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Funções de 2º grau

E suas aplicações na Física


4.2 Função do 2º grau (ou função quadrática)

Onde:
• ou é uma variável dependente;
• é uma variável independente;
• Sendo os coeficientes "" números reais e (zero).
4.2.1 O coeficiente “a” (concavidade)
• é um coeficiente que, graficamente indica a concavidade da parábola de uma função do
segundo grau:
• Se a > 0, então a concavidade da parábola é voltada para cima.
• Se a < 0, então a concavidade da parábola é voltada para baixo.
4.2.2 O coeficiente “c” (local do corte no y)
• O coeficiente “c” indica onde a parábola corta o eixo y, estabelecendo as
seguintes relações:

• Se c>0, a parábola irá cortar o eixo y acima da origem; Se c<0, a parábola irá cortar o eixo y abaixo da origem;
• Se , a parábola irá cortar o eixo y na origem, ou seja, ponto (0,0).
4.2.3 O coeficiente “b” (como é o corte no y)
O coeficiente “b” determina a inclinação da parábola após passar o eixo
y, estabelecendo as seguintes relações:

• Se b<0, a partir do ponto de corte do eixo y a curvatura • Se b >0, a partir do ponto de corte do eixo y a
da parábola irá descer; curvatura da parábola irá subir;
• Se b = 0, após o ponto de corte não haverá inclinações.
• Exemplo: Observando o gráfico, indique os sinais dos coeficientes

Resposta
4.2.4 Gráfico da função do 2º grau
• O gráfico da Função de 2º grau é sempre uma PARÁBOLA.

Importante: A parábola apresenta alguns elementos essenciais:


• as raízes (pontos onde o gráfico intercepta o eixo x);
• o vértice (ponto de máximo ou mínimo da função).

1 – Encontrando o vértice da parábola

• O vértice de uma função de 2º grau é o ponto de MÁXIMO ou de MÍNIMO da


função. Então para encontrar as coordenadas do vértice usamos as fórmulas:
ou
e
ou
Exemplo: O movimento de um projétil, lançado obliquamente para cima, é
descrito pela equação . Onde y é a altura, em metros, atingida pelo projétil
x segundos após o lançamento. Qual a altura máxima atingida e o tempo
que esse projétil permanece no ar?
Resposta
• Encontrando a altura

Como

• Encontrando o tempo

Como , assim
2 – Raízes de funções do 2º grau

As raízes de uma função são os pontos nos quais o gráfico dessa função encontra o eixo
x do plano cartesiano.
Para encontrar as raízes da função:
Primeiro, determine o discriminante da função:

Em seguida, substitua-o na fórmula de Bháskara, assim como os coeficientes, e encontre


x’ e x’’:

As coordenadas das raízes da função serão:

A partir dos dois pontos e do vértice, basta colocá-los no plano cartesiano e ligá-los por
meio de uma parábola.
No caso das funções do segundo grau, o número de raízes pode ser
0, 1 ou 2.Isso dependerá do valor do discriminante Δ:

1º caso → Δ = 0: A função possui raízes reais e iguais. Nesse caso,


dizemos que a função possui uma única raiz.
• 2º caso → Δ > 0: A função possui duas raízes reais e distintas, isto é,
diferentes.

• 3º caso → Δ < 0: A função não possui raízes reais."


Para encontrar as raízes de uma função do
segundo grau
• Primeiro: determina o discriminante da função

• Segundo: substitui o discriminante na fórmula de Bháskara

Obs.: os valores de x’ e x’’ serão as coordenadas em x das raízes da


função:

Para montar o gráfico: colocamos a duas raízes e o vértice no plano


cartesiano e os ligamos por meio de uma parábola.
Exemplo: Encontre monte o gráfico função
Resolução Montando o gráfico
Primeiro vamos encontrar o Vértice, dado
y
por:
250
e

Logo V =(2,5 , 250) x


0 2,5 5
Agora vamos encontras as raízes:
Vértice + pontos aleatórios
Quando a função não possuir raiz real (, encontraremos:
Primeiro as coordenadas do vértice ()
Segundo, encontramos os pontos aleatórios, fazendo:

Terceiro, substituímos os valores de A e B na função, para encontrar o valor de y


relativo a esses pontos (A e B).

Os resultados serão os pontos V, A e B, exatamente como feito nas raízes, com a


diferença de que os pontos A e B não estão mais sobre o eixo x.
Exemplo: Desenhe o gráfico da função: .
Exemplo: Desenhe o gráfico da função: .
Resposta
1º) Encontramos as raízes: 5º) Montando o gráfico, temos:
, logo não temos raízes reais.
Deveremos usar os pontos imaginários:

2º) Encontrando as coordenadas do vértice:

3º) Encontrando os pontos aleatórios A e B:

4º) substituindo esse valor na função (de A ou de B), para


encontrar y relativo a ele:
.
Aplicações na Física
Função horária da posição no Movimento Retilíneo Uniforme Variado
(MRUV):

Equação da posição no MRUV:


s = s0 + v0t + t² ou y = y0 +v0 +t²

Notação de Função 2º grau:


f (x) = ax²+ bx + c ou y = ax²+ bx + c
Comparando:
• f (x) = s (ou x, se escrito na outra forma).
• ax²= t²
• bx = v0t
• c = s0 (ou , se escrito na outra forma).
• Gráfico da função horária do espaço no MRUV.

Obs.:
 A função horária do espaço no MRUV é
uma função do 2º grau em t, cujo gráfico é
uma parábola.

 O estudo dessas funções mostra que a


concavidade da parábola indica o sinal da
aceleração do movimento.
5– Função Constante
• A função constante é a função cuja lei de formação é .
• Aplicações na Física
a) Gráfico da função horária da velocidade no MU
Mais exemplos de aplicações na Física
Função do 1º Grau:
• Diagramas V x T e P x T.
• Posição no Movimento Retilíneo Uniforme.
• Velocidade no Movimento Retilíneo Uniformemente Variado.
• Corrente Elétrica em Circuitos.
Função do 2º Grau:
• Posição no Movimento Retilíneo Uniformemente Variado.
• Posição no Movimento de Queda Livre.
Função Constante:
• Velocidade no Movimento Retilíneo Uniforme.
• Aceleração no Movimento Retilíneo Uniformemente Variado.
• Aceleração no Movimento de Queda Livre.
Representações de Funções
Representações de Funções
a) Representação por tabela: podem ser desenhadas tanto na
vertical como na horizontal.

• Na horizontal: a primeira linha corresponde a variável


independente (aos objetos) e a segunda à variável dependente (às
imagens).

• Na vertical: a primeira coluna corresponde a variável independente


(aos objetos) e a segunda à variável dependente (às imagens).
b)Representação algébrica:
Utilizada para representar funções numéricas de variável numérica.

c) Representação gráfica:
Num gráfico cartesiano são desenhados dois eixos que se interceptam.
• O eixo horizontal (das abcissas): corresponde a variável independente (aos
objetos).
• O eixo do vertical (das ordenadas): corresponde a variável dependente (às
imagens).
Exemplo:
Um carrinho se move sobre uma pista graduada em linha reta na
direção crescente dos centímetros, com um ritmo constante de 3cm
a cada segundo. Suponha que quando iniciarmos a observar o
carrinho estará na posição 2 cm da origem. Assim onde estará após
8s? Faça a representação por:
a) Tabela
• Representação por tabela:
t(s)
0 1 2 3 4 5 6 7 8
x(cm)
2 5 8 11 14 17 20 23 26
b) Algébrica
Representação algébrica:

Para t0= 0s ----------x0 = 2cm


A cada segundo passado somam-se três cm a sua posição anterior, assim:
t1 = 1s ------x1 = 2 + 3 = 5
t2 = 2s ----- x2 = 2 + (3 ∙2) = 8
t3 = 3s -- ---x3 = 2 + (3 ∙3) = 11

t -------- x = 2 + (3∙t) x = 2 + 3t
Assim em 8 s o móvel estará na posição de:
x = 2 + 3t
• Resposta: x = 2 + 3(8)=26 cm
c) Gráfica
• Representação gráfica: •A inclinação da reta está relacionada ao valor da
velocidade.
•Reta, porque v = cte.
•crescente, porque o v > 0: o movimento é progressivo.

Obs.: Para encontrar a inclinação da reta, ou seja o


coeficiente angular (, que neste caso representa para nós a
velocidade(, basta encontrar a tangente de , pois:
tg
=
Logo, escolhendo valores no gráfico:

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