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Rev.

André Arêa Página | 1

ESTUDO BÍBLICO
Rev. André Arêa

Data: 21/12/23
Local: IP Mutuaguaçu
Tema: Julgamento e exílio para a nação obstinada (Inflexível,
teimosa)
Texto Bíblico: Is 5.1-30
LEITURA BÍBLICA
Isaías 5
1
Agora, cantarei ao meu amado o cântico do meu
amado a respeito da sua vinha. O meu amado teve
uma vinha num outeiro fertilíssimo.
2
Sachou-a, limpou-a das pedras e a plantou de vides
escolhidas; edificou no meio dela uma torre e
também abriu um lagar. Ele esperava que desse uvas
boas, mas deu uvas bravas.
3
Agora, pois, ó moradores de Jerusalém e homens de
Judá, julgai, vos peço, entre mim e a minha vinha.
4
Que mais se podia fazer ainda à minha vinha, que eu
lhe não tenha feito? E como, esperando eu que desse
uvas boas, veio a produzir uvas bravas?
5
Agora, pois, vos farei saber o que pretendo fazer à
minha vinha: tirarei a sua sebe, para que a vinha sirva
de pasto; derribarei o seu muro, para que seja pisada;
6
torná-la-ei em deserto. Não será podada, nem
sachada, mas crescerão nela espinheiros e abrolhos;
às nuvens darei ordem que não derramem chuva sobre
ela.
7
Porque a vinha do SENHOR dos Exércitos é a casa de
Israel, e os homens de Judá são a planta dileta do
SENHOR; este desejou que exercessem juízo, e eis aí
quebrantamento da lei; justiça, e eis aí clamor.
8
Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem campo a
campo, até que não haja mais lugar, e ficam como
únicos moradores no meio da terra!
9
A meus ouvidos disse o SENHOR dos Exércitos: Em
verdade, muitas casas ficarão desertas, até as grandes
e belas, sem moradores.
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10
E dez jeiras de vinha não darão mais do que um
bato, e um ômer cheio de semente não dará mais do
que um efa.
11
Ai dos que se levantam pela manhã e seguem a
bebedice e continuam até alta noite, até que o vinho
os esquenta!
12
Liras e harpas, tamboris e flautas e vinho há nos
seus banquetes; porém não consideram os feitos do
SENHOR, nem olham para as obras das suas mãos.
13
Portanto, o meu povo será levado cativo, por falta
de entendimento; os seus nobres terão fome, e a sua
multidão se secará de sede.
14
Por isso, a cova aumentou o seu apetite, abriu a sua
boca desmesuradamente; para lá desce a glória de
Jerusalém, e o seu tumulto, e o seu ruído, e quem
nesse meio folgava.
15
Então, a gente se abate, e o homem se avilta; e os
olhos dos altivos são humilhados.
16
Mas o SENHOR dos Exércitos é exaltado em juízo; e
Deus, o Santo, é santificado em justiça.
17
Então, os cordeiros pastarão lá como se no seu
pasto; e os nômades se nutrirão dos campos dos ricos
lá abandonados.
18
Ai dos que puxam para si a iniquidade com cordas
de injustiça e o pecado, como com tirantes de carro!
19
E dizem: Apresse-se Deus, leve a cabo a sua obra,
para que a vejamos; aproxime-se, manifeste-se o
conselho do Santo de Israel, para que o conheçamos.
20
Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que
fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o
amargo por doce e o doce, por amargo!
21
Ai dos que são sábios a seus próprios olhos e
prudentes em seu próprio conceito!
22
Ai dos que são heróis para beber vinho e valentes
para misturar bebida forte,
23
os quais por suborno justificam o perverso e ao
justo negam justiça!
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24
Pelo que, como a língua de fogo consome o
restolho, e a erva seca se desfaz pela chama, assim
será a sua raiz como podridão, e a sua flor se
esvaecerá como pó; porquanto rejeitaram a lei do
SENHOR dos Exércitos e desprezaram a palavra do
Santo de Israel.
25
Por isso, se acende a ira do SENHOR contra o seu
povo, povo contra o qual estende a mão e o fere, de
modo que tremem os montes e os seus cadáveres são
como monturo no meio das ruas. Com tudo isto não se
aplaca a sua ira, mas ainda está estendida a sua mão.
26
Ele arvorará o estandarte para as nações distantes e
lhes assobiará para que venham das extremidades da
terra; e vêm apressadamente.
27
Não há entre elas cansado, nem quem tropece;
ninguém tosqueneja, nem dorme; não se lhe desata o
cinto dos seus lombos, nem se lhe rompe das
sandálias a correia.
28
As suas flechas são agudas, e todos os seus arcos,
retesados; as unhas dos seus cavalos dizem-se de
pederneira, e as rodas dos seus carros, um
redemoinho.
29
O seu rugido é como o do leão; rugem como filhos
de leão, e, rosnando, arrebatam a presa, e a levam, e
não há quem a livre.
30
Bramam contra eles naquele dia, como o bramido
do mar; se alguém olhar para a terra, eis que só há
trevas e angústia, e a luz se escurece em densas
nuvens. 1

INTRODUÇÃO
Se o Capítulo1 nos introduziu no livro como um todo, apresentando
tudo o que Isaías iria mostrar em seu livro, e os Capítulos 2 a 4
revelaram o conflito de Israel entre o que ele foi chamado por Deus
para ser e o que de fato ele estava sendo, já o Capítulo 5 nos leva de
volta à realidade da condição de Israel quando Isaías transmitia sua
mensagem2.
1
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 5.1–30.
2
cf. OSWALT, 2011, vol.1, p.193
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I. A parábola da vinha improdutiva (v. 5.1-7)


1
Agora, cantarei ao meu amado o cântico do meu
amado a respeito da sua vinha. O meu amado teve
uma vinha num outeiro fertilíssimo.
2
Sachou-a, limpou-a das pedras e a plantou de vides
escolhidas; edificou no meio dela uma torre e
também abriu um lagar. Ele esperava que desse uvas
boas, mas deu uvas bravas.
3
Agora, pois, ó moradores de Jerusalém e homens de
Judá, julgai, vos peço, entre mim e a minha vinha.
4
Que mais se podia fazer ainda à minha vinha, que eu
lhe não tenha feito? E como, esperando eu que desse
uvas boas, veio a produzir uvas bravas?
5
Agora, pois, vos farei saber o que pretendo fazer à
minha vinha: tirarei a sua sebe, para que a vinha sirva
de pasto; derribarei o seu muro, para que seja pisada;
6
torná-la-ei em deserto. Não será podada, nem
sachada, mas crescerão nela espinheiros e abrolhos;
às nuvens darei ordem que não derramem chuva sobre
ela.
7
Porque a vinha do SENHOR dos Exércitos é a casa de
Israel, e os homens de Judá são a planta dileta do
SENHOR; este desejou que exercessem juízo, e eis aí
quebrantamento da lei; justiça, e eis aí clamor.3
O uso de parábolas geralmente é associado ao Novo Testamento.
Mas, no Antigo Testamento também encontramos várias parábolas que
os servos de Deus usaram para descrever situações em que o povo de
Deus se encontrava.
Aqui mesmo, no Cap.5 de Isaías, encontramos uma parábola.
Esta parábola apresenta de forma viva a situação de Israel.
O verso 7 deixa bem claro a quem se refere essa parábola:
“Porque a vinha do SENHOR dos Exércitos é a casa de Israel, e os
homens de Judá são a planta dileta do SENHOR; este desejou que

3
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 5.1–30.
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exercessem juízo, e eis aí quebrantamento da lei; justiça, e eis aí


clamor.”4
Este que havia sido escolhido e preparado por Deus para produzir
frutos de justiça, tal como a vinha que foi escavada e retirada as
pedras que atrapalhariam a produção, Israel deixou de fazer aquilo
que Deus o capacitara plenamente a fazer: agir com justiça e
obediência à Lei.
Algo muito importante que devemos aplicar em nosso coração com
relação a essa passagem é que Deus jamais exigirá algo de nós para o
qual Ele não nos tenha capacitado plenamente.
Note os seguintes detalhes dessa vinha que dizem respeito ao
coração humano:
“...O meu amado teve uma vinha num outeiro fertilíssimo.” 5

(v.1): somos de Deus de fato (Ele nos criou) e por direito (Ele
nos comprou, redimiu em Cristo), e por isso mesmo temos
plenas condições de produzir frutos permanentes, pois,
estamos em Cristo.
“Sachou-a, limpou-a das pedras... e a plantou de vides
escolhidas; ...edificou... no meio dela ...uma torre... e
também abriu ...um lagar....”6 (v.2): a obra salvação e
santificação que Deus realiza no coração dos Seus filhos.
“...Ele esperava que desse uvas boas, mas deu uvas
bravas....” (v. 2) “4 Que mais se podia fazer ainda à minha
7

vinha,...?” (v. 4): isto mostra o desejo de Deus para conosco,


8

para o qual fomos plenamente capacitados.


Não há mais nada a ser feito por um coração que recebeu
toda essa bênção e mesmo assim, preferiu o pecado, a não
ser entregá-lo ao sofrimento, como podemos ver e nos versos
5, 6: “5 Agora, pois, vos farei saber o que pretendo fazer à
minha vinha: tirarei a sua sebe, para que a vinha sirva de
pasto; derribarei o seu muro, para que seja pisada; 6 torná-
la-ei em deserto. Não será podada, nem sachada, mas
4
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 5.7.
5
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 5.1.
6
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 5.2.
7
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 5.2.
8
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 5.4.
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crescerão nela espinheiros e abrolhos; às nuvens darei ordem


que não derramem chuva sobre ela.” , conforme Hebreus 9

10.26-27: “26 Porque, se vivermos deliberadamente em


pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da
verdade, já não resta sacrifício pelos pecados; 27 pelo
contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador
prestes a consumir os adversários.” 10

II. Pecados cometidos e as ameaças contra os perversos ,


v. 5.8-25
a. Os pecados
A vinha (Israel), não deixou de dar frutos. Porém, os frutos que ele
produziu não foram os frutos esperados por Deus. Eis os frutos que
Israel apresentou:
1. Cobiça (v.8-10)
8
Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem campo a
campo, até que não haja mais lugar, e ficam como
únicos moradores no meio da terra!
9
A meus ouvidos disse o SENHOR dos Exércitos: Em
verdade, muitas casas ficarão desertas, até as grandes
e belas, sem moradores.
10
E dez jeiras de vinha não darão mais do que um
bato, e um ômer cheio de semente não dará mais do
que um efa.11
Segundo a Lei Mosaica, toda a terra pertencia a Deus. Ele permitia
às pessoas usufruírem da terra, mas, nunca serem a donas dela.
A cada 50 anos acontecia o jubileu, e as famílias deveriam dar
como devolvidas as terras a Deus, O qual lhes renovava o direito de
uso da terra.
Em caso de falência, aqueles que estavam atualmente usando a
terra deveriam devolver imediatamente a terra aos descendentes
daqueles de quem haviam comprado o direito de uso da terra,
conforme Levíticos 25.23-28: “23 Também a terra não se venderá em
perpetuidade, porque a terra é minha; pois vós sois para mim
9
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 5.5–6.
10
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Hb 10.26–27.
11
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 5.8–10.
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estrangeiros e peregrinos. 24 Portanto, em toda a terra da vossa


possessão dareis resgate à terra. 25 Se teu irmão empobrecer e vender
alguma parte das suas possessões, então, virá o seu resgatador, seu
parente, e resgatará o que seu irmão vendeu. 26 Se alguém não tiver
resgatador, porém vier a tornar-se próspero e achar o bastante com
que a remir, 27 então, contará os anos desde a sua venda, e o que
ficar restituirá ao homem a quem vendeu, e tornará à sua possessão.
28
Mas, se as suas posses não lhe permitirem reavê-la, então, a que for
vendida ficará na mão do comprador até ao Ano do Jubileu; porém, no
Ano do Jubileu, sairá do poder deste, e aquele tornará à sua
possessão.” 12; Ezequiel 46.16-18: “16 Assim diz o SENHOR Deus: Quando
o príncipe der um presente de sua herança a alguns de seus filhos,
pertencerá a estes; será possessão deles por herança. 17 Mas, dando
ele um presente da sua herança a algum dos seus servos, será deste
até ao ano da liberdade; então, tornará para o príncipe, porque a
seus filhos, somente a eles, pertencerá a herança. 18 O príncipe não
tomará nada da herança do povo, não os esbulhará da sua possessão;
da sua própria possessão deixará herança a seus filhos, para que o
meu povo não seja retirado, cada um da sua possessão.” 13.
Mas, em vez de agirem assim, eles estavam sendo cobiçosos e
gananciosos fazendo latifúndios e acumulando riquezas que não lhes
pertenciam. O resultado desse pecado seria miséria em vez da fartura
que tanto queriam.
As medidas mencionadas aqui, jeiras (medida de área que
necessitava de 10 juntas de bois para ará-la em 1 dia), bato (de
líquidos, 4 litros), ômer e efa (medidas sementes e secos).
Tudo o que fosse colhido seria o equivalente a 1/6 do que foi
plantado.
2. Libertinagem (v.11, 12)
11
Ai dos que se levantam pela manhã e seguem a
bebedice e continuam até alta noite, até que o vinho
os esquenta!

12
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Lv 25.23–28.
13
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Ez 46.16–18.
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12
Liras e harpas, tamboris e flautas e vinho há nos
seus banquetes; porém não consideram os feitos do
SENHOR, nem olham para as obras das suas mãos.14
Entregues aos desejos libertinos de seus corações, eles se
afastavam cada vez mais de Deus.
A libertinagem absorve o ser humano, e é por isso que devemos
nos afastar dela. “Onde a paixão por prazer se torna o ponto máximo
na vida de uma pessoa, a paixão por Deus, sua verdade e seus
caminhos, é sufocada” 15.
3. Arrogância (v.18, 19)
18
Ai dos que puxam para si a iniquidade com cordas
de injustiça e o pecado, como com tirantes de carro!
19
E dizem: Apresse-se Deus, leve a cabo a sua obra,
para que a vejamos; aproxime-se, manifeste-se o
conselho do Santo de Israel, para que o conheçamos.16
O povo vivia desenfreadamente no pecado e ainda assim pedia a
Deus que manifestasse o Seu juízo, pois, queriam ver as Suas obras e o
Seu juízo ser executado, como se eles não fossem os primeiros a serem
condenados!
4. Perversão (v.20, 21)
20
Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que
fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o
amargo por doce e o doce, por amargo!
21
Ai dos que são sábios a seus próprios olhos e
prudentes em seu próprio conceito!17
A perversão a que chegaram fazia com que invertessem os valores.
Eles insultavam os caminhos de Deus, a fim de justificarem seu
comportamento ímpio.
O homem quando não aceita a justificação que Deus lhe oferece,
busca se justificar do seu próprio jeito, e este é minimizando o horror
do seu pecado e a santidade de Deus.
5. Injustiça (v.22, 23)
14
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 5.11–12.
15
OSWALT, 2011, vol.1, p.203
16
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 5.18–19.
17
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 5.20–21.
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22
Ai dos que são heróis para beber vinho e valentes
para misturar bebida forte,
23
os quais por suborno justificam o perverso e ao
justo negam justiça!18
Estes versos retratam a liderança do povo. Estes são os “grandes
homens” – beberrões, subornadores e pervertedores da justiça. Se a
liderança estava assim, o que haveria de ser do povo?
b. As ameaças
Os v.13-16 descrevem a assolação que o cativeiro traria sobre o
povo.
13
Portanto, o meu povo será levado cativo, por falta
de entendimento; os seus nobres terão fome, e a sua
multidão se secará de sede.
14
Por isso, a cova aumentou o seu apetite, abriu a sua
boca desmesuradamente; para lá desce a glória de
Jerusalém, e o seu tumulto, e o seu ruído, e quem
nesse meio folgava.
15
Então, a gente se abate, e o homem se avilta; e os
olhos dos altivos são humilhados.
16
Mas o SENHOR dos Exércitos é exaltado em juízo; e
Deus, o Santo, é santificado em justiça.19
A descrição do cativeiro aqui é terrível:
1. O cativeiro é consequência da falta de entendimento do povo
(trocou Deus pelos ídolos);
2. A mortandade seria tão grande que as covas não suportariam
tantos cadáveres;
3. O vexame e a vergonha em vez da glória (de Deus) para o
povo de Israel;
4. Abatimento, aviltamento e humilhação;
5. A terra seria invadida por nômades estrangeiros.

18
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 5.22–23.
19
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 5.13–16.
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Em tudo isso Deus que fora envergonhado pelo pecado do povo,


seria exaltado em Seu juízo: “Mas o SENHOR dos Exércitos é exaltado
em juízo; e Deus, o Santo, é santificado em justiça.”20 (v.16).
Todos os “ais” (ameaças) aqui foram porque os israelitas
“...rejeitaram a lei do SENHOR dos Exércitos e desprezaram a palavra
do Santo de Israel.” 21 (v.24)
E “Por isso, se acende a ira do SENHOR contra o seu povo, povo
contra o qual estende a mão e o fere, de modo que tremem os montes
e os seus cadáveres são como monturo no meio das ruas. Com tudo isto
não se aplaca a sua ira, mas ainda está estendida a sua mão.” 22 (v.25).

III. A concretização das ameaças (v 5.26-30)


26
Ele arvorará o estandarte para as nações distantes e
lhes assobiará para que venham das extremidades da
terra; e vêm apressadamente.
27
Não há entre elas cansado, nem quem tropece;
ninguém tosqueneja, nem dorme; não se lhe desata o
cinto dos seus lombos, nem se lhe rompe das
sandálias a correia.
28
As suas flechas são agudas, e todos os seus arcos,
retesados; as unhas dos seus cavalos dizem-se de
pederneira, e as rodas dos seus carros, um
redemoinho.
29
O seu rugido é como o do leão; rugem como filhos
de leão, e, rosnando, arrebatam a presa, e a levam, e
não há quem a livre.
30
Bramam contra eles naquele dia, como o bramido
do mar; se alguém olhar para a terra, eis que só há
trevas e angústia, e a luz se escurece em densas
nuvens. 23
Deus chamaria as nações distantes (Síria, Assíria e a Babilônia)
para virem contra Israel e Judá. O ato de arvorar o estandarte (agitar
a bandeira) era um sinal chamando para a batalha. Deus está no
comando das nações! Essa verdade é estampada em todos os livros
proféticos.
20
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 5.16.
21
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 5.24.
22
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 5.1–30.
23
Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Is 5.26–30.
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Essas nações aqui são descritas como: vorazes, obstinadas,


determinadas em seus propósitos. Seu armamento impunha terror
àqueles a quem eles enfrentavam.
As figuras de linguagem usadas para descrever os inimigos aqui
(redemoinho revirando tudo, leão rugindo e ondas do mar bramindo)
indicam o comportamento avassalador dos assírios que empregavam os
exércitos dos outros povos conquistados para fazer uma “máquina de
guerra” impiedosa e assustadora.
Se Deus quisesse livrar o Seu povo disso Ele poderia livrar; porém,
não havia mais retorno – Deus estava decidido a levar a diante as
ameaças que fizera.

Para Pensarmos e Praticarmos


1) Deus não exige de nós o que Ele não nos deu e capacitou a fazer.
Logo, se há algo que Ele nos ordena fazer, com certeza já
recebemos a capacitação para isso.
2) Não precisamos de autojustificação, mas, sim, da justificação que
Deus opera em nós por meio de Cristo. Se nos justificarmos,
minimizaremos o horror do nosso pecado, e aviltaremos a Glória de
Deus. Devemos tratar do nosso pecado segundo Deus trata, a saber,
pela justificação realizada por Cristo.

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