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A INSTITUCIONALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA NA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL: PROCESSOS, ORGANIZAÇÃO


E PRÁTICAS

1
Acta Qualidade, Tecnologias e Educação a
Distância; Editora: Daniela da Costa Britto
Pereira Lima; Editora Associada: Catarina de
Almeida Santos – Campo Grande: UFMS, 2018 –
v. 1, n. 4.

Mensal e/ou Trimestral


ISSN versão Eletrônica/pen-drive 2595-3648
1. Qualidade Educacional. 2. Educação a
Distância. 3. Tecnologias.

CDU - 37.018.43

2
A INSTITUCIONALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA NA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL: PROCESSOS, ORGANIZAÇÃO
E PRÁTICAS
Carina Elisabeth Maciel 4
______________________________________________________________________________

HISTÓRICO, TRAJETÓRIA E MARCOS LEGAIS DA EAD


Carina Elisabeth Maciel
Ana Maria Ribas
Ana Luísa Alves Cordeiro
Daiani Damm Tonetto Riedner
Douglas Nantes Gualberto
Erlinda Martins Batista 6
Neidi Copetti
___________________________________________________________________________
ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA EAD
Carina Elisabeth Maciel
Ana Maria Ribas
Ana Luísa Alves Cordeiro
Daiani Damm Tonetto Riedner
Douglas Nantes Gualberto
Erlinda Martins Batista
Neidi Copetti 26
__________________________________________________________________________
CURSOS/PROGRAMAS/SERVIÇOS INDICADORES E PROCESSOS
PEDAGÓGICOS
Carina Elisabeth Maciel
Ana Maria Ribas
Ana Luísa Alves Cordeiro
Daiani Damm Tonetto Riedner
Douglas Nantes Gualberto
Erlinda Martins Batista
Neidi Copetti 40
___________________________________________________________________________
FINANCIAMENTO
Carina Elisabeth Maciel
Ana Maria Ribas
Ana Luísa Alves Cordeiro
Daiani Damm Tonetto Riedner
Douglas Nantes Gualberto
Erlinda Martins Batista
Neidi Copetti 64

3
Esse número do periódico possui como tema a institucionalização da modalidade
de educação a distância (EaD) na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul-UFMS1. Seu
objetivo geral é analisar o processo de implementação e institucionalização da modalidade
EaD na UFMS. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e descritiva, realizada para
compreensão do desenvolvimento do processo de institucionalização dessa modalidade em
uma Instituição de Educação Superior Pública Federal. A coleta e análise de dados privilegiou
duas fases: (i) levantamento dos dados na instituição participante, (ii) análise dos dados e
resultados do processo de institucionalização da instituição participante para o delineamento
do processo de institucionalização na modalidade.
Para a abordagem realizada neste estudo, depreende-se que as políticas de
institucionalização oferecem subsídios estruturais para o funcionamento da educação. Assim,
constituem-se de normas que orientam os papéis e as responsabilidades nas instituições de
ensino superior, o que inclui desenvolvimento de regras e regulamentos. Para Kesar (2007), a
institucionalização é definida como um processo caracterizado por rotinas “cristalizadas”
com apoio legítimo e comprometimento de lideranças no desenvolvimento das ações no
ambiente de trabalho. Pesquisadores como Kesar (2007); Sam (2012) e Plat (2009)
argumentam a existência de três fases do processo de institucionalização “mobilização,
implementação e institucionalização” que podem ocorrer simultaneamente ou dinamicamente,
não seguindo de maneira obrigatória uma ordem linear e hierárquica.
Na mobilização encontramos processos que podem contribuir para as decisões e
cumprimento de uma política (PLATT, 2009). Durante a mobilização evidenciamos os
processos de tomadas de decisão que podem culminar com a implementação de ações e
políticas, dentre esses processos destacamos: construção de pontos de referência, modelos,
criação de força-tarefa, reuniões, obtenção de apoio externo, utilização de aliados
institucionais e criação de planos de ação (KESAR; SAM, 2012).
A implementação refere-se à materialização das ideias e/ou atividades, ou seja,
coloca-se em prática as ações propostas. De acordo com Platt (2009), essa fase pode durar de
seis meses até cinco anos. O processo da implementação é caracterizado pelo apoio às ações e
criação de infraestrutura, bem como estímulos e desestímulos no desenvolvimento das ações

1 Esta pesquisa e todos os itens aqui publicados fazem parte de uma pesquisa maior intitulada “ A
Institucionalização da Educação Superior a Distância na Região Centro-Oeste: Processos, Organização e
Práticas”, coordenada pela professora Doutora Daniela da Costa Britto Pereira Lima (UFG) e financiada pelo
CNPq, pela Chamada CNPq/ MCTI n. 25/2015 Ciências Humanas, Sociais e Sociais Aplicadas, sob número de
processo 443725/2015-2 .

4
(KESAR; SAM, 2012). É importante destacar que nessa fase os debates tem foco na ação, já
que a existência de agendas e reuniões para discussões estão mais definidas nesse período
(KESAR, 2007).
No processo institucionalização existe a operacionalização viável de estruturas
organizacionais, ações e atitudes que tornaram-se rotinas por mais de dois anos (PLATT,
2009). No entanto, Pimenta e Anastasiou (2010), ressaltam que uma rotina engessada e
burocrática pode inviabilizar o desenvolvimento de atividades na própria instituição, porque a
rotina apresenta-se como um obstáculo. Com base no conceito de institucionalização, a
presença de apoio organizacional, padronização de procedimentos e a incorporação de valores
e normas na cultura organizacional são fundamentais neste processo.
Em continuidade, as pesquisas de Ferreira e Mill (2013, p. 158), argumentam
sobre a presença de cinco elementos como fatores de institucionalização na Educação a
Distância:
1. Políticos e Filosóficos (Planejamento): estão associadas à vocação institucional
para oferta de cursos superiores na modalidade, perspectivas de longo prazo e
sustentáveis para adoção de políticas e procedimentos em EaD e fortalecimento da
estrutura acadêmica colegiada.
2. Organização: capacidade em promover a articulação entre os cursos presenciais/à
distância através do fortalecimento integrado entre as unidades acadêmicas e
gestoras.
3. Infraestrutura: garantias de recursos físicos tecnológicos necessários à
estruturação da gestão técnico-pedagógica e administrativa.
4. Pessoal: garantias à formação e qualificação de quadros necessários à condução
de políticas de oferta dos cursos.
5. Políticas Discentes (Serviços ao Estudante): garantias de participação plena do
corpo discente vinculado aos cursos EaD nas políticas universitárias, no acesso aos
suportes acadêmicos e pedagógicos e auxílios destinados a eles.

Portanto, as pesquisas de Kesar (2007), Sam (2012), Platt (2009), Pimenta e


Anastasiou (2010), e Ferreira e Mill (2013), discutem que a institucionalização exige
mudanças de valores na organização, e as pessoas que fazem parte da instituição desenvolvem
atividades com consenso e é perceptível o avanço das políticas nas instituições de educação
superior, já que o planejamento e gestão fazem parte do cotidiano.
Compreender e analisar o processo de institucionalização de uma política,
programa, gestão ou ação contribui para a identificação dos fatores que influenciam sua
implementação e seu fluxo de procedimentos desejados. Por fim, a institucionalização da EaD
possui relação direta com a qualidade da modalidade no país, a qual deve ser baseada nas
orientações dos processos educacionais e nas diretrizes políticas.

Carina Elisabeth Maciel-UFMS


Organizadora do Número e Coordenadora da Pesquisa na UFMS

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HISTÓRICO, TRAJETÓRIA E MARCOS LEGAIS DA EAD

Carina Elisabeth Maciel-UFMS


Ana Maria Ribas-UFMS
Ana Luísa Alves Cordeiro-UFMS
Daiani Damm Tonetto Riedner -UFMS
Douglas Nantes Gualberto-UFMS
Erlinda Martins Batista-UFMS
Neidi Copetti-UFMS

HISTÓRICO DA EAD

Nos anos de 1980, segundo a historicidade da modalidade de educação a distância


na UFMS, e de acordo com as informações contidas no histórico do Projeto Político
Pedagógico do curso de Pedagogia da UFMS/UAB, mais precisamente no ano de 19912, na
UFMS, iniciou-se a EaD por meio do Grupo de Apoio ao Ensino de Ciências e Matemática no
1º Grau – GAECIM. O grupo era composto por professores dos departamentos de Educação,
de Física, de Matemática e de Biologia. Entre outros propósitos, o grupo intencionava, à
época, criar na UFMS um organismo interdisciplinar que oferecesse cursos de apoio aos
professores atuantes na rede pública de modo a qualificá-los na modalidade a distância.
Relembrando-se as experiências vivenciadas na coordenação de cursos de
extensão sobre Internet no Núcleo de Informática da UFMS, ao final dos anos de 1990,
verifica-se que o uso da Bitnet3 (um sistema de comunicação síncrono e assíncrono) para
comunicar-se com outras universidades do Brasil e externas era uma novidade e já permitia
comunicações à distância sobre a pesquisa e o ensino entre diversas universidades. Ao final
dos anos de 1990, surgiram, na UFMS, com o uso da Internet, os primeiros cursos de
Especialização e também de extensão a distância, no âmbito da Assessoria de Educação
Aberta e a Distância, à época, vinculada à reitoria da UFMS. Nessa época, os cursos eram
ancorados em plataformas virtuais criadas em linguagem PHP4 pelos profissionais
gerenciadores dos sistemas de internet da própria Assessoria de EaD da UFMS.

2
Essas informações podem ser conferidas na página virtual da Coordenadoria de EaD da UFMS disponível em:
<http://www.ead.ufms.br/portal/index.php?inside=1&tp=3&comp=&show=103>. Acesso em: 30 mar. 2013.
3
Segundo Stanton (2004), a Bitnet foi criada no Brasil a partir do desenvolvimento das tecnologias de
telecomunicações que ocorreram entre os anos de 1970 e 1980. Mas a sua utilização aberta às universidades
ocorreu a partir de 1988. Utilizou-se a sua infraestrutura para criar redes de computadores não comerciais com o
fim de interligar instituições brasileiras, incluindo as universidades nacionais e estrangeiras.
4
“PHP (um acrônimo recursivo para PHP: HYPERTEXT PREPROCESSOR) é uma linguagem de script open source
de uso geral, muito utilizada e especialmente guarnecida para o desenvolvimento de aplicações Web embutível
dentro do HTML”. Disponível em:<http://php.net/manual/pt_BR/intro-whatis.php>. Acesso em: 30 mar. 2013.

6
Os ambientes virtuais educativos provocaram uma revolução nos cursos a
distância. O modelo de EaD e dos cursos nessa modalidade antes do aparecimento do
ambiente digital ou virtual de aprendizagem era no formato de educação semi-presencial, isto
é, aqueles que eram realizados parte a distância e parte presencialmente, segundo Moran
(2002). Nesse formato semi-presencial ocorreram os primeiros cursos de pedagogia a
distância, o que se aplica também à UFMS, ao final dos anos de 1990. Em 1998 foi ofertado o
primeiro curso de especialização a distância: Curso de Especialização em Orientadores
Pedagógicos em Educação a Distância, cujo formato se classificava em semi-presencial, isto
é; havia encontros presenciais de 15 em 15 dias (na maior parte das disciplinas), aos sábados
para a realização das disciplinas, no que se refere à apresentação do conteúdo. Após o
encontro os estudantes acessavam os conteúdos pelo ambiente virtual e interagiam pelo fórum
online do curso, desenvolvido em linguagem PHP, conforme aponta (BATISTA, 2002).
A Educação a Distância ancorada em ambientes virtuais de aprendizagem - AVA
consolidou-se nos anos de 2000, na UFMS, por meio de sua Coordenadoria de EaD. Nesses
ambientes, no período de 1998 a meados de 2005, foram realizados diversos cursos de
extensão e especialização (BATISTA; GOBARA, 2006, 2007). Em meados dos anos 2000, já
eram utilizados, na UFMS, além daqueles ambientes e plataformas criados especificamente
para a EaD/UFMS, novos espaços virtuais educacionais denominados Teleduc5.
A partir dos anos de 2005 e 2006, esse tipo de ambiente virtual foi utilizado para
outros cursos, como os de Especialização em Educação Infantil, Especialização em
Orientação Acadêmica em EaD, entre outros, ofertados, à época, pela Coordenadoria de
Educação Aberta e a Distância da UFMS - CED/UFMS. Mas, nesse mesmo período, novos
ambientes virtuais começaram a ser instalados na EaD da UFMS. E, assim, além do Teleduc,
utilizava-se também a plataforma do AVA moodle6 e o ambiente colaborativo de
aprendizagem – e-proinfo7, plataforma essa, desenvolvida pela Secretaria de Educação a
Distância do Ministério da Educação – SEED/MEC, adotado nos cursos de extensão e na

5
“O TelEduc é uma plataforma para realização de cursos a distância com a utilização da Internet. Desenvolvido
em 1997 a partir de análises de experiências realizadas com usuários, tornou-se um software livre internacional”.
Disponível em: <http://edutec.unesp.br/index.php?lang=pt_br&Itemid=110>. Acesso em: 30 mar. 2013.
6
O AVA moodle é definido como: Ambiente Virtual de Aprendizagem Moodle. Moodle constitui uma sigla
cujo significado é: Modular Object Oriented Distance Learning ou Objeto modular orientado ao ensino a
distância. (SANTANA, 2008, p. 02).
7
O ambiente e-proinfo é definido como Ambiente colaborativo de aprendizagem. Disponível em: <http://e-
proinfo.mec.gov.br>. Acesso em: 30 mar. 2013.

7
Especialização do Programa Mídias na Educação, à época também ofertado na Coordenadoria
de EAD da UFMS.
No período de 2009 a 2015, a modalidade de EAD da UFMS vivenciou seu
período de auge e expansão em todos os níveis da formação. Nesse período, a Coordenadoria
de EAD da UFMS – CED/UFMS teve seu projeto de espaço ampliado e um prédio construído
especificamente para abrigar suas ações e serviços como se pode ver na foto a seguir. A
mudança de espaço físico para um prédio próprio ocorreu em 2010.

Imagem1: Prédio da EAD/UFMS

Fonte: Autores (2017)

Imagem 2: Laboratório da EAD/UFMS

8
Fonte: Autores (2017)

Imagem 3 - Estúdio de Gravação de Vídeo

Fonte: Autores (2017)

As últimas ofertas de cursos de graduação e de pós-graduação em nível de


especialização foram realizadas por editais abertos até o ano de 2015. Além do período da
pesquisa (2013 – 2015), entre 2015 e 2017 nenhum novo curso teve edital aberto. Em relação
aos cursos existentes, o mesmo ocorreu não tendo sido aberto nenhum novo edital para ofertas
de cursos a distância, mesmo no âmbito das graduações e especializações que vinham
ocorrendo desde o ano de 2000.
Entre 2015 e 2016 a gestão da CED desenvolveu novas mudanças como a troca do
prédio construído especificamente para a EAD para um complexo mais amplo, construído

9
para Formação de Professores. Os técnicos-administrativos da CED foram instalados no novo
prédio e a mudança realizou-se também com relação à estrutura organizacional dos setores da
CED, que a partir de janeiro de 2017 deixou de ser Coordenadoria e passou a ser Secretaria de
Educação a Distância e Formação de Professores – SEDFOR. A seguir o depoimento de um
técnico-administrativo da SEDFOR, denominado nesse discurso como TA/SEDFOR, o que
significa Técnico-administrativo da Secretaria de Formação de Professores, cuja função na
EAD até dezembro de 2016 era a chefia da Divisão de Tecnologia da extinta CED:

A Coordenadoria de EAD foi extinta em janeiro de 2017. Atualmente o que existe é


Sedfor – Secretaria de Educação a Distância e Formação de Professores. Essa
secretaria é formada por 3 divisões. As três divisões são: 1) divisão de EaD, 2)
divisão de formação de professores e 3) divisão de inovação de tecnologias
educacionais e infraestrutura tecnológica. A resolução n. 03 de 20 de janeiro de
2017 do boletim de serviço 6470, alterou a estrutura: extinguiu a CED e criou a
secretaria e suas divisões internas. A portaria 93 de 31/01/2017 exonerou todos os
chefes anteriores. (ENTREVISTA, TA/SEDFOR, MAIO/2017).

O depoimento acima evidencia a mudança ocorrida em janeiro de 2017. A


Educação a Distância passa a ser executada em três salas de um novo prédio, no qual divide
as ações de EAD com Formação de Professores. Isso representado pela sigla: SEDFOR –
Secretaria de Educação a Distância e Formação de Professores. O espaço consiste em um
complexo com salas de aula.
A seguir fotos que ilustram o novo espaço no qual se localiza a SEDFOR, atual
EAD da UFMS, cuja mudança de prédio ocorreu em 2017.
Imagem 4: Espaço SEDFOR

Fonte: Autores (2017)

10
Imagem 5: Espaço SEDFOR

Fonte: Autores (2017)

Imagem 6: Espaço SEDFOR

11
Fonte: Autores (2017)

O atual espaço físico da EaD divide salas com outros segmentos da UFMS, entretanto,
possui auditórios próprios, salas de aulas, sala de vídeo conferencia e alojamento.

A EAD NOS DOCUMENTOS

No que se refere à educação a distância, o documento da Avaliação Institucional


destaca a oferta dos cursos de graduação a distância. “A UFMS possui cursos de graduação e
pós-graduação, ambos presenciais e a distância. Os cursos de pós-graduação englobam os
cursos de especialização e os programas de mestrado e doutorado”. (PDI, 2015, p. 2).
No Plano de Desenvolvimento Institucional - PDI (2015), a Coordenadoria de
Educação a Distância é mencionada como uma das unidades setoriais acadêmicas, também
destaca-se as ações da Coordenadoria de Educação a Distância, cujos indicadores dão
visibilidade à UFMS, nos municípios atendidos. Ainda nesse documento, são apresentadas as
políticas de ensino de graduação da UFMS e, entre elas destacam-se;

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[...] a capacitação inicial e continuada do corpo técnico-administrativo em educação
e docente da UFMS, com o intuito de propiciar as condições suficientes para o
desenvolvimento das atividades pedagógicas de ensino presencial e da oferta da
educação a distância [...].

No Organograma Institucional acadêmico, no período de 2013 à 2015, consta que


a Coordenadoria de Educação (CED) está vinculada a Pró-Reitoria de Ensino e Graduação
(PREG), o que também consta no Plano de Desenvolvimento Institucional. Atualmente (em
2017) o Organograma Institucional está alterado, assim como a vinculação da EaD na IES.

Figura 1 – Organograma Institucional e Acadêmico

Fonte: PDI-2015 (UFMS)

O Estatuto Geral da UFMS foi alterado em 2011, mas nesse documento não
consta nenhuma referência à educação a distância. Ao tratar do funcionamento dos cursos de
graduação, mencionam o período diurno e noturno.

§ 2º Os cursos de graduação poderão ser oferecidos nos períodos diurno e noturno,


considerados o grau de complexidade, a carga horária e os períodos mínimos e
máximos de duração para efeito de integralização curricular

No Relatório de Gestão 2013 a EaD é mencionada quando se justifica a aquisição de


nova frota de veículos, destacando a importância destes para o desenvolvimento de atividades
nessa modalidade de educação. Esse documento também menciona a importância da EaD no
desenvolvimento dos projetos de extensão e de formação docente realizados na UFMS.

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A importância social da EaD na UFMS é destacada no Relatório de Gestão 2014:
Pode-se destacar, ainda, as ações desenvolvidas na área de Educação a Distância,
cujos indicadores dão visibilidade quanto ao papel social representado pela UFMS
nos vários municípios do Estado, quais sejam, Água Clara, Bataguassu, Bela Vista,
Bonito, Camapuã, Campo Grande, Costa Rica, Miranda, Porto Murtinho, Rio
Brilhante e São Gabriel do Oeste. Nos municípios limítrofes com o país vizinho, o
Paraguai, com uma população caracterizada pela diversidade de etnias e de línguas,
os cursos oferecidos na modalidade a distância possuem alunos índios matriculados
(UFMS, 2014, p. 104).

O destaque para o acesso de estudantes indígenas por parte dessa modalidade


demonstra que a EaD atinge um público importante e que precisa de opções diversas do
ensino comum para ter acesso à educação superior.
Quanto aos documentos específicos a Resolução n. 349 de 1º de Setembro de
2014, do Conselho de Ensino e Graduação da UFMS, estabelece a aprovação do Regimento
Geral dos Cursos de Graduação a Distância da UFMS. Tal resolução revogou a de nº 30 de 4
de abril de 2008. À essa resolução segue o anexo com a explicitação do referido Regimento.
Em relação a avaliação da Ead na Universidade os pró-reitores manifestam a ideia
que:

Fundamental para democratização do acesso e resolver problemas a distância com


servidores que estão nos campos no interior do estado (PR1_UFMS).

Trata-se de um trabalho que paulatinamente vem crescendo em termos de qualidade


e organização. Como seus recurso não estão na Matriz Orçamentária, temo pelo
futuro da EAD, considerando que investimentos impactam a qualidade do ensino,
assim como a falta deles (PR2_UFMS).

A Coordenadoria de Educação a Distância-CED da UFMS é muito produtiva


(PR3_UFMS).

Nos relatos observamos três diferentes tipos de avaliação, o PR1_UFMS pondera


a importância da educação a distância na resolução de problemas dos servidores que residem
no interior do Mato Grosso do Sul, o PR2_UFMS admite que o crescimento da Ead ocorre de
maneira lenta, enfatiza a ausência de recursos próprios para a EaD, além de pontuar que a
falta de investimentos pode comprometer a qualidade de ensino e futuramente as ações e/ou
projetos desta modalidade na instituição, por fim, o PR3_UFMS, enfatiza apenas a
“produtividade” desenvolvida pela CED, ou seja, utiliza-se de subterfúgios para escapar do
objetivo principal da pergunta. As declarações dos pró-reitores nos levam a concluir que as
ações da EaD na UFMS estão fragmentadas e no campo do discurso, o que descaracteriza a
fase da “implementação” no processo de institucionalização.
No relatório de 2014 novamente é destacada a importância da aquisição da frota de
veículos para atender essa modalidade de educação.

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No Relatório de Gestão 2015 o destaque é para a realização de ações extensionistas e
para o papel social desenvolvido pela EaD, favorecendo a interiorização desse nível de
educação. Novamente é destaca importância da modalidade EaD para justificar a aquisição de
novos veículos.
Nos três Relatórios de Gestão analisados, a EaD aparece na descrição de algumas
ações realizadas, é identificada como justificativa para aquisição de nova frota de veículos e é
destacada como importante modalidade para a interiorização da educação superior,
desenvolvendo um papel social de destaque, principalmente no que se refere à educação
indígena e do campo. Sobre a Institucionalização dessa modalidade na UFMS, os relatórios
não apresentam informações de destaque.

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

De acordo com o disposto nesse documento, a proposta de avaliação institucional


é um processo que deve ser desenvolvido pela comunidade acadêmica da UFMS. “A
autoavaliação institucional, processo desenvolvido pela comunidade acadêmica da UFMS, foi
executada com o intuito de promover a qualidade da oferta educacional em todos os sentidos
[...].” (PDI, 2015, p. 130). A compreensão é de que o processo de avaliação institucional,
inclusive a autoavaliação, deve motivar a participação da comunidade acadêmica.

O processo de autoavaliação da UFMS é desenvolvido por uma Comissão Central, a


qual compete o planejamento e a organização do processo autoavaliativo, bem como
realizar ações que visem motivar a participação e o envolvimento da comunidade
acadêmica neste processo. Como um processo democrático, que se constrói ao longo
do seu desenvolvimento, e sujeito a tantas variáveis quanto ao número de agentes
envolvidos, várias ações e métodos adotados são adaptados e modificados na medida
em que deficiências nos procedimentos são detectadas. (PDI, 2015, p. 130).

Constam no Projeto de Autoavaliação Institucional, os objetivos da autoavaliação


na UFMS. E são eles:

a) promover o desenvolvimento de uma cultura de avaliação na Universidade;


b) implantar um processo contínuo de avaliação institucional;
c) planejar e redirecionar as ações a partir da avaliação institucional;
d) garantir a qualidade no desenvolvimento do ensino, pesquisa e extensão;
e) construir um planejamento institucional norteado pela gestão democrática e
autonomia; e
f) consolidar o compromisso social e científico-cultural da UFMS. (PDI, 2015, p.
131).

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São apresentadas a Avaliação Institucional e o Planejamento Estratégico,
conforme se observa no referido PDI (2015, p.131-132),

Concernente ao planejamento estratégico, durante a condução da autoavaliação são


envidados esforços para alinhá-la à programação estratégica da UFMS, a qual se
conforma no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI). Esse plano, por seu
turno, considera os diversos aspectos apontados na autoavaliação para implementar
as metas e os indicadores de desempenho para as áreas estratégicas nele
consolidadas, quais sejam, Ensino de Graduação, Pesquisa e Pós-graduação,
Extensão e Apoio Estudantil e Fortalecimento Institucional.

No período investigado a EaD não foi inserida no processo de avaliação


institucional. Os cursos passam pela avaliação do ENADE da mesma forma como os cursos
presenciais. A avaliação dos docentes dessa modalidade é a mesma dos profissionais dos
cursos presenciais. Não identificamos nos relatos e nas entrevistas avaliações específicas para
os cursos EaD.
A EaD foi incluída pela 1 vez na última avaliação, 2016, ou seja, após o período
desta pesquisa, mas finalmente foi inserida no processo de avaliação da UFMS.
A CPA avaliou a EaD, na UFMS, por meio de questionários aplicados aos
discentes, pelos SISCAD. Essa avaliação é destinada a todos os professores da instituição,
inclusive os professores da EaD. Assim, não identificamos processos de avaliação específicos
para essa modalidade de educação na UFMS.

CONCURSO PARA DOCENTES E TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS EM VAGAS


DESTINADAS PARA A EAD

Desde o ano de 2008, a partir da implantação da Universidade Aberta do Brasil –


UAB, foram destinadas vagas específicas para professores que atuassem na EaD. Entretanto,
essas vagas não seriam destinadas a professores que atuassem “somente” nesta modalidade
mas, também, em cursos presenciais. A prioridade de atuação na EaD sempre foi articulada
por meio de editais de seleção e com base nas demandas existentes na Coordenadoria EaD.
Em 2008 foram selecionados 2 professores por meio das vagas específicas. Em
2009 e 2010, foram realizados concursos com editais específicos para docentes na EaD, mas
não obtivemos o quantitativo de vagas oferecidas e preenchidas nesses editais.
Cabe destacar que, após os anos de 2014/2015, a maioria dos professores que
atuavam somente na EaD, foi direcionada para lotação em cursos presenciais, bem como
deveriam atuar nos mesmos. Assim, professores que tinham dedicação somente para a

16
modalidade a distância, foram “convidados” a atuarem parcialmente nessa modalidade,
colaborando com a oferta de disciplinas presenciais, também.
O período de 2008 até 2013 representam um período de expansão de docentes
concursados e específicos para cursos e disciplinas na EaD. No mesmo período foram
selecionados e contratados técnicos para atuarem especificamente nessa modalidade. Os
dados específicos com relação ao quantitativo de professores e técnicos concursados no
período não nos foi disponibilizado.

PRODUÇÃO ACADÊMICA SOBRE A UFMS PÓS-LDBEN/1996

Segundo Batista, Ribas e Maciel (2017), a Educação a Distância ancorada em


ambientes virtuais de aprendizagem - AVA consolidou-se nos anos de 2000, na UFMS, por
meio de sua Coordenadoria de EAD. Nesses ambientes, de 1998 a meados de 2005, foram
realizados diversos cursos de extensão e especialização. Nos anos 2000, já eram utilizados,
além daqueles ambientes e plataformas criados especificamente para a EAD/UFMS, novos
espaços virtuais educacionais. Os cursos EAD na UFMS tem sua origem nos cursos de
extensão. Ainda nos anos 2000 têm início cursos de graduação a distância, e em 2006, cursos
financiados e sob o modelo UAB.
Quando refletimos sobre o contexto da educação a distância no Brasil percebemos
as relações e determinações que abordamos no tópico anterior, e concordamos que

A pesquisa, para além da sua função social de produtora do conhecimento


com vistas às demandas da sociedade, tem um significativo papel formador,
especialmente quando se compreende a formação numa dimensão reflexiva e
permanente. [...] Mais do que métodos, a pesquisa requer e proporciona
atitudes que, auxiliando a autonomia intelectual dos sujeitos, é capaz de
promover sua cidadania (CUNHA, 2013, p. 34).

Cunha (2013, p. 38) destaca ainda que “[...] a investigação tem compromisso com
a prática educativa concreta: mas mais do que isso, tem responsabilidade na construção de
sujeitos críticos e autônomos que possam procurar soluções permanentemente para os
desafios da prática”. Porém é preciso cuidar para não outorgar a educação uma função
redentora, o que a autora pontua ao dizer que “[...] é certo que a pesquisa tem compromisso
com as condições sociais e políticas dos contextos concretos, mas também é certo que ela não
carrega em si um dispositivo de poder que lhe outorgue a condição redentora da prática
educativa” (CUNHA, 2013, p. 45).

17
Nessa perspectiva é significante perceber o surgimento de várias produções
acadêmicas, pós-LDBEN/1996, na área de educação e áreas afins, na Região Centro-Oeste e
Brasil, sobre o tema ‘educação a distância na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul’.
Identificando os recortes, especificidades ao tratar a temática, metodologias, referenciais, bem
como aquilo que ainda não foi abordado.
O olhar para as produções acadêmicas permite levantar alguns questionamentos
como: Quais os enfoques mais frequentes nas pesquisas sobre a educação a distância na
UFMS? Que enfoques têm sido esquecidos? Em que referenciais teóricos os/as
pesquisadores/as se apoiaram para fundamentar a pesquisa? Que metodologias e técnicas de
coletas de dados foram usadas?
Assim, para o levantamento das produções acadêmicas (artigos científicos,
dissertações e teses) acessamos os repositórios de pesquisas científicas da CAPES8, BDTD9,
UFMS10, Scielo11 e Google Acadêmico12, utilizando os seguintes descritores: EaD UFMS;
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; Educação a Distância. As pesquisas coletadas
foram organizadas num quadro por ano, título, autor/a, resumo e referência conforme ABNT.
Ao todo foram 21 artigos científicos,
ANO Número de Programas Total de trabalhos na área da Total de trabalhos em áreas
educação afins

Área da Áreas Número de Número de Número Número de


Educação Afins teses dissertações de teses dissertações

2002 1 0 0 1 0 0

2003 0 0 0 0 0 0

2004 1 0 0 1 0 0

2005 1 0 0 1 0 0

2006 1 0 0 1 0 0

2007 0 0 0 0 0 0

8
Banco de Teses e Dissertações da CAPES. Disponível em: <http://bancodeteses.capes.gov.br/banco-teses/#/>.
Acesso em: 18 jan. 2017.
9
Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações. Disponível em: <http://bdtd.ibict.br/vufind/>. Acesso em:
18 jan. 2017.
10
Teses e Dissertações defendidas na UFMS. Disponível em:
<http://repositorio.cbc.ufms.br:8080/jspui/handle/123456789/52>. Acesso em: 18 jan. 2017.
11
Scientific Electronic Library Online. Disponível em: <http://www.scielo.org/php/index.php>. Acesso em: 18
jan. 2017.
12
Google Acadêmico. Disponível em: <https://scholar.google.com.br/>. Acesso em: 18 jan. 2017.

18
2008 0 0 0 0 0 0

2009 1 0 0 1 0 0

2010 0 0 0 0 0 0

2011 0 0 0 0 0 0

2012 1 0 0 1 0 0

2013 0 0 0 0 0 0

2014 1 0 0 1 0 0

2015 0 0 0 0 0 0

2016 0 1 0 0 0 1

Total 7 1 0 7 0 1

10 dissertações e nenhuma tese identificada.


Na Tabela 4 podemos visualizar o quadro de produções acadêmicas pós
LDBEN/1996, por áreas de pesquisa.

Tabela 4 – Distribuição de dissertações e teses sobre EAD na UFMS segundo o ano, número
de programas e total de pesquisas, por área de pesquisa

Fonte: Elaborada por Maciel e Silvia (2017)

Ao total foram identificados 04 (quatro) Programas de Pós-Graduação em


Educação, com produções acadêmicas abordando a educação a distância na UFMS, e 01 (um)
Programa de Pós-Graduação em áreas afins com produção acadêmica sobre o tema. Nas áreas
afins, a produção acadêmica se concentra na área da Geografia, no Programa de Pós-
Graduação Mestrado em Geografia da UFMS (01). Já as produções na área da Educação
foram feitas a sua maioria na própria UFMS sobre ela mesma, nos Programas de Mestrado em
Educação (03) e no Programa de Mestrado em Educação Matemática (02). Exceto, outra que
se encontra no Programa de Mestrado em Educação da UCDB (01) e outra no Programa de
Mestrado em Educação da UFRGS (01). Assim, a UFMS concentra 75% das produções
acadêmicas que abordam a EaD na UFMS.
Todas as pesquisas encontradas foram dissertações e nenhuma tese foi
identificado durante o levantamento das pesquisas. A maioria das dissertações encontra-se em

19
programas na área da educação, sendo 06 (seis) dissertações na área da educação e 01 (uma)
em áreas afins.
Outro aspecto interessante de percebermos nesse mapeamento é que diversos anos
não apresentam publicações: 2003, 2007, 2008, 2010, 2011, 2013 e 2015. Alguns trabalhos se
concentram em anos de transição de governo ou de início de segundo mandato de governo. E
mais, mesmo que nosso mapeamento tenha tido como recorte temporal 1996 (LDBEN),
apenas uma dissertação é do final do mandato de FHC, sendo que as outras são desenvolvidas
no período do mandato de Lula e Dilma, o que reflete que novas preocupações e análises são
postas agora ao campo da educação a distância, em especial na UFMS.
A partir dos resumos disponibilizados no Banco de Teses e Dissertações da
CAPES, é possível identificar alguns enfoques dessas produções acadêmicas, bem como
autores/as mais utilizados/as e referenciais teóricos nos quais foram ancoradas as pesquisas.
Cabe ressaltar que tomamos por base os resumos e que os mesmos muitas vezes
não trazem informações sobre referencial teórico, metodologia, etc., o que apenas uma leitura
do trabalho na íntegra possibilitaria identificar, o que não foi realizado. Adotamos por critério
apenas a leitura e análise de conteúdo dos resumos. Aqui também destacamos a importância
de que os/as pesquisadores/as tragam todas essas informações no resumo de seus trabalhos. A
partir da análise do conteúdo dos resumos de cada uma das dissertações, foi possível
identificar os enfoques priorizados no estudo, os quais são listados na Tabela 5.

Tabela 5 – Distribuição das dissertações que abordam a EaD na UFMS segundo os enfoques
de pesquisa
20
Enfoques 200 200 200 200 200 200 200 200 201 201 2012 201 201 201 201 Tota
2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 3 4 5 6 l

Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº N Nº Nº Nº Nº
º

1. Formação de 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 4
Professores

2. Perfil do 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Professor

3. Metodologia 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1

4. Cursos de 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Especialização

5. Fórum on- 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
line

6. Custos 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1
Cursos EaD e
Presencial

7. Tecnologias 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1
Digitais

8. Arranjos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Organizacionai
s

Fonte: Elaborada por Maciel e Silva (2017)

Observamos que o enfoque mais trabalhado nas produções acadêmicas foi o


“formação de professores”. Seguido desse enfoque, foram trabalhados na interface com a EaD
na UFMS os enfoques: perfil do professor, metodologia, cursos de especialização, fórum on-
line, custos de cursos a distância e presencial, tecnologias digitais e arranjos organizacionais.
Cabe ressaltar que uma mesma pesquisa poderia abordar mais de um enfoque, e nesse caso a
pesquisa foi inserida em mais de um campo.
Outros aspectos levantados na análise do conteúdo dos resumos foram os tipos de
pesquisa e as técnicas de pesquisa. Listamos na Tabela 6 aquilo que apareceu em alguns
resumos.

21
Tabela 6 – Distribuição das dissertações sobre EaD na UFMS segundo os tipos de pesquisa e
técnicas de pesquisa
Tipos de 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Total

Estudo Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº

1.Documental 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 3

2. Análise de 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Discurso

3. Estudo de 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Caso

4.Bibliográfico 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1

5. Pesquisa de 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1

Campo

Técnicas de 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Total
Pesquisa
Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº

1. Entrevistas 1 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 4

2. Grupo Focal 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1

3. Dados 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1

Estatísticos

4. Observação 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1

5. Registros 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 2

6.Questionários 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

on-line

Fonte: Elaborada por Maciel e Silva (2017).

O tipo de estudo mais citado foi o “documental”, seguido da “análise de


discurso”, do “estudo de caso”, do “bibliográfico” e da “pesquisa de campo”. Quanto as
técnicas de pesquisa a “entrevista” foi a mais utilizada. Uma produção detalhou o tipo de
entrevista, a semiestruturada. Em seguida, foram citados o uso de “grupo focal”, “dados

22
estatísticos”, “observação”, “registros” (sendo que uma especificou que era registros escritos),
e “questionários on-line”. Também nesse caso, uma mesma pesquisa poderia abordar mais de
um tipo de estudo e/ou técnicas de pesquisa, e nesse caso a pesquisa foi inserida em mais de
um campo.
Houve citação de 15 (quinze) autores/as, que diferem de acordo com o referencial
em que se ancorou a pesquisa e área de estudo. Por exemplo, na abordagem “estar junto
virtual” ou modelo de interação na EaD, foi citado Valente (02 pesquisas). Na abordagem
construcionista no uso de tecnologias digitais, Papert (01). No estudo sobre a atitude de
sujeitos em ambientes virtuais, Scherer (01). Na formação de professores, Garcia e Ponte (01).
Na situação didática e contrato didático, Brousseau (01). Nas interações sociais na construção
do conhecimento, Vigotsky (01). Além de serem citados Castells, Vianney, Medeiros e Faria,
Pretti, Niskier e Franco, e Sacritán (01). Como pode ser observado, alguns trabalhos citaram
explicitamente seus referenciais, outras apenas aportes teóricos e outros não fizeram
referência nesse sentido.
Dos 21 artigos identificados no levantamento das pesquisas abordando a EaD na
UFMS, chama a atenção que 12 deles se preocupam com o estudo de aspectos da EaD em
cursos específicos. O curso de Matemática é o mais trabalhado (06 artigos), seguido de Letras
(04 artigos), Ciências (01 artigo) e Pedagogia (01 artigo).

Tabela 7 – Número de artigos abordando a EaD na UFMS, por ano


ANO Número de Artigos

2002 1

2003 0

2004 0

2005 0

2006 0

2007 0

2008 1

2009 1

2010 1

2011 2

23
2012 2

2013 2

2014 3

2015 5

2016 3

Total 21

Fonte: Elaborada por Maciel e Silva (2017)


Um dos aspectos que tem relevância nos artigos é a formação de professores e
material didático. Além disso, outros aspectos são trabalhados como tecnologias digitais,
modelo de interação, condições de trabalho na EaD, percepção de egresso e gestão
compartilhada. Também emerge a preocupação em abordar a expansão da EaD, a produção
científica da EaD no MS e as pesquisas em EaD no Programa de Pós-graduação em Educação
da UFMS.
No entanto, o levantamento da produção acadêmica (artigos científicos,
dissertações e teses) abordando a EaD na UFMS evidencia algumas lacunas, temas esquecidos
ou não trabalhados, entre eles a questão evasão de estudantes, avaliação, trabalho dos tutores,
financiamento e gestão da EaD, entre outros.
Tabela 8: Grupos de pesquisa sobre EAD na UFMS
Nome do Grupo Coordenador Área predominante

Grupo de Estudos de Tecnologia e Suely Scherer Educação


Educação Matemática

Grupo de estudos em formação de Patrícia Graciela da Educação


professores na EAD Rocha

Grupo Interdisciplinar de Pesquisa e Erlinda Martins Batista Educação


Estudos em Educação a Distância

Grupo de Pesquisa Tecnologias Marcelo Augusto Santos Ciências Exatas e da


aplicadas à EAD e a Políticas Públicas Turine Terra; Ciência da
Computação

Fonte: Elaborada por Maciel e Silva (2017)

24
No CNPq existem, cadastrados, quatro grupos de pesquisa sobre EaD na UFMS.
Dos quatro grupos, três tem a educação como área predominante e um com Ciências da
computação como principal área de investigação.
Não identificamos pesquisas cadastradas sobre EaD, mas ainda buscaremos essas
informações. Tendo em vista a existência de quatro grupos que pesquisam essa temática, é
provável que existam projetos de pesquisa cadastrados com essa temática.

25
ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA EAD

Carina Elisabeth Maciel-UFMS


Ana Maria Ribas-UFMS
Ana Luísa Alves Cordeiro-UFMS
Daiani Damm Tonetto Riedner -UFMS
Douglas Nantes Gualberto-UFMS
Erlinda Martins Batista-UFMS
Neidi Copetti-UFMS
GESTÃO

Sabemos que a gestão na Educação a Distância - EaD, é um desafio diário nas


instituições de Ensino Superior e se torna um dos fatores que levam ao sucesso ou insucesso
dos cursos dada a complexidade de aspectos envolvidos.
Dentre tais aspectos podemos citar o planejamento, a implementação e o
desenvolvimento, a proposta pedagógica, o currículo, os sistemas de comunicação, o ambiente
de aprendizagem, o sistema de avaliação institucional, o processo ensino-aprendizagem, os
recursos humanos e financeiros, a infraestrutura dos polos de apoio presencial, a elaboração,
produção e entrega dos materiais didáticos, a logística de viagens, a formação e capacitação
da equipe pedagógica, entre outros.
É fundamental que esses componentes atuem de maneira interligada e qualitativa
para que a “engrenagem” EaD funcione eficientemente. Logo, a gestão se faz importante pois
pode potencializar o uso dos recursos na execução das atividades em cada processo
envolvido.
O gestor deve conhecer e compreender toda dinâmica administrativa e pedagógica
e trabalhar norteado pelos Referenciais de Qualidade do Ministério da Educação - MEC, que
definem as diretrizes e os parâmetros mínimos para as instituições que atuam com EaD,
visando garantir a qualidade da educação superior ofertada nessa modalidade de ensino.
(BRASIL, 2007).
Para o MEC, a infra-estrutura de um curso se define a partir do perfil de aluno que
se pretende atender, pois ele é o referencial na adoção da tecnologia e metodologia a ser
empregada. Portanto, o projeto político pedagógico dos cursos deverá apresentar a
epistemologia de educação, de currículo, de ensino, de aprendizagem e de perfil de aluno que
se deseja formar.
A fim de corresponder às exigências apontadas pelo Ministério da Educação, é
indispensável a adoção de critérios objetivos na escolha dos profissionais atuantes nas equipes
26
multidisciplinares, visto que a educação a distância é uma modalidade distinta, não cabendo
uma adaptação dos modelos usados na educação presencial. A EaD possui linguagem e
formato próprios, exigindo administração, lógica, acompanhamento e avaliação condizentes a
esse formato.
De acordo com os Referenciais de Qualidade para Educação a Distância, a equipe
multidisciplinar é constituída de três categorias profissionais: docentes, tutores e pessoal
técnico-administrativo. Resumidamente, podemos afirmar que aos docentes compete elaborar
o conteúdo e o material pedagógico, planejar as etapas do curso, dar suporte aos tutores,
auxiliando sempre que necessário. Aos tutores, cabe auxiliar os alunos em todo processo
ensino-aprendizagem, bem como estar em contato permanente com os docentes do curso. O
corpo técnico-administrativo tem atribuições mais gerenciais e tecnológicas.
Nos últimos anos, a modalidade foi impulsionada por diversos fatores, dentre os
quais: avanço dos recursos tecnológicos de informação e comunicação, propiciando novos
ambientes e metodologias educacionais a distância; alicerce legal voltado para a área
educacional; necessidade de expansão do Ensino Superior, tanto do ponto de vista dos direitos
constitucionais quanto pelo desequilíbrio causado pela concentração da oferta de formação
superior nas grandes cidades e o fomento da educação superior a distância, ofertado pelas
diversas esferas governamentais.

ORGANOGRAMA

A Educação a Distância está presente no Brasil há mais de um século, no entanto,


somente nas últimas décadas é que essa modalidade vem destacando-se como educação
formal regular e sendo vista com a devida seriedade nos meios científicos e acadêmicos,
principalmente na educação superior. Além disso, a estrutura organizacional também vem
sofrendo alterações e, na Fundação Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - UFMS,
sendo integrada ao todo da instituição.
A estrutura organizacional da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul,
regulamentada no Art. 10 do Estatuto da UFMS, compreende:
I- os Conselhos Superiores;
II- as Unidades da Administração Central;
III- as Unidades da Administração Setorial;
IV- as Unidades Suplementares; e
V- a Assembleia Universitária.
27
No que se refere a organização da Educação a Distância, o sistema UAB funciona
como articulador entre as instituições de ensino superior e os governos estaduais e municipais,
com vistas a atender às demandas locais por Educação Superior.
Essa articulação estabelece qual instituição de ensino deve ser responsável por
ministrar determinado curso em cada município ou microrregião por meio dos polos de apoio
presencial. Feita a articulação entre as instituições públicas de ensino e os polos, o sistema
UAB assegura o fomento de ações para garantir o bom funcionamento dos cursos.

Figura 2 - Esboço da articulação EaD - UAB

Fonte: http://www.capes.gov.br

Atualmente, a Secretaria Especial de Educação a Distância e Formação de


Professores -SEDFOR é a unidade responsável pela articulação das políticas de ofertas
de cursos e atividades mediadas pelas Tecnologias da Informação e Comunicação - TICs
dos cursos de graduação, pós-graduação e extensão na modalidade a distância, bem como
pelas políticas e estratégias para formação e capacitação de professores na UFMS.
Os cursos de graduação ofertados são:
Administração Pública
Educação Física

28
Geografia
Ciências Biológicas
Letras - Português Espanhol
Matemática
Pedagogia

Os cursos de Pós-graduação são:


Antropologia e História dos Povos Indígenas
Atenção Básica em Saúde da Família
Coordenação Pedagógica
Educação Ambiental e Espaços educadores sustentáveis
Educação do Campo
Educação e Saúde
Educação Especial
Ensino de Ciências
Gestão de Saúde
Gestão Escolar
Gestão Pública
Gestão Pública Municipal
Mídias na Educação
Cursos de Extensão desenvolvidos:
A Escola e a Cidade
Assistência Multidisciplinar à Saúde da Criança (UFMS/FIOCRUZ)
Assistência Multidisciplinar à Saúde da Gestante (UFMS/FIOCRUZ)
Atenção Integral à Saúde da Mulher por Ciclo de Vida (UFMS/FIOCRUZ)
Docência na Escola de Tempo Integral
Educação Ambiental e Escolas Sustentáveis e Com-Vida
Educação em Direitos Humanos
Educação na Diversidade e Cidadania
Educação para as Relações Étnico-Raciais
Educação para Jovens e Adultos
Estatuto da Criança e do Adolescente
Formação de Conselhos Escolares
Formação de Mediadores de Leitura
29
Formação de Professores na Temática Cultura e História dos Povos Indígenas
Formação de Tutores
Formação em Saúde e Trabalho (UFMS/FIOCRUZ)
Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça
Gênero e Diversidade na Escola
Introdução e Acolhimento aos Trabalhadores no Ambiente Virtual de Aprendizagem Moodle
(UFMS/FIOCRUZ)
Leitura e Produção de Texto
Mídias na Educação
Prevenção do Uso de Drogas para Educadores de Escolas Públicas do Estado de Mato Grosso
do Sul
Produção de Material Didático para a Diversidade
Proposta Curricular e Metodologia na Educação Integral
Saúde Bucal na Atenção Básica (UFMS/FIOCRUZ)
Saúde Mental (UFMS/FIOCRUZ)
A Educação a Distância, em parceria com a UAB, atua nos seguintes polos de
apoio presencial: Água Clara, Bataguassu, Bela Vista, Bonito, Camapuã, Campo Grande,
Costa Rica, Miranda, Porto Murtinho, Rio Brilhante e São Gabriel do Oeste.
No ano de 2008 foi lançado o primeiro edital em parceria com a Universidade
Aberta do Brasil, denominado UAB 1, a Educação a Distância contemplava cidades
inseridas no Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná, atuando nas cidades de Água Clara,
Camapuã, Rio Brilhante, São Gabriel do Oeste, Apiaí, Igarapava, Cidade Gaúcha, Cruzeiro do
Oeste, Nova Londrina, Paranavaí e Siqueira Campos, respectivamente.
Já no período correspondente ao recorte temporal dessa pesquisa, 2013-2015, a
Educação a Distância da UFMS estava em seu segundo edital, UAB 2, lançado no ano de
2009. Nessa oferta foram constituídas turmas nos polos de Bataguassu, Costa Rica, Porto
Murtinho e Miranda, todos no Mato Grosso do Sul.
O edital UAB3 foi lançado em 2010 e abrangeu os polos de São Gabriel do Oeste
e Bela Vista, totalizando até agora três ofertas concluídas: UAB1, UAB2 e UAB3 e uma
oferta em andamento, a UAB4. Esta última teve edital lançado em 2013 com turmas em Costa
Rica, Bataguassu, Miranda e São Gabriel do Oeste.
Cabe ressaltar ainda, que além da oferta de cursos de graduação e pós-graduação,
a instituição, por meio da Educação a Distância, desenvolve programas de formação
continuada ou permanente na área de Educação e Saúde, oferecendo cursos para atender
30
demandas específicas dos profissionais de saúde e também estimulando os alunos a participar
de campanhas educativas para a população em geral. Ou seja, a UFMS concentra a expansão
da Universidade Pública na região Centro-Oeste, suprindo a demanda regional de ensino
superior público, na formação de profissionais qualificados e na promoção da inclusão social.

LOGÍSTICA DE COMUNICAÇÃO

A logística é uma importante atividade para qualquer organização. No âmbito da


UFMS, tal atividade é tratada como uma atividade meio, que oferece suporte às atividades
principais da Instituição (ensino, pesquisa e extensão). Tal atividade se torna ainda mais
relevante se considerarmos a estrutura multicampi da UFMS, com 10 campus e 11 polos de
Educação a Distância localizados em cidades do interior de Mato Grosso do Sul.
Diante disso, é constante a necessidade de deslocamentos de pessoas e materiais
para atender atividades relacionadas aos cursos e projetos desenvolvidos nas diversas
secretárias - aulas nos polos de apoio presencial, aulas práticas, coleta de materiais e dados
para pesquisas, projetos de extensão, entrega de materiais, entre outras.
A UFMS iniciou seus cursos apenas com materiais impressos e aulas presenciais.
A partir da adesão ao Sistema Universidade Aberta do Brasil - UAB, passou a contar com o
Ambiente Virtual de Aprendizagem - AVA Moodle, tutoria presencial e a distância, e mais
recentemente, as webaulas, webconferências e videoaulas gravadas.

CAPACITAÇÃO DE PESSOAL ENVOLVIDO COM A EAD

Na UFMS, a organização e a gestão atuam de modo assegurar o bom


funcionamento dos cursos oferecidos e sempre focadas no alcance dos objetivos educacionais
propostos. É necessário considerar que tanto uma como a outra são meios para atingir as
finalidades do ensino, tendo claro que o eixo da instituição é a qualidade dos processos de
ensino e aprendizagem que, mediante procedimentos didático-pedagógicos, propiciam
melhores resultados de aprendizagem.
Nesse sentido, é fundamental o bom relacionamento e a capacitação permanente
da equipe envolvida nas diversas instâncias da Educação a Distância, pois assume-se o

31
desafio de administrar, acompanhar e possibilitar atividades pedagógicas e o desenvolvimento
acadêmico de alunos inseridos em contextos diversos.
Dessa forma, os polos de apoio presencial parceiros da UFMS devem ser
preparados para oferecer a infraestrutura necessária para o desenvolvimento das atividades
previstas no Projeto Político Pedagógico dos cursos.
O polo de apoio presencial estrutura-se com base num modelo proposto pelo
MEC, que determina uma estrutura mínima, a qual deve ser observada pelo município. Essa
estrutura pode variar de acordo com as demandas regionais específicas, da natureza dos
cursos, da proposta pedagógica da instituição e com o tamanho que o polo quer se tornar em
termos de quantidade de turmas e de alunos.
Um polo UAB prevê disponibilidade de acervo bibliográfico, laboratórios de
ensino, laboratório de informática com acesso à internet de boa qualidade, sala de tutoria, de
coordenação do polo e de secretaria acadêmica, além de salas de aula e outros espaços
importantes.
De acordo com o MEC, a configuração mínima de um Polo de Apoio Presencial
da Universidade Aberta do Brasil deve contemplar:
- Estar inserido num local de fácil acesso, com facilidade de transporte público;
- Ser um local seguro;
- Ter espaços físicos suficientes para atender às necessidades dos cursos,
condizente com o número de turmas e alunos;
- Ter mobiliário adequado para os objetivos pedagógicos dos cursos;
- Possuir equipamentos de informática, comunicação e conexão à internet de
qualidade;
- Portar acervo bibliográfico coerente com as necessidades de cada disciplina dos
cursos ofertados;
- Dispor de recursos humanos para a gestão do polo, atendimento tutorial dos
estudantes, apoio à biblioteca, laboratórios pedagógicos e de informática e serviços gerais;
- Contar com apoio dos gestores municipais, especialmente em busca da
sustentabilidade financeira do polo e de outras melhorias.
Nesse modelo, os polos dispõem de uma equipe composta por: coordenador de
polo, secretaria, técnico de informática, tutores presenciais específicos para cada curso e
outros profissionais que auxiliam no desenvolvimento das atividades presenciais ou online.
Quanto as funções desempenhadas pelos profissionais que atuam na Educação a
Distância da UFMS, apresentamos resumidamente.
32
Professor: é o responsável por planejar e preparar uma disciplina (materiais
educacionais e atividades avaliativas); coordenar a equipe de tutores virtuais e presenciais ao
longo de sua oferta; acompanhar e orientar os processos de ensino e aprendizagem, fazendo
ajustes sempre que necessário.
Tutor a distância: incumbido por acompanhar e orientar os processos de ensino e
aprendizagem de um grupo de 25 a 30 alunos ao longo de uma disciplina. Esse modelo de
tutoria virtual possibilita um acompanhamento contínuo e bastante próximo do processo de
aprendizagem de cada aluno. Na UFMS a equipe de tutores a distância é composta por
profissionais qualificados, com pós-graduação concluída na área de educação. Esses
profissionais são selecionados a partir de edital público e recebem bolsa mensal.
Tutor presencial: responsável por mediar as atividades no polo de apoio
presencial, auxiliar no processo ensino-aprendizagem, aplicar provas, incentivar os alunos na
realização das atividades e presença em sala de aula. Esses também são qualificados para a
função e selecionados por meio de edital público. O GP1_UFMS ao ser questionado sobre a
manutenção da equipe evidenciou que “Os docentes envolvidos são lotados nas unidades
administrativas. O corpo técnico é lotado na CED. E temos também colaboradores docentes e
técnicos que ou são bolsistas da UAB ou terceirizados, como no caso de alguns técnicos”.
Como se pode depreender do depoimento do GP1_UFMS, a equipe da EAD é composta por
docentes e técnicos concursados e docentes externos, mas quando refere-se aos profissionais
como “terceirizados” deixa claro inexistência de programas, políticas e procedimentos para a
contratação de recursos humanos, ou seja, não existe uma prática institucionalizada para
lotação de docentes específicos para a EAD na própria instituição.
Vale ressaltar, que a equipe multidisciplinar da SEDFOR é constituída por
profissionais habilitados nas diferentes competências de forma a atender as demandas da
educação a distância.
Os cursos UFMS-UAB estão estruturados com o princípio da indissociabilidade
entre ensino, pesquisa e extensão. Logo, a produção das disciplinas atende a um processo
dialógico que envolve etapas de planejamento, produção, validação e disponibilização dos
conteúdos, materiais e interfaces, de modo a garantir a construção de conhecimentos,
competências e habilidades previstas no PPP, nas Diretrizes Curriculares Nacionais - DCN e
demais legislações vigentes.
As disciplinas têm estrutura pré-definida de acordo com a carga horária e as
diretrizes do Plano de Ensino e do Projeto Político Pedagógico do Curso, tendo um
planejamento mínimo inicial, com o desenho didático e recursos a seguir:
33
- Livro da Disciplina elaborado pelo professor da disciplina;
- Guia-didático do aluno, implementado pelo professor da disciplina;
- Conteúdo digital, preparado pelo professor da disciplina;
- Vídeo de apresentação da disciplina;
- Vídeoaulas contemplando as unidade didáticas;
- Webconferências agendadas para esclarecimentos de dúvidas.
Diante de tantas atribuições, a capacitação da equipe é fundamental para o alcance
dos objetivos. Essas formações são permanentes e acontecem de acordo com a organização
individual dos cursos. De forma geral, são realizados encontros com finalidades pedagógicas
na semana que antecede o início da disciplina. Nessa reunião, o professor responsável
apresenta o Guia Didático do Aluno, explana brevemente sobre os conteúdos e detalha cada
atividade a ser desenvolvida pelos acadêmicos, repassando aos tutores a distância o parâmetro
de correção a ser considerado.
Além desse momento de formação, a presença dos tutores presenciais e a
distância é requerida nas webconferências, as quais também são consideradas instâncias de
capacitação para eles.
Conforme Maximiano (1986), a comunicação da equipe deve ser clara e objetiva,
para que todos possam interagir ao mesmo tempo, pois cada integrante faz parte do projeto, e
para que se obtenha a eficiência em todo o processo da execução deste projeto é necessário
que todos os integrantes tenham o mesmo objetivo.
Na Educação a Distância, a motivação dos alunos para a aprendizagem é uma
preocupação constante e alguns princípios sustentam esse modelo acadêmico:
- A interação entre o aluno e a interface tecnológica deve se caracterizar pela
transparência, facilidade e simplicidade;
- A interação entre aluno e conteúdo deve resultar sempre na estimulação da
cognição do aluno, viabilizando a construção de uma aprendizagem significativa;
- Na interação entre aluno e tutores, a mediação pedagógica a e aprendizagem
colaborativa devem ser os princípios norteadores, incentivando a busca do conhecimento.
As interações entre o aluno e seus pares são elementos essenciais desse processo e
contribuem para a construção de novos conhecimentos aplicáveis ao cotidiano.
Na UFMS a formação para professores que atuam na EaD acontece por meio da
prática e de cursos esporádicos. Dois cursos foram oferecidos com o objetivo de
formar/capacitar profissionais que atua na EaD; Edital 13, destinado a todos os professores da
UFMS, com oferta no ano de 2013. E Mídias na Educação, destinado aos docentes que
34
ingressam por meio de seleção específica, oferecido em dois níveis: especialização e
extensão. O curso de Mídias é oferecido desde o ano de 2008.
A seleção dos estudantes para modalidade EaD acontece por meio de editais e de
vestibular específico para essa modalidade. Todos os cursos oferecidos são gratuitos.
A dedicação dos docentes para as atividades à distância é definida de acordo com
as horas necessárias para cada disciplina. A grande maioria dos docentes atua em cursos
presenciais e a distância ao mesmo tempo. Mesmo os docentes que ingressaram por meio de
concursos específicos para EaD, atuam nas duas modalidades. Vários docentes que atuam nos
cursos a distância recebem bolsas específicas. Para professores da UFMS existe a opção de
recebimento de bolsa ou a possibilidade de utilização da carga horária para contagem em sua
jornada de trabalho na instituição.

MODELOS DE EAD UTILIZADOS PELA UFMS

A história da EAD é dividida, por alguns autores, em diferentes gerações, e


podemos dizer que em cada momento histórico era praticado um modelo de EAD baseado nas
tecnologias utilizadas para promover a interação. Esses modelos remetem ao contexto
histórico de cada época e foram sendo adaptados no compasso das transformações políticas,
econômicas e sociais do país.
O primeiro modelo foi o ensino por correspondência, no qual os estudantes
recebiam o material didático via correio, estudavam sozinhos e remetiam as dúvidas e as
avaliações também por correio, aliás, meio de comunicação usado para a troca de informações
de longa distância. Como podemos observar, nesse modelo, o processo de construção do
conhecimento era individual e a autonomia e disciplina eram essenciais para que o aluno
obtivesse êxito no processo de construção do conhecimento. Segundo Belloni (2009),

A primeira geração, o ensino por correspondência, foi engendrado nos finais do


século XIX pelo desenvolvimento da imprensa e dos caminhos de ferro. Nessa fase
pioneira a interação entre professor e aluno era lenta, esparsa e limitada aos períodos
em que os estudantes se submetiam aos exames previstos (EVANS; NATION, 1993:
p. 203 apud BELLONI, 2009, p. 56).

A segunda geração foi o ensino multimeios a distância, desenvolvido ainda nos


anos de 1960. Esse modelo propunha a interação dos meios de comunicação audiovisuais e
computadores, do material impresso e das correspondências via correio. Para Belloni (2009),

35
[...] o modelo da segunda geração – multimeios – desenvolveu-se a partir das
orientações behavioristas e industrialistas típicas da época – pacotes instrucionais,
público de massa, economia de escala, integrando em maior ou menor medida as
inovações tecnológicas de comunicação e informação, e ainda hoje é o modelo
prevalente na grande maioria das experiências de EAD. Seus meios principais são o
impresso, programas de vídeo e áudio difundidos via cassetes ou via antena
(broadcasting) (BELLONI, 2009, p. 56).

O terceiro modelo surgiu nos anos de 1990, com a disseminação das ferramentas
web. De acordo com Belloni (2009),

[...] a terceira geração de EAD começa a surgir com o desenvolvimento e


disseminação das NTIC, sendo muito mais uma proposta a realizar do que
propriamente uma realidade a analisar. Seus meios principais serão todos os
anteriores mais os novos, o que implicará mudanças radicais nos modos de ensinar e
aprender: unidades de curso concebidas sob a forma de programas interativos
informatizados (que tenderam a substituir as unidades de curso impressas); redes
telemáticas com todas as suas potencialidades (banco de dados, e-mail, lista de
discussão, sites etc.); CD-ROMs didáticos, de divulgação científica, cultural geral,
de “infotenimento” (BELLONI, 2009, p. 57).

Porém, quando refletimos sobre os modelos de EaD não podemos reduzir nosso
olhar a uma visão simplista e direcionada apenas à estruturação educacional, visto que os
padrões traduzem a filosofia da instituição e explicitam princípios e valores.
Costa (2007), diz que os modelos de EAD devem se adequar às reais necessidades
dos alunos e regiões onde serão implantados e, identificando essas necessidades coerentes
com as exigências legais, podemos destacar quatro concepções constitutivas básicas, que
devem dominar ou orientar a escolha de modelos de qualidade em educação superior a
distância (COSTA, 2007, p. 10): “professores e alunos atuam em espaços distintos;-
necessidade de mediação tutorial;- necessidade de apoio descentralizado ao estudante; e o
aluno é o centro do processo pedagógico”
O autor afirma que:

[...] um modelo é um objeto que procura representar um processo real. Em sua


construção, o primeiro passo consiste em abstrair da realidade aquelas variáveis
consideradas fundamentais, as quais, em sua complexidade, com suas inter-relações
e conexões, passam a integrar o modelo; e este é tanto mais satisfatório quanto
maior sua capacidade de interpretar fielmente os fatos, inclusive antecipar
fenômenos ainda não observados (COSTA, 2007, p. 9).

O modelo de EaD difundido pela UAB implica no planejamento, nos métodos,


nas avaliações, nas formas de interação e, consequentemente, na construção do conhecimento
durante o processo ensino-aprendizagem.
Refletir sobre essa questão implica repensar as práticas e as diretrizes pedagógicas
adotadas pela instituição. Deve haver coerência entre o papel social da instituição, os

36
objetivos do curso, as práticas pedagógicas do professor, as abordagens pedagógicas, as
posturas docentes (professores e tutores), os métodos de ensino e os critérios avaliativos.
Nesse sentido, a UFMS tem atendido à legislação específica - Decreto no 5.622,
de 19 de dezembro de 2005 - no que diz respeito aos cursos de graduação e de especialização,
bem como as indicações políticas relacionadas à Universidade Aberta do Brasil - Decreto no
5.800, de 8 de junho de 2006.
A UAB fomenta a modalidade EaD nas instituições públicas de Ensino Superior,
bem como apoia pesquisas em metodologias inovadoras de ensino superior respaldadas em
tecnologias de informação e comunicação. Além disso, incentiva a colaboração entre a União
e as federações e estimula a criação de centros de formação permanentes por meio dos polos
de apoio presencial em localidades estratégicas.
Ao inserir a universidade pública de qualidade em locais distantes e isolados, a
UAB incentiva o desenvolvimento de municípios com baixos IDH e IDEB. Desse modo,
funciona como um eficaz instrumento para a universalização do acesso a educação superior e
para a requalificação do professor em outras disciplinas, fortalecendo as escola nos interiores
isolados do Brasil, minimizando a concentração de oferta de cursos de graduação nos grandes
centros urbanos e evitando o fluxo migratório para as grandes cidades.
No entanto, é preciso estar atento a forma como essa oferta se dá e a qualidade da
mesma. A EAD tem o potencial de ofertar um grande número de vagas, contribuindo para
democratizar a educação superior, porém tal processo de universalização da educação
superior não pode ser atribuído apenas à EAD nem mesmo ocorrer de forma precipitada e
relapsa.
É notório que a integração da UFMS ao Sistema UAB possibilitou a ampliação da
oferta de vagas e o aumento das atividades no AVA e em outras mídias. Além disso, são
previstos momentos presenciais dos professores nos polos de apoio. Sobre os modelos de
oferta de cursos de EAD que são mantidos pela UFMS, o GP1_UFMS limitou-se explicar que
os modelos adotados acontecem de duas formas “semipresencial e totalmente a distância”,
sendo que “O modelo da graduação e lato sensu é o semipresencial com 20% de aulas
presenciais e o restante via AVA, que no nosso caso é o Moodle. Alguns cursos de extensão
podem ser totalmente a distância” (GP1_UFMS). Nesse sentido, compreendemos que a
UFMS adota com veemência o modelo semipresencial da Universidade Aberta do Brasil, o
que pode ser explicado pela dependência do financiamento UAB para a implementação desta
modalidade na referida instituição. O depoimento do GP1_UFMS problematiza a necessidade

37
de discutir os princípios políticos e filosóficos (Planejamentos para adoção de políticas e
procedimentos em EaD).

RELAÇÃO COM OS CURSOS E ORGÃOS DA UFMS

Sabemos que para o pleno desenvolvimento das atividades pertinentes a oferta de


cursos a distância, é importante que seja implantado um departamento de controle próprio
para atender a especificidade dessa modalidade e a demanda dos cursos. Na UFMS, a
SEDFOR serve de ponto de referência para as ocorrências relativas a essa modalidade, sendo
responsável por gerenciar as informações sobre os cursos, os alunos e os recursos envolvidos.
A Divisão de Educação Aberta e a Distância - DIEAD é a unidade responsável
pela articulação das políticas de ofertas de cursos e atividades mediadas por TICs de cursos de
graduação, pós-graduação e extensão na modalidade a distância.

AUTONOMIA, GESTÃO DOS RECURSOS E FUNÇÕES

Em 2012 a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal - CAPES, publicou a


portaria n.162, de 31 de agosto de 2011, na qual é concedida competência ao diretor da
Educação a Distância para ordenar despesas relativas à gestão orçamentária das ações de sua
diretoria. Essa mudança tornou mais ágil as ações referentes ao projeto Universidade Aberta
do Brasil.
No que tange a gestão de recursos, ao longo dos anos de atuação a EaD captou
recursos que foram investidos na aquisição de livros, compra de materiais de informática,
aquisição de equipamentos e mobiliário, obras de reparação e infraestrutura, entre outras
ações.
Como relatamos anteriormente, recentemente, a Coordenadoria de Educação a
Distância passou por uma restruturação em que se priorizou a institucionalização e a
integração da Educação a Distância na UFMS. Agora os cursos estão sendo geridos pelas
Unidades Acadêmicas e a Coordenadoria passou a ser uma Secretaria (SEDFOR), cuja
competência é apoiar as políticas de educação a distância fazendo a interface com a CAPES,
UFMS e polos de apoio presencial.
Um aspecto importante da gestão, é o modo como a EaD está estruturada e como
se vincula na UFMS, o que podemos visualizar no organograma abaixo. Conforme Silva
(2015, p. 2), a Divisão de Apoio à Tecnologia e Informação é o único setor da Coordenadoria
38
de Educação Aberta e a Distância que se vincula à CED/UFMS, a partir de informações
coletadas com Douglas Nantes Gualberto, sendo que os outros setores (Acadêmico,
Administrativo e Financeiro) não têm uma seta de ligação à CED/UFMS, existindo assim de
fato, mas não de direito.

Figura 2: Organograma CED/UFMS

Fonte: SILVA (2015, p. 2).

Conforme seu Estatuto atual (2011), em seu Artigo 3º, parágrafo 3º, a
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, nos termos da Constituição Federal, possui
autonomia didático científica, administrativa e de gestão orçamentária, financeira e
patrimonial. Essa autonomia de gestão orçamentária, financeira e patrimonial consiste em:
administrar patrimônio e recursos próprios; elaborar, executar e propor a suplementação de
seu orçamento; firmar contratos, acordos, convênios e estabelecer parcerias; aceitar e receber
subvenções, doações, legados e cooperação financeira; elaborar, aprovar e executar planos,
programas e projetos de investimentos; e efetuar transferências, quitações e outras
providências de ordem orçamentário, financeiro e patrimonial.

39
CURSOS/ PROGRAMAS/ SERVIÇOS: INDICADORES E PROCESSOS
PEDAGÓGICOS

Carina Elisabeth Maciel-UFMS


Ana Maria Ribas-UFMS
Ana Luísa Alves Cordeiro-UFMS
Daiani Damm Tonetto Riedner -UFMS
Douglas Nantes Gualberto-UFMS
Erlinda Martins Batista-UFMS
Neidi Copetti-UFMS

Os dados trazidos neste tópico estão subsidiados no ‘Relatório Administrativo da


Coordenadoria de Educação Aberta e a Distância – CED/UFMS – Abril/2015’ (SILVA,
2015). É um documento que disponibiliza dados coletados em abril de 2015, na
Coordenadoria de Educação Aberta e a Distância – CED/UFMS, com objetivo que “levantar a
situação e conjuntura dos trabalhos realizados nessa coordenadoria, enfocando sua estrutura,
dificuldades, limites e possibilidades”.
Os cursos da Universidade Aberta do Brasil começaram a ser oferecidos na
UFMS no ano de 2008 e desde então o Moodle foi o Ambiente Virtual de Aprendizagem
adotado para mediar a comunicação com os alunos, bem como para ser um repositório de
conteúdo.
O Moodle (Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment) é um
sistema de gerenciamento de aprendizagem. É um sistema colaborativo, de código livre e
gratuito, que permite a criação, customização e a administração de cursos de acordo com a
necessidade da instituição.
A versão do Moodle utilizada na Educação a Distância da UFMS desde a sua
implantação até o ano de 2016 foi a Versão 1.9.8. Para ter um comparativo, a versão do
Moodle em 2017 é a 3.0, o que indica um período longo de tempo em que não houveram
atualizações nesse sistema. Essa falta de manutenção é atribuída à diversos fatores, tais como:
falta de pessoas capacitadas para desenvolvimento web e, principalmente, insuficiência de
espaço em disco nos servidores para comportar a atualização do sistema.
A versão 1.9.8 foi amplamente utilizada por cursos de graduação, pós-graduação,
extensão e mais timidamente como apoio à oferta de disciplinas presenciais. As
funcionalidades dessa versão podem ser observadas no quadro abaixo:
Quadro 1 – Recursos e Funcionalidades do Moodle 1.9.8

40
Recurso Tipo de atividade

Hot Potatoes Atividade do tipo jogos educacionais criados com o software Hot
Potatoes

Bases de Atividade do tipo postagem de coleção de dados de diversos tipos


dados

Big Blue Atividade do tipo web conferência


Button

Chat Atividade do tipo bate-papo (interação textual)

Diário Atividade do tipo relatório/anotação textual

Escolha Atividade do tipo enquete

Fórum Atividade de interação textual, com possibilidade de anexos,


organizada por interações perguntas/respostas

Glossário Atividade de definição de vocábulos

Lição Atividade do tipo questionário

Media Player Atividade em vídeo

Pesquisa Atividade de questionário com propósito específico de se obter


resultado estatístico

Questionário Atividade do tipo questionário

Modalidade Tarefa que permite troca de arquivos entre aluno e professor


avançada de
carregamento
de arquivos

Texto Online Tarefa no qual o aluno digita e submete um texto para avaliação, ou
seja, o texto é produzido diretamente no Moodle

Envio de Tarefa na qual o aluno carrega um arquivo, de qualquer tipo, no


arquivo Moodle, submetendo para avaliação do professor
único

Atividade Tarefa que permite atribuição de nota ao aluno para atividade


offline realizada fora do Moodle

Wiki Atividade para criação de texto colaborativo

Criar uma Recurso para disponibilização de texto simples, puro, sem


página de

41
texto simples possibilidade de outros recursos visuais

Criar uma Recurso que permite a disponibilização de texto mais elaborado, com
página Web maior possibilidade de edição e adição de outros recursos visuais,
como imagens e vídeos

Link a um Recurso que permite disponibilização de link, seja para um arquivo


arquivo ou inserido no próprio Moodle ou para qualquer outro conteúdo
site disponível na internet

Visualizar Recurso que permite a disponibilização de um link para um diretório


um diretório (pasta) que pode ser alimentada com diversos arquivos

Usar um Um pacote IMS de conteúdo, assim como um SCORM, é um pacote


pacote IMS de aprendizagem (ou objecto de aprendizagem), pré-concebido,
CP
transversal e supostamente compatível com qualquer plataforma. A
produção de um pacote IMS deve exigir o conhecimento sobre
conceitos de programação.

Inserir rótulo
Recurso que permite rotular ou criar um texto de definição para um
tópico de um ambiente virtual

Fonte: Riedner; Gualberto, 2017.

O Moodle apresenta uma infinidade de recursos e possibilidades de integração de


atividades internas e externas ao ambiente virtual, que podem dinamizar a oferta de cursos a
distância. No entanto, o desconhecimento e falta de capacitação para o uso da ferramenta,
pode ser um fator limitador para a efetiva utilização dos recursos disponíveis.

Esse fato se confirma quando observamos que os recursos do Moodle utilizados


pelos professores nas ofertas de ensino a distância da UFMS são bastante restritos e
repetitivos, o que pode indicar um relacionamento desconfortável com a ferramenta, que os
impedem de incluir novas experiências com recursos ainda inexplorados. A relação abaixo
mostra os recursos que foram mais utilizados pelos professores no período de 2013 a 2015.

● Fórum
● Link a um arquivo ou site
● Visualizar um diretório
● Envio de arquivo único
● Modalidade avançada de carregamento de arquivos
● Chat

42
● Wiki
● Questionário
Além do Moodle, outra tecnologia bastante utilizada na Educação a Distância da
UFMS foi o sistema Adobe Connect. Ele começou a ser utilizado no ano de 2010 quando a
então Coordenadoria de Educação Aberta e a Distância (que atualmente é Divisão de
Educação a Distância dentro da Secretaria de Educação a Distância e Formação de
Professores - SEDFOR) da UFMS fez a aquisição de servidor e licença do software (contendo
10 salas virtuais) para uso nos cursos de graduação e pós-graduação.
Na época a versão utilizada era Adobe Acrobat Connect Pro 7. O servidor foi
desativado em 2013 devido a um erro irrecuperável e à falta de um contrato de suporte com
autorizada do fabricante do software, a Adobe. Nesta época, a Educação a Distância passou a
utilizar o sistema provido e mantido pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa - RNP, Adobe
Connect versão 9, da qual dispomos de 42 salas virtuais para webconferências para aulas nos
cursos de graduação, especialização, extensão, reuniões, orientações de TCC e outros tipos de
encontros virtuais.
Esse sistema garante uma certa autonomia ao professor, já que cada um possui um
login e uma senha para acesso à sua sala virtual, tem a liberdade de agendar um horário com
seus alunos, gravar a reunião e disponibilizar o link para quem necessita assistir
posteriormente. O Adobe Connect foi amplamente utilizado pelos professores, pois contava
com um suporte técnico diário e aos finais de semana, para sanar dúvidas e solucionar
problemas técnicos das reuniões online. Esse suporte, de certa forma, capacitou os professores
em serviço e com o passar do tempo eles foram utilizando menos, pois já tinham segurança
para conduzir as reuniões.
Outro recurso bastante utilizado pelos professores na Educação a Distância da UFMS
é a vídeoaula produzida em estúdio próprio da instituição. Além de fazer encontros interativos
com os alunos, a maioria dos professores também considera importante produzir vídeos de
conteúdos com qualidade para compor o material didático dos alunos. Os gráficos abaixo
indicam os cursos que mais produziram vídeos no período de 2013 a 2015.
Gráfico 1 – Produção de videoaulas em 2013

43
Fonte: Riedner; Gualberto, 2017.

Gráfico 2: Produção de videoaulas em 2014

Fonte: Riedner; Gualberto, 2017.

Gráfico 3: Produção de videoaulas em 2015

44
Fonte: Riedner; Gualberto, 2017.

O gráfico 4 mostra quais os cursos produziram mais videoaulas no período de 2013 a


2015. Consideramos apenas os cursos que produziram 5 ou mais vídeos.

Gráfico 4: Produção de videoaulas por Curso no período de 2013 a 2015

45
Fonte: Riedner; Gualberto, 2017.

A infraestrutura da Coordenadoria de Educação Aberta e a Distância (CED)


concentra-se praticamente em seu prédio sede, no campus de Campo Grande/MS. Na figura
abaixo é possível visualizar a representação do piso inferior do prédio da CED (SILVA, 2015,
p. 3).

Fonte: Gualberto (2015) apud SILVA (2015, p. 3)

Há no piso inferior quatro espaços (salas) para docentes, sendo que a dos docentes
de Matemática, Biologia e Letras é em um único espaço, separados por divisórias. O quarto
espaço para docentes é separado por divisórias da sala do curso Mídias na Educação e da sala
de reuniões, sendo que a sala que as abrange tem estrutura para uma sala de aula com quadro,
com dois pontos para internet ou telefone. Neste mesmo piso, há ainda salas da equipe
administrativa e financeira, outra de serviços administrativos separada da recepção por uma
divisória, sendo usada como depósito e na preparação de malotes, um almoxarifado que
guarda materiais de consumo e livros, e uma sala feita com divisória embaixo da escada para
depósito e material de limpeza (SILVA, 2015, p. 4).

46
Fonte: Gualberto (2015) apud SILVA (2015, p. 4)

Já no piso superior, há uma sala de Tecnologia da Informação em que constam


servidores de backup e a equipe de TI da CED, bem como link de internet e rack de ramais
telefônicos. Outra sala para secretárias de cursos e coordenadores de tutoria, com laboratório
possuindo vários números de tomadas e pontos de internet e um quadro branco. Ainda “duas
salas” de docentes da Computação e Pedagogia, num único espaço, separadas por divisória. A
sala da chefia, secretaria acadêmica, sala do arquivo da secretaria acadêmica, estúdio com
isolamento acústico também estão no piso superior (SILVA, 2015, p. 5).
Além desses espaços citados, a CED utiliza de outras unidades organizacionais
internas da UFMS e externas para realização de suas atividades. Internamente, faz uso de
laboratórios de informática para capacitações sobre o Moodle e a produção de material
(vídeo-aulas), além de auditórios para eventos, salas de servidores do NTI. Externamente, usa
polos da de apoio presencial que a EaD utiliza indiretamente no oferecimento de cursos na
modalidade a distância, mas que não estão mais lotados na CED (SILVA, 2015, p. 5).
O Relatório apontou que a infraestrutura ainda encontra problemas como a falta
de laboratório de informática para capacitação e evento, de auditório para eventos, de um
espaço específico para web-conferências em cabines com isolamento acústico, de espaço e
equipamentos para videoconferência, de uma sala de reuniões maior que comporte toda a
equipe, uma infraestrutura própria para alocar os servidores, um bom isolamento acústico no
estúdio de gravações que já possuem. Além disso, a necessidade de estacionamento próprio
para uso da Coordenadoria (SILVA, 2015, p. 6-7).
Em relação ao número de polos, são nove polos, localizados nas cidades de Água
Clara, Bataguassu, Bela Vista, Camapuã, Costa Rica, Miranda, Porto Murtinho, Rio Brilhante

47
e São Gabriel do Oeste. Nas tabelas abaixo é possível conferir o polo, seus os cursos, turmas,
início/término e alunos.

POLO: ÁGUA CLARA

CURSOS TURMA INICIO/TERMINO ALUNOS


MATRICULADOS

CIÊNCIAS 06 2013-1/2016-1 21
BIOLÓGICAS

PEDAGOGIA 20 2014-2/2017-2 13

Total de alunos matriculados 34

Fonte: SILVA (2015, p. 8).

POLO: BATAGUASSU

CURSOS TURMA INICIO/TERMINO ALUNOS


MATRICULADOS

ADMINISTRAÇÃO 06 2014-2/2017-2 69
PÚBLICA

CIÊNCIAS 02 2013-2/2016-2 14
BIOLÓGICAS

EDUCAÇÃO FÍSICA 01 2014-2/2017-2 47

LETRAS 13 2013-1/2016-1 14

MATEMÁTICA 08 2009-1/2012-1 02

14 2013-1/2016-1 13

PEDAGOGIA 11 2009-1/2012-1 03

21 2014-2/2017-2 23

Total de alunos matriculados 185

Fonte: SILVA (2015, p. 8).

POLO: BELA VISTA

CURSOS TURMA INICIO/TERMINO ALUNOS


MATRICULADOS

CIÊNCIAS 05 2012-1/2015-1 26
BIOLÓGICAS

LETRAS 12 2012-1/2015-1 19

48
MATEMÁTICA 13 2012-1/2015-1 09

PEDAGOGIA 15 2012-2/2015-2 39

Total de alunos matriculados 93

Fonte: SILVA (2015, p. 8).

POLO: CAMAPUÃ

CURSOS TURMA INICIO/TERMINO ALUNOS


MATRICULADOS

CIÊNCIAS 09 2014-2/2017-2 34
BIOLÓGICAS

EDUCAÇÃO FÍSICA 02 2014-2/2017-2 46

LETRAS 14 2013-1/2016-1 28

PEDAGOGIA 16 2013-1/2016-1 22

Total de alunos matriculados 130

Fonte: SILVA (2015, p. 9).

POLO: COSTA RICA


CURSOS TURMA INICIO/TERMINO ALUNOS
MATRICULADOS
CIÊNCIAS 01 2009-1/2012-1 02
BIOLÓGICAS 07 2013-1/2016-1 19
EDUCAÇÃO FÍSICA 03 2014-2/2017-2 36
GEOGRAFIA 01 2013-1/2016-1 12
LETRAS 17 2014-2/2017-2 04
MATEMÁTICA 15 2013-1/2016-1 07
PEDAGOGIA 12 2009-1/2012-1 01
17 2013-1/2016-1 24
Total de alunos matriculados 105
Fonte: SILVA (2015, p. 9).

POLO: MIRANDA
CURSOS TURMA INICIO/TERMINO ALUNOS
MATRICULADOS
LETRAS 18 2014-2/2017-2 19
MATEMÁTICA 16 2013-1/2016-1 12
Total de alunos matriculados 31
Fonte: SILVA (2015, p. 9).

49
POLO: PORTO MURTINHO
CURSOS TURMA INICIO/TERMINO ALUNOS
MATRICULADOS
CIÊNCIAS 03 2012-1/2015-1 29
BIOLÓGICAS
GEOGRAFIA 02 2013-1/2016-1 19
LETRAS 19 2014-2/2017-2 19
MATEMÁTICA 10 2009-1/2012-1 01
Total de alunos matriculados 68
Fonte: SILVA (2015, p. 9).

POLO: RIO BRILHANTE


CURSOS TURMA INICIO/TERMINO ALUNOS
MATRICULADOS
ADMINISTRAÇÃO 04 2013-1/2016-1 41
PÚBLICA 07 2014-2/2017-2 58
CIÊNCIAS 10 2014-2/2017-2 20
BIOLÓGICAS
LETRAS 15 2013-1/2016-1 12
PEDAGOGIA 19 2013-1/2016-1 11
Total de alunos matriculados 142
Fonte: SILVA (2015, p. 10).

POLO SÃO GABRIEL DO OESTE


CURSOS TURMA INICIO/TERMINO ALUNOS
MATRICULADOS
ADMINISTRAÇÃO 03 2010-1/2014-1 03
PÚBLICA 05 2013-2/2016-2 51
08 2014-2/2017-2 62
CIÊNCIAS 04 2010-1/2014-1 03
BIOLÓGICAS 08 2013-1/2016-1 21
GEOGRAFIA 03 2013-1/2016-1 13
LETRAS 16 2013-1/2016-1 13
MATEMÁTICA 17 2013-1/2016-1 09
PEDAGOGIA 18 2013-1/2016-1 27
22 2014-1/2017-1 25
Total de alunos matriculados 227
Fonte: SILVA (2015, p. 10).

No que se refere a lotação dos cursos, Administração Pública, Educação Física,


Letras e Pedagogia estão no Centro de Ciências Humanas e Sociais (CCHS), Ciências
Biológicas no Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Geografia na Faculdade de
Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia (FAENG), e Matemática no Instituto de
Matemática (INMA) (SILVA, 2015, p. 14). Abaixo segue o quadro de docentes efetivos e
colaboradores nos referidos cursos, nas quais podemos visualizar a titulação dos mesmos
sendo a maioria com doutorado e/ou mestrado.

50
QUADRO DE DOCENTES
CURSO: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
DOCENTES EFETIVOS

NOME TITULAÇÃO
ALBERTO DE BARROS AGUIRRE DOUTORADO
ALESSANDRO GUSTAVO SOUZA ARRUDA DOUTORADO
CAMILA MOREIRA ALMEIDA DE MIRANDA MESTRADO
CLÁUDIO CÉSAR DA SILVA DOUTORADO
DEISE GUADELUPE DE LIMA VAGULA DOUTORADO
DENISE BARROS DE AZEVEDO DOUTORADO
FERNANDO LOPES NOGUEIRA ESPECIALIZAÇÃO
HUDSON NOGUEIRA CUNHA MESTRADO
JOSÉ APARECIDO MOURA ARANHA MESTRADO
JOSÉ CARLOS DE JESUS LOPES DOUTORADO
LUIZ CARLOS DA SILVA MESTRADO
MARCELO RIBEIRO SILVA DOUTORADO
MATHEUS WEMERSON GOMES PEREIRA DOUTORADO
MAYRA BATISTA BITTENCOURT FAGUNDES DOUTORADO
MILTON AUGUSTO PASQUOTTO MARIANI DOUTORADO
Fonte: SILVA (2015, p. 11).

DOCENTES COLABORADORES

NOME TITULAÇÃO
MÔNICA FERREIRA SATOLANI MESTRADO
Fonte: SILVA (2015, p. 11).

LETRAS PORTUGUÊS E ESPANHOL


DOCENTES EFETIVOS

NOME TITULAÇÃO
ANGELA MARIA GUIDA DOUTORADO
CLEUZA ANDREIA GARCIA MUNIZ MESTRADO
DANIELA SAYURI KAWAMOTO KANASHIRO DOUTORADO
ELAINE DE MORAES SANTOS DOUTORADO
PATRÍCIA GRACIELA DA ROCHA DOUTORADO
Fonte: SILVA (2015, p. 15).

DOCENTES COLABORADORES

NOME TITULAÇÃO
ÁLVARO JOSÉ DOS SANTOS GOMES MESTRADO
ANA KARLA PEREIRA DE MIRANDA MESTRADO
AYLA LIZANDRA CAMPOS DE VASCONCELOS MESTRANDA
CAMILA DE FREITAS VIEIRA MESTRANDA
CELI CORREA NERES DOUTORADO
DARLENE ALVES DE OLIVEIRA ESPECIALIZAÇÃO

51
FERNANDA RITA LEVANDOSKI MESTRANDA
JUÇARA ZANONI DO NASCIMENTO MESTRADO
KÁTRIA GABRIELI FAGUNDES GALASSI MESTRADO
LUIZ LEANDRO GOMES DE LIMA MESTRANDO
RAQUEL DUTRA SALDANHA MESTRANDA
RONY MÁRCIO CARDOSO FERREIRA DOUTORANDO
SAMUEL RANOBO SOARES DOUTORADO
THYAGO JOSÉ DA CRUZ MESTRADO
WANILDA COELHO SOARES DE MORAES MESTRADO
Fonte: SILVA (2015, p. 15).

PEDAGOGIA
DOCENTES EFETIVOS

NOME TITULAÇÃO
CARINA ELISABETH MACIEL DOUTORADO
CARLA BUSATO ZANDAVALLI MALUF ARAUJO DOUTORADO
FERNANDO SILVA PAULA DOUTORANDO
MARIA DE FÁTIMA XAVIER DA ANUNCIAÇÃO DE
ALMEIDA DOUTORANDA
MIRIAN LANGE NOAL DOUTORADO
NESDETE MESQUITA CORRÊA DOUTORADO
Fonte: SILVA (2015, p. 15).

DOCENTES COLABORADORES

NOME TITULAÇÃO
ADRIANA APARECIDA BURATO MARQUES
BUYTENDORP MESTRADO
ANDRESSA FLORCENA GAMA DA COSTA MESTRADO
ANDRÊSSA GOMES DE REZENDE ALVES MESTRADO
ARTUR D'AMICO BEZERRA MESTRANDO
CARLA FABIANA COSTA CALARGE MESTRADO
CAROLINE HARDOIM SIMÕES MESTRADO
CRISTIANE MIRANDA MAGALHÃES GONDIN MESTRADO
CÉLIA BEATRIZ PIATTI DOUTORADO
DAIANI DAMM TONETTO RIEDNER MESTRADO
DEBORA JULIANA NEPOMUCENO DE SOUZA MESTRADO
DILZA PORTO GONÇALVES DOUTORADO
FERNANDA RITA LEVANDOSKI MESTRANDA
GILSE TEREZINHA LAZZARI PEROSA MESTRADO
HERIEL ADRIANO BARBOSA DA LUZ MESTRADO
JUÇARA ZANONI DO NASCIMENTO MESTRADO
LEMUEL DE FARIA DINIZ DOUTORANDO
MARGARETH APARECIDA QUINTINO DOS SANTOS MESTRADO
MIRIAN MITY NISHIMOTO MESTRADO
MIRTES DOS SANTOS JESUÍNO MESTRADO
NÉSIO ALAMINI MESTRADO
RAFAEL ROSSI DOUTORANDO

52
RAQUEL ELIZABETH SAES QUILES DOUTORANDA
ROBSON GONÇALVES FÉLIX DOUTORADO
SHEILA DENIZE GUIMARÃES BARBOSA DOUTORADO
VIVINA DIAS SÓL QUEIRÓZ DOUTORADO
WANILDA COELHO SOARES DE MORAES MESTRADO
Fonte: SILVA (2015, p. 16).

MATEMÁTICA
DOCENTES EFETIVOS

NOME TITULAÇÃO
ADRIANA BARBOSA DE OLIVEIRA MESTRE
BRUNO DIAS AMARO DOUTOR
CARLA REGINA MARIANO DA SILVA MESTRE
ELEN VIVIANI PEREIRA SPREAFICO DOUTORA
JOÃO RICARDO VIOLA DOS SANTOS DOUTOR
MARCOS VINICIUS PEREIRA SPREAFICO MESTRE
RAFAEL MONTEIRO DOS SANTOS MESTRE
SONIA MARIA MONTEIRO DA SILVA BURIGATO MESTRE
THIAGO PEDRO PINTO DOUTOR
MAGDA CRISTINA JUNQUEIRA GODINHO MONGELLI MESTRE
Fonte: SILVA (2015, p. 17).

DOCENTES COLABORADORES

NOME TITULAÇÃO
ANDERSON MARTINS CORRÊA MESTRE
DANIELLY REGINA KASPARY DOS ANJOS MESTRE
DEJAHYR LOPES JUNIOR DOUTOR
PÁBLO CARCHESKI DE QUEIROZ MESTRE
Fonte: SILVA (2015, p. 17).

CURSO: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS


DOCENTES EFETIVOS

NOME TITULAÇÃO
ALBERT SCHIAVETO DE SOUZA DOUTORADO
ALEXANDRA PENEDO DE PINHO DOUTORADO
ANTÔNIO PANCRÁCIO DOUTORADO
ELIANE MATTOS PIRANDA DOUTORADO
ESTER TARTAROTTI DOUTORADO
FERNANDA ZANDONADI RAMOS MESTRADO
OSVALDO NUNES BARBOSA MESTRADO
RODRIGO JULIANO OLIVEIRA DOUTORADO
SANDRA DOS SANTOS CEREALI DOUTORADO
SUZETE ROZANA DE CASTRO WIZIACK DOUTORADO
VERA DE MATTOS MACHADO DOUTORADO
Fonte: SILVA (2015, p. 18).

53
DOCENTES COLABORADORES
NOME TITULAÇÃO
ANA LÚCIA BARROS MESTRADO
DÉBORA TEIXEIRA DA CRUZ MESTRADO
ELIANE SEMIDEI DE SOUZA LIMA MESTRADO
JOAQUIM CORSINO (Técnico UFMS) DOUTORADO
KÁTIA CRISTINA NASCIMENTO FIGUEIRA DOUTORADO
LETÍCIA ALVES GOMES ALBERTTI (Técnico UFMS) DOUTORADO
NATHALIA NOVAK ZOBIOLE (Técnico UFMS) MESTRADO
ODAIR SONEGATTI MESTRADO
VANESSA CARNEIRO PEREIRA DE ARAUJO MESTRADO
ZIELMA DE ANDRADE LOPES MESTRADO
Fonte: SILVA (2015, p. 18).

DOCENTES COLABORADORES
CURSO: EDUCAÇÃO FÍSICA
DOCENTES EFETIVOS

NOME TITULAÇÃO
JOEL SARAIVA FERREIRA DOUTORADO
LUCIANA CORREIA DIETTRICH METSRADO
LUIZA LANA GONÇALVES MESTRADO
PAULO RICARDO MARTINS NUNEZ MESTRADO
RAFAEL PRESOTTO VICENTE CRUZ MESTRADO
SANDRA HELENA CORREIA DIETTRICH DOUTORADO
TAMIR DE FREITAS FAGUNDES MESTRADO
Fonte: SILVA (2015, p. 19).

DOCENTES COLABORADORES

NOME TITULAÇÃO
CLÁUDIA REGINA DA SILVA ESPECIALIZAÇÃO
LUCIENE COELHO RABEL MESTRADO
TIAGO RODRIGUES DE LEMOS AUGUSTO ESPECIALIZAÇÃO
Fonte: SILVA (2015, p. 19).

CURSO: GEOGRAFIA
DOCENTES EFETIVOS

NOME TITULAÇÃO
ANGELA DAMASCENO GOMES MESTRADO
ICLÉIA ALBUQUERQUE DE VARGAS DOUTORADO
JOSÉ MARCATO JUNIOR DOUTORADO
RAFAEL ROSSI MESTRADO
SÉRGIO RICARDO OLIVEIRA MARTINS DOUTORADO

54
Fonte: SILVA (2015, p. 19).

DOCENTES COLABORADORES

NOME TITULAÇÃO
CÁTIA BRAGA MESTRADO
CÉLIA REGINA PIROLO DOS REIS MESTRADO
ÉDER JANEO DA SILVA MESTRADO
ODAIR SONEGATTI MESTRADO
Fonte: SILVA (2015, p. 19).

O setor financeiro da CED/UFMS, em seu quadro de colaboradores não efetivos


da UFMS é composto em sua maioria por colaboradores graduados. Já no quadro de
colaboradores efetivos da UFMS, são especialistas, mestres e doutores ocupando as funções.

Quadro – Setor Financeiro Colaboradores não efetivos da UFMS

55
56
Fonte: SILVA (2015, pp. 33-35).

Quadro – Setor Financeiro Colaboradores efetivos da UFMS

57
58
59
Fonte: SILVA (2015, pp. 36-38).

60
As questões levantadas nesta seção nos provocam a refletir sobre os Cursos/
Programas/ Serviços: Indicadores e Processos Pedagógicos na EaD da UFMS, aparentemente
a análise dos dados demonstra uma história de expansão de cursos a distância e
institucionalização da EaD na UFMS, tanto que todos os pró-reitores quando questionados
“Você julga que a EaD está institucionalizada na Universidade?”, respondem com um “Sim”
(PR1_UFMS;PR2_UFMS e PR3_UFMS), mas quando perguntamos “Em que a Universidade
precisa avançar com relação à EaD?”, os relatos enunciam uma postura divergente, conforme
ilustram abaixo:

Ter o mesmo status que as ações presenciais (PR1_UFMS).

Creio que um planejamento que envolva a área da extensão poderia trazer benefícios
para extensionistas e para a EAD. Esse planejamento conjunto depende de muitas
questões mas a principal dificuldade é parear calendários e demandas, dentro de uma
rotina de demandas sempre urgentes. Esperamos, nessa nova gestão minimizar esses
descompassos (PR2_UFMS).

Possibilidade de oferta de mais cursos de pós-graduação (PR3_UFMS).

De maneira similar, o gestor justifica que uma das desvantagens da EaD é “[...] a
possibilidade das unidades administrativas optarem por não aderir à modalidade, optando
somente pelo ensino presencial” (GP1_UFMS). Ainda complementa que o “[...] O desafio é
fazer com que essa modalidade faça parte do cotidiano da instituição e não uma iniciativa
apartada” (GP1_UFMS).
De maneira similar, o gestor justifica que uma das desvantagens da EaD é “[...] a
possibilidade das unidades administrativas optarem por não aderir à modalidade, optando
somente pelo ensino presencial”(GP1_UFMS). Ainda complementa que o “[...] O desafio é
fazer com que essa modalidade faça parte do cotidiano da instituição e não uma iniciativa
apartada”(GP1_UFMS).
Assim, as respostas dos pró-reitores e do gestor problematizam que a EaD emerge
de práticas isoladas e ao mesmo tempo de experiências de gestão enfraquecidas à medida
que um dos pró-reitores exige o mesmo “status de um curso presencial”, e outro pró-reitor
reforça a dificuldade de planejamento coletivo para unicidade dos calendários, sem considerar
as diferenças de oferta e de operacionalização entre as modalidades de educação. O GP1
considera que a Ead desenvolve ações separadas dos demais projetos da instituição. Os
depoimentos do gestor e dos pró-reitores, evocam a existência de grupos distintos dentro da
própria instituição, com docentes a favor da EaD e outros docentes a favor dos cursos

61
presenciais. Tais posturas corroboram para que a referida modalidade não seja incorporada na
cultura organizacional da instituição.
A partir das informações dos pró-reitores e gestor sobre a EaD na UFMS, é
perceptível a inexistência da institucionalização da EaD na UFMS. Com base nos estudos de
Kesar (2002), concluímos que a discussão sobre a compreensão do papel da educação a
distância na UFMS encontra-se na fase da “mobilização”, uma vez que identificamos nas
respostas dos gestores debates difíceis e carregados de conflitos, bem como estratégias de
planejamento fragmentadas com poucas conversas coletivas sobre o planejamento e
desenvolvimento das ações inerentes à EaD.
A resistência para responder os questionários também demonstra que o tema sobre
EaD é evitado pela maioria dos profissionais, gestores e pró-reitores, que não atuam
diretamente com essa modalidade de educação.

62
FINANCIAMENTO

Carina Elisabeth Maciel-UFMS


Ana Maria Ribas-UFMS
Ana Luísa Alves Cordeiro-UFMS
Daiani Damm Tonetto Riedner -UFMS
Douglas Nantes Gualberto-UFMS
Erlinda Martins Batista-UFMS
Neidi Copetti-UFMS

A Educação a Distância tem uma longa história de sucessos e fracassos. Como


vimos, sua origem está nas experiências de educação por correspondência iniciadas no final
do século XVIII e seu amplo desenvolvimento a partir de meados do século XIX, chegando
atualmente a utilizar diversas mídias, desde o material impresso até as plataformas online, as
quais permitem interação entre os alunos e a equipe multidisciplinar responsável pelos cursos.
O marco regulatório foi a promulgação da Lei n. 9.394 de 1996 (Diretrizes e
Bases da Educação – LDB). Conforme estabelecido no Art. 80: “o Poder Público incentivará
o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e
modalidades de ensino, e de educação continuada.” (BRASIL, 1996, p. 43).
O estabelecimento dessa proposta ocorreu com a publicação do Decreto no 5.800
de 8 de junho de 2006 que dispôs sobre o Sistema Universidade Aberta do Brasil - UAB. Tal
decreto é considerado o marco nas políticas públicas educacionais, pois institui um sistema
nacional para a oferta da Educação a Distância, em atendimento aos dispostos no Plano
Nacional de Educação 2001-2010, sobre a necessidade de interiorização da oferta de cursos
em todos os níveis e modalidades, tendo em vista as dimensões territoriais do Brasil e a
escassez de cursos na modalidade presencial.
A UAB foi criada vinculada à extinta Secretaria de Educação a Distância (SEED)
e em 2009 foi incorporada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (CAPES), seu financiamento é feito pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento de
Educação (FNDE), sob o gerenciamento da CAPES (MILL, 2012. p. 283).
As principais ações financiáveis pelo sistema UAB são: a produção e a
distribuição do material didático impresso; a aquisição de livros para compor as bibliotecas; a
utilização de tecnologias de informação e comunicação para interação entre os professores,
tutores e estudantes; a aquisição de laboratórios pedagógicos; a infraestrutura dos núcleos; a
capacitação dos profissionais envolvidos; acompanhamento dos polos de apoio presencial e
encontros presenciais para o desenvolvimento da EaD. (BRASIL, 2006).
63
Além dessas despesas, a UAB financia o pagamento dos profissionais envolvidos
na elaboração e execução dos cursos a distância por meio das bolsas de pesquisa.
A UAB é um projeto governamental que fomenta a Educação a Distância
mediante convênios firmados entre o governo federal, as instituições públicas credenciadas e
os municípios interessados em instalar polos de apoio presencial.
O financiamento da Educação a Distância pela UAB está previsto no Art. 6º do
Decreto no 5.800 de 2006:

As despesas do Sistema UAB correrão à conta das dotações orçamentárias


anualmente consignadas ao Ministério da Educação e ao Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação – FNDE, devendo o Poder Executivo compatibilizar
a seleção de cursos e programas de educação superior com as dotações
orçamentárias existentes, observados os limites de movimentação e empenho e de
pagamento da programação orçamentária e financeira. (BRASIL, 2006).

Essa particularidade temporária da UAB gera polêmicas ao tornar incerta a


continuidade do projeto e também expõe a fragilidade na relação de trabalho e,
consequentemente, a qualidade das ações pedagógicas. Os profissionais envolvidos - tutores
presenciais e a distância e alguns professores - são selecionados por meio de edital público e
remunerados com bolsas, conforme disputo na Lei n. 11.273, de 06 de fevereiro de 2006
e pela Resolução CD/ FNDE n. 8, de 30 de abril de 2010. Nesse sistema não há qualquer
garantia trabalhista ou forma de contrato que estabeleça vínculos institucionais dos
profissionais. O GP1_UFMS destacou no questionário a fragilidade do financiamento da EAD
na UFMS pela UAB/CAPES “[...] é um modelo precário que precisa ser revisto”.
Entendemos que a palavra “revisto”, deixa explicita a necessidade de ajustes para melhoria no
processo educacional da modalidade em questão. Pode-se concluir também, que o
financiamento da EAD na UFMS, tem o MEC como o principal e único responsável pelo
fomento, consequentemente pode inviabilizar o avanço das políticas na própria instituição
devido à espera e aprovação de fomentos externos. Em continuidade, destaca a importância da
UFMS assegurar o próprio recurso para a oferta de cursos “[...] O ideal é que nossa
universidade não dependa de iniciativas eventuais de fomento e externo e que nossos cursos
sejam pensados e oferecidos por pessoal docente e técnico especializado, da própria
instituição”. (GP1_UFMS).
Entretanto, pesquisas relacionadas à EAD pontuam que mesmo com problemas, o
Sistema UAB tem sido o programa do governo federal que mais possibilita a expansão do
ensino superior público a distância. Entre as chamadas que a Diretoria de Educação a
Distância atende, em parceria ou não com outras secretarias do MEC. Todavia, um dos

64
gestores da UFMS ressalta que a principal dificuldade enfrentada pela UFMS para a oferta e
continuidade da EAD é a dependência de financiamento da UAB: “Ainda dependemos da
UAB, da distribuição e redistribuição de recursos [...]” (GP1_UFMS). De forma análoga, um
dos pró-reitores afirma que “[...] os recursos financeiros” (PR1_UFMS) é um dos principais
entraves enfrentados por esta reitoria para a oferta, continuidade e expansão da EaD,
consequentemente este cenário não corrobora para adoção de normas e incorporação da
cultura de EaD na instituição, fatores primordiais para a institucionalização, conforme os
estudos de Kesar (2007).
Para Silva e Silva Neto (2008), vê-se a necessidade do trabalho diferenciado da
equipe gestora da instituição, juntamente com o grupo de apoio (professores-autores,
professores-tutores, designer instrucional) na elaboração de currículo e projeto de curso
condizente com a realidade local do aluno, preocupando-se com o aspecto formativo,
qualitativo e quantitativo do conteúdo que será utilizado. É importante destacar que, ainda
segundo Silva e Silva Neto (2008), a aprendizagem sempre deve ser significativa e deve
posicionar-se com o universo de conhecimentos do estudante, permitindo que este formule
problemas e questões a partir das interferências e provocações do educador que, por sua vez,
deve permitir ao educando entrar em confronto com problemas práticos de natureza social e
viabilizar a aplicação daquilo que aprendeu para outras circunstâncias da vida. Em síntese,
toda aprendizagem deve provocar modificações. Essas mudanças exigidas pelo novo formato
de ensino (EaD) levam as instituições de ensino a repensarem a formação de seus cursos.
Todos os cursos na modalidade EaD oferecidos pela UFMS são gratuitos.

65
REFERÊNCIAS

ALVES-MAZOTTI, A. J.; GEWANDSZNAJDER, F. Paradigmas Qualitativos, O


Planejamento de Pesquisas Qualitativas e Revisão da Bibliografia. In: ALVESMAZOTTI, A.
J.; GEWANDSZNAJDER, F. O Método nas Ciências naturais e Sociais. São Paulo:
Pioneira, 1999, p.129-189

BATISTA, E.M. Estudo da Utilização dos bate-papos, na I turma de alunos do Curso de


Pós-Graduação Lato Sensu em Orientadores Pedagógicos em Educação a Distância da
UFMS. Campo Grande, MS, 2002.

BATISTA, E. M.; GOBARA, S. T. As concepções de professores de um curso a distância


sobre o papel do fórum on-line. (pp. 249-261). Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos –
RBEP. Volume 87. ISSN 034-7183. Brasília 2006.

BELLONI, Maria Luiza. Educação a distância. São Paulo: Autores Associados, 2009.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei Federal n.9.394, de 20.12.1996. Estabelece as


diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/l9394.htm>. Acesso em: 15 jul. 2017.

______. Ministério da Educação. Decreto Federal nº. 5.622, de 20.12.2005.


Regulamenta o art. 80 da Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5622.htm>.
Acesso em: 15 jul. 2017.

______. Lei n. 11.273, de 6 de fevereiro de 2006. Autoriza a concessão de bolsas de


estudo e de pesquisa a participantes de programas de formação inicial e continuada de
professores para a educação básica. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11273.htm>. Acesso em:
16 jul. 2017.

______. Ministério da Educação. Decreto 5800, de 08 de junho de 2006. Diário Oficial


da União, Brasília, de 08 de junho de 2006. Disponível em: < http://www.mec.gov.br >
Acesso em: 12 jul. 2017.

______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância. Referenciais de


qualidade para educação superior a distância. Brasília: MEC/SEED, 2007.

______. Resolução FNDE n. 8, de 30 de Abril de 2010. Disponível em: <


https://www.fnde.gov.br/fndelegis/action/UrlPublicasAction.php?acao=abrirAtoPublico
&sgl_tipo=RES&num_ato=00000008&seq_ato=000&vlr_ano=2010&sgl_orgao=CD/FN
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COSTA, Celso José. Modelos de Educação Superior a Distância e Implementação da


Universidade Aberta do Brasil. Revista Brasileira de Informática na Educação, v. 15, n. 2,
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superior público brasileiro: desafios e estratégias. FIDALGO, F.S. et al.[Org.]. Educação a
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KESAR, Adrianna; SAM, Cecile. Strategies for implementing and institutionalizing new
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MILL, Daniel; MACIEL, Cristiano (org.) Educação a distância: elementos para pensar o
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MORAN, J. M. O que é educação a distância. Texto atualizado na Internet pelo autor em


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PLATT, P. A. Promoting Change Through a school-Based Model of Comprehensive


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PIMENTA, Selma Garrido; ANASTASIOU, Léa das Graças Camargos. Docência no ensino
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UFMS. Resolução Nº 35, de 13 de maio de 2011. Aprova alterações do Estatuto da


Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Campo Grande: UFMS, 2011.

_____. Plano de Desenvolvimento Institucional da Fundação Universidade Federal de


Mato Grosso do Sul. Campo Grande: UFMS, 2015.

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