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Moacir Loqueti Junior RGA: 201821905018

Resumo 3 – Industria de Plástico

A necessidade foi uma das maiores detentoras do crédito da invenção do


plástico. Este, que é fabricado a partir de materiais petroquímicos, pode ser
usado como substituto para diversos tipos de metais e outros materiais, por conta
de sua leveza, resistência a água e óleos e por sua resistência mecânica. A sua
utilização depende de sua composição e classificação. Em geral, são
classificados como termostáveis e termoplásticos, em solúveis em óleo e
produtos proteicos. Levando em consideração a origem, podemos classificá-los
como resinas naturais, derivados da celulose, resinas sintéticas e produtos
proteicos. As resinas sintéticas produzidas na reação de polimerização por
condensação são termostáveis, e as produzidas na reação de adição são
termoplásticas.
Embora conhecidos há 100 anos, a indústria de plásticos se estabeleceu
recentemente, e cresceu grandemente nos últimos anos, mesmo levando em
conta todo o impacto ambiental causado por seus produtos. O primeiro plástico
importante para a indústria foi o nitrato de celulose, utilizado com uma mistura
de cânfora e óleo de mamona, para não ser explosivo e torná-lo rígido. Assim,
foi utilizado na indústria cinemática em carreteis de filmes. Contudo, era um
material perigoso por ser inflamável, assim, outros plásticos começaram a ser
processados.
Com o crescimento desta indústria, o uso de matérias-primas
petroquímicas, como o petróleo e gás natural, assim como o uso de ácido lático
e de outros materiais naturais, como amianto, minérios e produtos de celulose,
cresceu exponencialmente. Estes são utilizados na produção dos plásticos e são
classificados como: aglomerante (resina ou derivado de celulose), carga
(celulose, serragem, fibra de algodão e vidro e amianto), plastificantes
(melhoram a trabalhabilidade, ampliam as propriedades naturais e desenvolvem
propriedades novas que não estão presentes), corantes e pigmentos (resistência
a luz solar), catalisador (pode ser ácido ou básico, depende das propriedades
requisitadas) e lubrificantes (utilizados para moldagem a frio, facilitando a
operação).
Fabricação das Resinas
A conversão química da fabricação de resinas é a polimerização e esta
pode ocorrer através da condensação e adição. No processo de condensação,
ocorre reação entre grupos funcionais, e no processo de adição ocorre a ruptura
de uma ligação pi e a formação de duas novas ligações simples, o que permite
a união sucessiva das moléculas. A polimerização pode ocorrer em massa, em
solução, em emulsão ou em suspensão. Esta, em massa, ocorre na fase liquida
ou gasosa, contudo, não são indicadas para a produção em larga escala. Em
solução, ocorre com um solvente apropriado para o monômero e para o iniciador,
podendo ficar em solução ou separar-se. Em suspensão, o monômero é
suspenso em água, por agitação, e se adicionam os estabilizadores. Nos casos
gerais, os iniciadores são solúveis no monômero e cada glóbulo polimerizado é
como se fosse uma esfera de elevada massa molecular. A temperatura é
controlada pela água. Em emulsão, é adicionado sabão ao sistema, para
estabilizar gotículas e formar miscelas, que contêm em seu interior o monômero.
Esta é rápida, e pode ser feita em temperaturas relativamente baixas.
Produtos de Polimerização por Condensação
As resinas fenólicas são as mais comuns e versáteis resinas sintéticas
que conhecemos. Pode ser feita através de uma reação entre um fenol e uma
mistura de cresóis de aldeído fórmico, em meio alcalino. Simultaneamente, pode
ocorrer a reação adicional do aldeído fórmico, produzindo di e trimetilolfenois,
que são álcoois que se condensam e se polimerizam uns com os outros.
Estas resinas podem ser classificadas por sua natureza de reação, como:
Resinas a uma etapa (onde todos os reagentes são colocados de uma só vez no
reator, produzindo um termostável), Resinas a duas etapas (apenas uma parcela
do formol é unida no reator em meio ácido). Estas podem ser usadas na
moldagem industrial, e polimerizam-se a produtos terminais semelhantes.
O fenol e o formaldeído são adicionados ao reator de polimerização, com
o catalisador e são aquecidos, onde ocorre a eliminação de água feita a vácuo.
A resina quente é retirada do reator e lançada em tabuleiros rasos, onde é
resfriada. Esta, fria, é quebrada e moída, e serve como aglutinante resinoso para
as resinas fenólicas. É misturada com o ativador, e podem ser moldados por
compressão, onde o pó é colocado em moldes de aço onde pressão e
temperatura são elevadas, ou por transferência, onde o pó é sujeito ao calor e á
pressão em uma câmara externa e depois é passado para o molde.
As resinas amínicas podem ser obtidas por condensação. Os mais
simples são as metiloluréias e as metilomelaminas. A reação inicial da ureia com
o formaldeído é uma adição simples para produzir compostos do metilol. Estes,
são empregados em mistura com celulose antes da reação e da cura finais, a
fim de que seja um produto insolúvel e infusível.
As resinas de poliéster são ésteres complexos formados pela reação de
um diálcool com um anidrido e pode-se ter cadeias muito grandes e insaturadas.
A reação de produção é feita em um reator, onde após a mistura dos reagentes,
é passado um gás para retirada de oxigênio da mistura. Quando na temperatura
desejada, o produto é bombeado e resfriado.
Produtos de Polimerização por Adição
Poliolefinas é um tipo de plástico, e o polietileno é o mais produzido dentro
deste grupo. Foi descoberto por acidente em uma indústria da Inglaterra, na
tentativa de sintetizar óleos lubrificantes. Seu processo de produção envolve
altas pressões, e exige eteno de alta pureza. Primeiro, uma mistura de metano
e eteno passa por um desmetanizador, onde o metano é retirado e depois passa
por um desetanizador, onde o eteno é retirado, e o resíduo etano é reciclado. Ao
eteno é adicionado um catalisador, e é passado por um separador, onde o eteno
que não reagiu, volta ao processo anterior. O líquido que sai do separador é o
polietileno incolor. Outro processo do polietileno que pode ser feito a baixa
pressão é o processo Phillips, onde o eteno e o solvente são lançados no reator
com o catalisador. A mistura passa por um tambor de flash, para a retirada de
excesso de solvente e de eteno. Então é filtrado e precipitado.
As resinas vinílicas são materiais sintéticos compostos por grupos
vinílicos, e os membros mais importantes são o acetato de polivinilo, o cloreto de
polivinilo etc. O acetato de vinilo é um líquido cristalino, que na reação, para não
polimerizar prematuramente, é adicionado sal de cobre ao monômero. Assim, os
reagentes e catalisadores são aquecidos no reator, onde a polimerização
começa a acontecer. A parcela dos reagentes que não reagiu e os solventes são
retirados e o produto é seco, moído e se torna aglomerante de composições ou
base de adesivos.
As resinas de álcoois vinílicos são sintetizadas a partir dos acetatos de
polivinila, que reage com um álcool para fazer o produto, e depois é condensado
com aldeídos para formar um grupo de resinas. Este composto é um plástico
único, que é plastificado pela água e solúvel em grande quantidade de água,
ideal para embalagens de sabão e outros produtos de limpeza.
As resinas de cloreto de vinilideno são obtidas através da copolimerização
com o cloreto de vinila, estas vão desde um material flexível, até um
termoplástico forte. As resinas de estireno são obtidas através da pirolise e
desidrogenação do etilbenzeno. A polimerização deste, pode ser afetada pela
temperatura e a pureza do monômero. As resinas a partir deste material e
elevada a moderadas temperaturas e sem catalizadores, gera uma resina mais
viscosa, pois tem massa molecular média elevada. Já as que são expostas a
altas temperaturas e catalisadores, a viscosidade diminui.
As resinas e plásticos de acrílico são feitos a partir dos monômeros de
acrilato de metila, de etila etc. São ésteres polimerizados sob influência de calor,
luz e peróxidos. A reação é exotérmica e pode ser feita em massa ou em
suspensão. A massa molecular diminui, na medida em que a temperatura e
concentração do catalisador aumentam. Estas são usadas por conta da
transparência e brilho.
Produtos Naturais e seus Derivados
A celulose é composta por uma cadeia de unidades glicídicas que podem
conter de 3000 a 3500 unidades. Estas cadeias grandes e as reações com
álcoois poliídricos da celulose são os responsáveis por formar plásticos
celulósicos. As propriedades destes plásticos dependem dos grupos
substituintes presentes nas moléculas. O nitrato de celulose foi a primeira resina
de um plástico, contudo, para a fabricação desta, não podemos fazer um
composto 100% nitrado por conta do alto caráter inflamável, assim, o teor de
nitrogênio deve ficar entre 10,7% e 11,2%. Este material é colocado em
amassadeiras com o solvente e plastificante (cânfora), filtrada, misturada e
colocada em moinhos com os corantes. Já o acetato de celulose é produzido
através de reações com ésteres, e suas propriedades incluem alta resistência
mecânica e a impacto, transparência, moldabilidade e elevada rigidez dielétrica.
A etilcelulose é um éter de celulose, onde este grupo funcional substitui
os hidrogênios dos grupos hidroxilas. Os éteres são produzidos através do
tratamento da celulose com solução de hidróxido de sódio. A celulose alcalina é
alquilada. O éter purificado depois da lavagem, assim com o produto bruto, pode
ser modelado por qualquer processo industrial. As propriedades notáveis deste
material são a flexibilidade e a resistência a baixas temperaturas.
A goma-laca é obtida através das glândulas de um inseto. A resina é uma
substância solida de diversos compostos químicos. Esta resina é um tipo muito
raro, pois possui propriedades termoplásticas e termostáveis. A cura por calor
aumenta suas propriedades mecânicas e elétricas.
Fabricação de Laminados e Outros Tipos
Este tipo de produto é fabricado a partir de resinas termostáveis e tem
carga fibrosa, como amianto, vidro ou náilon. Geralmente, a resina é dissolvida
em um solvente apropriado, com o qual a carga ficará impregnada. Assim, o
solvente, a resina e a carga são misturados. Um aquecimento suave remove o
solvente, assim, acontecendo a polimerização.
Exemplos Técnicos de Intermediários Químicos para Resinas
O fenol pode ser produzido por vários diferentes processos, como a
oxidação catalítica ao ar de benzeno. O processo de sulfonação não conseguiu
se manter devido a alta necessidade de ácido sulfúrico e os altos custos de
processo. Também podemos ver a hidrolise de clorobenzeno em fase liquida,
que envolve o bombeamento de uma mistura deste com soda caustica diluída
em um trocador de calor, e depois para arrefecimento. Contudo, o principal
processo para produção de fenol é a oxidação do cumeno.
O aldeído fórmico vem da oxidação do metanol, que requer uma grande
quantidade de ar em relação a metanol. O ar atmosférico é purificado,
comprimido e pré-aquecido. Os produtos saem para um conversor, onde passam
por uma serie de camadas de catalisadores, onde 65% do metanol é convertido
por passagem, e o efluente do reator contém 25% do aldeído fórmico, que é
absorvido e bombeado para um tanque intermediário. O rendimento deste
processo é de aproximadamente 90%.
A evaporação do produto da reação entre aldeído fórmico e amoníaco
produz a hexametilenotetramina, que é usada como antisséptico urinário na
indústria de borracha e na fabricação de resinas de fenol-formaldeídos.
O processo de produção de ésteres vinílicos consistia na adição de ácidos
ao acetileno, contudo, em métodos mais modernos, o eteno é passado por uma
oxicloração, obtendo, assim, o cloreto de vinila.
O anidrido ftálico é um dos mais importantes intermediários para a
produção de plásticos. Este é usado na fabricação de corantes e participa de
uma etapa na fabricação da antraquinona e de seus derivados. Sua produção
provém da oxidação catalítica controlada do ar do naftaleno. A oxidação é uma
das conversões químicas mais úteis na tecnologia orgânica, pois o agente mais
barato é o ar. O processo do naftaleno com um catalisador conveniente consiste
em tubos, com catalisador de vanádio sobre um portador, imerso em mercúrio.
A ebulição do mercúrio remove o calor da reação, e os vapores de mercúrio
aquecem os vapores de naftaleno e passam para o condensador. Os produtos
da reação são resfriados, e depois sublimados ou destilados.

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