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ESTADO DE GOIÁS

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DE GOIÁS (CODEGO)

MANUAL DE EXECUÇÃO E PRESTAÇÃO DE CONTAS DE OBRAS DO


PROGRAMA ROTA TURÍSTICA COMERCIAL DE GOIÁS.

1. Objetivos:

1.1. Este manual tem o objetivo orientar as ações a serem


desenvolvidas pelos municípios credenciados no Programa Rota Turística
Comercial durante a execução do convênio para realização das obras de
construção, reforma, ampliação e conclusão da edificação que sediará o(s)
centro(s) comerciais “Outlets”, bem como as etapas e as ações relacionadas à
prestação de contas dos recursos repassados pela Companhia.

1.2. A CODEGO busca promover orientações necessárias aos


gestores e eventuais terceiros contratados pelos Municípios na execução do
convênio e aplicação dos recursos financeiros transferidos.

2. Definição:
2.1. A prestação de contas técnica é o procedimento de análise
dos elementos que comprovam, sob os aspectos técnicos, a execução integral
do objeto e o alcance dos resultados previstos no instrumento convocatório e
no contrato firmado.

2.2. A prestação de contas, parcial e final, será analisada e


avaliada pelos técnicos desta Companhia, que emitirá parecer sob os seguintes
aspectos:

a) técnico: quando a execução física e atingimento dos objetivos


do convênio, podendo o setor competente valer-se de laudos de
vistoria ou de informações obtidas junto a autoridades públicas do
local de execução do convênio, e;

b) financeiro: quanto à correta e regular aplicação dos recursos da


Companhia, envolvendo a legalidade dos gastos.

2.5. Os projetos arquitetônicos deverão respeitar a mesma


identidade visual, ressalvadas as particularidades técnicas, a fim de identificar
e padronizar o Programa Rota Turística Comercial.

3. Modalidades de execução das obras e prestação de contas:

3.1 A CODEGO poderá aportar ao fomento para construção e


criação dos 3 (três) centros comerciais “Outlets” o valor total de até R$
8.000.000,00 (oito milhões de reais), devendo ser respeitada a aplicação de, no
mínimo, R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) por Município contemplado.

3.2. Facultar-se-á ao Município contemplado a optar pelas


seguintes modalidades de execução/prestação, quais sejam:

a) Projetos e obras e serviço de engenharia licitados e executados


pela CODEGO;

b) Projetos e obras e serviço de engenharia executados pelo


próprio Município, sob o acompanhamento e a fiscalização da CODEGO.

3.3. Caso o Município opte pela opção “a”, a CODEGO será a


responsável pela execução do projeto e as obras e serviços de engenharia,
devendo realizar os devidos procedimentos legais para aprovação e execução
do projeto, verificando, a todo tempo, a padronização do objeto.

3.4. Caso o Município opte pela opção “b”, o referido será o


responsável pela execução dos projetos e obras e serviço de engenharia,
sendo-lhe facultado, após o recebimento da primeira parcela do repasse (50%),
que corresponde ao valor de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), utilizar tal
valor para custear a elaboração do projeto do “Outlet” limitado ao percentual
máximo de 5% (cinco por cento) do valor mínimo previsto no item 3.1;

3.5. Em caso de utilização do recurso inicialmente recebido para


elaboração dos projetos para execução da obra, o ente conveniado deverá
respeitar todas as orientações e padronizações estabelecidas pela CODEGO,
devendo a versão final do projeto de arquitetura, memorial descritivo,
cronograma de execução e afins serem aprovados pela Companhia para
posterior início do processo licitatório de contratação dos serviços de execução
da obra e serviços de engenharia;

3.6. Após concluído e executado o primeiro repasse, a CODEGO


transferirá ao Município ainda mais 2 (duas) parcelas de 25%, o que
corresponde ao valor de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) cada, após a
devida prestação de contas e aprovação do repasse anterior;

3.7. Os repasses de recursos serão realizados de maneira


sucessiva, sendo que, conforme o ente conveniado apresente 50% (cinquenta
por cento) da execução do repasse recebido e após aprovação do boletim de
medição a parcela seguinte poderá ser liberada;

3.8. Na eventualidade do valor repassado inicialmente pela


CODEGO ser insuficiente para finalização da obra e serviço de engenharia,
após previsão disposta no item 3.5, facultar-se-á ao Município a solicitação de
efetivação de termo aditivo, nos limites da lei, após autorização da CODEGO,
conforme orientações contidas no item 10 deste Manual.

4. Das condições para o início da execução do projeto/obra quando


aplicados o item 3.2 “b”:
4.1. O município somente estará autorizado a iniciar a execução
das obras após a aprovação de todos os projetos (engenharia, arquitetônico,
elétrico, hidráulico, dentre outros), orçamento, memorial descritivo, cronograma
e afins pela equipe técnica da CODEGO;

4.2. É condição para o início das obras a obtenção de licença


ambiental prévia, quando envolver obras, instalações ou serviços que exijam
estudos ambientais, na forma disciplinada pelo CONAMA;

4.3. Caberá ao Município a apresentação do Plano de Trabalho


que deverá conter, no mínimo:

I – Justificativa para a celebração do instrumento;

II – Descrição completa do objeto a ser executado;

III – Descrição das metas a serem atingidas;

IV – Definição das etapas ou fases de execução;

V – Cronograma de execução do objeto; e,

VI – Plano de aplicação dos recursos a serem desembolsados


pela CODEGO e da contrapartida financeira do Município, se for o
caso.

4.4. O plano de trabalho será analisado quanto à sua viabilidade e


adequação aos objetivos do programa, bem como será avaliada sua
qualificação técnica e capacidade operacional para gestão do instrumento;

4.5. Concomitantemente aos projetos e demais documentos


pertinentes a execução da obra, o município deverá apresentar o projeto básico
da obra e havendo qualquer erro, irregularidade ou imprecisão constatadas no
mesmo, deverá ser sanado em prazo estipulado pela CODEGO;
4.6. Em caso do disposto no item 3.4, o mesmo deverá ser
informado no plano de trabalho, contendo a previsão de transferência de
recursos para a elaboração do projeto básico ou do termo de referência;

4.7. O projeto básico deverá conter a descrição e justificativa do


objeto, suas fases e prazos de execução, memorial descritivo, bem como a
estimativa de custos globais e por fases apresentadas sob a forma de planilha,
discriminando os materiais que serão empregados.

4.8. As informações que comporão o projeto básico


complementarão as apresentadas no memorial descritivo e serão ampliadas
sempre que necessário para atender os dispositivos legais. Todos os
componentes do projeto básico deverão conter: data, identificação e assinatura
do engenheiro responsável.

4.9. Deverão estar à disposição da CODEGO as plantas e os


projetos específicos das partes e componentes do objeto do contrato.

4.10. Caso o plano de trabalho seja reformulado em decorrência


de modificação introduzida no projeto básico, deverá constar a atualização para
aprovação por parte da CODEGO.

4.11. O plano de trabalho deverá conter o cronograma de


execução da obra ou serviço (metas, etapas ou fases); o plano de aplicação de
recursos envolvidos no instrumento, discriminando, inclusive, os valores que
correrão à conta da contrapartida pelo Município.

5. Da Execução do Objeto pelo Município.

5.1. A execução do contrato é a fase que se inicia após a


liberação dos recursos pela CODEGO e após contratação de prestador de
serviços para execução da obra e serviço de engenharia do Outlet conforme
aprovação junto a Companhia. A liberação dos recursos obedecerá ao
cronograma de desembolso previsto no item 3.6 e guardará consonância com
as metas e fases ou etapas de execução do objeto do instrumento.

5.2. A utilização dos recursos dá início às atividades previstas


para a consecução do objeto final do contrato, nos quais o Município poderá
realizar por meio de contratação de terceiros com recursos repassados e
efetuar, por conseguinte, os pagamentos e à conta do instrumento pactuado,
tudo de acordo e em estrita observância às cláusulas avençadas e às normas
pertinentes, cabendo em todas as fases dessa execução o devido
acompanhamento e fiscalização, no intuito de que seja sempre efetuada a
adequada prestação de contas.

5.3. Os processo de contratação pelos Municípios para execução


da obra e serviço de engenharia deverá observar o seguinte:

5.3.1. Realização de procedimento licitatório adequado para


contratação dos serviços, respeitando-se todas as normas, leis e instruções
vigentes.

5.3.3. Seleção da proposta mais vantajosa, segundo os critérios


definidos no processo licitatório para contratação dos serviços..

5.3.4. O envio do contrato celebrado pelo beneficiário na


execução do objeto à CODEGO é condição indispensável para sua eficácia e
para liberação das parcelas subsequentes do instrumento.

5.3.7. Os membros da comissão de licitação demais responsáveis


bem como o vencedor, poderão ser responsabilizados caso seja comprovado
dolo em irregularidade no processo licitatório.

a) Pagamentos:
a.1. Os recursos deverão ser mantidos na conta específica do
contrato e somente poderão ser utilizados para pagamento de
despesas constantes no plano de trabalho;

a.2. Os recursos destinados a execução dos contratos deverão


ser mantidos em conta específica, na forma ajustada para melhor
controle dos pagamentos;

a.3. Antes da realização de cada pagamento, o Município incluirá


em seus registros, no mínimo, as seguintes informações:

I – Destinação do recurso;

II – O nome e CNPJ ou CPF do fornecedor, quando for o caso;

III – O contrato a que se refere o pagamento realizado;

IV – A meta, etapa ou fase do plano de trabalho relativa ao


pagamento;

V – A comprovação do recebimento definitivo do objeto do


contrato, mediante inclusão no sistema das notas fiscais ou
documentos contábeis.

b) Acompanhamento e fiscalização:

b.1. A execução será fiscalizada pela CODEGO pelos meios


convenientes de forma a garantir a regularidade dos atos
praticados e a plena execução do objeto;

b.2. Os agentes que fizerem parte do ciclo de transferência de


recursos são responsáveis, para todos os efeitos, pelos atos que
praticaram no acompanhamento da execução do contrato;

b.3. Aquele que, por ação ou omissão, causar desembaraço,


constrangimento ou obstáculo à atuação dos servidores da
CODEGO e dos órgãos de controle interno e externo do Poder
Executivo Estadual, no desempenho de suas funções, ficará
sujeito à responsabilização administrativa, cível e penal;

b.4. O servidor encarregado pelo Município para elaborar os


boletins de medições ou aprovar a prestação de contas não
poderá emitir parecer técnico de vistoria;

b.5. A CODEGO deverá prover as condições necessárias à


realização das atividades de acompanhamento do objeto
pactuado, conforme plano de trabalho e a metodologia
estabelecida no instrumento, programando visitas ao local da
execução;

b.6. A CODEGO, no exercício das atividades de fiscalização e


acompanhamento da execução do objeto, poderá:

I – Valer-se do apoio técnico de terceiros;

II – Reorientar ações e decidir quanto à aceitação de justificativas


sobre impropriedades identificadas na execução do instrumento.

b.8. A CODEGO incluirá nos autos relatório sintético trimestral


sobre o andamento da execução do contrato, que deverá
contemplar o cumprimento do plano de trabalho com as
respectivas aprovações das medições.

b.9. No acompanhamento e fiscalização do objeto, serão


verificados:

I – A comprovação da boa e regular aplicação dos recursos, na


forma da legislação aplicável;
II – A compatibilidade entre a execução do objeto, o que foi
estabelecido no plano de trabalho e os desembolsos e
pagamentos, conforme os cronogramas apresentados;

III – A regularidade das informações registradas pelo Município no


processo administrativo;

IV – O cumprimento das metas do plano de trabalho nas


condições estabelecidas.

b.10. A CODEGO comunicará ao Município quando houver


quaisquer irregularidades decorrentes do uso dos recursos ou
outras pendências de ordem técnica ou legal podendo suspender
a liberação dos recursos até o saneamento ou apresentação de
informações e esclarecimentos.

b.11. Caso não haja a regularização no prazo estipulado, a


CODEGO poderá:

a) realizará a apuração do dano; e,

b) comunicar o município para que seja ressarcido do valor


referente ao dano;

III – instaurar de Tomada de Contas Especial.

c) contrapartida

c.1. a contrapartida, será correspondente a 5% (cinco por cento)


sobre o valor total do objeto e poderá ser atendida por meio de
recursos financeiros e de bens ou serviços, se economicamente
mensuráveis;
c.2. quando financeira, deverá ser depositada na conta bancária
específica do contrato, de repasse, em conformidade com os
prazos estabelecidos no cronograma de desembolso;

c.3. quando aceita por meio de bens e serviços, deverá ser


acatada pela CODEGO e ser economicamente mensurável,
devendo constar do instrumento, cláusula que indique a forma de
aferição do valor correspondente em conformidade com os
valores praticados no mercado ou, em caso de objetos
padronizados, com parâmetros previamente estabelecidos;

c.4. O Município deverá comprovar que os recursos, bens ou


serviços referentes à contrapartida proposta estão devidamente
assegurados.

6. Encaminhamento da Prestação de Contas inicial e parcial pelo


Município para a CODEGO:

6.1. A apresentação de prestação de contas se fará


obrigatoriamente no mesmo processo no qual ocorreu a tramitação da
contratação do Município.

6.2. A instrução inicial da prestação de Contas pelo Município


deverá conter os seguintes documentos:

a) Planilha sintética da prestação de contas;


b) Planilha de conciliação bancária, caso exista;

c) Extratos bancários detalhados da conta corrente e da conta


poupança específicas do Projeto/Obra, sem lacunas temporais e
com a devida autenticação bancária;
d) Cópia ou original dos extratos emitidos pelos Bancos, sem
lacunas temporais, contendo a movimentação das contas
específicas do Projeto/obra: conta corrente, conta poupança para
aplicação dos saldos do projeto e conta de poupança referente
ao fundo de rescisão, caso exista;
f) Cópia ou original dos informes de rendimentos de conta de
poupança emitidos pelos Bancos sem lacunas temporais;
g) Planilhas analíticas, divididas por rubricas, e contendo todas
as informações necessárias à devida localização das despesas
nos extratos;
h) Cópias das atas das licitações realizadas pelo Município na
contratação dos projetos/obras;
i) Cópias dos contratos firmados para execução do objeto;
j) Cópia da GRU de devolução do saldo remanescente, quando
houver;
k) Relação de bens adquiridos, se houver;
n) Cópias de documentos de comprovação dos gastos
realizados, tais como boletins de medição, notas fiscais, recibos
ou instrumentos equivalentes com a devida autorização da
companhia validando os mesmos;

6.3. O Município que receber recursos na forma estabelecida


neste Manual estará sujeito a prestar contas final da sua boa e regular
aplicação no prazo máximo de 90 (noventa) dias, contados do término da
execução de cada boletim de medição, bem como após 90 (noventa) dias do
encerramento da vigência do contrato e eventuais aditivos, ocasião em que
será apresentada a prestação de contas final.

6.4. Quando a prestação de contas não for encaminhada no prazo


acima, a CODEGO estabelecerá o prazo máximo de 30 dias para sua
apresentação.

6.5. Se, ao término do prazo, o Município não apresentar a


prestação de contas nem devolver os recursos, a CODEGO registrará a
inadimplência nos autos por omissão do dever de prestar contas e comunicará
o fato à Auditoria Interna, para fins de instauração de Tomada de Contas
Especial sob aquele argumento e adoção de outras medidas para reparação do
dano ao erário, sob pena de responsabilização solidária.

6.6. Os saldos financeiros remanescentes, não utilizados no


objeto pactuado, deverão ser devolvidos à Companhia, no prazo estabelecido
para a prestação de contas.

7. Encaminhamento da prestação de contas final pelo Município para a


CODEGO:

7.1. Quando constatada a conclusão da obra, os técnicos da


CODEGO deverão verificar se os Municípios apresentaram os documentos
indicados abaixo ou informações suficientes para análise conforme definido
neste Manual.

a) Planilha orçamentária com a respectiva memória de cálculo e


projetos referentes à licitação da obra;

b) Contrato de execução da obra e seus Termos aditivos e/ou de


reajustamentos de custos, com as respectivas memórias de
cálculo e documentos que comprovem a aprovação pela
fiscalização da obra.

c) Relatório de medições e pagamentos (execução das


despesas): neste relatório deverão constar todas as medições de
serviços executadas com as respectivas notas fiscais de
pagamentos e seus comprovantes. Devem ser indicadas todas as
medições e pagamentos também de forma acumulada e na ordem
cronológica.

d) Comprovante de pagamentos de tributos: comprovante de


pagamentos dos tributos indicados na nota fiscal;
e) Comprovante de devolução de recursos excedentes
eventualmente não utilizados para a Companhia, caso existam.

f) Relatório de cumprimento, funcionalidade e aceitação do objeto:


Relatório elaborado pelos técnicos da CODEGO, onde devem
estar relacionados todos os bens e obras/serviços adquiridos,
construídos e/ou produzidos, bem como formalizada a aceitação
do objeto contratual atestando sua funcionalidade, incluindo neste
os termos de recebimento provisório e definitivo da obra.

g) Relação de bens, quando houver: a relação de bens deve ser


apresentada quando houver a aquisição/construção/produção de
equipamentos utilizados para viabilizar a obra;

h) Todos os projetos pertinentes a execução do objeto;

i) A Licença de Operação: caso exigida pela legislação local;

m) A relação de treinados ou capacitados, quando for o caso;

n) A relação dos serviços prestados, quando for o caso;

7.2. Caso esses documentos ou as informações necessárias não


sejam localizados nos autos, os técnicos deverão entrar em contato com o
representante responsável pela obra, designado pelo Município, por meio de
comunicação formal, que deverá ser registrada no processo, devendo tais
pendências documentais serem sanadas no prazo de 30 (trinta) dias, podendo
ser prorrogado por igual período desde que devidamente justificado.

7.3. De posse da documentação remetida pelo Município, os


técnicos da CODEGO deverão proceder a análise da documentação conforme
definido neste Manual, consolidando suas conclusões em uma nota técnica.

7.4. A CODEGO deverá registrar nos autos o recebimento da


prestação de contas final.
7.5. A equipe técnica da CODEGO terá o prazo de 90 (noventa)
dias, contados da data do recebimento, para analisar a prestação de contas do
instrumento, com fundamento nos pareceres técnico e financeiro expedidos
pelas áreas competentes.

7.6. O ato de aprovação da prestação de contas final deverá ser


registrado nos autos, cabendo à CODEGO prestar declaração expressa de que
os recursos transferidos tiveram boa e regular aplicação.

7.7. Caso a prestação de contas não seja aprovada, exauridas


todas as providências cabíveis para regularização da pendência ou reparação
do dano, a autoridade competente, sob pena de responsabilização solidária,
registrará o fato nos autos e adotará as providências necessárias à instauração
de Tomada de Contas Especial, com posterior encaminhamento do processo à
unidade setorial de contabilidade para os devidos registros de sua
competência.

7.8. A seguir estão elencadas orientações gerais acerca da


elaboração da prestação de contas final:

I – Todo comprovante de despesa relativa a custeio ou capital


deve ser emitida em nome do Município, contendo,
imprescindivelmente, data de emissão, descrição detalhada dos
materiais, bens ou serviços adquiridos;

II – Não serão aceitos comprovantes que contenham, em


qualquer de seus campos, rasuras, borrões, caracteres ilegíveis
ou data anterior ou posterior ao prazo de aplicação de recursos;

III – Todo comprovante de despesa deve ser apresentado,


contendo o número do processo e o título e número do contrato e
comprovante que efetivou o pagamento, organizado
cronologicamente e numerado sequencialmente, antes da
transcrição nos formulários da prestação de contas e emitidos em
nome do Município;

IV – As Leis n° 8.666/93, n°10.520/2002 de demais que se


aplicam, deverão ser estritamente observadas para a realização
das despesas com os recursos transferidos;

8. Orientações quanto a comprovação dos gastos realizados pelo


Município:

8.1. Serão aceitos como comprovação dos gastos de que tratam


as planilhas de prestação de Contas os seguintes documentos:

a) Para pagamento efetuado a pessoa jurídica: notas


fiscais, faturas ou cupons fiscais, recibos ou
acompanhados de comprovação bancária de
efetivação do pagamento identificada em nome do
beneficiário emitente;

b) Para pagamento de empregado com vínculo


empregatício: folhas de pagamento mensal,
acompanhadas dos recibos de pagamento, de 13º
salário, de férias e recibo de pagamento de rescisão
de contrato de trabalho, todos assinados ou
acompanhados do comprovante de depósito
identificado em nome do prestador do serviço;

c) Para comprovação da quitação da rescisão do


contrato de trabalho: o recibo assinado ou a
comprovação bancária da transferência do valor
calculado;

9. Análise da Planilha Orçamentária Licitada:

9.1. Os técnicos da CODEGO deverão aprovar a planilha


orçamentária para posterior autorização da publicação do processo licitatório
que culminará na contratação do objeto e em caso de pendências verificar se
as mesmas foram solucionadas pelo município.

9.2. Caso as análises já realizadas indiquem pendências quanto a


planilha orçamentária base, os técnicos da CODEGO deverão verificar se elas
foram sanadas pelo Município, fazendo constar sua conclusão em sua análise.

9.4. Na análise da planilha orçamentária, os técnicos da


CODEGO deverão verificar se os custos indicados nesta planilha estão em
consonância com os preços praticados no mercado ou em tabela de
composição referenciadas e aceitas por órgãos de controle.

9.5. Os técnicos da CODEGO deverão levar em consideração que


caso não contenha o custo unitário de determinado insumo/composição, este
será apurado por meio de consulta em tabelas referenciais da administração
pública. Persistindo a não oferta de determinado custo unitário nas tabelas de
referências, deverá ser realizada pesquisa de mercado para o referido insumo.

10. Da análise de aditivos e reajustamentos de custos:

10.1. As alterações a serem apresentadas nos contratos, exceto


quanto ao objeto pactuado, poderão ser formuladas mediante proposta,
devidamente formalizada e justificada, a ser apresentada à CODEGO em, no
mínimo, 30 (trinta) dias antes do término de sua vigência ou no prazo nele
estipulado.

10.2. A prorrogação “de ofício” da vigência do contrato,


estabelecida por atraso na liberação dos recursos prescinde de prévia análise
da CODEGO.

10.3. Caso o Município, executor do projeto e obra, necessite de


realinhar os preços inicialmente pactuados, deverá solicitar o realinhamento, de
maneira formal e justificada, à CODEGO, que analisará a solicitação e
deliberará respeitando os limites estabelecidos em lei.

10.4. Aditivos de prazo:


10.4.1. Os técnicos da CODEGO deverá verificar quais os motivos
que levaram a prorrogação do prazo do contrato como, por exemplo, greves,
eventos climáticos, atrasos em desapropriações e licenças, atraso de
pagamento por parte da unidade da federação, etc.

10.4.2. A prorrogação no prazo dos contratos está justificada


desde que ocorra alguns destes motivos:

a) Alteração do projeto ou especificações, pela CODEGO;

b) Superveniência de fato excepcional ou imprevisível, estranho à


vontade das partes, que altere fundamentalmente as condições
de execução do contrato;

c) Interrupção da execução do contrato ou diminuição do ritmo de


trabalho por ordem e no interesse da CODEGO;

d) Aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato,


nos limites permitidos pela Legislação competente;

e) Impedimento de execução do contrato por fato ou ato de


terceiro reconhecido pela CODEGO em documento
contemporâneo à sua ocorrência;
f) Omissão ou atraso de providências a cargo da CODEGO,
inclusive quanto aos pagamentos previstos de que resulte,
diretamente, impedimento ou retardamento na execução do
contrato, sem prejuízo das sanções legais aplicáveis aos
responsáveis.

10.4.3. O técnico da CODEGO deverá verificar no processo em


análise:

a) se os motivos citados acima estão devidamente justificados no


processo;

b) se foram mantidas as demais cláusulas do contrato e


assegurada a manutenção de seu equilíbrio econômico-financeiro;

c) se a prorrogação foi autorizada pela autoridade competente


para celebrar o contrato; e

d) se houveram acréscimos desproporcionais na administração


local da obra.

10.4.4. Caso a CODEGO verifique que não foram observados os


motivos acima descritos, deverá fazer constar em sua análise.

10.5. Aditivos de Custos:


10.5.1. O técnico deverá verificar o regime de contratação definido
na licitação. No caso de empreitadas por preço global, o técnico deverá
verificar a jurisprudência mais atual do TCU. No entanto, deve levar em
consideração que pequenos erros/omissões/imprecisões de quantitativos não
ensejam a celebração de termos aditivo nestes tipos de empreitada.

10.5.2. O técnico deverá ficar atento a celebração de aditivos no


caso de custos da proposta vencedora serem considerados inexequíveis.
10.5.3. Posteriormente, o técnico deverá verificar se constam
claramente na planilha orçamentária, os custos e quantitativos originais,
supressões e acréscimos e o total após os aditivos. Caso não estejam
indicados estes valores, o técnico poderá solicitar aos técnicos da unidade da
federação o envio de planilha conforme exemplo retirado do manual
“Orientações para Elaboração de Planilhas Orçamentárias de Obras Públicas”
do Tribunal de Contas da União:

10.5.4. Ressalta-se que deverão ser apresentadas pelos


Municípios, além das planilhas de aditivos, os memoriais de cálculo, projetos e
toda documentação necessária para análise dos itens cujo quantitativo foi
acrescido ou suprimido.

10.5.5. A CODEGO deverá verificar as condições que levaram a


aditivação de custos. Sendo que as hipóteses previstas em lei que, poderá
ensejar a alteração dos valores pactuado em contratos, deste modo, o técnico
deverá verificar se foram apontadas nos autos do processo alguma das
hipóteses indicadas abaixo:

a) incidência da atualização financeira no caso da CODEGO


atrasar, além de 30 dias, os pagamentos dos serviços já
executados e medidos, nas condições estabelecidas em edital.
b) a incidência de reajustes pela variação do custo de produção,
de acordo com os critérios do edital e somente após doze meses
da data-base da proposta (risco ordinário).

c) reequilíbrio econômico-financeiro por fatos imprevisíveis, casos


fortuitos e força maior.

d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram


inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da
administração para a justa remuneração da obra, serviço ou
fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-
financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos
imprevisíveis, ou previsíveis porém de consequências
incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do
ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato
do príncipe, configurando álea econômica extraordinária e
extracontratual.

10.5.6. O técnico deverá verificar se o percentual aditivado está


dentro do limite determinado para acréscimos e supressões de até 25% no
valor inicial atualizado do contrato, sendo que:

a) nenhum acréscimo e supressão poderá exceder os limites


estabelecidos em lei, salvo as supressões resultante de acordo
celebrado entre as partes.

b) deverão ser mantidas as mesmas condições contratuais para


acréscimos e supressões dentro dos limites definidos na lei de
licitações, citados acima.

10.5.7. Nos casos de reajustamento de preços, o técnico da


CODEGO deverá considerar a data-base das propostas bem como o índice de
reajustamento especificado em contrato, admitida a adoção de índices
específicos ou setoriais, nestes casos, da construção civil. Ressalta-se que a
legislação proíbe expressamente a previsão ou concessão de reajustes em
prazo inferior a 12 (doze) meses da data-base das propostas.

10.5.8. Nos casos em que os aditivos ultrapassarem os limites


estabelecidos em lei, o técnico da CODEGO deverá verificar a jurisprudência
do TCU mais atual sobre o tema.

10.5.9. Para efeito de observância aos limites de alterações


contratuais, o técnico da CODEGO deve levar em consideração que as
reduções ou supressões de quantitativos devam ser consideradas de forma
isolada, ou seja, o conjunto de reduções e o conjunto de acréscimos devem
ser sempre calculados sobre o valor original do contrato, aplicando-se a cada
um desses conjuntos, individualmente e sem nenhum tipo de compensação
entre eles. Deste modo, não é possível utilizar as parcelas suprimidas do
contrato como uma espécie de crédito para ampliar os acréscimos de serviços
previstos pela Lei.

11. Análise de medições e pagamentos realizados e relatórios de


recebimento definitivo e provisórios:

11.1. Nesta etapa, os técnicos da CODEGO deverão verificar se


as medições de serviços realizadas durante a obra estão de acordo com a
planilha licitada (considerando aditivos, caso existam) e ainda, se as notas
fiscais correspondentes estão de acordo com os valores das medições.

11.2. Os técnicos da CODEGO deverão se atentar aos itens da


planilha orçamentária licitada aditivados ou suprimidos pois, os quantitativos e
os custos destes itens deverão considerar os custos e as aditivações e
supressões constantes nos termos aditivos da obra.

11.3. Os técnicos deverão verificar ainda se os custos


acumulados das medições e das notas fiscais apresentadas estão de acordo
com o custo total da planilha orçamentária licitada.
11.4. Além disso, os técnicos da CODEGO deverão verificar se
houve a execução total do objeto por meio dos termos de recebimento
provisório e definitivo elaborados pela comissão de fiscalização e/ou
recebimento da obra e, ainda, se a comprovação que as pendências
apontadas pelas equipes de recebimento foram sanadas pela empresa
responsável pela execução da obra.

12. Análise dos Projetos (arquitetônico, hidráulico, elétrico, dentre


outros):

12.1. Nesta etapa, os técnicos da CODEGO deverão verificar se o


os projetos necessários a execução do objeto estão de acordo com as
referências em memorial para desenvolvimento do projeto arquitetônico e
outros, respeitando-se a padronização da identidade visual dos Outltes e
ainda, considerando as particularidades de cada município. Em caso de
desconformidade, os técnicos deverão indicar quais as alterações serão
necessárias para sua aprovação.

12.2. Os técnicos da CODEGO deverão verificar ainda se o


número de vagas de lojas e tamanho dos espaços para cada unidade (lojas,
sanitários, praça de alimentação e vagas de estacionamento) estão de acordo
com os padrões mínimos exigidos no Edital de chamamento público n°
02/2021, seus anexos, e no contrato, em caso de desconformidade deverá ser
realizada adequação ou ainda justificativa que poderá ser deliberada pela
Companhia.

12.3. A análise do projeto arquitetônico deverá levar em conta as


diretrizes estipuladas pela CODEGO para o tipo de obra em questão.

13. Denúncia e Rescisão:


13.2. Quando da conclusão, denúncia, rescisão ou extinção do
contrato, os saldos financeiros remanescentes serão devolvidos à CODEGO,
no prazo improrrogável de 30 dias do evento, sob pena de imediata instauração
de Tomada de Contas Especial.

13.2. Constituem motivos para rescisão do contrato:

I – O inadimplemento de qualquer das cláusulas pactuadas;

II – Constatação, a qualquer tempo, de falsidade ou incorreção de


informação em qualquer documento apresentado; e,

III – A verificação de qualquer circunstância que enseja a


instauração de tomada de contas especial.

Gabinete da Presidência da Companhia de Desenvolvimento


Econômico do Estado de Goiás (CODEGO), em 07 de fevereiro de 2022.

RENATO MENEZES DE CASTRO


Diretor Presidente da CODEGO
Referenciais Bibliográficos:
1) Manual de prestação de contas do FUNPEN; Ministério da Justiça e Segurança Pública.
24/03/2021. Processo n° 08016.021928/2020-12;
2) Manual de prestação de contas da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES);
3) Manual de contratos de repasse do ICMBio;
4) Orientações Gerais para preenchimento dos dados no SIMEC – MEC. 09/2018.

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