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CAMINHOS PARA FORTALECER O RECONHECIMENTO DA MULHER NA SOCIEDADE

BRASILEIRA

De meados dos anos 1930 até a atualidade, as mulheres conquistaram mais espaço
na sociedade, como o direito à participação política e ao trabalho formal. Todavia, o
reconhecimento dado a elas nesses novos meios ocupados ainda é baixo, mesmo com
essa inclusão. Logo, é necessário visualizar caminhos para efetivá-lo, por meio da
promoção midiática de atividades em estado de invisibilidade e a quebra de desigualdades
no ambiente de trabalho.
Nesse âmbito, a divulgação de ações feitas por mulheres é um meio de se alcançar o
devido reconhecimento, dada a força da mídia. Assim, a antropóloga Djamila Ribeiro, afirma
que, inicialmente, é preciso retirar uma pauta da invisibilidade para, enfim, discuti-la. Sob
essa perspectiva, embora mulher não estejam, em sua totalidade, socialmente invisíveis,
muitas atividades exercidas por elas estão - como o protagonismo em jogos de futebol e
pesquisas científicas -, então, de modo a, como proposto pela socióloga, abordar a
valorização dada pela população a essas ações, é preciso torná-las públicas e visíveis.
Dessarte, nota-se o papel da mídia audiovisual, a qual possui maior alcance popular, na
promoção do papel prestado pela mulher em diversas modalidades, com finalidade de
oferecer a elas maior espaço para se desenvolver.
Além disso, considerar a capacidade feminina para realizar uma tarefa é de extrema
importância para fortalecer seu reconhecimento. Desse modo, a perversidade da
globalização, proposta pelo geógrafo Milton Santos, se faz presente nesse contexto quando
há a promessa de igualdade salarial e de tratamento entre homens e mulheres, porém ela
não é cumprida e a desigualdade, fomentada. Em vista disso, pontua-se que, embora tenha
conquistado maior espaço na sociedade, elas ainda não possuem os mesmo privilégios
quando se trata do mundo do trabalho, embora sejam tão ou até mais capazes que os
homens - prova disso, é a jogadora Marta, a qual mesmo tendo mais gols que o Neymar,
não recebe o mesmo que ele. Com efeito, as empresas devem vencer esse machismo
estrutural e promover equidade em seus espaços, de modo que mulheres qualificadas não
sejam sobrepostas, mas também reconhecidas.
Portanto, conclui-se que a desatenção com atividades femininas e a desigualdade no
ambiente de trabalho são barreiras para seu pleno reconhecimento. Diante disso, a mídia
audiovisual deve apoiar a participação feminina em diferentes meios, mediante a
transmissão, em canais mais populares e em horário nobre, de conquistas alcançadas ou
feitos a serem realizados, para que elas possam conquistar o público e, no caso das
esportistas, obter patrocínios, os quais poderão até mesmo auxiliar o canal de transmissão.
Ademais, é preciso que empresas promovam a igualdade de gênero entre seus
funcionários, por meio da distribuição de salários condizentes com suas funções e quebra
de privilégios masculinos, a fim de tornar o ambiente de trabalho mais favorável ao
crescimento delas. Dessa maneira, será possível que os direitos anteriormente
conquistados não sejam apenas formalidades constitucionais, mas formas para que a figura
feminina se desenvolva.

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