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Sistema Esquelético: Esqueleto Axial — Caixa Torácica

@odontobylm

Também chamada de esqueleto do tórax ou tórax ósseo, é o revestimento ósseo do tórax


(popularmente denominado de peito), constando nas costelas (lateralmente), no osso
esterno e nas cartilagens costais (anteriormente), e nas vértebras (dorsalmente). Há 24
costelas (12 pares), que se fixam ao osso esterno por meio das cartilagens costais para
proteger os órgãos do tórax (coração, pulmões, vasos e as estruturas mediastinais).

Anatomia das costelas


-> as costelas são estruturas ósseas, de forma plana e curva, são leves e muito resistentes.
O ser humano possui 12 pares de costelas, no total, e essas são identificadas por números
da superior para inferior e divididas em 3 grupos:
1. Vertebroesternais (verdadeiras): se fixam diretamente ao osso esterno por meio da
cartilagem hialina individual (cartilagem costal). As 7 primeiras costelas fazem parte
desse grupo.
2. Vertebrocondrais (falsas): suas cartilagens se fixam indiretamente ao osso esterno.
Nessas costelas, as cartilagens se fundem e unem-se à cartilagem da sétima
costela, que alcança o esterno e a ele se liga. Elas diminuem gradativamente em
comprimento até o último par. Os três pares de costelas subsequentes fazem parte
dessas costelas.
3. Vertebrais (flutuantes): não se fixam ao osso esterno, possuindo apenas ancoragem
posteriormente às vértebras torácicas.
Importante: são comuns fraturas nas costelas, essas são muito dolorosas. Podem ser resultado de golpes diretos, quedas, acidentes de carro ou
compressão. Caso a fratura for grave, pode haver perfuração dos órgãos internos, como o coração. A profilaxia não prevê imobilização, apenas
repouso e medicamentos analgésicos.
Podem ser consideradas como:
● Típicas (3 e 4): possuem corpo, cabeça, colo e tubérculo. O corpo da costela
(diáfise) compõem a maior parte da costela e, posteriormente, ao tubérculo,
observa-se uma mudança em sua curvatura formando o ângulo costal. Na parte
interna da borda inferior, há o sulco da costela, onde atravessam os vasos
sanguíneos e os nervos intercostais. A cabeça possui o formato em cunha e é a
parte posterior da costela, que se articula às vértebras. Possui duas faces e
articula-se com o corpo de uma vértebra torácica ou entre corpos vertebrais
adjacentes. O colo é a porção estreitada da costela. O tubérculo segue o colo e
estende-se posteriormente. Logo, temos o ângulo, onde a costela forma um arco no
sentido anterior para ligar-se a cartilagem costal. Na parte interior do tubérculo há
uma face articular que é junta do processo transverso da vértebra torácica para
formar articulações costovertebrais. A parte não articular do tubérculo se prende ao
processo transverso de uma vértebra de ligamento.
● Atípicas (1, 2, 5 e 7): a 1 é mais larga, mais curta e mais curva das 7 costelas
verdadeiras. Possui uma face articular em sua cabeça para a articulação apenas
com a vértebra T1 e dois sulcos transversais na face superior para os vasos
subclávios. Os sulcos são separados pelo tubérculo do músculo escaleno anterior,
ao qual está fixado o músculo escaleno anterior. As costelas 5 a 7 possuem apenas
uma face articular em suas cabeças e articulam-se apenas com 1 vértebra. As
costelas 6 e 7 são curtas, não possuem colo nem tubérculo. Já a costela 2 tem o
corpo mais fino, menos curvo e é bem mais longa que a costela 1. A cabeça tem
duas faces para a articulação com os corpos das vértebras T1 e T2. Possui uma
área rugosa na face superior, a tuberosidade do músculo serrátil anterior, na qual
tem origem parte desse músculo.

Divisão anatômica das costelas.


A maior parte das costelas tem dois pontos principais de articulação com as vértebras
torácicas:
1. Quando a cabeça se articula com os corpos vertebrais adjacentes com os corpos
vertebrais adjacentes, por meio da faceta articular superior da vértebra inferior e da
faceta articular inferior da vértebra superior.
2. A outra articulação é no tubérculo, que se articula com os processos transversos da
vértebra inferior.
Espaços intercostais: acomodam os músculos intercostais, nervos e vasos sanguíneos, e se
encontram entre as costelas (separando elas e suas cartilagens costais umas das outras e
são nomeados de acordo com a costela que forma a margem superior do espaço. No total,
existem 11 espaços intercostais, ocupados por músculos e membranas intercostais e dois
conjuntos de vasos sanguíneos e nervos intercostais. A exceção ocorre no espaço abaixo
da costela 7, chamado de espaço subcostal, que é precedido por outra costela. São
utilizados como acesso cirúrgico aos pulmões e outras estruturas na cavidade torácica.
Anatomia do Osso Esterno
● Esterno: osso plano com 15cm de extensão, localizado na linha média anterior do
tórax. Lembra uma espada e possui três partes principais:
○ Manúbrio (punho de espada): osso largo e triangular, que está localizado na
parte superior do esterno e que se articula com as clavículas, com a primeira
costela e com a parte da segunda costela.
■ Incisura jugular (supraesternal): é a reentrância rasa na margem
superior do manúbrio e fica entre as incisuras claviculares que se
articulam com as extremidades mediais das clavículas para formar as
articulações esternoclaviculares.
○ Corpo: possui formato alongado e fica na parte média do tórax. Apoia-se na
parte inferior do manúbrio e estende-se inferiormente ao longo da linha
mediana, representando a maior parte do esterno.
○ Processo xifoide: menor parte do esterno e fica na parte inferior e é a menor
parte do esterno. Durante a lactância e a infância, esse processo consiste em
cartilagem hialina e se ossifica completamente até em torno dos 40 anos.
Não há costelas ligadas a ele. Mas fornece fixação para alguns músculos
abdominais, como os músculos diafragma e reto do abdome.
esqueleto do tórax.

Fora isso, o esterno tem três pontos de referências anatômicas:


● Incisura jugular (supraesternal): é perceptível ao toque e se encontra na
borda superior do manúbrio. Acomodada no disco intervertebral, entre a
terceira e a segunda vértebras torácicas. É escavada pelas extremidades
esternais (mediais) das clavículas, que são maiores que as incisuras
claviculares, pequenas no manúbrio que as recebe, formando as articulações
esternoclaviculares.
● Ângulo do esterno: local onde o manúbrio se articula com o corpo do
esterno. Pode ser apalpado como uma proeminência na região anterior ao
esterno.
● Articulação xifoesternal: união do corpo do esterno e o processo xifóide.
Anterior a nona vértebra torácica e indica o limite inferior da parte central da
cavidade torácica, projetado sobre a parede anterior do corpo.

Funções das costelas e do osso esterno como elementos integrantes da caixa


torácica
O formato da caixa torácica proporciona rigidez e permite formar uma caixa protetora em
torno de órgãos vitais da cavidade torácica, protegendo o coração , os pulmões, os grandes
vasos, o timo e outras estruturas abdominais contra impactos, o que previne lesões. Serve
como regiões de interseção para os músculos envolvidos com:
● Respiração: os músculos intercostais são responsáveis por elevar e deprimir as
costelas durante a respiração. Uma costela típica atua como se fosse a alça de um
balde, moderadamente inclinada para baixo em relação ao plano transversal. Seu
rebaixamento causa uma força no sentido interno, enquanto sua elevação ocasiona
uma movimentação no sentido externo. Movimenta o esterno no sentido posterior
(para dentro), enquanto sua elevação o movimenta no sentido anterior (para fora).
Dessa forma, o movimento das costelas altera a largura e a profundidade da caixa
torácica, aumentando ou diminuindo o volume da cavidade.
● Posicionamento da coluna vertebral e a movimentação do cíngulo do membro
superior: sustentam a cintura escapular e os membros superiores, fornecendo
pontos de ligação para muitos músculos do pescoço, do peito e dos ombros.
O ângulo do esterno é o melhor parâmetro a ser utilizado no passo inicial e deve ser
palpado como uma proeminência na região anterior do esterno, onde o manúbrio se articula
com o corpo do esterno. Após isso, deve-se deslocar o dedo para o lado para identificar o
segundo par de costelas. Deslizando o dedo para baixo, pode-se identificar as demais
costelas e espaços intercostais.
radiografia simples do tórax normal
A ausculta cardíaca é realizada em pontos do tórax onde os sons são produzidos pelo
fechamento das valvas cardíacas, possuem uma audibilidade menor, apesar de não
corresponderem à região anatômica das valvas. Essas áreas são chamadas de focos de
ausculta. Para localização desse foco são usados espaços intercostais como:
● Foco mitral, fica no cruzamento do quinto espaço intercostal esquerdo com a linha
hemiclavicular;
● Foco tricúspide, localizado na base do apêndice xifóide;
● Foco aórtico, fica no segundo espaço intercostal, à direita, junto ao esterno;
● Foco pulmonar, localizado no segundo espaço intercostal, à esquerda, junto ao
esterno.

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