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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS


CENTRO DE EDUCAÇÃO

Currículo Professora: Carolina Nozella


Gama Discentes: Larissa da Rocha Dias Data: 14/02/2023

Fichamento “ Capítulo 8: Base Nacional Comum Curricular – uma base


sem base: o ataque à escola de Silva Alves
dos Santos e Paulo José Orso”

Durante todo o texto os autores vão falar sobre os benefícios que o governo do pt trouxe ao
Brasil, onde procurava conseguir a hegemonia de classes, mas que foi interrompido ao incomodar a
minoria que contem o poder.

O CONTEXTO POLÍTICO NO BRASIL: DA VALORIZAÇÃO A DESCRENÇA NA


EDUCAÇÃO

Como uma de suas primeiras intervenções para proporcionar a evolução da classe trabalhadora
e pobre o governo do pt, que começou com o presidente Lula em 2003 e termina com Dilma, após um
golpe, em 2016, foi um maior investimento na educação, trazendo diversos projetos sociais para a
garantia da classe pobre entrar em universidades e escolas promovendo uma futura hegemonia de
classes, o que fez muita se incomodar, visto que eles começaram a ter os mesmos direitos e estarem
nas mesmas salas de aulas que eles ou seus filhos.
Além de seus foques na educação, seus governos queriam também dar a classe trabalhadora
condições de compra e crescimento tanto o educacional quanto o de renda, onde a minoria que tinha o
poder de compra começou a se incomodar com a pobreza ganhando cada vez mais espaço (o seu
espaço).
É fácil de ver o bom desenvolvimento do governo após analisar a época do brasil e a
porcentagem de desempregados em plena crise dos EUA e Europa, tornando ainda mais difícil o
entendimento da descontentamento dos "poderosos" com as ações governamentais.
Tal classe, que apesar de minoria, tinha grande poder de compra, começou a atacar o governo
com seu descontentamento ao ver cada vez mais pessoas conseguindo um poder de compra que antes
era só seu, foi a partir disso que aconteceu o golpe parlamentar em cima da ex presidenta Dilma em
2016, onde tal ação demonstra ainda mais a luta de classes existentes no pais, onde a partir do governo
do ex presidente Jair Bolsonaro começamos a ver ainda mais os ataques aos direitos humanos que
tinham sido conquistados após lutas por tantos séculos.
A saude, educação, ciência e tecnologia foram as primeiras áreas afetadas após tal golpe, com
o objetivo de parar o crescimento democrático e a hegemonia de classes, querendo historicamente
continuar com o fato do "pobre cada vez mais pobre e o rico cada vez mais rico", onde para reafirmar
ainda mais tal coisa, o jornalismo que antes não tinha interesse em áreas da educação e saude
começaram a dar mais palco, com o intuito de ajudar ainda mais em tal corrupção e na privatização de
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tais direitos legalmente públicos e sociais.

REFORMAS EDUCATIVAS PÓS-GOLPE: CONSOLIDAÇÃO DOS ATAQUES À


EDUCAÇÃO.

Apos o golpe, Jair Bolsonaro já em conjunto com governo de Temer, tentam mudar o modelo
escolar para um modelo que deixa os indivíduos no escuro, tentando tirar a autonomia de pensamento
um por um, onde destrói toda a conquista de movimentos sociais e científicos, prejudicando
principalmente os negros, portadores de necessidades educativas especiais e alunos de escola publica,
tentando trazer e mostrar para a população que o setor privado é mais eficiente e com maior qualidade
que o setor publico, com o intuito de manter os grupos historicamente excluídos, ainda nesse mesmo
lugar.
Com o objetivo de destruir os direitos sociais, tal governo ataca, com reformas, vistas por
muitos para "melhoria", a PEC, BNCC e LDB, principais documentos que asseguram uma melhor
educação e direitos iguais a todos dentro da educação, querendo mudar seus objetivos e assuntos para
desfavorecer ainda mais a classe de renda baixa, onde a escola passaria a ser um espaço não de
preparação para o mercado, mas moldaria o indivíduo a aceitação de sua atual realidade.
Tais mudanças tem como objetivo não só mudar os conteúdos tratados dentro dela, mas
também seu próprio objetivo de não formar mais um indivíduo pensante com visão de crescimentos,
agora as escolas estariam criando indivíduos em bolhas, trazendo para isso um lugar mais atrativo e
com menos conteúdos disciplinares.

PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS E PEDAGÓGICOS DE UMA BASE SEM BASE

“No modelo de sociedade neoliberal, o individualismo, a


competitividade e o lucro são princípios bailadores do modo de vida e
produção. Tais princípios encontram terreno fértil quando regados por
políticas governamentais que investem no pragmatismo em detrimento de
uma filosofia que ensine os indivíduos a pensar criticamente seu meio e suas
formas de apropriação cultural.” (Malanchen, Matos, Orso, 2006, p. 172)

Tal modelo, como já falado no texto, tem como objetivo criar uma sociedade cada vez mais
individualista, com o objetivo de uma discrepância cada vez maior nas classes sociais e cada vez
menos forças nas diversas lutas existentes na sociedade, pois tal movimento politico "impede a
reflexiva filosófica e tudo aquilo que a ciência sistematizou ao longo dos séculos de civilização"
( Frigotto, 2017), onde podemos ver um grande exemplo disso ao surgimento cada vez maior de
terraplanistas, ataques a teoria de evolução, defesa do homescooling entre diversos outros.
Os autores ainda destacam o fato das escolas públicas estarem cada vez mais enraizadas com o
obscurantismo dentro de sua base curricular, visto que cada vez mais podemos perceber ensinos ocos,
vazios e sem retórica retrógrada, com o intuito de transformar uma sociedade sem base e sem o
mínimo de racionalidade, com a BNCC afirmando mais ainda tais conduções.
Tais mudanças dentro da BNCC teve justamente o intuito de manter o fator histórico da
pobreza continuar pobre sem nenhum incentivo de grandeza ou mudança de comportamento, tirando
ainda da ciência e da historia toda a credibilidade que tinham e deixando o mundo capitalista calmo e
sem o medo de mudança que o governo petista trazia.

"Diante de tal cenário, pode-se dizer que os pilares que sustentaram


a sociedade moderna, como o culto à razão, a história e ao humanismo, vão
sendo destruídos para ceder espaço ao ceticismo pragmático e utilitarista do
capital, engendrando, assim, de modo coordenado, o afastamento da
sociedade da apropriação do que há de mais rico e complexo culturalmente."
(Malanchen, Matos, Orso, 2006, p. 174)

A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA E O ENFRENTAMENTO PEDAGÓGICO DE


UMA BASE SEM BASE
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"A educação escolar, historicamente, assumiu uma condição de


contradição na sociedade capitalista. Essa contradição ocorre porque foi
pensada e realiza da pela burguesia com o intuito de transformar súditos em
cidadãos. A outra contradição advada dessa relação está posta pelo fato de
que, na sociedade capitalista, a escola se mostra inviabilizada em promover a
socialização dos bens materiais e não materiais, impedindo que as pessoas
possam exercer à cidadania de modo pleno (SAVIANI, 2018)."

O golpe e embate escola acontecendo desde 2016 está trazendo grandes problemas não só
para a educação como para a sociedade como um todo, visto que o novo modo educacional de pensar
está a todo momento se contradizendo e trazendo retardos ao desenvolvimento da sociedade.
Foi a partir do governo Bolsonaro que está cada vez mais se instaurando, através do
conservadorismo o autoritarismo e o aparecimento e compartilhamento de diversas fake news, que por
um acaso são até previstas na lei como ato criminoso.
A partir dai toda a pedagogia histórico critica está em perigo por causa de suas ações,
concepções e mudanças dentro da vida escolar, os autores tentam trazer nesse texto o fato de que a
escola não é um serviço ao capitalismo, mas sim um lugar de formar indivíduos críticos para viverem
em sociedade e mudarem o mundo.

Referências:

Malanchen, Julia. Cultura, conhecimento e currículo: contribuições da pedagogia


Histórico de-crítica. Campinas SP: Autores associados, 2022.

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