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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFIPMoc

CURSO DE FISIOTERAPIA
DISCIPLINA – FUNDAMENTOS DA SAÚDE MENTAL
PROFESSOR – RICARDO CÂMARA

ANSIEDADE, MEDO DE
SOFRER QUEDAS E IMPACTOS
NA VIDA DE UM IDOSO

Acadêmicas
Ana Paula Silva de Morais
Isabela Miranda Fernandes
Renata Cabral Dias Ramos
▶ As quedas geralmente têm etiologia multifatorial e seus fatores causadores
são classificados como:
▶ INTRÍNSECOS, os decorrentes de alterações fisiológicas relacionadas
ao envelhecimento, a doenças e efeitos causados pelo uso de fármacos; e
▶ EXTRÍNSECOS, que são fatores que dependem de circunstâncias sociais
e ambientais que criam desafios ao idoso.

QUEDAS
▶ Caracterizada como um evento em que o indivíduo vai ao solo sem
intencionalidade, a um nível mais baixo em que ocupava anteriormente, com
ou sem perda da consciência, sem ter a capacidade de corrigir a situação em
tempo hábil (Júnior e Heckman, 2013 apud Silva, 2019).

QUEDAS
▶ Cerca de 30% dos indivíduos com mais de 65 anos de idade caem ao menos
uma vez por ano, dos quais a metade de forma recorrente (Tinetti, 2003, Liu
et al., 2004 apud Maia et al., 2011).
▶ Essa taxa aumenta para 40% entre os idosos com mais de 80 anos e 50%
entre os que residem em instituições de longa permanência.
▶ As mulheres tendem a cair mais que os homens até os 75 anos de idade, a
partir dessa idade as frequências se igualam.
▶ Dos que caem, cerca de 2,5% requerem hospitalização e desses, apenas
metade sobreviverá após um ano. (BRASIL, 2007)

QUEDAS
▶ Fatores de risco:
▶ Idosos com mais de 80 anos;
▶ Sexo feminino;
▶ Imobilidade;
▶ Quedas precedentes;
▶ Equilíbrio diminuído;

QUEDAS
▶ Marcha lenta e com passos curtos;
▶ Baixa aptidão física;
▶ Fraqueza muscular de membros inferiores e membros superiores (hand
grip);
▶ Polifarmácia;
▶ Uso de sedativos, hipnóticos e ansiolíticos,
▶ Alterações cognitivas e doença de Parkinson,
▶ Além de fatores relacionados ao meio ambiente (ambientes inseguros e
mal iluminados, mal planejados construídos, com barreiras
arquitetônicas) além dos comportamentos e atividades.

QUEDAS
▶ Principais consequências decorrentes das quedas,
▶ Fraturas,
▶ Lesões na cabeça,
▶ Ferimentos graves,
▶ Ansiedade, depressão
▶ “Medo de Cair” (medo de subsequentes quedas), que também pode acometer
idosos que nunca caíram.

QUEDAS
▶ Prevalência de queda de 35,7% e a do medo de cair de 43%.
▶ O medo de cair pode desempenhar papel protetor à ocorrência de quedas, à
medida que a baixa autoeficácia para evitar o evento limitaria o idoso à
exposição em situações de grande risco.
▶ Em contrapartida, o medo excessivo é capaz de desencadear um ciclo
vicioso ao levar o idoso à restrição funcional e as suas consequências como
diminuição da força muscular e alterações na marcha, que levariam, por sua
vez, ao aumento do risco de quedas

QUEDAS
▶ Cerca de 30% dos idosos limitam a realização de AVD devido ao medo de
cair (Moreira, 2016 apud Fioritto, Cruz e Leite, 2020).

▶ É provável que sujeitos que relatem dificuldades para andar já apresentem


certo declínio da capacidade funcional e alterações neuromotoras
prejudicando a segurança e eficácia da deambulação e comprometendo a
autoconfiança desses idosos em evitar quedas, gerando uma base para
construção do medo.

QUEDAS
▶O sistema de classificação mais utilizado para o diagnóstico clínico de perturbações
mentais e comportamentais, incluindo perturbações de ansiedade é o "Classificação
Internacional Estatística de Doenças e Problemas de Saúde Relacionados" (CID) da
Organização Mundial de Saúde (OMS).
▶ Em maio de 2019, a OMS aprovou a sua versão mais recente, "ICD-11 for Mortality
and Morbidity Statistics" (CID-11 MMS).
▶ Pela
CID-11 a ansiedade (código MB24.3) é descrita como "apreensão ou
antecipação de perigo ou infortúnio futuro acompanhado por um sentimento de
preocupação, angústia ou sintomas somáticos de tensão".

ANSIEDADE
▶ Segundo o DSM-5, os transtornos de ansiedade são caracterizados por medo
excessivo e persistente, ansiedade, preocupação e/ou comportamento de
fuga.
▶ Podem ser classificados em perturbação de ansiedade generalizada,
perturbação de pânico, perturbação de ansiedade social, perturbação de
ansiedade de separação, agorafobia e fobias.

ANSIEDADE
▶ Segundo o DSM-5, os transtornos de ansiedade são caracterizados por medo
excessivo e persistente, ansiedade, preocupação e/ou comportamento de fuga.
▶ Podem ser classificados em perturbação de ansiedade generalizada,
perturbação de pânico, perturbação de ansiedade social, perturbação de
ansiedade de separação, agorafobia e fobias.
▶ A American Psychiatric Association distingue ansiedade de medo, sendo este
último a resposta emocional a uma ameaça real e iminente, enquanto que a
ansiedade é uma antecipação a uma ameaça futura e imaginária (Xi, 2020).

ANSIEDADE
▶ Ansiedade-estado é uma resposta aguda a uma ameaça iminente, que pode
ser desencadeada por stress agudo.
▶ Ansiedade-traço é crônica, pois é expressa durante a vida do indivíduo,
sendo por isso considerada uma característica da sua personalidade

ANSIEDADE
▶ Uma pessoa sente-se em stress quando esta sente que não tem capacidade ou
recursos para ultrapassar as exigências de uma determinada situação, ou
momento da sua vida.
▶ A primeira e a mais genérica definição de stress foi proposta por Hans
Selye: "O stress é uma resposta inespecífica do corpo perante qualquer
exigência".
▶ Em 1936, Selye apresentou o General Adaptation Syndrome (GAS), para
descrever um padrão de resposta biológica, observado em situações de stress
prolongado ou excessivo (Fink, 2017 apud Guedes, 2020).
▶ O modelo apresentado é caracterizado por três fases: fase de alarme, fase de
resistência e fase de exaustão

STRESS
▶ DISTRESS - caracterizada por um conjunto de sintomas de sofrimento
como, a desesperança, o isolamento e o afastamento social, o conflito e o
negativismo.
▶ EUSTRESS - benéfico e útil tornando-se uma fonte de impulso que ajuda o
indivíduo a tomar decisões e a encontrar soluções para os problemas,
promovendo deste modo o seu desenvolvimento pessoal e aptidões.

STRESS
▶ Diante do exposto fica esclarecido alguns fatores e consequências que
impactam negativamente a vida do idoso por vezes lhe impondo medo, este
instintivo ao ser humano diante dos perigos servindo de proteção, mas que
quando exacerbado se torna patológico podendo levar a um quadro de
ansiedade.

CONCLUSÃO
▶ A ansiedade podem atuar como causa primária ou secundária de quedas.

▶ A antecipação de medos/perigos (ansiedade), estimulando os sistemas


endócrinos (Eixo hipotálamo-hipófise-adrenal) de alerta (cortisol,
adrenalina, noradrenalina), pode proporcionar reações biológicas
inesperadas que somadas aos declínios funcionais da senilidade (redução de
massa muscular, redução acuidade visual e auditiva, etc.) podem se
constituir em quedas

CONCLUSÃO
OBRIGADA PELA ATENÇÃO!

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