, é nessa hora
que pedimos que nos ajudem a
mantermos nossos olhos fecha-
dos para o ciúme, para o egoís-
mo e para a inveja, assim como
nossos ouvidos fechados para a
intriga e para a curiosidade que
fortifica a fofoca.
É nessa hora que pedimos
que nos ajudem a manter nos-
sos corações abertos para o
amor, para a fé, para a com-
paixão e para a esperança, e
que nossa mente esteja sempre
aberta para o discernimento,
para a sabedoria e para a paci-
ência. Que nos ajudem a man-
ter nosso espírito purificado e
iluminado para que assim pos-
samos servir de “simples” ins-
trumentos de Deus, da Lei e da
Justiça Divina. É o momento
de agradecer, agradecer e agra-
decer por essa oportunidade
única e excelsa que temos por
estar diante do Poder Divino,
diante dos Orixás.
Além disso, é o momento de
absorver as potências energéti-
cas da Terra pedindo para ela
transmutar todos nossos pen-
samentos e sentimentos negati-
vos, além de nos envolver com
a Sabedoria Sagrada de nossa
ancestralidade que em tempos
remotos foi levada a terra.
E por fim, e não menos im-
portante, o médium deve Sau-
dar, ou melhor, Tomar a Benção
de seu Pai ou Mãe Espiritual.
Quando isso ocorre, o “filho”
está reconhecendo seu Pai Es-
piritual como o detentor dos
conhecimentos da Lei de Um-
banda e como seu orientador,
portanto é ele que o conduzirá,
o sustentará e o protegerá den-
tro da doutrina religiosa umban-
dista e diante da própria vida.
“Tomar a Benção” é sim um
procedimento de reconheci-
mento e de respeito à Hierar-
quia, mais do que isso, é um ato
de entrega, respeito e confiança,
portanto aquele que “dá a ben-
ção” tem que estar consciente
de suas responsabilidades, as-
sim como deve rever e reava-
liar seus atos constantemente
para que eles sejam e estejam
idôneos à sua posição. “Tomar
a Benção” ou “Dar a Benção”
é coisa séria e tem fundamento,
portanto é preciso ter Atitude,
Respeito e Conhecimento.
Aproveitem um pouco da-
quele “olhar de poeta” e perce-
bam: quando o médium toma
entre suas mãos a mão de seu
Pai Espiritual e a beija respei-
tosamente levando-a até a sua
testa e beijando-a novamente,
ele está saudando, determinan-
do e reafirmando sua fé acima
de tudo a Trindade Divina.
Percebam que são três atos,
beijar a mão, colocar na testa e
beijar novamente, o que signi-
fica o respeito à Trindade, além
disso, ao beijar pela primeira
vez o médium está afirmando
que aquela mão tem “poder”,
tem “conhecimento” e tem
“autoridade”; ao colocar essa
mão na testa o médium está
afirmando que somente aquela
mão tem a permissão de tocar
em sua coroa – afirmativa que
magneticamente e vibratoria-
mente dá proteção àquele mé-
dium pois dificulta a ação de
espíritos negativos que conti-
nuamente tentam “dominar” o
mental do mesmo – automati-
camente o Pai silenciosamente
“pede” para que todo seu Saber
seja absorvido por aquele ‘fi-
lho’, afinal sem conhecimento
não há evolução, e intimamen-
te, ao tocar com as mãos na tes-
ta de seu filho, o Pai diz: “eu te
dou o meu Saber meu filho, re-
ceba e evolua em espírito”; por
fim, ao beijar novamente a mão
do Pai espiritual, o médium
está confirmando o desejo de
que aquelas mãos preparadas o
conduza no trabalho espiritual
e no encontro aos Orixás, por
isso que ao pedir a benção o
Pai Espiritual responde “Seja
Oxalá quem lhe abençoe meu
filho”. Importante perceber que
com essa afirmativa o Pai já
está proporcionando o encon-
tro do médium com os Orixás.
Basta ter Fé, Atitude, Respeito
e Conhecimento.
É, a Umbanda tem fundamen-
to sim, e é nosso dever e nossa
obrigação saber “preparar”.
É nosso dever e nossa obri-
gação saber se comportar,
ensinar e respeitar. É nosso
dever e nossa obrigação dar
bons exemplos e responder por
nossos atos e pela Umbanda,
mesmo porque, na Umbanda
NADA É SIMPLES, mas tudo
é de uma simplicidade impar.
Fiquemos atentos!!!
Por Mãe Mônica Caraccio
TRECHOS postado 04/10/2011
blog www.minhaumbanda.com.br
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8 - Janeiro/2014
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Imagens, Guias e Colares de
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Só quem constrói o futuro tem
o direito de julgar
a intenção de processar a
o passado revista "Fortune", porque fui vítima de uma omissão inexplicável. Ela publicou uma
lista dos homens mais ricos do mundo, e nesta lista eu não apareço. Aparecem: o sultão
EM GERAL, QUEM CONSTRÓI de Brunei, os herdeiros de Sam Walton e Mori Takichiro.
o futuro está muito ocupado para jul- Incluem personalidades como a rainha Elizabeth da Inglaterra, Niarkos Stavros, e os
gar o passado. mexicanos Carlos Slim e Emilio Azcarraga.
Desde pequenos, quando recebemos Mas eu não sou mencionado na revista.
notas na escola, nos acostumamos com E eu sou um homem rico, imensamente rico. Como não? Vou mostrar a vocês:
avaliações e julgamentos. Ao julgarmos o passado – de uma época ou de Eu tenho vida, que eu recebi não sei porquê, e saúde, que conservo não sei como.
uma pessoa - , sentimos a falsa segurança de ter fechado uma porta. Eu tenho uma família, esposa adorável, que ao me entregar sua vida me deu o melhor
Ao mesmo tempo, todo julgamento esconde o orgulho de quem se considera para a minha; filhos maravilhosos, dos quais só recebi felicidades; e netos com os quais
dono da verdade. Também revela grande insegurança. De sua posição inatingí- pratico uma nova e boa paternidade.
vel, aquele que julga se comporta como soberano e crítico das ações alheias. Eu tenho irmãos que são como meus amigos, e amigos que são como meus irmãos.
Como a vida é um caminho para frente, é muito mais produtivo construir Tenho pessoas que sinceramente me amam, apesar dos meus defeitos, e a quem amo
o que vai acontecer do que analisar o que já passou, como nos diz Nietzsche. apesar dos meus defeitos.
Além disso, as pessoas que agem estão livres de preocupações, que normal- Tenho quatro leitores a cada dia para agradecer-lhes porque eles lêem o que eu mal
mente ocupam a cabeça das que não se movem. escrevo.
Podemos observar o mundo de duas maneiras: virando a cabeça para trás Eu tenho uma casa, e nela muitos livros (minha esposa iria dizer que tenho muitos
ou prestando atenção no que temos à nossa frente. livros e entre eles uma casa).
E você? Que caminho prefere? Eu tenho um pouco do mundo na forma de um jardim, que todo ano me dá maçãs e
que iria reduzir ainda mais a presença de Adão e Eva no Paraíso.
Retirado do livro “Nietzsche para estressados” de Allan Percy
Eu tenho um cachorro que não vai dormir até que eu chegue, e que me recebe como
se eu fosse o dono dos céus e da terra.
Eu tenho olhos que vêem e ouvidos para ouvir, pés para andar e mãos que acari-
ciam; cérebro que pensa coisas que já ocorreram
a outros, mas que para mim não haviam ocorrido
nunca.
Eu sou a herança comum dos homens: alegrias
para apreciá-las e compaixão para irmanar-me
aos irmãos que estão sofrendo.
E eu tenho fé em Deus que vale para mim
amor infinito.
Pode haver riquezas maiores do que a mi-
nha?
Por que, então, a revista "Fortune"
não me colocou na lista dos homens
mais ricos do planeta? "
E você, como se considera?
Rico ou pobre?
Há pessoas pobres, mas
tão pobres, que a única
coisa que possuem é
... DINHEIRO.

Por Armando Fuentes

Aguirre (Catón)
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O noviço indagou do mes-
tre como exercitar a virtude
da paciência. O mestre sub-
meteu-o ao primeiro dos três
exercícios: caminhar todas as
manhãs pela floresta vizinha
ao mosteiro.
Disposto a conquistar a paci-
ência e livrar-se da ansiedade
que o escravizava – a ponto de
ingerir alimentos quase sem
mastigá-los, tratar os subalter-
nos com aspereza, falar mais
do que devia -, durante nove
meses o noviço caminhou por
escarpas íngremes, estreitas
fendas entre árvores e cipós,
pântanos perigosos, enfren-
tando toda sorte de insetos pe-
çonhentos e bichos venenosos.
Nove meses depois o mestre
o chamou. Deu-lhe o segundo
exercício: encher um tonel de
água e carregá-lo nos braços
todas as manhãs, ao longo dos
cinco quilômetros que separa-
vam o rio da fonte que abas-
tecia o mosteiro. O noviço
tampouco compreendeu o se-
gundo exercício mas, julgando
a sua desconfiança sintoma de
impaciência, resignadamente
aplicou-se à tarefa ao longo de
nove meses.
Chegou o dia do terceiro e
último exercício: atravessar,
de olhos vendados, a corda que
servia de ponte entre o abismo
EXERCÍCIO
DA PACIÊNCIA
em se encravava o mosteiro e
a montanha que se erguia de-
fronte. Com muita reverência,
por temer estar ainda tomado
pela impaciência, o noviço
indagou ao mestre se lhe era
permitido fazer uma pergun-
ta. O velho monge aquiesceu.
“Mestre, qual a relação entre
os três exercícios?”
O mestre sorriu e seu rosto
adquiriu uma expressão lumi-
nescente: “Ao caminhar pela
floresta, você aprendeu a per-
der o medo da paciência. Sou-
be vencer meticulosamente
cada um dos obstáculos e não
se deixou intimidar pelas ame-
aças. Agora sabe que, na vida,
o importante não é disputar na
pressa quem chega primeiro.
O que vale é chegar, ainda que
demore mil anos. Observou
também a diversidade da na-
tureza e dela tirou a lição de
que nem todas as coisas são do
jeito que preferimos.”
“Ao trazer água do rio, você
fortaleceu os músculos do cor-
po e aprendeu a servir. A im-
paciência é a matéria-prima da
intolerância, do fundamenta-
lismo, do desrespeito, da se-
gregação. A paciência exige
humildade, generosidade, so-
lidariedade.”
O noviço compreendeu, mas
ainda uma dúvida pairava em
sua mente. O mestre o perce-
beu. “Agora você quer saber
por que atravessar olhos ven-
dados a corda que nos serve de
ponte de, não é?”, indagou o
velho monge. E acrescentou:
“Com a paciência impregna-
da em seus pés que trilharam
Por Frei Betto
a floresta inóspita; a força
impregnada em seus braços,
que aprenderam a servir; ago-
ra você fará o exercício da
fé. Não poderá enxergar, mas
confiará que a corda permane-
cerá sob seus pés. Não pode-
rá apoiar-se, mas se entregará
à certeza de que seu corpo é
como a água que você trazia:
movimenta-se, mas não cai.
Não poderá fugir ao abismo
que se abre abaixo, mas anda-
rá convicto de que, do outro
lado, há a montanha sólida a
esperá-lo e acolhê-lo. Assim é
o Pai de Amor quando nos dis-
pomos, na escuridão da fé, a ir
ao encontro Dele.”
Após uma pausa de silêncio,
o mestre completou: “Sem fé
não há tolerância; sem tolerân-
cia, impossível a paciência.”
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O noviço dilatou os olhos
como que assustado. “O que
foi?”, indagou o velho monge.
“Mestre, os fundamentalistas
não são pessoas de muita fé?
E não se caracterizam pela in-
tolerância?”
O mestre sorriu de modo
suave e replicou: “Os funda-
mentalistas não têm fé, que
é confiar incondicionalmen-
te em Alguém. O que têm é
pretensão, confiam apenas em
si mesmos. Eles são o objeto
da própria fé. Ao atravessar
o abismo, você estará percor-
rendo o itinerário que conduz
do seu homem velho ao seu
homem novo. E o fará para o
bem dos outros. E confie, Al-
guém o conduzirá pela mão,
livrando-o de todos os riscos.”
Por Frei Betto
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A N O C A NDOMBLÉ ...
A CA DEIR
O trono ou a cadeira do pai ou da
mãe-de-santo, que se confunde com a
cadeira de seu orixá, é símbolo má-
ximo de poder no candomblé. Mais
que isso, símbolo sagrado, diante do
qual os filhos se prostram, em cum-
primento e respeito. Um pai ou mãe-
de-santo, quando é confirmado no
cargo, isto é, entronizado, é sentado
na cadeira, como os reis e rainhas.
A cadeira é o trono do terreiro, de
onde a mãe ou o pai-de-santo gover-
nam com poderes absolutos.
Depois da cadeira da ialorixá, há as
cadeiras dos oloiês, os ebômis (inicia-
do seniores) que têm cargo no terreiro.
A confirmação de qualquer um desses
cargos se faz numa cerimônia pública
em que o novo oloiê é sentado em sua
cadeira sob aplausos dos presentes.
Assim, sentam-se os ogãs, as equé-
dis e outras autoridades. É freqüente,
no caso de cargos de não rodantes, o
novo dono de cadeira ser conduzido a
esta pelo orixá (incorporado em tran-
se) a quem ele deve servir. Quando al-
guém vai ser confirmado num cargo,
faz parte do enxoval uma cadeira, na
qual terá o direito de sempre se sentar
no barracão. Não é incomum ganhar
a cadeira de presente de amigos e ir-
mãos-de-santo. A cadeira de cada um
é individual em tudo, de modo que nos
terreiros pode coexistir uma profusão
de cadeiras de tudo quanto é forma,
material e acabamento. Como o espa-
ço do barracão é essencial para as dan-
ças, muitos terreiros preferem recolher
as cadeiras de cargo e manter apenas
algumas delas para que os ebômis pos-
sam se sentar.
Somente a mãe-de-santo e seus au-
xiliares de grau sênior têm cadeira e
podem se sentar. Os iaôs (juniores)
e os abiãs (aspirantes) sentam-se no
chão ou em esteiras. Sentar-se em ca-
deira é sinal de hierarquia, alta digni-
dade, obrigações cumpridas.
Os orixás de ebômis também se
sentam em cadeiras, mas os orixás
dos que estão nos pontos iniciais da
carreira sacerdotal sentam-se em ban-
quinhos. A cadeira marca a diferença
de tempo de iniciação, de tempo de
santo, tanto para os humanos quanto
para os deuses.
Esse costume vem da África, onde
somente os reis e membros da alta
corte podiam se sentar em cadeiras
e bancos. O assento do rei deveria
ser mais alto do que os dos demais,
como se observa até hoje no candom-
blé. Mas seu uso é mais generalizado,
podendo ser observado como prática
que vai desde os povos mais antigos
até instituições do mundo ocidental
moderno.
O professor da antiga universidade
dispunha de sua cadeira, sua cátedra,
em latim, daí o nome de professor
catedrático, o dono da cátedra. Da
cátedra ele ditava sua sabedoria, daí
se dizer que “falava de cátedra”. Até
hoje se conserva esse costume com
relação ao papa: diz-se que o papa
fala de cátedra, da cátedra de São Pe-
dro, e portanto o que ele diz e escreve
é verdade que não pode ser contes-
tada. Falar de cátedra significa falar
com todo o poder do conhecimento,
conhecimento conferido pelo estu-
do, pela antiguidade ou por força do
mundo sobrenatural.
Como o papa, os bispos também se
sentam em cadeiras. A catedral é a
igreja em que se localiza a cadeira do
bispo, o trono episcopal. É dali que o
bispo dirige sua diocese.
Além de roupas especiais, como
túnicas, capas, togas etc. etc., reis e
rainhas, bispos, inclusive o papa (que
é o bispo de Roma), pais e mães-de-
santo usam muitos emblemas do seu
poder: a cadeira ou trono em que se
senta; coroas, mitras e adês com que
cobrem a cabeça; cetros, báculos e
opás que levam nas mãos. Objetos
carregados de tradição, simbologia e
força mágica. Até a reforma univer-
sitária, nas décadas de 1960 e 1970,
os professores catedráticos também
usavam na cabeça o capelo, símbolo
dos doutores. Mas a cadeira ou trono
é o símbolo máximo, pois marca o lu-
gar de onde fala a autoridade, o ponto
mais alto da assembléia, o centro do
universo, o lugar do poder e da auto-
ridade religiosa.
Com a morte desses donos do po-
der, abre-se a disputa pela cadeira,
o cargo deve ser preenchido. Cada
instituição tem seu modo próprio de
fazer a sucessão. No candomblé, diz-
se que quem escolhe o novo chefe do
terreiro é o orixá dono da casa, mas
há diversas tradições, inclusive entre
os terreiros mais antigos.
Trechos do texto “A cadeira no Candomblé”
de Reginaldo Prandi
 M
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Entrando
MIRONGA DE no
Centro Espirita
PRETO VELHO!
Minha filha tem muita mironga ainda a ser feita por este
nego velho! E quando digo velho não me refiro à idade no
corpo físico que indica a senilidade, mas me refiro à cami-
nhada evolutiva, pois o Espírito em si não tem idade, não
tem sexo e nem cor racial, embora, a sua aura demonstre o
quanto já caminhou.
Muitos filhos podem inté perguntar: mas Pai Firmino com Quando uma pessoa entra ao conteúdo da exposição. psicológica de salutar eficiência
tanta modernidade e avanços tecnológicos o senhor ainda num centro espirita ou terreiro, Esta ocorrência permitem aos para a questão desobsessiva.
acha que mironga funciona? O homem moderno é muito que tem uma psicoesfera vibra- benfeitores espirituais a reali- Quando sair de um Terreiro
prático e não tem tempo pra essas coisas de mironga não! tória adequada, já estas protegi- zação de cirurgias perispiritu- ou casa Espírita, vai depender
E aí nego velho vai dizer prá suncês: é uma pena que os da do seus desafetos. ais, visando, assim colocar um dele próprio a continuidade dos
fios não tenham tempo para entender e sentir a mironga que Quando ela adentra, os espí- ponto final naquelas ligações benefícios, permanecendo na
esse nego fala. ritos benevolentes começam a fluídicas, que são o motivo da sintonia do bem, ou então, vol-
A mironga que me refiro é aquela nascida de um coração fazer um tratamento adequado, implantação da obsessão no que tar a sintonizar em faixa vibra-
que aprendeu na dor, a não desfazer da lei do amor! segundo a necessidades de cada se refere ao encarnado. tória inferior e portanto, com
A mironga que falo é aquela que esclarece o filho de fé um que ali chega . Ali, ele ouvindo a palestra, ele seus desafetos desencarnados.
na hora do falador a não contrair mais débito com a Lei de Então, verifica-se que durante se renova mentalmente, emocio-
Vigiai e orai, disse Jesus!!!
Zambi! a palestra há verdadeiros fenó- nalmente e durante todo aquele
A mironga que tento ensinar aos filhos de fé é aquela que menos nessa área, porque o en- percurso, ocorre o que chama- Mensagem retirada do livro
tem por aliada no serviço de Nosso Senhor Jesus Cristo a carnado está fora da sintonia do mos veemente psicoterapia de "trilhas da libertação"
humildade! desencarnado, que o está ator- apoio para o encarnado, porque Manoel Philomeno de Miranda (espirito)
Psicografado por Divaldo Franco
A mironga de nego velho é tentar dizer aos filhos que é mentando, e prestando atenção o mesmo recebe uma terapia
melhor o entendimento do silêncio do que palavras ditas
intempestivamente!

A Magia da Corrente
A mironga de preto velho é observar mais para saber agir
evitando assim danos e sofrimentos alheios!
E suncês meus fios que estão nessa escola bendita com a
professora mediunidade como é que estão fazendo a lição?
Quando estão na Terra os filhos só olham os fatos com
a visão do agora, o que é um grande erro, pois esquecem
que para o Espírito o ontem, o hoje e o amanhã sempre são
vistos como momento presente.
Ninguém é tão forte como todos nós juntos
Então meus fios aproveitem a oportunidade e ajudem
A corrente é a grande força do ter-
aos negos velhos a fazerem
reiro. Uma vez alguém perguntou ao
suas mirongas: mirongas
Pai Maneco a importância de um ter-
de paz, harmonia e de
reiro bonito e confortável.
retirada dos quebran-
“Meu filho, se esta casa cair, vo-
tos filhos do egoís-
cês vão se reunir lá fora, olhando
mo, do ódio e da
para o céu estrelado, e vão continu-
indiferença.
ar trabalhando. Mas se a corrente
Naruê meu Pai!
se dissolver, o terreiro, mesmo belo
Patacori Ogum!
e sólido, vai fechar. Na verdade
Ogunhê!
acho a corrente mais merecedora
de cuidados que estas paredes frias. Nunca trabalhei so-
Pai Firmino zinho, só com a corrente. Quem trabalha sozinho, um dia
do Congo ou outro, vai se complicar".
É inevitável o desastre. A corrente, como diz a mensa-
gem, é a força do terreiro. Tudo gira em torno dela. São
meus pequenos deuses.
Mensagem Que Oxalá abençoe a todos eles.
psicografada
por Mãe Luzia Nascimento www.paimaneco.org.br - orientações para mediuns
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cada vez mais...

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