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• VOLUME 1

ID
Cap. 1-6 CAPÍTULOS 1 a 6
LIVRO DO
PROFESSOR

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Quem somos
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A Editora Unitrinus é formada pela união entre A missão escolar a que Deus nos impulsiona
três comunidades: Missão Maria de Nazaré, de é uma necessidade atual e, obedientes à Igreja,
Divinópolis; Recanto do Espírito Santo, de Itaúna e desejamos ser um instrumento para auxiliar na
Resgate, de Juiz de Fora, todas de Minas Gerais, que formação do bom caráter; direcionar a educação
para a sabedoria e para a santidade de crianças,

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em comum possuem a missão evangelizadora na
jovens, famílias e professores, no intuito de sermos
área da educação.
agentes construtores da Civilização do Amor aqui

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na Terra, preparando-nos para a união com Deus,
Somos consagrados a Deus e servimos a na Glória eterna, fim último de todo homem de boa
Nosso Senhor Jesus Cristo no seio da Santa Igreja vontade.
Católica Apostólica Romana para levar o Evangelho

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às famílias e a cada filho amado de nosso Deus
Pai. Nossa missão, guiada pelo Espírito Santo, pela
intercessão da Mãe de Deus, Maria Santíssima, antes

O
de tudo, nos impele a uma vida simples, de partilha
comunitária, de oração e de testemunho vivo do
amor de Deus.

Objetivo da Editora
O nosso objetivo é oferecer ao
mundo acadêmico um material de
PR estudante um agudo discernimento
sobre a realidade, levando em conta
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altíssima qualidade, com linguagem a valorização das virtudes, da família,
científica, no sentido dialético de do trabalho e da integridade humana,
Aristóteles, isto é, numa busca pela segundo a antropologia cristã.
verdade para entender a realidade
em que se vive, à luz do Magistério da Desejamos que nosso material
Ç

Igreja, numa perspectiva de razão e fé. auxilie as escolas a organizar seu Plano
de Ensino com lógica, interdisciplinari-
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Nosso material didático pretende dade e de forma significativa, buscando


ser uma ferramenta que transmita às desenvolver a leitura, a disciplina, a
gerações futuras o mais significativo memória e o raciocínio nos estudantes.
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e belo arcabouço da cultura humana


para formar pessoas inteligentes, com Nosso objetivo, enfim, é contribuir
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bom caráter, virtudes e fé. para uma educação mais humana, que
enfatize o bom, o belo e o verdadeiro,
Os conteúdos dos nossos livros auxiliando o homem a atingir a
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são trabalhados de maneira que as maturidade de Cristo para ser sal da


ideologias sejam percebidas em suas terra e luz do mundo.
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sutilezas, possibilitando gerar no


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Turminha Unitrinus
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O material didático é ilustrado com os personagens da Turminha Unitrinus, que trabalham as disciplinas
com interdisciplinaridade, trazendo leveza aos conteúdos e formando o aluno na espiritualidade, sabedoria e
virtudes.

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Na etapa do Ensino Fundamental, Anos Iniciais, os personagens são apresentados com ilustrações para
crianças e linguagem adequada à idade, numa perspectiva de diálogo entre fé e razão, conforme o conteúdo.

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Na etapa do Ensino Fundamental, Anos Finais, os personagens serão os mesmos, porém com a
linguagem própria para pré-adolescentes e adolescentes, levando os leitores a conhecerem as virtudes que
somos chamados a conquistar.

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Conheça nossa Turminha e as grandes contribuições que cada um traz para o mundo da educação:

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VIRGEM MARIA SÃO JOSÉ
PR SÃO JOÃO BATISTA
ÃO
Entrega e Valorização da família Compromisso com a
obediência e do trabalho verdade, coragem
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D

SANTA TERESA D’ÁVILA SÃO JOÃO PAULO II SÃO LUÍS MARIA DE MONTFORT
Determinação, vida de Teologia do Corpo, fé Devoção à Virgem
O

oração, caminho de e razão, esportes Maria, piedade


perfeição
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SÃO JOÃO BOSCO SÃO PIO DE PIETRELCINA


Bom humor, alegria, Espiritualidade,
esportes, música, arte caridade e amor aos
doentes
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LÍNGUA PORTUGUESA

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6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
LIVRO DO ALUNO
ÃO

VOLUME 1 • CAPÍTULOS 1 a 6
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2º EDIÇÃO
2022
CONHECENDO O LIVRO DIDÁTICO
6
ESTRUTURA BÁSICA
Cada unidade e cada capítulo contarão com uma
página de abertura contendo título, ilustração e
síntese dos conteúdos a serem estudados. Esta

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síntese pode ser em forma de objetivos, perguntas
ou texto com a finalidade de despertar a virtude da

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estudiosidade.

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EXPOSIÇÃO

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SISTEMÁTICA DO TEMA:
Com texto de gênero dissertativo-expositivo

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para leitura
A cor da margem facilita a
identificação do livro por matéria:
• Língua Portuguesa: AZUL
ÃO
• Matemática: AMARELO
• Ciências: VERMELHO
• Geografia: VERDE
• História: LARANJA
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Após cada texto, Atividades


para sala de aula ou para casa,
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para o exercício dos processos


de memorizar, resumir e ensinar.
O

Imagens e ilustrações didáticas


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EP
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Itens complementares
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Citações em destaque de obras
importante, como as Sagradas
Escrituras.

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Turminha Unitrinus

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apresentando valores, virtudes e
temas interdisciplinares.

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Glossário de termos mais difíceis
do texto.

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PR
Belas imagens para
contemplação da beleza e
exercícios de memória.
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Ampliando o conhecimento com


temas complementares, curiosidades e
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interdisciplinaridade.
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Indicação de
filmes, livros e
D

outros recursos.
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EP

Indicação de vídeos por meio de


QRCode. Para uso deste recurso
deve ser usado um celular com
capacidade de ler os códigos com
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a câmera ou o link indicado deve


ser digitado no navegador de
internet.
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Direção Colaboradores
Daniel Ribeiro (dir. Pedagógico) Ana Paula Maciel

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Eduardo Rivelly (dir. Comercial) Fernanda Nogueira Fonseca Marra
André Martins (dir. Administrativo) Joyce Maria Tavares
Cristina Martins (dir. Arte) Hanny Castilho

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Gerência executiva
André Parreira

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Coordenação Editorial e
Copidesque
Márcio Carvalho

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Ilustrações e Arte final
Fábio Fernandes
Laís Adeu Menezes

PR
Autores
Mariana Bueno
William Bottazzini

Revisão geral
Everton Toresim
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Revisão ortográfica
Luciene Trindade

Dados internacionais de catalogação na publicação (CIP)


Ç

Bueno, Mariana; Bottazzini, William.

Língua Portuguesa 6º Ano do Ensino Fundamental Unitrinus / Mariana


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Bueno; William Bottazzini. 2 volumes (12 capítulos) 2ed. Divinópolis MG:


Unitrinus, 2022.
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219 p. 20x28cm – Espiral


ISBN: 978-65-89585-38-1
O

1. Livro didático. I. Título II. Série.

CDD – 372.6
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Todos os direitos reservados.Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/
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ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou
banco de dados sem permissão escrita da Editora.

EDITORA UNITRINUS LTDA


Rua Espírito Santo, nº 2200, sala 02
R

Vila Belo Horizonte, Divinópolis – MG


CEP: 35.500-030
www.unitrinus.com.br

Impressão e acabamento:
Artplace – Juiz de Fora MG
2023
SUMÁRIO
9
Capítulo 1: Histórias que marcam gerações........................................................................12
1.1 Conto de fadas......................................................................................................................13
1.2 Fonem e letra........................................................................................................................16
1.3 As vogais, semivogais e consoantes................................................................................17

A
1.4 Tipo textual: narrativo.........................................................................................................23
1.5 As pausas no texto..............................................................................................................29

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Capítulo 2: Artigos e numerais...............................................................................................34
2.1 Fábulas....................................................................................................................................35

IB
2.2 Reflexões da língua: artigos e numerais........................................................................35
2.3 Gênero textual: fábulas......................................................................................................43
2.4 Classificação silábia.............................................................................................................46

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Capítulo 3: Formação de palavras..........................................................................................50

PR
3.1 Contos maravilhosos...........................................................................................................51
3.2 Reflexões da língua: estrutura de palavras (raiz, radical, tema), afixos, desinências e
outros processos.......................................................................................................................54
3.3 Gênero textual: contos maravilhosos............................................................................59
3.4 A acentuação das oxítonas...............................................................................................61
ÃO
Capítulo 4: Classificação dos substantivos..........................................................................64
4.1 Contos religiosos..................................................................................................................65
4.2 Substantivo comum, próprios, simples, composto, concreto, abstrato, primitivo,
derivado e coletivo....................................................................................................................66
Ç

4.3 Gênero textual: contos religiosos...................................................................................73


4.4 A acentuação das paroxítonas e proparoxítonas.........................................................74
U

Capítulo 5: Flexão dos substantivos.....................................................................................78


D

5.1 Notícia.....................................................................................................................................79
5.2 Flexões do substantivo em gênero e número; grau dos substantivos..................81
O

5.3 Tipo textual: informativo...................................................................................................93


5.4 O uso da pontuação na expressividade do texto - I...................................................97
R

Capítulo 6: Classificação dos adjetivos.................................................................................98


6.1 Biografia..................................................................................................................................99
EP

6.2 Reflexões da língua: adjetivos..........................................................................................101


6.3 Tipo textual: descritivo......................................................................................................106
6.4 Homonímia e paronímia....................................................................................................111
R
Capítulo 7: Flexão dos adjetivos.............................................................................................116
10 7.1 Diário.......................................................................................................................................117
7.2 Flexão dos adjetivos em gênero, número e grau.........................................................120
7.3 Gênero textual: diário.........................................................................................................125
7.4 Sinonímia e antonímia........................................................................................................126
7.5 O uso da pontuação na expressividade do texto - II..................................................129

A
Capítulo 8: Estrutura e tempos verbais...............................................................................132

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8.1 Leitura de texto: relato.......................................................................................................133
8.2 Tempos verbais nas três conjugações no modo indicativo......................................135
8.3 Gênero textual: relato........................................................................................................145

IB
8.4 Polissemia.............................................................................................................................146

Capítulo 9: As formas nominais do verbo e tempos do subjuntivo..............................150

O
9.1 Texto: entrevista...................................................................................................................151
9.2 Reflexões da língua: verbos...............................................................................................154

PR
9.3 Tipo textual: expositivo.....................................................................................................163
9.4 O uso da pontuação na expressividade do texto - III.................................................165

Capítulo 10: Frase, oração e período.....................................................................................170


10.1 Cartas....................................................................................................................................171
ÃO
10.2 Frase, oração e período....................................................................................................173
10.3 Gênero textual: cartas......................................................................................................176
10.4 Período composto por coordenação............................................................................180
Ç

Capítulo 11: Crônica....................................................................................................................182


11.1 Leitura e interpretação de texto.....................................................................................183
U

11.2 Pronomes.............................................................................................................................186
11.3 Tipo textual: narrativo-descritivo...................................................................................193
11.4 Reapresentação do gênero textual: crônica................................................................195
D

11.5 Os pronomes e a coesão..................................................................................................196


11.6 Produção de texto..............................................................................................................197
O

Capítulo 12: Propaganda...........................................................................................................198


R

12.1 leitura e interpretação de texto......................................................................................199


12.2 Funções da linguagem......................................................................................................200
EP

12.3 Tipo textual: argumentativo...........................................................................................210


12.4 Representação do gênero textual: propaganda.........................................................213
12.5 Principais figuras de linguagem......................................................................................215
12.6 Produção de texto.............................................................................................................219
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11

A
CAPÍTULO 1
12

A
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HISTÓRIAS QUE MARCAM GERAÇÕES

IB
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Podemos nos expressar de diferentes maneiras: através da fala, de imagens, das artes,
da escrita etc. Sendo assim, devemos ter o máximo de domínio possível daquela forma
de expressão que mais usamos. Para o caso da escrita, nada como o bom e velho estudo

PR
da língua portuguesa para deixar-nos tranquilos na hora de escrevermos ou fazermos a
interpretação de algo escrito. Sendo assim, o objetivo deste capítulo é ajudá-lo a escrever
palavras com correção ortográfica, obedecendo às convenções da língua escrita; para
tanto, você estudará os fonemas (sons) para perceber bem as diferenças, às vezes muito
sutis, de som de cada palavra; recorrerá ao dicionário para esclarecer dúvidas sobre
ÃO
a escrita de palavras, construirá verbetes de dicionário ou glossário simples e terá a
orientação de como usar adequadamente a pontuação das pausas no texto.

Para isso, proporemos a leitura atenta do conto “A roupa nova do imperador”, de


Ç

Hans Christian Andersen, que é uma referência no gênero conto de fadas, um estudo do
tipo textual narrativo e uma produção textual deste gênero.
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EP
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(c) Envato
1.1 CONTO DE FADAS
13
A roupa nova do rei meu reino carecem das qualidades ne­
cessárias para desempenhar seus cargos.
Há muitos e muitos anos, havia um
E também poderei distinguir os tolos
rei tão apaixonado, mas tão apai­ xonado
dos inteligentes. “Sim, estou decidido a
por roupas novas, que gastava com elas

A
encomendar um desses trajes para mim!”
todo o dinheiro que possuía. Pouco se
importava com seus soldados, com o Entregou então a um dos tecelões

ID
teatro ou com os passeios pelos bosques, uma grande soma em dinheiro como adi­
contanto que pudesse vestir novos trajes. antamento, na expectativa de que assim
E ele tinha mesmo um para cada hora do os dois começassem imediatamente o

IB
dia, tanto que, ao invés de se dizer dele o trabalho. E foi o que aconteceu: depois
que se diz de qualquer rei: “O de receberem uma grande quanti­ dade

O
rei está ocupado com seus de seda pura e fio de ouro, material
conselheiros”, por exemplo, que guardaram em seus alforjes, os
dele se dizia sempre a dois vigaristas prepararam os

PR
mesma coisa: “O rei está se teares e fingiram entregar-se
vestindo”. ao trabalho de tecer, embora
não houvesse um só fio nas
Na cidade em que
lançadeiras.
vivia, a vida era muito
ÃO
alegre; todos os dias “Gostaria de saber como
chegavam multidões de vai o trabalho dos tecelões” —
forasteiros para visitá-la, pensou um dia o rei. Todavia,
e, entre eles, certa temendo ser ele mesmo um tolo,
Ç

ocasião, chegaram ou alguém incapaz de exercer


dois vigaristas. a função de rei, desistiu de ir
U

Sabendo do gosto do pessoalmente e decidiu mandar


monarca, e tramando outra pessoa em seu lugar. Todos
D

dar nele um gol­pe, fingiram-se de tecelões, os habitantes da cidade conheciam as


e apresentaram-se no palácio dizendo- maravilhosas quali­ dades do tecido em
se capazes de tecer os tecidos mais questão, e todos, também, desejavam
O

maravilhosos do mundo. E não somente saber, por esse meio, se seus vizinhos
as cores e os desenhos de seus tecidos ou amigos era tolos. “Mandarei meu fiel
R

eram magníficos, mas também os trajes primeiro mi­nistro visitar os tecelões” —


que faziam possuíam a qualidade especial pensou o rei. “Será o mais capacitado
EP

de se tornar invisíveis para aqueles que para ver o tecido, pois é um homem muito
não tivessem as qualidades necessárias hábil e ninguém cumpre seus deveres
para desempenhar suas funções e tam­ me­lhor do que ele”. E assim o bom e velho
bém para aqueles que fossem muito tolos primeiro ministro dirigiu-se ao apo­sento
R

e presunçosos. em que os vigaristas trabalhavam nos


teares completamente vazios. “Deus me
“Devem ser trajes magníficos —
proteja!” — pensou o ancião, e abrindo
pensou o rei. “E se eu vestisse um deles,
bem os olhos pensou: “Mas eu não vejo
po­
deria descobrir todos aqueles que em
nada!”
Os dois vigaristas, então, notando para entregar o tecido. A este segundo
a expressão de espanto no rosto do enviado aconteceu a mesma coisa que
14 velho, pedem-lhe que se aproxime e com o primeiro: “Não acha que é uma
opine acerca do desenho e do colorido do fazenda maravilhosa?” —perguntaram
tecido. Mostram-lhe o tear vazio e o pobre os vigaristas, mostrando e explicando um
ministro, por mais que se esforçasse para desenho imaginário e um colorido não
ver, não conseguia enxergar coisa alguma, menos fantástico, que ninguém conseguia
porque não havia nada para ver. ver. “Sei que não sou tolo” — pensava o

A
cortesão; “mas se não
“Deus meu! vejo o tecido, é porque

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— pensava. Serei não devo ser capaz de
eu tão tolo assim?” exercer minha função...
E não querendo que Melhor pois não dar a

IB
nin­guém soubesse perceber esse fato.”
de sua tolice e menos
ainda que o julgasse E assim foi, até
incapaz de exercer a que o rei convencido de

O
função de ministro, que ele próprio deveria
imediatamente ver o tal te­cido enquanto

PR
respondeu: “É muito ainda estivesse no
lindo! Que efeito tear, pediu que outros
encantador!” E mais cortesãos, den­
fitando o tear vazio (c) Freepik
tre os quais o primeiro
através de seus óculos: “O que mais me ministro e o outro palaciano que haviam
ÃO
agrada são os desenhos e as maravilhosas fingido ver o tecido, o acompanhassem
cores que o compõem. Asseguro-lhes que em uma visita aos falsos tecelões.
direi ao rei o quanto gosto de seu trabalho!” Chegando lá, viu que os dois vigaristas
com o maior cuidado trabalhavam no
“Ficamos muito honrados em ouvir tear vazio, e com grande compenetração.
Ç

tais palavras de vossos lábios, senhor “É magnífico!” — exclamaram o primeiro


ministro” — replicaram os tecelões. E minis­tro e o palaciano. “Digne-se Vossa
imediatamente começam a verbal­ mente
U

Majestade a olhar o desenho. Que cores


descrever os detalhes do complicado maravilhosas!” E apontavam para o tear
desenho e das cores que o forma­vam. O vazio, pois não tinham dúvidas de que as
D

ministro ouviu-os com a maior atenção, outras pessoas viam o tecido. “Mas o que
com a intenção de repetir essas palavras é isto?” — pensou o rei. “Não estou vendo
O

quando estivesse na presença do rei. nada! Isso é terrível! Serei um tolo? Não
Percebendo que seu plano estava terei capacidade para ser rei? Certamente
não poderia acontecer-me nada pior.” E
R

dando certo, os dois vigaristas pedem en­


tão mais dinheiro, mais seda e mais fio assim pensan­ do, exclama: “É realmente
de ouro, para dar prosseguimento a seu uma beleza esse tecido!” “E merece minha
EP

trabalho. Porém, assim que recebem o melhor aprovação.” E manifestava sua


solicitado, guardam-no como an­tes. Nem aprovação por meio de alguns gestos,
um só fio foi colocado no tear, embora en­quanto olhava para o tear vazio, pois
eles fingissem continuar tra­balhando ninguém poderia supor que ele não
R

apressadamente. estivesse vendo coisa alguma.

Passado algum tempo, o rei envia Por sua vez, todos os outros cortesãos
outro fiel cortesão para verificar o pro­ olhavam e obviamente também não viam
gresso do trabalho dos falsos tecelões e nada. Porém, como nenhum queria passar
a fim de saber se eles demorariam muito por tolo ou incapaz, todos fizeram coro
às palavras de Sua Majestade. “É uma E embora ninguém visse nada,
beleza!” - exclamavam. E aconselharam o todos fingiam ver, enquanto ouviam os
rei a mandar fazer uma roupa com aquele viga­ristas a descrever as roupas, porque 15
tecido maravi­lhoso, e que a estreasse no todos temiam ser considerados tolos ou
grande desfile que se iria realizar daí a incapazes.
alguns dias.
“Tirai agora vossas roupas,
Majestade - disse um dos falsos tecelões

A
- e as­
sim poderá experimentar a roupa
nova na frente do espelho”. E o rei tirou a

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roupa que vestia e os impostores fingiram
entregar-lhe peça por peça suces­
sivamente e a ajudá-lo a vestir cada uma
delas. “Que bem assenta este traje em

IB
Sua Majestade!!!” “Como está elegante!!!
Que desenho e que colorido! É uma roupa
magnífica!”

O
“Estou pronto” – disse finalmente o
rei, completamente nu. “Acham que esta

PR
roupa me assenta bem?” E novamente
mirou-se no espelho, a fim de fingir que se
admirava vestido com a roupa nova. E os
camaristas, que deviam carregar o manto,
inclinaram-se fingindo recolhê-lo do chão e
ÃO
Os elogios ao inexistente tecido
corriam de boca em boca e toda a cidade logo começa­ram a andar com as mãos no ar,
es­
tava curiosa e entusiasmada. E o rei carregando nada, pois também eles não se
condecorou os dois vigaristas com a or­dem atreviam a dizer que não viam coisa alguma.
dos cavaleiros e concedeu-lhes o título de À frente o rei andava orgulho­ so e todos
os que o assistiam das ruas e das janelas,
Ç

Cavaleiros Tecelões...
exclamavam: “Como está bem vestido o
Na noite anterior ao desfile, os rei! Que cauda magnífica! A roupa assenta
U

dois vigaristas, querendo que todos nele como uma luva!!!” Nunca na verdade
testemu­nhassem seu grande interesse em a roupa do rei alcançara tanto sucesso! Até
D

terminar a roupa do rei, passam a noite que subitamente uma criança, do meio da
toda trabalhando, à luz de dezesseis velas. multidão gritou: O rei está nu!!!
E fingem tirar a fazenda do tear, e cortá-
O

la com enormes tesouras e costurá-la com “Ouçam! Ouçam o que diz esta
agulhas sem linha de es­pécie alguma até criança inocente!” - observou o pai a
R

finalmente dizer: “Já está pronto o traje quantos o rodeavam. Imediatamente o


do rei!” povo começou a cochichar entre si. “O rei
está nu! O rei está nu!!” - começou a gritar
EP

O rei, então, acompanhado por seus o povo. E o rei ouvindo, fez um trejei­to,
mais nobres cortesãos, vai ao atelier dos pois sabia que aquelas palavras eram
vigaristas, e um deles, levantando um a expressão da verdade, mas pen­ sou:
braço, como se segurasse uma peça de “O desfile tem que continuar!” E, assim,
R

roupa, diz: “Aqui estão suas calças. Este continuou mais impassível que nunca e os
é o colete!!! Veja, Vossa Majestade, aqui camaristas continuaram segurando a sua
está o casaco! Finalmente, dignai-vos a cauda invisível .
examinar o manto! Estas pe­ ças pesam
Hans Christian Andersen (1837)
tanto quanto uma teia de aranha. Quem
as usar mal sentirá o seu peso...”
Sobre o autor:

16 O dinamarquês Hans Christian Andersen (1805-1875), filho de sapateiro e lavadeira,


precisou trabalhar cedo, pois perdeu o pai aos 11 anos. Precisou sair da escola, começou
a escrever contos e se tornou um dos grandes nomes da literatura infantil. Escreveu
contos famosos, como O Soldadinho de Chumbo, A Pequena Sereia, O Patinho Feio, A
Nova Roupa do Rei e outras obras que foram adaptadas para a TV e o cinema.

A
ATIVIDADES

ID
1. Há palavras desconhecidas por você no texto? Pesquise o significado no

IB
dicionário e elabore um glossário.

2. O que se pode dizer sobre o autor do texto ?

O
3. Que personagens são apresentados ao longo dessa história?

PR
4. Quais são as características do rei?

5. É possível perceber em que momento essa história se passa?

6. Pode-se determinar em que lugar a história acontece?


ÃO
7. De memória, escreva o conto que você acabou de ler.

1.2 FONEMA E LETRA


Ç

Fonemas são os diversos sons vocálicos e consonantais das palavras e transcrevem-


U

se entre as barras oblíquas : //. Letra é a representação escrita desses sons. Observe as
palavras que se seguem:
D

José (4 letras) /Jozé/ (4 fonemas)


O

Maria (5 letras) /Marja/ (5 fonemas)


Luz (3 letras) /lus/ (3 fonemas)
R

Relíquia (8 letras) /Relikja/ (7 fonemas)


Flexão (6 letras) /fleksãw/ (7 fonemas)
EP

Herói (5 letras) /Erój/ (4 fonemas)


R

(c) Freepik
Percebe-se que a quantidade de letras não é necessariamente igual à quantidade
de fonemas e vice-versa. Percebe-se ainda que a maneira de transcrever os fonemas é
um tanto diferente... Isso ocorre porque uma mesma letra pode representar diferentes 17
fonemas, dependendo da sua posição na palavra, e também da própria palavra. A seguir,
observe o som da letra destacada nas palavras de mesma escrita:

• A palavra Erro pode ser um substantivo, com o som do e fechado: ê; ou o verbo errar,
com o som do e aberto: é.

A
ID
ATIVIDADES

IB
1. O que são fonemas ?

2. O que são letras?

O
3. A quantidade de letras precisa ser igual à quantidade de fonemas e vice-
versa?

PR
4. Conte a quantidade de letras e fonemas das dez palavras destacadas do
trecho abaixo:

“Há muitos e muitos anos, havia um rei tão apaixonado, mas tão apai­xonado
por roupas novas, que gastava com elas todo o dinheiro que possuía. Pouco se
ÃO
importava com seus soldados, com o teatro ou com os passeios pelos bosques,
contanto que pudesse vestir novos trajes. E ele tinha mesmo um para cada hora
do dia, tanto que, ao invés de se dizer dele o que se diz de qualquer rei: “O rei
está ocupado com seus conselheiros”, por exemplo, dele se dizia sempre a mesma
coisa: “O rei está se vestindo”.”
Ç

1.3 AS VOGAIS, SEMIVOGAIS E CONSOANTES


U
D

Vogais: são sons formados pelas das sílabas. Na língua portuguesa há cinco
vibrações das cordas vocais sem obstáculo vogais (a, e, i, o, u), porém os fonemas
O

à passagem de ar. São sempre o núcleo relativos a elas são em maior número.
Observe:
R

i u
EP

ê ô
é ó
R

a Perceba a abertura da boca e a altura


da língua ao pronunciar cada vogal.
• As vogais orais ocorrem quando Representação dos sons vocálicos
a vogal é emitida quando o ar
18 passa apenas pela boca: amor,
Vogal Som delas Exemplos

A som á (oral/aberto) Maria


Deus, Jesus.
• As vogais nasais ocorrem A som ã (nasal) anjo, campo
quando a vogal é emitida quando E som é (oral/aberto) credo, vela

A
o ar passa pela boca e pelas fossas
E som ê (oral/fechado) medo, velar
nasais: compaixão, homem,

ID
E som “en” (nasal) sempre, dentro
razão.
• As vogais abertas ocorrem I som i (oral/fechado) vida, sede

quando a vogal é pronunciada I som “in” (nasal/fechada) símbolo, cinto

IB
com a boca aberta: fé, glossário. O som ó (oral/aberto) pó, ora, nova

O som ô (oral/fechado) morrer, orar

O
• As vogais fechadas ocorrem
O som õ (on) (nasal) conto, bomba
quando a vogal é pronunciada

PR
com a boca quase fechada: U som u (oral/fechado) único, santo

Teresa, Bosco. U
som “un” (nasal/
renúncia, atum
fechado)
• As vogais tônicas ocorrem
quando a vogal é pronunciada
com maior intensidade, não tem necessariamente acento: José, Batista.
ÃO
• As vogais átonas ocorrem quando a vogal é pronunciada com menor intensidade:
amigo, forte.
Ç

Semivogais: podem acompanhar uma


Representação das semivogais
U

vogal e o som não é tão intenso quanto


Semivogal Som Exemplos
o das vogais. Sempre vai ter som “i” ou delas
D

som “u”.
I som i pai, peixe, noite, cuidar
O

E som i cante, peixe, noite


Consoantes: caracterizam-se pelo U som u saudade, céu, sorriu,
obstáculo à passagem do ar nos lábios, cantou
R

dentes, língua, palato (céu da boca), O som u voo, caos, doente


véu palatino (parte de trás do céu da
EP

boca), úvula (“sininho” da garganta). O próprio nome já demonstra isso (com + soante),
sendo as consoantes acompanhadas de uma soante (vogal) para formar as sílabas e,
consequentemente, as palavras. Para demonstrar o som das consoantes geralmente
R

acrescentamos uma vogal; por exemplo, quando nomeamos as letras do abecedário,


acrescentamos a vogal “e” em quase todos os casos.
Representação dos sons consonantais
Letra Som delas Exemplos Letra Som delas Exemplos 19
b som b Bento nh som ñ santinho
c som s Céu p som p Pedro
c som k Casa q som qu querer

A
ch som x Chave r som rr ruína, erro

ID
d som d Deus r som r querido, caro
d som dz dia, sede s som s sabedoria,
f som f Francisco Deus

IB
g som gu Gálatas, guerra s som z Jesus
g som j Gênesis, hagiografia t som t Tempo

O
j som j Jesus, jovem t som tz Tiago
l som l lealdade v som v vela, verdade

PR
l som u Leal x som x xiita
lh som liê velho x som s expiar
k som k Katia, Kg (quilo) x som z exegese
m som m Maria x som cs reflexão
ÃO
n som n nuvem z som s Feliz

ATIVIDADES
Ç
U

1. O que são vogais ?


D

2. Responda às questões a seguir de acordo com o que se pede e destaque a


vogal a que se refere:
O

fim – Deus – João – fé – casa – amor


R

a) Exemplo de palavra com vogal oral:

b) Exemplo de palavra com vogal nasal:


EP

c) Exemplo de palavra com vogal aberta:

d) Exemplo de palavra com vogal fechada:


R

e) Palavras com vogal tônica:

f) Palavras com vogal átona:


3. O que podemos afirmar das:
a) Vogais tônicas ( ) são pronunciadas com menor intensidade.
20
b) Vogais nasais ( ) são pronunciadas com a boca quase fechadas.
c) Vogais fechadas ( ) são pronunciadas sem obstáculo à passagem de ar.
d) Vogais orais ( ) são pronunciadas com a boca aberta.
e) Vogais átonas ( ) são pronunciadas com maior intensidade.

A
f) Vogais abertas ( ) são pronunciadas passando pela boca e fossas nasais.
4. O que são semivogais?

ID
5. Como são caracterizadas as consoantes?
6. Diga quantos e quais são os fonemas relativos às vogais.

IB
7. Quais são os sons (fonemas) das semivogais?
8. Como é possível demonstrar os sons das consoantes?

O
a) Casos especiais

PR
Nós vimos as vogais e as consoantes, seus respectivos sons e alguns exemplos;
agora veremos os casos especiais que merecem ser mencionados.

K, W e Y
ÃO
As letras “k”, “w” e “y” são usadas apenas em alguns casos especiais, como
abreviaturas, símbolos, unidades de medida, nomes estrangeiros e nomes próprios.

Na língua portuguesa, o “k” foi substituído pelas letras “qu” e o “c” (quilo /
Ç

catequese), por afinidade de som.


U

Abreviaturas, Nomes próprios Nomes


Estrangeirismos
símbolos e unidades estrangeiros e seus próprios de
de uso frequente
D

de medida derivados pessoas

Km (quilômetro),
Kant > kantiano
O

Kl (quilolitro),
Shakespeare > Katia, Kevin Kart, kit
Kg (quilograma),
shakesperiano
K (potássio)
R

Yorkshire > Nylon, byte,


EP

Yd (jarda) yorkshiriano Yan, Yuri playground,


Taylor > taylorismo motoboy, spray

Malawi > malawiano Washington,


W (watt) Show, web
Newton > newtoniano William
R

Ç (c cedilhado)

Para ter o som de “cê” diante das vogais a, o e u, é necessário usar a cedilha (que
quer dizer c pequeno e se trata de um pequeno c virado para trás que é posto abaixo do
c, que se denomina c cedilhado – e não c cedilha ), como em pareça, pareço e caçula.
GeJ

A letra g diante de e e i representa o som (fonema) j. Diante de a, o e u, mantém 21


o som de “guê”. Para manter esse som diante de e e i, põe-se o u entre elas (gue/gui),
sem, porém, que
esse u tenha som. Letra Som delas Exemplos
Entretanto, tam-
g som j gentil, gigante

A
bém diante das
vogais a, e, i e o j som j jeito, jiboia

ID
(gua/gue/gui/guo),
ouvimos o som do gue/gui som guê (u mudo) guerra, guitarra
u levemente.
gu- a/e/i/o som gu-ê (u pronunciado) água, águo

IB
H, M e N

O
No início de palavras, a letra h não representa fonema na língua portuguesa (ou
seja, é sem som). No entanto, no caso dos dígrafos CH, LH e NH, há apenas um som,

PR
diferente do som dessas
consoantes isoladas . No Letra Som dela Exemplos
fim de sílabas, o m e o n H sem som haver, húmus
também não representam
fonemas, marcando apenas a M sem som (apenas nasal) margem, vintém
ÃO
nasalidade da vogal anterior.
N sem som (apenas nasal) conto, vintém

A letra x pode represen-


Ç

Sons Exemplos
tar diversos sons, como o do
s, o de ss, o do z, o do ks, s (si fraco) sexto, expiação
U

o dele mesmo x (ch) e pode


até não representar fonema ss (si forte) máximo, próximo
D

nenhum, quando diante das


z (zi) exame, executar
letras c e s.
O

x (chi) enxame, mexer

ks (ksi) reflexo, fluxo


R

sem som (não representa fonema) excelente, exsuar


EP
R

(c) Freepik
CH, GU, LH, NH, QU, RR, SS, SC, SÇ, SX

22 Todas as letras acima são chamadas dígrafos porque representam apenas um som.

Letras Som Exemplos

Ch xê (um som) chuva

A
Gu guê (um som) guirlanda

ID
Lh lhê (um som) galheta

Nh nhê (um som) rebanho

IB
Qu quê (um som) querubim

O
Rr rrê (um som) jarro

Ss sê (um som) Missa

PR
Sc sê (um som) nascimento

Sç sê (um som) renasço

Sx sê (um som) exsolver


ÃO
Ç

ATIVIDADES
U

1. Em que casos na Língua Portuguesa representar:


D

o K, o W e o Y são usados?
9. Leia o trecho abaixo e faça o que se
O

2. A letra K foi substituída por quais pede:


letras em português?
“Será o mais capacitado para ver o
R

3. Quando se usa o Ç? tecido, pois é um homem muito hábil e


ninguém cumpre seus deveres me­ lhor
4. Explique o que é a cedilha. do que ele”
EP

5. Que sons a letra G pode representar? a) Um exemplo de palavra em que


duas de suas letras representam
6. Qual é o som emitido pelo H no início apenas um fonema:
de palavras?
R

b) Um exemplo de palavra em que


7. Quando o M e o N não representam uma de suas letras não representa
fonemas? fonema:

8. Diga quais sons a letra X pode


1.4 TIPO TEXTUAL: NARRATIVO

Os textos narrativos traçam as sequências


23
de ações (reais ou imaginárias) dos personagens
em um determinado espaço e tempo. Essa
sucessão de acontecimentos é contada por um
narrador e está estruturada em: situação inicial,

A
conflito gerador, clímax e desfecho. Ao longo
dessa estrutura narrativa são apresentados os

ID
principais elementos da narração: personagem,
espaço, narrador, tempo e enredo.

IB
Elementos da narrativa:

O
PERSONAGEM: É quem faz parte conhece tudo, inclusive os pensa-
da história. Os personagens podem mentos e sentimentos dos persona-

PR
ser: gens, e pode emitir opinião; o texto
é narrado em 3ª pessoa.
• Protagonistas: ocupam o lugar
principal da história; TEMPO: Marca quando a trama é
desenvolvida ou a duração dela. Pode
• Antagonistas: são adversários ser:
ÃO
dos protagonistas, os que vão difi-
cultar a vida do personagem prin- • Cronológico: refere-se à passa-
cipal. gem das horas, dias, meses, anos.

• Secundários: são personagens • Psicológico: refere-se às memó-


Ç

menos importantes, mas que con- rias dos personagens.


tribuem para o andamento dos ENREDO: É o conjunto de fatos que
U

acontecimentos. acontecem. São eles:


ESPAÇO: Refere-se ao local onde
• Situação inicial: o narrador apre-
D

ocorrem as ações.
senta os personagens e mostra o
NARRADOR: É a “voz do texto”, res- tempo e o espaço em que estão inse-
O

ponsável por narrar a história. O nar- ridos, geralmente logo na introdu-


rador pode ser: ção;
R

• Personagem: quando o narrador • Conflito gerador: um aconteci-


participa dos acontecimentos, o mento é responsável por modificar
EP

texto é escrito em 1ª pessoa do sin- a situação inicial dos personagens;


gular ou plural (eu, nós)
• Clímax: ponto de alta tensão ou
• Observador: quando o narrador emoção que leva a uma decisão ou
não participa da história, apenas desfecho;
R

conta o que observa, o texto é escri-


to em 3ª pessoa. • Desfecho - é a parte da narrativa
que mostra a solução para o confli-
• Onisciente: quando o narrador to.
Observe a estrutura da narrativa no texto abaixo:

24
Adivinhação
(Irmãos Grimm)
Era uma vez três mulheres que tinham

A
sido transformadas em flores e estavam
no meio de um campo; uma delas, porém,
podia passar a noite em casa.

ID
SITUAÇÃO INICIAL

Um dia, ao amanhecer, no momento


de voltar para junto das companheiras e

IB
transformar-se em flor, ela disse ao marido:

— Se hoje pela manhã fores ao campo

O
CONFLITO GERADOR colher-me, ficarei livre e poderei ficar
sempre contigo.

PR
E assim sucedeu. Pergunta-se, como
CLÍMAX é que o marido pôde reconhecê-la se as
três flores eram exatamente iguais, sem
nenhuma diferença?
ÃO
Resposta: como esta tivesse passado
DESFECHO a noite em casa e não no campo, o orvalho
não caiu sobre ela como nas outras. Foi por
isso que o marido a reconheceu.
Ç
U
D

SITUAÇÃO INICIAL
O

O narrador ambienta o leitor sobre os personagens, o espaço e o tempo em que a


história acontece:
R
EP

PERSONAGENS
Era uma vez três mulheres que tinham sido
transformadas em flores e estavam no meio de um
ESPAÇO campo; uma delas, porém, podia passar a noite em
casa.
R

TEMPO
Um dia, ao amanhecer, no momento de voltar
para junto das companheiras e transformar-se em
flor, ela disse ao marido:
CONFLITO GERADOR

O conflito gerador é o acontecimento capaz de mudar o destino dos personagens. 25


Essas mulheres deveriam ser flores, porém uma delas afirmou:

“— Se hoje pela manhã fores ao campo colher-me,


ficarei livre e poderei ficar sempre contigo.”

A
ID
CLÍMAX
O clímax é o momento de maior emoção que leva ao desfecho da trama. Percebe-
se que a pergunta feita pelo narrador instiga a uma resposta para que se conheça o

IB
desfecho:

O
“E assim sucedeu. Pergunta-se, como é que o marido pôde reconhecê-la
se as três flores eram exatamente iguais, sem nenhuma diferença?”

DESFECHO
PR
O desfecho é a parte da narrativa que mostra a solução do conflito. Nesse caso,
ÃO
mostra como o marido a reconheceu:

Resposta: como esta tivesse passado a noite em casa e não no campo, o orvalho não
caiu sobre ela como nas outras. Foi por isso que o marido a reconheceu.
Ç
U

NARRADOR
O trecho acima demonstra que o narrador é onisciente, pois ele sabe o que os
D

personagens pensam.
O

a) Gênero textual: Contos de fadas


R

Os contos de fadas são variações de contos populares,


originalmente de tradição oral, isto é, histórias passadas de
EP

geração em geração. A origem da palavra contar vem do latim,


computare, cuja forma encurtada originou o vocábulo francês
compter; sendo assim, contar é igual a cômputo, ou conto de fatos.
R

A palavra fada, com origem no latim, significa fado ou


destino. Os contos de fadas, também conhecidos como “contos
da carochinha” no Brasil, são histórias que envolvem heróis,
vilões, encantamentos, seres fantásticos como fadas, bruxas,
gigantes, objetos mágicos e outras coisas espantosas.
CARACTERÍSTICAS DO GÊNERO TEXTUAL
• Um dos aspectos dos contos de fadas é a oposição do bem contra o mal: uma
26 princesa que precisa ser resgatada, um herói que precisa lutar contra um dragão,
um feitiço que precisa ser quebrado ou simplesmente a própria maldade que
precisa ser vencida pelo bem e pela verdade;
• Iniciam-se com “Era uma vez” ou “Há muito tempo” ou ainda “Num tempo muito
distante”, mostrando que a história se passa longe da realidade;

A
• Por causa disso, não é possível determinar o tempo na história dos contos de

ID
fadas em geral;
• Caráter educativo: os contos sempre contêm um ensinamento que leva a boas
ações;

IB
• Obstáculos que vencer;
• Geralmente tais obstáculos referem-se a injustiças (uma

O
maldição, por exemplo);
• Encantamentos;

PR
Geralmente o espaço da trama é um castelo, um
reino, uma floresta, um campo entre outros.
ÃO
Ç
U

ATIVIDADES
D
O

Leia o texto do início do capítulo e responda às perguntas abaixo.


1. Qual a situação inicial do texto “A Roupa Nova do Rei”?:
R

a) O rei morreu e a Princesa era cuidada pela Madrasta, que tinha inveja dela.
EP

b) Eram três mulheres que foram transformadas em flores, contudo uma delas
podia passar a noite em casa.
c) Havia um rei vaidoso, que só se ocupava de suas roupas novas.
R

d) A mãe mandou a menina entregar uma cesta de doces para a avó.

2. O conflito gerador é um acontecimento capaz de mudar o destino dos personagens.


Qual é esse acontecimento no texto de Hans Christian Andersen no início do
capítulo?
3. Sabendo que o clímax é o momento 4. O desfecho é a solução que o prota-
de mais alta tensão que leva ao desfe- gonista encontra para o conflito. Diga 27
cho da história, indique que momento qual foi a solução adotada pelo rei.
foi esse.
5. Qual era o interesse dos falsos tece-
a) “Sabendo do gosto do monarca, e lões ao entrar na cidade?

A
tramando dar nele um gol­pe, fingi-
6. Como eles conseguiram enganar o
ram-se de tecelões, e apresentaram-
rei?
-se no palácio dizendo-se capazes de

ID
tecer os tecidos mais maravilhosos do 7. Por que o rei “caiu na conversa” dos
mundo. E não somente as cores e os vigaristas?
desenhos de seus tecidos eram mag-

IB
níficos, mas também os trajes que fa- 8. Que estratégia o rei usou para não
ziam possuíam a qualidade especial ser tomado por tolo quando desejou ver
de se tornar invisíveis para aqueles como ia o trabalho dos tecelões?

O
que não tivessem as qualidades ne- 9. Que características o primeiro-mi-
cessárias para desempenhar suas nistro tinha para que o rei lhe confias-

PR
funções e tam­bém para aqueles que se essa missão?
fossem muito tolos e presunçosos.”
10. O que o rei pensa quando final-
b) “Até que subitamente uma crian- mente vê o tecido?
ça, do meio da multidão gritou: O rei
11. Por que o rei ficou orgulhoso de
está nu!!!”
ÃO
seus trajes?
c) “Que bem assenta este traje em 12. Esse conto retrata defeitos e qua-
Sua Majestade!!!” “Como está elegan- lidades de alguns personagens. Diga
te!!! Que desenho e que colorido! É qual é o defeito ou a qualidade dos per-
uma roupa magnífica!” sonagens abaixo.
Ç

d) “E o rei ouvindo, fez um trejei­to, a) O rei:


U

pois sabia que aquelas palavras eram


b) Os cortesãos:
a expressão da verdade, mas pen­sou:
“O desfile tem que continuar!!” E, as- c) Os falsos tecelões:
D

sim, continuou mais impassível que


nunca e os camaristas continuaram d) O menino:
O

segurando a sua cauda invisível.” 13. Retire do texto um trecho em que


mostre que tipo de narrador conta os
R

acontecimentos.
EP
R
28 14. Leia o trecho do discurso do Papa Bento XVI em audiência geral por
ocasião dia 29 de agosto de 2012, quando a Igreja celebra o martírio de
São João Batista:
''Caros irmãos e irmãs, celebrar o martírio de São João Batista recorda-
nos, também a nós cristãos deste nosso tempo, que não se pode ceder
a compromissos com o amor a Cristo, à sua Palavra e à Verdade. A

A
Verdade é Verdade, não existem compromissos. A vida cristã exige, por
assim dizer, o «martírio» da fidelidade quotidiana ao Evangelho, ou seja,

ID
a coragem de deixar que Cristo cresça em nós e que seja Cristo quem
orienta o nosso pensamento e as nossas ações. Mas isto só se verifica
na nossa vida se a nossa relação com Deus for sólida. A oração não é
tempo perdido, não é roubar espaço às atividades, inclusive às obras

IB
apostólicas, mas é precisamente o contrário: se formos capazes de
ter uma vida de oração fiel, constante e confiante, o próprio Deus
dar-nos-á a capacidade e a força para viver de modo feliz e tranquilo, para superar as

O
dificuldades e testemunhá-lo com coragem. São João Batista interceda por nós, a fim de
sabermos conservar sempre o primado de Deus na nossa vida. Obrigado!”

PR
a) Há semelhança entre esse texto sobre São João Batista e o do início do capítulo ?
b) Consegue perceber que a defesa da verdade tem um preço? Vale a pena?
c) Escreva uma continuidade do conto A Roupa Nova do Rei contando o que
aconteceu com o menino que denunciou a verdade sobre a roupa do rei. Não se
esqueça do título e do que foi visto sobre a estrutura do enredo e os elementos da
ÃO
narrativa.
d) Após a produção, use o roteiro de revisão a seguir para que você julgue se o seu
trabalho está bem feito.
Ç

Roteiro de revisão de texto


U
D

1. Caligrafia. (Como está sua letra? 4. Linguagem formal e informal.


Está escrevendo com capricho ou (Você está fazendo o uso correto da
O

pode melhorar? Está legível para o língua ao escrever?)


leitor?)
5. Parágrafos. (Os parágrafos estão
R

2. Ortografia. (Você está escreven- muito longos ou muito curtos sem


do corretamente todas as palavras? necessidade? Você está dando o es-
EP

Se estiver em dúvidas com relação a paço devido ao iniciar um novo pa-


alguma palavra, pesquise-a no dicio- rágrafo?)
nário para ter certeza de sua grafia.)
6. Sequência. (Há sequência entre
3. Pontuação. (Você está fazendo as as partes do texto?)
R

pontuações corretas? Está finalizan-


7. Repetição. (Você está repetindo
do as frases com ponto final, usando
muito as palavras? Se estiver, procu-
a vírgula quando necessário etc.?)
re sinônimos para substituí-las.)
1.5 AS PAUSAS NO TEXTO
Os sinais de pontuação demonstram clareza e organização no texto. Além disso, 29
traduzem pausas e entonações da oralidade, isto é, da fala. Observe os sinais de pontuação
que fundamentalmente indicam pausa:

O PONTO FINAL (.)

A
• Reflete uma pausa total na oralidade e serve para encerrar frases que declaram
algo ou frases imperativas:

ID
“... a fim de fingir que se admirava vestido com a roupa nova.”

IB
“Concede-nos o que mandas, e manda o que quiseres.” (Santo Agostinho)

• Ao final de palavras abreviadas:

O
Dr.  Doutor etc.  et cetera Sr.  Senhor Pe.  Padre

PR
Abreviaturas usadas internacionalmente não levam ponto:

km  quilômetro
ÃO
l  litro

O PONTO E VÍRGULA (;)


Ç

Expressa uma pausa mais longa que a vírgula, porém, também serve para:
U

ORAÇÕES EXTENSAS PARA


ENUMERAÇÃO
SUBSTITUIR A VÍRGULA
D
O

“A Virgem Maria é modelo de: “Tão oculto e tão presente, formo-


• fé e vida interior; síssimo e fortíssimo, estável e in-
• pureza imaculada; compreensível; imutável, mudando
R

• docilidade à ação do Espírito Santo; todas as coisas; nunca novo e nunca


• obediência à voz de Deus; velho; renovador de todas as coisas,
EP

• humildade e generosidade no conduzindo à ruína os soberbos sem


cumprimento da missão recebida de que eles o saibam; sempre agindo e
Deus; sempre repouso; sempre sustentan-
• ardente zelo missionário em levar o do, enchendo e protegendo; sempre
R

Jesus a todos que Deus colocou em criando, nutrindo e aperfeiçoando,


seu caminho.” sempre buscando, ainda que nada te
(Manual das Congregações Marianas) falte.”
(Santo Agostinho)
A VÍRGULA (,)
Que a vírgula indique uma pequena pausa, é algo de conhecimento geral;
30 entretanto, as pausas não indicam necessariamente vírgula. Veja abaixo os casos de
separação de elementos dentro de uma oração:

• Na maioria dos casos, as vírgulas exercem o papel de parênteses: aberto o


parêntese, é claro que se deve fechá-lo . O parêntese, por sua vez, é usado para

A
separar palavras, dar uma explicação ou tornar algo mais claro. Veja:

ID
“Ó Cristo (Rei piedoso) “Ó Cristo, Rei piedoso,

IB
a vós e ao Pai toda a glória, a vós e ao Pai toda a glória,
com o Espírito Santo, com o Espírito Santo,
eterna honra e vitória.” eterna honra e vitória.”

O
(Hino da Liturgia das Horas) (Hino da Liturgia das Horas)

"...a palavra de Deus foi dirigida


a João (filho de Zacarias) no
deserto." (Lc 3,2)
PR
"...a palavra de Deus foi dirigida
a João, filho de Zacarias, no
deserto."
ÃO
(Lc 3,2)

“A felicidade é um mistério
“A felicidade é um mistério, como
Ç

(como uma religião) e não


uma religião, e não deve ser
deve ser racionalizada.” (G.K.
racionalizada.” (G.K. Chesterton)
Chesterton)
U
D
O

IMPORTANTE!

A palavra parênteses, no plural, indica os dois semicírculos; já


R

parêntese, no singular, indica todo o conjunto, isto é, a informação


dentro dos parênteses e os próprios parênteses.
EP

• A vírgula deve ser usada para separar palavras que desempenhem a mesma
função. Observe o exemplo e perceba que ele poderia facilmente ser listado:
R

“Quando possuirei uma paz sólida, paz estável, imperturbável, paz interna
e externa, paz assegurada de todos os lados?”

(Imitação de Cristo)
“Quando possuirei
• uma paz sólida, 31
• paz estável,
• imperturbável,
• paz interna e externa,
• paz assegurada de todos os lados?”

A
• Para separar elementos repetidos:

ID
“Vinde,vinde, Emanuel,
E liberte a lamuriosa Israel,

IB
Que chora solitária no exílio,
Até o surgimento do Filho de Deus.” (Canto tradicional do Advento)

O
• Para isolar o vocativo:
GLOSSÁRIO
“Meu Deus, eis aqui meu coração.”

PR
(Santo Agostinho)
Vocativo é um termo isolado
“Fizeste-nos, Senhor, para ti, e o nosso que indica o chamamento,
coração anda inquieto enquanto não invocação, interpelação de
descansar em ti.” uma pessoa.
ÃO
(Santo Agostinho)

“Ficamos muito honrados em ouvir


tais palavras de vossos lábios,
Ç

senhor ministro.”

• A vírgula deve ser usada também quando alguns tipos específicos de expressões
U

iniciam frases — aqueles que indicam tempo, lugar, modo e outras.


D

EXPRESSÕES DE TEMPO
"Enquanto orava, transformou-se o seu rosto e as suas vestes tornaram-se
O

resplandecentes de brancura.” (Lc 9, 29)


R

EXPRESSÕES DE LUGAR
EP

"A grande cidade foi dividida em três partes, e as cidades das nações caíram, e
Deus lembrou-se da grande Babilônia, para lhe dar de beber o cálice do vinho de sua
ira ardente.” (Ap 16, 19)
R

EXPRESSÕES DE MODO
"De modo algum, Senhor, porque nunca comi coisa alguma profana e impura." At
10, 14.
• A vírgula também deve ser usada para separar expressões de oposição (mas,
porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto) e expressões de explicação (logo,
32 pois, porque, por exemplo).

EXPRESSÕES DE OPOSIÇÃO

“O Pai quer que o ame, porque Ele me perdoou não muito, mas tudo.”

A
(Santa Teresinha do Menino Jesus)

ID
“Contudo, não esqueçam, meus filhos, que falo sempre de uma liberdade responsável.”
(São Josemaría Escrivá de Balaguer)

IB
EXPRESSÕES DE EXPLICAÇÃO (mesmo caso dos parênteses)

O
“Vossa sou, pois me criastes,
Vossa, porque me remistes...” (Santa Teresa D’Ávila)

• PR
Depois de sim e não no início das sentenças:
ÃO
Sim, eu aceito. Não, eu não quero.

• Separar nomes dos locais das datas:

Vaticano, 25 de dezembro de 2020.


Ç

ATIVIDADES
U
D

1. Pontue os trechos corretamente :


O

a) “Na véspera do grande dia recebi a absolvição pela segunda vez” (Santa
Teresinha)
R

b) “Eu sou um cérebro Watson O resto é mero apêndice” (Arthur Conan Doyle)
EP

c) “Se tu vens por exemplo às quatro da tarde desde as três eu começarei a ser
feliz Quanto mais a hora for chegando mais eu me sentirei feliz” (Antoine de
Saint-Exupéry)
d) “Não existe triunfo sem perda não há vitórias sem sofrimento não há
R

liberdade sem sacrifício” (J.R.R. Tolkien)


e) “Ele pelo menos estava alegre e eu angustiado ele seguro e eu inquieto”
(Santo Agostinho)
R
EP
R
O
D
U
Ç
ÃO
PR
O
IB
ID
33

A
CAPÍTULO 2
34

A
ID
IB
ARTIGOS E NUMERAIS
Você já parou para pensar no quanto uma ideia pode ser expressa de diferentes

O
maneiras, a depender da intenção que temos? Por exemplo, se você deseja ensinar uma
expressão matemática para alguém, é preciso usar uma estrutura e elementos bastante

PR
específicos para que o texto explicativo seja didático, isto é, de fácil compreensão. Se,
porém, você pretender escrever algo que passe uma mensagem implícita, ou seja, que
deve ser compreendido pelo leitor a partir da sua própria interpretação, é necessário
fazer o uso de outros elementos e estruturas.
ÃO
É pensando nisso que temos, então, o que chamamos de tipos e gêneros textuais.
Para que os compreendamos melhor e melhoremos nossa capacidade de escrita, é preciso
estudá-los com dedicação e, principalmente, fazer sempre boas leituras. Nas páginas
seguintes, você terá contato com um dos vários tipos e gêneros textuais, além de estudar
Ç

duas classes gramaticais: a dos artigos e a dos numerais. Ademais, estudará também
as classificações silábicas. O objetivo deste capítulo é que você avance em seus estudos
de língua portuguesa, conhecendo classes de palavras, seu emprego e flexão, novos
U

tipos e gêneros textuais, o que dará a você uma base maior e melhor para que consiga
interpretar com facilidade o que lê, bem como ter em mãos as ferramentas certas para
D

que possa colocar no papel suas ideias, criando novos textos.


O
R
EP
R

(c) Envato
2.1 FÁBULAS
Nesta seção, você lerá uma fábula de Esopo. A partir deste texto, exercitará sua 35
leitura e interpretação e tentará enquadrá-lo em um tipo textual.
Leia o texto a seguir:
AS ÁRVORES E O MACHADO

A
Um homem foi à floresta e pediu às árvores que estas
lhe doassem um cabo para o seu machado. O conselho

ID
das árvores concordou com o seu pedido e deu a ele uma
jovem árvore para este fim. Logo que o homem colocou o
novo cabo no machado, começou furiosamente a usá-lo

IB
e em pouco tempo havia derrubado, com seus potentes
golpes, as maiores e mais nobres árvores da floresta. Um
velho Carvalho lamenta quando a destruição dos seus

O
companheiros já está bem adiantada, e diz a um Cedro,
seu vizinho: O primeiro passo significou a perdição de

PR
todas nós. Tivéssemos respeitado os direitos daquela
jovem árvore, ainda teríamos os nossos próprios e o
direito de ficarmos de pé por muitos anos.
ÃO
Sobre o autor:

Esopo nasceu na Grécia por volta do ano 650 a.C. A ele


são atribuídas inúmeras fábulas que serviram de inspiração
para escritores como Jean de La Fontaine e Fedro. Suas
Ç

fábulas eram muito apreciadas na Grécia Antiga. Através


delas, Esopo mostrava como os seres humanos podiam agir
U

para o bem ou para o mal, usando, para isso, personagens


que eram geralmente animais ou outros seres vivos, mas com
D

características humanas. O fabulista grego morreu em Delfos,


no ano 564 a.C., aos 56 anos de idade.
O

a) Quais características você consegue perceber que existem nesse texto?


R

b) Em sua opinião, qual seria a atitude mais sábia do conselho das árvores?
EP

c) Qual moral você consegue tirar da fábula lida?

2.2 REFLEXÕES DA LÍNGUA: ARTIGOS E NUMERAIS.


R

Você já sabe que existem algumas classes gramaticais que nos auxiliam a
compreender melhor nossa língua, por meio da função que as palavras desempenham na
oração em que são empregadas. Sabendo disso, é fundamental o estudo e a compreensão
dessas classes. Por isso, nesta seção, você estudará duas classes gramaticais: artigos e
numerais. Vamos começar!
a) Artigo: classificação e emprego lão? Maria e Joana? Antônia e Marcela?
Ou outras?
36 Como você já sabe, os artigos são aque-
Algumas vezes, os artigos podem unir-
las palavras antepostas aos substantivos
-se às preposições a, de, em e por. Assim,
para que possamos determinar ou não os
diante de substantivos masculinos temos:
seres. Além disso, os artigos determinam
ao, aos, do, dos, no, nos, pelo, pelos, num,
o gênero e o número dos substantivos. As-

A
nuns.
sim, temos os artigos definidos e os in-
definidos. Vejamos: Exemplo: Amanhã vamos ao sho-

ID
pping.
•Artigos definidos – são aqueles
que, como o nome já diz, definem o subs- As contrações femininas são: à, às, da,

IB
tantivo, ou seja, quando usamos um artigo das, na, nas, pela, pelas, numa, numas.
definido, estamos determinando o ser em
Exemplo: Os pais deverão ir à es-
questão. Os artigos definidos são: o, a, os,

O
cola para a reunião mensal.
as.

Exemplo: A menina brincou o dia Emprego do artigo

PR
inteiro. Vejamos a seguir como o artigo defini-
Quando antepomos ao substantivo um do deve ser empregado e em quais situa-
artigo definido, estamos determinando o ções ele é repelido.
ser; portanto, no exemplo acima, não es- •Nomes próprios geográficos:
ÃO
tamos falando de qualquer menina, mas nem sempre os nomes próprios de ci-
de alguma menina específica, um ser de- dades, estados e países exigem o artigo
terminado e conhecido pelo locutor e pelo definido. Porém, eis alguns casos em que
interlocutor. o artigo deve ser empregado – a Bahia,
Ç

O mesmo acontece na frase: Os es- a Argentina, o Recife, o Rio de Janeiro, o


tudantes saíram a passeio com o colégio. Cairo, o Brasil etc.
U

Nesse exemplo, estamos falando de deter- Em nomes como Portugal, São Paulo,
minados estudantes, e não de quaisquer
D

Atenas, Minas Gerais, entre outros, não


estudantes. usamos artigos.
O

•Artigos indefinidos – são aqueles • Quando citamos nomes próprios de


que antepomos a substantivos que desig- pessoas no plural, estes são determinados
R

nam seres indefinidos, quer dizer, que não pelo artigo.


podemos determinar. Os artigos indefini-
Exemplos: os Pereiras, os Home-
EP

dos são: um, uma, uns, umas.


ros etc.
Exemplo: Umas mulheres esta-
vam limpando o salão. • Quando diante de pronomes posses-
sivos, o uso do artigo é livre.
R

Perceba que, quando usamos o artigo


indefinido, não conseguimos determinar Exemplo: Viram seu carro novo
a qual ou quais seres especificamente es- e ficaram admirados (ou viram o seu
tamos nos referindo. Em outras palavras, carro novo...)
quais mulheres estavam limpando o sa- • Se citamos um determinado núme-
ro de seres usando um numeral, o artigo b) Numeral: classificação, leitura
é dispensado quando não definimos o que
e escrita 37
são esses seres.
A classe dos numerais refere-se àque-
Exemplos:
las palavras que exprimem número, or-
Todos cinco foram passear. dem numérica, múltiplo ou fração. O nu-
meral pode ainda ser:

A
Todas três tiraram boas notas.
• cardinal – um, dois, sete, dez
Se, porém, definimos o ser, devemos

ID
etc.;
empregar o artigo.
• ordinal – primeiro, segundo,
Exemplos:
sétimo, décimo etc.;

IB
Todos os cinco irmãos foram pas-
• multiplicativo – dobro/duplo,
sear.
sétuplo, décuplo...;

O
Todas as três estudantes tiraram
• fracionário – meio, sétimo, dé-
boas notas.
cimo etc.

PR
• Antes dos substantivos milhão, mi-
Algumas palavras também são consi-
lhar e bilhar, o artigo e o numeral devem
deradas numeral, como zero e ambos.
concordar no masculino.
Exemplos: grau zero, zero quilô-
Exemplo:
ÃO
metro; ambos os livros estavam na
Os milhares de pessoas em situ- mesa; ambas as alunas não fizeram
ações de risco pedem ajuda ao gover- a lição.
no.
Temos ainda os substantivos coletivos
Ç

• Omitimos o artigo definido antes numéricos, ou seja, aqueles que, mesmo


das formas de tratamento, antes de frei e no singular, referem-se a um conjunto de
U

antes dos títulos honoríficos dom e mon- coisas, podendo, assim, definir exatamen-
senhor. Além disso, não empregamos o te a quantidade de seres que compõem o
D

artigo definido entre o pronome cujo e o conjunto referido.


substantivo seguinte. Exemplo: A história
Exemplos: dúzia, par, dezena,
O

cujo título me chamara atenção era ainda


centena.
mais fascinante quando contada pela pro-
fessora. (E não: a história cujo o título...) Certos substantivos coletivos numéri-
R

cos podem ainda expressar não só a quan-


• Também não empregamos o artigo
tidade exata, mas também a qual ser ou à
EP

diante da palavra casa quando esta refe-


qual coisa eles se referem. É o caso das pa-
re-se à residência da pessoa que fala ou de
lavras: biênio, quadriênio etc., que se
quem se fala.
referem a anos; tríduo e novena, que
fazem referência a dias; bimestre, se-
R

Exemplo:
mestre, que remetem a meses.
Ela estava cansada, por isso ficou
em casa. (E não: ficou na casa...) Leitura e escrita dos números

Voltou a casa para falar com sua Quando temos um cardinal composto
mãe. (E não: voltou à casa...) de:
a) apenas dois algarismos – acrescen-
ta-se a conjunção e entre os algarismos. Importante!
38 Se o primeiro algarismo da cente-
Exemplos:
na final for zero, devemos acrescen-
29 = vinte e nove. tar a conjunção e. Exemplo: 2021 –
dois mil e vinte e um. Essa conjunção
34 = trinta e quatro.
também aparecerá caso os dois últi-

A
b) três algarismos – coloca-se a con- mos ou os dois primeiros algarismos
junção e entre cada um dos algarismos. sejam zero. Exemplos: 3400 – três

ID
mil e quatrocentos; 1007 – mil e sete.
Exemplos:
Não se põe vírgula entre uma
133 = cento e trinta e três.

IB
classe de números e outra na escri-
474 = quatrocentos e setenta e ta por extenso, e não colocamos pon-
quatro. to na escrita dos anos, como: 1986,

O
2010 etc.
c) quatro algarismos – intercala-se a
conjunção e apenas do segundo número d) vários grupos formados por três al-

PR
em diante. garismos – omite-se a conjunção e entre
cada grupo.
Exemplos:
Exemplo:
2920 = dois mil novecentos e vin-
ÃO
te. 2.143.194.212.410 = dois trilhões
cento e quarenta e três bilhões cento
1904 = mil novecentos e quatro.
e noventa e quatro milhões duzentos
e doze mil quatrocentos e dez.
Ç

Quanto aos números fracionários, ob-


serva-se que aos números seguintes ao
U

fracionário décimo acrescentamos a pa-


lavra avos após o número escrito em sua
D

forma cardinal.

Exemplo:
O

14 = quatorze avos; 20 = vinte


R

avos; etc.
(c) Vatican News
EP

Ordinais ou cardinais?

Leia as seguintes frases: Dom Pedro I, Papa Bento XVI, século IX... De
que forma você leu os numerais, como ordinais ou como cardinais? Muitas vezes,
R

ficamos com dúvidas a respeito da leitura de algarismos romanos que aparecem


em títulos, séculos, capítulos de livros etc., mas a regra é bastante simples: para
numerais até o algarismo X (dez), nós os lemos como ordinais. A partir do alga-
rismo XI (onze), nós o lemos como cardinais.
Veja no quadro a seguir uma lista de alguns dos principais numerais:

Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários 39


um primeiro _______ _______
dois segundo dobro, duplo meio
três terceiro triplo terço
quatro quarto quádruplo quarto

A
cinco quinto quíntuplo quinto

ID
seis sexto sêxtuplo sexto
sete sétimo sétuplo sétimo
oito oitavo óctuplo oitavo

IB
nove nono nônuplo nono
dez décimo décuplo décimo
onze décimo primeiro _______ onze avos

O
doze décimo segundo _______ doze avos
treze décimo terceiro _______ treze avos

PR
quatorze décimo quarto _______ quatro avos
quinze décimo quinto _______ cinco avos
dezesseis décimo sexto _______ seis avos
dezessete décimo sétimo _______ sete avos
ÃO
dezoito décimo oitavo _______ oito avos
dezenove décimo nono _______ nove avos
vinte vigésimo _______ vinte avos
trinta trigésimo _______ trinta avos
Ç

quarenta quadragésimo _______ quarenta avos


cinquenta quinquagésimo _______ cinquenta avos
U

sessenta sexagésimo _______ sessenta avos


setenta septuagésimo _______ setenta avos
D

oitenta octogésimo _______ oitenta avos


noventa nonagésimo _______ noventa avos
O

cem, cento centésimo cêntuplo centésimo


duzentos ducentésimo _______ ducentésimo
R

trezentos trecentésimo _______ trecentésimo


quatrocentos quadringentésimo _______ quadringentésimo
EP

quinhentos quingentésimo _______ quingentésimo


seiscentos sexcentésimo _______ sexcentésimo
setecentos setingentésimo _______ setingentésimo
R

oitocentos octingentésimo _______ octingentésimo


novecentos nongentésimo _______ nongentésimo
mil milésimo _______ milésimo
milhão milionésimo _______ milionésimo
bilhão bilionésimo _______ bilionésimo
Deixe-me ver aqui...
40
m mais n menos um...
t mn = (m + n ) ( m + n – 1) ... ( m + 1)
n (n – 1) ...1

A
Opa, desculpe se estou invadindo um livro que trata de língua portuguesa e
não da minha área: matemática. Mas, se me permite, tenho algo a dizer. Você deve

ID
ter percebido que, na expressão exposta acima, eu uso o numeral 1, mas que, ante-
riormente, eu escrevi o numeral por extenso: um. É justamente por essa razão que
estou aqui. Você já parou para pensar que, às vezes, escrevemos o numeral um ou

IB
uma, mas em outras situações queremos escrever os artigos indefinidos de mesma
forma? Pois é, creio que isso deve trazer muita confusão, até mesmo para os nativos
da língua portuguesa. Eu não vim para dar a você nenhuma resposta pronta, mas

O
para fazê-lo(a) pensar. Para isso, apresentarei algumas frases e você deverá dizer se
as palavras um e uma estão sendo empregadas como numeral ou como artigo. Leia

PR
com atenção e busque explicações plausíveis. Feito isso, escreva sua conclusão, que
deve responder à seguinte questão: um e uma, quando é numeral e quando é artigo?

Frase 1. O professor fez apenas uma questão para os alunos, porém deixou todos
a pensar por muito tempo.
ÃO
Frase 2. Eis uma afirmação matemática: todo número elevado a zero é igual a
um.

Frase 3. Luísa gosta tanto de ler que em um mês leu seis livros, enquanto sua
irmã não leu nem sequer um.
Ç

Frase 4. Era uma linda manhã de domingo, os pássaros foram até a janela des-
U

pertar a menina e logo ela pôs-se a contar quantos daqueles cantores de pena havia
em seu quarto. Um, dois, três, quatro... Eram lindos e numerosos. Mas havia uma
D

cotovia que cantava mais lindamente que todos que ali estavam, o que fez a menina
suspirar e sorrir.
O
R

Blaise Pascal nasceu no dia 19 de junho de 1623, em Clemont-Ferrand, França.


Além de matemático, foi também filósofo, físico e teólogo. Ainda muito jovem foi
EP

atraído pela matemática e, por isso, mudou-se para Paris, capital francesa, onde
seus estudos seriam mais bem desenvolvidos. Por volta dos 16 anos, seu pai foi
transferido para Rouen, também França, e lá Pascal realizou suas primeiras pes-
quisas no campo da física. Foi também nessa época que ele inventou uma pequena
R

máquina de calcular, a primeira calculadora. Através de inúmeros estudos e traba-


lhos desenvolvidos, Pascal tornou-se não só um grande matemático, mas também
um exímio intelectual, conhecido por seu pensamento filosófico e teológico. Pascal
influenciou vários outros pensadores de séculos posteriores até os dias atuais. Blai-
se Pascal morreu em 19 de agosto de 1662, em Paris.
c) Flexão dos numerais Exemplos:

Alguns numerais podem ser flexionados As primeiras palavras que Lauri- 41


em gênero e número, ao passo que outros nha falou foram papai e mamãe.
são invariáveis. Vejamos:
Na terceira volta da corrida, o can-
• Os cardinais, exceto um e dois, que didato se acidentou.
são flexionados em gênero – uma e duas –

A
• Os substantivos coletivos numéricos
e aqueles com terminação em –entos e –ão
são variáveis apenas em número.
(trezentas, milhões etc.), são invariáveis,

ID
ou seja, não são flexionados nem em gênero Exemplos:
nem em número.
Comprei duas dúzias de ovos.

IB
• Os ordinais, por outro lado, variam
Os dois pares de calçados foram
em gênero e número.
comprados na mesma loja.

O
PR
ATIVIDADES

1. Leia o trecho abaixo, retirado do texto A Moça Tecelã, escrito por Marina
Colasanti.
ÃO
A moça tecelã
Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrás das beiradas
da noite. E logo sentava-se ao tear. Linha clara, para começar o dia. Delicado
traço cor da luz, que ela ia passando entre os fios estendidos, enquanto lá fora
Ç

a claridade da manhã desenhava o horizonte. Depois lãs mais vivas, quentes


lãs iam tecendo hora a hora, em longo tapete que nunca acabava. Se era forte
U

demais o sol, e no jardim pendiam as pétalas, a moça colocava na lançadeira


grossos fios cinzentos do algodão mais felpudo. Em breve, na penumbra trazida
D

pelas nuvens, escolhia um fio de prata, que em pontos longos rebordava sobre
o tecido. Leve, a chuva vinha cumprimentá-la à janela. Mas se durante muitos
O

dias o vento e o frio brigavam com as folhas e espantavam os pássaros, bastava


a moça tecer com seus belos fios dourados, para que o sol voltasse a acalmar
R

a natureza. Assim, jogando a lançadeira de um lado para outro e batendo


os grandes pentes do tear para frente e para trás, a moça passava os seus
EP

dias. Nada lhe faltava. Na hora da fome tecia um lindo peixe, com cuidado de
escamas. E eis que o peixe estava na mesa, pronto para ser comido. Se sede
vinha, suave era a lã cor de leite que entremeava o tapete. E à noite, depois de
lançar seu fio de escuridão, dormia tranquila.
R

(COLASANTI, Marina. Contos brasileiros contemporâneos. São Paulo: Moderna,1991.)

a) Identifique os artigos definidos e indefinidos (atenção com os artigos que


aparecem de forma contraída.)
b) Há alguma frase no texto em que o uso do artigo é dispensável. Justifique
42 sua resposta.
2. Alguns dos elementos a seguir admitem o uso do artigo definido, ao passo que
outros não. Coloque o artigo apenas diante daqueles que o admitem.
a) Rio de Janeiro
b) Minas Gerais

A
c) frei
d) sua roupa

ID
e) Cairo
3. Leia as frases abaixo e faça as correções necessárias quanto ao uso dos artigos.

IB
a) Todas as três foram bem na prova.
b) A casa cuja a cor é amarela pertencia ao Imperador.
c) Brasil é um belíssimo país.

O
d) A Sua Majestade tem muitos criados.
e) As milhares de árvores foram cortadas para a plantação de soja.

PR
4. Escreva por extenso os seguintes números:
a) 5.786.934
b) 19.045
c) 3.320
ÃO
d) 485
e) 292.133.194.281
5. Informe quantos anos representam os substantivos coletivos numéricos
seguintes:
Ç

a) tricentenário
b) milênio
U

c) século
d) quadriênio
D

e) quinquênio ou lustro
6. Diga se os algarismos que aparecem nas frases a seguir devem ser lidos como
O

ordinais ou cardinais.
a) Dom Pedro I declarou a independência do Brasil às margens do Rio Ipiranga.
R

b) O período compreendido como Idade Média iniciou-se no século V com a queda


do Império Romano e terminou no século XV com a queda de Constantinopla.
EP

c) O Papa Emérito Bento XVI renunciou ao trono de Pedro no ano de 2013.


d) Para a próxima aula, os alunos deverão ter lido os capítulos IX, X e XI do
livro.
e) O trono da Inglaterra pertence à Rainha Elisabeth II desde 1952.
R

f) O capítulo VI do livro deve ser lido com bastante atenção, pois traz conceitos
fundamentais para a compreensão dos capítulos VII até o capítulo XIX.
7. Indique se o artigo indefinido, nas suas formas um e uma, é empregado como
artigo ou numeral nas seguintes orações. 43
a) A menina comprou apenas um livro na feira.
b) Uma boa educação sempre fará grandes homens.
c) Na primeira questão de matemática, os alunos tiveram dúvidas se deveriam
pensar em um número qualquer ou se o professor esperava que eles usassem

A
o número um.
d) Era uma vez, uma bela menina que tinha apenas um sonho: o de ser cantora.

ID
e) Havia somente um homem justo entre todos aqueles que já haviam deixado
as virtudes de lado.

IB
8. Desafio!
Imagine que você agora é o(a) professor(a). Assim, deverá escrever um texto
resumindo o conteúdo aprendido nesta seção, a saber: artigos e numerais. Com

O
o texto elaborado, crie uma lista de três exercícios que contemple tais conteúdos.
Faça uma troca de desafios com um de seus colegas: você deverá resolver os

PR
exercícios criados por ele, ao passo que os seus exercícios também serão resolvidos
por ele.

2.3 GÊNERO TEXTUAL: FÁBULAS


ÃO
No começo deste capítulo, você fez a passear em cima dele e ele acordou. Todos
leitura de uma fábula denominada As conseguiram fugir, menos um, que o leão
árvores e o machado. Assim, discutiu prendeu embaixo da pata. Tanto o ratinho
com a turma quais elementos puderam pediu e implorou que o leão desistiu de
Ç

perceber no escrito, bem como a moral esmagá-lo e deixou que fosse embora.
da fábula. Nesta seção, você estudará
Algum tempo depois, o leão ficou preso
U

os elementos e a estrutura que compõem


na rede de uns caçadores. Não conseguia
esse gênero textual, que, como visto no
se soltar e fazia a floresta inteira tremer
D

capítulo anterior, faz parte do tipo textual


com seus urros de raiva. Nisso, apareceu o
narrativo.
ratinho. Com seus dentes afiados, roeu as
O

A fábula é um gênero que integra o cordas e soltou o leão.


tipo textual narrativo. É um texto
R

curto, com estrutura simples e que


sempre tem algo para nos ensinar,
EP

isso porque um dos elementos


fundamentais de uma fábula é
justamente a moral que traz.
Vejamos:
R

O Leão e o Ratinho

Um leão, cansado de tanto caçar,


dormia espichado à sombra de uma
boa árvore. Vieram uns ratinhos
Moral da fábula: Uma boa ação exemplo, ou seres inanimados, como é o
ganha outra. caso da fábula As árvores e o machado.
44 Além disso, essas histórias possuem uma
Perceba que a fábula acima expressa
linguagem simples e de fácil compreensão
uma lição de moral a partir das
para o leitor, sendo um recurso literário
atitudes dos personagens que a compõe.
muito usado com crianças para ensinar-
Comumente, os personagens fabulosos
lhes virtudes e vícios.

A
são animais, como vimos na fábula de
Os personagens das fábulas –

ID
lembrando que costumam ser animais
GLOSSÁRIO – manifestam características humanas,
seus defeitos e qualidades, para tratar

IB
de questões morais de forma lúdica e
Lúdico: do latim ludus, que
alegórica. A preferência que os autores
significa jogo, brincadeira.
dão aos animais como personagens da

O
Algo feito através de jogos, história também se dá pelo fato de que
brincadeiras, ou outras ativi- suas características não precisam ser

PR
dades criativas. descritas minuciosamente, uma vez que
já fazem parte do imaginário das pessoas;
Alegórico: expressão não real
assim, é possível manter uma narrativa
de um pensamento, em que
rica, mas curta.
um objeto pode representar
outro. Além do texto em prosa, é possível
ÃO
escrever uma fábula em versos, como no
exemplo a seguir:
Ç

A raposa e o macaco
U

Já era quase meio-dia, e convidem o primata

a raposa queria almoçar, para o sepultamento.”


D

com a barriga vazia


O

resolveu um plano bolar. Aos ouvidos do macaco


R

a notícia logo chegou,

Decidiu comer o macaco ele, esperto, muito astuto,


EP

e a sua fome saciar, da cilada desconfiou.

convocou a bicharada
R

pra poder ajudar. Confiante o macaco,

decidiu a raposa castigar

“Encontrem logo o macaco, e na “amiga” trapaceira,

comuniquem meu falecimento uma boa peça pregar.


Cavou um buraco bem fundo,

perto da raposa deitada, 45


deu um cansaço danado,

a armadilha pra malvada.

A
O macaco chama a bicharada

ID
e faz um anúncio bem alto:

“Raposa morta fica cega,

IB
levanta-se e dá um salto.”

O
A raposa, ouvindo aquilo,

PR
bem depressa se levantou,

de olhos fechados, toda afobada

preparou-se e ... Saltou!


ÃO

A bobalhona caiu no buraco,

e foi aquela gritaria;


Ç

o macaco saltava e pulava,


U

enquanto toda a bicharada aplaudia.


(c) Freepik
D

A coitada da raposa,
O

que se achava muito esperta,

custou a sair do buraco


R

e com muita fome na certa!


EP

Agora que você já conhece o gênero textual fábulas, está na sua hora de criar uma.
Seja criativo e não se esqueça de passar uma boa lição de moral. Vamos lá!
R

Produzindo!

Você leu, no começo deste capítulo, uma fábula de Esopo e um breve texto a respeito
desse famoso fabulista. Inspire-se no autor e imagine que você é um escritor com muitas
ideias e lições a ensinar. Pense nos personagens, na lição que você deseja transmitir e
em como conseguir fazê-lo através do enredo da sua fábula. Seja criativo e mãos à obra!
Roteiro de revisão de texto
46
1. Caligrafia. (Como está sua letra? Está escrevendo com capricho ou pode
melhorar? Está legível para o leitor?)

2. Ortografia. (Você está escrevendo corretamente todas as palavras? Se


estiver em dúvidas com relação a alguma palavra, pesquise-a no dicionário para

A
ter certeza de sua grafia.)

ID
3. Pontuação. (Você está fazendo as pontuações corretamente? Está
finalizando as frases com ponto final, usando a vírgula quando necessário etc.?)

IB
4. Linguagem formal e informal. (Você está fazendo o uso correto da
língua ao escrever?)

5. Parágrafos. (Os parágrafos estão muito longos ou muito curtos sem

O
necessidade? Você está dando o espaço devido ao iniciar um novo parágrafo?)

PR
6. Sequência. (Há sequência entre as partes do texto?)

7. Repetição. (Você está repetindo muito as palavras? Se estiver, procure


sinônimos para substituí-las.)

Agora, revise o seu texto, faça as alterações necessárias e reescreva-o se for


ÃO
preciso.

2.4 CLASSIFICAÇÃO SILÁBICA


Ç

Certamente você sabe o que são sílabas e, provavelmente, já as estudou quanto à sua
classificação. Porém, é sempre bom relembrarmos conteúdos antes estudados para que
U

não caiam no esquecimento. Assim, você tem adiante uma seção dedicada ao estudo das
classificações silábicas.
D

Classificação das palavras de acordo Pai, mãe, pó, chã, mau, dor etc.
O

com o número de sílabas:


• Dissílabas – as que apresentam
Sílaba é um grupo de fonemas (sons) duas sílabas:
R

que são emitidos de uma vez só, de forma


Sopé, faca, sala, café, caixa, leão etc.
unida. Por exemplo: leia, pausadamente, a
EP

palavra estudar. Perceba que a pronúncia • Trissílabas – as formadas de três


ocorre da seguinte forma: es – tu – dar. sílabas:
Cada conjunto de letras forma o que
Pequeno, saúde, ácaro, sapato, celular
chamamos de sílaba e, assim, as palavras
R

etc.
podem ser classificadas de acordo com
o número de sílabas que as compõem. • Polissílabas – as constituídas de
Vejamos: quatro sílabas ou mais:
• Monossílabas – palavras que Jornalista, sanduíche, divergência,
possuem apenas uma sílaba: esperança, sensibilidade etc.
Para que a divisão das sílabas de são separáveis:
uma palavra seja feita de maneira
Sa-a-ra, la-go-a, ci-ú-me, ju-í-zo etc. 47
certa e, assim, classifiquemos a palavra
corretamente, é preciso compreender como 6. Também são separáveis os dígrafos
essa divisão silábica é feita. Para isso, – rr, ss, sc, sç e xc:
existem algumas regras, veja a seguir:
nas-ci-men-to, bar-ra, pás-sa-ro, ex-

A
1 - Ditongos e tritongos não se ce-ção, des-çam, entre outros.
separam:
7. Quando o dígrafo x tem o som de cs,

ID
pau-ta, gê-nio, vá-cuo, U-ru-guai, sa- ele se junta à vogal seguinte:
guão¸ entre outros.
tá-xi, o-xi-gê-nio, com-ple-xo etc.

IB
2 - Também não se separam os
Classificação das palavras quanto à
dígrafos - ch, lh, nh, gu e qu:
tonicidade da sílaba:

O
fe-cha-du-ra, á-gua, quei-jo, pa-lha-
A sílaba tônica diz respeito àquela que
ço, fro-nha etc.
é pronunciada com mais força. As palavras

PR
3 - Do mesmo modo, alguns encontros recebem uma classificação de acordo
consonantais são inseparáveis - com a posição em que a sílaba tônica se
principalmente aqueles formados por encontra. Vejamos:
consoante + l ou r. Tais como:
• Oxítonas – quando a última sílaba
ÃO
Bra-sil, cláu-su-la, plan-ta, gra-de, da palavra é a tônica:
re-pre-sen-tan-te etc.
Coração – saci – melhor – anel –
Porém, além dos encontros maracujá
consonantais formados por uma consoante
• Paroxítonas – são aquelas em a
Ç

+ l ou r, há outros que também são


sílaba tônica é a penúltima:
inseparáveis, como:
U

Confiável – fácil – montanha – táxi –


czar, pseu-dô-ni-mo, psi-qui-a-tra,
amizade
entre outros.
D

• Proparoxítonas – quando a sílaba


4 - Há, todavia, os encontros
tônica é a antepenúltima:
O

consonantais separáveis, como:


Âncora – anônimo – abóbora - fósforo
. ab-do-me, sub-lo-car, pac-to, obs-tá-
– relâmpago
R

cu-lo, ma-lig-no, rit-mo, etc.


Perceba que as palavras oxítonas e
Importante!
EP

paroxítonas podem ter sua sílaba tônica


Os encontros consonantais sepa- acentuadas graficamente ou não, porém
ráveis são SEMPRE internos, como os TODAS as proparoxítonas apresentam
vistos acima, ou seja, quando o encontro acentuação gráfica.
R

consonantal é a primeira sílaba da pala-


vra, ela não é separável.

5. As letras que representam os hiatos


48 ATIVIDADES

1. Separe silabicamente as palavras a seguir e classifique-as em monossílabas,


dissílabas, trissílabas ou polissílabas.
a) Descendência

A
b) Ilha
c) Vilarejo

ID
d) Psicólogo
e) Ódio
f) Saúde

IB
2. Copie os grupos em que todas as palavras estão separadas corretamente.
a) por-ta-ri-a, dis-cus-são, té-cni-co, zoo-ló-gico

O
b) fer-ro, sa-bi-á, a-to, trans-tor-no
c) ca-sa-men-to, jo-ia, p-neu, te-a-tro

PR
d) u-nha, ad-je-ti-vo, rit-mo, Pa-ra-guai
e) abs-tra-to, sols-tí-cio, so-sse-go, a-le-crim
f) san-tu-ário, fer-ra-men-ta, ad-mi-rar, guer-ra
3. Encaixe as palavras a seguir nos retângulos, de modo que a sílaba tônica
esteja na parte colorida da forma geométrica.
ÃO
decepção submarino Saara preenchimento viúvo juiz assombrado
Ç
U
D

4. Classifique as palavras do exercício anterior quanto ao número e a tonicidade


das sílabas.
O

5. Copie as palavras a seguir, separe-as silabicamente e circule a sílaba tônica.


a) Subestimar
R

b) Gratuito
c) Cateter
EP

d) Sutil
e) Adivinhar
f) Ascensão
g) Enxaguei
R

h) Opinar
i) Opção
j) Ignorar
k) Cachoeira
6. Desafio!
Algumas palavras são escritas de maneira igual, mas em umas há acentuação 49
gráfica, enquanto em outras não há, o que traz diferenças de significado. Por
exemplo: fotógrafo e fotografo. Na primeira palavra, temos uma proparoxítona
e se refere à pessoa que tem como profissão a fotografia. A segunda palavra, por
sua vez, é uma paroxítona e é a forma conjugada na primeira pessoa do presente

A
do indicativo do verbo fotografar. Agora é sua vez! Escreva outras palavras em
que apenas pela modificação da sílaba tônica temos um novo vocábulo. Feito isso,

ID
aplique-as em orações de modo que fique clara a diferença entre uma palavra e
outra.

IB
O
PR
ÃO
Ç
U
D
O
R
EP
R
CAPÍTULO 3
2
50

A
ID
FORMAÇÃO DE PALAVRAS

IB
Caro estudante, seguimos os estudos em língua portuguesa apresentando a você

O
um capítulo que tratará de um novo gênero textual, além de questões ligadas à fonética
e morfologia. Por falar nisso, você consegue expressar o que é um estudo fonético? E

PR
morfológico? Pois bem, para que tenhamos um bom domínio de um idioma é preciso
conhecê-lo em todas as suas formas. Assim, dividimos os estudos gramaticais de uma
língua em: fonética, morfologia, sintaxe, semântica e estilística.
Em fonética, estudamos os sons da fala; portanto, tratamos de como os fonemas se
produzem, classificam e agrupam, bem como da pronúncia correta das palavras, do seu
ÃO
acento tônico – que recebe o nome de prosódia – e da sua escrita correta, ou seja, da
ortografia; em morfologia, estudamos as classes de palavras, sua estrutura, formação,
propriedades e flexões; já em sintaxe analisamos questões de regência, concordância e
colocação; em semântica estudamos os significados das palavras; por último, temos a
estilística, que trata do estilo de um texto, ou seja, das diversas maneiras de fazer uso
Ç

de formas escritas que trarão sentimento estético e emoção. Como foi possível perceber,
o estudo de um idioma é riquíssimo e requer muita diligência. Por isso, você tem diante
U

dos olhos mais um capítulo para auxiliá-lo(a) em seus estudos. Vamos lá!
D
O
R
EP
R

(c) Pixabay
3.1 CONTOS MARAVILHOSOS
Leia o texto a seguir : 3
51
SINDBAD, O MARINHEIRO

Sindbad é o meu nome, mas toda a e, saciado, adormeci. Quanto tempo dormi?
gente me chama Sindbad, o Marinheiro, Oh! Sei apenas que, quando acordei,

A
porque vivi mais tempo no mar do que em não vi nenhum dos meus companheiros.
terra. Quando morreu, o meu pai deixou- Corri. Chamei. Mas às minhas chamadas,

ID
me uma grande fortuna. Mas eu era jovem apenas respondia o chilreio dos pássaros
e inexperiente e dentro de pouco tempo e o sussurrar da folhagem. Por fim, fui
tinha dado cabo de tudo. Então, disse para até à baía onde tínhamos ancorado o

IB
mim mesmo: navio. Estava deserta. Levantei então
— Viver na miséria, nunca! os olhos para o horizonte e pude ver o
Com a venda dos poucos bens que me veleiro: era um pontinho ao longe. Os

O
restavam, consegui montar um negócio meus companheiros tinham-se esquecido
e embarquei para as Índias com outros de mim na ilha! Havia por perto uma

PR
mercadores. árvore muito alta. De ramo em ramo,
Estávamos no mar alto quando fomos consegui subir quase até ao cume. Num
colhidos por uma violenta tempestade prado um pouco distante, meio cravado
e perdemos o rumo. Por sorte não num pequeno monte de terra, brilhava
naufragamos. A pouco e pouco, o mar um grande objeto branco, quase esférico.
ÃO
acalmou-se e Com o coração
aportamos a uma cheio de esperança,
ilha, que parecia desci do meu
desabitada, mas era observatório e segui
esplêndida. Tinha naquela direção.
Ç

bosques verdejantes, Aproximei-me do


prados, árvores de objeto: era liso como o
U

fruto, riachos de mármore e os raios do


água límpida. Um sol no ocaso refletiam-
D

verdadeiro paraíso. se na sua superfície.


Desembarcamos. Dei uma volta para
Uns foram por um ver se havia alguma
O

lado e outros por abertura, mas


outro, curiosos era completamente
R

como estávamos fechado.


de explorar aquele — Mas que será
EP

magnífico lugar. isto? – interroguei-


Caminhei durante me. – Seja como for,
muito tempo até que, vejamos se é oco.
vencido pelo cansaço Apanhei uma
R

e pela fome, me pedra e preparava-


sentei à sombra de me para a atirar à
uma árvore. Como cúpula quando, de
tinha uma pequena súbito, o céu ficou
provisão de comida e uma garrafa de escuro e o sol desapareceu. Levantei a
vinho, fiz uma refeição, bebi com vontade cabeça e, mesmo por cima de mim, pairava
um enorme pássaro. O seu bico, curvo, garras e levantou voo, desaparecendo
abria-se e fechava-se com um estalido seco pouco depois por entre as nuvens.
4
52 como o barulho de um chicote. O monstro Eu tinha que encontrar um refúgio
permaneceu por alguns instantes suspenso antes do cair da noite. A poucos metros
a meia altura e depois precipitou-se em voo de mim, escondida num penhasco, havia
picado. Atirei-me ao chão, fechei os olhos uma espécie de pequena gruta. Sempre
e preparei-me para o pior. Por sua vez, o a rastejar, deslizei para o seu interior e

A
pássaro pousou com grande estrépito das pus-me à espera. Quando os raios de sol
penas e, sem dar sinal de me ter visto, iluminaram o fundo do vale, vi a terra a

ID
com a sua corpulência cobriu-me a mim animar-se, por encanto, de mil reflexos.
e ao estranho objeto. Então compreendi: Pus o braço de fora e apanhei um punhado
aquela cúpula polida era um ovo! de pedras: eram pedras preciosas. Incrível!
Lembrei-me que a bordo da nau Todo o vale estava coberto de diamantes!

IB
os marinheiros costumavam falar de Estava a sair do meu refúgio quando
um pássaro enorme. Diziam que essa um bando de grandes águias desceu do

O
prodigiosa criatura se alimentava de céu. E se me servisse de uma águia para
serpentes gigantescas. Que fazer? Mesmo sair do vale?
que, por milagre, conseguisse fugir,

PR
(c) Pixabay

teria de ficar para sempre na ilha, sem


esperança de que algum navio por ali
passasse. É que, de fato, só a tempestade
nos levara àquele lugar perdido.
Muito devagar, tirei o cinto, liguei uma
ÃO
ponta a uma das patas do pássaro e a outra
a um dos meus pulsos. Depois, vencido por
todas aquelas emoções, adormeci.
Na manhã seguinte, acordei com a
chiadeira do monstro, que desse modo
Ç

saudava o nascer do sol. O pássaro abriu


as asas, estremeceu e levantou voo. E eu
U

atrás, com as mãos agarradas ao cinto!


Vi, debaixo de mim, a ilha tornar-se cada
D

vez mais pequena e, por fim, desaparecer


na imensidão do oceano. Algum tempo
O

depois, começamos a perder altitude em


direção a uma minúscula mancha perdida
no mar. A mancha tornava-se cada vez
R

maior: era uma outra ilha, muito maior do


que a primeira.
EP

O pássaro desceu a pique em direção


a um vale muito profundo e pousou no Rastejei muito lentamente para
solo. Então, soltei-me e agachei-me para fora do esconderijo e enchi o bornal de
não ser visto. Diante dele, com a cabeça diamantes. Se me salvasse, o meu futuro
R

levantada e a língua comprida e esticada, estaria assegurado.


estava uma horrível serpente. A luta Ouvi por cima de mim um forte bater de
entre os dois gigantes foi feroz. No final, asas e logo a seguir uma força irresistível
contudo, o pássaro precipitou-se sobre a arrastou-me na direção do céu. A águia
rival, agarrou-a com as suas monstruosas que me tinha agarrado sobrevoou o vale
e dirigiu-se para um pico rochoso, onde foi tivemos de regressar a casa de mãos
pousar. Era ali o seu ninho. vazias. Mas depois organizamo-nos. Agora
Com muito cuidado soltei-me e já utilizamos as águias para recuperar os 5
53
pensava em fugir, quando ouvi um grande diamantes. Infelizmente os maiores ficam
alarido. A águia, surpreendida, levantou no vale por serem muito pesados.
voo. — Não tenhais receio – exclamei –,
Os gritos provinham de um grupo de desta vez a colheita correu melhor!

A
homens que, ao verem-me, emudeceram Abri o bornal, apanhei o maior
de espanto. diamante e ofereci-o aos meus salvadores.

ID
— Amigos, amigos! – gritei, fora de Naquela noite, a bordo do seu navio,
mim com a alegria que sentia. – Estou houve uma festa memorável e, na manhã
salvo. seguinte, partimos em direção à pátria.
E saltei do ninho. Foi assim que me tornei muito rico.

IB
— Quem és? De onde vens? Também Podia ter ficado para sempre na minha
és mercador? cidade, feliz e tranquilo. Mas havia

O
— Como fizeste para chegar aqui? – qualquer coisa que me obrigava a viajar.
perguntou-me o que parecia ser o chefe, Enfim, como devem ter compreendido,
um velho de ar severo. voltei a partir quase em seguida para

PR
— É verdade, sou um mercador – novas aventuras. Mas essas, se quiserdes,
respondi. Depois, contei-lhes toda a minha contar-vo-las-ei numa outra ocasião.
história.
— É realmente extraordinário que te [Os mais belos contos das mil e uma
tenhas conseguido salvar – comentou o noites. Civilização Editora, 1994. (Adaptado)]
ÃO
velho. – E é ainda mais extraordinário que
tenhas chegado aqui exatamente hoje. É
que já estamos de partida. A colheita está
completa.
— A colheita? Que colheita? –
Ç

perguntei, admirado.
— A colheita dos diamantes. O vale em
U

que caíste tem as paredes completamente


escarpadas, o que torna impossível a
D

alguém ir até lá abaixo. A primeira vez que


viemos por acaso a esta ilha desconhecida
O

(c) Freepik
R

ATIVIDADES
EP

1. Há palavras desconhecidas por você no texto? Se sim, anote-as, procure o


significado no dicionário e faça um glossário.
R

2. Com base nos conhecimentos que você possui a respeito de tipos e gêneros
textuais, quais elementos compõem o texto que acabou de ler?

3. Escreva, em poucas palavras, o que você compreendeu do texto.


3.2 REFLEXÕES DA LÍNGUA: ESTRUTURA DE PALAVRAS
6
54 (RAIZ, RADICAL, TEMA), AFIXOS, DESINÊNCIAS E OUTROS
PROCESSOS

Tudo aquilo que existe tem sua


existência devido a uma série de Você deve estar se perguntando:

A
elementos que, juntos, formam a coisa se a raiz latina é duc, por que na
em si. Por exemplo, uma árvore só é uma maioria das palavras em português

ID
árvore porque nela há os elementos para vemos duz, isto é, um z no lugar
tal: tronco, folhas, raiz etc. Da mesma do c? Isso acontece porque ao longo
forma acontece com as palavras: elas do tempo o c diante do i passou a

IB
são formadas de unidades ou elementos ser pronunciado como z em nosso
mórficos. São eles: raiz; radical; tema; idioma. Da mesma forma, em duto
afixos; vogal de ligação; consoante de havia antes um c antes do t que, por

O
ligação. Nesta seção, você estudará cada deixar de ser pronunciado, acabou
uma dessas unidades. Vamos começar! retirado da ortografia da palavra.
Seja como for, a raiz latina de todos

PR
a) Estrutura de palavras (raiz, esses vocábulos é duc.
radical, tema)

Continuemos a tomar como exemplo É o caso também da raiz littera (do


ÃO
para nossa explicação a árvore. Para que latim = letra) cuja significação geral se
ela consiga manter-se viva é fundamental refere a tudo que é relativo às letras,
que exista a raiz. Assim sendo, vemos que ao caráter da escrita; assim, temos as
esta é a base para a formação da árvore. palavras literatura, literário, aliteração
Na formação de uma palavra, também etc.
Ç

existe a raiz. Ela é o elemento que dá O radical, por sua vez, é o elemento
origem a diversos vocábulos e é nela que essencial e significativo das palavras.
U

se concentra a significação das palavras. Ele é como o tronco da árvore; sem ele, os
Vejamos. A raiz duc (do latim ducere = galhos, as folhas, as flores e os frutos não
D

guiar) tem a significação geral de conduzir. podem ser formados. Para sabermos qual
Assim, devido a essa raiz, pela origem é o radical da palavra, basta tirarmos
comum, originaram-se várias palavras da palavra seus elementos secundários.
O

no nosso idioma, como conduzir, educar, Exemplos: des-CONHEC-ido, CONHEC-


produzir, reduzir, traduzir, duto etc. imento; CERT-eza, in-CERT-eza, CERT-o,
R

in-CERT-o; etc.
EP

Algumas palavras, porém, possuem


apenas o radical, como fé, sol, mar entre
outras. Em outros termos, toda a palavra
constitui o radical.
R

O tema é quando há no radical uma


vogal, chamada vogal temática.
Assim, achamos o tema de um verbo
despojando-o da letra –r que indica o
infinitivo. Exemplos:
(c) Pixabay
agregam-se a outras palavras e dão a
elas novo significado. Quando o afixo se
DANÇA-r, CORRE-r, PARTI-r etc. encontra no início do radical ou do tema 7
55
é chamado de prefixo. Quando é posposto
Quando procuramos o tema de um ao radical ou tema, chamamo-lo de sufixo.
nome, fica mais fácil encontrá-lo quando
derivado de um verbo.Exemplos: Prefixos: provieram do latim e do

A
grego. Nesses idiomas, os prefixos que
FINGI-mento,ENCANTA-mento, hoje compõem algumas palavras da língua

ID
FERVE-nte etc. portuguesa funcionavam como advérbios
ou preposições; logo, eram vocábulos
b) Afixos autônomos. Na nossa língua, porém, como
já dito, não possuem vida autônoma e

IB
Afixos são aqueles elementos que não dependem de um radical ou tema para que
possuem vida autônoma, ou seja, que tenham sentido. Eis alguns dos principais

O
por si mesmos não têm sentido; porém, prefixos latinos:

PR
ab-, abs-, a-: indicam afastamento,
abdicar, abster-se, aversão
separação ou privação

a-, ad-: indicam aproximação, tendência,


ajuntar, admirar, apodrecer
passar para um determinado estado
ÃO

ante-: exprime algo que vem antes,


antebraço, antevéspera
anterioridade, antecedência
Ç

com-, con-, co-: indicam concomitância,


condomínio, coautor, confraternizar
companhia
U

ex-, es-, e-: exprimem movimento para


expulsar, ex-presidente, emigrar,
D

fora, separação, função ou estado


esmigalhar
anteriores, conversão em
O

extra-: significa fora de extraordinário, extrajudicial


R

in-, i-, en-, em-, e-: indica conversão em, ingerir, imerso, engordar, embarcar,
para dentro, tornar emudecer
EP

infra-: exprime algo que está na parte


infraestrutura, infrassom
inferior, abaixo
R

super-, sobre-: indicam algo que está


supercílio, sobreposto
em posição superior, em cima, depois

vice-, vis-: imediatamente inferior à,


vice-presidente, visconde
substituição, no lugar de
Prefixos gregos:

8
56

A
ID
IB
O
PR
Sufixos: assim como os prefixos, eles alteram o significado da palavra; porém, além
ÃO
disso, podem mudar também a classe gramatical à qual o vocábulo pertence. A maioria
dos sufixos são provenientes do latim e do grego e podem ser :

• nominais – aqueles que formam substantivos e adjetivos;


• verbais - os que formam verbos;
Ç

• adverbiais – o sufixo –mente, que forma advérbios.


U

Veja a seguir uma lista com alguns dos principais sufixos nominais e verbais:
D

Nominais Verbais
O

Formam verbos que exprimem prática de


Indicam ideia de coleção, agrupamento:
ação:
R

-ada, -agem, -al, -alha, -ama, -ame, -


-ar, -ear, -entar, -ficar, -izar
edo, -io
analisar, golpear, afugentar, liquidificar,
laranjal, ramagem, boiada, arvoredo etc.
EP

organizar
Forma verbos que indicam início de uma
ação, algo que acontece
Sufixos aumentativos:
R

progressivamente ou mudança para um


-aço(a), -arra,
novo estado. A esses verbos chamamos de
-orra, -aréu, -ázio, -ão
incoativos.
ricaço, fogaréu, cabeçorra, narigão etc.
-ecer: amanhecer, endurecer, favorecer,
entre outros.
Sufixos diminutivos: Formam verbos que exprimem que a
-acho, -ejo, -ela, -eta, -ete, -eto, -ico, - ação ocorre de maneira pouco intensa. 9
57
iço, -isco, -(z)inho, -(z)ito, -im, -ola, - São os chamados verbos diminutivos: -
ota, -ote, -(c)ulo, -ucho icar, -inhar, -iscar, -itar
vilarejo, ruela, espadim, pequenito, adocicar, escrevinhar, petiscar, dormitar
velhote entre outros. entre outros.

A
Forma substantivos que indicam lugar: -
tério

ID
cemitério, batistério etc.
Exprimem ideia de ação, resultado de

IB
ação, qualidade, estado: -ada, -dade, - Formam verbos frequentativos, ou seja,
dão, -ança, -ância, -ção, -ença, -ência, verbos que indicam uma ação que ocorre
-ez(a), -ice, -ície, -mento, -(t)ude, - repetidas vezes:

O
ume, -ura -açar, -ear, -ejar
paulada, escuridão, esperança, quietude, esvoaçar, espernear, lacrimejar etc.

PR
negrume etc.

Indica a ideia de que algo está cheio de:


-oso
gostoso (cheio de gosto), tedioso (cheio de
ÃO
tédio), arenoso (cheio de areia),
trabalhoso (cheio de trabalho) etc.

Alguns outros sufixos nominais: c) Desinências


Ç

aico = judaico, arcaico As desinências são elementos terminais


âneo = contemporâneo, instantâneo que indicam a flexão das palavras. Assim,
U

ício = desperdício, alimentício elas podem ser:


vel = inflamável, audível
D

• Nominais – indicam as flexões


Não em raras situações, vemos mais de de gênero (masculino e feminino) e de
O

um afixo presente num mesmo vocábulo. número (singular e plural):


Exemplos:
desanimador = nessa palavra temos:
R

aluno – alunos
Prefixo = des aluna – alunas
Radical = anima
EP

Sufixo = dor menino – meninos


menina – meninas
empobrecer
Prefixo = em • Verbais – indicam as flexões de
R

Radical = pobr número, pessoa, modo e tempo dos verbos:


Sufixo = ecer
canto – cantas – canta – cantamos –
cantais – cantam
cantava – cantavas etc.
Perceba que a desinência –o de canto modo-temporal, porque indica que o verbo
é uma desinência número-pessoal, pois está no pretérito imperfeito do indicativo
10
58 indica que o verbo está na 1ª pessoa do da 1ª conjugação (modo: indicativo; tempo:
singular (pessoa: 1ª; número: singular); ao pretérito imperfeito).
passo que o –va de cantava é desinência

A
ATIVIDADES

ID
1. Copie as palavras a seguir, desmembrando-as como mostra o exemplo :

IB
Certeza: radical: cert sufixo nominal: -eza

O
a) martelada c) fogaréu

PR
b) desalmada d) gostoso

2. Acrescente sufixos ou prefixos para as palavras seguintes :


ÃO
ferro – rico – estrutura – doce

3. Identifique os radicais das palavras abaixo :


a) térreo – terreiro
Ç

b) campestre – acampar
U

c) cardiologia – taquicardia
d) velhice – velharia
D

4. Forme advérbios com o sufixo que desempenha essa função com os seguintes
O

adjetivos :
bondosa – triste – alegre – feroz – notável
R
EP

5. Classifique as palavras presentes na primeira coluna, de acordo com os


sufixos e prefixos, conforme as opções apresentadas na segunda coluna:

Infraestrutura (1) afastamento


Escuridão (2) abaixo
R

Abjurar (3) diminutivo


Ruela (4) concomitância
Condomínio (5) aumentativo
Povaréu (6) estado
6. Desafio!
11
59
Existem, além dos apresentados neste
capítulo, muitos outros sufixos e prefixos.
Faça uma pesquisa em busca de novos
afixos e organize-os em uma tabela
semelhante à presente neste livro.

A
Em uma coluna, escreva os sufixos,
em outra, os prefixos, indicando o que

ID
eles expressam e exemplifique com
palavras. Feito isso, escreva frases com
os vocábulos usados como exemplo. Se

IB
a imaginação aflorar, invente palavras
mediante o uso dos afixos aprendidos e use-
as nas suas frases!

O
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PR
3.3 GÊNERO TEXTUAL: CONTOS MARAVILHOSOS
Em capítulos anteriores você teve Dessa forma, os elementos que integram
contato com dois gêneros textuais que esses dois gêneros são praticamente os
integram o tipo narrativo: contos de fadas e mesmos: oposição do bem contra o mal,
ÃO
fábulas. Nesta seção, você estudará um novo obstáculos a vencer, encantamentos e,
gênero integrante desse mesmo tipo textual: naturalmente, a presença de criaturas
contos maravilhosos. maravilhosas. É comum, porém, vermos nos
Devido à semelhança não só quanto ao contos maravilhosos uma luta pessoal do
nome, mas também quanto aos elementos personagem principal para buscar ascensão
Ç

que os compõem, muitas pessoas não sabem social ou simplesmente derrotar inimigos e
qual a diferença entre os contos de fadas e vencer obstáculos para benefício próprio ou
U

os contos maravilhosos. Porém, a resposta de outras pessoas. Assim, a ideia de uma


é bem simples. A diferença é basicamente princesa em apuros à espera de um príncipe
esta: os contos de fadas são histórias que a salve dos feitiços de uma bruxa má ou
D

provenientes do ocidente, ao passo que de alguma madrasta invejosa é mais comum


os contos maravilhosos são originários do nos contos de fadas.
O

oriente. Dentre os contos maravilhosos mais


famosos, podemos citar os presentes na
(c) Pixabay

clássica história As mil e uma noites,


R

que narra os mais conhecidos contos que


sobreviveram graças à tradição oral, ou seja,
EP

contada de geração em geração, e marcam


os costumes e cultura árabes. É através
dessas histórias que muitas adaptações
cinematográficas, por exemplo, surgiram,
R

como Aladdin, Simbad - A lenda dos sete


mares, Ali Babá e os quarenta ladrões entre
muitas outras que fizeram e ainda fazem
parte do repertório de filmes que inspiram
não só crianças, mas também adolescentes
e adultos.
CURIOSIDADES
12
60
Um elemento presente em vários contos é a varinha de condão. Ora, o
significado de varinha todos conhecem. Mas e o condão? Afinal, o que é isso?
Seria o material de que a varinha foi feita? Negativo. A palavra condão
vem do latim condonare (cum + donare), que, entre outros, comporta o
significado de presentear. O elemento latino donare (dar, doar) também

A
aparece no verbo perdonare (per + donare), perdoar. Além disso, donare

ID
deriva de donum, palavra latina que significa dom, presente. Dessa forma,
por semelhança, se quem perdoa concede o perdão, do mesmo modo quem
dá um dom ou presente concede um condão. Portanto, a varinha de condão

IB
é a varinha de presentear – só que de forma sobrenatural.

O
Produzindo!

PR
Você leu no começo deste capítulo o conto maravilhoso Sindbad, o marinheiro. Além
disso, aprendeu o que são os contos maravilhosos e, por meio de informações aprendidas
não só neste, mas também nos capítulos anteriores, já conhece bem o tipo textual
narrativo e o gênero contos. Com base em tudo que você aprendeu, produza um conto
maravilhoso para inspirar muitas crianças e jovens, enriquecendo o imaginário deles e
ÃO
deixando-os maravilhados com sua narrativa.

Roteiro de revisão de texto


Ç

1. Caligrafia. (Como está sua letra? 4. Linguagem formal e informal.


U

Está escrevendo com capricho ou pode (Você está fazendo o uso correto da
melhorar? Está legível para o leitor?) língua ao escrever?)
D

2. Ortografia. (Você está escreven- 5. Parágrafos. (Os parágrafos estão


do corretamente todas as palavras? muito longos ou muito curtos sem ne-
O

Se estiver em dúvidas com relação a cessidade? Você está dando o espaço


alguma palavra, pesquise-a no dicio- devido ao iniciar um novo parágrafo?)
R

nário para ter certeza de sua grafia.)


6. Sequência. (Há sequência entre
3. Pontuação. (Você está fazendo as as partes do texto?)
EP

pontuações corretas? Está finalizan-


7. Repetição. (Você está repetindo
do as frases com ponto final, usando a
muito as palavras? Se estiver, procu-
vírgula quando necessário etc.?)
re sinônimos para substituí-las.)
R

Agora, revise o seu texto, faça as alterações necessárias e reescreva-o se for preciso.
INDICAÇÃO DE LIVRO 13
61
Neste belo livro escrito por Ruth Rocha,
a autora reuniu algumas das histórias que
compõem o escrito original, adaptando-as de um
modo que não as torna menos encantadoras que

A
as originais, mas tão maravilhosas quanto. As mil
e uma noites tem como pano de fundo uma jovem,

ID
Sherazade, que, enviada ao palácio de um sultão
para se casar com ele apenas para ser morta
no dia seguinte – pois o sultão tinha o desejo

IB
de vingar os enganos de sua primeira mulher
matando todas as jovens com quem se casava,
e se casava com uma por dia –, arquitetou um

O
plano genial: todas as noites a moça contava uma
história, cujo ápice findava logo no amanhecer
do dia, quando deveria ser morta. Assim, o rei,

PR
curioso para saber o final da história, adia a morte da jovem, que manteve seu
plano por mil e uma noites, até que, ao final da milésima primeira noite, o rei
se apaixona por ela verdadeiramente e nunca mais mata ninguém.
ÃO
3.4 A ACENTUAÇÃO DAS OXÍTONAS

Certamente você já sabe que as gambá, sofás, jacaré, pajés, vovó, cipós
palavras oxítonas são aquelas em que
Ç

a sílaba tônica, ou seja, a mais forte, é a • a regra anterior vale também para os
última. Mas você sabe quais são as regras verbos seguidos de pronome, como:
U

para a acentuação gráfica dos vocábulos


amá-lo, vendê-lo, repô-lo
oxítonos? Vejamos.
D

Acentuamos graficamente as palavras • ditongo nasal, ou seja, -em, -ens (em


oxítonas terminadas em: palavras de duas ou mais sílabas):
O

• -a, -e, -o, seguidos ou não da letra s armazém, parabéns, contém, convém,
marcando pluralidade. Exemplos: ninguém etc.
R
EP

IMPORTANTE

Os verbos derivados de ter e Eles têm muitos talentos.


vir, como contém, obtém, provém, Elas obtêm todos os dados de
entre outros, levam acento gráfico que a empresa precisa.
R

circunflexo quando na 3ª pessoa do


plural do presente do indicativo. • -éis, -éu(s), -ói(s):
Do contrário, o acento grafado é o carretéis, chapéu, chapéus, herói,
agudo. Exemplos: sóis, entre outras.
IMPORTANTE

14
62 Os oxítonos terminados em –i(s) Vogal átona = isto é, uma vogal
e –u(s) não devem ser acentuados. que, em contraste com outra - a vogal
Assim, temos: bambu, ali, sacis, tônica - é pronunciada levemente.
urubus etc. Hiato = é o encontro de duas
Porém, quando precedidos por vogais, porém, em sílabas diferentes.

A
uma vogal átona com a qual formam Portanto, têm acento vocábulos
hiato, os oxítonos terminados em -i(s) como:

ID
e –u(s) recebem acento:
saí, baú, Luís, país, açaí etc.

IB
ATIVIDADES

O
PR
1. Escreva em seu caderno apenas a lista em que todas as palavras estão
acentuadas corretamente.
a) pastéis – troféu – crachá – armazem – metrô
b) bombôm – indicá-lo – purê – você – herói
c) papéis – crochê – também – abacaxi – conservá-lo
ÃO
d) fogaréu – baú – crepôm – dominó – véus

2. Explique com suas palavras como deve ser feita a acentuação gráfica das
palavras oxítonas.
Ç

3. Acentue as palavras a seguir, quando necessário, conforme as regras para a


acentuação de oxítonas.
U

frances Urubu vintem campones


D

cupom instrui-los menu guri


fieis corta-la chapeus convem
O

4. Ao escrever um texto sobre plantas, Rafael ficou com dúvidas sobre a grafia
de uma palavra. Depois de muito meditar, e tomando como modelo a palavra
R

país, Rafael decidiu escrever o termo que lhe causava dúvidas desta forma: raíz.
“Afinal”, pensou ele, “trata-se de uma palavra oxítona com um -i tônico que
EP

forma hiato, exatamente como em país”. Rafael acertou ou errou ao escrevê-la


assim? Justifique sua resposta.
5. Responda :
R

a) Por que acentuamos a palavra baú, mas a palavra Pacaembu não deve ser
acentuada?
b) Na frase “eles mantem tudo em segredo” o que há de errado?
c) Embora as palavras nuvem e ninguém tenham a mesma terminação, por
que só um delas deve ser acentuada graficamente?
6. Desafio!
Escreva um pequeno parágrafo em que você deverá usar ao menos seis 15
63
palavras oxítonas. Escreva algumas com a acentuação correta e outras de forma
errada. Troque seu texto com um colega e deixe que ele
faça as correções. Faça o mesmo com o texto de alguém
e explique o motivo dos erros e dos acertos.

A
Exemplo: suponhamos que no texto do
seu colega tenham as palavras salva-lo

ID
e português, grafadas dessa maneira.
Assim, você deverá corrigir da seguinte
forma:

IB
A palavra salva-lo está escrita de forma
incorreta, porque vocábulos oxítonos
terminados com a vogal -a devem ser

O
acentuados graficamente.
A palavra português está correta, pois
oxítonas com terminação em –e, seguidos ou

PR
não da letra s, pedem o acento gráfico.
ÃO
Ç
U
D
O
R
EP
R
CAPÍTULO 4
2
64

A
ID
IB
CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS

O
Você já parou para pensar que tudo aquilo que conhecemos recebe um nome? Às
vezes parece até difícil entender como as coisas foram nomeadas, não é mesmo? Desde

PR
que os seres humanos desenvolveram a habilidade da fala, sentiram cada vez mais
a necessidade de nomear tudo aquilo de que tomavam conhecimento, pois, assim, a
comunicação se torna mais clara e de fácil compreensão. Existe uma classe gramatical
que se dedica a esses nomes: a classe dos substantivos. Neste capítulo, você estudará que
os substantivos não só dão nome, mas também são nomeados. Ou melhor, recebem uma
ÃO
classificação de acordo com suas características. Ademais, você conhecerá um novo gênero
textual que integra o tipo narrativo. Por último, aprenderá a acentuar corretamente as
palavras paroxítonas e as proparoxítonas. Então vamos lá!
Ç
U
D
O
R
EP
R

(c) Pixabay
4.1 CONTOS RELIGIOSOS
3
65
Leia o texto a seguir : o Senhor seguir o caminho das pedras e,
quando passar o rio com a ponte, o Senhor
Conta-se que havia uma senhora entrar na segunda estradinha de barro.
muito pobrezinha, que vivia com sua Passa a vendinha. A minha casa é a última

A
neta, em um simples casebre no interior. daquela ruazinha.”
A menina se encontrava doente e, por não As senhoras que tudo acompanhavam

ID
ter dinheiro para levá-la ao médico, vendo esforçavam-se para não rir. Ela continuou:
que, apesar de seus amorosos cuidados, ela “Só um detalhe: a porta tá trancada,
não melhorava, a dedicada avó resolveu ir mas a chave fica embaixo do tapetinho

IB
a pé até a cidade mais próxima, em busca vermelho na entrada. Por favor, Senhor,
de ajuda. cure a minha netinha.” E quando todas
No único hospital público da região, achavam que já tinha acabado, ela

O
disseram-lhe que não havia nenhum complementou: “Ah! Senhor, por favor,
médico para lhe dar assistência em casa: não se esqueça de colocar a chave de novo

PR
seria necessário levar a menina até o embaixo do tapetinho vermelho, senão
hospital. eu não consigo entrar em casa. Muito
Desesperou-se por saber obrigada, obrigada mesmo.”
que sua neta não conseguiria Depois que Dona Maria foi
sequer levantar-se da embora, as demais senhoras
ÃO
cama. Ao passar em soltaram o riso e ficaram
frente a uma igreja, comentando como é triste
resolveu entrar. descobrir que as pessoas não
Algumas senhoras sabem rezar.
Ç

estavam ajoelhadas Mas Dona Maria, ao chegar


fazendo suas orações. em casa, não pôde se conter de
U

Ela também se ajoelhou. tanta alegria ao ver sua


Ouviu as orações doce netinha sentada
D

daquelas mulheres no chão, brincando com


e, quando teve suas bonecas.
oportunidade, também “Menina, você já está
O

levantou sua voz e disse de pé?!”


humildemente: E a menina, olhando
R

“Olá, Deus. Sou eu, a carinhosamente para a avó,


Maria. Não queria incomodá- disse:
EP

lo, mas acontece que minha “Um médico esteve aqui,


neta está muito doente. Eu vovó. Deu-me um beijo na testa
gostaria que o Senhor fosse e disse que eu ia ficar boa. E
lá curá-la, por favor. Irei eu fiquei! Ele era tão bonito, vovó!
R

dizer-lhe meu endereço”. Sua roupa era tão branquinha


As demais senhoras que parecia até que brilhava. Ele
estranharam o jeito daquela oração, mas mandou lhe dizer que foi fácil achar a
continuaram ouvindo. nossa casa e que ele ia deixar a chave
“É fácil chegar a minha casa, basta debaixo do tapetinho vermelho, do jeitinho
que a senhora pediu.”
Emocionada e com o coração coberto
4
66 de gratidão, a senhora abraçou fortemente
a netinha, dirigindo seu olhar para o céu
agradecendo a Deus pelo milagre.
(Conto popular )
(c) Freepik

A
ID
ATIVIDADES

IB
1. Por que a senhora foi até a cidade ?

2. Ao chegar ao hospital, o que disseram à mulher?

O
3. Por que as senhoras na igreja riram da avó, que rezava a Deus pela sua
neta?

PR
4. Qual médico foi curar a menina?

5. Que lição podemos tirar com o texto?


ÃO
4.2 SUBSTANTIVO COMUM, PRÓPRIO, SIMPLES,
COMPOSTO, CONCRETO, ABSTRATO, PRIMITIVO,
DERIVADO E COLETIVO
Ç

Certamente, você já sabe que existem Substantivos próprios e comuns


U

algumas classes de palavras que indicam


a função que o vocábulo desempenha Quando estamos diante de seres que
D

na oração. Assim, são dez as classes pertencem a um mesmo grupo por terem
gramaticais: substantivo, artigo, adjetivo, características semelhantes, e não os
numeral, pronome, verbo, advérbio,
O

diferenciamos dos demais membros do


preposição, conjunção e interjeição. Em grupo, temos um substantivo comum, que
cada um desses grupos, encontramos são sempre escritos com letra minúscula,
R

uma série de palavras. Nesta seção, você a menos que sejam a primeira palavra da
estudará a classe dos substantivos. frase. Exemplos:
EP

A classe dos substantivos diz


respeito àquelas palavras que designam livro, cadeira, gato, planeta,
determinado ser ou coisa. Os substantivos continente, vaso, flor etc.
podem ser flexionados em gênero, número
R

e grau, e ainda são classificados como: Se, porém, distinguimos um dos


comum e próprio, simples e composto, membros de um grupo, designando,
concreto e abstrato, primitivo e derivado, assim, um ser em particular, temos um
e coletivo. Comecemos pelos substantivos substantivo próprio, que pode ser o nome
próprios e comuns. de uma pessoa, nome de cidade, de estado
ou de um país, nomes de rios, obras,
entre outros. Os substantivos próprios Quando nos referimos ao astro pensando
são sempre escritos com a primeira letra não nele em si mesmo, mas no sentido
maiúscula, independentemente de sua de dia ou iluminação, ou ainda quando o 5
67
posição na frase. Exemplos: empregamos de forma figurada, estamos
tratando de um substantivo comum.
Europa, Fábio, São Paulo, América Entretanto, esse mesmo substantivo é
do Sul etc. próprio quando nos referimos ao astro em

A
si. Exemplos:

ID
• O sol se pôs exatamente às 18h15.
• As pesquisas sobre o Sol continuam
impressionando os estudiosos.

IB
O
(c) Envato

É possível, porém, que um mesmo


substantivo assuma o caráter de comum
PR
(c) Freepik
ÃO
em uma frase, mas de próprio em outra. Substantivos simples e compostos
Pensemos, por exemplo, na palavra
deus. Se nos referimos a Deus como o do Os substantivos simples são aqueles
cristianismo, o criador único, ele deverá formados por apenas uma palavra ou
ser escrito com letra maiúscula, pois é
Ç

radical. Exemplos:
um substantivo próprio. Entretanto, se
fazemos referência a entidades mitológicas mesa, Paula, taça, rádio etc.
U

ou a uma capacidade ou qualidade


extraordinária de alguém, temos um Quando temos um substantivo
D

substantivo comum. Nesse caso, é comum formado por mais de uma palavra ou
vermos também o emprego da forma radical, temos, assim, um substantivo
O

feminina deusa. Exemplos: composto. Exemplos:

• Que Deus ajude aos mais erva-doce, arco-íris, couve-flor,


R

necessitados. quarta-feira, girassol etc.


• O deus Apolo comanda o nascer
EP

e o pôr-do-sol com seus quatro


cavalos.
• Para os fãs, Eric Clapton é um
deus da guitarra.
R

• Achava a namorada a moça mais


bela do mundo. Para ele, ela era
uma deusa.

O mesmo acontece com a palavra sol.


(c) Freepik
É de senso comum que as pessoas Pensemos assim: se alguém pedisse
pensem que os substantivos compostos que desenhássemos uma pedra numa
6
68 são, necessariamente, separados por folha, faríamos isso sem dificuldade; mas
hífen, mas isso não é verdade. Perceba se pedisse que desenhássemos a alegria,
que o vocábulo girassol, trazido no teríamos que desenhar outra coisa para
exemplo, é formado por duas palavras representar a alegria, como uma criança
gira e sol. Por isso, é preciso prestar sorrindo em um belo jardim em um dia

A
atenção na composição das palavras, pois ensolarado, pois não conseguiríamos
nem sempre os substantivos compostos desenhar a alegria em si mesma.

ID
estão separados por hífen, o que pode
gerar dúvidas. A palavra passatempo é
(c) Freepik

outro exemplo de substantivo composto; é


formada pelas palavras passa e tempo.

IB
Substantivos concretos e

O
abstratos
Perceba ainda que todos os

PR
Além dos substantivos vistos sentimentos são substantivos abstratos,
anteriormente, podemos classificá-los assim como sensações – fome, sede, calor
também em concretos e abstratos. Os –, qualidades, sejam elas boas ou más,
substantivos concretos são aqueles que como beleza, bondade, inteligência etc.,
possuem existência própria, ou seja, não noções – tamanho, peso, altura –, estados
ÃO
é necessário que você use outra ideia para – pobreza, infância, doença entre outros.
conseguir imaginá-los. Por exemplo, pense Mais uma vez: para que não haja dúvida
na palavra pedra. Você consegue imaginá- é só pensar: eu consigo desenhar essa
la sem o auxílio de outro recurso? Ou palavra sem recorrer a outro recurso? Se
seja, consegue pensar em uma pedra sem a resposta for não, temos um substantivo
Ç

necessariamente pensar em outra coisa? abstrato. Se a reposta for positiva, você


Certamente sua resposta é sim. Quando está diante de um substantivo concreto.
U

isso acontece, quer dizer que você tem um Algumas vezes somos levados a pensar
substantivo concreto. que os substantivos concretos são aqueles
D

Há palavras, porém, cuja existência em que podemos tocar, mas não é bem
não é própria. Por isso, é impossível pensar isso. Como por exemplo, os personagens
O

nelas sem a ajuda de outra ideia. A esses folclóricos são substantivos concretos
vocábulos damos o nome de substantivos fictícios, pois não podemos tocá-los, mas
abstratos. Exemplos: conseguimos representá-los tal como
R

poderia ser caso fosse real.


alegria, dor, honestidade, velhice etc.
EP

Ora, não conseguimos pensar


diretamente na alegria, por exemplo, mas
temos que pensar em algo que provoque em
R

nós esse sentimento (uma palavra bonita,


uma paisagem, um objeto ou pessoa de
que gostamos muito etc.) ou em outra
coisa, como em uma pessoa sorrindo. Com
efeito, o substantivo alegria não designa
uma forma específica. (c) Freepik
álbum de selos, fotografias
armada de navios de guerra
arsenal de armas
atlas de mapas reunidos em livro
Substantivos primitivos e bagagem objetos de viagem
derivados biblioteca de livros
cambada de objetos enfiados, chaves
7
69
Os substantivos primitivos são casaria, casario de casas
aqueles que originam outras palavras.
cordoalha, de cordas, de cabos de um
Assim, são palavras que não dependem de cordame navio
outro vocábulo da língua portuguesa para

A
discoteca de discos
se formarem. É o caso de palavras como
de espigas, varas, canas, lenha
jardim, ferro, rosa etc. feixe
etc.

ID
Os substantivos derivados, por sua vez,
filmoteca de filmes
são aqueles que dependem da existência
fornada de tijolos
de outra palavra da nossa língua para

IB
existir. Exemplos: frota de navios, ônibus
galeria de quadros, estátuas
• Jardineiro – deriva de jardim; girândola de foguetes, fogos de artifício

O
• Ferreiro – deriva de ferro; hemeroteca de jornais, revistas
• Roseiral – deriva de rosa. mapoteca de mapas
• Tristeza – deriva de triste.

PR
maquinaria de máquinas
• Educação – deriva de educar.
mobília,
de móveis
mobiliário
Nos exemplos abaixo, vemos o emprego
molho de chaves
de substantivos primitivos e derivados em
pente de balas de armas automáticas
frases:
ÃO
pinacoteca de quadros, tela
a) O novo jornalista escreveu uma videoteca de videocassetes, vídeos
bela matéria para o jornal. de amostras de espécies de
b) Naquela papelaria não há xiloteca madeiras (para estudos e
Ç

papel crepom. pesquisas)


c) Apesar da intensa dor no dente,
José não quis ir ao dentista.
U

Substantivos coletivos de pessoas


de parlamentares, membros
D

Substantivos coletivos assembleia


de associações
banca de examinadores
O

Os substantivos coletivos, embora


bando de crianças, ciganos
escritos no singular, são aqueles que
batalhão de soldados
designam um grupo de objetos ou seres da
R

mesma espécie. Veja a seguir alguns dos cambada de malvados


principais substantivos coletivos: caravana de viajantes
EP

chusma de criados, populares


Substantivos coletivos de objetos de clientes de advogados, de
clientela
abotoadura de botões médicos etc.
de bens patrimoniais, obras de
R

acervo de conspiradores em
arte conciliábulo
assembleia secreta
álbum de selos, fotografias concílio de bispos em assembleia
armada de navios de guerra de cardeais, de cientistas em
conclave
arsenal de armas assembleia
atlas de mapas reunidos em livro confraria de pessoas religiosas
bagagem objetos de viagem congregação de religiosos, de professores
biblioteca de livros de velhacos, vadios,
corja
cambada de objetos enfiados, chaves malfeitores
casaria, casario de casas elenco de atores, artistas
confraria de pessoas religiosas
congregação de religiosos, de professores Substantivos coletivos de unidades
biênio de dois anos
8
70 corja
de velhacos, vadios,
malfeitores bimestre período de dois meses
elenco de atores, artistas década de dez anos
família de parentes dúzia de doze coisas
de heróis, guerreiros, lustro ou quinquênio período de cinco anos
falange

A
espíritos milênio de mil anos
farândola de mendigos século de cem anos

ID
grei paroquianos, políticos tríduo período de três dias
horda de invasores, salteadores triênio período de três anos
de membros de associações

IB
irmandade Substantivos coletivos de animais
religiosas e beneficentes
alcateia de lobos, feras
junta de médicos
bando,

O
júri de jurados de pássaros, aves, pardais
revoada
de soldados, anjos, boiada de bois
legião

PR
demônios
cáfila de camelos
leva de recrutas, prisioneiros cainçalha,
de cães
de ladrões, desordeiros, canzoada
malta
bandidos, capoeiras capela de macacos
multidão, chusma cardume de peixes, piranhas
de pessoas
ÃO
ou grupo
colmeia de cortiços de abelhas
orquestra de músicos, instrumentistas
correição,
de soldados montados, de formigas
piquete cordão
grevistas
enxame de abelhas, insetos
Ç

plateia de espectadores, ouvintes


fato de cabras
de pessoas notáveis, de
plêiade fauna os animais de uma região
U

sábios
de animais criados no campo para
de pessoas de uma
povo serviços de lavoura ou para
D

determinada região gado


consumo doméstico, ou para fins
prole os filhos de um casal industriais ou de comércio
O

quadrilha de ladrões, assaltantes grei de gado miúdo


renque de pessoas enfileiradas junta de dois bois
R

de policiais que percorrem as de bois, porcos, elefantes, cavalos,


ronda manada
ruas éguas etc.
de velhacos, patifes, matilha de cães de caça
EP

súcia
malandros miríade de insetos
de amigos, intelectuais, em ninhada de filhotes
tertúlia
reunião nuvem de gafanhotos, mosquitos etc.
R

time de jogadores panapaná de borboletas em bando migratório


de três pessoas ou de três piara de éguas
tríade
coisas de animais de raça, bovinos ou
plantel
tripulação de marinheiros ou aviadores equinos
de bois, ovelhas, carneiros, cabras,
turma de trabalhadores, alunos rebanho
gado, reses
revoada de aves voando
tropilha de cavalos
vara de porcos
enxoval de roupas e adornos
piara de éguas
de animais de raça, bovinos ou estrofe de versos
plantel flores de uma determinada
equinos flora
de bois, ovelhas, carneiros, cabras, região
rebanho fornada de pães
gado, reses
revoada de aves voando miríade infinidade de estrelas
penca de frutos
tropilha de cavalos
pomar de árvores frutíferas
9
71
vara de porcos
conjunto de raízes de uma
raizame
árvore
Outros substantivos coletivos ramalhete de flores
de letras (quando
de peças teatrais ou músicas

A
alfabeto,
organizadas repertório
abecedário interpretadas por artistas
sequencialmente)
réstia de alhos, cebolas

ID
antologia de textos seletos
ror grande quantidade de coisas
arboreto de árvores cultivadas
vocabulário de palavras
atilho de espigas

IB
arquipélago de ilhas Além dos substantivos coletivos,
braçada, buquê,
de flores apresentados nas listas acima, há
ramo, ramalhete muitos outros; porém, saiba que nem

O
cacho de uvas, bananas, cabelos todos os substantivos possuem um
código de leis coletivo correspondente. Ademais, alguns

PR
cancioneiro de canções substantivos podem conter mais de um
chorrilho de asneiras coletivo análogo, por isso nem sempre
constelação de estrelas é suficiente escrever apenas o termo em
si. Por exemplo, o substantivo coletivo
decálogo mandamentos de Deus
miríade pode se referir a insetos ou
ÃO
enxoval de roupas e adornos
estrelas. Assim, é preciso especificar
estrofe de versos do que se trata “miríade de estrelas”
flora
flores de uma determinada ou “miríade de insetos”, como também,
região “réstia de alhos”, “repertório de músicas”,
fornada de pães entre outros.
Ç

miríade infinidade de estrelas


penca de frutos
U

pomar ATIVIDADES
de árvores frutíferas
conjunto de raízes de uma
D

raizame
árvore
ramalhete de flores
O

1. Identifique os substantivos
de peças das frases a seguir, classificando-os da seguinte
teatrais ou músicas
repertório
forma: comum interpretadas
ou próprio,por simples
artistas ou composto, primitivo ou derivado, concreto
ou abstrato. Assinale
de alhos,também
cebolas caso seja coletivo.
R

réstia
ror a) As horas pareciam não passar,
grande quantidade de coisaso que deixava Leonardo ansioso.
EP

b) Os pedreiros
vocabulário trabalharam muito bem neste edifício.
de palavras
c) A felicidade da menina contagiava a todos.
d) A cada estrofe lida, mais admirado ficava com a leitura.
e) Não foi fácil arrancar todo o raizame.
R

f) O guarda-chuva não foi suficiente para proteger os meninos da chuva.

2. Escreva substantivos abstratos e derivados com as palavras abaixo.


Exemplo: herege – heresia
a) viúvo c) viajar e) difícil
10
72 b) belo d) macio f) sair

3. Leia o trecho abaixo retirado do livro Os Lusíadas.

“Se os antigos Filósofos, que andaram

A
Tantas terras, por ver segredos delas,
As maravilhas que eu passei, passaram,

ID
A tão diversos ventos dando as velas,
Que grandes escrituras que deixaram!
Que influição de signos e de estrelas,

IB
Que estranhezas, que grandes qualidades!
E tudo, sem mentir, puras verdades.”
(Luís de Camões, V, 23)

O
a) Escreva os substantivos abstratos que você encontrar no texto.

PR
b) Explique por que esses substantivos são abstratos e não concretos.
c) Escreva os substantivos concretos presentes no texto.

4. Forme substantivos compostos com as palavras no quadro a seguir, combinando-


as corretamente.
ÃO
água – flor – luz – prima – cabeça – rolha
cultura – ano – ardente – quebra – matéria – saca

5. Dê o coletivo das palavras a seguir :


Ç

a) viajantes e) roupas i) peças teatrais


b) borboletas f) lobos j) cães
U

c) aves voando g) quadros k) mapas


d) religiosos h) médicos l) plantas de uma região
D
O

6. Desafio!
R

Elabore um texto em que você empregue todos os tipos de substantivos possíveis:


comum, próprio, simples, composto, concreto, abstrato e coletivo. Use substantivos
EP

que sejam compostos, mas não separados por hífen.


Posteriormente, transcreva ossubstantivos
compostos que você empregou, indicando por quais
palavras são formados.
R

Transcreva também os substantivos primitivos


e os derivados usados no seu texto, indicando duas
palavras que podem ser derivadas dos primitivos
e de quais palavras derivaram-se os derivados que
você usou.
4.3 GÊNERO TEXTUAL: CONTOS RELIGIOSOS
11
73
Você viu nos capítulos anteriores o que
são os contos. Defina com suas palavras o
que é esse gênero textual.
Pois bem, agora você aprenderá que
além dos contos de fada, contos de terror

A
e contos maravilhosos, temos também os
contos religiosos.

ID
Por também ser um conto, esse
gênero, estruturalmente, não é diferente
dos outros já vistos. Porém, os contos

IB
religiosos são aqueles que objetivam (c) Freepik

transmitir uma mensagem de fé através


da história narrada. Os elementos que tiver outra visão religiosa, certamente os

O
compõem os contos religiosos dependem elementos serão diferentes.
da intenção do autor e da religião seguida Seja como for, o mais importante é

PR
por ele. Por exemplo, se o autor for católico, saber que os contos religiosos apresentam
mencionará personagens e elementos que uma mensagem de fé, abordam questões
se enquadram nessa doutrina, como Jesus como virtudes e vícios, pecado e santidade,
Cristo, Maria Santíssima, anjos, santos, e trazem mensagens de amor e de
igreja, altar etc. Se, porém, o escritor esperança ou lições que deixam o leitor
ÃO
reflexivo.

SUGESTÃO DE LEITURA
Ç

Sugestão de site para leitura de contos religiosos:

https://apologistasdafecatolica.wordpress.com/category/contos-catolicos/
U
D

Produzindo!
O

No começo deste capítulo, você leu um texto que apresentou essas mesmas
características. Releia o conto e depois escreva uma narrativa em que você transmitirá
R

uma bela mensagem de fé ou uma admirável lição.


EP

Roteiro de revisão de texto


1. Caligrafia. (Como está sua letra? Está escrevendo com capricho ou pode
R

melhorar? Está legível para o leitor?)

2. Ortografia. (Você está escrevendo corretamente todas as palavras? Se es-


tiver em dúvida com relação a alguma palavra, pesquise-a no dicionário para ter
certeza sobre sua grafia.)
3. Pontuação. (Você está colocando as pontuações corretas? Está finalizan-
12
74 do as frases com ponto final, usando a vírgula quando necessário etc.?)

4. Linguagem formal e informal. (Você está fazendo o uso correto da lín-


gua ao escrever?)

5. Parágrafos. (Os parágrafos estão muito longos ou muito curtos sem ne-

A
cessidade? Você está dando o espaço devido ao iniciar um novo parágrafo?)

ID
6. Sequência. (Há sequência entre as partes do texto?)

7. Repetição. (Você está repetindo muito as palavras? Se estiver, procure

IB
sinônimos para substitui-las).
Agora, revise o seu texto, faça as alterações necessárias e reescreva-o se for

O
preciso.

PR
4.4 A ACENTUAÇÃO DAS PAROXÍTONAS E
PROPAROXÍTONAS

Vimos no capítulo anterior, as regras


ÃO
para acentuação das palavras oxítonas. GLOSSÁRIO
Nesta seção, você estudará as principais
regras de acentuação gráfica dos vocábulos Vogal nasal: chamamos de
proparoxítonos e paroxítonos. Comecemos vogais nasais aquelas cujo som
Ç

com as palavras proparoxítonas. sai pelas cavidades bucal e nasal


Todas as palavras proparoxítonas simultaneamente. Leia as palavras a
são acentuadas na vogal tônica. Se a vogal seguir: irmã, vento, tampa.
U

Perceba que, se você colocar seu


tônica for i, u ou a, e, o com som aberto, o
dedo embaixo do nariz, sentirá o ar
acento usado é o agudo, como em: cítara,
D

saindo, um ventinho. As vogais com


exército, lágrima, pórtico, número etc.
marca de nasalidade são grafadas de
Entretanto, acentuamos com o três formas:
O

circunflexo se a vogal tônica for fechada 1. Sobrepondo-lhes o til (~) =


ou nasal. Exemplos: irmã, imã, sã, clã, lã etc.
R

2. Colocando a letra m após a


lâmpada, sonâmbulo, vogal = bambu, tampa, samba etc.
econômico,êxito, entre outras. 3. Sobrepondo-lhes a letra n =
EP

anta, canto, ganso, lança, dança, entre


outras.
(c) Freepik

Semivogal: é quando há o
encontro de duas vogais em uma
R

mesma sílaba de modo que uma possui


um som mais brando do que a outra,
ou seja, não abrimos tanto o canal
bucal para pronunciá-la. Por exemplo:
A acentuação dos vocábulos pai, série, quatro, pauta, nódoa etc.
paroxítonos ocorre da seguinte maneira:
• Acentuamos graficamente quando
terminados em ditongo crescente, ou vôlei, fósseis, fáceis, túneis etc.
seja, quando há a combinação entre uma 13
75
semivogal + vogal. Exemplos: • Vocábulos paroxítonos com terminação
em –ã, –ãs, –ão, –ãos, –guam, –guem também
sábio, régua, espontâneo, ingênuo etc. são acentuados. Exemplos:

A
• Quando os vocábulos terminam em –i, ímã, órgão, enxáguam, enxáguem,
–is, –us, –um, –uns. Exemplos: entre outros.

ID
• As vogais –i e –u recebem acento agudo
biquínis, táxi, álbuns, fórum etc.
nas paroxítonas quando são a segunda vogal
tônica de um hiato. Exemplos:

IB
• Em vocábulos com terminação em –l, –n,
–r, –x, –ons, –ps: saúde, saída, caída, faísca etc.

O
móvel, fácil, dólar, mártir, pólen, • As vogais tônicas –i e –u de palavras
elétron, látex, Félix, elétrons, bíceps, paroxítonas não são acentuadas quando

PR
entre outros. precedidas de ditongo decrescente.
Exemplos:
• Acentuamos também palavras
finalizadas em –ei, –eis: baiuca, feiume, boiuno etc.
ÃO

IMPORTANTE

Nas palavras paroxítonas,


Ç

os ditongos abertos ei, eu, oi


não são acentuados, como
U

geleia, jiboia, joia etc.


(c) Freepik
D
O

ATIVIDADES
R

1. Acentue graficamente as palavras que exigem o acento, de acordo com as regras


EP

de acentuação das palavras paroxítonas e proparoxítonas.


a) egoista f) assembleia k) ideia
b) imovel g) exito l) toxico
R

c) tranquilo h) viuva m) tipico


d) academico i) paranoico
e) analogico j) ambar
2. Leia o trecho a seguir retirado do conto Miss Dollar, de Machado de Assis.
14
76 “Era conveniente ao romance que o leitor ficasse
muito tempo sem saber quem era Miss Dollar. Mas por
outro lado, sem a apresentação de Miss Dollar, seria
o autor obrigado a longas digressões que encheriam o
papel sem adiantar a ação. Não há hesitação possivel:

A
vou apresentar-lhes Miss Dollar.
Se o leitor é rapaz e dado ao genio melancolico,

ID
imagina que Miss Dollar é uma inglesa palida e
delgada, [...]. A figura é poetica, mas é a da heroina do
romance.”

IB
Certamente, você percebeu que a algumas palavras falta o acento gráfico.
Faça a correção necessária dessas palavras e justifique o emprego gráfico do
acento.

O
3. Explique :

PR
a) Por que a palavra ingênuo deve ser acentuada graficamente?
b) Por que a palavra feiura não recebe acento gráfico?
c) Por que as palavras vírus, lápis, médium e revólver são acentuadas?

4. Algumas palavras mudam de classe gramatical quando simplesmente


ÃO
acrescentamos um acento gráfico a elas. Por exemplo, na frase “eu sempre animo
a galera”, a palavra animo é um verbo. Porém, se escrevemos “depois dessa
notícia, o ânimo foi embora”, a palavra ânimo se torna um substantivo. Vamos
exercitar? Todas as palavras a seguir são formas verbais. Acentue-as de modo a
Ç

convertê-las em substantivos.

desanimo – fabrica – datilografa – habito – alivio – reverencia


U

5. As palavras agradável, uísque, tática são respectivamente acentuadas


D

graficamente porque:
a) as paroxítonas terminadas em -l, as terminadas em -e e todas as
O

proparoxítonas são acentuadas.


b) as palavras paroxítonas terminadas em –el, as com terminação em ditongo
R

crescente e somente as proparoxítonas terminadas com vogal aberta são


graficamente acentuadas.
EP

c) os vocábulos paroxítonos terminados em –l, aqueles em que a última sílaba


termina com –ue e todas as proparoxítonas são acentuadas.
R

6. Desafio!
Com base no exercício quatro, pense em outras dez palavras que mudam
de classe gramatical por simplesmente receberem acento. Formule frases com
essas palavras, empregando-as nas duas formas.
R
EP
R
O
D
U
Ç
ÃO
PR
O
IB
ID
77

A
CAPÍTULO 5
2
78

A
ID
FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS

IB
O
Quantas vezes temos que modificar a forma normal das palavras para
que elas expressem com mais exatidão aquilo que queremos? Você já parou

PR
para pensar nisso? A resposta é: muitas vezes. Quando isso acontece com os
substantivos, fazemos o que chamamos de flexão. A flexão dos substantivos é
um conteúdo de grande importância que será abordado neste capítulo. Além
disso, você estudará o gênero textual notícia que compõe o tipo informativo. Com
isso, esperamos que consiga escrever com habilidade textos desse gênero, além
ÃO
de conseguir flexionar sem dificuldade as palavras da classe dos substantivos.
Vamos lá!
Ç
U
D
O
R
EP
R

(c) Freepik
5.1 NOTÍCIA
Leia o texto a seguir : 3
79
Achados em Israel novos fragmentos de pergaminhos do Mar Morto

Também foram encontrados em caverna no deserto da Judeia: moedas raras, um esqueleto


mumificado de uma criança de 6 mil anos e a mais antiga cesta intacta já descoberta.

A
Uma operação de defesa do patrimônio

ID
© Israel Antiquities Authority

arqueológico no deserto da Judeia contra a


ação de ladrões de antiguidades, iniciada
em 2017, levou a uma das descobertas

IB
mais espetaculares dos últimos tempos.
Arqueólogos israelenses desenterraram
duas dúzias de fragmentos de pergaminhos

O
do Mar Morto em uma gruta denominada
“Caverna do Horror”, noticiaram a BBC

PR
News, o jornal “The Guardian” e vários
Fragmentos de pergaminho: texto
outros órgãos internacionais. Essa é em grego, com apenas a palavra
a primeira descoberta de tais textos "Deus" em hebraico.
religiosos judaicos em mais de meio século.
“Pela primeira vez em Antigo Testamento da Bíblia.
aproximadamente 60 anos, as escavações Um fragmento encontrado diz: “Estas
ÃO
arqueológicas revelaram fragmentos são as coisas que vocês devem fazer: falar
de um pergaminho bíblico”, disse a a verdade uns aos outros, fazer justiça
Autoridade de Antiguidades de Israel verdadeira e perfeita em seus portões”.
(IAA) em um comunicado. Segundo os arqueólogos, o pergaminho
Ç

A Caverna do Horror é referência pertenceria a rebeldes judeus. Eles teriam


arqueológica desde 1961. Naquele ano, se instalado no local entre 130 e 136 d.C.,
U

fragmentos semelhantes aos encontrados após a fracassada revolta de Bar Kochba¹


agora e cerca de 40 esqueletos foram contra os dominadores romanos.
descobertos no local. Localizada a cerca de Na caverna também foram descobertas
D

80 metros abaixo do topo de um penhasco, moedas raras do período da revolta


a caverna é praticamente inacessível. Ela judaica, um esqueleto mumificado de uma
O

só poderia ser alcançada por equipes que criança de 6 mil anos e uma grande cesta
descessem de rapel. intacta datada de cerca de 10.500 anos
atrás. “Pelo que sabemos, esta é a cesta
R

Textos em grego mais antiga do mundo a ser encontrada


completamente intacta e sua importância
EP

Os pedaços de pergaminho encontrados é, portanto, imensa”, disse o IAA.


foram escritos em grego. Esse idioma foi Segundo o diretor da IAA, Israel
adotado na região após a conquista da Hasson, todas essas relíquias são “de valor
Judeia por Alexandre Magno no século incomensurável para a humanidade”.
R

4 a.C. Apenas o nome de Deus aparece


em hebraico. Nos fragmentos constam (Planeta, Terra. 17 mar. 2021. Disponível
versículos dos livros de Zacarias e Naum, em: https://www.revistaplaneta.com.br/achados-
que fazem parte dos escritos conhecidos em-israel-novos-fragmentos-de-pergaminhos-do-
mar-morto/. Acesso em: 26 mar. 2021)
como Livros dos Doze Profetas Menores.
São os 12 últimos livros proféticos do
¹Revolta de Bar Kocbha: O COMPARTILHE COM A TURMA!
4
80 Império Romano, na passagem para
a Era Cristã, conquistou diversos • Quais elementos com-
territórios, sendo um deles a região põem o texto que você acabou
da Palestina, local da civilização de ler? Em outras palavras,
que características o texto
judaica. Mas o povo judeu não

A
possui? Será que você conse-
aceitava o domínio romano. Assim, gue enquadrá-lo em algum
começaram a surgir entre os judeus tipo e gênero textual?

ID
promessas de um profeta que os • O que mais lhe chamou a
salvaria do domínio do Império. atenção no texto?
Após algumas decisões do imperador • Você sabe onde fica o Mar

IB
romano que desagradaram os Morto? Sabe por que ele é tão
conhecido entre cristãos e ju-
judeus, os zelotes – grupo religioso
deus?

O
e militar – começaram a arquitetar • Você conhece os livros
um plano para retomar o controle que compõem a Bíblia?
de Jerusalém. Dentre esses zelotes,

PR
um de grande destaque foi Bar
Kochba, que, liderando um grupo,
conseguiu retomar Jerusalém,
mas por pouco tempo. Logo o
exército romano se organizou e
ÃO
estrategicamente reconquistou a
cidade, e Bar Kochba foi condenado
à morte. (c) Freepik
Ç
U

AMPLIANDO O CONHECIMENTO
D

Heretiq (CC BY-SA 2.5)

Você sabe o signifi-


O

cado da palavra Bíblia?


Essa palavra vem do
R

grego biblon, que signi-


fica livro. Bíblia é o plu-
ral da palavra, portan-
EP

to, livros. Por isso, esse


termo acabou adotado
pelo latim para desig-
R

nar o conjunto de livros


que compõem a Sagra-
da Escritura. Biblos é também o nome grego da cidade portuária
fenícia (atual Jubayl, no Líbano)que fornecia
papiros para a Grécia.
5.2 FLEXÕES DO SUBSTANTIVO EM GÊNERO E NÚMERO;
GRAU DOS SUBSTANTIVOS 5
81
No capítulo anterior, estudamos os e decidido – “combinado”, poderíamos
substantivos e suas classificações. Neste dizer – entre os nativos da língua.
você aprenderá como flexionar as palavras Assim, é perfeitamente possível que uma
pertencentes a essa classe gramatical. palavra seja considerada masculina em

A
um idioma, mas feminina em outro. Por
(c) Envato
exemplo, em português, a palavra viagem

ID
é do gênero feminino; em espanhol,
porém, essa palavra é masculina: el

IB
viaje. O mesmo acontece com as palavras
embalagem e paisagem, são femininas em
português, mas masculinas em espanhol

O
– embalage e paisage, respectivamente.
Essa alternância de gênero ocorre em

PR
diversos outros idiomas, como o francês
que tem a palavra nuvem, por exemplo,
como masculina, nuage, enquanto para
o português é um vocábulo do gênero
feminino. Mas deixemos de lado a
ÃO
a) Flexões dos substantivos: conversa sobre outros idiomas e foquemos
gênero no nosso...
Em português, o gênero de um
A flexão das palavras, além de substantivo pode ser conhecido por
meio da flexão de gênero – advogado
Ç

consistir norma gramatical, nos permite


especificá-las melhor. Uma das classes (masculino), advogada (feminino) – ou por
meio dos artigos (o, um para o masculino
U

gramaticais que exige flexões é a dos


substantivos. Mas, afinal, o que é flexão? e a, uma para o feminino) – um/o gerente
Não; obviamente, não estamos tratando (masculino), uma/a gerente (feminino).
D

do exercício físico para o desenvolvimento


dos músculos, mas sim, de uma pequena Substantivos biformes e uniformes
O

alteração que as palavras sofrem na sua


parte final para indicar gênero, número Você já se perguntou como dizemos
R

ou grau. Comecemos pelo gênero. Na jacaré no feminino? Ou cobra no masculino?


nossa língua, temos apenas dois gêneros: A resposta é simples: jacaré e cobra. Como
EP

feminino e masculino. É possível, assim? Acontece que alguns substantivos


porém, encontrarmos o gênero neutro – possuem apenas uma forma tanto para
palavras que não são nem femininas nem o feminino quanto para o masculino: são
masculinas – em alguns idiomas como o os chamados uniformes. Aqueles que
R

latim, o grego, o alemão e o russo. possuem diferentes formas, uma para o


O gênero corresponde ao sexo do feminino e outra para o masculino, são os
ser vivo. Entretanto, quando se trata biformes, ou seja, dotados de duas formas.
de seres inanimados, o gênero é apenas Existem algumas particularidades em
convencional, ou seja, algo acordado ambos os tipos de substantivos. Vejamos:
Os substantivos biformes podem ser
flexionados das seguintes formas:
6
82 • modificação da terminação da palavra.

Exemplos: tio – tia; rato – rata; avô


– avó etc.;

A
• acréscimo da terminação –a, tendo
como base o gênero masculino, ou de um

ID
sufixo feminino.

Exemplos: cantor – cantora; professor

IB
(c) Freepik

– professora; senhor – senhora; folião


– foliona; • Comuns de dois gêneros – os que
possuem apenas uma só forma tanto para

O
• ou mesmo mediante o uso de uma o feminino quanto para o masculino, mas
palavra feminina de radical diferente. que são identificados por meio do artigo ou

PR
Neste caso, temos a chamada heteronímia. do adjetivo que os acompanham.

Exemplos: pai – mãe; veado – cerva; Exemplos:


rei – rainha; cachorro – cadela. o carteiro – a carteira (profissão);
o terapeuta – a terapeuta;
ÃO
Os substantivos uniformes possuem um motorista – uma motorista;
ainda três classificações: artista talentoso – artista talentosa.

• Epicenos – os que só possuem um Algumas palavras costumam causar


Ç

gênero e nomeiam animais. confusão quanto ao gênero, como é o caso


da palavra grama. Quando estamos nos
U

Exemplos: a girafa (macho ou fêmea); referindo ao gramado, é uma palavra do


o panda (macho ou fêmea); o golfinho gênero feminino, mas quando designa a
D

(macho ou fêmea). unidade de medida, peso, é um vocábulo


do gênero masculino. Assim temos:
O

Quando se usam esses substantivos, é


comum colocar as palavras macho e fêmea Todos acham que a grama do vizinho
R

para identificar o gênero, como na frase: é mais verde.


“O golfinho fêmea nadou atrás do seu Fui à padaria e comprei duzentos
companheiro .” gramas de presunto.
EP

• Sobrecomuns – são aqueles que


também têm um só gênero, mas designam
R

pessoas.
Exemplos: o cônjuge (feminino ou
masculino); o indiví duo (feminino ou
masculino); a criança (feminino ou
masculino) etc. (c) Freepik
GLOSSÁRIO
Você sabe o gênero das palavras a seguir?
7
83
mousse, mascote, alface, dó (pena), gênese, cal.

O personagem ou a personagem?

A
Muitos têm dúvidas quanto ao gênero da palavra personagem. Será
feminina ou masculina? Ambos. Esse substantivo pode ser empregado tanto

ID
no masculino quanto no feminino. Entretanto, escritores mais modernos
costumam fazer o uso da palavra no masculino; porém, quando se refere

IB
a mulheres, deve-se preferir o feminino. Exemplo: Carla interpretou a
personagem principal.

Gênero incerto

O
Há substantivos que ora são empregados como masculinos, ora como

PR
femininos. A eles damos o nome de substantivos de gênero incerto. Entre
eles podemos citar: acne, aluvião, cólera, trama, laringe, xerox, diabete ou
diabetes, lhama etc.
Masculino Feminino
 Pesquise outros substantivos queelefante
também possuem elefanta incerto
gênero
e formule frases com eles, ora empregando-os comooficiala
femininos, ora
ÃO
oficial
masculinos. gigante giganta
hóspede hóspede ou hóspeda
grão-duque grã-duquesa
cavaleiro amazona
Ç

ATIVIDADES cavalo égua


padrasto madrasta
U

imperador imperatriz
1. A seguir há uma tabela que mos- poeta poetisa
D

tra a flexão em gênero de alguns subs- monge monja


tantivos. Copie-a em seu caderno e
czar czarina
O

acrescente à tabela ao menos mais


duque duquesa
dez substantivos no masculino acom-
frade freira
panhados de sua forma feminina.
R

abade abadessa
ladrão ladra
Masculino Feminino
EP

touro, boi vaca


elefante elefanta
réu ré
oficial oficiala
gigante giganta
2. Classifique os substantivos a seguir
hóspede hóspede ou hóspeda
R

em :
grão-duque grã-duquesa
cavaleiro amazona biformes;
cavalo égua uniformes (epicenos, sobrecomuns
padrasto madrasta ou comuns de dois gêneros).
imperador imperatriz
poeta poetisa
monge monja
czar czarina
duque duquesa
a) galo g) peixe pelos revolucionários.
8
84
b) cavalo h) motorista e) São de grande valia os conselhos do
c) fã i) neném padre.

d) jacaré j) repórter f) O avô conta histórias para os


netos.
e) testemunha k) mártir

A
5. Preencha as lacunas das frases
f) monge l) ateu com o feminino dos substantivos que

ID
3. Dê a forma feminina dos substantivos aparecem entre parênteses:
biformes que apareceram no exercício a) Alice ficou admirada com a beleza
anterior. da __________. (pavão)

IB
4. Mude o gênero dos substantivos em b) Todos se perguntaram o que
destaque das orações a seguir. Se estiver teria acontecido com a ____________.
no masculino, dê a forma feminina e (imperador)

O
vice-versa. Faça as alterações que forem c) O bom pastor cuida das suas
necessárias. ________. (carneiros)

PR
a) O escrivão passou horas d) Os convidados foram muito bem
redigindo o documento. recebidos pela __________. (anfitrião)
b) Os policiais correram atrás da e) A voz da __________ impressionou
ladra. a plateia. (soprano)
ÃO
c) De longe ouviam o rugido dos leões. f) Os romanos idolatravam muitas
d) O último czar da Rússia foi morto _________. (deuses)
Ç

b) Flexões dos substantivos:


número *Ditongo oral: quando há o encontro
U

de vogais orais numa mesma sílaba.


Os substantivos também podem ser As vogais orais são as que possuem
D

flexionados em número, singular – que os sons: a, é, ê, i, ó, ô, u.


designa apenas um ser ou grupo de seres –
e plural – quando há mais de um ser ou de
O

um grupo. A pluralidade dos substantivos NOTA:


na língua portuguesa é marcada pela letra
 O plural da palavra cânon é
R

s, mas deve seguir algumas regras:


cânones, entretanto, foge à regra.
• quando o substantivo termina em vogal,
Algumas outras palavras cuja
EP

em ditongo oral* ou em –n, simplesmente


terminação é em –n apresentam duas
se acrescenta –s ao final da palavra:
possibilidades para a formação do
Singular Plural plural: acréscimo de –es ou somente
porta portas de –s.
R

casa casas  Nessa mesma regra podemos citar


pai pais as palavras que terminam em –m,
campo campos mas atenção: na pluralização desses
pólen pólens vocábulos, tira-se o –m e o substitui
hífen hifens
por –n, como em som – sons.
rei reis
• Aos substantivos com terminação em 2. mudança da terminação –ão em –ães.
–z ou –r acrescentamos –es:
Singular Plural 9
85
Singular Plural pão pães
raiz raízes alemão alemães
paz pazes capitão capitães
rapaz rapazes catalão catalães
mar mares cão cães

A
flor flores charlatão charlatães
cor cores

ID
3. Em todos os paroxítonos* e alguns
mulher mulheres
oxítonos*, o plural se forma mediante o
• Substantivos terminados em –ão po- simples acréscimo de –s à forma singular.

IB
dem ter o plural formado de três manei-
ras: Singular Plural
1. alteração da terminação –ão em –ões. cidadão cidadãos

O
irmão irmãos
órgão órgãos
Singular Plural

PR
sótão sótãos
limão limões
bênção bênçãos
balão balões
acórdão acórdãos
canção canções
falcão falcões
confissão confissões *Paroxítonas: são as palavras cuja
ÃO
coração corações sílaba tônica, ou seja, a mais forte, é
estação estações a penúltima.
*Oxítonas: aquelas palavras que
NOTA: apresentam tonicidade na última
sílaba.
Ç

Nesta regra enquadram-se todos os • Aqueles com terminação em –al, –


vocábulos no aumentativo, como: el, –ol, –ul formam o plural mediante
U

casarão – casarões; sabichão – a troca de –l por –is.


sabichões; chapelão – chapelões; etc.
D

Singular Plural
animal animais
O

IMPORTANTE! pombal pombais


papel papéis
R

Alguns substantivos termina- móvel móveis


dos em -ão no singular admitem sol sóis
EP

formas variadas no plural. farol faróis


Exemplos: aldeão (aldeões ou paul pauis
aldeãos), alazão (alazões ou ala-
zães), anão (anões ou anãos), an-
cião (anciões, anciãos ou anciães),
R

guardião (guardiões ou guardi-


ães), vilão (vilões ou vilãos), cor-
rimão (corrimãos ou corrimões),
verão (verões ou verãos).
(c) Vecteezy
• Já nos substantivos cuja terminação é • pluralizamos os dois elementos que
em –il, o plural pode ser formado de duas formam o substantivo composto quando:
10
86 maneiras:
1. quando oxítonos, mudam –il em –is: a) É formado por substantivo + subs-
Singular Plural
tantivo:
funil funis Singular Plural
covil covis couve-flor couves-flores

A
ardil ardis cirurgião- cirurgiões-
dentista dentistas

ID
2. quando paroxítonos, mudam –il em
–eis: decreto-lei decretos-leis
Singular Plural
b) É composto por substantivo + adje-

IB
fóssil fósseis
tivo:
réptil répteis
ágil ágeis Singular Plural

O
obra-prima obras-primas
• Os substantivos com terminação em guarda- guardas-
–s também possuem duas regras: marinha marinhas

PR
1. Os monossílabos e os oxítonos formam cachorro- cachorros-
o plural com o acréscimo de –es: quente quentes

Singular Plural c) Adjetivo + substantivo:


gás gases
ÃO
país países Singular Plural
adeus adeuses curto- curtos-
português portugueses circuito circuitos
má- más-
2. Os paroxítonos e os proparoxítonos formação formações
Ç

curta- curtas-
não variam:
metragem metragens
Singular Plural
U

o atlas os atlas
o pires os pires
D

o ônibus os ônibus
o lápis os lápis
O

NOTA:
Os substantivos com terminação em
R

–x também são invariáveis, como:


xerox, ônix, tórax, entre outros.
EP

Como você viu no capítulo anterior, (c) Freepik

alguns substantivos são compostos e


causam muitas dúvidas em relação à d) Quando temos numeral + substanti-
R

formação do plural. Mas, embora tenham vo:


algumas regras especiais e, de fato, seja Singular Plural
um pouco complicado nos lembrarmos de segunda-feira segundas-feiras
todas elas, você vai descobrir que não são terça-feira terças-feiras
nenhum “bicho de sete cabeças”. Vejamos: quarta-feira quartas-feiras
• Apenas o segundo elemento varia Singular Plural
quando houver: o saca-rolhas os saca-rolhas
o guarda-vidas os guarda-vidas 11
87
a)Verbo + substantivo:

Singular Plural
guarda-roupa guarda-roupas
guarda-louça guarda-louças

A
beija-flor beija-flores

ID
b) Elemento invariável (advérbio, prefixo
etc.) + palavra variável:

IB
Singular Plural
vice- vice-
presidente presidentes

O
sempre-viva sempre-vivas
recém-nascido recém-nascidos

PR
c) Palavras repetidas:

Singular Plural
quero-quero quero-queros (c) Freepik

quebra-quebra quebra-quebras
ÃO
• Apenas o primeiro elemento varia se: A mudança de timbre em
a) Os termos que compõem o substantivo alguns plurais
são ligados por preposição:
Certos substantivos mudam
Singular Plural o timbre de sua vogal quando são
Ç

chapéu de sol chapéus de sol flexionados no plural. Ou seja,


mão de obra mãos de obra deixam de ter a pronúncia com -o
U

joão-de-barro joões-de-barro fechado e passam a ser pronunciados


com -o aberto. É possível, porém,
b) O segundo elemento determina o
D

que alguns mantenham o plural


primeiro, como se fosse um adjetivo: com o timbre em –o fechado. Veja
a seguir:
O

Singular Plural
banana-prata bananas-prata
Com mudança de timbre
pau-brasil paus-brasil
R

navio-escola navios-escola
corpo (côrpo) corpos (córpos)
ovo (ôvo) ovos (óvos)
EP

• Não variamos nenhum elemento imposto impostos


quando o substantivo for composto por: (impôsto) (impóstos)
tijolo (tijôlo) tijolos (tijólos)
a) Verbo + advérbio:
Sem mudança de timbre
R

Singular Plural adorno (ô) adornos (ô)


o bota-fora os bota-fora esposo (ô) esposos (ô)
gosto (ô) gostos (ô)
b) Verbo + substantivo plural: rolo (ô) rolos (ô)
Particularidades dos substantivos

12
88 Existem também substantivos que
são empregados apenas no singular. É o - bem (virtude) - bens (riqueza)
caso de nomes de metais, nomes de pontos - honra (dignidade) - honras
cardeais e os nomes abstratos, como: ferro, (homenagens, títulos)
cobre, ouro, sul, norte, fé, esperança etc. - pai (progenitor) - pais (pode tam-

A
Contudo, há também alguns bém significar mãe e pai)
substantivos que só são empregados

ID
no plural, dentre eles mencionamos:
arredores, condolências, núpcias, férias,
pêsames, óculos, entre outros.

IB
Exemplos em frases:

• Meus óculos estão em cima da mesa.

O
• Envie meus pêsames ao viúvo.

PR
Além disso, encontramos substantivos
que mudam de significado quando são
empregados no plural. Exemplos: (c) Freepik
ÃO
ATIVIDADES

1. Dê o plural dos substantivos a seguir: b) A criança ficou impressionada com


a fantasia de guardião.
Ç

a) verão e) cidade-satélite
c) O beija-flor é um belíssimo pássaro.
b) girassol f) vírus
U

d) O pintor do passado nos deixou


c) papel g) freguês uma linda obra-prima.
D

d) abajur h) lilás e) Ouviu assustado o tiro do fuzil.


2. Flexione, no feminino plural,
O

f) O pirata roubou um baú imenso.


os seguintes substantivos:
4. Copie em seu caderno o grupo que
R

a) ancião d) grão-duque contém apenas substantivos invariá-


veis.
b) cirurgião e) órfão
EP

c) cônsul a) mês – oásis – fax – lilás


b) ônibus – íris – pires - lótus
3. Passe as frases a seguir para o
plural. Faça as alterações que julgar c) bíceps – ás – revés – vírus
R

necessárias para que a oração fique


bem construída. 5. Escreva seis substantivos em que a
vogal –o muda o timbre em sua forma
a) A doação foi recebida com enorme no plural e seis em que não ocorre
gratidão. mudança.
6. Desafio!
Leia a história a seguir. Identifique os substantivos e transcreva o texto 13
89
alterando-os em gênero e em número. Faça as alterações que forem necessárias
para que o texto seja mantido na norma culta e fique coerente. Para isso, você
poderá transmitir a mesma ideia do texto usando outros termos. Veja os exemplos:

A
 A mãe não conseguiu conter as lágrimas ao ver a homenagem da filha.
 Os pais não conseguiram conter as lágrimas ao verem as homenagens

ID
dos filhos.
 Já era tarde quando os funcionários foram liberados.
 Já era tarde quando a funcionária foi liberada.

IB
 Somente nas últimas horas do dia a funcionária foi liberada.

Observe que, nessa oração, não seria possível flexionar o substantivo tarde,

O
por essa razão, o vocábulo foi substituído por outros termos que comportam a
forma plural.

PR
No primeiro dia da primavera, bem coruja brigavam, observava-os, de
cedinho, o rouxinol já preparava seu longe, uma águia. Muito sábia, ouvia
canto para anunciar a chegada toda a discussão atentamente. Quando
da nova estação quando foi percebeu que os argumentos dos dois
interrompido por uma coruja. pássaros já se esgotavam, ela se
ÃO
Disse ela ao pássaro: aproximou e lhes disse:
– Não cantes já tão cedo! – Com licença, meus amigos,
Estou cansada e preciso dormir! mas por que brigais assim?
– Tu não descansaste à noite? A coruja e o rouxinol não
– perguntou o rouxinol. conseguiram entrar num
Ç

– Ora, acaso não sabes que nós, acordo nem para decidir qual
corujas, não dormimos à noite? Pássaro dos dois responderia à águia.
U

ignorante! Por essa razão, ela mesma deu


– Por que eu haveria de saber isso? continuidade à fala sem antes obter
D

Acaso não sabes que sou nascido há resposta.


apenas quatro semanas? – retrucou – Que tipo de animais vós sois?
O

o pequeno pássaro, e ainda – Pássaros. – responderam em


finalizou – Coruja ignorante! uníssono os brigões.
– Ignorante? Eu?! Por que – Pois bem. Eu também sou
R

eu haveria de saber que tu um pássaro assim como vós.


não passas de um pirralho?! Entretanto, pertencemos a
EP

Embora isso não seja uma grupos diferentes. Eu faço


desculpa... Eu também sou parte do grupo das aves de
ainda muito jovem e sei bem rapina, o rouxinol integra
que as corujas não dormem à outra família, e a coruja
R

noite. Tu que és um tolo! outra ainda. Porém, embora


– Sabes bem... mas é claro pertencentes a um mesmo
que tu sabes isso! Nasceste grupo, cada um é único. Portanto,
assim... desempenhamos diferentes
Enquanto o rouxinol e a funções na natureza. Enquanto
brigáveis, vede o que perdestes: sabedoria? – interpelou o rouxinol.
14
90 A coruja poderia ter procurado um – O sábio aprende com os erros dos
local mais afastado para descansar; outros, como diz o velho ditado. Além
agora, terá menos tempo de descanso. O disso, eu não deixei de cumprir os meus
rouxinol, que anunciaria a chegada da deveres, como vós o fizestes: discutistes
primavera pela primeira vez, a julgar tanto que não respeitastes nem as

A
pela pouca idade, agora não poderá fazê- próprias obrigações nem os deveres
lo, pois o dia já amanheceu do outro. Quando aprenderdes a olhar

ID
e a natureza foi para o próximo com amor, sabereis da
presenteada com importância de cada um.
o canto de outro Dito isso, a águia foi embora. E

IB
rouxinol. Tu, rouxinol, os dois pássaros, que perceberam
terás portanto que esperar o erro cometido, refletiram nas
uma nova primavera. Eu, palavras da sábia ave.

O
por outro lado, enquanto Moral da história:
vos observava, poderia ter O tempo é precioso e
dado início à minha caça para irrecuperável. É inútil

PR
alimentar-me. Posso, porém, ocupar-nos com
fazer isso daqui a pouco, pois futilidades. Devemos
estava adquirindo sabedoria. cumprir bem nossas obrigações e
– Como assim, estavas adquirindo respeitar o trabalho do próximo.
ÃO

c) Grau dos substantivos b) Analítico: forma-se juntando ao subs-


tantivo um adjetivo que indica grandeza,
Os substantivos também podem ser como os adjetivos grande, enorme etc.
Ç

flexionados em grau para que possamos


especificá-los mais precisamente. Neste Exemplos: pátio enorme, grande
U

caso, para indicarmos variação no tamanho espetáculo entre outros.


dos seres. Os graus dos substantivos são:
D

aumentativo e diminutivo. Veja a seguir • Grau diminutivo – também possui


como os flexionamos nesses dois graus: as duas formas: analítica e sintética, mas
indica que o ser tem um tamanho menor
O

• Grau aumentativo – como o próprio do que o normal. Veja as duas formas:


nome diz, é o grau que indica aumento em
R

relação ao tamanho normal do ser. O grau a) Diminutivo sintético: são


aumentativo pode ser: acrescidos ao substantivo, sufixos
EP

diminutivos. Os mais comuns são: – acho,


a) sintético: quando é colocado no final – ebre, – eco, – ejo, – elho, – eta, – ete, – ico,
do substantivo um sufixo com indicação – im, – inho, – inha, – zinho(a), – isco, –
de aumento; os sufixos mais comuns são:– ito(a), – oca, – ola, – ote, – ucho, – (c) ulo(a).
R

aça, – aço, – alha, – ão, – arra, – ázio, –


ona, – orra, – uça, – aréu. Exemplos: fogacho, casebre, livreco, lu-
garejo, grupelho, saleta, diabrete, na-
Exemplos: barcaça, calhamaço, forna- morico, espadim, menininho, malinha,
lha, homenzarrão, bocarra, copázio, irmãozinho, pedrisco, senhorita, sitio-
pernona, dentuça, povaréu etc. ca, gaiola, velhote, papelucho, casulo.
b) Diminutivo analítico: é formado
mediante a associação de um adjetivo
que indica pequenez ao substantivo, como 15
91
pequeno, minúsculo ou outros afins.
Exemplos: cachorro pequeno, lápis
minúsculo etc.

A
(c) Freepik
SMALL MEDIUM LARGE EXTRA
LARGE

ID
ATIVIDADES

IB
1. Dê o aumentativo sintético dos substantivos a seguir :
muro – mulher – fogo – rapaz – mão – voz

O
2. Relacione as frases de acordo com a coluna que expressa o grau do substantivo
destacado.

PR
a) “O principezinho, que me fazia ( ) aumentativo analítico
milhares de perguntas, não parecia
sequer escutar as minhas.” (Antoine
de Saint-Exupéry)
( ) diminutivo analítico
b) “Parece que a agulha não disse
ÃO
nada; mas um alfinete, de cabeça
grande e não menor experiência,
murmurou à pobre agulha.” (Machado
de Assis)
( ) diminutivo sintético
Ç

c) “Vem um parvo e diz ao arrais:


é esta naviarra vossa?” (Gil
U

Vicente)
d) “Quando abre a boca lança
( ) aumentativo sintético
D

fagulhas pequenas que não


desaparecem enquanto o dia não
O

volta, ficam brilhando e cintilando


na escuridão.” (Ana Maria
R

3. Reescreva o trecho a seguir, retirado do livro O pequeno príncipe, flexionando


em grau aumentativo ou diminutivo os substantivos em destaque. Faça isso de
EP

modo que o texto não perca o sentido. Assim, se necessário for, procure sinônimos
para as palavras ou expressões. (Circule os substantivos que já se encontram
flexionados )
R

"Logo aprendi a conhecer melhor aquela flor. Sempre houvera no planeta do


pequeno príncipe, flores muito simples, ornadas de uma só fileira de pétalas, e
que não ocupavam espaço nem incomodavam ninguém. Apareciam pela manhã,
na relva, e à tarde já murchavam. Mas aquela brotara um dia de uma semente
trazida não se sabe de onde, e o príncipe resolvera vigiar de perto o broto, que
era tão diferente dos outros. Podia ser uma nova espécie de baobá. Mas o arbusto
16
92 logo parou de crescer, e na extremidade começou então a se formar uma flor. O
pequeno príncipe, que assistia ao surgimento de um enorme botão, pressentiu
que dali sairia uma aparição miraculosa, mas a flor parecia nunca acabar de
preparar sua beleza, no seu verde aposento."
(Saint-Exupéry, Antoine de. O pequeno príncipe. Tradução de Dom Marcos Barbosa. 48 ed. Rio

A
de Janeiro: Agir, 2009, pg.28-29)

ID
Sobre o autor:
Antoine de Saint-Exupéry, nascido no dia
29 de junho de 1900, em Lyon, França, foi um

IB
escritor, ilustrador e aviador francês. Ingressou
no serviço militar em 1921, tornando-se piloto
civil e subtenente da reserva. Durante a

O
Segunda Guerra Mundial, devido à invasão
nazista à França, o aviador fugiu para os

PR
Estados Unidos, onde começou a escrever
seus primeiros livros, cujos temas estavam
relacionados à aviação. Entretanto, sua obra
mais famosa, O pequeno príncipe, escrita em
1943, fugiu completamente do tema ao qual
ÃO
ele se dedicara até então. A obra é dedicada
ao público infanto-juvenil, mas conquistou
pessoas de todas as idades no mundo inteiro,
sendo hoje o quarto livro mais vendido de todos os tempos. O pequeno príncipe
narra a história de um principezinho que, morador de um pequeno asteroide,
Ç

B 612, se aproveitou de uma migração de


pássaros para viajar pelo Universo, conhecendo
U

diversos planetas até cair na Terra. Através de


sua jornada pelo Universo o pequeno viajante
D

aprende e nos ensina diversas lições. A obra é


repleta de elementos simbólicos que possuem
O

grande significado, especialmente para a cultura


ocidental, como a serpente que aparece embaixo
de uma árvore frutífera e sorrateiramente
R

procura se aproximar do pequeno príncipe.


Antoine de Saint-Exupéry morreu no mesmo
EP

ano em que escreveu sua obra mais famosa,


abatido por um caça alemão durante uma missão
de reconhecimento.
R

4. Dê a forma não flexionada dos substantivos seguintes:

vareta – hotelejo – maleta – casulo – manzorra – camarim – chapelão – cançoneta


5. Desafio!
Caro(a) estudante, nossa vida é uma jornada tal qual
17
93
a percorrida pelo pequeno príncipe: cheia de descobertas,
algumas decepções, encontros e desencontros, e muito,
muito aprendizado. Deus nos convida a seguir pelo
caminho de sua vontade, mas nem mesmo Ele interfere

A
nas nossas tomadas de decisões. Por isso, devemos
sempre procurar fazer a coisa certa, para que não nos

ID
afastemos do caminho do Senhor. Nosso Mestre nos
deixou uma belíssima lição de amor ao morrer na
Cruz por nós. Aprendemos com Ele, entre milhares de

IB
outras coisas, o caminho do amor verdadeiro; porém,
para que consigamos cultivar esse sentimento tão belo,

O
precisamos nos entregar ao outro. Como assim? É que o amor
é um sentimento de doação: só amamos verdadeiramente quando somos capazes
de amar alguém sem esperar nada em troca. Assim como o fez Jesus: pelo seu

PR
amor incondicional a todos os seres humanos, sofreu e morreu por nós. Além de
nos ter dado essa belíssima lição, Nosso Mestre também nos exorta a sermos
resistentes, a não cedermos aos males do mundo, pois, no final, teremos nossa
recompensa. Mas por que estou dizendo tudo isso? No livro O pequeno príncipe,
ÃO
existe a seguinte frase: “É preciso que eu suporte duas ou três larvas se eu
quiser conhecer as borboletas. Dizem que são tão belas!”
Diante de tudo isso, reflita. O que essa frase quer dizer? Você consegue
estabelecer uma relação entre essa citação e o que eu disse anteriormente a
respeito de sermos resistentes? Reflita e compartilhe com o seu caderno a sua
Ç

reflexão.
U
D

5.3 TIPO TEXTUAL: INFORMATIVO


O

No início deste capítulo, você leu um históricos, explicações sobre algo entre
texto que noticia a descoberta de novos outros. Eles são estruturados em prosa e
R

fragmentos de pergaminho no Mar Morto. podem ser organizados da maneira que o


Você conseguiu identificar o tipo textual autor julgar melhor, ou seja, eles podem
EP

do escrito? Pensando nos elementos que o recorrer perfeitamente a gráficos, tabelas


compõe, não é muito difícil deduzir isso. ou tomar a forma de tópicos, contanto
O texto possui claramente um caráter que o escrito cumpra o seu objetivo de
informativo, uma vez que tem o objetivo transmitir de forma clara e objetiva
R

de informar seus leitores a respeito de um a informação. Ademais, a linguagem


fato. Logo, o texto só pode fazer parte do empregada é a denotativa, isto é, quando
tipo informativo. fazemos o uso das palavras em seu sentido
Os textos desse tipo podem nos literal para que a informação seja bem
informar acerca dos mais diversos temas, compreendida e impeça uma eventual
como fatos do dia a dia, acontecimentos dupla interpretação. Opiniões pessoais
também são dispensadas, uma vez que o
objetivo é apenas informar objetivamente
18
94 e não formar o pensamento crítico.
Para que o texto informativo seja
bem elaborado, o autor precisa buscar
fontes confiáveis, citações e outros dados
verídicos que auxiliem na validação do

A
escrito. Dentre os modelos textuais que (c) Pixabay

fazem parte do tipo informativo, podemos


a) Gênero textual: notícia

ID
citar: jornais, revistas, notícias, artigos,
reportagens, avisos, entrevistas entre O gênero textual notícia faz parte do
outros. tipo informativo. Textos desse gênero são
veiculados nos meios de comunicação:

IB
Releia a notícia apresentada no revistas, jornais, sites etc. Eles noticiam
início deste capítulo e converse com a fatos do dia a dia ou relatam sobre algum

O
turma sobre as características que o tema que esteja em voga, mas sempre
texto possui e que o distinguem como seguindo o objetivo de informar seus
um escrito do tipo informativo. leitores. Observe a estrutura dos textos

PR
desse gênero na demonstração a seguir:

Título
Astrônomos observam pela primeira vez
campo magnético ao redor de buraco negro
ÃO
- O título ou manchete é
escrito em fonte maior que o (c) Freepik
texto. Por ser o elemento
principal para chamar a
THE
NEWS
NO:1234 /11:12:2014

atenção do leitor, o título deve


Ç

1234 /11:12:2
1 2:2014

ser chamativo e coerente com LOREM IPSUM DOLOR SIT AMET


o texto, ou seja, apresentar em LOREM
M MET
U

breves palavras o tema que


será tratado no escrito.
LO
OREM
DOLOR
R SIT AMEE LOREM IPSUM
LOR
OREM IPSSUM DOLOR SIT AMET
D

DOLOR
LOR SIT
S AMET

LOREM IPSUM
DOLOR SIT AMET

Título auxiliar
O

LOREM IPSUM

- Consiste em um pequeno
DOLOR SIT AMET

recorte que serve como auxílio


do título principal para melhor
R

orientar o leitor em relação ao


texto da matéria. O título A nova imagem pode ajudar pesquisadores a
EP

auxiliar é escrito em fonte compreenderem como o buraco negro lança jatos de


menor que a do título principal. plasma no espaço. Entenda.

Lide Em 2019, a notícia de que um buraco negro havia sido


R

- É um termo jornalístico que fotografado pela primeira vez revolucionou a ciência. [...]
diz respeito ao parágrafo A foto histórica foi revelada pela primeira vez pelo
introdutório. Na lide escrevem- Event Horizon Telescope (EHT), uma potência de oito
se resumidamente as radiotelescópios espalhados ao redor do planeta que,
informações contidas no texto. juntos, formam um telescópio virtual com

(Do inglês lead – liderar, aproximadamente o tamanho da Terra. O sistema é tão


conduzir, persuadir – tem a preciso que você conseguiria usá-lo para medir o
função de gerar interesse no tamanho de um cartão de crédito deixado na superfície
leitura. Usa-se também o da lua.
- É um termo jornalístico que fotografado pela primeira vez revolucionou a ciência. [...]
diz respeito ao parágrafo A foto histórica foi revelada pela primeira vez pelo
introdutório. Na lide escrevem- Event Horizon Telescope (EHT), uma potência de oito
se resumidamente as radiotelescópios espalhados ao redor do planeta que,
informações contidas no texto. juntos, formam um telescópio virtual com

(Do inglês lead – liderar, aproximadamente o tamanho da Terra. O sistema é tão


conduzir, persuadir – tem a preciso que você conseguiria usá-lo para medir o 19
95
função de gerar interesse no tamanho de um cartão de crédito deixado na superfície
leitura. Usa-se também o da lua.
termo latino incipit.)

A
Corpo da notícia Os novos estudos foram publicados na última quarta-
- é a parte principal do texto, feira (24) no The Astrophysical Journal. No total, foram

ID
em que todas as informações mais de 300 cientistas de todo o mundo colaborando
serão desenvolvidas e contadas para a pesquisa. Eles utilizaram o mesmo material que já
com mais detalhes. É nessa havia sido estudado para chegar à imagem anterior, mas

IB
parte do texto que o autor focaram em alguns outros dados para melhorá-la.
pode usar os recursos que [...]
achar necessários para a Os buracos negros, assim como a Terra, executam o

O
compreensão do leitor, como movimento de rotação, ou seja, giram em torno de seu
relatos, dados de pesquisas, próprio eixo. E a força da gravidade do buraco negro faz
gráficos etc. com que o gás ao redor dele se mova extremamente

PR
Ao final do corpo da notícia, rápido. A consequência de toda essa agitação é o
é necessário haver um superaquecimento a bilhões de graus desse gás, o que
parágrafo de conclusão. leva à separação de seus átomos e à formação de plasma
Atenção: é comum a ideia de de elétrons e prótons [...] criando, assim, as forças
que um parágrafo conclusivo eletromagnéticas.
ÃO
consiste em exprimir uma [...]
opinião, porém não se trata “Será mais um elemento para entender a formação do
disso. No caso da notícia, o disco, a dinâmica da matéria que cai nesses objetos
parágrafo de conclusão é celestes e também para decifrar, finalmente, o estranho
Ç

apenas para “fechar” toda a fenômeno da emissão de jatos de plasma.”


ideia e as informações
apresentadas ao longo da (FIORATTI, Carolina. Astrônomos observam pela primeira vez
U

matéria. campo magnético ao redor de buraco negro. Super Interessante.,


25 mar. 2021. Disponível em:
https://super.abril.com.br/ciencia/astronomos-observam-pela-
D

primeira-vez-campo-magnetico-ao-redor-de-buraco-negro/. Acesso
em: 27 abr. 2021)
O
R

Produzindo!
EP

 Em toda família há sempre algumas para o sobrinho, que relatou ao primo...


histórias que são passadas de geração enfim, todos sabemos onde isso termina:
em geração. Elas atravessam o tempo em uma história cheia de detalhes
e sobrevivem graças à tradição oral. impressionantes e pouco prováveis, mas
R

Quem as ouve, passa essas histórias para dos quais ninguém duvida. Se você nunca
frente e jura ser verdade cada detalhe, ouviu uma história como essa, pergunte
apresentando, inclusive, dados para aos seus pais, avós, tios ou qualquer
comprovar isso, como o relato de um pessoa mais velha da sua família se ele(a)
vizinho que contou para o tio, que contou conhece alguma história que foi passada
de pai para filho. Agora, sua missão será suponhamos que a história que você
eternizar esse relato de forma escrita. escreverá seja sobre uma avó que jura
20
96 Ouça o relato com atenção e peça que ter visto o lobisomem. A notícia deverá
a pessoa que o estiver ser contada como se fosse
contando pense em todos algo recente, mais ou
os detalhes que puder. menos assim: “mulher
Se possível, pergunte a de setenta anos relata

A
mais de uma pessoa que ter visto um lobisomem
conhece a mesma história na noite da última sexta-

ID
sobre os fatos que a feira”.
constroem. Quando tiver Atenção: por mais ab-
reunido todos os dados surdo que pareça o relato,

IB
necessários, organize-os sua missão é fazer com
para elaborar um texto informativo. Mas, que ele soe o mais verídico possível. Seja
você deverá escrevê-lo como se se tratasse criativo e deixe seu lado de escritor vir à

O
de uma notícia atual. Por exemplo: tona. Bom trabalho !

PR
Roteiro de revisão de texto
Caligrafia. (Como está sua letra? Está escrevendo com capricho ou pode
melhorar? Está legível para o leitor?)
ÃO
Ortografia. (Você está escrevendo corretamente todas as palavras? Se
estiver em dúvida com relação a alguma palavra, pesquise-a no dicionário
para ter certeza sobre sua grafia.)
Ç

Pontuação. (Você está colocando as pontuações corretas? Está finali-


zando as frases com ponto final, usando a vírgula quando necessário etc.?)
U

Linguagem formal e informal. (Você está fazendo o uso correto da


língua ao escrever?)
D

Parágrafos. (Os parágrafos estão muito longos ou muito curtos sem ne-
cessidade? Você está dando o espaço devido ao iniciar um novo parágrafo?)
O

Sequência. (Há sequência entre as partes do texto?)


R

Repetição. (Você está repetindo muito as palavras? Se estiver, procure


sinônimos para substitui-las).
EP

Agora, revise o seu texto, faça as alterações necessárias e reescreva-o se


for preciso.
R

(c) Vecteezy
5.4 O USO DA PONTUAÇÃO NA EXPRESSIVIDADE DO
TEXTO - I 21
97
Você já parou para pensar que, por (c) Freepik

mais que os textos escritos possuam uma


riqueza imensurável, a língua escrita

A
não possui todos os recursos rítmicos e
melódicos presentes na linguagem oral?

ID
Como assim? Imagine que você descobriu
algo surpreendente sobre algum assunto
do seu interesse. É natural que você queira

IB
compartilhar essa descoberta com alguém.
Assim, o que faz? Corre para contá-la a
algum amigo ou familiar. Enquanto você

O
fala, certamente se expressará por meio de
mudanças no seu tom de voz, nos gestos, 1º  No primeiro grupo estão os sinais

PR
sua fala seguirá determinado ritmo que que marcam as pausas, ou seja, o ponto (.),
poderá mudar a qualquer momento e por a vírgula (,) e o ponto e vírgula (;).
aí vai. A expressão oral é riquíssima e 2º  Encontramos no segundo grupo,
podemos exprimir nossos pensamentos de os sinais que possuem a função de marcar
diferentes formas. Na hora de escrevê-los, a melodia, a entonação. Nele vemos:
ÃO
porém, podemos sentir alguma dificuldade,
• o ponto de interrogação (?)
porque nem sempre encontramos o jeito
• o ponto de exclamação (!)
certo para expressar-nos da maneira como
• os dois pontos (:)
gostaríamos. Na tentativa de suprir essas
Ç

• as reticências (...)
necessidades expressivas, isto é, de tentar
• as aspas (“ ”)
se aproximar o máximo possível da língua
• os parênteses [ ( ) ]
U

falada, a linguagem escrita conta com os


• os colchetes ( [ ] )
sinais de pontuação, que são divididos em
• e o travessão ( – )
D

dois grupos:
O

Quais dos sinais mencionados você conhece?


Você sabe dizer quando exatamente podemos empregar cada um desses sinais?
R
EP

TESTANDO O CONHECIMENTO

Escreva um texto de no mínimo 30 linhas empregando todos os sinais


R

de pontuação citados nesta seção. Use-os conscientemente. Se não souber


como usar alguns dos sinais, não o faça. Anote os sinais não empregados
por você para que seu(a) professor(a) possa saber quais desses símbolos lhe
trazem dúvidas quanto ao seu uso.
CAPÍTULO 6
98
2

A
ID
CLASSIFICAÇÃO DOS ADJETIVOS

IB
O
Você sabia que os adjetivos também são classificados de acordo com a sua função
ou com a formação? Neste capítulo, você estudará as classificações dos adjetivos e

PR
qual a sua função. Ademais, conhecerá o tipo textual descritivo e os gêneros biografia
e autobiografia. E por último, estudará o que são palavras homônimas e parônimas.
Vamos lá!
ÃO
Ç
U
D
O
R
EP
R

(c) Pixabay
6.1 BIOGRAFIA

Leia o texto a seguir:


99
3

GALILEU
1564-1642

A
[...]
Galileu Galilei ajudou a transformar vendendo bússolas matemáticas caseiras,

ID
a maneira como as pessoas olhavam para enquanto continuava a dar aulas para
o mundo – e o universo além. Físico, alunos particulares.
matemático e astrônomo, Galileu fez

IB
descobertas fundamentais acerca da
natureza do movimento e do movimento
dos planetas. Galileu percebeu a

O
importância da experimentação e
defendeu a ideia que a matemática era a

PR
melhor forma de compreender o mundo
físico. [...]
O pai de Galileu era músico alaudis- (c) Pixabay

ta, e pode ser que o jovem tenha contribu-


ído com os experimentos paternos de ten- Em 1609, ouviu falar de um estranho
ÃO
são e afinação de cordas. A educação for- dispositivo inventado nos Países Baixos,
mal de Galileu ocorreu na Universidade um instrumento composto de duas lentes
de Pisa, onde ele se matriculou em 1581, em um tubo e capaz de fazer com que
inicialmente para estudar medicina. Com objetos distantes parecessem próximos.
Ç

a desaprovação de seu pai, Galileu passou Era o telescópio, e Galileu imediatamente


a maior parte do tempo debruçado sobre pôs mãos à obra para construir o seu
U

a ciência dos números e abandonou a uni- próprio. Um ano depois já estava


versidade em 1585, sem obter o diploma. investigando os céus com um aparelho
D

Continuou a estudar matemática que oferecia uma ampliação aparente de


nos quatro anos seguintes, ganhando vinte vezes. Foi um ponto de inflexão na
O

dinheiro com aulas particulares até ser sua carreira.


nomeado para uma cátedra universitária Munido de seu telescópio, Galileu
R

em 1589. Foi durante esse período que descobriu as quatro luas de Júpiter e
supostamente demonstrou sua teoria da notou que suas fases indicavam que elas
EP

velocidade de objetos em queda, largando orbitavam em torno de Júpiter. [...] Galileu


pesos do alto da torre inclinada de Pisa. também viu estrelas que eram invisíveis
Suas ideias pouco ortodoxas renderam- a olho nu. Imediatamente publicou suas
lhe a reprovação por parte das autoridades descobertas em um livreto dedicado a
R

universitárias e, em 1592, Galileu foi um de seus ilustres alunos, Cosimo II de


obrigado a se mudar para Pádua, onde Médici, grão-duque de Florença. Como
lecionou até 1610. Em apuros por causa recompensa, Cosimo levou-o de volta à
das exigências financeiras de sua família Toscana em triunfo.
após a morte do pai, ganhou dinheiro extra Agora com maior liberdade financeira,
era o Sol, e não a Terra, que estava no
centro do Universo.
100
4 Anos depois, embora estivesse ficando
cego, continuou estudando, concentrando-
se na natureza e na força dos materiais
e em 1638 seu outro livro [Discursos e
demonstrações matemáticas sobre duas

A
novas ciências] foi publicado na Holanda
em 1638. Morreu quatro anos depois, aos

ID
77 anos.
MONTEFIORE, Simon Sebag. Titãs da
história: os gigantes que mudaram o nosso

IB
mundo. Tradução de Renato Marques. São Paulo:
Planeta do Brasil, 2018. (adaptado)

O
PR
GLOSSÁRIO
(c) Pixabay

Alaudista: pessoa que toca


Galileu pôde dar prosseguimento a alaúde, instrumento de cor-
suas investigações em ritmo acelerado.
ÃO
das muito difundido na Eu-
Estudou os anéis de Saturno e descobriu ropa, da Idade Média ao Bar-
que Vênus, assim como a Lua, passava por roco.
fases – indicação de que se movia em torno
do Sol. Em virtude dessas descobertas ele
Ç

se engajou com a teoria – proposta por


Nicolau Copérnico um século antes – que
U

5. Desafio!

Aponte no mapa a seguir o país de


D

ATIVIDADES
nascimento de Galileu e os Países
Baixos.
O

1. Há palavras desconhecidas por


R

você no texto? Se sim, anote-as e


procure o significado delas no dicio-
nário.
EP

2. Formule frases com as palavras


anotadas no exercício anterior.
R

3. Por que Galileu abandonou a fa-


culdade de medicina?

4. Faça um resumo do texto que


você acabou de ler.
6.2 REFLEXÕES DA LÍNGUA: ADJETIVOS
Nesta seção, você estudará a classe
101
5
gramatical dos adjetivos. Você consegue
definir essa classe de palavras? Em breves
palavras, podemos dizer os adjetivos são as
palavras que exprimem as características

A
dos seres. Dito de outra forma, são os
vocábulos que acompanham o substantivo

ID
para caracterizá-lo ou estabelecer com
ele uma relação de espaço, de tempo, de
finalidade, de propriedade, de procedência

IB
etc. Ademais, os adjetivos podem ser (c) Pixabay

classificados das seguintes formas:

O
restritivos ou explicativos, primitivos ou um adjetivo que se refere a uma
derivados, simples ou compostos, além característica inata do ser, esse adjetivo
de pátrios. Vejamos a seguir cada uma é classificado como explicativo. O mesmo

PR
dessas classificações. ocorre quando dizemos: o fogo quente, a
neve fria, o leite branco, o homem mortal
a) Classificação: restritivo e ex- etc. Essas são características inerentes
plicativo desses seres, isto é, que não podem ser
ÃO
modificadas, que fazem parte da própria
Quanto à função de determinar os natureza desses seres.
seres, os adjetivos podem ser classificados Quando, porém, aplicamos ao ser
como restritivo ou explicativo. Observe: uma característica que não é de todos
os seres daquela espécie, o adjetivo em
Ç

• O homem busca o equilíbrio entre questão é classificado como restritivo. É


a fé e a razão. o caso, por exemplo, expresso na terceira
U

• O homem racional busca o equilí- oração: o homem religioso. Como já dito,


brio entre a fé e a razão. sabemos que nem todo homem é religioso;
D

• O homem religioso busca o equilí- portanto, o adjetivo dado a ele nessa


brio entre a fé e a razão. oração apenas o diferencia dentro do seu
O

grupo. Veja mais alguns exemplos:


Qual a diferença ao expressarmos a
R

mesma ideia nas três formas apresentadas • O pássaro negro voa em direção ao
acima? Perceba que a primeira oração é mar.
EP

escrita sem o uso de nenhum adjetivo. Na • As pequenas árvores enfeitam as


segunda oração, há o adjetivo racional ruas da cidade.
e na terceira o adjetivo religioso. Além • Aquela mulher alta quer ser mo-
do significado, obviamente, o que mais delo.
R

difere o adjetivo racional do religioso


nesse contexto em que ele é aplicado Perceba que em todas as orações
ao ser humano? Ora, sabemos que todo anteriores o adjetivo se refere a uma
ser humano é racional, mas nem todos característica que não pertence a todos os
são religiosos. Assim, quando aplicamos seres daquela espécie: nem toda mulher
é alta, nem toda árvore é pequena e
nem todo pássaro é negro. Portanto, são escorregar; insensato – derivado de
102
6 adjetivos restritivos. sensato; etc.

b) Primitivo e derivado, simples • Simples – são aqueles formados de


um só elemento, uma só palavra.
e composto

A
Exemplos: escuro, largo, grande,
Quanto à formação dos adjetivos, eles
brasileiro etc.
podem ser:

ID
• Primitivos – são aqueles que dão
• Compostos – são aqueles formados
origem a novas palavras e que não deri-
por mais de um elemento.
vam de outro vocábulo, ou seja, sua for-

IB
mação independe de outra palavra.
Exemplos: luso-brasileiro, cor-de-
-rosa etc.
Exemplos: alegre (dá origem a ale-

O
gria, alegremente, alegrar), fiel (fi-
Alguns adjetivos compostos possuem
delidade, infiel); feio (feiura), pobre
mais de um elemento, mas são escritos de

PR
(pobreza) etc.
forma unida, ou seja, sem hífen, em uma só
palavra, como ultravioleta, socioeconômico
• Derivados – são aqueles formados
etc.
a partir de outras palavras, que podem
ser substantivos ou verbos, ou até mesmo
c) Adjetivos eruditos
outro adjetivo. Assim, para formar um
ÃO
adjetivo derivado, mantemos o radical
Existem também os adjetivos eruditos,
da palavra e acrescentamos um sufixo ou
que significam relativo a, semelhante a,
prefixo a ela.
próprio de, da cor de. Veja na tabela a
seguir alguns desses adjetivos:
Ç

Exemplos: estelar – derivado de


estrela; escorregadio – derivado de
U

açúcar sacarino gato felino, felídeo


D

água hídrico gelo glacial


águia aquilino guerra bélico
O

aluno discente homem viril


anel anular igreja eclesiástico
R

aranha aracnídeo ilha insular


arcebispo arquiepiscopal inverno hibernal
EP

astro sideral irmão fraternal


audição auditivo jovem juvenil
baço esplênico lágrima lacrimal
R

bálsamo balsâmico leão leonino


bexiga vesical lebre leporino
bispo episcopal leite lácteo, láctico
boca bucal, oral limão, laranja cítrico
bode hircino lobo lupino
boi bovino Lua lunar
braço braquial madeira, lenha lígneo
brejo palustre mar marinho, marítimo
cabeça cefálico manhã matutino, matinal
R
EP
R
O
D
U
Ç
ÃO
PR
O
IB
ID
7
103

A
d) Adjetivos pátrios
- Paraíba – paraibano
104
8 Há também os adjetivos pátrios que
- Rio Grande do Norte – potiguar,
norte-rio-grandense ou rio-granden-
são derivados de substantivos e se refe-
se-do-norte
rem a continentes, países, estados, cida-
- Ceará – cearense
des, províncias, regiões e povoados, raças
- Piauí – piauiense
e povos. Exemplos:

A
- Maranhão – maranhense

- Portugal – português

ID
- Tocantins – tocantinense
- Brasil – brasileiro
- Pará – paraense ou parauara
- Estados Unidos – norte-americano,
- Amapá – amapaense
ianque

IB
- Roraima – roraimense
- Japão – japonês, nipônico
- Amazonas – amazonense
- Angola – angolano
- Acre – acriano ou acreano

O
- Chile – chileno
- Rondônia – rondoniense ou rondo-
- Alemanha - alemão
niano

PR
Adjetivos pátrios brasileiros
- Mato Grosso – mato-grossense
- Goiás – goiano
- Minas Gerais – mineiro
- Mato Grosso do Sul – mato-grossen-
- Rio de Janeiro (estado) – fluminense
se-do-sul ou sul-mato-grossense
- Rio de Janeiro (cidade) – carioca
ÃO
- Distrito Federal –brasiliense
- São Paulo (estado) – paulista
- São Paulo (cidade) – paulistano
- Paraná – paranaense ou tingui
- Espírito Santo – espírito-santense
- Santa Catarina – catarinense, san-
ou capixaba
Ç

ta-catarinense ou barriga-verde
- Rio Grande do Sul – gaúcho, rio-
- Bahia – baiano
U

-grandense-do-sul ou sul-rio-gran-
- Sergipe – sergipano ou sergipense
dense.
- Alagoas – alagoano ou alagoense
D

- Pernambuco – pernambucano
O

ATIVIDADES
R
EP

1. Copie as frases a seguir e sublinhe brilhantes!


os adjetivos. d) A caridosa senhora cuida dos en-
a) A sonora música clássica envolvia fermos pobres.
o jovem casal que dançava. e) O guarda-chuva preto está estra-
R

b) O casarão parecia mal-assom- gado.


brado, por isso assustava as pequenas f) Os olhos castanhos da moça en-
crianças de fértil imaginação. cantaram o jovem rapaz.
c) Os bons livros formam leitores 2. Classifique os adjetivos do exercício
anterior como: simples ou composto, que se pede entre parênteses.
primitivo ou derivado, restritivo ou a) Ester é uma aluna ____________. 105
9
explicativo. (adjetivo simples)
b) Beto entrou naquele car-
3. Reescreva as orações a seguir acres- ro_________ , por isso o perdi de vista.
centando adjetivos aos substantivos. (adjetivo restritivo)

A
Faça as alterações que julgar necessá- c) Aquele menino é muito
rias. __________. (adjetivo composto)

ID
a) Aos filhos cabe honrar o pai e a d) A noite ___________me causava
mãe. medo. (adjetivo explicativo)
b) O balanço ainda diverte a mole- e) Ele ficou ______________ devido

IB
cada. ao ocorrido. (adjetivo derivado)
c) O tenista acertou a bola na arqui-
bancada. 5. Dê os adjetivos pátrios referentes

O
d) A cerimônia ocorrerá amanhã. aos seguintes lugares.
e) Os convidados aguardavam a che- a) Rússia

PR
gada do presidente. b) Japão
f) Saíram correndo quando ouviram c) Alemanha
o som do alarme. d) Portugal
e) Espanha
4. Complete as frases a seguir com o f) Estados Unidos
ÃO
Ç

6. Desafio!
a) Veja o mapa do Brasil a 20
U

19
seguir e dê o nome dos adje-
tivos pátrios referentes aos
D

21
estados. Escreva o nome do 18 16 14
13
estado e o adjetivo corres- 12
O

15
pondente. Siga o exemplo. 11
22 23 17 10
Modelo: Rio Grande do 8
9
R

24
Sul = gaúcho, rio-granden-
27
se-do-sul ou sul-rio-gran- 26
dense.
EP

7 6
25
b) Faça pesquisas sobre os estados brasilei- 4 5
ros e depois formule frases ou redija um tex-
3
to em que você expresse as características de
R

2
cada estado ou das pessoas desses lugares.
Para isso, procure usar adjetivos eruditos e 1 (c) Pixabay

sublinhe-os. Quanto aos adjetivos não erudi-


tos, circule-os e classifique-os.
Modelo:
106
10 1. Como são belos os estados meridionais brasileiros: Rio Grande do Sul, Santa
Catarina e Paraná!
As cidades gaúchas nos presenteiam com suas paisagens oníricas. O litoral
catarinense também enche os olhos de moradores e visitantes que buscam repouso
diante de uma visão paradisíaca...

A
• Belo: adjetivo simples, primitivo, restritivo.
• Gaúcha: adjetivo simples, primitivo, restritivo.

ID
• Catarinense: adjetivo simples, primitivo, restritivo.

IB
6.3 TIPO TEXTUAL: DESCRITIVO

O
Antes de iniciarmos esta seção, 2) Descrição de uma cidade
escreva em seu caderno as principais
características dos tipos textuais que

PR
você estudou até agora. Nesta seção, você CULTURA
estudará um novo tipo textual: descritivo.
Relembradas as características dos No setor cultural [de Poços de
tipos textuais estudados anteriormente, Caldas] destacam-se o Complexo
iniciemos a explicação do tipo textual Cultural da Urca, instalado no
ÃO
descritivo. Os textos desse tipo são antigo Cassino da Urca, que possui
aqueles escritos para descrever pessoas, um teatro aparelhado para receber
lugares, acontecimentos, animais, objetos apresentações do circuito nacional,
etc. Assim, são produzidos com o objetivo além de salões de exposição e uma
biblioteca. (...)
Ç

de fornecer ao leitor descrições detalhadas


e verídicas a respeito do tema escolhido. São diversos os cinemas, auditórios
e festas tradicionais, que atraem um
U

Dentro desse tipo textual, há os seguintes


gêneros: reportagens, relatos históricos, contingente de pessoas para a cidade,
anúncios, currículos, autobiografia, nas mais diversas épocas do ano.
D

biografia, entre outros. Veja abaixo alguns Há eventos culturais anuais como
textos descritivos: o Festival Música nas Montanhas,
O

Julhofest, Festa Uai, Festa de São


1) Curriculum Vitae Benedito, Feira do Livro, entre outros.
Poços de Caldas conta com diversas
R

praças e parques de expressiva


Nome completo: Adriano da Silva Dias qualidade ambiental e paisagística,
EP

Data de nascimento: 13/03/1986 além de uma variedade de clubes


Estado civil: Solteiro esportivos e sociais dentre outros
Formação acadêmica equipamentos que garantem as
Ensino Superior: Licenciado em opções de lazer às pessoas de todas as
R

Geografia camadas sociais. Merecem destaque


Experiência profissional ainda: o campo de golfe, kartódromo,
Professor da rede municipal de ensino clube hípico, aeroclube, os ginásios
da cidade de Florianópolis – SC poliesportivos e o estádio municipal
(2010 – 2018) Ronaldo Junqueira.
3) Descrição de um local
Gertrudes, casou com o rei André II,
da Hungria, e foi mãe de Santa Isabel 107
11
Teleférico da Hungria. [...]
Dois irmãos de Santa Edviges
Com estação em frente ao Palace seguiram a carreira eclesiástica
Casino, o teleférico liga o Parque e foram bispos. Os outros dois se
José Affonso Junqueira ao topo do

A
destacaram no campo militar.
Parque da Serra de São Domingos.
Suspenso por cabos de aço e (Andrade, A. Santa Edviges. São Paulo:

ID
sustentado por torres a uma altura de Artpress, 2000)
aproximadamente 20m, o teleférico
possui 30 cabines com capacidade

IB
para quatro pessoas cada. Durante o
a) Gênero textual: biografia
trajeto, pode-se ter uma bela vista da
cidade e da vegetação da serra.

O
Biografias
Endereço: Parque José Affonso Jun- são textos escri-
tos com o obje-

PR
queira, s/n, centro
tivo de trazer
Telefone: (35) 3697-2304 para o leitor
fatos e informa-
©LeloJr.
ções a respeito
ÃO
de alguma per-
sonalidade fa-
mosa. Trata-se
da história real
de uma pessoa.
Ç

Assim, as bio-
grafias descrevem sua vida, carreira, fa-
U

mília, características físicas e personali-


dade, além de suas preferências e feitos
D

durante a vida. Quando um autor escreve


um texto sobre a própria vida, chamamos
O

4) Biografia
o escrito de autobiografia. Uma das auto-
Santa Edviges nasceu em 1174, na biografias mais famosa é a contada no li-
R

Baviera (região sul da Alemanha), vro O diário de Anne Frank, uma menina
numa família de poderosos e ricos judia que relatava seu dia a dia durante
EP

senhores feudais, ligada por laços o tempo em que passou escondida em um


de parentesco com grandes famílias porão devido à ascensão de Hitler na Ale-
soberanas da Cristandade. manha durante a Segunda Guerra Mun-
Seu pai, Bertoldo VI de Andech (+ dial. Outra autobiografia de grande su-
R

1204), foi pessoa de grande influência cesso é a famosa História de uma Alma,
na Corte do Imperador Frederico escrita por Santa Teresinha do Menino
Barbaroxa, e participou da Terceira Jesus. Citemos também o livro A história
Cruzada. de minha vida, autobiografia de Helena
Uma das irmãs de Santa Edviges, Keller.
pelo sangue (pois descendiam de troncos
Hellen Keller foi uma mulher reais) e também pela piedade e virtudes
108
12 que ganhou grande destaque exemplares.
por sua superação de vida. Aos Foi batizado na Catedral de Lisboa,
dezoito meses ficou cega e surda onde ainda hoje se conserva a pia batis-
subitamente devido a uma doença mal. Recebeu o nome de Fernando, que
que foi diagnosticada naquela época significa, em grego, flor ou lírio.

A
como febre cerebral. Entretanto, O futuro Santo deu mostras, desde pe-
quenino, de santidade eminente. Sempre
apesar de todas as dificuldades,

ID
se destacou de seus companheiros pela
tornou-se escritora, filósofa e
aplicação nos estudos e pela piedade sin-
conferencista. Sua aprendizagem é
gular. [...] Depois de ter maduramente re-
fruto do trabalho da sua professora fletido, decidiu ingressar na vida religio-

IB
Anne Sullivan, de quem Helen ficou sa. [...]
muito amiga. Hellen Keller faleceu
em 1º de junho de 1968.
Anthony van Dyck (1630)

O
PR
ÃO
Ç
U
D

(CC - PD)
Hellen Keller com Anne Sullivan
O
R

Observe a seguir trechos de uma bio- Santo Antônio de Pádua e o milagre


da mula
EP

grafia e de uma autobiografia:

Texto 1: Biografia de Santo Antônio Depois de tomar o hábito franciscano,


Fernando passou a esconder sistemati-
R

Santo Antônio de Lisboa (também co- camente sua grande cultura. Procurava
nhecido como Santo Antônio de Pádua) parecer um homem simplório e queria
nasceu a 15 de agosto de 1195, em Lisboa, ser esquecido de todos. Quis até mesmo
capital do Reino de Portugal. esconder o próprio nome e, por devoção a
Era o segundo filho de Martim de Bu- Santo Antônio do Deserto, adotou o nome
lhões e de Teresa Maria Taveira, nobres de Antônio.
Era infatigável o zelo de Frei Antônio você pode ver, Kitty, ainda estou viva, e,
pelo bem das almas. Não somente se em- como diz papai, isso é o mais importante.
penhava de dia no púlpito e no confessio- (Frank, Anne. O diário de Anne Frank.
109
13
nário, mas ainda de noite, velando muitas Tradução de Ivanir Alves Calado. 49ª ed. Rio de
horas, se dedicava à oração. Janeiro: BestBolso, 2017)
(Brito, Fernando Tomás de. Santo Antônio. São
Paulo: Artpress, 2000)

A
ID
Texto 2: Autobiografia de Anne Frank

Domingo, 14 de junho de 1942

IB
Vou começar a partir do momento em
que ganhei você, quando o vi na mesa, o
meio dos meus outros presentes de ani-

O
versário. (Eu estava junto quando você foi
comprado, e com isso eu não contava.)
Na sexta-feira, 12 de junho, acordei às

PR
seis horas, o que não é de espantar; afinal,
era meu aniversário. Mas não me deixam
levantar a essa hora; por isso, tive de con-
trolar minha curiosidade até quinze para
as sete.
ÃO
[...]
Quarta-feira, 8 de julho de 1942
Querida Kitty,
Parece que já se passaram anos des-
Ç

de a manhã de domingo. Aconteceu tanta


coisa, que é como se o mundo inteiro tives-
U

se virado de cabeça para baixo. Mas, como


D

Produzindo!
O

1. Com base nos seus estudos a respeito do tipo textual descritivo, escreva uma autobio-
grafia. Abaixo há alguns dos elementos fundamentais para que sua autobiografia seja
R

bem escrita:
EP

a) Nome e sobrenome; f) O que mais gosta de fazer;


b) Data e local de nascimento; g) Coisas que lhe desagradam;
c) Nome dos pais; h) Fatos marcantes de sua vida;
d) Pessoas com quem mora; i) Sonhos que deseja realizar.
R

e) Cidade em que vive atualmente


(caso não seja a cidade de nascimento);

2. Faça uma pesquisa sobre grandes personalidades que se destacaram na história:


cientistas, santos, padres, inventores, artistas etc. Escolha apenas um nome e pesquise
a fundo sobre essa pessoa. Recolha informações verídicas e necessárias para que você
escreva uma bela biografia. Siga o roteiro a seguir:
110
14
Estrutura: 3. Desenvolvimento
• Fatos importantes da vida da
1. Título pessoa: feitos, sonhos, realizações.

A
Crie um título que chame a aten- Nos parágrafos de desenvolvimento,
ção do leitor, que desperte nele o in- você discorrerá sobre a vida do perso-

ID
teresse pela sua obra. nagem: infância, adolescência, vida
adulta e realizações. Lembre-se: os
2. Introdução fatos narrados devem ser reais, por

IB
• Justificativa – razão pela qual isso é fundamental que você faça
decidiu escrever a respeito desse per- pesquisas em fontes confiáveis. De-
sonagem; senvolva aqui a carreira, as conquis-

O
• Nome da personalidade; tas e as ações no mundo da pessoa.
• Local e data de nascimento;

PR
• Familiares; 4. Desfecho
• Profissão. • Conclusão do texto.
Nesse parágrafo introdutório, No parágrafo de conclusão, você
apresente o argumento que mostre deverá repassar brevemente as prin-
por que tratar da vida desse perso- cipais realizações do personagem e
ÃO
nagem é importante. Seja cativante! todos os fatos de maior importância
Conte um fato interessante a respei- que você apontou no texto. Além dis-
to da vida da pessoa sobre quem você so, você pode concluir o parágrafo de
escreve, familiarize o leitor com o desfecho com alguma frase sua em
Ç

personagem apresentando seu nome, que você exponha sua opinião a res-
local e data de nascimento, nome de peito do personagem ou até mesmo
U

familiares e sua profissão. alguma frase da própria personali-


dade de quem você escreveu.
D
O

Sou conhecido como o padre dos jovens. Minha história


R

já foi contada muitas vezes em livros e produções cinemato-


gráficas. Quiçá todos os jovens se atraíssem pelas coisas de
EP

Deus e eu tivesse conseguido ajudar Jesus Cristo a guiar a


todos no caminho da salvação! Mas a você, meu jovem, que
está lendo este texto, deixo uma pequena missão: faça uma
pesquisa a respeito da minha vida. Há livros como Sonhos
R

de São João Bosco, que podem auxiliá-lo. Há também fil-


mes que retratam um pouco da minha obra durante minha
estadia neste mundo. Após a pesquisa, escreva um pequeno
texto em que você contará um pouquinho sobre quem foi
este servo de Deus.
6.4 HOMONÍMIA E PARONÍMIA
Nesta seção, você estudará a homoní- 111
15
mia e a paronímia, que são termos que se  apreçar (avaliar, colocar preço) e
referem à escrita e ao som semelhantes apressar (acelerar);
em palavras com significados diferentes.  ascender (subir) e acender (pro-
Não só na língua portuguesa, mas em duzir chama, luz);

A
muitos outros idiomas nos deparamos  acento (sinal gráfico) e assento
com palavras que são escritas da mesma (local onde se senta).

ID
maneira, porém possuem significados di-
ferentes. Ou mesmo palavras que se as- • Homófonos homográficos – são os
semelham na grafia ou no som, mas que homônimos perfeitos, isto é, palavras cuja

IB
também não significam a mesma coisa. A escrita e pronúncia são iguais e apenas o
esses incidentes damos o nome de homô- significado é diferente. Exemplos:

O
nimos e parônimos. Veja a seguir.
 serra (conjunto de montanhas),
Homônimos: diz respeito às palavras serra (instrumento de corte com lâ-

PR
que, embora tenham a mesma pronúncia mina dentada) e serra (do verbo ser-
ou até a mesma grafia, possuem significa- rar);
dos diferentes. Exemplos: cedo (substan-  rio (do verbo rir) e rio (substan-
tivo), cedo (verbo); verão (substantivo), tivo);
ÃO
verão (verbo).  leve (substantivo) e leve (do ver-
As palavras homônimas são classifica- bo levar);
das em:

• Homógrafos heterofônicos – são


Ç

homônimos iguais na escrita, mas com


pronúncia diferente, seja devido ao timbre,
U

seja devido à intensidade das vogais.


Exemplos:
D

 apoio (substantivo, letra o com


O

som fechado) e apoio (verbo, letra o


com som aberto); (c) Vecteezy
R

 acordo (substantivo, letra o com


som fechado) e acordo (verbo, letra Veja alguns dos homônimos mais
conhecidos:
EP

o com som aberto);


 sede (substantivo, letra e com som
fechado) e sede (matriz; substantivo, Cerrado – fechado; bioma brasileiro.
letra e com som aberto). Serrado – que foi cortado com serra.
R

Viagem – substantivo.
• Homófonos heterográficos – são as
Viajem – forma do verbo viajar.
palavras cuja pronúncia é igual, mas se
diferem no modo de escrever. Caçar – capturar, prender.
Exemplos: Cassar – invalidar, anular.
Cem – número. Eminente – que está em posição eleva-
Sem – preposição. da; que supera os demais.
112
16 Iminente – algo que está prestes a
Passo – forma do verbo passar. acontecer.
Paço – palácio.
Cesta – recipiente.
Aço – tipo de metal. Sesta – descanso após o almoço.

A
Asso – forma do verbo assar.
Comprimento – extensão.
Cumprimento – do verbo cumprir ou

ID
Caçado – aquilo que foi capturado,
morto por caçadores. cumprimentar.
Cassado – anular, proibir (mandatos,
direitos políticos, licença etc.) Bebedor – aquele que bebe.

IB
Bebedouro – local em que se bebe.
Seção – ação ou efeito de cortar, de di-
Emergir – subir, fazer vir ou vir à tona;

O
vidir algo em partes; parte de um todo;
repartição de uma empresa ou de órgãos aparecer das águas.
do governo etc. Imergir – mergulhar, afundar.

PR
Sessão – tempo em que se realiza de-
terminada atividade; reunião. Importar – trazer de outra cidade, país
Cessão – do verbo ceder, ou seja, desis- ou estado.
tir de algo em favor de alguém. Exportar – levar, transportar para ou-
tra cidade, país ou estado.
ÃO
Manga – fruto da mangueira.
Manga – parte da camisa. Imigrante – pessoa que se estabeleceu
em outro país.
Emigrante – pessoa que sai de um país
para viver em outro.
Ç

Descrição – vem do verbo descrever,


U

que significa falar por escrito ou oral-


mente a respeito de como é ou foi al-
D

guém ou algo.
Discrição – qualidade de ser discreto,
O

de manter-se discreto quanto a algo;


não chamar a atenção.
R

Mandado – alguém que recebeu or-


dens; algo ou alguém enviado.
(c) Freepik
EP

Parônimos: são as palavras semelhan- Mandato – missão, dever, decreto, au-


tes na pronúncia e na escrita, porém torização.
não idênticas. Nos parônimos há sempre
Couro – a pele de alguns animais; pele
uma diferença de escrita e pronúncia,
R

da cabeça das pessoas (couro cabeludo).


porém, alguns, devido à grande seme-
Coro – conjunto de pessoas que cantam
lhança, acabam pronunciados da mes- juntas.
ma maneira na linguagem coloquial, o
que gera algumas dúvidas na hora de Soar – fazer, produzir um som.
escrevê-los. Suar – ato de transpirar.
Desapercebido – que não está pre-
Absolver – declarar a inocência de al- parado; desprevenido ou desprovido de
guém. algo. 113
17
Absorver – reter, recolher substâncias
líquidas. Dilatar – aumentar de volume, esten-
der.
Cavaleiro – aquele que anda a cavalo; Delatar – denunciar por crime.

A
que sabe montar.
Cavalheiro – homem educado e cortês. Despensa – local em que se guardam

ID
mantimentos.
Dispensa – ato de dispensar, ou seja,
não precisar de, demitir, recusar.

IB
Flagrante – algo visto no exato momen-
to em que acontece; notório, evidente.

O
Fragrante – cheiroso, perfumado.

Peão – domador de cavalos; aquele que

PR
anda a pé.
(c) Freepik Pião – brinquedo.

Tráfego – refere-se ao trânsito; movi- Ratificar – aceitar.


mentação ou fluxo de carros. Retificar – corrigir.
ÃO
Tráfico – atividade de comércio ilegal,
clandestino; comércio, negócio. Inflação – alto dos preços.
Infração – violar a lei.
Despercebido – aquele ou aquilo que
passa sem ser percebido; desatento, dis- Recrear – proporcionar diversão.
Ç

traído. Recriar – criar novamente.


U

ATIVIDADES
D
O

1. Faça uma tabela copiando as palavras a seguir na coluna correspondente. Veja


o exemplo:
R
EP

Homógrafos heterofônicos Homófonos heterográficos Homófonos homográficos


São (saudável)
são (saudável) e são
e são (forma
(forma do
doverbo
verboser)
ser)
R

são (saudável) e são (forma livre (adjetivo) e livre espiar (observar) e expiar
do verbo ser) (forma do verbo livrar) (pagar pena)
senso (juízo) e censo
cedo (advérbio) e cedo gosto (forma do verbo
(conjunto de dados
(forma do verbo ceder) gostar) e gosto (substantivo)
estatísticos)
faculdade (instituição de
colher (substantivo = talher) tacha (pequeno prego) e
ensino) e faculdade
e colher (verbo = recolher) taxa (imposto)
(capacidade intelectual)
cerrado (bioma brasileiro) e
concerto (sessão musical) e rio (forma do verbo rir) e rio
serrado (algo que foi cortado
conserto (reparo) (substantivo)
com uma serra)
são (saudável) e são (forma livre (adjetivo) e livre espiar (observar) e expiar
do verbo ser) (forma do verbo livrar) (pagar pena)
senso (juízo) e censo
cedo (advérbio) e cedo gosto (forma do verbo
(conjunto de dados
(forma do verbo ceder) gostar) e gosto (substantivo)
estatísticos)
faculdade (instituição de
114
18 ensino) e faculdade
colher (substantivo = talher) tacha (pequeno prego) e
e colher (verbo = recolher) taxa (imposto)
(capacidade intelectual)
cerrado (bioma brasileiro) e
concerto (sessão musical) e rio (forma do verbo rir) e rio
serrado (algo que foi cortado
conserto (reparo) (substantivo)
com uma serra)

A
chá (bebida) e xá (antigo
força (forma do verbo forçar) como (conjunção), como
soberano da Pérsia, atual
e força (substantivo) (forma do verbo comer)
Irã)

ID
verão (substantivo) e verão experto (especialista) e olho (substantivo) e olho
(forma do verbo ver) esperto (perspicaz) (forma do verbo olhar)
sessão (tempo de duração de

IB
choro (substantivo) e choro zelo (substantivo = cuidado)
determinada atividade) e
(forma do verbo chorar) e zelo (forma do verbo zelar)
seção (parte de uma divisão)
acerto (forma do verbo boto (substantivo = animal
amo (substantivo = patrão) e

O
acertar) e acerto marinho) e boto (forma do
amo (forma do verbo amar)
(substantivo) verbo botar)
consolo (substantivo =

PR
coser (costurar) e cozer tênis (calçado) e tênis
alívio) e consolo (forma do
(cozinhar) (esporte)
verbo consolar)

2. Classifique os grupos de palavras c) absolvido – fragrante – infração;


abaixo como homônimos ou parônimos: d) absorvido – fragrante – inflação.
ÃO
a) para (verbo) e para (preposição)
b) infligir – infringir. 5. Complete as orações a seguir com os
c) degradar e degredar. parônimos e homônimos corresponden-
d) pomos (substantivo) e pomos (do tes.
Ç

verbo pôr). a) O aluno não empregou o _________


e) despercebido e desapercebido. correto. (assento/ acento)
U

f) soar e suar. b) Os visitantes ficaram surpresos


g) governo (ministério) – governo com o _______ brasileiro. (cerrado/ser-
D

(verbo). rado)
c) A vizinha ___________ o comer-
O

3. É possível que uma pessoa seja emi- ciante. (delatou/dilatou)


grante e imigrante ao mesmo tempo. d) A escola proporcionou um passeio
Justifique essa afirmação. para __________ os alunos. (recriar/re-
R

crear)
4. Escreva a frase a seguir empregan- e) O político teve seu _________
EP

do as palavras corretamente de acordo ___________. (mandado/mandato; cas-


com a alternativa que corresponde às sado/caçado)
lacunas. f) Encontraram dois navios _________
O réu foi __________ pelo juiz porque no fundo do oceano. (emersos/imersos)
R

não foi pego em ________ e, assim, a g) O ________ do vestido não agradou


________ não foi comprovada. à moça. (comprimento/cumprimento)
a) absorvido – flagrante – inflação; h) Todos ficaram admirados com a
b) absolvido – flagrante – infração; beleza do _______ da missa. (couro/coro)
6. Reescreva e corrija as frases que es-  Precedente e procedente;
tiverem escritas de maneira incorreta.  Sustar e suster;
115
19
a) O atleta estava soando muito.
 Fusível e fuzil;
b) Lucas pegou seu pião para brin-
 Deferir e diferir
car.
c) Na casa onde moro não tem dis-  Descriminar e discriminar

A
pensa.  Arrear e arriar.
d) O tráfico na avenida ficou compro-

ID
metido por causa do acidente.
e) Os cavaleiros se preparavam para
a cavalgada.

IB
7. Desafio!

O
Forme frases usando os parônimos
a seguir. Pesquise o significado das

PR
palavras em um dicionário. (c) Vecteezy
ÃO
Ç
U
D
O
R
EP
R
2
R
EP
R
O
D
U
Ç
ÃO
PR
O
IB
ID
A
Língua Portuguesa – 6º ano – CADERNO DO PROFESSOR

CAPÍTULO 1: HISTÓRIAS QUE MARCAM


GERAÇÕES

A
Caro professor, o objetivo deste capítulo é ajudá-lo a ensinar seus alunos a escrever palavras
com correção ortográfica, obedecendo às convenções da língua escrita (EF67LP32); para tanto,
você ensinará a seu aluno os fonemas para que percebam as diferenças de sons de cada

D
palavra (EF03LP01)(EF04LP01)(EF35LP13), orientá-los-á a consultar o dicionário para
esclarecer dúvidas sobre a escrita de palavras (EF35LP12)(EF04LP03); também os conduzirá

I
na construção de verbetes de dicionário ou glossário simples (EF05LP25); por fim, instrui-los-á

IB
a usar adequadamente a pontuação das pausas no texto (EF67LP33) (EF06LP11). Para isso,
proporemos a leitura atenta do conto “A roupa nova do imperador”, de Hans Christian
Andersen, referência no gênero conto de fadas (EF67LP28) (EF69LP53). Durante o trabalho de

O
compreensão e interpretação desse texto, fomentar-se-á o amor à verdade e à virtude da
coragem, relacionando-as ao baluarte São João Batista. O estudo do tipo textual narrativo e a
produção textual deste gênero animarão ainda mais seus alunos na defesa da verdade e

PR
coragem (EF67LP30).

1. CONTO DE FADAS
Oriente os alunos a lerem o texto duas vezes silenciosamente; após isso, os alunos lerão em voz
ÃO
alta coletivamente; depois, um aluno por vez pode ler uma parte do texto em voz alta.
Auxilie seus alunos a observar as palavras desconhecidas para ele e a sublinhá-las para futura
consulta ao dicionário.
Extraído de https://static.poder360.com.br/2018/11/roupa_nova_rei-texto.pdf
Ç

Considerar trabalhar o amor à verdade e o ódio à mentira; como diziam os antigos: “verdade
conhecida, verdade obedecida”. Interessante relacionar com São João Batista, que foi decepado
por defender a verdade.
U

ATIVIDADES
D
O

1. Professor, auxilie seus alunos no manuseio do dicionário.


2. O autor se chama Hans Christian Andersen, nasceu em 1805 e morreu em 1875. Era de
origem humilde, filho de sapateiro e lavadeira. Escreveu muitos contos famosos, como A
R

Pequena Sereia, O Patinho Feio e outros.


3. O rei, os cortesãos, os falsos tecelões, os súditos e o menino.
EP

4. O rei é vaidoso e não se preocupa com os interesses do povo.


5. O tempo da história é “Há muitos e muitos anos”.
6. Na cidade do rei.
7. Espera-se que o aluno saiba resumir os fatos narrados sem esquecer os pontos
R

essenciais. Essas questões são preliminares sobre o texto de Andersen; há outra seção
para aprofundar-se no texto.

2. FONEMA E LETRA
Não é objetivo que o aluno aprenda a transcrever foneticamente as palavras, mas apenas a
perceber os fonemas e a contá-los.

Capítulo 1 1
Coleção Unitrinus – Ensino Fundamental - 2023

ATIVIDADES

1. São os sons das palavras.


2. É a representação escrita dos fonemas.
3. Não necessariamente. Uma letra pode representar vários fonemas, a depender da
palavra.
4. Há: duas letras e um fonema (o h não tem som); rei: três letras e três fonemas; novas:

A
cinco letras e cinco fonemas; possuía: sete letras e seis fonemas; bosques: sete letras e
seis fonemas; trajes: seis letras e seis fonemas; hora: quatro letras e três fonemas;

D
qualquer: oito letras e sete fonemas; ocupado: sete letras e sete fonemas.

I
3. AS VOGAIS, SEMIVOGAIS E CONSOANTES

IB
* A letra k será mencionada nos casos especiais.

O
ATIVIDADES

PR
1. Vogais são sons formados pelas vibrações das cordas vocais sem obstáculo à passagem
do ar.
2. a) Deus/ João/ fé/ casa/ amor; b) fim/ João/ c) fé/ casa; d) fim/ João/ amor; e) fim/ Deus/
fé/ casa/ amor; f) Deus/ João/ casa/ amor.
3. e/c/d/f/a/b
4. As semivogais não possuem o som tão intenso quanto o das vogais; sempre terão som “i”
ÃO
e “u”.
5. As consoantes são caracterizadas pelo obstáculo à passagem do ar.
6. Os fonemas relativos às vogais são doze: a/ ã/ é/ ê/ en/ i/ in/ ó/ ô/ õ/ u/ un.
7. Sons de i e u.
Ç

8. Geralmente unindo o som da consoante com uma vogal, mas é possível demonstrar os
sons isolados também, como “rrrr”, “ffff”, “ssss”.
U

a) CASOS ESPECIAIS
Ç (c cedilhado) - Adaptado de ALMEIDA, Napoleão Mendes de. In: Gramática
D

Metódica da Língua Portuguesa, 21º ed.


H, M e N- Exemplos no tópico dos dígrafos.
X- É interessante, ao explicar os fonemas do X e dos dígrafos, que os alunos pronunciem
O

os respectivos sons com mais intensidade, a fim de que percebam que há apenas um
som.
R

ATIVIDADES
EP

1. Apenas nos casos de abreviaturas, símbolos, unidades de medida, nomes próprios,


nomes estrangeiros e seus derivados.
2. Em português a letra k foi substituída por “qu” e “c”.
R

3. Quando se quer fazer o som de “sê” diante das vogais “a, o e u”.
4. Cedilha é um c pequeno virado pra trás, posto abaixo do c.
5. A letra G pode ter som de J diante de E ou I, som “guê” (u mudo) como GA, GUE, GUI,
GO e GU; e ainda ter o som do U como semivogal como na palavra água, por exemplo.
6. Nenhum.
7. Quando estão no final das sílabas.
8. A letra X pode representar os sons “s” (fraco), “ ss” (forte), “z” (som zê), “x” (som chê), o
som “ks” ou mesmo nenhum som diante de c ou s.

2 Língua Portuguesa
Língua Portuguesa – 6º ano – CADERNO DO PROFESSOR

9. a. ninguém/ melhor/ que; b. homem/ hábil/ ninguém/ cumpre.

4. TIPO TEXTUAL: NARRATIVO


(Adaptado de: https://www.stoodi.com.br/blog/portugues/elementos-da-narrativa/ )

a) GÊNERO TEXTUAL: CONTOS DE FADAS

A
Adaptado de: https://silo.tips/download/contos-de-fadas-uma-leitura-comparada-entre-o-
tradicional-e-o-moderno

D
ATIVIDADES

I
IB
1. C
2. Os falsos tecelões chegam à cidade e se oferecem para fazer uma roupa para o rei.
3. B

O
4. Depois de denunciada a nudez do rei, ele seguiu com o desfile, fingindo estar vestido.
5. Enganar o rei.
6. Eles disseram que podiam fazer trajes magníficos com a qualidade especial de se tornar

PR
invisíveis para aqueles que não tivessem as qualidades necessárias para desempenhar
suas funções e também para aqueles que fossem muito tolos e presunçosos.
7. O rei caiu na mentira dos vigaristas porque era muito vaidoso.
8. O rei mandou seu primeiro-ministro visitar os tecelões.
9. Era um homem muito hábil e ninguém fazia suas tarefas melhor que ele.
ÃO
10. Questionou-se se era um tolo ou que não fazia bem sua função, já que não via tecido
algum.
11. Embora não visse a roupa, o rei não queria que ninguém suspeitasse que ele não fosse
capaz de vê-la.
12. a) vaidoso; b) falsos; c) vigaristas; d) corajoso.
Ç

13. Qualquer trecho que demonstre pensamento de algum personagem.


14. (Extraído de
U

http://www.vatican.va/content/benedictxvi/pt/audiences/2012/documents/hf_ben-
xvi_aud_20120829.html) Professor, o aluno deve ser contextualizado na vida de São
D

João Batista para entendimento do texto do discurso do Papa Emérito Bento XVI. 1.
Espera-se que o aluno responda associando o texto com a defesa da verdade. 2. Espera-
se que o aluno demonstre que a verdade deve ser defendida pelo que ela é,
O

independentemente da opinião dos demais.


R

5. AS PAUSAS NO TEXTO
EP

Professor, lembre-se de mencionar que a última enumeração não leva ponto e vírgula, e sim,
ponto final.
Adaptado de: ALMEIDA, Napoleão Mendes de. In: Gramática Metódica da Língua Portuguesa.
21. ed. São Paulo: Edição Saraiva, 1967.
R

ATIVIDADES

1. a. “Na véspera do grande dia ( , ) recebi a absolvição pela segunda vez ( . )”;
b. “Eu sou um cérebro( , ) Watson ( . ) O resto é mero apêndice( . )”;

Capítulo 1 3
Coleção Unitrinus – Ensino Fundamental - 2023
c. “Se tu vens ( , ) por exemplo ( , ) às quatro da tarde ( , ) desde as três eu começarei a
ser feliz ( . ) Quanto mais a hora for chegando( , ) mais eu me sentirei feliz ( . )”;
d. “Não existe triunfo sem perda ( ; ou , ) não há vitórias sem sofrimento ( ; ou , ) não
há liberdade sem sacrifício ( . )”
e. “Ele ( , ) pelo menos ( , ) estava alegre e eu angustiado ( ; ) ele seguro e eu inquieto.”
* Espera-se que o aluno perceba a melodia das pausas.

A
I D
IB
O
PR
ÃO
Ç
U
D
O
R
EP
R

4 Língua Portuguesa
Língua Portuguesa – 6º ano – CADERNO DO PROFESSOR

CAPÍTULO 2: ARTIGOS E NUMERAIS


Neste capítulo, as habilidades trabalhadas, de acordo com a BNCC, serão: (EF69LP50)
(EF03LP05).
Objetivos: trabalhar a leitura e a interpretação de textos, bem como o tipo textual narrativo e

A
gênero fábulas. O objetivo é que os alunos consigam identificar o gênero textual fábula como
integrante do tipo textual narrativo. Ademais, serão trabalhadas as classes dos artigos e dos
numerais. Assim, espera-se que, ao final deste capítulo, os alunos consigam compreender com

D
perfeição o que são os artigos e como devem ser empregados nas orações, bem como o que são
os numerais, sua leitura, escrita e emprego.

I
Objetivo da seção: O objetivo desta seção é que o(a) aluno(a) tenha contato com o gênero

IB
textual que será trabalhado no capítulo, a fim de se familiarizar com ele. A intenção é que o(a)
aluno(a) faça a leitura e a interpretação textual tentando, através de uma análise pessoal,
perceber quais são os elementos que compõem o gênero fábulas.

O
1. FÁBULAS

PR
Professor(a), sugerimos que o texto seja lido silenciosamente pelos alunos e
posteriormente com a turma, de modo que cada um leia um trecho. Oriente os alunos a
fazerem a leitura atenciosamente, sublinhando eventuais palavras desconhecidas.
Moral da História: Quem menospreza ou discrimina seu semelhante não deve se
surpreender se um dia lhe fizerem a mesma coisa.
ÃO

2. REFLEXÕES DA LÍNGUA: ARTIGOS E NUMERAIS


a) ARTIGO: CLASSIFICAÇÃO E EMPREGO
Ç

b) NUMERAL: CLASSIFICAÇÃO, LEITURA E ESCRITA


Achamos relevante mencionar que, para o gramático Evanildo Bechara, os numerais
U

ordinais, multiplicativos e fracionários encaixam-se melhor como substantivos ou


adjetivos. Segundo as palavras do próprio gramático:
A tradição gramatical, levando em conta mais a significação de certas palavras
D

denotadoras da quantidade e da ordem definidas, tem incluído entre os numerais próprios


— os cardinais — ainda os seguintes: os ordinais, os multiplicativos e os fracionários. Tais
O

palavras não exprimem propriamente uma quantidade do ponto de vista semântico, e do


ponto de vista sintático se comportam, em geral, como adjetivos que funcionam como
adjuntos, [...]
R

De modo que seria mais coerente incluir os ordinais, multiplicativos e fracionários,


conforme se apresentem no discurso, no grupo dos substantivos (dobro, metade, etc.) ou
EP

dos adjetivos (duplo, primeiro, etc.), como fazemos com último, penúltimo, anterior,
posterior, derradeiro, simples, múltiplo, etc., que denotam ordenação ou posição dos seres
numa série, sem imediata ou mediata relação com a quantidade.
(BECHARA, 2010, p. 182-183.)
Entretanto, para o livro do aluno, pensamos ser mais conveniente não tratar de tais
R

discussões gramaticais; deste modo, usamos como referência para a produção do material
do aluno a Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, do gramático Domingos Paschoal
Cegalla.
Frase 1. numeral; frase 2. artigo/numeral; frase 3. Numeral/numeral; frase 4. artigo/
numeral/ artigo.
Espera-se que o(a) aluno(a) consiga perceber quando temos um artigo ou quando temos
um numeral, apenas através da interpretação das frases. Sugerimos que, para o caso de a

Capítulo 2 5
Coleção Unitrinus – Ensino Fundamental - 2023
turma sentir muita dificuldade, o(a) professor(a) leia as frases com os alunos e ajude-os a
pensar se ali há o emprego de um artigo ou de um numeral. Assim, todos poderão chegar a
uma conclusão coletiva: sabemos que é um numeral quando a intenção do locutor é
enumerar a quantidade de elementos, ao passo que temos um artigo quando o objetivo é
apenas indicar a espécie. Ademais, sempre que a palavra um ou uma estiver
acompanhada de palavras como somente, apenas e afins, certamente temos um numeral.

c) FLEXÃO DOS NUMERAIS

A
ATIVIDADES

D
1. a) Chame a atenção dos alunos para que não confundam a preposição a com o artigo, e
nem o numeral um com o artigo indefinido.

I
A moça tecelã

IB
Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrás das beiradas da noite. E
logo sentava-se ao tear. Linha clara, para começar o dia. Delicado traço cor da luz, que ela
ia passando entre os fios estendidos, enquanto lá fora a claridade da manhã desenhava o

O
horizonte. Depois lãs mais vivas, quentes lãs iam tecendo hora a hora, em longo tapete
que nunca acabava. Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as pétalas, a moça

PR
colocava na lançadeira grossos fios cinzentos do algodão mais felpudo. Em breve, na
penumbra trazida pelas nuvens, escolhia um fio de prata, que em pontos longos rebordava
sobre o tecido. Leve, a chuva vinha cumprimentá-la à janela. Mas se durante muitos dias o
vento e o frio brigavam com as folhas e espantavam os pássaros, bastava a moça tecer com
seus belos fios dourados, para que o sol voltasse a acalmar a natureza. Assim, jogando a
lançadeira de um lado para outro e batendo os grandes pentes do tear para frente e para
ÃO
trás, a moça passava os seus dias. Nada lhe faltava. Na hora da fome tecia um lindo peixe,
com cuidado de escamas. E eis que o peixe estava na mesa, pronto para ser comido. Se
sede vinha, suave era a lã cor de leite que entremeava o tapete. E à noite, depois de lançar
seu fio de escuridão, dormia tranquila.
b) Sim, na oração “a moça passava os seus dias”, pois, diante de um pronome possessivo, o
Ç

uso do artigo definido pode ser dispensado. Entretanto, antepô-lo ao pronome não é
errado.
U

2. a) o Rio de Janeiro; d) o uso do artigo é optativo, ambas as formas – com ou sem artigo -
estão corretas; e) o Cairo.
3. a) Todas três foram bem na prova.
D

b) A casa cuja cor é amarela, pertencia ao Imperador.


c) O Brasil é um belíssimo país.
O

d) Sua Majestade tem muitos criados.


e) Os milhares de árvores foram cortados para a plantação de soja.
4. a) 5.786.934 = cinco milhões setecentos e oitenta e seis mil novecentos e trinta e quatro.
R

b) 19.045 = dezenove mil e quarenta e cinco.


c) 3.320 = três mil trezentos e vinte.
EP

d) 485 = quatrocentos e oitenta e cinco.


e) 292.133.194.281 = duzentos e noventa e dois bilhões cento e trinta e três milhões cento e
noventa e quatro mil duzentos e oitenta e um.
5. a) 300 anos;
b) mil anos;
R

c) 100 anos;
d) quatro anos;
e) cinco anos. (Lustro é uma palavra de origem latina que significa cinco anos.)
6. a) primeiro;
b) século quinto/ século quinze;
c) dezesseis;
d) nono/ décimo/ onze;

6 Língua Portuguesa
Língua Portuguesa – 6º ano – CADERNO DO PROFESSOR

e) segundo;
f) sexto/ sétimo/ dezenove.
7. a) numeral;
b) artigo;
c) artigo/ numeral;
d) artigo/ artigo/ numeral;
e) numeral.
8. O objetivo desse desafio é que os alunos absorvam melhor o conteúdo e percebam

A
eventuais dúvidas. Além disso, com a elaboração das atividades, serão estimuladas a
criatividade e a capacidade de se expressarem de forma inteligível, bem como a

D
socialização entre eles. Sugerimos duas formas para a aplicação do desafio: os próprios
alunos se organizam entre si para decidir quem ficará com os exercícios produzidos; ou

I
o(a) professor(a) organiza a turma, caso sinta necessidade de fazê-lo. É fundamental

IB
que todos os alunos recebam uma lista de exercícios; caso a turma seja composta por
um número ímpar de alunos, sugerimos que o(a) professor(a) também realize o desafio
e troque os exercícios com aquele(a) aluno(a) que ficou sem par.

O
3. GÊNERO TEXTUAL: FÁBULAS

PR
As fábulas são um recurso didático riquíssimo que pode ser um grande aliado do(a)
professor(a) quando o assunto é lição de moral, criatividade, uso de alegoria e ludicidade, além
do uso de alguns recursos estilísticos, como metáfora e comparação. Por isso, sugerimos que
o(a) professor(a) enriqueça a aula em que tratará desse gênero textual com outras fábulas,
dando-as para os alunos lerem e fazerem sua própria interpretação. Assim, uma sugestão é
ÃO
que as fábulas apresentadas a eles não tragam a moral, para que os próprios alunos
construam a lição que puderam aprender com a leitura feita.

4. CLASSIFICAÇÃO SILÁBICA
Ç

Achamos conveniente deixar para o livro do professor a seguinte informação: os encontros gn,
ps, pt e tm, quando internos, podem permanecer numa mesma sílaba, por exemplo, ma-gnó-lia,
U

di-gno etc. Acreditamos ser melhor que o(a) professor(a) julgue se apresentar tal informação
aos alunos causará confusão ou não, uma vez que ele(a) conhece sua turma e saberá como lidar
D

com a apresentação ou não dessa regra.


O

ATIVIDADES
R

1. a) des-cen-dên-cia = polissílaba; b) i-lha = dissílaba; c) vi-la-re-jo = polissílaba; d) psi-có-


lo-go = polissílaba; e) ó-dio = dissílaba; f) sa-ú-de = trissílaba.
2. b, d.
EP

3. SA A RA
SUB MA RI NO
VI Ú VO
DE CEP ÇÃO
R

PRE EN CHI MEN TO


4. Decepção= trissílaba, oxítona; submarino=polissílaba, paroxítona; Saara= trissílaba,
paroxítona; preenchimento= polissílaba, paroxítona; viúvo= trissílaba, paroxítona; juiz=
dissílaba, oxítona; assombrado= polissílaba, paroxítona.
5. a) sub-es-ti-mar; b) gra-tui-to; c) ca-te-ter; d) su-til; e) a-di-vi-nhar; f) as-cen-são; g) en-
xa-guei; h) o-pi-nar; i) op-ção; j) ig-no-rar; ca-cho-ei-ra.

Capítulo 2 7
Coleção Unitrinus – Ensino Fundamental - 2023

A
I D
IB
O
PR
ÃO
Ç
U
D
O
R
EP
R

8 Língua Portuguesa
Língua Portuguesa – 6º ano – CADERNO DO PROFESSOR

Capítulo 3: Formação de palavras


Neste capítulo, as habilidades trabalhadas, de acordo com a BNCC, serão: (EF67LP35)
(EF69LP47)

A
Objetivos: trabalhar a leitura e a interpretação de textos, bem como o tipo textual narrativo e
gênero contos maravilhosos. O objetivo é que os alunos consigam identificar o gênero textual

D
contos maravilhosos como integrante do tipo textual narrativo. Ademais, será trabalhada a
estrutura das palavras; desse modo, os alunos aprenderão o que é raiz, radical e tema, bem
como afixos e desinências. Assim, espera-se que ao final deste capítulo os alunos consigam

I
IB
compreender como as palavras são formadas, algo que muitas vezes facilita a própria
compreensão do significado dos vocábulos.

O
3.1 CONTOS MARAVILHOSOS

PR
Objetivo da seção: O objetivo desta seção é que o(a) aluno(a) tenha contato com o gênero
textual que será trabalhado no capítulo para que se familiarize com ele. A intenção é que o(a)
aluno(a) faça a leitura e a interpretação textual do conto apresentado e reflita sobre os
aspectos que distinguem os contos maravilhosos dos contos de fadas.
ÃO
Professor(a), sugerimos que o texto seja lido silenciosamente pelos alunos e, posteriormente,
com a turma, de modo que cada um leia um trecho. Oriente os alunos a fazerem a leitura
atenciosamente, sublinhando eventuais palavras desconhecidas.
Ç

3.2. REFLEXÕES DA LÍNGUA: ESTRUTURA DE


PALAVRAS (RAIZ, RADICAL, TEMA), AFIXOS,
U

DESINÊNCIAS E OUTROS PROCESSOS


D

Prefixos latinos:
O

Para que não ficasse demasiada extensa a lista de prefixos, omitimos muitos que são de
frequente uso na nossa língua. Desse modo, proporemos como atividade para que os alunos
mesmos busquem outros prefixos. Ao professor(a), sugerimos que os consulte na Novíssima
R

Gramática da Língua Portuguesa, de Domingos Paschoal Cegalla.O mesmo vale para os


sufixos.
EP

ATIVIDADES
R

1. a) radical = martel; sufixo = ada;

b) radical = alm; prefixo = des; sufixo = ada;

c) radical = fog; sufixo= aréu;

d) radical= gost; sufixo= oso.

Capítulo 3 9
Coleção Unitrinus – Ensino Fundamental - 2023
2. Sugestões: Ferreiro; ricaço; infraestrutura; adocicar.

3. a) terr; b) camp; c) cardi; d) velh.

4. bondosamente; tristemente; alegremente; ferozmente; notavelmente.

5. (2) infraestrutura; (6) escuridão; (1) abjurar; (3) ruela; (4) condomínio; (5) povaréu.

3.3. GÊNERO TEXTUAL: CONTOS MARAVILHOSOS

A
D
3.4. A ACENTUAÇÃO DAS OXÍTONAS

I
É possível que surja nos alunos a seguinte dúvida: por que palavras como tem e vem não

IB
devem ser acentuadas graficamente – em se tratando da terceira pessoa do singular –, mesmo
com a terminação –em? Resposta: por que são monossílabos. As regras para a acentuação de
monossílabos são, nas palavras do próprio Cegalla:

O
a) Acentuam-se os monossílabos tônicos:

PR
 terminados em –a, -e, -o, seguidos ou não de s:
o há, pá, pás, má, más, pé, pés, [...]
 que encerram os ditongos abertos éi, éu, ói:
o véu, véus, réis, dói, sóis, etc.
ÃO
b) Não se acentuam os monossílabos tônicos com outras terminações:

o ri, bis, ver, vez [...]

(CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da língua portuguesa. 48 ed. São


Ç

Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008, p. 72-73)


U

ATIVIDADES
D

1. Resposta:
O

c) papéis – crochê – também – abacaxi – conservá-lo

Nas alternativas anteriores o erro está em:


R

armazem; pois palavras terminadas em –em, -ens, exigem a acentuação gráfica;


EP

bombôm; porque não acentuamos oxítonas com essa terminação;

d) crepôm; pela mesma razão do erro encontrado na alternativa b.


R

2. Espera-se que o(a) aluno(a) consiga resumir habilmente o que se pede, uma vez que o
conteúdo é simples e, no ano escolar em que se encontram, é esperado que tenham uma
habilidade de escrita expositiva, ao menos, intermediária.

3. Palavras a serem acentuadas:

francês, vintém, camponês, instruí-los, fiéis, cortá-la, chapéus, convém/convêm

10 Língua Portuguesa
Língua Portuguesa – 6º ano – CADERNO DO PROFESSOR

4. Rafael errou, pois após o -i de raiz não se tem s, mas z; portanto, embora tônico, esse -i não
deve ser acentuado, assim como não deve sê-lo em juiz. Porém, no plural, o i recebe acento:
raízes e juízes; mas aí já não mais estamos diante de uma palavra oxítona.

5. a) Porque a palavra baú é uma oxítona em que a letra –u é precedida por uma vogal átona,
formando, assim, um hiato. Ao passo que a palavra Pacaembu não possui tais características;
desse modo, a ela não se aplica a regra de acentuação gráfica da letra –u em palavras oxítonas.

A
b) A palavra mantem está grafada de forma errada, uma vez que o sujeito da frase se encontra

D
na 3ª pessoa do plural; assim, o correto é que a palavra esteja escrita com o acento circunflexo:
mantêm.

I
c) Porque a palavra nuvem não é uma oxítona.

IB
O
PR
ÃO
Ç
U
D
O
R
EP
R

Capítulo 3 11
Coleção Unitrinus – Ensino Fundamental - 2023

A
I D
IB
O
PR
ÃO
Ç
U
D
O
R
EP
R

12 Língua Portuguesa
Língua Portuguesa – 6º ano – CADERNO DO PROFESSOR

Capítulo IV: CLASSIFICAÇÃO DOS


SUBSTANTIVOS
Neste capítulo, as habilidades trabalhadas serão (EF67LP35), (EF04LP04) e (EF06LP04) de
acordo com a BNCC.

A
Objetivos: trabalhar a leitura e a interpretação de textos, bem como o gênero contos religiosos.
O objetivo é que os alunos consigam identificar o gênero textual contos religiosos como

D
integrante do tipo textual narrativo. Além disso, os alunos aprenderão a classificar os
substantivos e a acentuar corretamente as palavras paroxítonas e proparoxítonas.

I
IB
4.1 Contos religiosos
Professor(a), sugerimos que o texto seja lido silenciosamente pelos alunos e posteriormente

O
com a turma, de modo que cada um leia um trecho.
Professor(a), chame a atenção para o fato de o texto reproduzir o jeito simples de falar dos
personagens, por isso, os desvios em relação à norma culta. Nesse sentido, incoerências como o

PR
uso simultâneo das formas do imperativo passa (tu) e cure (você), que a avó usa para dirigir-se
a Deus, e marcas de simplicidade de estilo, como parecia até que brilhava em vez de parecia
até brilhar são características da linguagem oral e popular.

ATIVIDADES
ÃO

a) A senhora foi até à cidade em busca de ajuda, pois sua neta estava doente e ela não tinha
dinheiro para chamar um médico.
b) Disseram que não havia nenhum médico com disponibilidade para atender a menina em sua
Ç

casa, assim, ela teria que ser levada para o hospital.


c) As senhoras riram, pois acharam estranha a maneira como a avó rezava, julgando que ela
não sabia rezar.
U

d) Jesus foi o médico da menina.


e) A lição que tiramos é a de que Deus não espera de nós belos discursos. Ele ouve aqueles que
D

possuem sinceridade nas palavras.


O

4.2 SUBSTANTIVO COMUM, PRÓPRIO, SIMPLES,


COMPOSTO, CONCRETO, ABSTRATO, PRIMITIVO,
R

DERIVADO E COLETIVO
EP

ATIVIDADES

1.
R

a) horas = substantivo comum, simples, primitivo, abstrato; Leonardo = substantivo próprio,


simples, concreto - a esse substantivo não se aplica a classificação em derivado ou primitivo.

b) pedreiros = substantivo comum, simples, derivado, concreto; edifício = substantivo


comum, simples, derivado, concreto.

Capítulo 4 13
Coleção Unitrinus – Ensino Fundamental - 2023
c) felicidade = substantivo comum, simples, derivado, abstrato; menina = substantivo
comum, simples, concreto, primitivo.
d) estrofe = substantivo comum, simples, primitivo, concreto, coletivo; leitura = substantivo
comum, simples, derivado, abstrato.
e) raizame = substantivo comum, simples, derivado, concreto, coletivo.
f) guarda-chuva = substantivo comum, composto, concreto – a esse substantivo não se aplica
a classificação em derivado ou primitivo; meninos = substantivo comum, simples, concreto,
primitivo; chuva = substantivo comum, simples, concreto, primitivo.
2.

A
a) viuvez;

D
b) beleza;
c) viagem;
d) maciez;

I
e) dificuldade;

IB
f) saída.

3.

O
a) segredos, maravilhas, influição, estranhezas, qualidades, verdades.
b) Os substantivos mencionados são abstratos, pois não possuem existência própria.

PR
c) Filósofos, terras, ventos, velas, escrituras, signos (aqui significa constelações), estrelas.

4.

aguardente; ano-luz; quebra-cabeça; saca-rolha; obra-prima; floricultura.


ÃO
5.

a) caravana; b) panapaná; c) revoada; d) congregação; e) enxoval; f) alcateia; g) pinacoteca,


galeria; h) junta; i) repertório; j) matilha, canzoada, cainçalha; k) atlas; l) flora.
Ç

4.3 GÊNERO TEXTUAL: CONTOS RELIGIOSOS


U

4.4 A ACENTUAÇÃO DAS PAROXÍTONAS E


PROPAROXÍTONAS
D

A palavra maoismo – corrente comunista relacionada ao revolucionário Mao Tsé-Tung – causa


O

alguma confusão quanto a sua acentuação gráfica. Segundo alguns dicionários, a vogal –i deve
levar o acento agudo; segundo outros, a palavra entra na mesma regra de feiura, baiuca etc. A
R

discussão, entretanto, surge devido ao problema quanto à separação silábica da palavra. Se o


vocábulo for compreendido como composto por três sílabas “mao – is – mo”, de fato, a vogal
tônica não deve receber a acentuação gráfica. Se, porém, for entendida como uma palavra de
EP

quatro sílabas “ma – o – ís – mo”, o acento deve ser grafado, por se tratar da vogal –i como a
segunda tônica de um hiato.

ATIVIDADES
R

1.

a) egoísta; b) imóvel; d) acadêmico; e) analógico; g) êxito; h) viúva; j) âmbar; l) tóxico; m) típico.

2.

14 Língua Portuguesa
Língua Portuguesa – 6º ano – CADERNO DO PROFESSOR

Possível = a palavra deve ser acentuada graficamente, porque os vocábulos paroxítonos


terminados em –l exigem acento;
Gênio = aqui a palavra é acentuada, pois termina com um ditongo crescente;
Melancólico, pálida, poética= nessas palavras o acento gráfico é necessário por se tratarem de
proparoxítonas;
Heroína = porque na palavra temos um hiato em que a vogal –i é a segunda tônica.

3.

A
A palavra ingênuo deve ser acentuada graficamente por se tratar de uma paroxítona que

D
termina com um ditongo crescente;
. O vocábulo feiura não é acentuado, porque a vogal –u é precedida de um ditongo decrescente.
. A palavra vírus é acentuada, porque tem terminação em –us; a palavra lápis, por terminar

I
em –is; o vocábulo médium, por finalizar em –um; e a palavra revólver, porque sua terminação

IB
é em –r.

O
4. Desânimo; fábrica; datilógrafa; hábito; alívio; reverência.

5. c) os vocábulos paroxítonos terminados em –l, aqueles em que a última sílaba termina com –

PR
ue e todas as proparoxítonas são acentuadas, respectivamente.

Essa questão pode gerar certa dificuldade nos alunos, pois não está escrito no material que os
vocábulos em que a última sílaba termina em –ue devem ser acentuados graficamente. A ideia
é que o aluno faça o bom uso da lógica. Nas outras alternativas, os erros estão nítidos e,
ÃO
embora a informação não esteja escrita com essas palavras, deve-se ter em mente a regra de
que todas as paroxítonas finalizadas em ditongo crescente recebem acento; logo, todas as
paroxítonas com terminação em –ue respeitam essa regra.
Ç
U
D
O
R
EP
R

Capítulo 4 15
Coleção Unitrinus – Ensino Fundamental - 2023

A
I D
IB
O
PR
ÃO
Ç
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EP
R

16 Língua Portuguesa
Língua Portuguesa – 6º ano – CADERNO DO PROFESSOR

Capítulo V: FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS


Neste capítulo, as habilidades trabalhadas serão: (EF06LP04) (EF06LP04) (EF06LP06)
(EF06LP12) (EF69LP08) (EF69LP03) de acordo com a BNCC.

5.1 NOTÍCIA

A
Professor(a), sugerimos que o texto seja lido silenciosamente pelos alunos e posteriormente

D
com a turma, de modo que cada um leia um trecho.

I
5.2 FLEXÕES DO SUBSTANTIVO EM GÊNERO E

IB
NÚMERO; GRAU DOS SUBSTANTIVOS

O
a) Flexões dos substantivos: gênero

PR
Substantivos biformes e uniformes
Epicenos: Note-se que alguns gramáticos – como Cegalla e Napoleão Mendes de Almeida –
apontam para a possibilidade de os adjetivos fêmeo e macho concordarem em gênero com os
substantivos a que se referem. Assim teríamos, por exemplo, cobra macha e jacaré fêmeo.
ÃO
Você sabe...? R.: a mousse, a mascote, a alface, o dó, a gênese, a cal.

ATIVIDADES
Ç

1. Sugestões:
Tigre – tigresa; judeu – judia; patriarca – matriarca; sacerdote – sacerdotisa; mestre – mestra;
U

doutor – doutora; ancião – anciã; anão – anã; cidadão – cidadã; infante – infanta.

2. a) biforme; b) biforme; c) comum de dois gêneros; d) epiceno; e) sobrecomum; f) epiceno; g)


D

comum de dois gêneros; h) sobrecomum; i) comum de dois gêneros; j) comum de dois gêneros;
k) biforme.
O

3. a) galinha; b) égua; f) monja; l) ateia.


R

4. a) A escrivã passou horas redigindo o texto; b) As policiais correram atrás do ladrão; c) De


longe ouviam o rugido das leoas; d) A última czarina da Rússia foi morta pelos revolucionários;
e) São de grande valia os conselhos da madre; f) A avó conta histórias para as netas.
EP

5. a) pavoa; b) imperatriz; c) ovelhas; d) anfitriã; e) soprano; f) deusas.

b) Flexões dos substantivos: número


R

ATIVIDADES

1. a) verões; b) girassóis; c) papéis; d) abajures; e) cidades-satélite; f) invariável (vírus); g)


fregueses; h) lilases.

2. a) anciãs; b) cirurgiãs; c) consulesas; d) grã-duquesas; e) órfãs.

Capítulo 5 17
Coleção Unitrinus – Ensino Fundamental - 2022

3. a) As doações foram recebidas com enorme gratidão; b) As crianças ficaram impressionadas


com as fantasias de guardiões/guardiães; c) Os beija-flores são pássaros belíssimos; d) Os
pintores do passado nos deixaram lindas obras-primas; e) Ouviram assustados os tiros dos
fuzis; f) Os piratas roubaram imensos baús.

4. b) ônibus – íris – pires – lótus


5. Sugestões:
Com mudança no timbre: corpos, portos, olhos, porcos, jogos, miolos.

A
Sem mudança no timbre: bolos, repolhos, polvos, globos, moços, dorsos.

D
6. Além de treinarem as flexões dos substantivos, os alunos exercitarão a habilidade da
escrita, da riqueza de vocabulário, experimentando as diversas maneiras que temos para
expressarmos uma mesma ideia.

I
IB
Professor:

Acesse este link para os comentários:

O
http://bit.ly/desafioPORT6ANO5-2-6

PR
c) Grau dos substantivos

ATIVIDADES
ÃO
1. muralha – mulherona – fogaréu – rapagão – manzorra – vozeirão

2. a = diminutivo sintético; b = aumentativo analítico; c = aumentativo sintético; d =


diminutivo analítico.

3. Sugestões:
Ç

Florzinha; pequenas pétalas; sementinha; pequeno príncipe; brotinho; enorme beleza.


U

4. vara; hotel; mala; casa; mão; câmara; chapéu; canção.


D

5.3 TIPO TEXTUAL: INFORMATIVO


O

Produzindo: Neste momento, sugerimos que o(a) professor(a) trate com os alunos sobre as
famosas fake news. Explique à turma a importância de procurarmos fontes confiáveis, pois,
mesmo sabendo que os textos informativos devem apresentar somente fatos verídicos, nem
R

sempre o autor é escrupuloso ou profissional o bastante para fazê-lo. Assim, por vezes, lemos
notícias falsas, que podem até mesmo apresentar dados e relatos falsos ou manipulados para
EP

que se adequem ao objetivo do autor. Desse modo, a imparcialidade ao relatar uma notícia é
fundamental, ou seja, não permitir que a opinião pessoal esteja acima dos fatos.

5.4 O USO DA PONTUAÇÃO NA EXPRESSIVIDADE DO


R

TEXTO - I
Primeira parte.
Esta seção deverá tratar dos sinais de pontuação de forma superficial para que o(a)
professor(a) consiga identificar quais são as maiores dificuldades da turma em relação a esse
tema. Sendo assim, prepararemos para o capítulo seguinte uma seção que abordará o tema

18 Língua Portuguesa
Língua Portuguesa – 6º ano – CADERNO DO PROFESSOR

novamente, porém com maior abrangência. A ideia é trazermos o conteúdo em dois capítulos:
em um, abordaremos os sinais do primeiro grupo, ao passo que no outro serão trabalhados os
sinais pertencentes ao segundo grupo.

Nesta seção, o(a) professor(a) deverá analisar o conhecimento dos alunos para que, nos
capítulos seguintes, em que o tema será abordado de forma mais abrangente, consiga

A
empenhar-se em explicações que exigem mais dedicação de acordo com as principais
dificuldades da turma. O conhecimento do emprego dos sinais de pontuação é fundamental
para o bom desenvolvimento das habilidades de leitura e de escrita. Assim, faz-se necessário

D
que seja trabalhado com diligência. Desse modo, o livro didático oferecerá o suporte necessário
para que o estudo aconteça da melhor maneira. Porém, caberá ao professor perceber em qual

I
dos sinais deverá se delongar com maiores explicações e aplicação de atividades extras. A

IB
intenção é que os alunos finalizem o ano escolar com o menor número possível de dúvidas
quanto ao uso dos sinais de pontuação, uma vez que esse é um dos conteúdos fundamentais
para que seja evitada uma série de problemas futuros, como dificuldade de leitura fluente,

O
dificuldade de interpretação textual, de entonação e de escrita, sendo este último o mais
notável entre eles.

PR
ÃO
Ç
U
D
O
R
EP
R

Capítulo 5 19
Coleção Unitrinus – Ensino Fundamental - 2022

A
I D
IB
O
PR
ÃO
Ç
U
D
O
R
EP
R

20 Língua Portuguesa
Língua Portuguesa – 6º ano – CADERNO DO PROFESSOR

Capítulo VI: CLASSIFICAÇÃO DOS


ADJETIVOS
Neste capítulo, as habilidades trabalhadas serão: (EF06LP04) (EF06LP12) (EF69LP50)

A
6.1 BIOGRAFIA

D
Professor(a), sugerimos que o texto seja lido silenciosamente pelos alunos e posteriormente
com a turma, de modo que cada um leia um trecho.

I
IB
Data e local de nascimento de Galileu: 15 de fevereiro de 1564, Pisa, Itália.

ATIVIDADES

O
PR
3. Porque não teve apoio de seu pai.
ÃO
Ç

5.
U

6.2 REFLEXÕES DA LÍNGUA: ADJETIVOS


D

c) Adjetivos eruditos
O

Grande parte dos adjetivos eruditos provêm de palavras latinas ou gregas. A saber:
Latinas: aquila = águia = aquilino
anulus = anel = anular
R

auris = ouvido/orelha = auricular (a língua portuguesa faz a distinção entre ouvido e


orelha, a latina e outras, não.)
EP

bracchium (pronúncia “bráquium”) = braço = braquial


bellum = guerra = bélico
capilus = cabelo = capilar
cuniculus = coelho = cunicular
capra = cabra = caprino
R

cutis = pele = cutâneo


discere (pronúncia “díchere”) = aprender = discente
equus = cavalo = equino
hibernalis = inverno = hibernal
ignis = fogo = ígneo
puer = menino/criança = pueril
digitus = dedo = digital

Capítulo 6 21
Coleção Unitrinus – Ensino Fundamental - 2022

stella = estrela = estelar


glacies = gelo = glacial
pecunia = dinheiro = pecuniário
feles = gato = felino
infans = criança que não fala/bebê = infantil
vir = homem = viril
ecclesia = igreja = eclesiástico
insula = ilha = insular

A
frater = irmão = fraternal
lacrima = lágrima = lacrimal
lac = leite = lácteo

D
sidus = estrela = estelar
splen = baço = esplênico

I
leo = leão = leonino

IB
magister = professor/mestre = magistral
monachus = monge = monástico
nasus = nariz = nasal

O
ovis = ovelha = ovino
oculus = olho = ocular
fluvius = rio = fluvial

PR
venator = caçador = venatório
vesica = bexiga = vesical
rus = campo = rural
pluvia = chuva = pluvial
rupes = pedra = rupestre
ÃO
sulphur = enxofre = sulfúrico
septemtriones = norte = setentrional
pisces (pronúncia “piches”) = peixe = písceo, piscoso
senex = velho = senil
aestas = verão = estival
Ç

lepus = lebre = leporino


lupus = lobo = lupino
lignum = madeira, lenha = lígneo
U

nummus = moeda, dinheiro = numismático


letum = morte, falecimento = letal
D

vesper = a tarde = vespertino


Gregas: arachne = aranha = aracnídeo
hydrus = água = hídrico
O

kefalé = cabeça = cefálico


kardia = coração = cardíaco
R

hippos = cavalo = hípico


choros (“ch” pronunciado como “k”) = dança = coreográfico
hépar = fígado = hepático
EP

óps = olho = óptico


ophtalmos = olho = oftálmico
óta = orelhas/ouvidos = ótico
ichthys = peixe = ictíico, ictiológico
R

potamós = rio = potâmico


mneme = memória = mnemônico
Sânscrito: çarkara = açúcar = sacarino

d) Adjetivos pátrios

Adjetivos pátrios brasileiros

22 Língua Portuguesa
Língua Portuguesa – 6º ano – CADERNO DO PROFESSOR

 Fluminense vem do latim flumen, que significa rio.


 Do tupi kari’oka, que significa “casa de branco”, segundo alguns autores, ou “casa de
índio carijó”, de acordo com outros. O dicionário Aurélio ainda traz a definição da
palavra como “casa de carii”, sendo que carii refere-se a uma etnia indígena.
 Os índios que habitavam a região do Espírito Santo chamavam a plantação de milho e
mandioca de capixaba, que no tupi significa roçado, roça, terra limpa para plantação.

A
 Parauara vem do tupi e significa “o que veio das águas, do mar”. Esse adjetivo gentílico
vem, provavelmente, das tribos aborígenes denominadas Parauás e Parauanas, que,

D
durante o período colonial do Brasil, habitaram a região do Pará.
 Com o Novo Acordo Ortográfico, a palavra acreano deixou de ser aceita, permanecendo

I
apenas a forma aqui apresentada, acriano. Entretanto, em 2016, a Assembleia

IB
Legislativa do Acre criou uma lei que restaurava o uso do acreano devido à revolta da
população.

O
 Tingui era o povo que habitava a região de Curitiba, no Paraná.
 Entre algumas hipóteses, o nome barriga-verde parece derivar de uma peça de

PR
vestuário, uma faixa ou um colete, que compunha o uniforme dos soldados que
prestavam serviços na região de Santa Catarina no período colonial.
 Gaúcho é uma palavra originária do castelhano e pode significar nobre, valente e
generoso ou camponês experimentado em pecuária tradicional.
ÃO

ATIVIDADES

1.
Ç

a) A sonora música clássica envolvia o jovem casal que dançava.


U

b) O casarão parecia mal-assombrado, por isso assustava as pequenas crianças de fértil


imaginação.
c) Os bons livros formam leitores brilhantes!
D

d) A caridosa senhora cuida dos enfermos pobres.


e) O guarda-chuva preto está estragado.
O

f) Os olhos castanhos da moça encantaram o jovem rapaz.


R

2. a) sonora: simples, derivado, explicativo; clássica: simples, primitivo, restritivo; jovem:


simples, primitivo, restritivo.
EP

b) mal-assombrado: composto, restritivo; pequenas: simples, primitivo, restritivo; fértil:


simples, primitivo, restritivo.
c) bons: simples, primitivo, restritivo; brilhantes: simples, derivado, restritivo.
R

3. Fica a critério do aluno escolher à qual substantivo o adjetivo fará referência ou se ainda
colocará um adjetivo para cada substantivo.
Sugestões
a) Aos filhos cristãos cabe honrar o pai e a mãe.
b) O velho balanço ainda diverte a molecada.
c) O tenista novato acertou a bola na arquibancada.
d) A cerimônia cívico-religiosa ocorrerá amanhã.

Capítulo 6 23
Coleção Unitrinus – Ensino Fundamental - 2022

e) Os ansiosos convidados aguardavam a chegado do presidente.


f) Saíram correndo quando ouviram o estridente som do alarme.

4. Sugestões:
a) Ester é uma aluna dedicada.
b) Beto entrou naquele carro preto, por isso o perdi de vista.
c) Aquele menino é muito mal-educado.
d) A noite escura me causava medo.

A
Ele ficou tristonho devido ao ocorrido.

D
5. russo; b) japonês; c) alemão; d) português; e) espanhol; f) ianque ou norte-americano.

6. 2. Santa Catarina = catarinense, santa-catarinense ou barriga-verde

I
3. Paraná = paranaense ou tingui

IB
4. São Paulo = paulista
5. Rio de Janeiro = fluminense
6. Espírito Santo = espírito-santense ou capixaba

O
7. Minas Gerais = mineiro
8. Bahia = baiano
9. Sergipe = sergipano ou sergipense

PR
10. Alagoas = alagoano ou alagoense
11. Pernambuco = pernambucano
12. Paraíba = paraibano
13. Rio Grande do Norte = potiguar, norte-rio-grandense ou rio-grandense-do-norte
14. Ceará = cearense
ÃO
15. Piauí = piauiense
16. Maranhão = maranhense
17. Tocantins = tocantinense
18. Pará = paraense ou parauara
19. Amapá = amapaense
Ç

20. Roraima = roraimense


21. Amazonas = amazonense
U

22. Acre = acriano ou acreano


23. Rondônia = rondoniense ou rondoniano
24. Mato Grosso = mato-grossense
D

25. Mato Grosso do Sul = mato-grossense-do-sul ou sul-mato-grossense


26. Goiás = goiano
O

27. Distrito Federal = brasiliense


R

6.3 TIPO TEXTUAL: DESCRITIVO


(Disponível em: https://pocosdecaldas.mg.gov.br/a-cidade/infraestrutura/cultura/. Acesso em:
EP

17 maio 2021.)
(Disponível em: https://pocosdecaldas.mg.gov.br/turismo/pontos-turisticos/. Acesso em: 17 maio
2021.)
R

6.4 HOMONÍMIA E PARONÍMIA


ATIVIDADES

1. Respostas:

24 Língua Portuguesa
Língua Portuguesa – 6º ano – CADERNO DO PROFESSOR

Homógrafos heterofônicos: gosto e gosto; colher e colher; força e força; olho e olho; choro e
choro; zelo e zelo; acerto e acerto; boto e boto; consolo e consolo.
Homófonos heterográficos: espiar e expiar; senso e censo; tacha e taxa; conserto e concerto;
cerrado e serrado; chá e xá; experto e esperto; sessão e seção; coser e cozer.
Homófonos homográficos: livre e livre; cedo e cedo; faculdade e faculdade; rio e rio; como e
como; verão e verão; amo e amo; tênis e tênis.

2. Respostas:

A
a) homônimo; b) parônimo; c) parônimo; d) homônimo; e) parônimo; f) parônimo; g)
homônimo.

D
3. Uma pessoa pode, sim, ser emigrante e imigrante ao mesmo tempo, dependendo do ponto de

I
vista. Se essa pessoa é considerada da perspectiva do país do qual ela saiu, ela é uma

IB
emigrante. Se, porém, é considerada do ponto de vista do país no qual ela se encontra, ela é
uma imigrante.

O
4. Resposta: letra b. O réu foi absolvido pelo juiz porque não foi pego em flagrante e assim, a
infração não foi comprovada.

PR
5. Respostas:
a) acento;
b) Cerrado; (professor(a), chame a atenção dos alunos quanto ao emprego da palavra
cerrado que neste contexto deve ser com letra maiúscula.)
c) delatou;
d) recrear;
ÃO
e) mandato, cassado;
f) imersos;
g) comprimento;
h) coro.
Ç

6. Respostas:
a) O atleta estava suando muito.
c) Na casa onde moro não tem despensa.
U

d) O tráfego na avenida ficou comprometido por causa do acidente.


D
O
R
EP
R

Capítulo 6 25
Nossos Princípios
220
1) Compromisso com a Verdade – Nosso conteúdo busca diferenciar
claramente teorias de leis científicas, fatos de opiniões.

2) Lógica – Preocupamo-nos em ensinar a ciência. Hugo de São Vítor


nos diz que o objetivo do ensino não é gerar fé, isto é, fazer o aluno

A
“acreditar” no professor por meio do argumento de autoridade, mas
ensinar a ciência por meio do raciocínio.

ID
3) Transcendência cristã – É um dos grandes valores do nosso
material. Em todos os conteúdos é preciso conjugar fé e razão,

IB
perpassando os conteúdos pela visão cristã de mundo.

4) Ordem – Conteúdo bem organizado com: início, meio e fim. Nos

O
valemos da metodologia de Hugo de São Vítor para organizar nosso
conteúdo: I. leitura, conhecimento das palavras e conceitos; II.

PR
meditação e interpretação; III. contemplação da verdade.

5) Beleza – As belas imagens e ilustrações, como toda verdadeira


beleza, têm como característica “abrir e expandir os horizontes
da consciência humana, de ir além de si mesmo, de pô-la ante o
ÃO
Infinito; e pode converter-se em uma via para o Transcendente, para
o Mistério último, para Deus” (Bento XVI).

6) Precisão – Uso de linguagem apropriada para que se faça um


ensino com propriedade e justeza, evitando assim conceitos errados
Ç

e duvidosos.
U

7) Conteúdos fundamentais – Os livros didáticos trazem os


conteúdos essenciais para a aprendizagem, sem conter prolixidade e
D

devaneios.

8) Referência bibliográfica – todos os referenciais são citados com


O

segurança e exatidão, buscando em fontes científicas, verdadeiras e


filtradas de ideologias.
R
EP
R

LÍNGUA PORTUGUESA 6º ANO EF


ISBN 978-65-89585-38-1

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