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spectos

A da produção de polpa solúvel


ascos
I 0 efeito dos extrativos da madeira uma revisão

Marcelo Moreira do Costa

Jorge Luiz Colodette


Celso E 8 Foelke

trabalho de revisão bibliográfica são ma na fabricação de rayari acetato de celu


Q objet
ivo do eN
ste
discutidas algumas das principais carac lose e outros derivados deve possuir as se
terísticas da polpa solúvel para manufatura guintes características teor de alfacelulose
trabalho é mostrar dos mais importantes derivados de celulo maior que 93 teor de lignina menor que
se enfoque especial ë dado aos teores de ex 0 teor de pentosanas menor que 5tn
1
alfamas das trativos na madeira e na polpa celulósica so teor de extrativos solúveis em etanol
ben
bretudo daqueles que não são removidos zeno menor que 05 teor de cinzas menor
principais durante o processo de produção de polpa que 0Y teor de sílica menor que 0
2 050
solúvel branqueada Sobre os extrativos são teor de ferro menor que 24 ppm teor de
características da abordados além de suas definições alguns cobre menor que 30 ppm teor de manga
aspectos relacionados às suas distribuições nês menor que 05 ppm Foelkel et al 1978
palpa solúvel nas fibras suas solubilidades em vários sol
ventes orgânicos suas classificações e suas
Ainda com base em informações pessoais do
citado autor as principais características
composições químicas São também discu químicas esperadas da polpa solúvel com o
para manufatura tidos aspectos relativos ao impacto dos ex objetivo de produção de rayon fio cortado
os ma
d s
i trativos na formação de pítch Adicional celofane carboximetilcelulose e acetato de
mente são abordadas as principais alterna celulose são alvura maior que 87 ISQ so
tivas para a remoção dos extrativos ao lon lubilidade em hidróxido de sódio 5 menor
importantes go do processo de produção de polpa solú que 4 viscosidade intrínseca de 350 a 800

derivados de vel Estas incluem a remoção dos finos da cm f


g teores de cinzas e extrativos solúveis
polpa marrom a adição de surfactantes em DCM menor que 0
2
como aditivos numa etapa alcalina e o tra Para os diferentes usos finais da polpa so
celulose em tamento mecânico de refino da polpa lúvel existem diferentes exigências de teo
res de alfa celulose Assim derivados como
especial aos teores Introdução celofane e rraynn requerem 90 a 92 acetato
A polpa solúvel usada como matéria pri de celulose 95 a 97
0 e nitrocelulose 98IX de
de extrat
ivos n a alfa celulose todos com conteúdo mínimo de
hemiceluloses Wizani et al 1994 Na ob
madeira e na tenção de um derivado de celulose é de gran
Marcela Moreira do Casta estudante de doutorado no
de importância o grau de conversão ou a per
Uníversïdode Federal de Viçosa
polpa celulósica Jorge Luiz Colodette professor tïtuiar na Universidade
feita reação dos derivados pois qualquer im
Federal de Viçosa pureza que não reaja completamente no pro
Celso E B Foelkel exdiretor de tecnologia e ambiente do cesso de conversão tornase usualmente in
Riocell 5lA solúvel podendo assim bloquear os orifíci
60 0 papel Agosto 1998
os da fiandeira ou mesmo ocasionar de
Gráfico 1 Conteúdo de extrativos da madeira de Eucalyptus grandis
feitos no fio e conseqüentemente uma e Eucolyptus urophyIla obtidos em diversos solventes orgânicos
perda de resistência do mesmo Hinck
et ai 1985

Os extrativos da madeira

Todas as espécies arbóreas coníferas


ou folhosas e mesmo outros tecidos
vegetais são constituídos por compo
nentes primários celulose hernicelu
loses e ligninas e por componentes
secundários ou estranhos que não são
considerados parte essencial da estru
tura da parede celular Browing 1963
Conceitual mente os extrativos são
componentes da madeira não perten
centes à parede celular de baixo e 1 1 1 1
hIXVM
N O
M T E Umm Ê
Am EâmI
médio pesos moleculares extraíveis
em água ou solventes orgânicos neu
tros 0 termo componentes estra Árvores cortadas no início da prima Segundo Sjõstrõm 1993 esses
nhos engloba grande gama de com vera tinham maior teor do que aque compostos podem ser classificados em
postos químicos e inclui variedade de las cortadas no meio do verão e estas três grupos alifáticos terpenos
terpe
compostos individuais Algumas ex tinham maior teor do que aquelas noídes e fenólicos Os alifáticos situa
ceções desse conceito são os extrati Cortadas após o verão Perilã citado dos nas células parenquimatosas com
vos não
solúveis em água ou solven por Hillis 1962 preendem os seguintes compostos és
tes orgânicos neutros como frações Enquanto madeiras de coníferas teres gorduras
óleos ceras ácidos vo
de pectina proteínas amido e de mi contêm cerca de 5 a 8 do seu peso láteis ácidos graxos álcoois graxos
nerais Madeiras que possuem parte em extrativos as folhosas normalmen alcanos e poliestolídeos que podem
dos extrativos dentro da parede celu te contêm entre 2 a 4
Y6 e apresentam
1 ser evidenciados na tabela 1 Tanto nas
lar como as madeiras vermelhas ár menor teor de ácidos resinosos Porém coníferas como nas folhosas os prin
vores do gênero Sequoia e extrativos as folhosas possuem quantidades apre cipais componentes dos extrativos das
de peso molecular mais elevado ciáveis de ácidos graxos e material in células de parênquima são os ácidos
como taninos condensáveis e arabi saponificável o que pode dificultar a graxos que ocorrem principalmente
nogalactanas também constituem remoção desses compostos Jordão como ésteres As gorduras e os óleos
exceção Hillis 1962 1991 No gráfico 1 elaborado por Vas são ésteres do glicerol usualmente pre
A distribuição e a composição dos concelos et al 1984 observa
se o sentes na forma de triglicerídeos Já as
extrativos da madeira variam com o conteúdo de extrativos solúveis em ceras são ésteres de outros álcoois nor
local de plantio entre árvores da mes vários solventes orgânicos de duas malinente alifáticos ou de natureza
ma espécie e dentro da mesma árvo madeiras de Eucalyptits com sete anos teTpenóide Os ácidos graxos podem
re Rydholm 1965 Há também va de idade crescidas na região de Ara ser saturados ou insaturados sendo os
riações em diferentes alturas da árvo cruz e São Mateus ES últimos mais instáveis participando
re e entre o tronco e os galhos Prefe Os extrativos podem ser classifica de reações de adição polimerização ou
rencialmente os extrativos ocorrem dos em vários grupos de acordo com são oxidados Segundo Hillis 1962
em maiores teores na casca e nas raí suas características estruturais embo esses ácidos representados principal
zes Açúcares outros constituintes ra ocorram sobreposições tendo em mente pelos ácidos oléico linoléico e
solúveis da seiva e materiais de reseT vista a natureza polifuncional de al linolênico são de alto peso molecular
vã como amido e gorduras são en guns compostos D Almeida 1988 Fi insolúveis e podem causar sérios pro
contrados em maior quantidade no siologicamente os extrativos de madei blemas de pitch
alburno enquanto materiais fenóli ra podem ser classificados como 1 Os terpenos e terpenóides situados
cos são usualmente depositados no materiais de reserva ácidos graxos açú nos canais resiníferos compreendem
cerne Hillis 1962 Verificou se tam cares gorduras e óleos 2 materiais de os monoterpenos e sesquiterpenos
bém para árvores recém
cortadas de proteção terpenos ácidos resinosos diterpenos ácido resinosos triterpe
Betula vemigosa que a época de corte fenôis ceras e 3 hormÔnios vegetais nos e OS POlitCTpenos Esses constitu
influencia o teor de extraíveis em éter fitosterol sistosterol em a oleoresina presente em canais de

0 Papel
Agosto 1998 61
Quadro 1 Principais componentes mJifáócom situados nas células parenqu
matnums de madeira c pode ocasionar m ocorrên
cia denrobemas nos diferentes está
Identificação do grupo Estrutura i000
o
Co
dios do processo Nas madeixas de fo
okmnon
n
lhosas a relação entre os compostos
CH
saponificáveis e iouapunificávclx é
Abooisgmxox CH D 16 í22 menor que nas coníferas pois apesar
Ácidungnsxon dc predominarem ox ácidos 0Jaxosnas
CH CH COOH 1U 24
n
folhosas quase não existem ácidos re
ÉstamxdogDxym CH OR oR podem ser
R sinosos e por isso ova
or dos mapooi
Gorduras resíduos do
Domu
Jd nueoorqunoao
nsualcunotm
õcüveiué
CH OR quO
a
CO coníferas 8audrup
l984
ou hidrogénio
CH OR
mono iceríd000
eoiQ
i
Ésteres de outros ácidos
Os extrativos da polpa celulósica
RO CHz o
CH R ó um resíduo do ácido
De acordo com vários autores ox ex
Cemm RO ouo
ó
mrpano Qnuxu trativos omxooadorusúofoUhosauemtão
Neuo
iooto
Po
U CH
x CO 18
n
V
localizados principalmente nas célu
Subedm
las parenquimatosas porém ocorre al
guma deposição desse material nas
na dr certas coníferas
i
res l reduzem u eficiência do desfignificação paredes dos vasos Segundo 8uuoardo
ozwotedo gênero Phvux Quando situ no processo sulfito ácido mesoguao 1983 isso dificulta oacesso dos rea
ados nu parê
quima tantodmncouí
n cx
doprcocotcocoubabxascooccotrud gentes decozboeutoaouextruôvos
ú
omtdterpc
fccosguao1odumfnihosas pela formação de produtos insolúveis que muitas das células depurêogulruu
nox e eoterÜLden ocorre
n priocipml da condensação Ugninu
femo figura 2 não oc rompem facilmente Tátncélu
ozcote uu forma deésteres coro áci UsÚnyol0oeox podem também causar us que constituem os zucoorcs ele
dos graxos recebendo a denominação problemas por causa da formação de mentos anatômicos du madeira e após
algumas vezes de cera Esses compos fortes complexos com íons dcmetais u individualização das fibras oapoúoo
tos possuem baixa solubilidade e con pesados tais como íons hérócoa
causan ção essas células pmreuguiozúúcus
tribuem para formação de p tch no do pdoci aioocnte
cnzaodeoor
pcob juntamente com vasos e pedaços de
processo de produção de celuloses O rooâoduzao1eayolpuçOo õbras constituem a fração dc finos do
sistosterol é o fito esterõíde mais co
A Os extrativos podem ser classifica polpa Otno
l980
óctal
mum das madeiras de plantas supeTi dos também de acordo com oseu Segundo estudos dcRichtnr
citado
ores e sou estrutura pode ser visuali comportamento da seguinte forma por osoaodo
éou fração fina
lg03
zada na figura l S
óstzóco 1993 saponificáveis que iucbuenzooácidos da polpa celulósica que meeocuntzum
O extrativos üeoóbcox situados na icos graxos geralmente insatum
n
â
org dois terços dos csbaúvoainxu9ooifi
casca coocerne compreendem os ta dos ácidos resinosos ouona
nueuÓe cávcim Esse material mó é paox
vci de
ninos hidrolisáveis õavuuóiúcs tani tócicücom na forma livre oueoteriU remoção por sua ccuulmtficuçãopelos
nos condensáveis lignanas estilbenos cudaeoyinoapnoificúvcin que com ácidos resinosos eou ácidos gruzox
Os mais problemáticos
Oocns
c1ropo preendem ouemtenúiÚeu
beuÜioebidr livres pois possui caráter predomi
potencialmente são mpioVsúvòn
emót ápropor
u
corbooetosdecodeiuloo nantemente neutro não sofrendo
hcou eo1axufolLo Duvooóidc pois çãocotrecxsusfruçOcsdepeodcdoúpo ação do rwuêwoto alcalino do cozi

Figura U Estrutura química dm Figura 2 Estrutura química do


n 2a
pinosUv edmtaoo6zUn I6

OH
1 OH

Ho
0
HO
HO

62 0 1998
mento e conseqüentemente provo pleta saponificação dos glicerídeos e o sa da insolubilidade desses na viscose

cando problemas de pítch nas etapas conteúdo de ácidos graxos e de ácidos e por ocorrer uma deposição dos mes
posteriores do processo resinosos não muda apreciavelmente mos nos orifícios da fiandeira bloque
Segundo Jordão 1991 os seguin Enquanto há uma significativa queda ando parcial ou totalmente o orifício
tes compostos ocorrem no piteli em nos teores de ésteres de esteróides ocor Com isso pode ser produzido um fio
maior ou menor quantidade ácidos re um correspondente aumento nos te com seção transversal variável afetan
graxos e resinosos livres ésteres com ores de esteróides do sua resistência ou resultando em

postos terpénicos materiais insaponi A quantidade e o tipo dos extrati menor filtrabílidade da viscose que é
ficáveis e outros hidrocarbonetos de vos presentes na madeira podem res na prática um dos principais fatores
alta massa molecular Estudos de la tringir o seu uso para determinados que afetarn a produção de derivados
boratório demonstram que essas fra fins Os extrativos podem permane como rayon e acetatos
ções por si só não causam depósitos cer na polpa marrom como residual Os níveis requisitados de extrativos
de pitch no processo porém a combi da palpação e passar para as etapas do na polpa solúvel dependem do deri
nação dessas frações tem efeito mui branqueamento ocasionando proble vado a ser produzido porém a maior
to prejudicial especialmente na pre mas na qualidade da polpa branque parte desses requer níveis baixíssimos
sença de íons metálicos multivalentes ada Por outro lado os teores de ex de extrativos sendo a efetiva remo
como Cal Mg 1 All e 13a4 A compo
1 trativos vêm há tempo sendo utili ção dos mesmos uma característica do
sição química média dos depósitos de zados como parâmetro de controle da processo Por exemplo o rayon fio cor
pitch encontrada em fábricas brasilei qualidade de polpa solúvel tado vestuário pode ser produzido
ras que utilizam o processo kraft e o É verdade no entanto que o con com satisfatória filtração se a polpa
eucalipto como matéria prima está teúdo de extrativos pode afetar positi contiver entre 0
1 a0
2 de solúveis
apresentada na tabela 2 va ou negativamente o processo de fa em éter enquanto o acetato filamen
Douek e Allen 1978 estudaram o bricação de viscose Hinck et al 1985 to o acetato plástico o rayon de alto
comportamento dos vários componen De forma desejável polpas com ade módulo de umidecimento e o rayon
tes químicos dos extrativos sol óveis em quado teor de extrativos permitem fio contínuo para reforço de pneu re
acetona para madeira de aspen espru uma melhor difusão do CS para o in querem polpas essencialmente livres
ce em função do incremento da carga terior da celulose acalina em razão da de extrativos para satisfazer os níveis
de álcali efetivo Os autores mostraram diminuição da tensão superficial Con de qualidade desses derivados Hinck
que o teor de extrativos da polpa mar seqüentemente ocorre uma xantação et al 1985
rom proveniente dessas madeiras ten mais eficiente da polpa proporcionan Dessa forma para melhor atender
dia a decrescer com o aumento do ál do produção de viscose com menor às exigências de mercados internaci
cali efetivo até o ponto em que se de quantidade de partículas de gel que é onais as indústrias de polpa solúvel
tectava um residual de álcali efetivo no mais fácil de ser filtrada Porém acima devem tomar medidas enérgicas a
licor negro Os autores mencionam de 02a0 3 de extrativos em éter a respeito do controle e remoção de
que a partir desse limite ocorre com viscose se torna mais túrbida por cau extrativos

Tabela 2 Composição média de pitch de fábricas de celulose brasileiras


que utilizam eucalipto como matéria
prima

Éter etílico Tolueno Cinza Insaponíficáveis Ésteres Ácidos


álcool 550 C livres

Tanque de massa marron 16 3 25 38 37

Branqueamento 11
2 estágio 24 4 65 37 29 34
J

Branqueamento 5
11 estágio 47 5 64 46 19 3

Tanque da massa branqueada 39 21 58 65 2 3

Prensa de celulose 68 34 28 70 21 8

Cinza proveniente do resíduo de extruçõo com Wueno que posso predom nentemente no sua cornposíÇõe Oico cálcio e dumínio Anáftse por espectrografw de emissão e
difreçoo de raras X q
i rdão 1
99 i

0 Papel
Agosto 1998 63
Métodos de remoção dos extrativos Gráfico 2 Remoção em porcentagem dos solúveis em DCM base
se fazer um programa de con
Pode madeira pelo uso de alternativas 2a e pelo processo de produção
trole dos extrativos sem o uso de rea de polpa solúvel 2b para madeira de Euccilyptus citríodora
gentes químicos o que é menos one
roso pois leva em consideração apenas hidrolise kraft
Prá
05 surfactantes
0
o armazenamento da madeira e
ou de
cavacos a seleção de espécies a época Desligniffluição 0
de corte a lavagem eficiente da pasta
Refino
celulósica o controle de espuma a pre Estágios NZQ
venção de variaçôes drásticas de pH e
de temperatura durante o processa
mento da madeira Uordão 1991 Remoçção dos Est I

Dentre as várias técnicas para reti 1 10 20 3D 40 1 10 20 30 40

rada dos extrativos da madeira po no0o iIns solúveis em DCM


Re m
b Remoção wiüvmq em DCM m
6

se enumerar os métodos que pro


dem 2a 2b

movem a remoção física dos extrati


vos os que ocasionam a sua dispersão mento da fibra com álcali e tensoati persantes e possuem propriedades an
e posterior remoção na lavagem os vos especiais objetivando a retirada tiespumantes Podem ainda ser usa
responsáveis pela fixação da resina no simultânea das resinas e das hemice dos em combinação com solventes
produto acabado e os que ocasionam luloses A lavagem com água quente orgânicos ou com outros surfactantes
a modificação da resina Por causa das deve ser feita somente quando os ex para proporcionar uma relação conve
peculiaridades da qualidade das polpas trativos estiverem bem emulsíficados niente entre as características dos sol
para dissolução que requerem níveis favorecendo assim sua extração Dos ventes ou dos dispersantes Quando
baixos de extrativos a remoção física compostos tensoativos que poderiam esses tensoativos são usados na polpa
desses apesar de mais onerosa pode ser utilizados para melhorar a solubi ção há uma redução dos rejeitos e
ter boa eficiência Essa alternativa se lização micelar dos extrativos exis conseqüentemente aumento do ren
ria a classificação das fibras por remo tem os surfactantes que tanto podem dimento pelo incremento da penetra
ção mecânica dos finos Segundo Bus ser iÔnicos como não fónicos Os sa ção do licor de cozimento A tensão su
nardo 1983 métodos químicos tam bões e detergentes aniÔnicos ou ca perficial entre o licor de cozimento e
bém são potencialmente eficientes na tiônicos usualmente causam proble os extrativos é decrescida aumentan
remoção dos extrativos e consistem na mas de espuma não sendo portanto do a taxa de penetração do licor de co
extração com soluções alcalinas ou aconselhados zimento para dentro dos cavacos Se
solventes orgânicos tal como acetona Os surfactantes não
iÔnicos são ge gundo Campos 1973 os mecanismos
e no uso de dispersantes como polifos ralmente produtos de condensação do envolvidos na diminuição da tensão
fatos e surfactantes não
iÔnicos óxido de etileno com várias substân superficial são a deformação da resina
Costa 1997 fez vários experimen cias orgânicas como por exemplo e a formação de uma emulsão ou mi
tos com a finalidade de remover extra fenóis com cadeias laterais alífáticas croemulsão Dessa forma a resina que
tivos solúveis em DCM de polpa solú álcoois alifáticos ácidos e produtos bloqueia os poros pode ser emulsifica
vel originada da madeira de EucaIn tus naturais como tali ofl Todos os monô da pelo surfactante facilitando a pas
citriodora Usou como alternativas sur meros desses compostos são hidiofó sagem do licor pelos vasos
factantes não fónicos no cozimento bicos porém à medida que se aumen A diminuição da tensão superficial
kraft na proporção de 0
05 base mas ta a cadeia do polímero com adição de além de reduzir o trabalho necessário
sa seca refino à baixa intensidade das outros monômeros do óxido de etile à deformação das gotas de resinas
polpas marrom pH de 9
5 e energia no a molécula se torna mais hidrofíl i para emergir dos vasos facilita tam
consumida em tomo de 7Wh e remo ca Segundo Schukin Pertsov e Amé bém a penetração do licor para o in
ção parcial dos finos em tela de 200 lina 1988 o efeito ótimo de disper terior dos cavacos A facilidade de
mesh gráfico 2a Mostrou também os são é obtido quando se atinge uma umidecimento da superfície do cava
resultados referentes à remoção desses proporção adequada nas porções hi co é aumentada por surfactantes fa
compostos químicos por etapa do pro drofflíca e hidrofóbica da molécula o vorecendo a penetração do licor de
cesso em específico incluindo préhi que é indicado pelo BFIL Balanço Hi cozimento United States 1993
drólise kraft deslignificação com oxigê Lipofílico da molécula
droffilco Outra técnica importante que pode
nio estágios AZQ e estágio P de bran Os surfactantes normalmente usa ria auxiliar na remoção dos extrativos
queamento gráfico 2b dos em baixas quantidades são efici seria o refino da polpa celulósica que
Randrup 1984 sugere um trata entes como agentes penetrantes e dis pode causar rompimento das células de
64 0 Papel
Agasto 1998
parênquima por meio de cízalhamen solventes menos polares éter e diclo sin during pulp Tappi Atlanta v
61 n
7
to durante ação mecânica das lâminas rometano e sobretudo pode causar 51
4
p 7 fuly 1978
do refinador Isso facilita possível emul problemas de pitcli em etapas subse 7 Foelkel C
B Zvínakevícius C An
E
sificação e retirada dos extrativos do sis qüentes principalmente na presen drade JM de Processopré
O liidrólise kraft
tema por eliminação de barreira física ça de íons metálicos multivalentes para produção de celulose para dissolução
a partir de eucalipto Belo Oriente Ceníbra
imposta pela parede da célula Os níveis exigidos de extrativos na
1978 tip Série Pe w 56
vqui
Segundo Randrup 1984 polpas ce polpa solúvel dependem do derivado a 8 Hillis W
E YV
f exti
oo cWies and Meir
lulósicas de coníferas oriundas do pro ser produzido porém tais polpas reque sipiific to tlw pulp anel Imper industri
ce
cesso sulfito ácido quando refinadas rem níveis baíxíssi mos de extrativos es New York Acadeinic Press 1962
513p
durante o processo de fabricação de pa sendo a efetiva remoção dos mesmos 9 Hinck I
R Casebier R
L Hamilt J
pel produzem materiais insolúveis que urna característica especial do processo K Dissolving pulp mamafacture In Pulp
resultam em soluções coloidais Esses se pensar na classificação das fi
Pode and Paper Manufacture 3 ed Quebec
colóides podem precipitar sobre as fi bras da polpa marrom o que remove CPRA 1985 v 4 p 213 243
bras causando problemas de deposição ria as células de parênquima onde se 10 Jordão M
S Pitdi na indústria
C
de pitcli nos diversos equipamentos e encontra grande parte dos extrativos de celulose e papel São Paulo 11
7 1991
1
acessórios após ação de refino após polpação A ação mecânica causa 86p Série IPT 1837
A ação mecânica de refinadores da pelo refino diminui as restrições fí 11 Otsuki H Jordão M S Assump
C
pode provocar fragmentação e ruptu sicas impostas pela parede celular das ção RM V Caracterização de alguns extra
ra das células de parênquima contri células parenquimatosas aumentando tivos de eucaliptos que possam influir em
a acessibilidade dos extrativos inclusos processos de polpação Iti Congresso Anual
buindo para liberação do material
da Associação Brasileira Técnica ern Celu
ocluso que causa formação de depó nas mesmas ao álcali numa posterior la
lose e Papel 13 1980 São Paulo Anais
sitos nas etapas subseqüentes em vir vagem Por outro lado a aplicação de
São Paulo IPT 1980 p 7
25
tude de sua difícil emulsificação Jor surfactantes não
iônicos em etapas al 12 Rydholtn S V Pulpifkg processes
dão 1991 Operações de filtração e calinas tem a finalidade de formar uma
New York Interscience 1965 1269p
lavagem podem ser usadas para dimi emulsão ou microeniulsão o que faci 13 Ramimp R Detecção esolução de pro
nuir a formação de depósitos pela re lita principalmente a remoção dos ex blenivs com pitcli e piche nus indústrias de
moção da parte dispersa saponificada trativos insaponificáveis durante uma derivados celulósicos 1 M Congresso Anual
do material proveniente das células de posterior etapa de lavagem da Associação Brasileiro 1 iaticei eni Celulo
parênquima Busnardo 1983 No en se e Papel l7
1984 Úu Paulo Anais São
tanto deve
se evitar uso de águas que Paulo ABTQ 1984 p 423 442
contenham íons metálicos tais como Referências bibliográficas 14 Schukin E
D Perboy A V Améli
1 Browing B
L Die chemistty o wood na A
E Química coloidal Moscou Mír
cálcio magnésio e alumínio Nm York Interscience 1963 689p 376p
1988
2 Busnardo C A Pitcli 7n rnadeira e 1 E Wood cliemistry fiinda
Conclusões
celulose de eucalipto 1 Considerações técni mentaís and applications New York Aca
Os componentes de baixo e médio cas Guaffia Riocelí 1983 22p Relatório demia Press 1993 293p
pesos moleculares que não fazem par técnico SPO 9 16 United States 152
250 EtIjo
5
n
te essencial da estrutura da parede ce 3 Campos A E Kírclien C P Leite I M xylated alcoliol and dialky1phenoi surfac
lular são denominados de extrativos Kraft pulping is irriproved by utilizíng dime tants as krtift pulpin cid
r reject re
sf
litive
Apesar de englobar grande gama de tITIarnides of long
cliaín fatty acíds Pulp duction and yield increase I Ling TU
substâncias químicas existem exce mational Bélgica v
Paperltitc 15 n 11 p 49 flancock Oct 5 1993
ções como extrativos não
solúveis em 52 out 1973 17 Vasconcellos RD de Souza C
L
água ou solventes orgânicos neutros 4 Costa M
D Alternativas para re de Cisconetti J
A et til Uma nova aborda
pectina proteína amido e inorgani moção de extrativos na produção de polpa gem para o estudo de resinas 0 uso de cro
cos e extrativos de peso molecular soltível totalmente isenta de cloro apartir de matografia gasosa In Congresso Anual da
Eticalyptus spp Viçosa MG Universidade Associação Brasileira Técnica ern Celulose
mais elevados taninos condensáveis
Federal de Viçoso 1997 94p Dissertação e Papel 17 São Paulo 19 23 Novembro
e arabíiiogalactanas Existem tam Mestrado ern Ciência Florestal Universi 1984 Anais São Paulo ABTCR 1984
bém madeiras que possuem extrati dade Federal de Viçosa 1997 p 491 51
1
vos dentro da parede celular S 1X41meida V LO Caracterização 18 Wizani W Lackner K Sinner M
Solventes orgânicos polares como
1

qui núca e IT
iiLíí de imateriais ligno
qiiít
sico Prehydrolysis krart dísplaceinent cuoking
acetona e etanol solubilizam maiores
celulósicos Celulose e Papel Tecnologia de Visbatch ror TU dissolvingpulp ffi Di
teores de extrativos da madeira do fabricação de pasta celulósica 2 ed São ternational Non
Chiorine Bleacffln COn
que aqueles menos polares Porém a Paulo IPT 1988 v 1 p 107 127 ference 1994 San Francisco Proa etdrrr
fração que permanece na polpa após 6 Douek M Aller L H Kraft mill pi gs San Francisco Miller lreernari S n
polpação se correlaciona melhor com tch problems chemical changes ín wood re 1994 n p à

0 Papel
Agosto 1998 65

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