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Contemporânea

Contemporary Journal
1(1): 148-172, 2022
ISSN: 2447-0961

Artigo

A DIVERSIDADE LINGUÍSTICA NO ENSINO DE


LÍNGUA PORTUGUESA: PERSPECTIVAS E
DESAFIOS

LINGUISTIC DIVERSITY IN PORTUGUESE LANGUAGE


TEACHING: PERSPECTIVES AND CHALLENGES

Recebimento do original: 28/12/2021


Aceitação para publicação: 03/01/2022

Euvaldo de Sousa Costa Junior


Doutorando em Produção Vegetal, Universidade do Estado de Santa Catarina. E-mail:
euvaldodesousacosta@hotmail.com

Canuta Kaline Melo de Oliveira


Licenciada em Língua Portuguesa, Especializanda em Língua e Literatura Portuguesa, Faculdade
Evangélica do Piauí. E-mail: canuta2kalyne@gmail.com

Daniely de Sousa Silva


Licenciada em Língua Portuguesa, Especializanda em Língua e Literatura Portuguesa, Faculdade
Evangélica do Piauí. E-mail: danielysousaa@gmail.com

Emanuel Moura Costa


Mestrando em Educação, Universidade Federal do Piauí. E-mail: profissionalpedagogo@hotmail.com.

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Mauricia Silva
Licenciada em Normal Superior pela Universidade Federal do Piauí – UESPI (2004), Licenciada em
Educação Física pela Universidade Federal do Piauí (2019), Especialista em Gestão Educacional pela
Academia de Educação Montenegro (2012), Especialista em Educação Especial e Inclusiva pelo
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí – IFPI – Campus de São Raimundo
Nonato (2019).

ORCID: http://orcid.org/0000-0002-4134-6433

Aryanne Coelho Moura Oliveira


Graduada em Licenciatura em Ciências Biológicas pelo Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do
Piauí.

ORCID: http://orcid.org/0000-0003-1264-3698

RESUMO: Objetivou-se compreender as perspectivas e desafios de ensinar


a língua portuguesa frente à grande diversidade que a compõe. A natureza
bibliográfica e documental da pesquisa instruiu-se por meio das
contribuições de Amaral (2012), Antunes (2007; 2009a; 2009b), a respeito
do conceito e das diversas facetas da diversidade linguística; já as
produções de Bortoni-Ricardo (2005;2006), Bagno (2002b; 1999),
Rodrigues e Cerruti-Rizzati (2011), Gregolin (2007), Silveira (2012) e
Faraco (2007) serviram de embasamento para o estudo das diversidades no
ensino de língua portuguesa e as bases para uma atuação mais humana na
mediação dos conteúdos da disciplina. Sendo assim, o estudo da diversidade
linguistica mostra-se como de grande relevãncia, uma vez que mostra a
importancia do respeito a “linguagem” do aluno no processo de
aprendizagem.

Palavras-chave: Diversidade. língua portuguesa. Ensino-aprendizagem.

ABSTRACT: The aim was to understand the perspectives and challenges of


teaching the Portuguese language in the face of the great diversity that
makes it up. The bibliographical and documental nature of the research was

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instructed by the contributions of Amaral (2012), Antunes (2007; 2009a;
2009b), regarding the concept and the various facets of linguistic diversity;
the productions of Bortoni-Ricardo (2005;2006), Bagno (2002b; 1999),
Rodrigues and Cerruti-Rizzati (2011), Gregolin (2007), Silveira (2012), and
Faraco (2007) served as a basis for the study of diversities in Portuguese
language teaching and the basis for a more humane performance in the
mediation of the contents of the subject. Thus, the study of linguistic
diversity is of great relevance, since it shows the importance of respecting
the "language" of the student in the learning process.

Keywords: Diversity. Portuguese language. Teaching-learning.

INTRODUÇÃO

As diversidades linguísticas apresentam influências nas relações que


ocorrem em sala de aula e, consequentemente, na aprendizagem. Essas
influências tornam-se mais evidentes quando se considera o ensino da
língua materna, o português. Por vezes, professores que não consideram as
variações linguísticas na sua sistemática tendem a enaltecer um discurso
entre o “certo” e o “errado”, condenando as variantes linguísticas que se
distanciam do padrão.
A linguagem é uma importante ferramenta utilizada pelo homem nas
suas expressões e comunicações, ela modela o seu pensamento que é
transmitido pela fala nas mais diversas interações sociais. E ao pensarmos

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na língua portuguesa estamos nos referindo a uma língua que possui amplas
e diversificadas formas, ou seja, uma grande diversidade linguística, que é
facilmente visto em todo o território, no dia a dia, e em sala de aula.
A língua, enquanto fator eminentemente social, é fortemente
caracterizada por aspectos culturais e por eles influenciada, acabado por se
transformar em elemento constituinte de uma das expressões culturais de
uma nação. A língua enquanto bem imaterial faz com que os limites de
grupos sociais chamados nações coincidam com os seus, nesse sentido, a
ausência de uma língua implicaria em um estado recente ou artificialmente
constituído.
A escolha do tema se dá pela necessidade de conhecer ainda mais sobre
a diversidade linguística que reside nas diferenças formas de falar do povo
brasileiro, bem como pela importância de contribuir para que ela não se
torne uma arma racista e preconceituosa, utilizada para desdenhar e
humilhar os diferentes modos de falar em português.
Todo o processo da pesquisa está organizado a responder um problema
fundamental, qual seja: quais as implicações e desafios impostos ao ensino
das variações linguísticas nos anos finais do ensino fundamental? Para
respondê-lo, recorre-se aos seguintes objetivos: entender o que é
diversidade linguística e o quanto ela está presente no dia a dia das pessoas;
conhecer os desafios de ensinar a Língua Portuguesa, considerando o
contexto de preconceito e ignorância dos quais a diversidade linguística tem
sofrido ataques; relacionar os desafios inerentes a prática pedagógica do
professor de língua portuguesa à perspectiva de uma formação humana.

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Outra base do estudo é presença do estudo das variações linguísticas na
Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
O emprego dos métodos e técnicas de pesquisa e análise dos dados
possibilitaram entender que o ensino de língua portuguesa precisa levar em
conta a realidade, os problemas do cotidiano, pois eles dão sentido ao
estudo da língua, na medida em que revelam caminhos para a convivência
harmoniosa e para a progressão no aprendizado.
A seguir são apresentados os estudos e análises que compõe este
trabalho. Inicialmente, é remete-se à língua portuguesa e suas
heterogeneidades e diversidade no ensino, em seguida tem-se uma
abordagem sobre as diversidades linguísticas na língua portuguesa, e ainda
sobre, as diversidades linguísticas no âmbito escolar, e por fim, são
apresentadas algumas abordagens sobre a variação linguística na Base
Nacional Comum Curricular.

Faces da diversidade linguística: aproximações conceituais e


outras implicações

As Diversidades Linguísticas devem ser consideradas e analisadas de


maneira cuidadosa, pois representam todas as diversidades que a Língua
Portuguesa possui. “A língua representa um conjunto de signos que
possibilita ao homem dar significado ao mundo como um todo, e à realidade”
(Brasil, 1997). “Desse modo, a linguagem deve ser compreendida como a

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expressão de quem a utiliza, através da qual se torna possível entender e
ter ações no mundo” (Amaral et al., 2012).
Neste sentido, a língua deve ser compreendida como elemento da
atividade social, a qual é transmitida de acordo com o interesse, e mais
precisamente da necessidade das pessoas envolvidas na comunicação, ela
apresenta-se com uma multiplicidade, e isso a afasta de qualquer concepção
que possa a tornar algo único, ou imutável. “A língua, na concepção dos
sócio linguistas, é intrinsecamente heterogênea, múltipla, variável, instável
e está sempre em desconstrução e em reconstrução. Ao contrário de um
produto pronto e acabado, de um monumento histórico feito” (Bagno 2007:
36).
Diante disso, deve-se conhecer todos os pretextos, e saber
acompanhar todas as suas modificações e desenvolvimentos, expandindo o
saber e as maneiras de comunicar. “Para ser eficaz comunicativamente, não
basta, portanto, saber apenas as regras da gramática, das diferentes classes
de palavras, suas flexões, suas combinações possíveis, a ordem de sua
colocação nas frases, seus casos de concordância, entre outras. Tudo isso é
necessário, mas não é suficiente” (Antunes, 2007: 41).
A variação é constitutiva das línguas humanas, ocorrendo em todos os
níveis. Ela sempre existiu e sempre existirá independente de qualquer ação
normativa. Assim, quando se fala em ‘Língua Portuguesa’ está se falando de
uma unidade que se constitui de muitas variedades.
De acordo com Brasil (1998: 29), embora no Brasil haja relativa
unidade linguística e apenas uma língua nacional, notam-se diferenças de
pronúncia, de emprego de palavras, de morfologia e de construções

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sintáticas, as quais não somente identificam os falantes de comunidades
linguísticas em diferentes regiões, como ainda se multiplicam em uma
mesma comunidade de fala (Brasil, 1998: 29).
Isso acontece, pois, o português utilizado em todo o país não se
apresenta de uma única forma, sendo grandes as variações que ocorrem
por diversos fatores, e essas variações podem ser vistas em nosso meio,
pois com toda a inter-relação e proximidade existente entre as pessoas, seja
de maneira direta ou indiretamente, é muito comum encontrarmos com
alguns exemplos de diversidades linguísticas.
Segundo Bagno (2004: 16), No Brasil, embora a língua falada pela
grande maioria da população seja o português, esse português apresenta
alto grau de diversidade e de variabilidade, não só por causa da grande
extensão territorial do país, que gera diferenças regionais bastante
conhecidas e também vítimas, algumas delas, de muito preconceito, mas
principalmente por causa da trágica injustiça social que faz do Brasil o
segundo país com pior distribuição de renda em todo mundo.
Isso demonstra o quanto pode ser facilmente encontrado no Brasil, uma
grande variedade de línguas faladas, e dentre os fatores que contribuem,
tem-se as diferenças regionais e sociais de cada povo e de cada contexto.
Tais elementos levam “a uma reflexão sobre a Língua Portuguesa no Brasil,
suas características e sua variação, especialmente as diferenças entre o
Brasil urbano e o Brasil rural” (Bortoni-Ricardo, 2006: 18).
Em qualquer língua, de qualquer época, desde que em uso, ocorreram
mudanças, em todos os estratos, em todos os níveis, o que significa dizer
que, naturalmente, qualquer língua se manifesta num conjunto de

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diferentes falares que atendem às exigências dos diversos contextos de uso
dessa língua (Antunes, 2009: 22).
Essas possibilidades e fatores que contribuem diretamente para a
existência das variações, remetem a pensar o quanto se faz necessário agir
em sala de aula, com um trabalho voltado para essa temática, e isso tem
exigido algumas reflexões no meio escolar, envolvendo não somente os
docentes, mas todos os profissionais envolvidos no processo de ensino, e
toda essa necessidade ainda existem, por não ter sido feito uma abordagem
que merece as questões relacionadas à diversidade linguística na educação.

Língua Portuguesa, Heterogeneidade e Diversidade no Ensino

A Língua Portuguesa passou por recentes reformulações que a


caracterizam como sendo uma língua que sempre teve a influência de alguns
fatores, que a fizeram adquirir e até mesmo perder alguns atributos.
Todas essas alterações sempre ocorreram desde quando foi inserida e
passou a ser utilizada dentro do currículo escolar, fato esse que vem desde
a primeira reforma que tornou o seu uso obrigatório em todo o território.
“A reforma tornou obrigatório o uso da Língua Portuguesa no Brasil,
proibindo o uso de outras línguas; no sistema escolar seguindo a proposta
de Verney, introduziu-se o estudo da gramática do português” (Rodrigues e
Cerutti-Rizzatti, 2011: 57).
Desde então, o português vem tomando sua forma gramatical e desde
que ficou determinada a sua estruturação as regras vem sendo motivo de
debates, já que por um lado torna os povos falantes mais próximos, e, por

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outro, é utilizada para aumentar as diferenças sociais, históricas e regionais
dentro de uma mesma nação. Portanto é preciso ter cautela ao analisar este
fato partindo de trechos como o de Gnerre (1994: 15), quando afirma que
“A língua dos gramáticos é um produto elaborado que tem a função de ser
uma norma imposta sobre a diversidade”.
Essa diversidade apresentada pelo autor, no que diz respeito à
abrangência da gramática, não foi vista ou levada em conta assim tão
facilmente, pois as mudanças na utilização e abordagens sobre como a
gramática e a sua relação com as diversidades, só ocorreu após passarem
a levar em consideração as diferentes realidades de cada alunado, que
faziam com que houvesse as diferentes formas de aprendizado, que
necessitavam de abordagens diferenciadas sobre a própria gramática. “Um
profundo choque entre modelos e valores escolares e a realidade dos
falantes: choque entre a língua da maioria das crianças (e jovens) e o
modelo artificial de língua cultuado pela educação da linguística tradicional
[...]” (Faraco, 1997; Paraná, 2008: 43).
Para Tarallo (2003: 6), “A cada situação de fala em que nos inserimos
e da qual participamos, notamos que a língua falada é, a um só tempo,
heterogênea e diversificada, sendo assim, a língua não é considerada um
fenômeno único e imutável, mas sim multifacetado e dinâmico”.
Existe uma diversidade em meio à linguagem, e isso se faz presente
inclusive em pequenos contextos e todo esse dinamismo é o que faz da
língua portuguesa ser desde o seu surgimento uma língua complexa e, de
certo modo, variante.

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A respeito de todo esse tempo no qual a linguagem vem se
transformando, fica clara uma tentativa de alcance ou de padronização com
a realidade ou com o momento atual, que tende a mudar conforme a
sociedade se modifica. Para Bagno (2007: 38) “Língua e sociedade estão
indissoluvelmente entrelaçadas, entremeadas, uma influenciando a outra,
uma constituindo a outra”, portanto, os estudos de língua e sociedade não
podem existir isoladamente.
O trabalho sobre a variação presente na língua portuguesa, que sempre
esteve em uso, mesmo que algumas vezes não fosse levada em
consideração, ou até mesmo percebida, mas já se sabe que os aspectos
variáveis Língua Portuguesa sempre precisam ser considerados, é preciso
ainda fazer o uso de modo que sejam encaixadas ou contextualizadas as
relações da sociedade com a língua. Logo, será necessário respeitar essa
relação sociedade/língua, pois já existem estudos a este respeito em curso,
conforme aponta Gregolin (2007: 67): “A sociolinguística coloca em xeque
a ideia da homogeneidade linguística, trazendo à tona a discussão sobre as
variedades”.
Isso reafirma o valor e a importância da escola no tocante ao ensino de
Língua Portuguesa, a qual deve sempre estar em acordo, em parceria, ou
melhor, levando um ensino capaz de considerar todas as variedades
inerentes a Língua Portuguesa, as quais são muito importantes, deve diante
disso saber escolher entre as variedades presentes no contexto e com o
conhecimento das mesmas, proporcionar a prática que considere as
variedades como elementos capazes de se encaixarem nas metodologias.

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Segundo Brasil (1998: 82): O estudo da variação deve estar presente
em todas as práticas de Língua Portuguesa, pois cumpre função na formação
da consciência linguística e no desenvolvimento da competência discursiva
do aluno, devendo estar sistematicamente presente nas atividades de
Língua Portuguesa.
Assim, é reforçada a importância e o valor do estudo da variação
linguística nas aulas de língua portuguesa, e outro ponto muito importante
é sobre a sua relação e toda a sua extensão no Ensino Fundamental, a qual
se apresenta de maneira heterogênea e variável.

Diversidades Linguísticas no Ensino de Língua Portuguesa

É possível observar desde a antiguidade até os dias atuais que o ensino


da língua portuguesa no ambiente escolar geralmente está associado a uma
metodologia tradicional, voltando-se quase que exclusivamente ao
ensinamento da gramática normativa, o que não garante que a
aprendizagem sobre a língua se dê de maneira abrangente e significativa,
“sem considerar o lado social do ensino da língua portuguesa, com a sua
oralidade e diversas manifestações” (Silveira e Barin, 2012).
É necessário que a escola mantenha o compromisso de ampliar o
letramento do alunado, proporcionando aos educandos os meios pelos quais
eles possam desenvolver ainda mais suas habilidades linguísticas.
Os professores precisam buscar desenvolver uma pedagogia que seja
culturalmente sensível aos saberes dos educandos, que esteja atenta às

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diferenças entre a cultura que eles representam e a cultura adotada pela
escola, como uma forma de conscientizar os educandos sobre as diferenças
tanto culturais quanto linguísticas (Bortoni-Ricardo 2006: 38).
Este trabalho facultará ao aluno a possibilidade de conhecer as
principais variações linguísticas e reconhecer o ambiente de uso para cada
tipo de variação. Porém, considerar essas influências requer uma percepção
da língua como um conjunto sistemático e ao mesmo tempo heterogêneo,
aberto, flexível, ou seja, como um conjunto de falares utilizado por grupos
de falantes que criam e recriam os recursos linguísticos para interagirem
uns com os outros, o que nos permite compreender seu caráter variável
(Antunes, 2009: 21).
Reside aí a importância do trabalho com a variação linguística, porque
isso torna ainda maiores as possibilidades de interação e de conhecimento
de mundo, por ampliar as formas de comunicação e reconhecer diferentes
formas de se comunicar dentro de uma mesma língua ou situação
linguística.
Para Bagno (2002: 134), é interessante estimular nas aulas de língua
materna um conhecimento cada vez maior e melhor das variedades
sociolinguísticas para que o espaço de sala de aula deixe de ser o local para
estudo exclusivo das variedades de maior prestígio social e se transforme
num laboratório vivo de pesquisa do idioma em sua multiplicidade de formas
e usos.
Cabe, portanto à escola, promover uma abordagem sobre esse tema,
levando esses pontos até a sala de aula, e ao detectar algumas
particularidades, deve saber como lidar, utilizando as diferenças presentes

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como elementos da construção do conhecimento. A escola não pode ignorar
as diferenças sociolinguísticas. Os professores e por meio deles, os alunos
têm que estar bem conscientes de que existem mais maneiras de dizer a
mesma coisa. “E mais, que essas formas alternativas servem a propósitos
comunicativos distintos e são recebidas de maneira diferenciada pela
sociedade.” (Bortoni-Ricardo, 2005: 15).
Para consecução dessa tarefa formadora é preciso que haja um domínio
da língua, pois através desse domínio serão vistas a condições de acesso ao
conhecimento, que proporcionará uma maior inserção e participação do
educando no meio social. “Assim um projeto educativo comprometido com
a democratização social e cultural atribui à escola a responsabilidade de
garantir a todos os seus alunos o acesso aos saberes linguísticos necessários
para o exercício da cidadania, direito inalienável de todos” (Brasil, 1997:
23).
O ambiente escolar é o lugar ideal para o início do processo de
ampliação do campo de conhecimento dos educandos, de modo que leve em
consideração as diversidades linguísticas presentes na própria escola, pois
faz parte da mesma o dever e o compromisso em manter o respeito às
diversidades linguísticas, sem desvalorizar qualquer uma delas.
Considerando os diferentes níveis de conhecimento prévio, cabe à escola
promover a sua ampliação de forma que, progressivamente, durante os oito
anos de ensino fundamental, cada aluno se torne capaz de interpretar
diferentes textos que circulam socialmente, de assumir a palavra e, como
cidadão, de produzir textos eficazes nas mais variadas situações (Brasil,
1997: 23).

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Em torno dessas abordagens deve ficar claro que o que se objetiva não
é o ato ou a prática de falar bem, ou certo, tendo como o posto um modo
de falar tido como errado, o que se espera é que se saiba qual a maneira
adequada para cada contexto e cada momento. “A questão não é de
correção da forma, mas de sua adequação às circunstâncias de uso, ou seja,
de utilização eficaz da linguagem: falar bem é falar adequadamente, é
produzir o efeito pretendido” (Brasil, 1997: 32)
Portanto, será entendido por parte dos alunos que durante o uso da
língua, não deve haver uma visão ou análise de maneira preconceituosa,
desvalorizando algum modo de expressar-se, o que se pretende é adequar
cada linguagem ou forma de interação que carregamos e utilizamos em
diferentes lugares no decorrer do dia, desde a linguagem formal, e a não
formal, pois demonstrando essa habilidade haverá um grande
desenvolvimento da competência e do conhecimento linguístico.
Esses são alguns dos principais pontos referentes às variações
linguísticas, onde a abordagem dos assuntos sempre procura deixar clara a
importância de se trabalhar com a multiplicidade de línguas presentes no
meio escolar, e que estão de fácil acesso para os alunos. É visto, inclusive,
uma diversidade de teóricos que lutam contra a desvalorização ou o
preconceito linguístico, onde o objetivo principal é propor o ensino voltado
à multiplicidade de línguas.

A Diversidade Linguística na Base Nacional Comum Curricular


(BNCC)

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As propostas apresentadas pela Base Nacional Comum Curricular
(BNCC) agregam além dos recursos linguísticos, toda a produção textual
que é relevante e que possui um significado importante, pois afirma que a
aprendizagem se torna mais significativa ao tempo que o aluno tem o
desenvolvimento do senso crítico de maneira ética.
Em outras palavras, ao deparar-se com algumas situações em seu
convívio ou no seu cotidiano, o aluno desenvolve a linguagem pela
articulação entre os conhecimentos e as habilidades, que são as principais
ferramentas e direitos postulados na BNCC. São “os direitos e objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento que devem orientar a elaboração de
currículos da Educação Básica” (Triches e Aranda, 2016: 83).
E como visto anteriormente, a presença e aplicabilidade das normas
gramaticais ainda se fizeram presentes e com muita intensidade, e como
carrega certa supervalorização, onde são excluídas as demais possibilidades
de ensino, ou as outras competências de construção do conhecimento, então
diante disso observa-se um cenário ideal para o surgimento de uma nova
proposta de ensino, que aqui se trata da BNCC. “Apesar de se propor a ser
o alicerce da Educação Básica Nacional, a BNCC não representa o currículo
em si, sua finalidade é orientar os sistemas na elaboração de suas propostas
curriculares” (Brasil, 2016: 24),
Essas novas propostas trouxeram novos focos e direcionamentos sobre
o que deve ser ensinado, e assim ficaram estabelecidos nesse documento
todos os novos direcionamentos, propostas e abordagens a ser consideradas
e colocadas em prática todo o cenário educacional brasileiro.

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Segundo Brasil (1998, Art. 212), a Base Nacional Comum Curricular
(BNCC) é um documento previsto desde a promulgação da Constituição da
República Federativa do Brasil, datada em 1988, que, no Art. 210, e que
prevê que serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de
maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores
culturais e artísticos, nacionais e regionais (Brasil, 1988, Art. 210).
As pluralidades linguísticas tornaram-se os alicerces para a
concentração dos estudos e dos trabalhos com a variação da língua
portuguesa, outro ponto que merece ser abordado e que foi muito útil no
desenvolvimento das propostas da BNCC, é sobre a garantia ou
consideração de todas as variações, sem menosprezar, sem desvalorizar e
muito menos sem nenhum preconceito.
E como contextualizado na própria Base Nacional Comum Curricular
(Brasil, 2016: 86) se, por um lado, as linguagens aproximam e podem
constituir as formas de interação e a identidade cultural de grupos sociais,
por outro lado, podem gerar discriminação e conflitos, decorrentes de
percepções e representações sobre a realidade. Tendo em vista o caráter
diverso, dinâmico e contraditório das práticas de linguagem, a atuação
confiante dos sujeitos nessas práticas demanda oportunidades de participar
delas, conhecer como se estruturam e compreender como interagem na
construção de identidades, pertencimentos, valores, e da vida pessoal e
coletiva.
Além da intensa capacidade e poder que a língua possui em meio às
relações, há ainda outro ponto bastante importante, que é sobre a
necessidade que advém de sua essência, elevando cada vez mais o grau de

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responsabilidade, de conhecimento e principalmente da ação prática do
educando em sala de aula, uma vez que o foco do trabalho deverá fazer
com que desperte o conhecimento e a sua construção com o uso das
variações que a língua portuguesa possui e que podem ser comumente
vistas.
Assim, o ponto de atuação da Base Nacional Comum Curricular é
verdadeiramente a variação linguística e mais precisamente direcionada ao
ensino e à aprendizagem, onde é possível ver a ocorrência dessa prática
mesmo que indiretamente, mas com o mesmo potencial de ensino, e que se
faz presente bem no início das suas abordagens.
E assim encontra-se descrito na própria Base Nacional Comum
Curricular (Brasil, 2016: 87): A variedade de composição dos textos que
articulam o verbal, o visual, o gestual, o sonoro, o tátil, que constituem o
que se denomina multimodalidade de linguagens, deve também ser
considerada nas práticas de letramento. A escola precisa, assim,
comprometer-se com essa variedade de linguagens que se apresenta na TV,
nos meios digitais, na imprensa, em livros didáticos e de literatura e outros
suportes, tomando-as objetos de estudo a que os estudantes têm direito.
A Base atribui ao contexto escolar todas as responsabilidades de
execução de trabalho com as mais variadas formas de linguagem que estão
em no meio social, desde aqueles que são tidas com as do centro ou da
origem, até mesmo aquelas que estão presentes nas margens da sociedade,
mas que possuem seus valores.

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É dentro de cada contexto, que haverá as diferenciações linguísticas,
que foram construídas a partir das intensas relações e interações entre
culturas e conhecimentos que se refletem na língua.
Os enunciados ou textos são produzidos em uma situação de enunciação,
determinada por condições históricas e sociais, por meio de discursos que
instauram relações de poder. O aprendizado da leitura, da escrita e da
oralidade culta envolve a compreensão dessas situações (Brasil, 2016: 88).
Diante dessa afirmação, é feita uma relação ou referência à variação
linguística, pois há uma ressalva direcionada as questões que dizem respeito
ao histórico das línguas e sobre as condições sociais a qual a mesmo
pertence. E no que tange ao Ensino Fundamental pode ser visto uma relação
com uma maior ampliação de conhecimentos, e que dentre os elementos ou
conteúdos em destaque, a linguagem é tida como fundamental nesse
processo.
Nesse período de vida, é visto uma maior capacidade dos/das
estudantes, tanto de desenvolver sua autonomia, como de cultivar a
alteridade, e ao se potencializarem novas práticas nos diferentes
componentes, também se criam condições para que os/as estudantes
percebam a pluralidade sociocultural (artística, corporal e linguística) e as
relações entre linguagens (Brasil, 2016: 325).
A pluralidade cultural e social é mais uma vez levada ao centro das
questões, uma vez que já faz referência também às questões de identidade
das pessoas, e pode ser visto inclusive um tratamento às linguagens
corporais e artísticas. Assim, são vistos um enorme reconhecimento e a
asseguração das variações dentro dos componentes curriculares.

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A variação linguística é um fenômeno que constitui a linguagem,
reconhecendo as relações de poder e as formas de dominação e preconceito
que se fazem na e pela linguagem e refletindo sobre as relações entre fala
e escrita em diferentes gêneros, assim como reconhecer e utilizar
estratégias de marcação do nível de formalidade dos textos em suas
produções (Brasil, 2016: 98).
Toda a variação é caracterizada e considerada dentro da BNCC, é visto
ainda a forma com que relaciona a leitura e também a escrita como
agregados ou fatores relativos à linguagem. E assim é mantida uma
proposta para que seja assegurado todo o trabalho dentro da educação
básica que haja como elemento central as diversidades e suas relações com
a escrita e com leitura, ou com a fala. São levados em consideração pela
Base, os aspectos cuja relação seja com o social, ou regional, por exemplo.
Isso tudo nos apresenta importantes argumentos que deixam em
evidencia o quanto se faz necessário focar os trabalhos com a linguagem
com um embasamento sobre as variações que forem vistas, e que isso seja
feito de maneira multidisciplinar em meio a uma abordagem conceitual e
com uma relação aprofundada por meio dos diálogos em sala de aula, que
será no caso, o veículo de condução ao novo conhecimento.
Diante disso, é preciso que o processo de escolha ou de seleção dos
conteúdos ou dos textos a serem trabalhados com a linguística seja
realizado com os devidos cuidados, proporcionando sempre um conexo,
aproximação e a adequação as propostas de trabalho, e ainda com as
especificidades encontradas. Isso eleva ainda mais o valor que tanto os
professores quanto os currículos possuem nessa proposta. Com isso tem-se

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dentro das exigências da Base Nacional Comum Curricular, o trabalho com
a pluralidade, mantendo o aluno em contato com aquilo que lhe proporcione
ou lhe apresente uma multiplicidade de oportunidades de colocar em
prática, ou de conhecer e estudar a língua portuguesa tendo como foco as
variações da língua portuguesa.

METODOLOGIA

O método científico agrega importantes processos que necessitam de


serem empregados, pois possuem todo um caminho de maneira lógica,
favorecendo ao conhecimento, por facilitar na compreensão, assim como a
investigação em si. E como nos afirma Gil (2008: 8), “neste sentido não se
distingue de outras formas de conhecimento. O que torna, porém, o
conhecimento científico distinto dos demais é que tem como característica
fundamental a sua verificabilidade”.
O tipo de pesquisa adotada é a documental, pois concentra-se na
condução dos estudos os dados presentes em publicações científicas e
documentos oficiais. Todavia, não se descarta o predomínio da vertente
bibliográfica.
Ainda no que se refere ao procedimento bibliográfico, é visto que
“considerada uma fonte de coleta de dados secundária, pode ser definida
como: contribuições culturais ou científicas realizadas no passado sobre um
determinado assunto, tema ou problema que possa ser estudado” (Lakatos
e Marconi, 2001; Cervo e Bervian, 2002).

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Segundo Lakatos e Marconi (2001: 183), sobre a pesquisa bibliográfica:
[...] abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema
estudado, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros,
pesquisas, monografias, teses, materiais cartográficos, etc. [...] e sua
finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi
escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto […].
Foi utilizada uma abordagem fenomenológica como método. “A
pesquisa fenomenológica usa a análise de declarações significantes, a
geração de unidades de significado e o desenvolvimento de uma descrição
da “essência” (Moustakas, 1994; Creswell, 2007: 195).
É, portanto, uma pesquisa, ou melhor, uma ferramenta construtora do
conhecimento sobre os assuntos, sobre o tema, sobre toda a realidade
presente. E ao utilizá-las faz-se necessário que se organize as ideias, para
que haja uma caracterização mais ampla e significativa da temática
abordada, para levar ao conhecimento de todos, buscando assim
engrandecer ainda mais não só o conhecimento, mas também as maneiras
de intervir ou de relacionar-se com ao assunto trabalhado.
A natureza bibliográfica e documental da pesquisa instruiu-se por meio
das contribuições de Amaral (2012), Antunes (2007; 2009a; 2009b), a
respeito do conceito e das diversas facetas da diversidade linguística; já as
produções de Bortoni-Ricardo (2005; 2006), Bagno (2002; 1999),
Rodrigues e Cerruti-Rizzati (2011), Gregolin (2007), Silveira (2012) e
Faraco (2007) serviram de embasamento para o estudo das diversidades no
ensino de língua portuguesa e as bases para uma atuação mais humana na
mediação dos conteúdos da disciplina. As produções científicas e

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documentos como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e os
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s).
A organização das ideias se deu com uma proposta de coleta de dados
tendo sido desenvolvido inicialmente uma leitura minuciosa de maneira
exploratória (1), para identificar em cada escrito as melhores informações
para enriquecer o conhecimento do pesquisador (2) e confronto de ideias
para consolidação dos resultados (3). E com base nesse critério, ampliou-
se a leitura exploratória para melhor selecionar o conteúdo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa a respeito das diversidades linguísticas e suas implicações


e desafios no ensino de língua portuguesa, realizados todos os
procedimentos de estudo, análise e produção de conhecimentos, trouxe
contribuições importante para o estudo das práticas pedagógicas na
disciplina de língua portuguesa.
O primeiro ponto relevante é que é impossível negar a existência da
necessidade de atender ao direito ao conhecimento que parte da realidade
e dos conflitos nela existentes, portanto, não se pode excluir das aulas a
necessidade de relacionar a comunicação em língua portuguesa à
consideração da diversidade linguística brasileira.
O segundo ponto, é tratar este direito como o ponto de partida para a
construção de projetos educativos mais inclusivos e capazes de eliminar os

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separatismos, as discriminações e preconceitos através do conhecimento de
causa e do comprometimento com uma vivência mais harmoniosa.
O terceiro ponto, é que através das diversidades linguísticas o aluno
poderá aprender e ganhar gosto e prazer ao longo das práticas, pois estará
tratando de algo que leva em conta suas experiências, seus saberes, seus
modos de vida e as tradições que fazem parte de toda a sua vida, o que
tende a elevar ainda mais o interesse e o prazer pela aprendizagem. E diante
disso é preciso que o professor esteja sempre atento, disposto a utilizar esse
lado positivo e manter suas metodologias sempre afiadas para obter ganhos
mais significativos ainda, ao colocar as variações linguísticas em prática.
Por conseguinte, esses elementos, ferramentas e mecanismos que
constroem o saber podem elevar o interesse pelo estudo da Língua
Portuguesa, fazendo com que seja sempre necessária a busca por conhecer
melhor. Para tanto, é importante que se pense em novas estratégias de
ensino com as variações sendo o ponto de apoio e de interligação com o
aprendizado da Língua Portuguesa e seu papel para a formação humana.

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