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CENTRO DE PROFISSIONALIZAÇÃO E EDUCAÇÃO TÉCNICA

IVANIL DE ARAUJO MORAES JUNIOR

SEGURANÇA DO TRABALHO: ESTUDO DE CASO SOBRE A IMPORTÂNCIA


DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA NA
MOVIMENTAÇÃO DE CARGA DO GUINDAUTO

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao


curso técnico de segurança do trabalho, centro
profissionalizante e educação técnica como parte
integrante para obter a formação técnica de
segurança do trabalho

Orientador: Profª. Adriana Moraes


Coorientador: Profª. Marcia Cristiane

SANTA CATARINA - SC
2023
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CENTRO DE PROFISSIONALIZAÇÃO E EDUCAÇÃO TÉCNICA

IVANIL DE ARAUJO MORAES JUNIOR

SEGURANÇA DO TRABALHO: ESTUDO DE CASO SOBRE A IMPORTÂNCIA


DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA NA
MOVIMENTAÇÃO DE CARGA DO GUINDAUTO

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso técnico de segurança do


trabalho, centro profissionalizante e educação técnica como parte integrante para
obter a formação técnica de segurança do trabalho

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________
Profª. Adriana Moraes
Centro de Profissionalização e Educação Técnica
(Orientadora)

________________________________________________
Profª. Marcia Cristiane
Centro de Profissionalização e Educação Técnica
(Coorientadora)

________________________________________________
Centro de Profissionalização e Educação Técnica
(Examinador)

SANTA CATARINA - SC
2023
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“Tudo posso naquele que fortalece”


Filipenses 4:13
4

AGRADECIMENTOS

Primeiramente quero agradecer a Deus, que tem me fortalecido e me


ajudado até aqui, pois para mim foi um grande desafio que aceitei pelo motivo de estar
há muitos anos sem estudar.

Agradeço também a minha família, que sempre será minha maior


motivação para vencer qualquer dificuldade e obstáculos, minha irmã Milene Moraes,
que sempre me incentivou a voltar a estudar e em especial meus filhos e esposa que
são a razão disso tudo.

Não poderia deixar de agradecer um grande irmão que a vida me deu, e o


maior incentivador disso tudo que vem acontecendo nesses últimos anos, Rafael
Cavalieri – Engenheiro de Segurança do Trabalho, pois quero expressar minha
gratidão e todo meu carinho por acreditar em todo tempo que eu conseguiria
juntamente com sua esposa Paulinha (Paula Paradela) e toda a sua linda família,
muito obrigado.

A secretária da escola técnica, que sempre prestou o suporte nos


momentos necessários e aos tutores por toda a ajuda durante o tempo do curso.

Ao meu amigo Anderson Lucena, um amigo que conheci no trabalho que


dedicou várias horas do seu descanso e teve toda paciência de me ensinar e me
instruir na estruturação do trabalho e que vou levar para vida toda.

Aos ilustres Flavio Augusto Cardoso Cabral – Engenheiro Mecânico e Raul


Afonso Medeiros – Analista de Manutenção, por prestarem valiosas informações
técnicas sobre o guindauto, enriquecendo ainda mais o TCC.

A TODOS VOCÊS, MUITO OBRIGADO!


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“A segurança do trabalho é um direito de todos e um dever de cada um.”


Autor desconhecido
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RESUMO

O presente trabalho vem apresentar um estudo de caso sobre a importância do uso


de equipamentos de proteção individual e coletiva no trabalho de movimentação de
carga com utilização do guindauto. A segurança do trabalho tem se esforçado para
prevenir acidentes e condições inseguras, fornecendo equipamentos de segurança,
realizando treinamentos e reciclagens como também implantando novas tecnologias,
contudo, mesmo os operadores estando cientes dos riscos, alguns relutam em usar
os equipamentos de proteção para se prevenirem de acidentes. Com o objetivo de
buscar respostas para esses frequentes acontecimentos, tem-se como problemática
o seguinte questionamento: Porque os operadores sofrem constantes acidentes de
trabalho? A partir da realização de observações in loco da forma como se é feito o
trabalho de movimentação de carga, inicia-se uma pesquisa bibliográfica a fim de
compreender melhor o campo de estudo da segurança de trabalho, suas normas
regulamentadoras e seus conceitos para que se possa desenvolver métodos que
venham a diminuir ou eliminar os constantes acidentes que ocorrem durante o
processo de movimentação de carga, criando a partir destas técnicas uma cultura
permanente voltada para prevenção contínua de acidentes.

Palavras-chave: movimentação de carga; guindauto; proteção; segurança do


trabalho, equipamentos de proteção.
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RESUMEN

Este trabajo presenta un estudio de caso sobre la importancia del uso de equipos de
protección individual y colectiva en el trabajo de manipulación de carga con el uso de
grúas móviles. La seguridad laboral se ha esforzado por prevenir accidentes y
condiciones inseguras, proporcionando equipos de seguridad, realizando
capacitaciones y reciclajes, así como implementando nuevas tecnologías. Sin
embargo, incluso cuando los operadores son conscientes de los riesgos, algunos se
muestran renuentes a utilizar los equipos de protección para prevenir accidentes. Con
el objetivo de encontrar respuestas a estos eventos recurrentes, la problemática se
plantea con la siguiente pregunta: ¿Por qué los operadores sufren constantes
accidentes laborales? A través de la realización de observaciones en el lugar de
trabajo sobre cómo se lleva a cabo la manipulación de carga, se inicia una
investigación bibliográfica para comprender mejor el campo de estudio de la seguridad
laboral, sus normativas y conceptos. Esto con el fin de desarrollar métodos que
reduzcan o eliminen los constantes accidentes que ocurren durante el proceso de
manipulación de carga, creando a partir de estas técnicas una cultura permanente
orientada a la prevención continua de accidentes.

Palabras clave: manipulación de carga; grúa móvil; protección; seguridad laboral;


equipos de protección.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Imagem 1 – Exemplos de EPI’s ................................................................................ 22


Imagem 2 – Elementos de sinalização ...................................................................... 25
Imagem 3 – Padrão das cores da sinalização de segurança .................................... 26
Imagem 4 – Placa de atenção ao trânsito de empilhadeiras ..................................... 27
Imagem 5 – Sinalização manual utilizada na movimentação e içamento de carga ... 28
Imagem 6 – Sinaleiro fazendo o sinal para levantar a carga lentamente .................. 29
Fotografia 1 – Caminhão guindauto em operação .................................................... 30
Fotografia 2 – Guindauto em processo de movimentação de pneus ........................ 33
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LISTA DE TABELAS

Tabela1 – Classificação Nacional de Atividades Econômicas 2.0 (Quadro 1) ........... 20


10

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Percentual de operadores que conhecem os EPC’s ............................... 34


Gráfico 2 – Uso de equipamentos pelos operadores ................................................ 35
Gráfico 3 – Percepção da importância da sinalização coletiva.................................. 36
Gráfico 4 – Uso da sinalização visual na movimentação de carga............................ 37
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CBO - Classificação Brasileira de Ocupações


CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas
CNAE - Classificação Nacional de Atividades Econômicas
EPC - Equipamento de Proteção Coletiva
EPI - Equipamento de Proteção Individual
FUNDACENTRO - Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene e Medicina do
Trabalho
GR – Grau de Risco
MTE - Ministério do Trabalho e Emprego
NR - Norma Regulamentadora
NR’s - Normas Regulamentadoras
SST - Saúde e Segurança do Trabalho
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 14
2 SEGURANÇA DO TRABALHO: BREVE HISTÓRICO E CONCEITOS ...... 16
2.1 CONCEITO SOBRE SEGURANÇA DO TRABALHO ................................... 17
2.2 AS NORMAS REGULAMENTADORAS ....................................................... 18
2.3 RISCOS OCUPACIONAIS ............................................................................ 18
2.3.1 Grupo de Risco ........................................................................................... 19
2.3.2 Grau de Risco ............................................................................................. 20
2.4 ACIDENTE DE TRABALHO ......................................................................... 20
2.5 OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO ........................................................ 21
2.5.1 Equipamento de Proteção Individual – EPI .............................................. 21
2.5.2 Equipamento de Proteção Coletiva – EPC ............................................... 22
2.6 O TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO .......................................... 23
2.6.1 A Função do Técnico de Segurança do Trabalho .................................... 23
3 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA: CONCEITOS E TIPOS ......................... 25
3.1 SINALIZAÇÃO INFORMATIVA ..................................................................... 27
3.2 SINALIZAÇÃO VISUAL ................................................................................ 28
3.3 O PAPEL DO SINALEIRO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA ..................... 29
4 O GUINDAUTO: CONCEITO, CARACTERÍSTICAS E FUNÇÃO ............... 30
4.1 CARACTERÍSTICAS DO GUINDAUTO ....................................................... 30
4.2 FUNÇÕES DO GUINDAUTO ....................................................................... 31
4.3 OPERADOR DO GUINDAUTO .................................................................... 32
5 ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS ........................................................ 34
5.1 PERCEPÇÃO DOS OPERADORES QUANTO AO CONHECIMENTO SOBRE
USO DE EPI .............................................................................................................. 34
5.2 PERCEPÇÃO DOS OPERADORES QUANTO AO CONHECIMENTO SOBRE
O USO DE EPC ........................................................................................................ 34
5.3 FORNECIMENTO DE EPI’s PELA EMPRESA ............................................. 35
5.4 USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO FORNECIDOS PELA EMPRESA
...................................................................................................................... 35
5.5 FISCALIZAÇÃO SOBRE O USO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO . 35
5.6 PERCEPÇÃO QUANTO À SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA ..................... 36
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5.7 PERCEPÇÃO DA IMPORTÂNCIA DA SINALIZAÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO


DE CARGA................................................................................................................ 36
5.8 O USO DA SINALIZAÇÃO VISUAL NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA ....... 36
5.9 A CAPACITAÇÃO PARA A OPERAÇÃO DO GUINDAUTO .......................... 37
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 38
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 40
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1 INTRODUÇÃO

A movimentação de carga tem uma importância muito grande nos dias de hoje,
nas grandes indústrias, estaleiros navais, áreas portuárias, construção civil, entre
outros, assim tendo que amentar a gestão de segurança para avaliar e fiscalizar esse
tipo de atividade e os riscos, para isso vimos a necessidade de falar sobre a
importância dos usos de equipamentos de proteção individual e coletiva para a
segurança dos operadores em movimentação de carga no guindauto.
O presente trabalho trata de um estudo de caso na área de um canteiro de
obras com enfoque na importância do uso dos equipamentos de proteção individual e
coletiva na movimentação de carga com a utilização de guindautos, e apresenta-se
como um estudo indispensável na busca de respostas aos diversos questionamentos
inerentes a esse tipo de trabalho.
Para compreender melhor a temática abordada e orientar este estudo,
partiremos do seguinte problema: Por que os operadores nem sempre usam os
equipamentos de proteção?
Juntamente com o problema observado, os seguintes questionamentos foram
formulados: Se os operadores sabem o que é EPI e EPC? Se empresa fornece os
EPIs de acordo com as normas? Se há fiscalização sobre o uso de EPIs? Se os
operadores sabem o que é uma sinalização de segurança? Se os operários fazem
algum tipo de curso/treinamento para operar o guindauto?
A portaria número 3.214, que foi aprovada em 8 de junho pelo ministério do
trabalho e emprego do brasil, estabeleceu as NRs (normas regulamentadoras), com
o objetivo de conduzir os profissionais da segurança do trabalho e saúde e gestores,
para agirem com relação as decisões que envolvem os riscos de acidentes no
trabalho.
As normas regulamentadoras são de muita importância para as empresas, pois
são elas que contribuem e auxiliam na identificação, eliminação e a redução dos riscos
de acidentes que podem ser encontrados em diversas atividades no ambiente de
trabalho, com o cumprimento dessas normas teremos um ambiente de trabalho mais
seguro para os colaboradores.
O operador do guindauto tem a responsabilidade de preparar o equipamento,
operar o guindauto, seguir todas as normas de segurança, ter uma boa comunicação
com a equipe de movimentação, ter conhecimento técnico, e estar sempre atento para
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que não ocorra nenhum tipo de acidente, e também conhecer os limites de carga dos
equipamentos.
A metodologia empregada será descritiva, pois todo o processo de
movimentação de carga utilizando o guindauto será observado e descrito
detalhadamente, a fim de facilitar a compreensão do problema exposto. O estudo será
de in loco tendo como apoio referências bibliográficas, e entrevistas com operadores
que trabalham e tenham experiência com a atividade.
A população será constituída pelos operadores do canteiro de obras. A amostra
será composta por 30 operadores que estiverem dispostos a fazer parte da pesquisa
após a assinatura do termo de consentimento (APÊNDICE A).
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2 SEGURANÇA DO TRABALHO: BREVE HISTÓRICO E CONCEITOS

A Saúde e Segurança do Trabalho (SST) teve sua origem a partir da Medicina


do Trabalho. Segundo Mendes e Dias (1991) a medicina do trabalho como fator a ser
considerado uma vertente de preocupação dos gestores, teve seu início na Inglaterra
por volta da primeira metade do século XIX, onde os problemas relacionados com a
saúde intensificaram-se a partir da Revolução Industrial, exigindo uma intervenção
para que se tornasse viável a continuação do próprio processo produtivo, agravado
por uma exaustiva jornada de trabalho, resultante de um acelerado e desumano ritmo
de produção, fazendo com que homens, mulheres e crianças trabalhassem além da
sua capacidade física e em locais de trabalho sem a mínima capacidade de higiene e
segurança.
Mendes e Dias ainda afirmam que

Quando Robert Dernham, proprietário de uma fábrica têxtil, preocupado com


o fato de que seus operários não dispunham de nenhum cuidado médico a
não ser aquele propiciado por instituições filantrópicas, procurou o Dr. Robert
Baker, seu médico, pedindo que indicasse qual a maneira pela qual ele, como
empresário, poderia resolver tal situação (1991, p. 341).

Percebe-se que, naquela época, alguns gestores já tinham dado conta de que
as transformações causadas pela crescente demanda industrial, juntamente com
elevadas jornadas de trabalho em locais de trabalho que não eram propícios para a
realização de atividades industriais e que um operário doente causaria futuros
transtornos fazendo com que esses gestores se vissem meio que obrigados a
procurarem auxilio médico, objetivando soluções para as constantes doenças e
acidentes que ocorriam no interior das fábricas, surgindo então o primeiro serviço de
medicina do trabalho.
No Brasil, A SST é regida por uma legislação que ainda é considerada recente.
Só em 1919 surgiu a primeira lei tratando da questão dos riscos ocupacionais como
um fator a ser considerado à atividade profissional exercida.
Em 1943, através do Decreto-lei nº 5.452, sancionada pelo presidente Getúlio
Vargas, foi criada a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), unificando toda a
legislação trabalhista existente no Brasil, regulamentando as relações individuais e
coletivas do trabalho (BRASIL, 2011).
17

No ano de 1944, as leis de trabalho foram reformuladas através do Decreto Lei


de nº 7.036, onde toda uma legislação foi reestruturada, visando maiores benefícios
aos acidentados, como indenização e também multa aos empregadores pelo
descumprimento das normas estabelecidas no decreto (BRASIL, 2011).
Em 21 de outubro de 1966, instituída pela Lei nº 5.161, criou-se a Fundação
Centro Nacional de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, hoje Fundação Jorge
Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (FUNDACENTRO) (BRASIL,
2011). Em 1967, surgiu a Lei nº 5.316, conciliando a Integração do Seguro de
Acidentes do Trabalho à Previdência Social, propício para a realização de mais
segurança aos trabalhadores.
Outra medida que veio colaborar com a qualidade de vida dos trabalhadores
surgiu em 1978, onde foi aprovada através da Portaria nº 3.214 as Normas
Regulamentadoras (NRs), estabelecendo a obrigatoriedade de serviços e de
programas responsáveis inerentes à saúde e segurança no ambiente de trabalho
(BRASIL, 2011).
Todas essas leis e portarias foram sancionadas visando proteger a saúde e a
integridade física do trabalhador, com regras impostas para que as organizações
buscassem métodos prevencionistas que viessem minimizar os acidentes de trabalho,
tornando assim importantes instrumentos à disposição dos empregados e
trabalhadores.

2.1 CONCEITO SOBRE SEGURANÇA DO TRABALHO

Relacionado à questão da segurança do trabalho, temos como conceito o


“conjunto de medidas técnicas, educativas, médicas e psicológicas empregadas para
prevenir acidentes, quer eliminando as condições inseguras do ambiente, quer
instruindo ou convencendo as pessoas de práticas preventivas” (CHIAVENATO apud
CARVALHO, 2004, p.313).
A segurança do trabalho pode ser entendida como todo esforço que é realizado
para prevenir ou eliminar os acidentes, podendo para isso, utilizar métodos técnicos
no ambiente de trabalho, palestras educativas para atingir a conscientização dos
trabalhadores para a prevenção dos acidentes, entre outros, procurando sempre
meios que venham agregar à segurança desses trabalhadores.
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2.2 AS NORMAS REGULAMENTADORAS

As Normas Regulamentadoras, conhecidas por NR’s, são regulamentações


aprovadas pelo MTE através da Portaria nº 3.214 de 08 de junho de 1978, que visa
proteger o trabalhador, em que regulamentam e fornecem orientações sobre
procedimentos obrigatórios relacionados à medicina e segurança no trabalho.
O disposto no item 1.1 da NR-1 esclarece que as NR’s são de observância
obrigatória por todas as empresas públicas ou privadas e pelos órgãos públicos da
administração direta e indireta, como também pelos órgãos dos Poderes Legislativo e
Judiciário, que possuam empregados regidos pela CLT.
Atualmente a legislação brasileira é composta por 38 NR’s, onde estabelecem
a obrigatoriedade de serviços e implantação de programas responsáveis inerentes à
saúde e segurança no ambiente de trabalho, independentemente do porte da
organização.

2.3 RISCOS OCUPACIONAIS

Para melhor compreensão do que envolve a movimentação de carga, é


necessário compreender alguns termos básicos que constituem a área de saúde e
segurança do trabalho.
Esses termos envolvem os fatores de risco, os riscos ocupacionais, os grupos
de riscos, o grau de risco e os agentes impactantes. Para Mauro et al, fator de risco é
“toda característica ou circunstância que acompanha um aumento de probabilidade
de ocorrência do fator indesejado, sem que o dito fator tenha a intervir
necessariamente em sua causalidade” (2004, p. 342).
Percebe-se então que os riscos ocupacionais são todos os fatores que
envolvem a saúde e a segurança do trabalhador em condições de ambientes bastante
perigosos, onde no momento que não são controlados ou eliminados, ocasionam
acidentes e doenças profissionais. Esses riscos estão dispostos por todos os setores
de uma organização, seja ela de qualquer atividade econômica ou tamanho.
19

2.3.1 Grupo de Risco

Os grupos de riscos são divisões dos riscos ocupacionais, que foram


elaboradas por profissionais da área de saúde e segurança do trabalho para que se
tenha um melhor controle e entendimento desses riscos. Em seus estudos, Facchini,
Weiderpass e Tomasi afirmam que

A ordenação dos riscos do ambiente de trabalho é feita em quatro grupos:


Grupo 1. Riscos que estão presentes no ambiente dentro e fora do local de
trabalho - temperatura, iluminação, ruído, umidade e ventilação; Grupo 2.
Riscos característicos do ambiente de trabalho - poeiras/pós, gases, vapores
e fumaças; Grupo 3. Riscos referentes à fadiga derivada do esforço físico -
levantamento e transporte de peso excessivo, posição viciosa; e Grupo 4.
Riscos capazes de provocar stress ou tensão emocional - monotonia, ritmos
excessivos, repetitividade, ansiedade e responsabilidade (1991, p. 395).

Essa divisão dos riscos ocupacionais em quatro grupos elaborados por


Facchini, Weiderpass e Tomasi deixam um questionamento em relação aos riscos de
acidentes de trabalho, que não estão expostos em nenhum dos grupos mencionados.
Em seus questionamentos, Milkovick e Boudreau caracterizam os riscos
ocupacionais em dois grupos: riscos para a segurança que “são aqueles fatores do
ambiente de trabalho que tem potencial de causar um acidente imediato a um
empregado, ocorrendo, às vezes, até acidentes violentos” e riscos para a saúde que
“são aspectos do ambiente de trabalho que, vagarosa e cumulativamente (e, em geral,
irreversivelmente), levam à deterioração da saúde de um empregado” (2000, p.481).
Essa divisão já demonstra uma percepção diferente de Facchini, Weiderpass e
Tomasi, que se preocuparam mais na questão da saúde do trabalhador e que
Milkovick e Boudreau já incluíram em suas discussões o risco referente à segurança
dos trabalhadores como, cortes, pancadas, fraturas, entre outros.
Contribuindo com as reflexões sobre os riscos, Oliveira classifica os riscos
ocupacionais em cinco grupos: riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de
acidentes (2009).
Esses grupos de riscos são considerados como parte integrante da avaliação
de riscos ocupacionais em ambientes de trabalho. A identificação, análise e controle
desses riscos são fundamentais para promover a segurança e a saúde dos
trabalhadores, sendo uma responsabilidade tanto dos empregadores quanto dos
trabalhadores, conforme as normas e regulamentações pertinentes.
20

2.3.2 Grau de Risco

A Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), em sua versão


2.0, em seu (Quadro 1), atribui a cada atividade um Grau de Risco (GR) numerados
de 1 a 4, este último representando o grau maior.
A tabela 1, exemplifica como estão dispostas as informações referentes ao
(Quadro 1) da (CNAE) 2.0, juntamente com seu código e seu grau de risco.
Tabela 1 - Classificação Nacional de Atividades Econômicas 2.0 (Quadro 1)
GRAU DE
CÓDIGO ATIVIDADE
RISCO
13.10-2 Extração de minério de ferro 4
27.22-7 Produção de Ferro, aço e ferro ligas... 4
17.71-9 Fabricação de tecidos de malha 2
92.32-0 Gestão de salas de espetáculos 1
62.10-3 Transporte aéreo, regular 3
55.11-5 Estabelecimentos hoteleiros, com restaurante 2
55.22-0 Lanchonetes e similares 2
Fonte: Adaptado de (MARRAS, 2000, p.221)

2.4 ACIDENTE DE TRABALHO

Sobre o conceito de acidente de trabalho, a Lei nº 8.213 de 24 de julho de 1991


da Previdência Social define em seu artigo 19 que:

Acidente do Trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a


serviço da empresa ou ainda, pelo serviço de trabalho de segurados
especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a
morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho, permanente ou
temporária. (BRASIL, 2011)

Diante dessa informação, percebe-se que o acidente de trabalho é um fato


indesejado que ocorre quando o trabalhador está a serviço da empresa, e que além
de causar lesões corporais, distúrbios funcionais, pode levar também à morte.
No item III e na alínea “d” do item IV do artigo 21 da Lei nº 8.213/91, equipara-
se também ao acidente de trabalho, “a doença proveniente de contaminação acidental
do empregado no exercício de sua atividade” e “todo o acidente sofrido pelo
empregado no percurso da residência para o local de trabalho, ou vice-versa, qualquer
que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do empregado”
(BRASIL, 2011).
21

Sendo assim, caracteriza-se também como acidente de trabalho, toda doença


adquirida durante o tempo de exposição do trabalhador na realização de suas
atividades profissionais ou que venha posteriormente adquirir em função da atividade
exercida. É preciso, porém, salientar que no momento em que o trabalhador está se
locomovendo para a empresa e se desvia de seu trajeto para resolver algo pessoal,
mesmo estando no horário de trabalho, não se caracteriza acidente de trabalho.

2.5 OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

Sabe-se que os riscos de acidentes estão presentes em todo local de trabalho


e para minimizá-los é preciso que haja algumas estratégias para proteger os
trabalhadores, já que, às vezes, não é possível a eliminação e o controle desses
riscos.
Uma das estratégias utilizadas é o uso dos equipamentos de proteção, que é
todo tipo de equipamento, seja ele, Equipamento de Proteção Individual (EPI) ou
Equipamento de Proteção Coletiva (EPC), com função de manter a preservação da
saúde e a integridade física do trabalhador, estando diretamente ligados ao
crescimento da produtividade e aos lucros para a empresa, onde seu uso propicia a
redução dos acidentes e doenças do trabalho e consequentemente o prejuízo
financeiro que a empresa terá de arcar com o acidentado.

2.5.1 Equipamento de Proteção Individual - EPI

Conforme a Portaria de N.º 25, de 15 de outubro de 2001, a NR-6, em seu item


6.1 define, para os fins de aplicação da NR-6, considera-se Equipamento de Proteção
Individual (EPI), de fabricação nacional ou estrangeira, todo dispositivo de uso
individual destinado aos trabalhadores para minimizar a exposição a riscos
ocupacionais específicos, a fim de eliminá-los ou reduzi-los, protegendo assim, a
saúde e a integridade física do trabalhador (BRASIL, 2011).
Conforme a NR-6, os (EPI’s) devem assegurar a proteção da cabeça, dos
membros superiores e inferiores, a audição, a respiração, o tronco e a pele do usuário,
como também proporcionar proteção contra quedas.
Podemos elencar como exemplos de EPI’s: máscaras, luvas, capacete, protetor
auricular, óculos de proteção para os olhos, botas, entre outros. O uso desse tipo de
22

equipamento é apenas um elemento de um completo programa de segurança, que vai


desde a mudança na cultura organizacional da empresa até à aquisição e utilização
dos mesmos, visando manter um ambiente ocupacional saudável e seguro. A imagem
1 abaixo exemplifica os EPI’s padrões de uso do trabalhador.
Imagem 1 – Exemplo de EPI’s

Fonte: https://tecnosegindustrial.com.br/epi-equipamento-de-protecao-individual-nao-basta-fornecer-e-preciso-
fiscalizar/

2.5.2 Equipamento de Proteção Coletiva – EPC

Na literatura não consta um conceito sobre Equipamento de Proteção Coletiva


(EPC) devido ao fato de que esse tipo de proteção não seja obrigatório e sim de
conscientização do gestor da empresa, em adotar medidas diretamente onde ocorra
algum risco com a finalidade de eliminá-lo, para que uma pessoa não se machuque
caso não perceba ou não preste atenção.
Esse tipo de proteção pode ser entendido como medida de ordem geral e
executada em todo o ambiente de trabalho, tanto nos maquinários e ferramentas,
quanto ao comportamento dos trabalhadores para evitar atos inseguros dos mesmos,
porém, se esse tipo de proteção adotada no ambiente de trabalho não satisfizer o
disposto no item 6.1 da NR-6, o empregado deverá usar o EPI para garantir sua
segurança.
23

A vantagem de se usar a proteção coletiva é que, de modo geral, sua eficiência


independe do comportamento dos trabalhadores, onde o acidente só ocorrerá por
falha dessa proteção coletiva, e não por descuido do trabalhador. Por outro lado, o
uso do EPI está relacionado diretamente com o comportamento humano. O processo
de escolha entre o tipo de equipamento de proteção a ser utilizado, deve ser analisada
para cada caso, haja vista que para algumas operações, a única solução tecnicamente
e financeiramente viável será o uso especificamente do EPI.

2.6 O TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO

Segundo o portal Wikipédia (2023),

O técnico em segurança do trabalho é um profissional com formação de nível


médio, regulado pela Lei n.º 7 410, de 27 de novembro de 1985, e atribuições,
definidas pela Portaria n.º 3 275/89, na NR-27, do Ministro do Trabalho.

Percebe-se que é um profissional especializado na aplicação de


conhecimentos multidisciplinares, visando promover a preservação da integridade
física e mental dos trabalhadores no ambiente laboral, com responsabilidades que
envolvem a identificação, análise e controle de riscos ocupacionais, a implementação
de medidas preventivas e corretivas, o desenvolvimento de programas de
treinamento, a investigação de acidentes e a promoção de uma cultura organizacional
voltada para a segurança e saúde ocupacional.

2.6.1 A Função do Técnico de Segurança do Trabalho

Na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), editada pelo Ministério do


Trabalho e Emprego, o técnico em segurança do trabalho recebe o código 3.516-05,
onde "Elaboram, participam da elaboração e implementam política de saúde e
segurança no trabalho (SST); realizam auditoria, acompanhamento e avaliação na
área; identificam variáveis de controle de doenças, acidentes, qualidade de vida e
meio ambiente. Desenvolvem ações educativas na área de saúde e segurança no
trabalho; participam de perícias e fiscalizações e integram processos de negociação
e gerenciam documentação de SST; investigam, analisam acidentes e recomendam
medidas de prevenção e controle."
24

Mediante essas informações percebe-se que o Técnico de Segurança do


Trabalho é um profissional responsável por tudo que engloba a saúde e segurança
dos colaboradores de uma empresa, tendo como objetivo principal garantir a
segurança do trabalho através da adoção de medidas com o objetivo de minimizar os
acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade física
e psíquica dos trabalhadores durante a atividade laboral.
25

3 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA: CONCEITOS E TIPOS

De acordo com a NR-12.12.1.1 A sinalização de segurança compreende a utilização


de cores, símbolos, inscrições, sinais luminosos ou sonoros, entre outras formas de
comunicação de mesma eficácia.
Segundo o portal INBRAEP,

a sinalização de segurança é considerada um dos principais Equipamentos


de Proteção Coletiva (EPC). Quando falamos de Sinalização de segurança a
primeira coisa que vem em nossas cabeças são as placas de sinalização,
porém a sinalização é muito mais que isso, como: cones, sons, fitas e/ou
correntes de sinalização.

Sinalizar significa comunicar de alguma forma. Dispondo de placas, adesivos,


cartazes, cones, faixas, etc. com sinais gráficos, escritos ou com objetos, que visam indicar,
mostrar, apontar situações e/ou informações rápidas sobre o local.
A imagem 2 abaixo mostra elementos de comunicação visual que indicam e também
auxiliam as áreas de perigo e medidas de segurança em ambiente de trabalho, a atenção
maior onde a circulação de pessoas nas atividades na movimentação.

Imagem 2 – Elementos de sinalização

Fonte: https://inbraep.com.br/publicacoes/sinalizacao-de-seguranca/

A sinalização também pode ser realizada através das cores, que podem sinalizar grau
de riscos, identificar os equipamentos de segurança e tubulações, bem como delimitar áreas.
A sinalização de segurança é a formação de todos os componentes, ou seja, visual,
informativo e os que auxiliam na identificação de medidas de segurança e também auxiliam
26

as áreas de perigo, sendo de muita importância nas áreas de movimentação de pessoas que
circulam pela área da atividade de trabalho, orientando-as em relação aos acidentes que
possam vir acontecer.
A NR-26.3.2 normatiza que as cores utilizadas para identificar os equipamentos de
segurança, delimitar áreas, identificar tubulações empregadas para a condução de líquidos e
gases e advertir contra riscos devem atender ao disposto nas normas técnicas oficiais.
Esta norma regulamentadora estabelece que as cores informadas devem ser adotadas
e estabelecidos para segurança do trabalho para prevenir os riscos de acidentes e também
advertir conforme a norma estabelecida.
A imagem 3 abaixo exemplifica a padronização das cores de segurança.
Imagem 3 – Padrão de cores da Sinalização de Segurança

Fonte: https://www.getwet.com.br/sinalizacao-de-seguranca/
27

3.1 SINALIZAÇÃO INFORMATIVA

O Portal Instituto Brasileiro de Ensino Profissionalizante – INBRAEP enfatiza,

a sinalização de segurança informativa como um conjunto de estímulos que


informam e orientam um indivíduo sobre algum risco ou a melhor conduta a
tomar perante determinadas circunstâncias relevantes, como por exemplo
uma rota de fuga em caso de princípio de incêndio ou explosões, fornecendo
assim uma indicação ou uma prescrição relativa à segurança e/ou à saúde
no trabalho. (INBRAEP, 2023)

A sinalização informativa consiste em informar o perigo e anteceder um


acidente ou um incidente, por exemplo, onde a movimentação de empilhadeira em
depósitos ou almoxarifado que tenham que transitar em corredores, identificar com
placas que naquele lugar a movimentação de carga, oferecendo assim uma relativa
de segurança a saúde e trabalho. A Imagem 4 abaixo chama atenção para o trânsito
de maquinário.

Imagem 4: Placa de Atenção ao trânsito de empilhadeiras.

Fonte: https://www.isinaliza.com/placa-cuidado--trafego-com-a-empilhadeira-so-em-areas-
permitidas/p
28

3.2 SINALIZAÇÃO VISUAL

A sinalização visual refere-se à utilização de elementos visuais, como cores,


formas, símbolos e imagens, para transmitir informações ou instruções de maneira
clara e rápida. Ela desempenha um papel fundamental em diversos contextos, como
trânsito, ambientes de trabalho, espaços públicos e design gráfico.
Em ambientes de trabalho, a sinalização visual pode ser utilizada para indicar
áreas de perigo, saídas de emergência, instruções de segurança e diretrizes para
operações específicas.
A eficácia da sinalização visual depende da clareza, compreensibilidade e
consistência dos elementos visuais utilizados. Ela desempenha um papel crucial na
promoção da segurança, na prevenção de acidentes e na facilitação da comunicação
em diferentes contextos. A imagem 5 abaixo, mostra os sinais utilizados pelo sinaleiro
durante a movimentação e içamento de carga.
Imagem 5 – Sinalização manual utilizada na movimentação e içamento de cargas

Fonte: https://pt.linkedin.com/pulse/movimenta%C3%A7%C3%A3o-e-i%C3%A7amento-de-cargas-
luiz-paulo-pav%C3%A3o-alvim
29

3.3 O PAPEL DO SINALEIRO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA

O sinaleiro1 de obras desempenha um papel fundamental na gestão e


segurança de atividades de construção. Sua função principal é coordenar o
movimento de equipamentos pesados, como guindastes e gruas, para garantir uma
operação eficiente e segura no canteiro de obras. O sinaleiro utiliza sinais manuais ou
dispositivos de comunicação para instruir os operadores de máquinas sobre
movimentos específicos, como elevação, descida, avanço ou recuo.
Ele também monitora as condições de segurança no local, comunicando-se
com a equipe para garantir que todos estejam cientes de procedimentos específicos
e estejam equipados com os dispositivos de proteção necessários.
Trazendo para o cenário de movimentação de carga, o sinaleiro tem a função
de orientar o operador do guindauto, posicionado em destaque para do restante dos
outros na área de operação de forma que tenha uma visão ampla do equipamento de
elevação e de sua área de operação, acompanhado todo o percurso da carga, sendo
sempre que ser visto pelo operador do equipamento. Tanto o sinaleiro como o
operador devem passar por treinamento e receber formação, e reciclagem periódica.
A imagem 6 abaixo mostra um Sinaleiro utilizando um dos sinais para orientar o
operador.
Imagem 6 – Sinaleiro fazendo o sinal para levantar a carga lentamente

Fonte: https://www.alphaomegacursos.com.br/rigging-sinaleiro-amarrador/

1
Sinaleiro: Trabalhador que tem como função auxiliar o operário do guindauto na movimentação de carga
30

4 O GUINDAUTO: CONCEITO, CARACTERÍSTICAS E FUNÇÃO

Segundo a Norma Brasileira ABNT NBR 14768:2021 em sua segunda edição,


entende-se que o guindauto é um tipo de equipamento de apoio instalado sobre
caminhão, utilizado nos mais variados tipos de obras, cuja função é o levantamento e
movimentação de carga para o próprio veículo ou independente dele. A Fotografia 1
abaixo mostra o guindauto em uma operação, com seu sistema hidráulico articulado
e extensível.
Fotografia 1 – Caminhão guindauto em operação

Fonte:
https://www.bing.com/images/search?view=detailV2&ccid=6ZgRWdWo&id=4C6ECEE4CE55BE65A7E42A475
C61474680926509&thid=OIP.6ZgRWdWoe3pquJgYB8uvVQHaE7&mediaurl=https://portalgoverno.com.br/wp-
content/uploads/2021/07/Guindauto-Hidr%C3%A1ulico-Loca%C3%A7%C3%A3o-Portal-
Governo.png&cdnurl=https://th.bing.com/th/id/R.e9981159d5a87b7a6ab8981807cbaf55?rik=CWWSgEZHYVx
HKg&pid=ImgRaw&r=0&exph=682&expw=1024&q=imagemdeguindauto&simid=608044752667229390&FOR
M=IRPRST&ck=BC57DF9C97EDAA7FD56B339C33957017&selectedIndex=0&itb=0&ajaxhist=0&ajaxserp=0

4.1 CARACTERÍSTICAS DO GUINDAUTO

O guindauto é formado de estabilizadores, braços e lança articulados e sistema


hidráulico, possuindo o sistema de patolamento de um guindaste, que possui duas
patolas com cilindros hidráulicos dianteiros e traseiros, que apoiado no solo estabiliza
o caminhão para a movimentação mais segura, sendo constituído de:
• Base: estrutura fixada no chassi do veículo destinada a sustentação do
guindauto.
31

• Braços: destinado a movimentar a carga no plano vertical.


• Coluna: estrutura montada a base, na qual é instalado do guindauto.
• Estabilizadores: sistema destinado a garantir estabilidade do conjunto quando
em operação.
• Lança: destinado a movimentar a carga no plano horizontal, dotada de
extensões telescópicas e hidráulicas.
• Linga: dispositivos e acessórios necessários para movimentações de cargas.
• Sistema de giros: sistema com movimento rotativo limitado a um número de
graus ou giros em torno do seu eixo.

4.2 FUNCÕES DO GUINDAUTO

Segundo o portal guindastesaojose.com.br, um guindauto, também conhecido


como guindaste móvel, é uma máquina pesada utilizada no levantamento e
movimentação de objetos pesados e volumosos, sendo essencial em diversas áreas
que vão da construção civil até operações marítimas, onde podemos elencar as
seguintes funções:
• Levantamento de cargas: a principal função de um guindauto é elevar cargas
pesadas, podendo levantar objetos que variam de algumas centenas de
quilogramas a várias toneladas de acordo com a capacidade de carga do
equipamento.
• Posicionamento de cargas: além de elevar objetos, os guindautos permitem
posicionar cargas em locais específicos com precisão, sendo imprescindível
em construções de edifícios ou no convés de um navio.
• Transporte de cargas: os guindautos são utilizados para movimentar cargas
de um local para outro, sendo útil em canteiros de obras, portos e estaleiros.

É notório que os guindautos desempenham um papel crucial em diversos


setores, facilitando a elevação, posicionamento, movimento e o transporte de cargas
pesadas de maneira eficiente e segura.
32

4.3 OPERADOR DO GUINDAUTO

O operador do guindauto é o profissional responsável para operar de forma


segura o equipamento. As principais responsabilidades desse profissional incluem:
• Preparação do equipamento: antes de iniciar as operações, o operador de
guindaste móvel deve realizar a inspeção do equipamento, verificando se todas
as partes estão em perfeito estado de funcionamento, devidamente abastecido
com combustível e lubrificantes necessários para o bom funcionamento.
• Operação do guindaste: o operador de guindauto deverá operar o
equipamento de acordo com as orientações recebidas, utilizando os comandos
de forma precisa e segura, garantindo a estabilidade da carga.
• Segurança: o operador deve seguir todas as normas de segurança
estabelecidas, utilizando os (EPIs) e os (EPCs) adequados (demarcações,
isolações no local da operação) garantindo a segurança de todos os envolvidos
nas operações.
• Comunicação: o operador de guindauto deve manter uma comunicação
eficiente sobre as operações com a equipe de trabalho, solicitando auxílio
quando necessário, sempre atento às orientações e sinalizações.
• Conhecimento técnico: para operar o guindauto de forma eficiente, o
operador deve possuir conhecimentos técnicos sobre o equipamento e as
operações que serão realizadas, conhecer os limites de carga do equipamento,
as técnicas de amarração de cargas e as normas de segurança aplicáveis.

A NR-11 estabelece a obrigatoriedade de as empresas realizarem o curso de


operador de munk2 e a adotarem medidas de proteção em atividades relacionadas a
transporte, movimentação, armazenamento e manuseio de materiais, com o intuito de
preservar a saúde e integridade física dos trabalhadores envolvidos ou não na
operação. Assim, determina que a instituição deve capacitar todos os seus
colaboradores que, constante ou eventualmente, venham a operar equipamentos de
força motriz própria. Inclusive, precisará definir cargas horárias mínimas necessárias
para preservar a saúde e integridade física de seus funcionários na operação.

2
Munk - caminhão equipado com um guindaste articulado capaz de realizar diversas tarefas de elevação e
movimentação de carga.
33

A fotografia 2 abaixo mostra um operador de guindauto operando o


equipamento.
Fotografia 2 – Guindauto em processo de movimentação de carga de pneus.

Fonte: https://www.ap.senai.br/noticias/tecnico-do-senai-ap-ministra-curso-de-operador-de-guindauto-na-
empresa-beadell.html
34

5 ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS

A análise do dados coletados na pesquisa de campo realizada com uma


amostra de 30 operadores, fez compreender os fatores que levam a importancia do
uso de EPI e EPC que permeiam todo o processo de movimentação de carga com o
guindauto, como também obteve-se respostas ao problema abordado, a fim de chegar
a uma melhor decisão para uma futura restruturação do plano gestão de segurança.

5.1 PERCEPÇÃO DOS OPERADORES QUANTO AO CONHECIMENTO SOBRE


USO DE EPI

No que diz respeito à percepção dos operadores quanto ao perigo a que os


mesmos estão expostos na realização da atividade de movementação de carga e
ainda respondendo à pergunta 1 do questionário de pesquisa, quando perguntando
aos operadores se os mesmos sabiam o que era EPI, 100% dos operadores afirmaram
que “sim”, ou seja, todos os 30 entrevistados sabem o que são equipamentos de
proteção individual.

5.2 PERCEPÇÃO DOS OPERADORES QUANTO AO CONHECIMENTO SOBRE O


USO DE EPC

O griafico 1, esclarece em percentual a pergunta 2 do questionário de pesquisa,


onde foi perguntado a cada entrevistado se o mesmo conhecia os EPCs.
Gráfico 1 – Percentual de operadores que conhecem os EPC’s
NÃO
20%

SIM
80%

SIM NÃO

Fonte: Dados primários (2023)


35

Pelo gráfico 1, percebemos uma maioria bastante significativa dos operadores


sobre o conhecimento de EPC’s. Esses 80% representam precisamente 24 dos 30
operadores entrevistados.

5.3 FORNECIMENTO DE EPI’s PELA EMPRESA

No que tange ao fornecimento de EPI’s pela empresa analizada, todos os


operadores entrevistados não só recebem os EPI’s conforme as normas, como
também recebem instrução sobre o uso desses equipamentos.

5.4 USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO FORNECIDOS PELA EMPRESA

Os operadores recebem os EPI’s destinados a sua função na empresa, no


entento, a análise mostra 17% dos entrevistados não usam os equipamentos
entregues pela empresa,
Outro fator que nos leva a qustionar o uso dos equipamentos é a percepção
que 30% dos entrevistados só usam os equipamentos de proteção as vezes,
levantando um questionamento do porque dessa atitude.
Gráfico 2 – Uso de equipamentos pelos operadores

AS VEZES
SIM
30%
53%

NÃO
17%

SIM NÃO AS VEZES

Fonte: Dados primários (2023)

5.5 FISCALIZAÇÃO SOBRE O USO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

No que tange à fiscalização, 100% dos operadores afirmaram que a mesma é


frequente e constante, porém, o fato de os técnicos de segurança não estarem em
todos os lugares ao mesmo tempo faz com que os próprios operadores acabem
relaxando no uso dos mesmos, expondo-se assim aos riscos.
36

5.6 PERCEPÇÃO QUANTO À SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

Pela pesquisa levantada, percebeu-se que os entrevistados tem o


conhecimento quanto a sinalização de segurança, onde todos afirmaram que ao
ingressar na empresa passam pela Integração, que são orientações não somente de
segurança como também de tudo o que acontece na obra.

5.7 PERCEPÇÃO DA IMPORTÂNCIA DA SINALIZAÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DE


CARGA

Quando foi perguntado aos operadores sobre a importância da sinalização na


hora de movimetnar uma carga, 93% tem ciência da importância da sinalização.
O gráfico 3 mostra claramente que mesmo com todas as orientações dadas
pela empresa, alguns operários ainda não tem o senso de importância dessas
sinalizações coletivas.
Gráfico 3 – Percepção da importância da sinalização coletiva
NÃO
7%

SIM
93%
SIM NÃO

Fonte: Dados primários (2023)

5.8 O USO DA SINALIZAÇÃO VISUAL NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA

Quanto à sinalização visual na movimentação de carga, as respostas foram de


certa forma intrigantes, pois conforme o gráfico 4, 19 operadores (63%) responderam
que sempre usam cones como sinalização visual e 11 operadores (37%) responderam
que só as vezes utilizam alguma sinalização vizual na hora de movimentar a carga,
porém, o fato de nenhum operador responder que não usa algum tipo de sinalização
visual deixa o questionamento do porque alguns utilizam a sinalização visual só as
vezes.
37

Gráfico 4 – Uso da sinalização visual na movimentação de carga

AS VEZES
37% SIM
63%

NÃO
0%

SIM NÃO AS VEZES

Fonte: Dados primários (2023)

5.9 A CAPACITAÇÃO PARA A OPERAÇÃO DO GUINDAUTO

A capacitação, ou seja, os cursos e treinamentos para a operação do guindauto


é de grande importância, haja vista que são muitos comandos utilizados na operação
em si e nesse quesito os 30 operadores operadores (100%) responderam que
possuiam o curso específico para operar o guindauto, contudo, conforme 8 desses
entrevistados falaram que aprenderam a operar o guindauto de forma autodidata,
fazendo somente um treinamento para obter a certificação necerssária.
38

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando as pesquisas feitas, a importância dos equipamentos de


proteção individual e coletiva está diretamente ligada a segurança dos trabalhadores
com a função de preservar a sua integridade física e saúde do trabalhador nas
atividades. Esses equipamentos são adotados para ajudar a prevenção de acidentes
que possam acontecer na movimentação de carga que nesse tipo de atividades
podem ocorrer escorregões, cortes, quedas entre outros tipos de acidentes.
Os equipamentos de proteção individual e coletiva têm que ser usados de
maneira correta conforme as normas regulamentadoras estabelecem, portanto, a
importância dos EPI e EPC é de extrema necessidade para garantir a saúde e a
segurança dos seus colaboradores.
A pesquisa foi realizada in loco com 30 operadores e após a análise dos dados
foi possível entender a importância do uso do EPI e EPC nas atividades de
movimentação de carga com o guindauto, onde todas as respostas da pesquisa
contribuíram para compreensão do plano de gestão de segurança.
Com relação à pesquisa feita, foi perguntado no questionário se eles conheciam
o que era o EPI, e 100% dos operadores responderam que sim, ou seja, todos tem
conhecimento do que é equipamento de proteção individual EPI.
O gráfico 1 retratou a segunda pergunta do questionário sobre o uso do EPC –
equipamento de proteção coletiva, onde 80% dos operadores conheciam o EPC e
20% dos pesquisados disseram que não conheciam. De certa forma já é um bom
resultado, haja vista que foram poucos entrevistados que falaram que não sabiam o
que eram EPC e que neste caso esses operadores vão ter que passar por reciclagem
para entender a importância do uso dos equipamentos de proteção coletiva.
No gráfico 2, Sobre os equipamentos de proteção individual fornecidos pela
empresa para os operadores, 17% dos entrevistados não cumpriam as normas
estabelecidas e não utilizavam os EPIs necessários para suas atividades de trabalho,
embora a empresa fornecia todos, e outra parte, 30% dos operadores usavam de
forma errada ou apenas na presença do técnico em segurança do trabalho, outros
operadores 53% dos entrevistados usavam os EPIs de forma correta e sabendo da
importância do uso para sua saúde e segurança no ambiente de trabalho.
Percebe-se que a segurança do trabalho tem feito um esforço para prevenir os
acidentes e as condições inseguras no local de trabalho, com equipamentos de
39

segurança, realizações de treinamentos e reciclagem para os colaboradores,


implantando novas tecnologias, estas medidas tem como objetivo melhorar a
condições de segurança e conscientização dos colaboradores para evitar e prevenir
acidentes no local de trabalho.
No que tange a sinalização de segurança, entende-se que as cores podem ser
usadas no ambiente de trabalho para identificar tubulações de água, gases,
equipamentos, máquinas, juntamente com as sinalizações informativas e visuais que
auxiliam nas atividades de movimentação de carga com medidas de segurança nas
áreas de perigo.
No gráfico 3, vimos que 93% dos operadores sabiam da importância da
sinalização, esse é um número significativo e importante para o trabalho na
movimentação de carga e podemos considerar que a operação na movimentação de
carga é ainda é preocupante, pois 7% dos operadores não dá uma importância para
essas sinalizações.
O gráfico 4, que mostrou o uso de sinalização visual, os resultados foram
intrigantes por conta que: 19 operadores (63%) afirmaram que sempre usam cones
como sinalização visual, e 11 operadores (37%) relataram que só as vezes usam as
sinalizações visuais, geralmente os operadores só utilizam as sinalizações com a
fiscalização de um encarregado ou com auxílio de um técnico em segurança do
trabalho. Esses dados reforçam a importância de se fazer constantes campanhas de
conscientização para o uso dos equipamentos como também para o reforço de
fiscalização no canteiro de obras.
Usado na movimentação de carga, o guindauto tem como sua função levantar
cargas pesadas e também movimentar cargas de um lado para o outro, tento assim
uma grande importância nas atividades que necessitem desse tipo de equipamento,
fazendo com que esse trabalho seja feito de modo eficiente e seguro.
Foi destacado também nas pesquisas a importância da capacitação dos
operadores, como treinamentos e cursos para operar o guindauto, e percebeu-se que
todos os 30 operadores entrevistados eram habilitados para exercer a função de
acordo com as normas estabelecidas.
Portanto, de modo geral tanto a empresa como os operadores estão cientes da
importância do uso dos equipamentos de proteção individual e coletiva, bastando
reforçar a conscientização do uso dos mesmos e aumentar a fiscalização por parte da
segurança de trabalho para que o ambiente se torne o mais seguro possível.
40

REFERÊNCIAS

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1943. Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. Diário Oficial da União,
Brasília, DF, 09 ago. 1943, Seção 1, p. 11937.

______. Câmara dos Deputados. Legislação. Decreto-lei de nº 7.036, de 10 de


novembro de 1944. Reforma da Lei de Acidentes do Trabalho. Diário Oficial da
União, Brasília, DF, 13 nov. 1944, Seção 1, p. 19241.

______. Câmara dos Deputados. Legislação. Lei nº 5.161, de 21 de Outubro de


1966. Autoriza a instituição da Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene e
Medicina do Trabalho e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília,
DF, 25 out. 1966, Seção 1, p. 12300.

______. Câmara dos Deputados. Legislação. Lei nº 5.316, de 14 de Setembro de


1967. Integra o seguro de acidentes do trabalho na previdência social, e dá outras
providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 18 set. 1967, Seção 1, p. 9527.

______. Câmara dos Deputados. Legislação. Lei nº 8.213, de 24 de Julho de 1991.


Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras
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Portaria nº 3.214, 08 de junho de 1978. Aprova as Normas Regulamentadoras - NR -
do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas a
Segurança e Medicina do Trabalho. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 06 jul.
1978, suplemento.

______. Ministério do Trabalho e Emprego. Secretaria de Inspeção do Trabalho.


Portaria n.º 25, de 15 de outubro de 2001. Altera a Norma Regulamentadora que
trata de Equipamento de Proteção Individual – NR6 e dá outras providências. Diário
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42

55?rik=CWWSgEZHYVxHKg&pid=ImgRaw&r=0&exph=682&expw=1024&q=imagem
deguindauto&simid=608044752667229390&FORM=IRPRST&ck=BC57DF9C97EDA
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https://aceleraprofissional.com.br/glossario/o-que-faz-o-operador-de-guindaste-
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https://guindastesaojose.com.br/principais-funcoes-do-guindaste-hidraulico/. Acesso
em 25 nov. 2023
43

APÊNDICE A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Nome da Pesquisa: ESTUDO DE CASO SOBRE A IMPORTÂNCIA DOS


EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA NA MOVIMENTAÇÃO
DE CARGA DO GUINDAUTO

Pesquisador Responsável: Ivanil de Araujo Moraes Junior


Orientador: Profª. Adriana Moraes

Objetivo da pesquisa: compreender a importância do uso dos equipamentos de


proteção individual e coletiva na movimentação de carga para prevenção de acidentes
de trabalho.

Por isso, necessitamos da sua autorização para que possamos lhe entrevistar
e desde já nos comprometemos que seus dados ficarão em absoluto sigilo e só serão
utilizados mediante interesse científico.

Ascurra – SC, ______ de ___________________ de 2023.

________________________________________
POLEGAR DIREITO
Assinatura do Participante

________________________________________
Assinatura do Pesquisador Responsável
44

APÊNDICE B – INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

1. DADOS DE CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA:


Nome: ______________________________________________________________
Idade: ________ Escolaridade: _____________________________
Estado Civil: ______________________________________________
Função no Trabalho: ________________________________________

2. DADOS RELACIONADOS AO CONHECIMENTO DOS RISCOS DURANTE O


PROCESSO DE TRABALHO:

1. Você sabe o que é EPI?


[ ] Sim [ ] Não

2. Você sabe o que é EPC?


[ ] Sim [ ] Não

3. A empresa fornece os EPIs de acordo com as normas?


[ ] Sim [ ] Não

4. O senhor costuma usar os equipamentos de proteção fornecidos pela empresa?


[ ] Sim [ ] Não [ ] Às vezes

5. Há fiscalização sobre o uso de EPIs?


[ ] Sim [ ] Não

6. Você sabe o que é uma sinalização de segurança?


[ ] Sim [ ] Não

7. Você tem conhecimento da importância da sinalização na movimentação de carga?


[ ] Sim [ ] Não

8. Na movimentação de carga é usada a sinalização visual?


[ ] Sim [ ] Não

9. Você fez algum tipo de curso/treinamento para operar o guindauto?


[ ] Sim [ ] Não

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