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IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS EM SANTA HELENA-MA

CONGREGAÇÃO NOVA ESPERANÇA


ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
DEP. DISCIPULADO
PROJETO: A BOA SEMENTE – ANO: 2023
____________________________________________________________________________________________________
LIÇÃO 3 – CONHECENDO A DEUS

TEXTO ÁUREO: Isaias 45.18


“Porque assim diz o SENHOR que tem criado os céus, o Deus que formou a terra e a fez; ele a estabeleceu”.

INTRODUÇÃO
“A existência de DEUS é um fato incontestável. A Bíblia não se preocupa em provar essa existência,
mas começa o seu primeiro versículo falando de Deus, mostrando-o como o principal personagem em todo
o universo. “No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1). Deus existe desde a eternidade e Ele é a
origem de tudo, Aquele que tudo governa e sustenta”.
Três Pessoas são chamadas “DEUS”: o Pai é chamado DEUS (1 Co 8.6; Ef 4.6); o Filho (1 Jó 5.20;
Is 9.6; Hb 1.8); o Espírito Santo (At 5.3,4). Para todos três são usados pronomes pessoais: para DEUS Pai
(cf. Is 44.6), para DEUS Filho (cf. Me 9.7) e para DEUS Espírito Santo (cf. Jó 16.13). Os três são
mencionados em João 14.16. A todos três são atribuídas características que só pessoas podem ter. Os três
falam, amam, sentem, chamam, ouvem, etc.
A Bíblia afirma: “O Senhor, nosso DEUS, é o único Senhor” (Dt. 6.4) e “Nenhum outro há, senão ele”
(Dt 4.35; Is 42.8 e 44-6,8). Verdadeiramente, “Só o Senhor é DEUS” (1 Rs 18.39). Daí a necessidade de
que “conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor” (cf. Os 6.3). A Bíblia diz: “Porque é necessário
que aquele que se aproxima de DEUS creia que ele existe” (Hb 11.6). Os que crerem em DEUS e o
buscarem legitimamente experimentarão “que ele existe e que é galardoador dos que o buscam” (Hb
11.6).

PONTO 1 – OS ATRIBUTOS DE DEUS


1.1. NATURAIS
Deus é espírito: “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade”
(Jo 4.24).
Ele é eterno, nunca teve começo, princípio e nunca terá fim: “O Deus eterno te seja por habitação, e por
baixo de ti estejam os braços eternos” (Dt 33.27), pois Ele existe por si mesmo: “como o Pai tem a vida
em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo” (Jo 5.26). Deus mesmo disse: “EU SOU
O QUE SOU” (Êx 3.14). De eternidade a eternidade, Ele é Deus desde antes da fundação do mundo e
subsiste em três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo: “Portanto, ide, ensinai todas as nações,
batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19).
Deus é invisível. Espírito não se compõe de matéria, não tem carne nem osso, pois é substância imaterial
e invisível. “O qual é imagem do Deus invisível” (Cl 1.15). Nenhum ser humano o viu nem o pode ver.
Ele é imutável: “Porque eu, o SENHOR, não mudo” (Ml 3.6); é o mesmo desde a eternidade.
É um ser transcendente (fora da criação) e imanente (relaciona-se com a criação), além de infinito: “Grande
é o nosso SENHOR e de grande poder; o seu entendimento é infinito” (Sl 147.5).
Deus é um ser pessoal. Ele tem consciência de si mesmo e possui poder de autodeterminação. A Bíblia
mostra que em Deus há os elementos constitutivos da personalidade, como intelecto, emoção e vontade,
além dos atributos como alguém que fala: “E disse Deus” (Gn 1.3); vê: “E viu Deus que era boa a luz” (Gn
1.4); e ouve: “e tenho ouvido o seu clamor” (Êx 3.7).
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1.2. MORAIS
Deus é amor: “Aquele que não ama não conhece a DEUS, porque DEUS é amor” (1 Jo 4.8). Ele é
incomparável em santidade; nenhum outro atributo divino é tão solenizado nas Escrituras como esse: “Não
há santo como é o SENHOR; porque não há outro fora de ti” (1 Sm 2.2). Incomparável é, ainda, em
verdade e fidelidade, em justiça e amor, em bondade, benignidade, misericórdia e graça.

1.3. DE PODER
DEUS é onipresente. DEUS disse: “Não encho eu os céus e a terra?” (Jr 23.24; cf. SI 72.19). O rei Salomão
disse na sua inspirada oração: “Eis que os céus e até o céu dos céus te não poderiam conter” (1 Rs 8.27).
Isso fala da onipresença de DEUS, a qual é possível porque Ele é espírito (cf. Jó 4.24). Ele não está sujeito
à matéria! Para Ele não existe espaço nem tempo. DEUS se move com a mesma facilidade do nosso
pensamento, que em um dado momento pode estar em um lugar e no instante seguinte em outro. A Bíblia
diz a respeito de DEUS: “Seus olhos passam por toda a terra” (2 Cr 16.9). Não existe, portanto, “um Deus
nacional” ou “Deus local”, porque Ele é o Deus do universo. Por isso está escrito que Ele “não está longe
de nenhum de nós” (At 17.27; cf. Rm 10.6-8).
DEUS é onisciente. Nem pensamento nem cálculo algum podem fazer-nos compreender a Onisciência de
Deus (cf. SI 139.6; Jó 11.7-9 e 42.2). 3.2.1. A ONISCIÊNCIA É UM ATRIBUTO QUE SÓ DEUS POSSUI
“DEUS... conhece todas as coisas” (1 Jó 3.20). “O seu entendimento é infinito” (SI 147.5). A sua Onisciência
não é um resultado de seu esforço de aprender, ou coisa que alguém tenha lhe favorecido. Não existe
nenhum que tenha dado algo para aumentar o saber de Deus (cf. Rm 11.35; Jó 41.11). Até o mais alto
grau da sabedoria ou da ciência que um homem possa atingir, tem em Deus a sua origem (1 Co 4.7).
DEUS é onipotente. Para os homens, que são limitados, é difícil compreender ou calcular a onipotência de
Deus (Jó 37.2; 36.14; 5.9 e 9.10). O próprio DEUS disse: “Eu sou o DEUS Todo-poderoso” (Gn 17.1).
“Haveria coisa alguma difícil ao Senhor?” (Gn 18.14) “Eu sou o Senhor que faço todas as coisas” (Is 44.24).
O anjo Gabriel disse: “Para Deus nada é impossível” (Lc 1.37). Jó falou de Deus: “Bem sei eu que tudo
podes” (Jó 42.2). A onipotência de Deus significa que o poder Dele é ilimitado.

PONTO 2 – O VERDADEIRO NOME DE DEUS


2.1. O DEUS verdadeiro revelado nas Escrituras. Apresenta-se a si mesmo com diversos nomes e títulos
que são inerentes à sua natureza e que revelam suas obras e seus atributos. Há três termos no Antigo
Testamento hebraico para “DEUS”. São eles: El, Eloah e Elohim. O Novo Testamento grego usa o substantivo
theós para “DEUS”. O nome El significa “ser forte, proeminente”, sendo um termo semítico muito antigo
para a divindade, usado para identificar o DEUS de Israel: “E levantou ali um altar e chamou-lhe DEUS,
o DEUS de Israel” (Gn 33.20).
2.2. Sobre outros nomes de DEUS. Outros nomes são mencionados nas Escrituras, os quais também revelam
a natureza e os atributos do Deus de Israel, como Elyon, Shadday, Adonay e Yaweh. O nome Elyon
significa “Altíssimo”: “Bendito seja Abrão do DEUS Altíssimo” (Gn 14.19); Shadday quer dizer “Todo-
poderoso”: “apareceu o SENHOR a Abrão e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-poderoso” (Gn 17.1); e Adonay
indica “Senhor”: “eu vi ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono” (Is 6.1). O nome Yaweh é
conhecido por meio do Tetragrama (as quatro consoantes do nome divino YHWH), identificado também
como “Jeová”, cuja forma foi inventada no final da Idade Média quando as vogais do nome Adonai foram
inseridas no Tetragrama. A forma híbrida “Jeová” não é bíblica, mas assim ela foi passada para a cultura
ocidental; entretanto, aos poucos, esse nome vem sendo substituído pela forma Iavé ou Javé, que é a
pronúncia mais próxima do original. O Tetragrama vem do verbo “ser”, no hebraico, da expressão: “EU
SOU O QUE SOU” (Êx 3.14). “E DEUS disse mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O SENHOR, o
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DEUS de vossos pais, o Deus de Abraão, o DEUS de Isaque e o DEUS de Jacó, me enviou a vós; este é
meu nome eternamente, e este é meu memorial de geração em geração” (Êx 3.15), e nisso difere do
emprego do nome Elohim no Antigo Testamento. A partir de 300 a.C., o nome Adonai passou gradualmente
a ser mais usado que o Tetragrama, até que o nome Javé se tornou completamente impronunciável pelos
judeus.

PONTO 3 – PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS


3.1. A CRENÇA UNIVERSAL EM UM SER SUPREMO. Não existe nenhuma raça humana que não tenha
alguma noção de um ser supremo e que, através das suas religiões, procure se aproximar dele e agradar-
lhe, retratando-se com ele por meio de sacrifícios, inclusive de sangue... Muitas vezes é realmente um “deus
desconhecido” e, na sua cegueira, estão tateando para achá-lo (cf. At 17.23,27). A Bíblia diz: “Porquanto
o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta” (Rm 1.19). Realmente, o homem foi criado por DEUS
conforme a sua imagem (cf. Gn 1.26). Ele tem em si partículas dessa sua origem divina, e por isso existe
nele uma necessidade de um contato com a sua origem — DEUS.
3.2. A CONSCIÊNCIA. A consciência, que no íntimo do homem dá uma sentença moral sobre os seus atos
praticados, sejam bons ou maus, fala da existência de uma origem superior que no homem fez registrar
os princípios da lei divina. “Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que
são da lei... os quais mostram a obra da lei escrita no seu coração, testificando juntamente a sua consciência
e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os” (Rm 2.14,15). A consciência universal nos
faz compreender que o Ser supremo é um Ser moral.
3.3. A REVELAÇÃO GERAL. A criação do mundo e tudo o que nele há fala da existência de um Criador.
“Os céus manifestam a glória de DEUS e o firmamento anuncia a obra das suas mãos” (SI 19.1). “Tanto o
seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas”
(Rm 1.20). Como um relógio fala da existência de um relojoeiro, assim a criação fala de um Criador que
é poderoso.
3.4. A REVELAÇÃO ESPECIAL. A Bíblia, a revelação divina escrita, revela claramente a existência de
DEUS. Na Bíblia temos um documento autenticado, que nos faz conhecer a DEUS através da sua própria
revelação. Assim como alguém que quiser conhecer História, Ciência ou qualquer outra matéria, procura
estudar a literatura adequada para conseguir o conhecimento desejado, assim também aquele que
verdadeiramente quer fazer a vontade de Deus conhecerá se essa doutrina é de DEUS ou não.
3.5. DEUS ENTRE NÓS. Jesus, o Filho de Deus, cuja existência e vida nesse mundo estão historicamente
comprovadas, veio para revelar Deus aos homens (cf. Lc 10.22) e o fazer conhecer (cf. Jó 1.16). Jesus
disse: “Quem me vê a mim vê o Pai” (Jó 14.9). O caminho mais curto para conhecer a Deus é aceitar a
Jesus como seu Salvador, porque Ele é o caminho para o Pai (cf. Jó 14.6).
3.6. A EVIDÊNCIA PESSOAL. A experiência pessoal da salvação, por meio do sangue de Jesus Cristo,
faz com que nos aproximemos de DEUS (cf. Ef 2.13), e temos, então, absoluta certeza da existência dEle,
porque o Espírito do seu Filho clama em nós: “Aba, Pai” (Gl 4.6), e nós podemos, com toda a tranquilidade,
orar no coração: “Pai nosso, que estás nos céus” (M t 6.9).

Referências Bibliográficas
Declaração de fé das Assembleias de Deus;
Teologia Sistemática – Eurico Bergstén.

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