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DIRETRIZES INSTITUCIONAIS
PSICOSSOCIAL- CAPS
DE CURITIBA
0
ORGANIZADORES:
1
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 05
INTRODUÇÃO 06
1. O QUE SÃO CAPS 07
1.1 Organização dos CAPS de Curitiba 09
1.1.1 Horário de Funcionamento 09
1.2 Estrutura dos CAPS 09
2. A PRÁTICA DO CAPS 10
2.1 Espaços Organizadores 12
2.1.1 Recepção 12
2.1.2 Ambiência 12
2.2 Conjunto de Atividades 13
2.2.1 Acolhimento 13
2.2.2 Avaliação Especializada 17
2.2.3 Projeto Terapêutico Singular – PTS 17
2.2.4 Atendimento Especializado 20
2.2.4.1 Ofertas Terapêuticas 20
2.3 Atenção à Crise Psicossocial e Evento Agudo 22
2.3.1 Atenção à Crise Psicossocial 22
2.3.2 Evento Agudo 23
2.3.3 Recursos de Rede para atender a crise/evento agudo em saúde mental 23
2.3.3.1 Unidade de Pronto Atendimento 23
2.3.3.2 Leito de Hospitalidade nos CAPS III 24
2.3.3.3 Leito de Estabilização Psiquiátrica – UEP 26
2.3.3.4 Leito Integral em Hospital Psiquiátrico 26
2.3.3.5 Leito psiquiátrico em Hospital Geral 27
2.3.4 Interface com a Central de Retaguarda em Saúde Mental CRSM 29
2.3.5 Fluxo de solicitação de leitos UEP e hospitalares 29
2.4 Reabilitação Psicossocial 30
2.5 Articulação de Redes Intra e Intersetorial 31
2.5.1 Matriciamento 32
3. PROCESSOS DE GESTÃO DO TRABALHO EM CAPS 34
3.1 Papel da Gestão no Serviço 34
3.2 Coordenador do CAPS 34
3.3 Projeto Institucional 35
3.4 Espaços de Discussão/qualificação técnica 35
2
3.4.1 Reunião de Equipe 35
3.4.2 Reunião de Equipe de Referência (Mini-equipe) 36
3.4.3 Passagem de Plantão 36
3.4.4 Câmaras Técnicas dos Núcleos Profissionais 37
4. INSTRUMENTOS DE GESTÃO DO CUIDADO 37
4.1 Prontuário 38
4.2 RAAS, BPA-C e BPA-I 38
CONSIDERAÇÕES FINAIS 41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 42
APÊNDICE 01 NORMATIZAÇÃO DOS REGISTROS EM PRONTUÁRIOS DE CAPS 43
APÊNDICE 02 TERMO DE CIÊNCIA DOS DIREITOS DA PESSOA PORTADORA DE
TRANSTORNO MENTAL 45
APÊNDICE 03 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 46
APÊNDICE 04 PRESCRIÇÃO MEDICAMENTOSA DOS CAPS PARA LEITO 48
APÊNDICE 05 FORNECIMENTO DE CÓPIA DE PRONTUÁRIO 49
APÊNDICE 06 PROCEDIMENTOS PARA O FATURAMENTO 52
APÊNDICE 07 ROTEIRO PARA REALIZAÇÃO DO ACOLHIMENTO 62
APÊNDICE 08 CRITÉRIOS E REGULAÇÃO DO USO DOS LEITOS DE CAPS 63
APÊNDICE 09 COMPARTILHAMENTO DE LEITO 66
APÊNDICE 10 PROJETO INSTITUCIONAL 73
APÊNDICE 11 SISTEMATIZAÇÃO DAS ROTINAS DE CUIDADO DAS EQUIPES NOTURNAS
DOS CAPS 74
APÊNDICE 12 FLUXO PARA SOLICITAÇÃO/ACOMPANHAMENTO E EXECUÇÃO DO
INTERNAMENTO PARA ADOLESCENTES 82
APÊNDICE 13 ROTEIRO PARA A CHAMADA DE TELEMONITORAMENTO DOS CAPS 86
3
LISTA DE SIGLAS
4
Prefeitura Municipal de Curitiba
Secretaria Municipal da Saúde
Departamento de Atenção à Saúde
Coordenação de Saúde Mental
APRESENTAÇÃO
5
INTRODUÇÃO
6
Diante deste cenário, constitui a RAPS de Curitiba:
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anulação da pessoa. Assim, os serviços devem pautar sua prática no acolhimento da
pessoa a partir de uma lógica psicossocial, onde o processo de reabilitação psicossocial
deve ser entendido como diretriz para a articulação dos diferentes atores do cuidado.
Os CAPS com horário de funcionamento das 07h às 19 horas de segunda a
sexta-feira são chamados de CAPS II, e aqueles com leito de hospitalidade noturna e
funcionamento 24 horas todos os dias da semana são os CAPS III. Ainda são
diferenciados para os atendimentos voltados tanto ao público adulto quanto
“infantojuvenil” (atendimento de crianças e adolescentes). Em Curitiba, os CAPS estão
estruturados a partir do modelo territorial e atendem as demandas de saúde mental
dentro do seu território de referência.
O CAPS territorial consiste no equipamento que realiza o tratamento de pessoas
com transtorno mental severo e persistente e/ou usuários de álcool e outras drogas a
partir de 18 anos, de determinado Distrito Sanitário, ou seja, é referência para o
tratamento da população adulta que apresente grave prejuízo funcional decorrente de
transtornos mentais e/ou uso de substâncias do território assistido. Seu objetivo é
oferecer atendimento à população de sua área de abrangência, realizando o
acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho,
lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares, sociais e afetivos.
Esse modelo visa promover a melhoria do acesso, apropriação pelas equipes do
território adscrito com o estreitamento da relação com as equipes dos equipamentos
que compõe a rede de saúde, bem como dos recursos comunitários do território;
integração e articulação das equipes CAPS com as equipes de território de referência
(APS, NASF, Ambulatório, RT e UPA), propiciando que o cuidado ao usuário seja
realizado na lógica de Equipe Ampliada. A prática deve ser pautada no cuidado com
foco na integralidade do sujeito e obedecendo aos princípios do SUS – universalidade,
territorialidade, integralidade e equidade. Fundamentalmente, o CAPS deverá construir
o seu Projeto Institucional focado na promoção do processo de reabilitação
psicossocial/reinserção social, principal estratégia de cuidado dos CAPS.
Os CAPS i são serviços de saúde mental destinados a prestar tratamento, por
equipe multiprofissional que atua sob a ótica interdisciplinar à crianças e adolescentes
até 18 anos incompletos com sofrimento mental grave e persistente, incluindo o uso de
álcool e outras drogas. Tem por princípios gerais a tomada de responsabilidade pelo
tratamento/agenciamento de cuidados para crianças e adolescentes que por sua
condição psíquica estejam impossibilitados de manter laços sociais ou sob o risco de
não sustentá-los e, mantendo a posição ética de conduzir o trabalho a partir da
consideração de que crianças e adolescentes são sujeitos psíquicos, de
responsabilidade e de direitos. Reafirmam o compromisso em não reduzir seu trabalho
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à pedagogização do tratamento, à medicalização do sofrimento ou à institucionalização
do cuidado.
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2 A PRÁTICA DO CAPS
Considera-se que a prática da Saúde Mental nos CAPS é organizada a partir dos
fundamentos da Política Nacional da Saúde Mental, entendidos enquanto motivos
orientadores das atividades a serem desenvolvidas no cotidiano dos serviços: combate
à discriminação, estigma e preconceitos; garantia da cidadania e dos direitos da pessoa
portadora de transtorno mental; atenção humanizada e centrada nas necessidades das
pessoas; participação e controle social dos usuários, familiares e sociedade;
reorientação do modelo assistencial (ênfase em serviços de base territorial e
comunitária, garantindo liberdade e autonomia); desinstitucionalização, reabilitação
psicossocial e reinserção social (ADACHI, 2017)
A partir destes motivos orientadores, tal prática é composta por um conjunto de
atividades que visam contemplar os mesmos objetivos gerais: ser lugar de referência e
tratamento para pessoas com transtornos mentais severos e persistentes, constituir-se
como serviço comunitário e de inserção territorial; promover integralidade da atenção e
humanização da assistência; realizar acompanhamento clínico e inserção social
(acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis, fortalecimento dos laços sociais
e comunitários); estimular autonomia dos usuários; funcionar de forma articulada e
integrada com demais equipamentos da RAPS. Assim, entende-se que os motivos
orientadores e objetivos gerais são responsáveis por dar sentido e significado à prática
desenvolvida pelas equipes nos serviços (ADACHI, 2017).
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PRÁTICA DE SAÚDE MENTAL NO CAPS
MOTIVOS CONJUNTO DE
ORIENTADORES OBJETIVOS
ATIVIDADES
Garantia da cidadania e
dos direitos da pptm ACOMPANHAMENTO
Constituir-se como serviço
ESPECIALIZADO comunitário, com inserção
territorial
Atenção humanizada e
centrada nas necessidades
das pessoas
REABILITAÇÃO
Promover integralidade da
PSICOSSOCIAL atenção e humanização da
assistência
Estimular autonomia e
protagonismo dos usuários
Desinstitucionalização
reabilitação psicossocial e
reinserção social Funcionar de forma
articulada com demais
equipamentos da RAPS
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2.1 Espaços organizadores
2.1.1 Recepção
É o primeiro contato do usuário com o serviço de saúde, sendo o local e momento
propícios para iniciar a promoção da qualidade da assistência, captando as
necessidades trazidas pelos usuários e promovendo o primeiro vínculo através de um
atendimento humanizado, com resolutividade, postura de escuta e compromisso em dar
respostas às solicitações trazidas pelas pessoas que chegam ao serviço.
Importante apresentar uma estrutura física convidativa, organizada e confortável.
Deve ser realizada preferencialmente por um profissional administrativo, mas também
por profissional de nível médio e/ou superior, de acordo com as possibilidades do
serviço e escala organizada. Este profissional será responsável pela abertura do
prontuário, bem como o preenchimento da ficha de identificação do usuário.
A recepção é uma ferramenta organizadora dos fluxos do serviço, da circulação
e da estrutura, dá sentido para os processos que se ofertam aos usuários. Estes,
quando inseridos no serviço, deverão sempre que comparecerem ao CAPS, assinar lista
de frequência no momento da chegada.
2.1.2 Ambiência
Ambiência na Saúde refere-se ao tratamento dado ao espaço físico entendido
como espaço social, profissional e de relações interpessoais que deve proporcionar
atenção acolhedora, resolutiva e humana.
Como diretriz da Política Nacional de Humanização (PNH), compõem-se por 03
eixos principais:
1) Espaço que vise confortabilidade;
2) Espaço como ferramenta facilitadora do processo de trabalho;
3) Espaço de encontros entre os sujeitos.
Desse modo, ambiência não é um procedimento assistencial, nem substitui as
ofertas terapêuticas indicadas para cada usuário de acordo com suas necessidades.
Trata-se, no entanto, de um modo de operar o cuidado com espaços e posturas
acolhedoras, humanizando o atendimento.
Os CAPS devem trabalhar com escala de profissionais na ambiência, que terão
por função potencializar o espaço terapêutico do CAPS. O profissional escalado para a
função deve manter postura dinâmica e proativa, atento a toda complexidade de
relações que se dão neste espaço, intervindo em situações que possam ser
disparadoras de crises em saúde mental.
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2.2 Conjunto de Atividades
2.2.1 Acolhimento
A Política Nacional de Humanização (PNH) define o acolhimento como um modo
de operar nos processos de trabalho em saúde de forma a atender a todos que procuram
os serviços de saúde, visando identificar necessidades, construir o vínculo terapêutico
inicial e/ou corresponsabilizar-se pelo acesso a outros serviços, caso necessário.
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organizar conservando equipe mínima para fazer o acolhimento de usuários no período
em que a equipe estiver em reunião, supervisão, em atividades externas e/ou em
realização de eventos.
Deve-se acolher e ofertar cuidados à população em situação de rua,
independentemente do local de cadastro e território ao qual esteja inserido.
Cabe também ao CAPS o atendimento domiciliar ou “in loco” na UPA, nos casos
em que não seja possível o deslocamento do usuário ao serviço. Nesses casos outros
equipamentos e recursos da rede devem ser articulados para apoio.
Casos prioritários
Egressos de internamento psiquiátrico, UEP, leito compartilhado de CAPS, crise
psicossocial (tentativa de suicídio; quadros de sofrimentos psíquicos graves), população
em situação de vulnerabilidade psíquica e social (gestantes; população em situação de
rua; situação de violência, crianças e adolescentes em acolhimento institucional) e
demandas judiciais (medidas sócio educativas, protetivas e outros) devem ser acolhidas
de segunda a sexta feira em caráter prioritário.
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avaliação médica e do serviço social. Neste interim, o caso é discutido
junto a equipe de referência do usuário, a fim de definir qual outra
avaliação especializada será necessário providenciar. Tais
avaliações são decididas em função do levantamento das
necessidades do usuário, bem como fruto de discussão junto a equipe
de referência 1e servirão para direcionar a construção do Projeto
Terapêutico Singular (PTS) inicial que deverá ser feito em no máximo
15 dias.
Obs: Em caso de dúvida sobre a inserção do usuário em tratamento,
este deverá ser inserido para avaliação especializada e posterior
definição de conduta.
A partir da inserção do usuário para acompanhamento no CAPS, é
necessário iniciar imediatamente o processo de avaliação
especializada multiprofissional e a construção do PTS (que num
primeiro momento é preliminar até que se agreguem todas as
avaliações dos núcleos profissionais).
2- O usuário NÃO SERÁ INSERIDO no CAPS: Deve-se realizar as
orientações necessárias e devidas articulações com os equipamentos
da saúde ou de outros setores. Caso seja necessário contra-
referenciar para a APS, deve-se estabelecer contato telefônico,
evoluir o atendimento no Esaude, indicando o motivo da não inserção
e sugerindo a sequência do atendimento, seja para acompanhamento
da APS, NASF ou ambulatorial (psiquiatria e/ou psicologia). Caso seja
necessário referenciar para algum serviço de urgência e emergência
(UPA e UEP), deve-se estabelecer contato telefônico para
repassar/discutir o caso, fortalecendo o caráter de co-
responsabilização entre diferentes equipamentos no cuidado ao
usuário e manter o monitoramento para o retorno após estabilização.
1
Entende-se por equipe de referência o conjunto composto por representantes de diferentes
categorias profissionais a fim de dar visibilidade às especificidades de cada núcleo de saber, e
que tem sob sua responsabilidade o gerenciamento do cuidado de determinado número de
usuários.
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Em caso de encaminhamento para outro ponto de atenção, isto significa um ato
responsável daquele que encaminha, articulando o caso com o outro serviço na forma
de transferência do cuidado, considerando as necessidades do sujeito e os recursos
disponíveis no território.
Fluxograma de Acolhimento:
ACOLHIMENTO NO CAPS
SIM NÃO
INSERÇÃO INSERÇÃO
TR
AVALIAÇÃO SOCIAL
AV. NÚCLEO
(necessidade)
AVALIAÇÃO MÉDICA
PTS INICIAL
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Os casos que puderem receber seu cuidado através da APS, deverão acontecer
com o apoio/orientação/matriciamento decorrente da articulação entre as equipes dos
CAPS e as equipes dos NASF de seus territórios.
O CAPS, no acolhimento inicial, deve considerar as avaliações realizadas por
equipes de outros serviços da rede de saúde para definir o plano de tratamento. Por
isso, discussões de casos entre os pontos de atenção da rede de saúde devem
acontecer constantemente.
17
serviços onde o trabalho está sistematizado através das equipes de referência (BRASIL,
2007).
O PTS inicial, provisório, deve ser construído em no máximo 15 dias após o
acolhimento e o definitivo após avaliação especializada multidisciplinar, em até 45 dias.
A sua reavaliação deverá ser realizada em no máximo 90 dias.
A equipe de referência baseia-se na ideia de que vários profissionais aproximem-
se de certo número de pacientes e passem a assisti-los de modo singular, elaborando
e acompanhando junto de cada um deles o PTS (BRASIL, 2007). Seu trabalho consiste
em garantir ao usuário e demais profissionais da equipe uma visibilidade ligada à
ampliação da clínica, com vistas a promoção da integralidade às demandas identificadas
no PTS. Apresenta-se como um instrumento potente na promoção de vínculo e
responsável por garantir o processo de adesão do usuário ao PTS instituído, através da
organização e gestão do PTS.
As equipes de referência podem organizar seu processo de trabalho a partir do
Técnico de Referência (TR), que tem por responsabilidade o monitoramento do percurso
do usuário de acordo com seu PTS, constituindo um elo de aproximação entre este e
os demais profissionais da equipe de referência. No entanto, o TR não deve se sobrepor
à lógica da atuação interdisciplinar nos PTS dos sujeitos, onde é essencial a delimitação
das competências profissionais considerando o núcleo de formação, objetivando
garantir o processo de efetivo compartilhamento dos saberes.
Sobre o PTS é importante a equipe de referência observar que:
1. Todos os usuários atendidos nos CAPS de Curitiba deverão ter um PTS
devidamente elaborado e consensado entre o usuário, a equipe de profissionais de
referência e quanto possível a família.
2. O PTS deverá estar registrado no prontuário do usuário, contendo as
seguintes especificações:
a) Demandas: Diagnóstico situacional, identificando-se as necessidades
(aspectos biopsicossociais) passíveis de intervenção. Deve-se considerar os fatores de
risco e proteção do sujeito, bem como suas potencialidades;
b) Metas: Objetivos a serem atingidos com o tratamento, de acordo com a
realidade apresentada pelo contexto do usuário;
c) Estratégias: Operacionalização das ações terapêuticas, incluindo registro da
agenda semanal do usuário no serviço, considerando a articulação com a rede de saúde
e rede intersetorial. Identificar responsáveis pelas tarefas;
d) Reavaliação: Revisão das demandas, metas, expectativas e
redirecionamento de ações, conforme necessidade do usuário. Registro dos progressos
alcançados ou dificuldades encontradas no decorrer do tratamento. Deve ser realizada
18
pela equipe de referência com a presença do usuário sempre que necessário com
periodicidade máxima de 90 dias.
3. O PTS deverá apresentar coerência com os registros da evolução do paciente.
19
2.2.4 Atendimento Especializado
Para organizar o acompanhamento especializado ofertado pelo CAPS torna-se
importante diferenciar os conceitos de Núcleo e Campo.
Núcleo é constituído por características relativas à identidade de cada sujeito,
agregando a experiência pessoal, saberes específicos de cada profissão, habilidades e
vocação (CAMPOS, 2000).
O campo, por sua vez, compreende os saberes e responsabilidades comuns ou
confluentes a várias profissões ou especialidades, consideradas saberes básicos como:
processo saúde doença, relação profissional/paciente, regras gerais de
prevenção/promoção, organização do processo de trabalho.
No cotidiano dos CAPS o exercício da interdisciplinaridade configura-se como
exigência, promovendo um modelo inspirado na racionalidade interdisciplinar e dialógica
responsável pela interface entre as ofertas tecnológicas dos profissionais (cuidado,
saberes, instrumentos) e a necessidade dos usuários, agregando tratamento de caráter
clínico e de reabilitação psicossocial.
Portanto é essencial a delimitação das competências profissionais considerando
o núcleo de formação, garantindo o processo de efetivo compartilhamento dos saberes.
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Cabe destacar a importância da família no acompanhamento dos usuários,
devendo o CAPS organizar atendimentos e atividades direcionadas aos familiares,
como parte integrante do PTS.
Também é de responsabilidade do CAPS, atender e apoiar a clientela oriunda
das Residências Terapêuticas (RT) ou Unidades de Acolhimento do seu território,
elaborando PTS em conjunto com equipe de apoio deste equipamento.
Além do rol de atividades de cunho técnico, outras atividades diárias do CAPS
podem ser oportunidades de acompanhamento ou abordagem terapêutica, como por
exemplo, os horários de refeição (café, almoço, lanche, jantar). São situações em que
a equipe deve organizar escalas para acompanhamento, considerando que são
momentos de interação social e relacional em que os usuários podem necessitar apoio
e intervenção da equipe técnica.
Abaixo, segue diagrama dos atendimentos especializados realizados no CAPS:
AÇÕES OPERAÇÕES OBJETIVOS
1.1 - Consultas em Responder às
geral necessidades dos
1.2 - Atendimento sujeitos;
Psicoterápico Realizar ações de
1.Atendimento 1.3 - Orientação promoção, prevenção e
Individual 1.4 - Atendimento assistência;
domiciliar Elaborar PTS;
1.5 - Oferta de Compreender contextos e
medicação assistida relações pessoais;
1.6 -Teleatendimento2 Promover capacidades,
1.7 - Fornecimento de tornando possível a
refeições diárias articulação com os
recursos existentes na US
e fora dela;
Acompanhar/monitorar
caso que impossibilite
outra modalidade de
atendimento.
2. Atendimento em 2.1 - Psicoterapia Explorar potencialidades
grupo 2.2 - Grupo Operativo das situações com
2.3 - Atividades de variadas finalidades;
suporte local Promover sociabilidade;
ATENDIMENTO
2.4 - Oficinas Intermediar relações;
ESPECIALIZADO
Terapêuticas Manejar dificuldades
relacionais;
Promover experiência de
construção compartilhada,
vivência de
pertencimento, troca de
afetos, autoestima,
autonomia e exercício da
cidadania.
Construção da autonomia,
3.1 - Caminhada promoção e prevenção em
3.2 - Oficina de saúde;
3. Práticas corporais, relaxamento Ampliação do repertório
expressivas e 3.3 - Oficinas de comunicativo e expressivo
comunicativas expressão – teatro, dos usuários;
teatro de bonecos
2
Operação não estava presente na ideia original. Integrada ao texto com concordância da autora.
21
Construção e utilização de
processos promotores de
novos lugares sociais e
inserção no campo da
cultura.
4.1 - Atendimento Garantir a
individualizado a corresponsabilização no
familiares contexto do cuidado;
4.2 - Grupo de Propiciar
familiares compartilhamento de
4. Atendimento 4.3 - Visitas familiares experiências e
Familiar 4.4 - Atividades de informações;
lazer Sensibilizar para o
envolvimento no
acompanhamento das
mais variadas situações
de vida.
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ocorrerem crises no território, haja integração das equipes da APS e CAPS para manejo
da situação, objetivando oportunizar uma troca enriquecedora para ambas as equipes,
qual seja: o CAPS se apropria do território que é a expertise da APS, e a APS se apropria
da manejo de crise em saúde mental que é a expertise do CAPS.
3
Segundo a lei 10.216, de 06 de abril de 2001: Parágrafo único. São considerados os seguintes
tipos de internação psiquiátrica:
23
* Avaliação e atendimento clínico, de acordo com a classificação de risco,
investigando diagnóstico diferencial orgânico/psiquiátrico para o paciente em situação
de urgência/emergência;
* Atendimento inicial na crise suicida;
* Exame clínico completo, visando identificar sinais e sintomas de alterações
clínicas agudas e/ou crônicas para indicação de tratamento clínico;
* Leitos de observação e de internação de curta permanência, que poderão ser
usados para manejo de crises.
No encaminhamento dessas situações clínicas, faz-se necessário contato prévio
com a UPA de referência (médico plantonista, coordenador médico, coordenador de
enfermagem ou coordenador da UPA) para repasse do caso e articulação da
transferência. Após a definição do encaminhamento para a UPA, acionar o SAMU para
transferência do usuário, e encaminhá-lo com a Guia de Transferência de Cuidado.
Após estabilização do evento agudo a UPA reencaminha o usuário para continuidade
do cuidado longitudinal em CAPS.
Nas situações de urgência/emergência de crianças e adolescentes atendidos
nos CAPSi, é importante a presença de um responsável pelo usuário no momento da
transferência à UPA. Na ausência de responsável legal, deve-se verificar com a
UPA/SAMU as condições possíveis para recebimento sem o responsável, informando
as providências realizadas para sua presença posterior e nesses casos considerar a
possibilidade do acompanhamento por um profissional de enfermagem do CAPSi no
transporte à UPA, com o repasse de informações sobre a necessidade do atendimento
de urgência/emergência, e retorno ao CAPS após efetivada a transferência.
24
- promoção de abstinência do uso de spas;
- ideação suicida sem planejamento;
- risco ou automutilação sem gravidade clínica;
- observação de alteração comportamental com descarte de condição clínica;
- ajuste medicamentoso;
- suporte breve para crise psicossocial.
A utilização do leito faz parte do PTS do usuário inserido no serviço, sendo a sua
indicação dependente do momento psicossocial de cada usuário. Considerando que
trata-se de um momento transitório, é necessário que se tenha clareza acerca do motivo
da indicação, bem como do objetivo da permanência no leito, articulando as ações
necessárias para o processo de alta deste, pela equipe assistente, seja ela de CAPS III
ou CAPS II (para os casos de leito compartilhado).
O usuário inserido em leito deverá ser alvo de programa de cuidado - ofertas
terapêuticas – durante a permanência diuturna, devidamente planejado pela equipe
assistente, ou em conjunto com equipe de origem para os casos de leito compartilhado.
Importante que as ofertas terapêuticas sirvam como estratégia para atingir os objetivos
traçados em PTS.
O PTS dos usuários inseridos em leito deve conter entre outros, a data de
previsão de alta desta modalidade de cuidado, que pode se alterar a depender da
avaliação diária da equipe técnica assistente. Destaca-se a importância dos usuários
com alta de leito serem re-acolhidos no mesmo dia no CAPS de origem, para garantir a
continuidade efetiva do cuidado, mediante novo PTS.
Em relação ao cuidado noturno (ofertado por equipe de enfermagem) as
atribuições e funções desta equipe encontram-se descritas no Apêndice 11 –
Sistematização Noturna.
No caso de crianças e adolescentes inseridos em leito, importante observar que
a presença de um responsável legal como acompanhante é um direito e não um dever.
Desse modo deve-se avaliar os prós e os contras da permanência do acompanhante
para a evolução do quadro.
Tendo em vista a complexidade da assistência ao usuário inserido em leito, cada
CAPS III possui um profissional com atribuição de realizar/monitorar a gestão do recurso
leito. Esta função – de suma importância – inclui monitorar a ocupação do leito, tempo
de permanência, articulações necessárias para otimização do recurso, estimular
alinhamento entre equipes (para leitos compartilhados) e para outros pontos de atenção
(UPA, UEP e CRSM).
25
Fluxo de solicitação de leitos CAPS III
A necessidade de utilização de leitos no CAPS III ocorre através de avaliação da
equipe multiprofissional do CAPS, seguindo fluxo estabelecido no documento “Critérios
e Regulação do Uso dos Leitos de CAPS” (Apêndice 8).
26
2.3.3.5 Leito psiquiátrico em Hospital Geral
Serviço da RAPS que tem por objetivo promover a estabilização dos usuários
com transtorno mental que apresentam quadros clínicos comórbidos após esgotados os
outros recursos terapêuticos da rede. A regulação é via central de regulação de leitos
clínicos (CLM), com posterior contato com o núcleo interno de regulação (NIR) do HIZA.
Segue tabela com critérios diferenciais para os leitos dos respectivos
equipamentos.
27
LEITOS CAPS LEITOS UPA LEITOS UEP LEITOS HOSPITALARES
Clinicamente instável ou que precisem investigação Grave agitação psicomotora não controlada com Grave agitação psicomotora não controlada com
Observação de alteração comportamental com clínica;
descarte de condição clínica; medidas iniciais; medidas iniciais;
Perda de consciência e/ou crise convulsiva nas Comportamento antissocial disruptivo sem Comportamento antissocial disruptivo sem
Ajuste medicamentoso e/ou monitoramento sem
últimas 24 horas sem histórico de epilepsia; respostaa abordagem e tratamento inicial; respostaa abordagem e tratamento inicial;
suporte familiar.
TCE para investigação (TC de crânio);
Suporte breve para organização social. Idosos (caso a caso) após exames
laboratoriais; Pacientes clinicamente estáveis.
Idosos para exames mínimos: Na, K, uréia,
creatinina, hemograma, ECG, parcial de urina. Adolescentes sob cuidados do Cense que
estejam em UPA.
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2.3.4 Interface com a Central de Retaguarda em Saúde Mental CRSM
A CRSM caracteriza-se como central telefônica composta por equipe
multiprofissional (psiquiatra, psicólogas e enfermeiras), responsável pela regulação de
leitos psiquiátricos para internamento em Hospital Psiquiátrico Integral, em leitos na
Unidade de Estabilização Psiquiátrica e leito de hospitalidade em CAPS.
Tem como função buscar por vaga em hospital psiquiátrico, UEP e CAPS III,
priorizar os casos de maior gravidade de acordo com estratificação de risco e oferecer
apoio técnico para o melhor direcionamento do cuidado que o usuário necessita.
Objetiva promover a discussão e direcionamento dos casos oriundos dos diferentes
pontos de atenção avaliando recursos, favorecendo as especificidades de cada situação
e pontencializando a comunicação entre os serviços, buscando responsabilizar cada
ponto de atenção no que tange as necessidades dos usuários a curto, médio e longo
prazo.
29
Importante lembrar que todos os casos em que o internamento (em hospital
psiquiátrico, em hospital geral ou em UPA) for efetivado, o CAPS deve monitorar o
usuário no ponto de atenção, acompanhando sua evolução e construindo seu plano de
continuidade de tratamento pós alta, articulando com familiares e outras equipes
intersetoriais, se necessário. Vide apêndice 12 sobre o fluxo de
solicitação/acompanhamento/execução de internamento para adolescentes.
30
Segue o diagrama do componente REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL:
31
gestão de caso, atendimento compartilhado, planejamento/execução sistemática de
matriciamento para APS/UPA e outros conforme a necessidade e demanda.
O CAPS enquanto gestor e articulador dos casos, deve estar atento às situações
em que os usuários encontram-se institucionalizados ou em vulnerabilidade / risco,
buscando relação próxima com os equipamentos intra ou intersetoriais envolvidos no
cuidado, respeitando as competências de cada ponto de atenção, bem como construção
conjunta do PTS nesses casos. Agendas de pactuação e discussão são fundamentais
nessa tarefa, para monitoramento e melhor condução das situações. Para os CAPS
infanto-juvenis a articulação e apoio junto às Unidades de Acolhimento, Conselho
Tutelar e Escolas são fundamentais e devem fazer parte da rotina dos serviços.
Para a efetivação de um trabalho em rede é inerente o trabalho intersetorial, que
implica no estabelecimento de vínculos de corresponsabilidade e cogestão pela
melhoria da qualidade de vida da população. Deste modo, o CAPS apresenta a missão
de envolver e articular com os diferentes setores das políticas públicas a garantia dos
direitos sociais que possibilitem a promoção de mecanismos que contribuam para o
processo de reabilitação e reinserção social de seus usuários.
2.5.1 Matriciamento
É uma ferramenta estratégica para a promoção da articulação em rede intra e
intersetorial. Significa ofertar apoio presencial sistemático às equipes da Atenção
Primária, Urgência e Emergência ou de outros pontos de atenção, propiciando suporte
técnico-pedagógico à condução do cuidado em saúde mental do seu território de
abrangência. Desta forma, tem por objetivo aumentar a resolutividade das equipes nas
ações referentes à saúde mental, constituindo-se como ferramenta de transformação
não só do processo de saúde-doença, mas de toda realidade da equipe e respectiva
comunidade. Mais do que um supervisor de caso, o matriciador pode participar
ativamente do projeto terapêutico coletivo, seja na sua construção como também na
condução. Os CAPS devem organizar as ações de matriciamento a partir do
planejamento territorial, isto é, através da pactuação com o Distrito Sanitário de
referência e composição das ações de matriciamento já realizadas pelos NASF do
território. O matriciamento será realizado pelos profissionais de nível superior da equipe
de referência do território (BRASIL, 2007).
32
Abaixo, diagrama das ações relacionadas à ARTICULAÇÃO INTRA E
INTERSETORIAIS:
AÇÕES OPERAÇÕES OBJETIVOS
1. Fortalecimento do 1.1 –Assembléias de serviços; Promover a apropriação e
protagonismo de 1.2 – Participação em defesa de direitos;
usuários e seus Conselhos de Saúde; Incentivar a criação de
familiares 1.3 – Participação em formas associativas de
Conferências e Congressos; organização.
1.4 – Atividades de promoção,
divulgação e debate das
Políticas Públicas e da defesa
de direitos no território.
2. Matriciamento de 2.1 – Apoio presencial Contribuir no processo de
equipes da Atenção sistemático; co-gestão e
Básica, equipes dos 2.2 – Discussões de caso e corresponsabilidade no
pontos de atenção e processos de trabalho; agenciamento do PTS.
urgência e emergências 2.3 – Atendimento
e dos serviços compartilhado.
hospitalares de
referência
3. Ações de redução de 3.1 – Informação, educação e Reduzir agravos à saúde
danos aconselhamento quanto aos associados ao uso de
ARTICULAÇÃO DE riscos e danos do uso de álcool e outras drogas;
REDES INTRA E produtos, substância ou droga Promover redução do
INTERSETORIAIS que causem dependência; estigma e reinserção
3.2 – Orientação sobre social;
prevenção, promoção em Ampliar cuidado e acesso
saúde; aos diversos pontos de
3.3-Divulgação dos serviços atenção.
públicos e de interesse público
nas áreas de assistência
social e saúde;
3.4 – Divulgação dos
princípios e garantias
assegurados na CF e
declarações universais dos
direitos;
4.5 – Sensibilização da
comunidade local, elaboração
de material educativo
4. Acompanhamento de 4.1 – Co-gestão do plano de Promover articulação
serviço residencial cuidados aos moradores; entre as redes e os
terapêutico (SRT) 4.2 – apoio às equipes das pontos de atenção
unidades residenciais. produzindo autonomia e
reinserção social.
33
3 PROCESSOS DE GESTÃO DO TRABALHO EM CAPS
A garantia do direito à saúde de todos os usuários atendidos pelos CAPS é
efetivada a partir do compromisso ético dos gestores e equipes com a realização de
práticas cotidianas voltadas à qualificação da atenção.
34
3.3 Projeto Institucional – PI
O PI apresenta-se como instrumento fundamental para o fortalecimento da
identidade do CAPS, com a prerrogativa de sustentar uma prática que contribua para a
efetivação do modelo de atenção psicossocial de dado território. Assim, cada CAPS
deve construir seu PI, elaborado a partir das Diretrizes Institucionais dos CAPS,
considerando as especificidades do público atendido e particularidades do território
adscrito.
O PI é um instrumento formativo e ordenador dos processos de trabalho nos
serviços, sendo um documento norteador para a equipe acerca de todo o trabalho
institucional. O PI deve abarcar os itens contemplados no modelo que encontra-se no
(Apêndice 10).
O PI deverá ser compartilhado com o Distrito Sanitário de referência.
35
de trabalho. As paradas técnicas devem ser comunicadas para Coordenação Geral dos
CAPS e Coordenação de Saúde Mental da SMS previamente. Importante destacar que
a assistência aos usuários de saúde mental não pode ser prejudicada na organização
destas ações.
36
Recomenda-se que este compartilhamento de informações dure no máximo 20
minutos e destaca-se a importância do registro no livro de passagem de plantão.
Importante ressaltar que no decorrer da passagem de plantão, os usuários que estão
em leito/caps dia e ou aguardando atendimento não podem ser desassistidos e cabe a
equipe local manter escala para esses atendimentos durante a passagem de plantão
sob supervisão da coordenação local.
Nos CAPS III, a passagem de plantão ocorre em três horários distintos: 7:00,
13:00 e 19:00. Nos CAPS II, ocorre apenas às 13:00.
37
gestão de saúde mental. Os CAPS são equipamentos estratégicos na composição da
Rede de Atenção Psicossocial e para que suas ações impactem em políticas públicas,
os registros dos profissionais que atuam na ponta é peça importante e fundamental.
O registro em prontuário, assim como dos procedimentos (RAAS, BPAC e BPAI)
precisa fornecer confiabilidade e fidedignidade, ao mesmo tempo, que faça sentido aos
profissionais que os registram.
4.1 Prontuário
Conforme artigo 1º da Resolução CFM nº 1638/2002 o prontuário é definido
como documento único constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens
registradas, geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do
usuário e a assistência a ele prestada, de caráter legal, sigiloso e científico, que
possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade
da assistência prestada ao indivíduo.
É o instrumento responsável por dar visibilidade à trajetória dos usuários nos
CAPS, no qual se inscrevem todas as ações dispensadas, possibilitando uma análise
do plano de cuidado instituído. No desenvolvimento de um cuidado em CAPS e na
construção do PTS, os prontuários compartilhados e com registros atualizados,
qualificados e compreensíveis a todos são facilitadores do processo de comunicação.
Todos os CAPS de Curitiba contam com sistema de prontuário eletrônico
Esaude. Os prontuários físicos anteriores ao Esaude de usuário do CAPS – ativo ou
não, deve ser armazenado em local próprio, de fácil acesso, sendo responsabilidade do
serviço a sua guarda para garantir a continuidade do tratamento do paciente e
documentar a atuação de cada profissional.
Considerando que o prontuário é documento valioso para o usuário, equipe
multiprofissional que o assiste e para os serviços CAPS, além de se constituir
instrumento de defesa legal, torna-se obrigatória a criação de Comissão de Revisão
de Prontuários nos serviços, a fim de assegurar a realização dos registros técnicos.
As análises e avaliação da Comissão se basearão na “Normatização dos Registros em
Prontuário de CAPS” (Apêndice 1).
Importante ressaltar que o prontuário é documento do usuário, sendo direito
deste, requisitar uma cópia a qualquer tempo, conforme descrito no documento
Fornecimento de cópia de prontuário (Apêndice 5).
38
cotidiano e são dividas em 03 modalidades: do RAAS (Registro das Ações
Ambulatoriais de Saúde), além de BPA-C (Boletim de Produção Ambulatorial -
Consolidado) e BPA-I (Boletim de Produção Ambulatorial – Individualizado),
conforme prazos estabelecidos pelo Centro de Controle, Avaliação e Auditoria
(CCAA). O RAAS sistematiza um conjunto de procedimentos sensíveis às
diretrizes de funcionamento do serviço, contemplando ações cotidianas que
objetivam induzir práticas voltadas à consolidação dos princípios e diretrizes da
Política Nacional da Saúde Mental, entre estes, a garantia do direito ao cuidado
de base comunitária e territorial. A descrição das ações e códigos de
procedimentos encontram-se descritos no Apêndice 06.
39
3.7 – Realizar digitação
da RAAS
3.8 – Digitar relatórios
3.9 – Realizar atividade
de recepção do CAPS
3.10 – Apoiar nas
questões de RH
40
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O documento Diretrizes Institucionais dos Centros de Atenção Psicossocial
nasce a partir da necessidade de se resgatar e fortalecer a identidade dos CAPS de
Curitiba, serviços da saúde mental especializados de referência para seus territórios.
Constitui-se como instrumento norteador da prática, promovendo às equipes segurança
e respaldo nas suas ações cotidianas.
Mais importante do que um protocolo que corre o risco de “engessar” o fazer da
clínica ampliada dos CAPS, as Diretrizes legitimam o cuidado em liberdade e a potência
dos CAPS como equipamento estratégico da RAPS. O documento mantém especial
cuidado com a assistência ao usuário de saúde mental, e os inerentes processos de
articulação da Rede de Atenção Psicossocial.
Entende-se que este documento precisa ser revisitado periodicamente, pois
acompanha o cenário histórico e o dinamismo da RAPS, sendo substrato da prática,
fruto de discussões e avanços no cuidado em saúde mental.
No momento atual tal documento passou por duas atualizações e uma revisão,
e espera-se que muitas outras ocorram, pois seu objetivo é alcançar a excelência no
cuidado teórico/prático que reflita na concretização dos pressupostos do modelo de
atenção psicossocial.
41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
LEI 10.216, de 06 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas
portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.
Diário Oficial da União, seção 01, Brasília, DF.
42
APÊNDICE 1
NORMATIZAÇÃO DOS REGISTROS EM PRONTUÁRIOS DE CAPS
PTS - O trabalho no CAPS deve ser norteado pela construção de Projetos Terapêuticos
Singulares (PTS) e os registros dos atendimentos partem do PTS para se analisar
evolução.
EVOLUÇÃO - No prontuário deverão ser registradas informações qualificadas, sobre a
condição clínica do paciente, diagnóstico, medicações prescritas, respostas às
terapêuticas instituídas, progressos, dificuldades e outras informações relevantes ao
tratamento. Os registros deverão ocorrer de acordo com os procedimentos previstos no
sistema de prontuário eletrônico, tais como: Registro administrativo, solicitação de
exames, atendimentos individuais ou em grupo, busca ativa, visitas domiciliares,
conforme o manual do Esaude.
FREQUÊNCIA - Pelo menos uma vez por semana deverá haver registro de algum
profissional da equipe.
USO DO LEITO - Os registros devem ser diários por equipe multiprofissional,
contemplando todos os períodos do tratamento (manhã, tarde e noite).
REGISTROS RETROATIVOS - registrar o dia vigente fazendo menção à data em que
ocorreu a ação.
ALTAS/TRANSFERÊNCIAS DE CUIDADO
43
ENCAMINHAMENTO PARA AD1 – Transferência de cuidados para a US mediante
articulações, para usuários inseridos após acolhimento e que não apresentam critérios
de permanência no CAPS quando realizadas avaliações especializadas. Outra situação
refere-se a usuários que mudaram de endereço e não pertencem mais à área de
abrangência territorial do CAPS.
INTERNAÇÃO EM URGÊNCIA – Usuários encaminhados para UPA e UEP.
INTERNAÇÃO HOSPITALAR – Transferência para Hospital clínico ou psiquiátrico.
ÓBITO - registrar origem da informação e, quando possível, cópia da Declaração do
Óbito.
PERMANÊNCIA – Transferência para leito em CAPS III. No retorno do usuário para o
CAPS de origem é alta clínica, pois concluiu o tratamento no leito.
ORIENTAÇÕES
44
APÊNDICE 2
CAPS
Curitiba, de de .
Assinatura
45
APÊNDICE 3
CAPS - Centro de Atenção Psicossocial
SAE - Sistematização da Assistência de Enfermagem
DATA: Nº 006.007.9.0004
IDENTIFICAÇÃO:
LEITO: DI: / /
Lesões de pele:
BOCA( ) Normal ( ) Língua saburrosa ( ) Lesões ( ) Ressecada ( ) Outro Manhã Tarde Noite
MUCOSAS ( ) Corada ( ) Descorada ( ) Hidratada ( ) Desidratada
Avaliação respiratória:
46
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
47
APÊNDICE 4
48
APÊNDICE 5
FORNECIMENTO DE CÓPIA DE PRONTUÁRIO
49
1. Acolher o usuário que fará a solicitação do prontuário, o qual deverá apresentar
documentação – RG, CPF, procuração registrada em cartório ou certidões;
2. Verificar a documentação;
3. Preencher o Formulário de Solicitação de Prontuário (APÊNDICE 1) e registrar
a solicitação no prontuário;
4. Providenciar a cópia do prontuário;
5. Realizar a entrega da cópia do prontuário, efetuando o preenchimento do
formulário de entrega da cópia do prontuário (APÊNDICE 1);
6. Arquivar o Formulário de Solicitação de Prontuário e demais anexos, no
próprio equipamento de saúde.
50
Prefeitura Municipal de Curitiba
Secretaria Municipal da Saúde
Distrito Sanitário
CAPS
Curitiba, de de
Assinatura do Solicitante
__
Assinatura do Servidor Assinatura do usuário ou representante legal
51
APÊNDICE 6
PROCEDIMENTOS PARA O FATURAMENTO:
Os principais procedimentos realizados no CAPS são:
PROCEDIMENTO PARA CAPS (i, II e III) – Habilitados Instrumento
de Registro
03.01.08.002-0 ACOLHIMENTO NOTURNO DE PACIENTE EM CAPS RAAS
03.01.08.003-8 ACOLHIMENTO EM TERCEIRO TURNO DE PACIENTE EM RAAS
CAPS
03.01.08.004-6 ACOMPANHAMENTO DE PACIENTE EM SERVIÇO RAAS
RESIDENCIAL TERAPÊUTICO
03.01.08.019-4 ACOLHIMENTO DIURNO DE PACIENTE EM CAPS RAAS
03.01.08.020-8 ATENDIMENTO INDIVIDUAL DE PACIENTE EM CAPS RAAS
03.01.08.021-6 ATENDIMENTO EM GRUPO DE PACIENTE EM CAPS RAAS
03.01.08.022-4 ATENDIMENTO FAMILIAR EM CAPS RAAS
03.01.08.023-2 ACOLHIMENTO INICIAL POR CAPS BPA – I
03.01.08.024-0 ATENDIMENTO DOMICILIAR PARA PACIENTES DE CAPS RAAS
03.01.08.025-9 AÇÕES DE ARTICULAÇÃO DE REDES INTRA E INTER BPA – C
SETORIAIS
03.01.08.026-7 FORTALECIMENTO DO PROTAGONISMO DE USUÁRIOS BPA – C
DE CAPS E SEUS FAMILIARES
03.01.08.027-5 PRÁTICAS CORPORAIS EM CAPS RAAS
03.01.08.028-3 PRÁTICAS EXPRESSIVAS E COMUNICATIVAS EM CAPS RAAS
03.01.08.029-1 ATENÇÃO ÀS SITUAÇÕES DE CRISE RAAS
03.01.08.030-5 MATRICIAMENTO DE EQUIPES DA ATENÇÃO BÁSICA BPA – C
03.01.08.031-3 AÇÕES DE REDUÇÃO DE DANOS BPA – C
03.01.08.032-1 ACOMPANHAMENTO DE SERVIÇO RESIDENCIAL BPA – C
TERAPÊUTICO POR CAPS
03.01.08.033-0 APOIO À SERVIÇO RESIDENCIAL DE CARÁTER BPA – C
TRANSITÓRIO POR CAPS
03.01.08.034-8 AÇÕES DE REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL RAAS
03.01.08.035-6 PROMOÇÃO DE CONTRATUALIDADE RAAS
ACOMPANHAMENTO DE PESSOAS ADULTAS COM
03.01.08.037-2 SOFRIMENTO OU TRANSTORNOS MENTAIS RAAS
DECORRENTES DO USO DE CRACK, ÁLCOOL E OUTRAS
DROGAS – UNIDADE DE ACOLHIMENTO ADULTO (UAA)
ACOMPANHAMENTO DA POPULAÇÃO INFANTO JUVENIL
03.01.08.038-0 COM SOFRIMENTO OU TRANSTORNOS MENTAIS RAAS
DECORRENTES DO USO DE CRACK, ÁLCOOL E OUTRAS
DROGAS – UNIDADE DE ACOLHIMENTO INFANTOJUVENIL
(UAI)
MATRICIAMENTO DE EQUIPES DE PONTOS DE ATENÇÃO
DA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA E DOS SERVIÇOS BPA – C
03.01.08.039-9 HOSPITALARES DE REFERÊNCIA PARA ATENÇÃO A
PESSOAS COM SOFRIMENTO OU TRANSTORNO MENTAL
E COM NECESSIDADES DE SAÚDE DECORRENTES DO
USO DE ÁLCOOL, CRACK E OUTRAS DROGAS
Fonte: RAAS PORTARIAS 854, 855, 856, 857 E NOTA TECNICA 42
52
Prefeitura Municipal de Curitiba
Secretaria Municipal da Saúde
Departamento de Atenção à Saúde
Coordenação de Saúde Mental
SETEMBRO/2019
BPA-I
Procedimento 03.01.08.023-2 – Acolhimento Inicial por CAPS.
META PO: 60 procedimentos/mês (CAPS adulto), 30 procedimentos/mês (CAPS infanto-
juvenil).
Primeiro atendimento ofertado pelo CAPS para usuários, por demanda espontânea ou
referenciada, incluindo as situações de crise no território.
Deve ser lançado o procedimento quando o usuário chega ao CAPS para tratamento, seja
pela primeira vez ou não. Não há conflito entre o lançamento desse procedimento para
pacientes que já possuam RAAS. Portanto pode ser registrado acolhimento inicial quando um
usuário que já teve alta (seja por abandono ou outros motivos) retornar ao CAPS para
retomada do tratamento, tantas vezes quantas forem necessárias.
CAPS III devem fazer registro em BPA-I e RAAS (hospitalidade noturna) para pacientes de
leito compartilhado. Anteriormente a orientação era de que o registro no BPA-I deveria ser
realizado apenas pacientes novos (1ª vez no CAPS).
BPA-C
PROCEDIMENTOS BPA-C DEVEM TER REGISTRO COM ASSINATURAS EM LIVRO ATA.
Procedimento 03.01.08.025-9 – Ações de Articulação de Redes Intra e Intersetoriais
META PO: 02 ações/mês
Estratégias que promovam a articulação com outros pontos de atenção da rede de saúde,
educação, justiça, assistência social, direitos humanos e outros, assim como os recursos
comunitários presentes no território.
Quando a ação visar a criação e articulação da rede, por exemplo, reuniões com escolas ou
abrigos para discutir critérios e procedimentos para encaminhamentos e procedimentos para
realização de trabalho conjunto (questões mais gerais que não visem um paciente em
particular).
Exemplos de Ações de Articulação de Redes possíveis nos CAPS:
1. Colegiados (NASF / APS, Rede de Proteção, UAIs etc.)
2. Contatos com equipamentos da rede, presencial com a finalidade de discussão de fluxos
(não cabe contatos para agendamento de usuário no CAPS).
53
Quando a ação realizada visar um paciente em especial, por exemplo, realização de parceria
com o conselho tutelar para discutir o caso de um dos usuários e pensar em articulações
conjuntas com a família, o procedimento deve ser lançado no RAAS do paciente. Ou seja, as
ações devem incluir os usuários e famílias em questão, mais diretamente: 03.01.08.034-8 -
Ações de reabilitação psicossocial.
54
acessar serviços, em situação de alta vulnerabilidade ou risco, mesmo que não se
proponham a reduzir ou deixar o uso de substâncias psicoativas.
Obs.: não confundir com modo de operar / trabalhar no CAPS, sob a perspectiva de
Redução de Danos.
Exemplos possíveis:
1. Articulação com Consultório na Rua para ações em território (atividades em praças e
espaços públicos).
2. Ação de busca ativa em um local de concentração de usuários, ofertados cuidados clínicos
ou iniciado vínculo com ou sem Consultório na Rua ou US.
*Quando paciente for internado em Hospital Psiquiátrico será dada alta no prontuário por
transferência de cuidados e na RAAS. As ações como visita ao paciente no hospital,
atendimento familiar ocorrido no período em que paciente estiver internado e outros – deverão
ser registradas administrativamente no prontuário, mas NÃO se fatura (BPA–C ou RAAS).
55
Procedimento 03.01.08.033-0 – Apoio a serviço residencial de caráter transitório por
CAPS (UAT Port.121/ MS)
Apoio presencial sistemático aos serviços residenciais de caráter transitório, que busque a
manutenção do vínculo, a responsabilidade compartilhada, o suporte técnico-institucional aos
trabalhadores daqueles serviços, o monitoramento dos projetos terapêuticos, a promoção de
articulação entre os pontos de atenção com foco no cuidado e ações intersetoriais e que
favoreça a integralidade das ações.
Esta ação deve ser registrada nos casos em que há UA e/ou CT habilitados no município, por
quantidade realizada.
Obs.: Curitiba não tem UA habilitada pelo Ministério da Saúde, portanto não lançará esse
procedimento. Ações realizadas com UAI (FAS) e Comunidades Terapêuticas (SENAPRED),
devem ser registradas como Articulação de Rede (quando ação geral) ou Reabilitação
Psicossocial (quando específicas de usuário).
RAAS
PROCEDIMENTOS REALIZADOS COM USUÁRIO, DEVEM ESTAR REGISTRADOS EM
SEU PRONTUÁRIO
56
O ato de administrar medicamentos injetáveis em usuários no CAPS deve ser lançado como
“Procedimento 03.01.08.020-8 – Atendimento individual de paciente em CAPS”, pelo
profissional que realizou e somente deverá ser realizado quando fizer parte do PTS. Como
tal, esse ato deve efetivamente constituir-se como um momento de escuta e
acompanhamento do usuário, para além da ação operacional de aplicação do fármaco. O
mesmo se aplica à dispensação de medicação assistida. Nos casos de administração de
medicação que se incluem nas rotinas do acolhimento diurno, de terceiro turno ou noturno no
CAPS, não é necessário informar um procedimento específico, dado que este procedimento
contempla o conjunto das ações de hospitalidade ofertadas nestas situações.
57
Exemplos: teatro, oficina de cinema, oficina de música, coral, jornal, rádio, artesanato, pintura,
rodas de conversa
58
*Este procedimento não será lançado, visto que estamos aguardando maiores
orientações do Ministério da Saúde. As atividades realizadas no período das 18 e 21
horas devem ser lançadas de acordo com a atividade realizada (acolhimento inicial,
atendimentos, grupos etc). Nos casos em que o usuário ficar até mais tarde no CAPS
aguardando, por exemplo, transferência para UPA ou leito de outro CAPS, deve-se
lançar como “Atenção às Situações de Crise”.
59
conflitos, podendo ser realizada no ambiente do próprio serviço, no domicílio ou em outros
espaços do território que façam sentido ao usuário e sua família, favorecendo a construção e
a preservação de vínculos.
Exemplos possíveis:
1. Abordagem ao usuário (no serviço ou outro local) para proceder internamento involuntário
/ compulsório.
2. Ações contensivas no evento agudo (verbais, mecânicas, químicas)
3. Escuta do usuário num momento de crise
4. Primeiro acolhimento de usuário que demandem outros atendimentos e estratégias de
intervenção imediatas (consulta médica, inserção em leito)
5. Permanência do usuário no serviço além do horário de funcionamento normal, quando
estiver aguardando transferência para UPA, Leito de CAPS, Hospital.
60
É sempre uma ação externa ao CAPS, e pode ter características de Acompanhante
Terapêutico. O profissional vai junto com o usuário com a finalidade de promover um
aprendizado.
Exemplos possíveis:
1. Acompanhamento de um ou mais profissionais com usuário em uma ação específica que
necessite apoio (INSS, escola, UAI, CREAS, CRAS, Unilehu etc)
2. Visita domiciliar com a finalidade de apoio à rotina familiar e social comunitária
3. Acompanhamento do usuário em projetos de geração de renda no território
61
APÊNDICE 7
ROTEIRO PARA REALIZAÇÃO DO ACOLHIMENTO
62
APÊNDICE 8
CRITÉRIOS E REGULAÇÃO DO USO DOS LEITOS DE CAPS
(FEVEREIRO/2021)
OBJETIVO: Otimizar e qualificar o recurso de leito nos serviços CAPS III do Município
de Curitiba. Cada leito vago de CAPS III, bem como as previsões de alta, sejam os
destinados para o público adulto quanto para o público infanto juvenil, serão alvo desta
regulação.
FLUXO DA REGULAÇÃO:
Os CAPS III encaminham, por e-mail, diariamente para a CRSM
clpsms@sms.curitiba.pr.gov.br, o panorama dos leitos disponíveis e ocupados no
serviço, bem como as previsões de altas, às 8:00 horas de segunda a sexta-feira.
Os CAPS III, a qualquer tempo, devem informar as altas ocorridas (as quais não
estejam no panorama das previsões de alta) sejam por evasão (seguir protocolo
específico disponível em diretório) e/ou abandono, a pedido, por transferência, etc.
O objetivo da regulação de leitos é liberar as vagas disponíveis em leito para
aqueles que mais necessitam, portanto, a informação das vagas disponíveis é pré
condição para a regulação acontecer.
Os CAPS que possuem usuário(s) que necessita(m) de leito(s) farão a
solicitação via fone 3350 9405, para a CRSM, entre 9:00 horas e 17:00 horas, de
segunda a sexta-feira. Esse contato deverá ser feito pelo coordenador local ou
63
profissional de nível superior do serviço solicitante. A descrição do caso deve conter o
máximo de informações possíveis, incluindo o objetivo que se pretende atingir com o
recurso do leito em CAPS (vide, na sequência, perguntas norteadoras).
Todas as solicitações de leito em CAPS serão reguladas, no entanto, a liberação
da vaga disponível será baseada em critérios de estratificação de risco e
vulnerabilidade, bem como critérios complementares do eixo psicossocial singular do
usuário. Reforça-se assim que, todas as informações relatadas serão consideradas,
mas a liberação da vaga obedecerá ao critério de maior gravidade e necessidade.
Destaca-se que a CRSM não trabalha com reserva prévia de leito.
A vaga em leito será liberada preferencialmente até às 14:00 horas para facilitar
a viabilização do transporte nos casos compartilhados. Nesta situação, ambos os CAPS
serão informados. Mantém-se a responsabilidade entre os eles da troca de informações
do caso, bem como a organização da logística do encaminhamento, incluindo o “kit
leito”.
A vaga deve ser ocupada na data da liberação e a responsabilidade no
monitoramento do trânsito do usuário até a confirmação da chegada no leito é do CAPS
solicitante. Na ocorrência de alguma situação que inviabilize a ocupação da vaga, entrar
em contato com a CRSM para tomada de providências necessárias.
A ambulância ou carro do transporte e equipe não devem ser retidos nos CAPS
III. Na eventualidade do usuário encaminhado não ser aceito pelo CAPS III elencado
para acolhimento:
1) o CAPS III deverá o quanto antes comunicar-se com a CRSM para
providências e avisar o CAPS de origem;
2) Encaminhar justificativa da recusa, via e-mail para a CRSM no mesmo dia
(clpsms@sms.curitiba.pr.gov.br).
64
g) Histórico de ideação e/ou tentativa de suicídio;
h) Se usuário dependente químico: quais substâncias faz uso, em qual
quantidade, com qual frequência e desde quando;
i) Posologia e tempo de uso de medicamentos psicotrópicos e também de
clínicos, se houver;
j) Histórico de internamento psiquiátrico prévio hospitalar ou de
hospitalidade noturna em leito de CAPS, se houver;
k) Se usuário encontra-se em situação de rua ou não;
l) Informações a respeito do cenário contextual que envolve o usuário (suas
condições sócio familiares e vinculação do usuário com o CAPS);
m) Quem é o TR do caso e qual é o período de trabalho do mesmo.
n) Informações referentes a realidade do serviço no momento (RH
desfalcado, especialmente horas médicas).
65
APÊNDICE 9
COMPARTILHAMENTO DE LEITO
1) O paciente admitido em leito precisa ter um planejamento (PTS)
organizado pela Equipe do CAPS de referência, compartilhado com o CAPS de
retaguarda;
2) No momento de compartilhamento de leito deverá ser utilizada a
prescrição médica padrão dos CAPS (Apêndice 4);
3) É necessário que o CAPS de origem encaminhe ficha da SAE preenchida
(Apêndice 3), além do PTS de leito;
4) O usuário acolhido no leito do CAPS de retaguarda será submetido ao
processo assistencial deste serviço;
5) É necessário que o CAPS de origem efetue contato diário com equipe do
CAPS de retaguarda para acompanhamento e discussão do caso.
66
AVALIAÇÃO NO CAPS DE ORIGEM
LEITO DISPONÍVEL
SIM NÃO
67
ACOMPANHAMENTO DOS USUÁRIOS DE LEITO
68
3 Não é permitido o uso de cigarro durante as atividades realizadas no serviço
(atendimentos individuais, grupos e oficinas terapêuticas);
4 Não é permitido relacionamento íntimo nas dependências do serviço;
5 Não é permitido troca de leito/cama sem a autorização prévia da equipe;
6 Um dos profissionais que compõe a equipe será seu Técnico de Referência, este
apoiará diretamente a construção do seu Projeto Terapêutico Singular (PTS), ou seja, a
definição do conjunto de condutas terapêuticas que serão destinadas a você para que
seja possível alcançar os objetivos que o trouxeram até o tratamento;
7 Durante o período de permanência no leito é necessário que ocorra a
participação nos grupos, oficinas e atendimentos de acordo com o PTS;
8 O horário limite das atividades é 23hs;
9 Não é permitido se ausentar do CAPS sem autorização, as solicitações serão
avaliadas pela equipe. Serão autorizados saídas somente em casos de primeira
necessidade, preferencialmente acompanhados por familiares;
10 Não é permitido se ausentar do CAPS Infantil, somente com acompanhamento
de familiar ou responsável;
11 Crianças e adolescentes serão inseridos no leito acompanhados do responsável
legal, casos específicos serão avaliados pela equipe;
12 Durante a permanência no leito é fundamental o respeito e a boa convivência
com colegas e equipe do CAPS sendo essencial para o bem estar de todos;
13 São áreas da equipe técnica: cozinha, lavanderia, posto de enfermagem,
administração e sala de equipe. Sua utilização é permitida desde que autorizados pela
equipe e com acompanhamento de profissional;
14 Recomenda-se realização de rotinas diárias: higiene bucal, banho (até as 8 h00
ou após as 17h00), organização do banheiro e do quarto, troca de roupas pessoais,
auxílio na manutenção da limpeza dos espaços coletivos, descarte correto do lixo;
15 O serviço possui rotina de horário de administração de medicamentos e
monitoramento dos Sinais Vitais, o usuário deve respeitar estes horários estabelecidos
e aceitar a medicação conforme prescrição;
16 O usuário inserido no leito passará por avaliação médica e de enfermagem,
condutas estabelecidas por ambos profissionais devem ser seguidas;
17 Os usuários inseridos no acolhimento noturno se alimentarão das refeições
proporcionadas e com valor nutritivo balanceado fornecidas pelo serviço. Por questões
de higiene o único local permitido para a alimentação é o refeitório. Os pacientes que
tem indicação de dieta deverão aceitar a dieta estabelecida;
69
18 Os usuários podem optar por trazer copos e talheres próprios (exceto faca), tanto
os utensílios próprios quanto os fornecidos pelo serviço devem ser lavados pelo próprio
usuário após o uso;
19 É PROIBIDO armazenamento e CONSUMO de alimentos dentro dos quartos;
20 O usuário deve seguir e respeitar os horários de refeição padronizados pelo
CAPS que está em tratamento;
21 As quantidades de refeições seguem a seguinte distribuição: 1 unidade de
alimento salgado no café da manhã, 1 unidade de marmita no almoço, 2 unidades de
alimento doce no café da tarde e 1 unidade de marmita no jantar. Não é possível solicitar
aumento das quantidades de refeições fornecidas pois as mesmas são indicadas por
nutricionista;
22 Armazenamento de alimento perecível não é de reponsabilidade do CAPS.
Quando família levar deve ser consumido no momento, em casos de sobra deve ser
levado pelo familiar;
23 Os pertences trazidos pelos usuários e familiares para utilização durante o período
de permanência no acolhimento noturno serão revisados na presença da equipe,
conjuntamente e com o consentimento do usuário e/ou de seu familiar, no momento do
acolhimento noturno ou quando necessário;
24 Recomendamos não trazer objetos de valores e NÃO NOS
RESPONSABILIZAMOS pela perda/esquecimento e furto;
25 É PROIBIDO APARELHO CELULAR;
26 Pertences esquecidos/abandonados no CAPS serão encaminhados para
doação após 10 dias com exceção de documentos. A equipe não se responsabiliza por
pertences deixados no CAPS;
27 Os usuários poderão se comunicar via telefone fixo do CAPS com seus familiares
conforme horário estabelecido pelo serviço sendo , tempo de ligação de até
05minutos;
28 Os usuários poderão receber visitas de seus familiares conforme horários
estabelecidos pelo serviço sendo , respeitando o tempo máximo de
permanência de duas horas da visita;
29 Não é permitido receber visitas no ambiente dos quartos/leitos;
30 Necessidades de comunicação fora dos horários e modos previamente
estipulados devem ser combinadas com a equipe e com os profissionais de referência;
31 As ligações recebidas em horário diverso ao combinado serão registradas pela
equipe e o recado será transmitido ao usuário;
32 O usuário deve procurar seu técnico de referência e/ou equipe técnica sempre
que houverem dúvidas quanto aos combinados coletivos;
70
33 Qualquer situação de conflito deverá ser informada ao seu técnico de referência
e/ou equipe técnica que tomará as providências necessárias;
34 Após receber alta do leito o usuário será orientado quanto à continuidade do
tratamento e deverá retirar as prescrições (receitas, orientações, encaminhamentos e
medicamentos não padronizadas trazidas pelo usuário), conforme a necessidade de
cada usuário. O CAPS NÃO FARÁ DISPENSAÇÃO DA MEDICAÇÃO NO MOMENTO
DA ALTA;
35 Após a alta do acolhimento noturno e retirada dos pertences fica restrito o acesso
à área destinada aos usuários do acolhimento noturno;
36 O não cumprimento destes combinados acarretará em reavaliação das
estratégias de cuidado pela equipe podendo haver alta do leito.
Assinatura do usuário:
Curitiba, / / .
ALTA DO LEITO
1) Estabilização do quadro agudo;
2) Autonomia que possibilite a manutenção do tratamento em domicílio-CAPS;
3) Transferência do cuidado – adequado à necessidade do quadro;
4) Impossibilidade de permanência devido à presença de risco (comportamento
antissocial disruptivo sem resposta ao manejo pela equipe, quebra de
combinados).
71
Em casos de leitos compartilhados, caberá a equipe multiprofissional (incluindo
o médico) do CAPS de retaguarda em discussão com o CAPS de referência.
REGISTROS NO E-SAÚDE
72
APÊNDICE 10
PROJETO INSTITUCIONAL
ROTEIRO
73
APÊNDICE 11
SISTEMATIZAÇÃO DAS ROTINAS DE CUIDADO DAS EQUIPES NOTURNAS DOS
CAPS
1. OBJETIVO
2. ABRANGÊNCIA
Aplica-se às equipes noturnas de enfermagem atuantes nos Centros de Atenção
Psicossocial (CAPS) de Curitiba.
3. DEFINIÇÃO/DESCRIÇÃO
Durante o período noturno a equipe de Enfermagem realiza o cuidado aos
usuários inseridos em leito de hospitalidade noturna em momento de crise, necessitando
de uma atenção qualificada e especializada.
Conforme descrito no capítulo 2: A prática do CAPS das Diretrizes
institucionais dos CAPS de Curitiba (pág. 24) os leitos de hospitalidade noturna são
uma estratégia durante o tratamento do usuário para manejo das situações de crise
sendo que os leitos dos CAPS III se constituem como retaguarda para os CAPS II. A
utilização do leito faz parte do PTS do usuário inserido no serviço, sendo a sua indicação
74
dependente do momento psicossocial de cada usuário. A utilização de leitos no CAPS
ocorre através de avaliação da equipe multiprofissional, regulados pela CRSM,
seguindo critérios estabelecidos no documento Critérios e Regulação do uso dos leitos
de CAPS disponíveis nos documentos Diretrizes Institucionais dos Centros de
Atenção Psicossocial – CAPS de Curitibano apêndice 8 (pág. 63).
Passagem de plantão
- É um procedimento obrigatório e de curta duração, sendo o tempo máximo de 20
minutos (tanto quando recebe ou passa o plantão). Nesse momento apenas
informações mais importantes e com brevidade devem ser transmitidas, questões
mais detalhadas devem estar descritas no livro de passagem de plantão e no
prontuário do usuário. A passagem de plantão não é momento de reunião de equipe
tão pouco de discussão de caso, mas sim como o próprio nome diz “passagem” de
um período para o outro.
- A passagem de plantão deve ocorrer a partir das 18h50min e a partir das 06h50min
obrigatoriamente na sala de equipe, com a presença de pelo menos dois (2)
profissionais da equipe noturna que esteja recebendo ou passando o plantão.
1- Avaliação do estado de saúde mental e clínico geral do usuário, bem como sua
evolução;
2- Intercorrências, condutas adotadas e cuidados específicos;
3- Exames, procedimentos, consultas agendadas e pendentes, jejum e condutas
efetuadas;
4- Utilizar nomenclatura adequada, com linguagem clara, direta e objetiva;
- Ser pontual, conforme o horário de entrada no trabalho.
- Manter a conduta ética durante a passagem de plantão.
- Manter organização e a concentração para receber as informações fornecidas pelo
colega.
- Ser cauteloso ao expor situações particulares do usuário que exigem sigilo
profissional.
2/2 h 08h 10h 12h 14h 16h 18h 20h 22h 00h 02h 04h 06h
- Fica estabelecida a aferição dos SSVV, no mínimo, quatro (4) vezes ao dia.
- Usuários em acolhimento noturno que apresentarem intercorrência clínica (sinais de
gravidade e alerta), dor e outras queixas que impliquem em piora das condições de
saúde, os SSVV deverão ser aferidos e registrados de 2/2 horas e mantidos em leito
de observação até a estabilização do quadro.
78
de cada CAPS (COFEN, 2009).
- Os registros deverão conter no mínimo os seguintes itens:
1- Avaliação do Estado de Saúde Mental;
2- Avaliação do Estado de Saúde Clínica;
3- Queixas e condutas adotadas.
Obs: No CAPS Infantil como não possui leito de observação deve ser definido pela
equipe o leito de algum quarto para ser utilizado nessa situação.
Descanso da Enfermagem
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- Legalmente é previsto uma hora de descanso da Enfermagem em plantão noturno.
- NÃO é permitido que os profissionais durmam a noite toda.
- NÃO é permitido que todos os profissionais de plantão realizem o descanso ao
mesmo tempo.
- NÃO é permitido apenas 1 profissional permanecer acordado;
80
Monitoramento
- A equipe deve estar atenta ao porte de Substância Psicoativa - SPA e objetos que
ofereçam risco ao próprio usuário e terceiros, cabendo à equipe manejar tecnicamente
a situação.
- Em casos de evasão de pacientes muito agitados ou agressivos que não é possível à
realização de uma abordagem não é orientado que corra atrás do mesmo na rua para
evitar acidentes e a família do usuário deve ser comunicada imediatamente.
- Realizar o monitoramento e acompanhamento de todos os usuários especialmente em
casos de risco de suicídio, hipersexualidade, auto e heteroagressividade, risco de
evasão, fissura entre outros com as seguintes medidas:
1) Deixar portas dos quartos entre abertas;
2) Intensificar circulação constante da equipe observando e monitorando os
usuários em todos os espaços do CAPS;
3) Em casos de intercorrências decorrentes de suposta negligência os profissionais
estão sujeitos a medidas administrativas: sindicância e processo administrativo
bem como denúncias ao conselho profissional.
- Não é permitido sair do plantão para resolver assuntos pessoais e em caso de extrema
necessidade é necessário comunicar o coordenador do serviço.
- É obrigatório no plantão a presença de minimamente um enfermeiro e um técnico de
enfermagem, o técnico de enfermagem não pode ser supervisionado por outra categoria profissional,
porém é possível compor o plantão com equipe multiprofissional.
- Em casos de eventos adversos o enfermeiro responsável pelo plantão seja ele fixo ou folguista
deverá fornecer ao coordenador local relatório circunstanciado da situação ocorrida.
81
REFERÊNCIAS
82
APÊNDICE 12
FLUXO PARA SOLICITAÇÃO/ACOMPANHAMENTO E EXECUÇÃO DO
INTERNAMENTO DE ADOLESCENTES
SE INTERNAMENTO COMPULSÓRIO
DEFINIR MODALIDADE: (DETERMINAÇÃO EXPEDIDA POR
VOLUNTÁRIO, INVOLUNTÁRIO JUIZ DA INFÂNCIA), REALIZAR
OU COMPULSÓRIO AVALIAÇÃO MÉDICA E ENCAMINHAR
CÓPIA DA DETERMINAÇÃO À CRSM*
AUSÊNCIA OU NEGLIGÊNCIA DO
DEFINIR RESPONSÁVEL LEGAL PARA RESPONSÁVEL, GESTOR DO
ACOMPANHAR INTERNAMENTO. CASO REALIZA N.O. E CONTATO
COM CONSELHO TUTELAR
83
FLUXO PARA ACOMPANHAMENTO DURANTE O PERÍODO DE
INTERNAMENTO DE ADOLESCENTES
84
FLUXO PARA EXECUÇÃO DO INTERNAMENTO DE ADOLESCENTES
SE INTERNAMENTO INVOLUNTÁRIO OU
COMPULSÓRIO O SERVIÇO SOLICITANTE
ACOMPANHA A ABORDAGEM AO USUÁRIO
JUNTO AO SAMU E GUARDA MUNICIPAL
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CREAS Endereço Telefones E-mail
CREAS creassantafelicidade@
Rua Via Vêneto, 2274 3372-1811 / 3374-5932
SANTA fas.curitiba.pr.gov.br
Santa Felicidade – CEP: 82400-020
FELICIDADE
CREAS Rua José Krenchiklova, 555 creastatuquara@fas.
3227-5427 / 3265-8943 curitiba.pr.gov.br
TATUQUARA Tatuquara – CEP: 81480-290
86
APÊNDICE 13
1. Anotações obrigatórias
2. Apresentação ao telefone
A clareza, o conteúdo das falas e a forma como são compartilhadas podem
influenciar o comportamento do paciente. Se o paciente não estiver, procurar
saber qual o melhor horário para retornar a ligação. Se não puder falar no
momento, perguntar quando pode retornar a ligação. Se atender, passar para
o Seguimento.
3. Seguimento
Iniciar o diálogo com perguntas abertas, por ex. “Queremos saber como você
está”. Se o paciente não abordar questões psíquicas, pode-se prosseguir
com a questão: “Como está o seu emocional?”.
Após escuta atenciosa da resposta e acolhimento, passar para perguntas
mais específicas.
4. Perguntas específicas (fechadas)
Combinar como e quando será o novo contato de acordo com o PTS; solicitar
que o paciente ou o familiar anote como compromisso firmado.
Quando forem detectados sinais de instabilidade ou dificuldades de adesão
à terapêutica, formas de contorná-las precisam ser discutidas.
6. Abertura para esclarecer dúvidas
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“Você tem alguma dúvida?”. Quando a solicitação ou dúvida do paciente
ultrapassar o conhecimento da equipe de monitoramento, é válido buscar a
informação e dar o devido retorno ao paciente.
5. Encerramento da ligação e Registro
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