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Centro de Ciências Naturais e Humanas

Universidade Federal do ABC

BCJ0205 - Fenômenos Térmicos


Laboratório

Aula 4
Representação Gráfica de Resultados
Profa. Dra. Romarly Fernandes da Costa
(romarly.costa@ufabc.br)

05/06/2023
O que vamos ver hoje ?
Representação gráfica de resultados;
Regras básicas para a construção de gráficos;

Representação e interpretação de resultados em


diferentes tipos de gráficos;
O que vamos ver hoje ?
Representação gráfica de resultados;
Regras básicas para a construção de gráficos;

Representação e interpretação de resultados em


diferentes tipos de gráficos;

Linearização de curvas;
O que vamos ver hoje ?
Representação gráfica de resultados;
Regras básicas para a construção de gráficos;

Representação e interpretação de resultados em


diferentes tipos de gráficos;

Linearização de curvas;

Aplicações práticas;
Aula 4 – Parte I

Representação Gráfica de Resultados


Gráficos
Representação gráfica de resultados
(Aspectos básicos)
É difícil imaginar alguma área da ciência ou da
tecnologia na qual a utilização de gráficos não seja
necessária.
Gráficos
Representação gráfica de resultados
(Aspectos básicos)
É difícil imaginar alguma área da ciência ou da
tecnologia na qual a utilização de gráficos não seja
necessária. De fato, conforme veremos nesta disciplina,
um gráfico pode fornecer diferentes informações das
formas mais diversas;
Gráficos
Representação gráfica de resultados
(Aspectos básicos)
É difícil imaginar alguma área da ciência ou da
tecnologia na qual a utilização de gráficos não seja
necessária. De fato, conforme veremos nesta disciplina,
um gráfico pode fornecer diferentes informações das
formas mais diversas;
Frequentemente, há o interesse em analisar a
dependência entre duas grandezas, ou seja, saber
como varia uma grandeza quando modificamos a outra
grandeza de forma controlada;
Gráficos
Representação gráfica de resultados
(Aspectos básicos)
É difícil imaginar alguma área da ciência ou da
tecnologia na qual a utilização de gráficos não seja
necessária. De fato, conforme veremos nesta disciplina,
um gráfico pode fornecer diferentes informações das
formas mais diversas;
Frequentemente, há o interesse em analisar a
dependência entre duas grandezas, ou seja, saber
como varia uma grandeza quando modificamos a outra
grandeza de forma controlada;
A partir da análise gráfica busca-se, portanto, um
modo rápido e conveniente de visualizar e interpretar as
relações existentes entre grandezas determinadas
experimentalmente.
Gráficos
Representação gráfica de resultados
(Aspectos básicos)
A representação da relação entre duas grandezas
através de um gráfico deve ser feita de tal modo a
conter os seguintes elementos fundamentais:
Gráficos
Representação gráfica de resultados
(Aspectos básicos)
A representação da relação entre duas grandezas
através de um gráfico deve ser feita de tal modo a
conter os seguintes elementos fundamentais:

(i) Título ou legenda do gráfico;


Gráficos
Representação gráfica de resultados
(Aspectos básicos)
A representação da relação entre duas grandezas
através de um gráfico deve ser feita de tal modo a
conter os seguintes elementos fundamentais:

(i) Título ou legenda do gráfico;


(ii) Eixos das variáveis com os nomes das variáveis,
escalas e unidades;
Gráficos
Representação gráfica de resultados
(Aspectos básicos)
A representação da relação entre duas grandezas
através de um gráfico deve ser feita de tal modo a
conter os seguintes elementos fundamentais:

(i) Título ou legenda do gráfico;


(ii) Eixos das variáveis com os nomes das variáveis,
escalas e unidades;
(iii) Medidas experimentais e suas correspondentes
incertezas indicadas por meio de barras de erros;
Gráficos
Representação gráfica de resultados
(Aspectos básicos)
A representação da relação entre duas grandezas
através de um gráfico deve ser feita de tal modo a
conter os seguintes elementos fundamentais:

(i) Título ou legenda do gráfico;


(ii) Eixos das variáveis com os nomes das variáveis,
escalas e unidades;
(iii) Medidas experimentais e suas correspondentes
incertezas indicadas por meio de barras de erros;
(iv) Funções teóricas ou curvas médias (esse último
item é opcional e, dependendo das circunstâncias,
pode ser omitido);
Gráficos
Representação gráfica de resultados
(Roteiro para obtenção de um bom gráfico)
(i) Desenhe os eixos claramente: a variável dependente
deve estar sempre no eixo vertical (y) e a variável
independente no eixo horizontal (x);
(ii) Marque nos eixos as escalas, escolhendo divisões
que resultem em fácil leitura de valores intermediários
(por exemplo, divida de 2 em 2, e não de 7,7 em 7,7);
(iii) Se possível, os eixos devem começar em zero;
(iv) Marque abaixo do eixo horizontal e ao lado do eixo
vertical o nome da variável ali representada e, entre
parênteses, as unidades usadas;
(v) Escreva na parte superior da área do gráfico, o título
do mesmo. Todo gráfico deve ter um título;
Gráficos
Representação gráfica de resultados
(Roteiro para obtenção de um bom gráfico)
(vi) Marque cada um dos pontos do gráfico
cuidadosamente e claramente, escolhendo para isto
uma símbolo adequado e de tamanho facilmente visível
(por exemplo, um círculo ou um quadradinho). Nunca
marque os pontos apenas com um pontinho a lápis;
(vii) Marque claramente as barras de erro em cada
ponto. Se o erro for muito pequeno para aparecer na
escala escolhida anote ao lado: “as barras de erro são
muito pequenas para aparecer na figura”;
(viii) Se desejar, desenhe uma linha de tendência suave
através dos pontos. Se os erros forem aleatórios,
aproximadamente 1/3 das barras de erro poderão ficar
de fora da linha de tendência;
Gráficos
Representação gráfica de resultados
(Roteiro para obtenção de um bom gráfico)
(xi) Não esqueça de numerar os gráficos e de escrever
uma breve legenda explicando de que se trata a figura
e fornecendo a informação necessária para que o leitor
compreenda a figura;

(xii) Todas as figuras são numeradas em sequência.


Esquemas, desenhos e gráficos são figuras.
Gráficos
Representação gráfica de resultados
(Exemplo de um gráfico bem feito)
Gráficos
Representação gráfica de resultados
(Exemplo de um gráfico bem feito)

Figura 1: Variação da velocidade em função do tempo de um corpo se


deslocando em movimento variado.
Gráficos
Representação gráfica de resultados
(Exemplo de um gráfico ruim)
Gráficos
Representação gráfica de resultados
(Exemplos de gráficos ruins)
Aula 4 – Parte II

Linearização de Gráficos
Gráficos
Linearização de curvas
(Considerações iniciais)
Um modo conveniente para obter os parâmetros
característicos de uma curva que representa a relação
entre duas grandezas que não dependem linearmente
uma da outra é através da utilização da técnica
chamada de linearização de curvas;
Gráficos
Linearização de curvas
(Considerações iniciais)
Um modo conveniente para obter os parâmetros
característicos de uma curva que representa a relação
entre duas grandezas que não dependem linearmente
uma da outra é através da utilização da técnica
chamada de linearização de curvas;

As funções que comumente representam as relações


entre grandezas físicas são funções do tipo potência e
do tipo exponencial;
Gráficos
Linearização de curvas
(Considerações iniciais)
Um modo conveniente para obter os parâmetros
característicos de uma curva que representa a relação
entre duas grandezas que não dependem linearmente
uma da outra é através da utilização da técnica
chamada de linearização de curvas;

As funções que comumente representam as relações


entre grandezas físicas são funções do tipo potência e
do tipo exponencial;

Nestes casos, as técnicas de linearização de curvas


mais utilizadas são a linearização pelo método da
anamorfose e pelo método logarítmico, que serão
discutidos a seguir.
Gráficos
Linearização de curvas
(Considerações iniciais)
O método de linearização por anamorfose é utilizado
quando se conhece a priori o tipo de relação
matemática existente entre as grandezas físicas de
interesse;
Gráficos
Linearização de curvas
(Considerações iniciais)
O método de linearização por anamorfose é utilizado
quando se conhece a priori o tipo de relação
matemática existente entre as grandezas físicas de
interesse;

Tal método consiste em realizar uma mudança de


variável de modo a transformar uma relação não-linear
em uma relação linear;
Gráficos
Linearização de curvas
(Considerações iniciais)
O método de linearização por anamorfose é utilizado
quando se conhece a priori o tipo de relação
matemática existente entre as grandezas físicas de
interesse;

Tal método consiste em realizar uma mudança de


variável de modo a transformar uma relação não-linear
em uma relação linear;

Por exemplo, suponha que duas grandezas T e m


obedeçam a uma relação do tipo T k m.
Gráficos
Linearização de curvas
(Considerações iniciais)
O método de linearização por anamorfose é utilizado
quando se conhece a priori o tipo de relação
matemática existente entre as grandezas físicas de
interesse;

Tal método consiste em realizar uma mudança de


variável de modo a transformar uma relação não-linear
em uma relação linear;

Por exemplo, suponha que duas grandezas T e m


obedeçam a uma relação do tipo T k m . Neste caso,
a linearização é obtida construindo um gráfico de T
versus m.
Gráficos
Linearização de curvas
(Considerações iniciais)
O método de linearização por anamorfose é utilizado
quando se conhece a priori o tipo de relação
matemática existente entre as grandezas físicas de
interesse;

Tal método consiste em realizar uma mudança de


variável de modo a transformar uma relação não-linear
em uma relação linear;

Por exemplo, suponha que duas grandezas T e m


obedeçam a uma relação do tipo T k m . Neste caso,
a linearização é obtida construindo um gráfico de T
versus m . A constante k pode ser, então, obtida a partir
da determinação do coeficiente angular da reta.
Gráficos
Linearização de curvas
(Exemplo)
8
No movimento do carrinho
teoria
 experimento sobre o trilho de ar o gráfico
6 da posição do carrinho versus
Posição, x (cm)

 o tempo é representado por


uma parábola do tipo:
4

 1 2
x(t) at
2
2


0 
0 0,4 0,8 1,2

Tempo, t (s)
Figura 1. Posição do carrinho em função
do tempo (t).
Gráficos
Linearização de curvas
(Exemplo)
8
No movimento do carrinho
teoria
 experimento sobre o trilho de ar o gráfico
6 da posição do carrinho versus
Posição, x (cm)

 o tempo é representado por


uma parábola do tipo:
4

 1 2
x(t) at
2
2

A questão que se coloca

0  agora é a seguinte: como
0 0,4 0,8 1,2 obter a aceleração do
Tempo, t (s) carrinho a partir do gráfico do
Figura 1. Posição do carrinho em função
do tempo (t).
deslocamento versus tempo ?
Gráficos
Linearização de curvas
(Exemplo)
Isto é possível através da utilização do método de
linearização por anamorfose;
4
teoria
 experimento

Posição, x (cm)

2

1

0 
0 0,2 0,4 0,6 0,8
Tempo ao quadrado, t2 (s2)
Gráficos
Linearização de curvas
(Exemplo)
Isto é possível através da utilização do método de
linearização por anamorfose;
4 Em outras palavras, é
teoria
possível representar a
 experimento
 dependência do
Posição, x (cm)

deslocamento do carrinho em
2 função do tempo de forma
 linear construindo um gráfico
de x versus t2.
1

0 
0 0,2 0,4 0,6 0,8
Tempo ao quadrado, t2 (s2)
Gráficos
Linearização de curvas
(Exemplo)
Isto é possível através da utilização do método de
linearização por anamorfose;
4 Em outras palavras, é
teoria
possível representar a
 experimento
 dependência do
Posição, x (cm)

deslocamento do carrinho em
2 função do tempo de forma
 linear construindo um gráfico
de x versus t2. O coeficiente
1

angular da reta média
0  fornece, então, a aceleração
0 0,2 0,4 0,6 0,8 do carrinho ao se deslocar no
Tempo ao quadrado, t2 (s2)
trilho de ar.
Gráficos
Linearização de curvas
(Método da anamorfose – Exercício de aplicação)
Em uma experiência para a determinação da
velocidade do som no ar (v), na qual se mediu o
comprimento de onda (λ) em função da freqüência (f),
foram obtidos os dados apresentado na tabela abaixo.
f(Hz) 1000 800 600 400 200 100
λ(m) 0,3405 0,4340 0,5800 0,8655 1,7155 3,4556
Gráficos
Linearização de curvas
(Método da anamorfose – Exercício de aplicação)
Em uma experiência para a determinação da
velocidade do som no ar (v), na qual se mediu o
comprimento de onda (λ) em função da freqüência (f),
foram obtidos os dados apresentado na tabela abaixo.
f(Hz) 1000 800 600 400 200 100
λ(m) 0,3405 0,4340 0,5800 0,8655 1,7155 3,4556

Sabendo que a equação que rege o fenômeno em


questão é dada por v = λf e com base nos dados
experimentais: (a) Construa um gráfico de λ versus f em
papel milimetrado;
Gráficos
Linearização de curvas
(Método da anamorfose – Exercício de aplicação)
Em uma experiência para a determinação da
velocidade do som no ar (v), na qual se mediu o
comprimento de onda (λ) em função da freqüência (f),
foram obtidos os dados apresentado na tabela abaixo.
f(Hz) 1000 800 600 400 200 100
λ(m) 0,3405 0,4340 0,5800 0,8655 1,7155 3,4556

Sabendo que a equação que rege o fenômeno em


questão é dada por v = λf e com base nos dados
experimentais: (a) Construa um gráfico de λ versus f em
papel milimetrado; (b) Construa um gráfico de λ versus
1/f de modo a linearizar o gráfico anterior;
Gráficos
Linearização de curvas
(Método da anamorfose – Exercício de aplicação)
Em uma experiência para a determinação da
velocidade do som no ar (v), na qual se mediu o
comprimento de onda (λ) em função da freqüência (f),
foram obtidos os dados apresentado na tabela abaixo.
f(Hz) 1000 800 600 400 200 100
λ(m) 0,3405 0,4340 0,5800 0,8655 1,7155 3,4556

Sabendo que a equação que rege o fenômeno em


questão é dada por v = λf e com base nos dados
experimentais: (a) Construa um gráfico de λ versus f em
papel milimetrado; (b) Construa um gráfico de λ versus
1/f de modo a linearizar o gráfico anterior; (c) Determine
os coeficientes linear e angular da reta obtida.
Gráficos
Linearização de curvas
(Método logarítmico)
A linearização de curvas pelo método logarítmico
aplica-se quando a relação matemática entre as
grandezas de interesse envolve funções de potência ou
funções exponenciais;
Gráficos
Linearização de curvas
(Método logarítmico)
A linearização de curvas pelo método logarítmico
aplica-se quando a relação matemática entre as
grandezas de interesse envolve funções de potência ou
funções exponenciais;
O método consiste, basicamente, em tomar o
logarítmo de ambos os membros da relação que se
deseja linearizar e construir o gráfico da expressão
resultante em um tipo de papel apropriado (papel
milimetrado, papel monolog ou papel dilog)
dependendo da situação;
Gráficos
Linearização de curvas
(Método logarítmico)
A linearização de curvas pelo método logarítmico
aplica-se quando a relação matemática entre as
grandezas de interesse envolve funções de potência ou
funções exponenciais;
O método consiste, basicamente, em tomar o
logarítmo de ambos os membros da relação que se
deseja linearizar e construir o gráfico da expressão
resultante em um tipo de papel apropriado (papel
milimetrado, papel monolog ou papel dilog)
dependendo da situação;
Vamos considerar, no que segue, exemplos de
relações entre grandezas que envolvem funções de
potência e funções exponenciais;
Gráficos
Linearização de curvas
(Método logarítmico)
Caso 1: Funções de potência
Sejam x e y duas grandezas que se relacionam por
uma função de potência do tipo:
y kx n , onde k é uma constante
Gráficos
Linearização de curvas
(Método logarítmico)
Caso 1: Funções de potência
Sejam x e y duas grandezas que se relacionam por
uma função de potência do tipo:
y kx n
Aplicando o logarítmo decimal a ambos os membros
desta expressão, obtemos que:
log y log(kx n )
Gráficos
Linearização de curvas
(Método logarítmico)
Caso 1: Funções de potência
Sejam x e y duas grandezas que se relacionam por
uma função de potência do tipo:
y kx n
Aplicando o logarítmo decimal a ambos os membros
desta expressão, obtemos que:
log y log(kx n ) logk log x n
Gráficos
Linearização de curvas
(Método logarítmico)
Caso 1: Funções de potência
Sejam x e y duas grandezas que se relacionam por
uma função de potência do tipo:
y kx n
Aplicando o logarítmo decimal a ambos os membros
desta expressão, obtemos que:
log y log(kx n ) logk log x n logk nlog x
Gráficos
Linearização de curvas
(Método logarítmico)
Caso 1: Funções de potência
Sejam x e y duas grandezas que se relacionam por
uma função de potência do tipo:
y kx n
Aplicando o logarítmo decimal a ambos os membros
desta expressão, obtemos que:
n n
log y log(kx ) logk log x logk nlog x
e, portanto:
log y logk nlog x
Gráficos
Linearização de curvas
(Método logarítmico)
Caso 1: Funções de potência
Sejam x e y duas grandezas que se relacionam por
uma função de potência do tipo:
y kx n
Aplicando o logarítmo decimal a ambos os membros
desta expressão, obtemos que:
n n
log y log(kx ) logk log x logk nlog x
e, portanto:
log y logk nlog x

Agora, esta expressão fornece uma curva de que tipo


?
Gráficos
Linearização de curvas
(Método logarítmico)
Caso 1: Funções de potência
Sejam x e y duas grandezas que se relacionam por
uma função de potência do tipo:
y kx n
Aplicando o logarítmo decimal a ambos os membros
desta expressão, obtemos que:
n n
log y log(kx ) logk log x logk nlog x
e, portanto:
log y logk nlog x

Agora, esta expressão fornece uma curva de que tipo


? Esta expressão representa a equação de uma reta !!!
Gráficos
Linearização de curvas
(Método logarítmico)
Caso 1: Funções de potência
Concluímos, a partir do resultado acima que o gráfico
de logy versus logx fornecerá numa reta cujo coeficiente
angular n é dado por:
log y 2 log y1
n
log x 2 log x 1
Gráficos
Linearização de curvas
(Método logarítmico)
Caso 1: Funções de potência
Concluímos, a partir do resultado acima que o gráfico
de logy versus logx fornecerá numa reta cujo coeficiente
angular n é dado por:
log y 2 log y1
n
log x 2 log x 1

onde as coordenadas dos pontos (logx1,logy1) e


(logx2,logy2) são lidas diretamente no gráfico;
Gráficos
Linearização de curvas
(Método logarítmico)
Caso 1: Funções de potência
Concluímos, a partir do resultado acima que o gráfico
de logy versus logx fornecerá numa reta cujo coeficiente
angular n é dado por:
log y 2 log y1
n
log x 2 log x 1

onde as coordenadas dos pontos (logx1,logy1) e


(logx2,logy2) são lidas diretamente no gráfico;
O coeficiente linear da reta é logk e o valor de k, pela
própria definição de logarítmo, é dado por:
k 10logk
Gráficos
Linearização de curvas
(Método logarítmico)
Caso 1: Funções de potência
Cabe, aqui, uma consideração sobre o valor do
coeficiente angular n obtido pela expressão:
log y 2 log y1
n
log x 2 log x 1
Gráficos
Linearização de curvas
(Método logarítmico)
Caso 1: Funções de potência
Cabe, aqui, uma consideração sobre o valor do
coeficiente angular n obtido pela expressão:
log y 2 log y1
n
log x 2 log x 1

Na maioria das expressões que representam


fenômenos físicos os expoentes são, ou frações simples,
ou números inteiros, tais como 2, 1/2, -2, -3/4, 1, etc.
Gráficos
Linearização de curvas
(Método logarítmico)
Caso 1: Funções de potência
Cabe, aqui, uma consideração sobre o valor do
coeficiente angular n obtido pela expressão:
log y 2 log y1
n
log x 2 log x 1

Na maioria das expressões que representam


fenômenos físicos os expoentes são, ou frações simples,
ou números inteiros, tais como 2, 1/2, -2, -3/4, 1, etc.
Então, o valor calculado de n deve ser aproximado,
dentro do erro experimental, para um inteiro ou relação
entre inteiros.
Gráficos
Linearização de curvas
(Método logarítmico)
Caso 1: Funções de potência
Cabe, aqui, uma consideração sobre o valor do
coeficiente angular n obtido pela expressão:
log y 2 log y1
n
log x 2 log x 1

Na maioria das expressões que representam


fenômenos físicos os expoentes são, ou frações simples,
ou números inteiros, tais como 2, 1/2, -2, -3/4, 1, etc.
Então, o valor calculado de n deve ser aproximado,
dentro do erro experimental, para um inteiro ou relação
entre inteiros. Por exemplo: 0,493 ≈ 1/2; -0,991 ≈ -1; 1,49 ≈
3/2; -2,01 ≈ -2; 0,334 ≈ 1/3; e assim por diante.
Gráficos
Linearização de curvas
(Método logarítmico – Exercício de aplicação)
Medidas efetuadas de corrente e tensão em um resistor
RDV (varistor) forneceram os seguintes dados
experimentais:
V(V) 18,7 31,5 92,0 150,0 215,0 340,0
I(A) 0,48 0,88 4,10 7,50 13,00 23,00
Gráficos
Linearização de curvas
(Método logarítmico – Exercício de aplicação)
Um varistor é um componente eletrônico cujo valor de
resistência elétrica é uma função inversa da tensão
aplicada nos seus terminais. Isto é, a medida que a
diferença de potencial sobre o varistor aumenta, sua
resistência diminui;

Figura 2: Varistor de Óxido de


Figura 1: Varistor de alta tensão Metal para 385 Volts
Gráficos
Linearização de curvas
(Método logarítmico – Exercício de aplicação)
Os varistores são utilizados como elemento de
proteção contra transientes de tensão em circuitos, tal
como em filtros de linha. Montados em paralelo com o
circuito que se deseja proteger, impedem que curtos de
pequena duração os atinjam, por apresentarem uma
característica de "limitador de tensão". No caso de picos
de tensão de maior duração, a alta corrente que circula
pelo componente faz com que o dispositivo de
proteção, disjuntor ou fusível, desarme, desconectando
o circuito da fonte de alimentação. O varistor protege o
equipamento a jusante desviando a sobretensão, ou
sobrecorrente, para o terra, pois comporta-se como um
curto-circuito submetido a altas tensões.
Gráficos
Linearização de curvas
(Método logarítmico – Exercício de aplicação)
Medidas efetuadas de corrente e tensão em um resistor
RDV (varistor) forneceram os seguintes dados
experimentais:
V(V) 18,7 31,5 92,0 150,0 215,0 340,0
I(A) 0,48 0,88 4,10 7,50 13,00 23,00

A equação que rege o fenômeno físico sob


consideração tem a forma:
β
V CI
onde V é a tensão e I é a corrente no varistor.
Gráficos
Linearização de curvas
(Método logarítmico – Exercício de aplicação)
Medidas efetuadas de corrente e tensão em um resistor
RDV (varistor) forneceram os seguintes dados
experimentais:
V(V) 18,7 31,5 92,0 150,0 215,0 340,0
I(A) 0,48 0,88 4,10 7,50 13,00 23,00

A equação que rege o fenômeno físico sob


consideração tem a forma:
β
V CI
onde V é a tensão e I é a corrente no varistor. Determine,
a partir dos dados disponibilizados acima, o valor
numérico das constantes C e β.
Gráficos
Linearização de curvas
(Método logarítmico)
Caso 2: Funções exponenciais
Sejam x e y duas grandezas que se relacionam por
uma função exponencial do tipo:
y kenx , onde k e n são constantes
Gráficos
Linearização de curvas
(Método logarítmico)
Caso 2: Funções exponenciais
Sejam x e y duas grandezas que se relacionam por
uma função exponencial do tipo:
y kenx
Aplicando o logarítmo natural a ambos os membros
desta expressão, obtemos que:
ln y ln(kenx )
Gráficos
Linearização de curvas
(Método logarítmico)
Caso 2: Funções exponenciais
Sejam x e y duas grandezas que se relacionam por
uma função exponencial do tipo:
y kenx
Aplicando o logarítmo natural a ambos os membros
desta expressão, obtemos que:
ln y ln(kenx ) lnk lnenx
Gráficos
Linearização de curvas
(Método logarítmico)
Caso 2: Funções exponenciais
Sejam x e y duas grandezas que se relacionam por
uma função exponencial do tipo:
y kenx
Aplicando o logarítmo natural a ambos os membros
desta expressão, obtemos que:
ln y ln(kenx ) lnk lnenx lnk nx
Gráficos
Linearização de curvas
(Método logarítmico)
Caso 2: Funções exponenciais
Sejam x e y duas grandezas que se relacionam por
uma função exponencial do tipo:
y kenx
Aplicando o logarítmo natural a ambos os membros
desta expressão, obtemos que:
nx
ln y ln(ke ) lnk lnenx
lnk nx
e, portanto:
ln y lnk nx
Gráficos
Linearização de curvas
(Método logarítmico)
Caso 2: Funções exponenciais
Sejam x e y duas grandezas que se relacionam por
uma função exponencial do tipo:
y kenx
Aplicando o logarítmo natural a ambos os membros
desta expressão, obtemos que:
nx
ln y ln(ke ) lnk lnenx
lnk nx
e, portanto:
ln y lnk nx

Esta expressão também fornece a equação de uma


reta.
Gráficos
Linearização de curvas
(Método logarítmico)
Caso 2: Funções exponenciais
Concluímos, a partir do resultado acima que o gráfico
de lny versus x fornecerá numa reta cujo coeficiente
angular n é dado por:
ln y 2 ln y1
n
x2 x1

onde as coordenadas dos pontos (x1,lny1) e (x2,lny2) são


lidas diretamente no gráfico;
Gráficos
Linearização de curvas
(Método logarítmico)
Caso 2: Funções exponenciais
Concluímos, a partir do resultado acima que o gráfico
de lny versus x fornecerá numa reta cujo coeficiente
angular n é dado por:
ln y 2 ln y1
n
x2 x1

onde as coordenadas dos pontos (x1,lny1) e (x2,lny2) são


lidas diretamente no gráfico;
O coeficiente linear da reta é lnk e o valor de k, pela
própria definição de logarítmo, é dado por:
k elnk
Gráficos
Linearização de curvas
(Método logarítmico – Exercício de aplicação)
Em uma experiência na qual se mediu a variação da
carga (Q) de um capacitor em descarga em função do
tempo (t), foram obtidos os seguintes dados
experimentais:
Q(C) 13,20 6,80 3,50 1,80 0,92
t(s) 1,0 3,0 5,0 7,0 9,0
Gráficos
Linearização de curvas
(Método logarítmico – Exercício de aplicação)
Em uma experiência na qual se mediu a variação da
carga (Q) de um capacitor em descarga em função do
tempo (t), foram obtidos os seguintes dados
experimentais:
Q(C) 13,20 6,80 3,50 1,80 0,92
t(s) 1,0 3,0 5,0 7,0 9,0
Sabe-se que a equação que relaciona as grandezas
físicas apresentadas na tabela acima é dada por:
Q Q 0 ekt
Gráficos
Linearização de curvas
(Método logarítmico – Exercício de aplicação)
Em uma experiência na qual se mediu a variação da
carga (Q) de um capacitor em descarga em função do
tempo (t), foram obtidos os seguintes dados
experimentais:
Q(C) 13,20 6,80 3,50 1,80 0,92
t(s) 1,0 3,0 5,0 7,0 9,0
Sabe-se que a equação que relaciona as grandezas
físicas apresentadas na tabela acima é dada por:
Q Q 0 ekt
Linearize a expressão acima através do método de
logarítmico e obtenha os valores numéricos das
constantes Q0 e k.
Bibliografia
Bibliografia básica
Vuolo, J. H.; Fundamentos da teoria de erros. Ed. Edgard Blücher,
São Paulo, 2a edição, 1992.
Vuolo, J. H.; Avaliação e expressão de incerteza em medição,
Revista Brasileira de Ensino de Física, volume 21, páginas 350-358,
1999. (Este artigo está disponível na plataforma Moodle da UFABC
sob o nome RBEF-v21_p350.pdf)

Bibliografia complementar
Bevington, P. R., Robinson, D. K., Data reduction and error analysis
for the physical sciences, McGraw-Hill, New York, 3rd edition, 2003.
Tabacniks, Manfredo Harri. Conceitos básicos de teoria de erros,
Revisão 2009 (AAQ), IFUSP, 2009.
Guia para física experimental IFGW-Unicamp, 1997. (Esta apostila
está disponível na plataforma Moodle da UFABC sob o nome
Apostila_LaboratorioFisicaUnicamp.pdf)

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