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Desde o início dos tempos a mulher tem sido desvalorizada em vários âmbitos da sociedade.

Sempre que tentam ocupar posições e espaços que, historicamente, foram reservados aos
homens, a máquina opressiva do patriarcado é acionada para barrar os seus esforços. Quando
não consegue evitar sua “intromissão”, tenta tolher a sua ascensão para manter a condição de
subordinação das mulheres em relação aos homens. Isso ocorre na política, na ciência e até
nas artes.

Sua objetificação tem sido um dos principais motivos para sua desvalorização, tendo em vista
que, a mulher só tem ganhado mais destaque quando há sua aparição na televisão e cinema,
não por sua força, coragem e determinação, mas sim pela sua aparência e beleza impostas
pela sociedade. Dessa maneira, a mulher artista é colocada de lado e sua apreciação é
desvalorizada.

Infelizmente o machismo acaba contribuindo para que isso ocorra, já é algo que está
instaurado e enraizado na mente de muitos, não importando o gênero. Segundo Simone de
Beauvoir “O opressor não seria tão forte se não tivesse cúmplices entre os próprios
oprimidos." Mesmo sendo um meio que deveria predominar a ideia de liberdade, criatividade
e inclusão, o meio cultural não foge à regra quando a questão é a desigualdade de gênero.
Uma pesquisa realizada pelo IBGE (2018) mostrou que as mulheres que atuam no campo da
cultura ganham, em média 67, 8% do salário dos homens para desempenhar atividades
semelhantes.

Pode-se concluir que para valorizar a arte de autoria feminina no Brasil, devemos ter,
primeiramente, o senso de que existe sim igualdade entre os artistas, não importando o
gênero. Os meios para chegar a esse senso devem ser instaurados na educação, nas escolas,
mais especificamente, para que as crianças aprendam isso precisa ser dito e lembrado. O
governo federal pode incluir nas mídias e redes de telecomunicação conteúdos educativos e
informativos, fazer abordagens em propagandas e documentários sobre as mulheres artistas e
suas artes, com o objetivo de conscientizar as pessoas, incentivando e ensinando que a mulher
também pode e deve ser valorizada em qualquer área de sua vida e também no ambiente
artístico.

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