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GRANDES

CONSTITUIÇÕES
ESCOCESAS
(Antigos Estatutos,
Institutos,
Regulamentos
e Resoluções do Escocismo Universal)

SUPREMO CONSELHO DO BRASIL DO


GRAU 33 PARA O RITO ESCOCÊS
ANTIGO E ACEITO

Fundado em 12 de novembro de 1832, por Francisco Gê Acaiaba de


Montezuma, Visconde de Jequitinhonha

2017

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ESTE EXEMPLAR SÓ SERÁ CONSIDERADO
AUTÊNTICO QUANDO LEVAR A RUBRICA DO
SOB ∴ GR ∴ CHANC ∴ DO S ∴ I ∴

Sob∴ Gr∴ Chanc∴ do S∴I∴

2
CONSTITUIÇÕES, ESTATUTOS, INSTITUTOS E
REGULAMENTOS GERAIS MAÇÔNICOS

Em conseqüência da deliberação do 6º dia da 3ª semana da 7ª


lua da era hebraica 5762, ou 1762 da era vulgar, são estes
Regulamentos, Constituições ratificados para serem observados pelo
Soberano Grande Consistório dos Sublimes Cavaleiros Príncipes da
Maçonaria, e por todos os Conselhos regularmente constituídos nos
dois hemisférios, transmitidos ao Muito Ilust∴ Ir∴ de Grasse Tilly,
Grande Inspetor de todas as Lojas nos dois mundos.
É indubitável que a Ordem tem recebido inúmeros benefícios
dos assíduos trabalhos dos Sublimes Cavaleiros Príncipes da
Maçonaria; todo cuidado e precauções devem ser dados para
sustentar-lhe a dignidade, conservar duradouras as boas máximas e
torná-la ilesa dos abusos que pode a depravação do século nela
introduzir.
Ainda que tenha a Ordem Real e Sublime sempre sido com
aplausos e glória sustentada pela prudência de suas Constituições
secretas, tão antigas como o mundo, todavia torna-se indispensável
fazer nelas reformas acomodadas ao tempo em que vivemos.
Muito diversa era a maneira de viver de nossos antigos
patriarcas, que foram educados nos seios da perfeição, em que nosso
país foi pelas mais perfeitas mãos criado.
Naqueles tempos felizes, a pureza, a inocência e a candura
guiavam o coração naturalmente pela senda da justiça e da perfeição;
porém a perversão dos costumes, causada pelas desenvolturas do
coração e espírito humano, destruindo, com o volver dos tempos,
todos os germes da virtude, fez com que a inocência e a candura
tenham insensivelmente desaparecido e deixado a espécie humana
nos horrores da miséria, da injustiça e da imperfeição.
A corrupção não foi contudo geral; Antigos Patriarcas,
Primeiros Cavaleiros escaparam aos numerosos cachopos que lhes
ameaçavam naufrágio, e conservaram-se naquele estado feliz de
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justiça e perfeição que têm, de idade a idade, transmitido, revelando
os sacros mistérios àqueles que julgavam dignos e os quais permitiu
o Eterno que fossem iniciados.
Conseqüentemente, para conservarmo-nos, assim como todos
os Cavaleiros Sublimes Príncipes nossos irmãos, neste feliz estado e
por seu Conselho, resolveu-se, quis-se e determinou-se que além das
Antigas e Secretas Constituições da Augusta Ordem dos Sublimes
Príncipes, o que será sempre e restritamente observado e nunca
comunicado aos profanos cristãos, nem mesmo aos maçons abaixo
dos graus de Cavaleiro do Real Arco, Príncipe Adepto e de
Comendador da Águia Negra; e, por meio desta precaução, conhecer-
se se os irmãos assim admitidos possuem as qualidades necessárias
ao Grau Sublime.
As presentes Constituições e Regulamentos devem ser
executados e guardados em todos os pontos e artigos, como para
adiante se vê.

ARTIGO I
Como é a religião um culto de deveres necessariamente devidos
a Deus todo Poderoso, pessoa alguma será nos mistérios sagrados
deste grau sublime iniciada, sem que seja submissa aos deveres da
religião do país cujos Venerandos Príncipes devem ter recebido, e
isto deverá ser certificado por três Cavaleiros Príncipes; que seja
filho de pais livres; que goze de uma reputação a toda prova; que
tenha como tal sido admitido nos precedentes graus da Maçonaria, e
tenha dado sempre provas de obediência, submissão, fervor, zelo e
constância, a fim de que seja livre de contrair as obrigações da
Venerável Cavalaria, quando for admitido ao grau sublime da suprema
perfeição e, por conseqüência, capaz de cumpri-las com exatidão, e
obedecer ao Grão-Soberano Comendador, seus Oficiais e ao de
Poderoso e Soberano Grande Eleito dos Sublimes Príncipes
Congregados.

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ARTIGO II

A Arte Real, ou a Sociedade dos Maçons Livres e Aceitos, é


dividida por ordem em vinte e cinco graus conhecidos e aprovados;
o primeiro é inferior ao segundo; este ao terceiro, e assim por diante,
sucessivamente até ao vigésimo quinto, que é o sublime o último
grau, que tem poderio sobre todos os outros, sem exceção.
Todos os graus são distribuidos em sete classes, pelas quais
não se pode deixar de passar, nem de seguir exatamente a ordem,
tempos e distância entre cada grau, divididos por números misteriosos,
como sejam:

1ª Classe compreendendo 3 graus:

1º - Para se chegar ao grau de Aprendiz sujeito ao Companheiro,


exigir-se-ão..........................................................................3 meses
2º - O Companheiro e o Aprendiz estão sujeitos ao Mestre; para
s e chegar de Aprendiz ao de Companheiro, exigir-se-
ão..............................................................................................5 meses
3º - O Mestre e os graus precedentes estão sujeitos ao 4º, e para passar
do grau de Companheiro ao de Mestre, serão
necessários...........................................................................7 meses
Total...................................................................................15 meses

2ª Classe compreendendo 5 graus:


4º - Para chegar ao grau de Mestre Secreto............................3 meses
5º - De Mestre Perfeito............................................................3 meses
6º - De Secretário Íntimo........................................................3 meses
7º - De Preboste e Juiz.............................................................5 meses
8º - De Intendente...................................................................7 meses
Total.................................................................................21 meses

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3ª Classe compreendendo 3 graus:
9º - De Mestre Eleito dos Nove.............................................3 meses
10º - De Ilustre Eleito dos Quinze...........................................3 meses
11º - De Sublime Cavaleiro Eleito..........................................1 mês
Total......................................................................................7 meses

4ª Classe compreendendo 3 graus:


12º - De Grão-Mestre Arquiteto...............................................1 mês
13º - De Cavaleiro da Real Arca...........................................3 meses
14º - De Grande Eleito.............................................................1 mês
Total..............................................................................5 meses

5ª Classe compreendendo 5 graus:


15º - De Cavaleiro do Oriente.......................................................1 mês
16º - De Príncipe de Jerusalém.....................................................1 mês
17º - De Cavaleiro do Oriente e Ocidente.......................................3 meses
18º - De Soberano Príncipe Rosa-Cruz.......................................1 mês
19º - De Grão-Pontifície, Mestre ad vitam...............................3 meses
Total...................................................................................9 meses

6ª Classe compreendendo 3 graus:


20º - De Grão-Patriarca Noachita............................................3 meses
21º - De Grão-Mestre da Chave da Maçonaria.......................3 meses
22º - De Príncipe do Líbano ou Cavaleiro do Real Machado...3 meses
Total...................................................................................9 meses

7ª Classe compreendendo 3 graus:


23º - De Soberano Príncipe Adepto......................................5 meses
24º - De Grão-Comendador da Águia Negra.......................5 meses
25º - De Soberano Príncipe do Real Segredo........................5 meses
Total.................................................................................15 meses

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Todos estes graus, nos quais se deve iniciar em um misterioso
número de meses para chegar-se a cada grau sucessivamente,
perfazem o número de 81, 8 e 1 fazem 9, como 8 e 1 exprimem 81,como
9 vezes 9 são 81; todos números perfeitos, e muito diferentes de 1 e 8,
que fazem 9, como 1 e 8 compõem 18, como 2 vezes 9 são 18;
porquanto há números imperfeitos, e esta combinação é imperfeita;
porém um franco-maçom, que tem preenchido o seu tempo, colhe ao
fim a rosa maçônica.
Porém , se em alguma ocasião, tiver um Irmão faltado ao
zelo e obediência, não poderá alcançar grau algum, até que se mostre
submisso, implore vênia de seu erro e prometa extrema exatidão e
exemplar submissão, sob pena de ser excluído para sempre e de ter
seu nome riscado dos verdadeiros e legítimos Irmãos.

ARTIGO III
O Soberano Grão-Consistório dos Sublimes Príncipes do Real
Segredo é composto de todos os Presidentes dos Conselhos
Particulares e regularmente instituídos nas cidades de Paris e
Bordeaux, o Soberano dos Soberanos, ou seu Deputado Geral ou seu
representante, à sua testa.

ARTIGO IV
O Soberano Grão-Consistório dos Sublimes Príncipes do Real
Segredo congregar-se-á quatro vezes por ano, chamar-se-á Grão-
Conselho trimestral de Comunicação, que será feito em 25 de junho,
21 de setembro, 21 de março e 27 de dezembro.

ARTIGO V
No dia 25 de junho, será composto o Soberano Grão-
Consistório de todos os Presidentes dos Conselhos Privados de París
e Bordeaux, ou de seus representantes, neste dia somente, com os
dois Príncipes Grandes Oficiais, que são os Ministros de Estado
Generais do Exército, que têm unicamente o direito de propor sem
voz deliberativa.

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ARTIGO VI
Todos os anos, em 27 de dezembro, o Soberano Grão-
Consistório nomeará 16 Oficiais, a saber:
1 Representante do Lugar-Tenente Grão-Comendador.
2 Grandes Oficiais, que são o Grande Orador e o General do
Exército.
1 Guarda dos Selos e dos Arquivos.
1 Grão-Secretário Geral.
1 Secretário para Paris e Bordeaux.
1 Secretário para as províncias e países estrangeiros.
1 Grande Arquiteto Engenheiro.
1 Grão Médico-Hospitaleiro.
7 inspetores, que se reunirão sob as ordens do Soberano dos
Soberanos Príncipes, Presidentes ou seu substituto geral,
completando o número 17, a que, irrevogalvemente, ficará
fixado o número dos Oficiais do Soberano Grão-Consistório
dos Sublimes Príncipes do Real Segredo, os quais serão
escolhidos dentre os Príncipes do Conselho Privado dos
Príncipes de Jerusalém, regularmente instituído em Paris e
Bordeaux; e, na falta de Soberanos e Sublimes Grandes
Cavaleiros, para completar o número, o Soberano dos
Soberanos Príncipes, ou seu deputado Geral, fará nomear outro
em um Grande Consistório Congregado, composto pelo menos
de 18 Príncipes Presidentes do Consistório Particular de Paris
e Bordeaux.

ARTIGO VII
Cada Grande Oficial ou Dignitário do Grão-Consistório terá
uma patente da dignidade para a qual tiver sido nomeado, e nesta se
marcará a duração de suas funções, assinada por todos os Grandes
Oficiais e pelos do Soberano Grão-Consistório dos Sublimes Príncipes,
timbrada e selada.

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ARTIGO VIII
Além das quatro assembléias de comunicação, far-se-á, nos
dez primeiros dias de cada mês, pelos Grandes Oficiais Dignitários
do Soberano Grão-Consistório dos Príncipes Sublimes, um conselho
para regulamentar os trabalhos gerais e parciais da Ordem, salvo a
apelação ao Grande Conselho.

ARTIGO IX
Na assembléia do Grande Conselho de Comunicação, assim
como no Conselho Privado, todos os negócios serão decididos à
pluralidade de votos; terá dois votos o Presidente, e os demais
membros um.
Se nesta assembléia for um membro admitido, por dispensa,
ainda que seja Príncipe Sublime, membro de Grão-Consistório, não
terá voto, e não dará o seu assentimento sem permissão do Presidente.

ARTIGO X
Todos os negócios, levados ao Soberano Grão-Consistório
dos Sublimes Príncipes, serão aí decididos, e os regulamentos
executados; salvo a ratificação ao próximo Conselho de
Comunicação.
ARTIGO XI
Quando se congregar o Grande Conselho de Comunicação, o
Grande Secretário será obrigado a levar todos os registros correntes
e dar conta de todas as deliberações e regulamentos feitos naquele
trimestre, para serem aprovados; e, se derem obstáculos à sua
aprovação, nomear-se-ão nove Comissários, perante os quais os
opositores dirão, por escrito os motivos por que se opõem, para que
se possa igualmente responder por escrito, e que segundo o parecer
dos ditos Comissários, seja submetido à consideração do Grande
Conselho de Comunicação seguinte e, no intervalo desta deliberação
e do supramencionado regulamento, serão por ordem executados.

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ARTIGO XII
O Grande Secretário Geral terá um registro para Paris e
Bordeaux e outro para as províncias e países estrangeiros, contendo
os nomes dos Conselhos particulares por ordem de antiguidade, a
data de suas constituições, o estado de seus nomes, graus, dignidades,
qualidades civis, e residência dos membros, conforme aos enviados
pelos nossos Inspetores ou seus Deputados, e o direito de precedência
de cada Conselho; outrossim, o número das Lojas regulares de
Perfeição, estabelecidas sob o governo dos nossos Inspetores ou do
Consistório dos Sublimes Príncipes; o título das Lojas, a data das
suas constituições, o estado de seus; títulos, graus, ofícios, dignidades,
qualidades civis e residência dos membros, conforme aos que forem
dados pelos nossos Inspetores ou seus Deputados.
No Grande Conselho de Comunicação, marcar-se-á o dia de
recepção do Presidente nos Conselhos Particulares.

ARTIGO XIII
O Grande Secretário terá particularmente um registro,
contendo todas as deliberações e regulamentos feitos pelo Grande
Conselho de Comunicação trimestral, e neste mencionar-se-ão todos
os negócios expedidos no supradito Conselho, todas as cartas
recebidas, o objeto e a resposta.
ARTIGO XIV
O Grande Secretário escreverá, à margem das petições, cartas
e memórias que forem lidas ao Conselho, o resumo da resposta
convencionada e, depois de a redigir, a fará assinar pelo Grande
Inspetor Geral ou seu Deputado, pelo Secretário da jurisdição e pelo
Guarda-Selos; ele a assinará, timbrará, selará e remeterá, ele mesmo.
Contudo, como não pode este trabalho ser feito no tempo da
sessão do Conselho, e como pode ser algumas vezes perigosa e demora
das cartas até ao próximo Conselho, fará a minuta da resposta, para
que se possa ler no próximo conselho, e remeterá tudo que for relativo
ao Guarda dos Arquivos, para que o Sublime Grão-Consistório faça
as correções que julgar convenientes.
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ARTIGO XV
O Consistório Particular, ou das cidades de Paris e Bordeaux,
os das províncias, ou de qualquer outro lugar, não poderá mandar
constituições e regulamentos, salvo se forem autorizados, timbrados
e selados pelo Soberano Grão-Consistório, o Grande Inspetor ou
seu Deputado.
ARTIGO XVI
O Grande Guarda dos Selos e Timbres não poderá timbrar e
selar carta alguma, sem que seja primeiramente assinada pelo
Secretário Geral e por dois Secretários de diferente jurisdições; não
poderá selar, nem timbrar regularmente algo, sem que seja assinado
pelo Grande Inspetor ou seu Deputado e pelos três supraditos
Secretários; não poderá timbrar nem selar constituição alguma, sem
que seja previamente assinada pelos três supraditos Grandes
Secretários e outros Príncipes, em número de sete, ao menos, membros
do Grão-Consistório dos Sublimes Príncipes.

ARTIGO XVII
O Grande Tesoureiro, que deve ser conhecido por homem de
fortuna, encarregar-se-á de todos os fundos que forem recebidos para
o interesse do Soberano Grão-Consistório, ou dados em forma de
caridade.
Fará um registro circunstanciado de todas as receitas,
despesas e caridades, distintamente estabelecidas e da maneira por
que se têm expedido estes fundos, os empregados no uso do Soberano
Grão-Consistório; e os destinados a atos de beneficência serão
conservados separadamente.
Dar-se-á um recibo por cada soma, que designará o número
da folha do registro, e não pagará quantia alguma sem ordem escrita
do Presidente e de dois Grandes Oficiais do Soberano Grão-
Consistório.

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ARTIGO XVIII
Na primeira assembléia do Grão-Consistório, depois do dia
27 de dezembro, o Grande Tesoureiro dará contas.

ARTIGO XIX
Nenhum mandato poderá ser adjudicado ao Tesoureiro, senão
pelo Presidente, ou os dois Grandes Vigilantes; e depois de uma
resolução do Grão-Consistório, que será na dita ordem mencionada;
não se tocará nos fundos para banquetes e estes serão pagos à custa
de todos os Irmãos em comum.

ARTIGO XX
Se algumas memórias, petições e queixas forem levadas
perante o Grão-Consistório, por um Conselho Particular, cujo
Presidente for membro, ele não poderá dar seu voto, nem mesmo
parecer, salvo se for pelo Presidente do Soberano Grão-Consistório
pedido.
ARTIGO XXI
Os Grandes Inspetores Deputados, ou os dois primeiros
Grandes Oficiais, poderão ser removidos somente pelo Grande
Conselho de Comunicação trimestral dos Príncipes do Real Segredo,
por legítimas razões postas em deliberação, quando houver contra
ele provas evidentemente demonstradas; porém, os supracitados
Oficiais poderão demitir-se no Grão-Consistório. Os Grandes
Inspetores Deputados não podem ser substituídos senão por nomeação
do Soberano dos Soberanos, e do muito poderoso Presidente do Grão-
Conselho trimestral.
ARTIGO XXII
O Grão-Consistório visitará os Conselhos Particulares, assim
como as Lojas de Perfeição pelos Deputados Inspetores, ou, em seu
lugar, por aqueles para isso nomeados, que darão por escrito, conta
ao Secretário Geral, de tudo o que se passar, para instruir o Soberano
Grão-Consistório do que se passar nos ditos conselhos ou Lojas de
Perfeição.
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Os Inspetores ou Deputados verão os seus trabalhos,
regulamentos, constituições, e os catálogos dos ditos conselhos e Lojas
de Perfeição, e de tudo farão processo verbal, que será, pelos Oficiais
Dignatários dos conselhos e Lojas de Perfeição, ou outros quaisquer,
assinado, o que comunicarão ao Soberano Grão-Consistório o mais
breve possível, endereçando-se ao Grande Secretário Geral.

ARTIGO XXIII
Quando o Grão-Consistório estiver regulamente organizado,
sete membros serão suficientes para abrir os trabalhos à hora indicada,
e os regulamentos que forem feitos e passados à pluralidade de votos
terão força de lei, como se os outros membros estivessem presentes,
exceto em caso de necessidade, em que o Grande Inspetor ou seu
Deputado pode proceder aos trabalhos com três membros.

ARTIGO XXIV
Se, na reunião do Grande Conselho, algum membro se
apresentar de uma maneira indecente, embriagado, ou cometer algum
desatino, que possa destruir a harmonia que deve reinar nestas
respeitáveis Lojas, será, pela primeira vez, repreendido; na sugunda,
multado, e pagará imediatamente a multa; e, pela terceira vez, será
privado de sua dignidade; e se a maioria do Soberano Grão-
Consistório for pela expulsão, ele será expulso.

ARTIGO XXV
Se no Grão-Consistório houver um membro culpado das ofensas
mencionadas no precedente artigo, será, pela primeira vez, condenado
a pagar uma multa, que imediatamente lhe será imposta; pela segunda,
será expulso por um ano da assembléia geral, e, no espaço deste
tempo, privado das suas funções no Consistório e na Loja que for
membro; e pela terceira, será para sempre excluído: se for Presidente

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de algum Conselho ou Loja, será deposto, nomear-se-á outro
Presidente em seu Conselho ou Loja, de qualquer grau que seja.

ARTIGO XXVI
O Soberano Grão-Consistório reconhecerá somente como
Conselhos Regulares ou Lojas de Perfeição os que forem regularmente
por ele constituídos, ou pelos Grandes Inspetores ou seus Deputados;
o mesmo será a respeito dos Cavaleiros Príncipes Maçons, e Grandes
Eleitos Perfeitos que forem recebidos por algum Conselho ou Loja,
que esteja competentemente autorizado.

ARTIGO XXVII
Todas as petições ao Grão-Consistório, para obter
constituições ou estabelecer e regular um Conselho ou Loja, serão
entregues a saber: para uma província, aos Inspetores da mesma
jurisdição, que para isso nomearão quatro Comissários para tomar
todas as informações a respeito: para esse fim mandarão ao Inspetor,
ou ao seu Deputado, na supradita jurisdição, uma lista exata dos
membros que requereram a criação de um Conselho ou Loja de
Perfeição; para que, segundo as informações dos ditos comissários,
ou do Grande Inspetor, ou seu Deputado possa o Soberano Grão-
Consistório deliberar sobre o pedido dos ditos membros. Quando for
para um país estrangeiro, os Grandes Inspetores poderão, em sua
jurisdição, criar, constituir, proibir, revogar e remover conforme lhes
parecer prudente; do que mandarão um processo verbal, e participação
ao Soberano Grão-Consistório, na ocasião mais favorável, tudo
quanto houverem feito. Os supraditos Inspetores conformar-se-ão às
leis e costumes, bem como às instruções secretas do Soberano Grão-
Consistório. Terão liberdade de escolher os Deputados nos seus
trabalhos, para os pôr em andamento, e autorizá-los por cartas
patentes, que terão força e valor.

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ARTIGO XXVIII
O Soberano Grão-Consistório não concederá constituições
para estabelecer uma Loja Real de Perfeição, exceto aos Irmãos que
tiverem ao menos o grau de Príncipe de Jerusalém e para o
estabelecimento de um Conselho de Cavaleiro do Oriente e Ocidente.
Porém, para o estabelecimento de um Conselho de Príncipe de
Jerusalém, o Irmão deve ter indispensavelmente o grau de Sublime
Cavaleiro Príncipe Adepto, e provar, por títulos autênticos, Ter sido
legítima e regularmente recebido, e que tem sempre tido vida honesta,
livre de censura, por uma reputação e comportamento a toda a prova,
bem como de ter sido sempre obediente aos decretos do Grão-
Conselho dos Príncipes dos quais anseia ser chefe.

ARTIGO XXIX
O Soberano Grão-Consistório dos Príncipes Sublimes não
concederá novas patentes nem constituições para Paris e Bordeaux,
província ou país estrangeiros, senão dando um recibo do Tesoureiro,
da soma de 24 schillings, para o pagamento das pessoas empregadas
nesta obra. Os Grandes Inspetores dos Orientes estrangeiros
conformar-se-ão no mesmo caso, farão as viagens que tiverem de
fazer, e serão pagos de todas as despesas; além disto não eximirão
de comissões, nem de poderes a algum Irmão; sem que primeiro assine
sua submissão no registro do Grande Inspetor Geral ou do seu
Deputado; e nas províncias e países estrangeiros, nos dos nossos
Inspetores e Deputados. Será mesmo conveniente que a dita
submissão seja escrita e assinada pelo mesmo Irmão.

ARTIGO XXX
Se os Inspetores ou Deputados julgarem necessárias visitas
em algum lugar dos dois hemisférios, seja o Grande Conselho dos
Príncipes de Jerusalém, o Conselho dos Cavaleiros do Oriente, da
Real Arca, ou da Perfeição, ou qualquer outro, apresentar-se-ão
decorados com as suas insignias, ou na porta do Grande Conselho
dos Príncipes de Jerusalém, Grandes Cavaleiros da Águia Negra ou

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Consistório dos Príncipes Adeptos, ou, enfim, a qualquer outro; serão
recebidos com todas as honras que lhes são devidas, e gozarão em
toda parte dos seus privilégios e prerrogativas. O Inspetor e seu
Deputado, bem como os Cavaleiros Príncipes Maçons, quando
visitarem uma Loja Real, de Perfeição, ou outra qualquer, o Poderoso
Grão-Mestre, o Venerável de uma Loja Simbólica, mandará cinco
Oficiais Dignitários para introduzir o Príncipe Inspetor ou seu
Deputado, com as honras abaixo destinadas.

ARTIGO XXXI
Os Príncipes de Jerusalém, sendo os mais esforçados chefes
da Maçonaria renovada, serão com todas as honras recebidas, e
gozarão de todos os privilégios, em todas as Lojas e Capítulos:
outrossim, todos os Conselhos dos Cavaleiros do Oriente, onde farão
sua entrada triunfante da maneira seguinte:
1º Os Príncipes de Jerusalém têm a competência de anular e
revogar tudo o que se tiver feito em Conselho dos Cavaleiros do
Oriente, assim como nas Lojas de Real Perfeição e outras de qualquer
grau que seja, quando não forem conforme as leis e determinações
da Ordem, contanto que não esteja presente algum Sublime Príncipe
de grau superior.
2º Quando um Príncipe de Jerusalém é anunciado em sua
qualidade, à porta de uma Loja Real ou de Capítulo, ou qualquer
outra, com os títulos e insígnias que fazem por tal conhecido, ou que
é conhecido por algum Irmão do mesmo grau, o Venerável mandará
quatro Oficiais Dignitários para o introduzir e acompanhar.
Estrará com o chapéu na cabeça, ou capacete, a espada
desembainhada na mão direita, como em combate, o escudo no braço
esquerdo e o mesmo coberto de uma couraça, se estiver absolutamente
condecorado de todos os atributos e insígnias; o Príncipe visitante,
estando no Ocidente, entre os Vigilantes, acompanhado dos quatro
Deputados das Lojas, saudará: Primeiro, ao Mestre; segundo, ao
Sul; terceiro ao Norte. Sempre acompanhado dos quatro Deputados,

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sairá da Loja com as duas batentes abertas, como quando entrou.
Quando os quatros Deputados entrarem, continuarão os trabalhos.
3º Os Príncipes de Jerusalém não podem gozar dos seus
privilégios, quando estiverem presentes um Príncipe Adepto,
Cavaleiro Noachita, ou um Sublime Príncipe de Real Segredo; porém
podem entrar com todas as honras, se os Príncipes presentes
consentirem.
4º Os Príncipes de Jerusalém são em Loja nomeados valorosos
Príncipes; os Cavaleiros Adeptos, Soberanos Príncipes; os Cavaleiros
do Real Segredo, Ilustres Soberanos dos Soberanos Príncipes
Sublimes; os Cavaleiros do Oriente, Excelentes Irmãos Cavaleiros.
Um Cavaleiro do Oriente terá o direito, quando não estiver
presente um Príncipe de Jerusalém, de pedir conta exata de tudo
quanto se passar em Loja; de ver se as constituições estão boas e em
forma; de manter a harmonia entre os Irmãos, se existem indiferenças
ou questões entre eles; de excluir o mais obstinado e aqueles que não
se submetem aos estudos e às leis que lhes são prescritas pelas nossas
secretas constituições e outras, ou em Loja de Perfeição ou Loja
Simbólica.
5º Os Príncipes de Jerusalém têm o direito, bem como os
Cavaleiros do Oriente, de se assentarem com o chapéu na cabeça,
nos trabalhos de uma Loja de Perfeição ou Loja Simbólica; não
podem, todavia, gozar dos seus privilégios senão quando forem
conhecidos, ou estiverem decorados com os ornamentos e atributos
de sua dignidade.
6º Cinco Valorosos Príncipes de Jerusalém poderão formar
um Conselho de Cavaleiros do Oriente, em qualquer parte onde não
estiver estabelecido; eles serão juízes, mas obrigados a avisar ao
Soberano Grão-Consistório dos seus trabalhos, assim como ao
Grande Inspetor ou seu Deputado, por escrito, o mais breve possível;
serão autorizados pelos que têm sido dados aos seus ilustres
predecessores, pelo povo de Jerusalém, de volta de sua embaixada.

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ARTIGO XXXII
Para formar entre todos os Conselhos Particulares e entre
todos os Ilustres Cavaleiros Príncipes Maçons uma correspondência
regular, em cada ano, mandarão ao Grão-Consistório e cada
Conselho Privado, um estado geral de todos os Conselhos Privados
regularmente constituídos, assim como os nomes dos Oficiais do
Soberano Grão-Consistório dos Sublimes Príncipes, e participarão,
no decurso do ano, de todas as mudanças interessantes que puderem
ocorrer no último.

ARTIGO XXXIII
Para conservar a ordem e disciplina, o Soberano Grão-
Consistório dos Sublimes Príncipes de Real Segredo não os
congregarão, para proceder aos trabalhos maçônicos, senão uma
vez por ano. Então, não serão admitidos ao último grau da Maçonaria
senão os três mais antigos Cavaleiros Adeptos, que serão proclamados
na Grande Loja do Grande Eleito Perfeito.

ARTIGO XXXIV
Os dias festivos que os Cavaleiros Príncipes Maçons têm de
celebrar com particularidade são:

1º O dia 20 de novembro, em que os seus antepassados fizeram


sua entrada em Jerusalém.
2º O dia 23 de fevereiro, para louvar o Senhor por ocasião da
construção do Templo.
3º Os Cavaleiros celebrarão o 5º dia da edificação do Templo
de Deus, o dia 22 de março e 22 de setembro, dias equinociais, ou
renovo dos dois grandes e pequenos em memória das duas edificações
do Templo. Os Príncipes são obrigados a ir ao Conselho do Oriente
para festejar estes dois dias.
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4º O Grande Eleito Perfeito celebrará, com particularidade,
a edificação do primeiro Templo, o 5º dia da 3ª lua, ou 6º mês, que
corresponde ao nosso mês de junho, onde devem estar decorados
com todos os ornamentos os Cavaleiros Príncipes Maçons.

ARTIGO XXXV
Nenhum Consistório Particular de Sublime Príncipes do Real
Segredo poderá exceder o número 15, sendo compreendidos os
Oficiais.
Todos os anos, no dia de São João, o evangelista, cada
Conselho deve nomear nove Oficiais, não compreendendo o
Presidente, que deverá servir por 5 anos, a saber:

1º Lugar-Tenente Grande Comendador, que preside sempre


na ausência do Grande Comendador;

2º O Grande Vigilante;

3º O Grande Guarda Selos;

4º O Grande Tesoureiro;

5º O Capitão das Guardas;

6º O Grande Introdutor;

7º O Grande Arquiteto;

8º O Grande Hospitaleiro;

9º O Grande Secretário.

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E outros seis Cavaleiros, que reunidos sob as ordens do
Soberano dos Soberanos Príncipes, ou do seu Lugar-Tenente, ficarão
sem mudança; enquanto existir o número 15, não se poderá admitir
outro.
O Grão-Consistório é sujeito ao Grande Inspetor ou ao seu
Deputado, como seu chefe, e como tal em todas as ocasiões
reconhecidos, e debaixo da obediência do conselho em tudo quanto
respeita à arte real, tanto nos altos graus como nos inferiores.
Nós, Soberanos dos Soberanos Príncipes Sublimes do Real
Segredo e da Ordem Real e Militar da mais respeitável fraternidade
dos livres e aceitos maçons, deliberamos e resolvemos que estes
presentes estatutos, regulamento e constituições sejam observados.
Mandamos aos nossos Grandes Inspetores e aos seus
Deputados que façam ler e receber, quer em todos os Conselhos,
Capítulos e Lojas, quer em quaisquer outras.
Ao Oriente do Bordeaux, 20 de setembro de 1762.

20
INSTITUTOS
ARTIGO I
Os Grandes Inspetores Gerais da Ordem e Presidente dos
Conselhos Sublimes da Alta Maçonaria, competentemente
reconhecidos e autorizados, têm o título imprescritível de chefe da
Alta Maçonaria.

ARTIGO II
O Tribunal que dirige a administração da Alta Maçonaria, e
constitui os diversos graus que dele dependem, chama-se Grande
Consistório.
ARTIGO III
Os Grandes Inspetores Gerais, e os Presidentes dos Grandes
Conselhos dos Sublimes Príncipes do Real Segredo, são membros
natos do Grande Consistório.

ARTIGO IV
O Grande Consistório compõe-se dos Grandes Inspetores da
Ordem, do Presidente dos Conselhos dos Sublimes Príncipes e dos
vinte e um primeiros Príncipes Sublimes, chamados por ordem de
antiguidade de recepção.

ARTIGO V
Todos os Príncipes Sublimes do Real Segredo têm o direito de
participar das reuniões do Grande Consistório, e tem aí voz consultiva.

ARTIGO VI
O Grande Consistório é revestido de poder dogmático da Alta
Maçonaria.

ARTIGO VII
Doze Grandes Oficiais, escolhidos dentre os Grandes Inspetores
Gerais, os Presidentes dos Conselhos dos Sublimes Inspetores Gerais,

21
os Presidentes dos Conselhos dos Sublimes Príncipes, e os Sublimes
Príncipes membros do Grande Consistório, formam a composição
dignitária do Grande Consistório, a saber:

1º O Soberano Grande Comendador;

2º O Lugar-Tenente Grande Comendador;

3º O Segundo Tenente Grande Comendador;

4º O Ministro de Estado;

5º O Grande Chanceler;

6º O Tesoureiro Geral;

7º O Grande Guarda dos Selos e Arquivos;

8º O Grande Mestre de Cerimônias;

9º O Grande Experto Introdutor;

10º O Grande Experto Porta-Estandarte;

11º O Grande Capitão das Guardas;

12º O Grande Hospitaleiro.

22
ARTIGO VIII
Cada Grande Conselho dos Sublimes Príncipes do Real Segredo,
e Conselho dos Grandes Eleitos Kadosch, pode-se representar ao
Grande Consistório por um Deputado.

ARTIGO IX
O Soberano Grande Comendador e, em sua falta, segundo
sua autorização, o 1º Lugar-Tenente e, em sua falta, o 2º, podem
convocar e presidir ao Grande Consistório; e se por algumas razões
particulares estes três Grandes Oficiais se acharem fora da
dependência, então, e sempre com autorização, nomear-se-á um de
ofício, na sua ausência, escolhido dentre os Grandes Oficiais, cuja
nomeação se fará em assembléia do Grande Consistório, para tanto
convocada.

ARTIGO X
Em uma assembléia do Grande Consistório, devidamente
convocada, sete membros, compreendendo o Grande Comendador,
ou um dos seus Lugares-Tenentes, poderão abrir os trabalhos que
terão força de lei, sem o que, debaixo de algum pretexto, se poderá
com menor número deliberar.

23
ESTATUTOS
ARTIGO I
O Grande Consistório ajuntar-se-á, no ano, quatro vezes em
assembléia de comunicação, nos dias 21 de março, 25 de julho, 2 de
setembro e 27 de dezembro. Aí deliberar-se-á sobre os negócios da
Alta Maçonaria. Independente destas quatro reuniões, convocar-se-
á uma todos os meses para, com particularidade, deliberar sobre os
negócios da Ordem.

ARTIGO II
De três em três anos, no dia 27 de dezembro, o Grande
Consistório nomeará seis Grandes Oficiais, os quais sairão dentre os
Grandes Inspetores Gerais, os Presidentes dos Conselhos dos Sublimes
Príncipes, e os vinte e um membros ativos do Grande Consistório
escolhidos; os Grandes Oficiais podem ser reeleitos.

ARTIGO III
Os ex-Grandes Oficiais do Gr∴ Cons∴ deverão Ter uma
patente da dignidade que cada um tiver ocupado, e nesta se fará
menção da duração de suas funções.

ARTIGO IV
O Gr∴ Cons∴ nomeará, e escolherá dentre os Sublimes
Príncipes, Deputados Inspetores Gerais, para o representar nos
diversos pontos de sua jurisdição; os poderes destes Deputados lhes
serão confiados com as instruções a cada um deles, na ocasião da
expedição ou entrega das patentes constitucionais.

ARTIGO V
O Deputado Inspetor Geral, no seu departamento, cuidará da
execução dos institutos, estatutos e regulamentos gerais da Alta
Maçonaria, na regularidade dos trabalhos, e representará o Grande
Cons∴ em tudo o que for concernente à administração geral,

24
inspecionará e de tudo dará um processo verbal para ser mandado e
lido em Grandes Consistórios nas suas reuniões de comunicação.

ARTIGO VI
Todos os negócios levados ao conhecimento do Grande
Consistório serão deliberados e resolvidos à pluralidade de votos. O
Presidente somente terá dois. Um negócio pôr-se-á em discussão sobre
uma proposição apoiada e decidir-se-á depois das conclusões do
Ministro de Estado.

ARTIGO VII
As resoluções dos Grandes Conselhos dos Príncipes Sublimes,
das quais se apelar para o Grande Consistório, serão executaods
depois da deliberação tomada pelo Grande Consistório, e depois da
notificação da resolução confirmativa.

ARTIGO VIII
Nomear-se-á, do seio do Grande Consistório, um tribunal de
administração geral composto de seus membros e, destes, farão sempre
parte o Ministro de Estado, O Grande Chanceler e o Tesoureiro Geral,
o qual será obrigado a dar uma relação de suas operações e daquelas
decisões que forem provisoriamente executadas em casos urgentes.

ARTIGO IX
Haverá um registro de inscrição de todos os Príncipes Sublimes
do Real Segredo, competentemente reconhecidos e rubricados, as
datas da sua recepção, nome, cognome, idade e domicílio.

ARTIGO X
Haverá, também, um registro de assentamentos dos Grandes
Conselhos dos Príncipes Sublimes do Real Segredo, Conselho de

25
Cavaleiros Kadosch, etc.; as datas de suas patentes constitucionais,
os pontos de seus estabelecimentos, os nomes dos membros que os
compõem, isto feito segundo as relações dadas pelos diversos
Deputados Inspetores Gerais.

ARTIGO XI
O Guarda-Selos não poderá selar senão sobre a rubrica do
Soberano Grande Comendador, ou do seu representante, tanto nos
negócios de administração geral como nos do Ministro de Estado e
do Grande Chanceler, e tanto nas patentes a entregar como na dos
sete primeiros Grandes Oficiais.

ARTIGO XII
Todas as patentes apresentadas ao Grande Consistório, para
o fim de obter patentes constitucionais para estabelecimento de um
asilo sagrado da Alta Maçonaria, serão entregues ao Inspetor Geral
do Departamento, que deverá ajuntar uma relação por ele assinada,
dando instrução das qualidades maçônicas dos impetrantes, e a sua
opinião se há ou não necessidade de se atender à súplica; um estado
exato dos nomes, cognome, idade, qualidades civis e domicílio dos
impetrantes, para sobre isso resolver o Grande Consistório o que
justo for.

ARTIGO XIII
Os Grandes Inspetores Gerais da Ordem, devidamente
autorizados e reconhecidos nos países estrangeiros onde não há
Grande Consistório, têm o direito incontestável de erigir, constituir,
defender, suspender e excluir nas Lojas de Perfeição, etc., conforme
lhes sugerir a prudência, salvo sua relação ao Grande Consistório, e
ao cargo expresso de se conformar restritamente aos institutos,
estatutos e regulamentos gerais da Alta Maçonaria.

ARTIGO XIV
Não se pode conceder patentes constitucionais para o
estabelecimento de um asilo sagrado da Alta Maçonaria sem que se
26
conte ao menos cinco Irmãos do grau Sublime Príncipes do Real
Segredo, para um Soberano Grande Conselho deste grau, sete
Cavaleiros Eleitos para um Grande Conselho deste grau, e sete graus
para os outros.

ARTIGO XV
Haverá um registro, dividido em quatro colunas; a primeira
conterá as súplicas feitas pelas diversas Lojas de Perfeição ou pelos
Deputados Inspetores Gerais; a segunda, o departamento, a indicação
dos lugares, e o ponto vertical; a terceira, o nome dos Comissários
relatores; e a quarta, as decisões. O Chanceler Geral é o único que
tem o direito de extrair notas deste registro, dá-las a quem de direito
competir, por ele conferidas e assinadas com o grande timbre.

ARTIGO XVI
Na instalação de um asilo sagrado da Alta Maçonaria, os
membros que o compõem farão e assinarão individualmente sua
submissão à execução dos institutos, estatutos e regulamentos gerais
da Alta Maçonaria; uma cópia daquela submissão mandará o
Deputado ao Grande Consistório, para arquivar.

ARTIGO XVII
A fórmula da submissão será esta: “Nós abaixo
assinados...declaramos nos submeter à execução dos institutos,
estatutos e regulamentos gerais, e ao tribunal supremo da Alta
Maçonaria, conforme o teor e verdadeiras intenções das obrigações
que prestarmos nas diferentes iniciações dos sublimes graus que temos
alcançado.”
ARTIGO XVIII
A instalação de um asilo sagrado da Alta Maçonaria, no
principal, onde existe o Grande Consistório, far-se-á sempre por três
membros tirados em seu seio, e nas províncias, pelo Deputado Geral
da jurisdição; o qual, neste caso, fica autorizado a delegar, em parte,
os seus poderes aos dois Irmãos de grau mais subido, para proceder
esta operação.
27
REGULAMENTOS GERAIS

ARTIGO I
Toda a Loja de Perfeição deve ter uma patente,
competentemente assinada, selada e concedida pelo Grande
Consistório que a rege, ou pelo Grande Inspetor Geral, se não houver
Grande Consistório na dependência; se não houver tais patentes, as
ditas Lojas de Perfeição são irregulares, e nulos seus trabalhos.

ARTIGO II
Uma Loja de Perfeição regular não poderá entabular
correspondência com outra Loja de Perfeição, sem que esta justifique
sua regularidade.

ARTIGO III
Logo que um Deputado Inspetor Geral souber do
estabelecimento de uma Loja de Perfeição no seu departamento, dará
de chofre parte ao Grande Consistório.

ARTIGO IV
Conforme a relação do Deputado Inspetor Geral do
estabelecimento de uma Loja irregular, o Grande Consistório avisará
logo os Deputados Inspetores Gerais para premunirem as Lojas de
Perfeição.
ARTIGO V
Vendo-se uma Loja de Perfeição na cruel necessidade de
excluir um membro, avisará de chofre o Deputado Inspetor Geral, o
que levará ao conhecimentos do Grande Consistório, e este ao de
todos os Deputados Inspetores, e fazer, por este meio, chegar a todas
as Lojas de Perfeição, que devem estar prevenidas.

28
ARTIGO VI
Quando uma Loja de Perfeição infrigir os regulamentos gerais,
estatutos; institutos à cuja execução se submetem solenemente, o
Deputado Inspetor Geral poderá suspender e interditá-la, até que
seus membros se submetam à sua execução, mostrando verdadeiro
arrependimento.

ARTIGO VII
Quando uma Loja de Perfeição souber alguma coisa que possa
interessar em geral à Ordem, participará ao nosso Deputado Inspetor
Geral, e este obrará conforme exigirem as circunstâncias.

ARTIGO VIII
Os presentes regulamentos e estatutos devem ser lidos em
cada recepçao de perfeição, antes de exigir-se do recipiendário o
juramento para executá-los pontualmente, e isto não obstante a
execução dos estatutos regulares da hierarquia maçônica.

ARTIGO IX
É expressamente proibido falar-se em negócios políticos,
religião e outras matérias estranhas à Maçonaria, em Loja de
Perfeição, sob pena de exclusão.

ARTIGO X
Todo o Irmão que entrar em uma Loja de Perfeição será
condecorado com as insígnias de seu grau, e o mesmo praticarão os
que possuírem os graus superiores. Aquele que, por negligência ou
omissão, não o fizer, ficará sujeito a uma multa em benefício dos
pobres, arbitrada pelo Grão-Mestre da Loja.

ARTIGO XI
Um Grande Inspetor Geral da Ordem, ou um Grande Oficial
do Grande Consistório, se apresentar em Loja de Perfeição munido
de autênticas patentes, por tal reconhecimento, será recebido com
todas as honras devidas aos chefes da Maçonaria; conseqüentemente,

29
cinco Irmãos, com alfanjes na mão, dois Mestres de Cerimônias
precedendo-os, o introduzirão debaixo da abóbada de aço, batendo
os malhetes. O Grão-Mestre, a menos que não seja igual em
dignidade, descerá do trono para lhe oferecer o malhete, alfanje ou
cetro. As mesmas honras se farão ao Deputado Inspetor Geral.

ARTIGO XII
Os membros da Loja de Perfeição são obrigados a assistir
com exatidão aos trabalhos, e, em caso de impedimento, participarão
os motivos, ou por escrito ou por intermédio de algum Irmão.

ARTIGO XIII
As Lojas de Perfeição devem, por meio de deputação,
correspondência etc., visitar-se mutuamente, e comunicar as luzes
que adquirirem, e que puderem contribuir para o bem ou esplendor
da Ordem.
ARTIGO XIV
Dever-se-ão tomar as maiores precauções para se admitir
somente visitantes regulares, e deve-se assegurar se eles são dos graus
com que se apresentam.
ARTIGO XV
Um visitante de grau superior ao que se trabalha será recebido
com honras prescritas pelos estatutos dos graus, segundo a hierarquia
maçônica.
ARTIGO XVI
Um Irmão obrigado a viajar reclamará um breve, que lhe
dará a Loja de Perfeição, a mais subida em grau a que ele pertença,
revestido dos selos, timbres, das assinaturas dos Grandes Oficiais e
do visto do Deputado Inspetor Geral; na margem, estará sempre a
assinatura do impetrante, assinado ne varietur, e certificado pelo
Grande Secretário.

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ARTIGO XVII
Um aspirante não poderá ser elevado a um grau de perfeição
senão justificando que pertença a um templo simbólico, e depois de
ter sido iniciado nos graus precedentes.

ARTIGO XVIII
Em caso de interdição ou dissolução de uma Loja de Perfeição,
os arquivos, constituições e demais papéis serão entregues ao
Deputado Inspetor Geral, que os reenviará, quando a Loja tomar
vigor.
ARTIGO XIX
Os membros de uma Loja de Perfeição não poderá acusar nem
se queixar contra os três primeiros membros de graus mais subidos.

ARTIGO XX
Sendo uma das mais sagradas obrigações o segredo, não deverá
omitir a prestação do juramento do silêncio, no encerramento dos
trabalhos.
ARTIGO XXI
Se um Irmão cair enfermo, será, não obstante os cuidados do
Grande Hospitaleiro, nomeada uma comissão para saber se o enfermo
recebe todas as assistências que o seu estado reclama, e levar-lhe
fraternais consolações.

ARTIGO XXII
Se um Irmão cair em desgraça, os membros de uma Loja de
Perfeição têm maior obrigação que as Lojas inferiores de socorrê-lo.

ARTIGO XXIII
Não estando o Grão-Mestre presente à hora marcada para a
sessão, o Primeiro Vigilante, em sua falta o Segundo, preencherá o
trono (depois de o ter oferecido ao Inspetor Geral, se estiver presente);
no caso que nenhum destes quatro oficiais tenham comparecido, adiar-
se-á a sessão.

31
ARTIGO XXIV
No dia seguinte às nomeações dos Grandes Oficiais de uma
Loja de Perfeição, mandar-se-á um quadro ao Deputado Inspetor
Geral, que constará dos Oficiais nomeados, membros presentes,
licenciados, etc.; a este quadro deverá acompanhar o estado da dita
Loja de Perfeição.

ARTIGO XXV
No caso de uma Loja de Perfeição dirigir um caderno de
regulamentos particulares, não poderá inovar nada ao presente.

ARTIGO XXVI
Os regulamentos particulares de uma Loja de Perfeição não
devem em nada contrariar o teor dos presentes, os Grandes Oficiais
das ditas Lojas de Perfeição, antes da promulgação de seus
regulamentos particulares, serão obrigados a sujeitá-los à aprovação
do Deputado Inspetor Geral da jurisdição.
Da sua plena ciência e poder, os chefes e verdadeiros protetores
da Alta Maçonaria têm decretado e sancionaddo os presentes
institutos, estatutos e regulamentos gerais para serem, segundo sua
forma e teor executados.
Dado no ponto central da Verdadeira Luz ao 25 dias do segundo
mês Jiar do ano do mundo 5732.

32
INSTRUÇÃO SOBRE OS PRINCÍPIOS GERAIS
DA ALTA MAÇONARIA
ARTIGO I
Quando um estado onde não existe nem Grão-Consistório,
nem Grande Conselho dos Sublimes Príncipes do Real Segredo, se
acharem Grandes Inspetores Gerais e Príncipes do Real Segredo, o
de patente mais antiga, e reconhecido pelos Grandes Inspetores
Gerais, e na falta o mais antigo Príncipe do Real Segredo, é revestido
do poder administrativo e dogmático da Alta Maçonaria, e toma,
por consequência, o título de Soberano.

ARTIGO II
Faz as iniciações definitivas, e dá conseqüentemente as
patentes somente com a formalidade da assinatura de seus Grandes
Chanceleres.

ARTIGO III
Nos casos não previstos pelas leis da Alta Maçonaria, suas
decisões têm força de lei e são executórias em sua jurisdição.

ARTIGO IV
Os Grandes Inspetores Gerais e Príncipes do Real Segredo têm
o direito de iniciação, de inspeção sobre os trabalhos maçônicos, e
vigilância na execução dos institutos, estatutos e regulamentos gerais;
mas em todo o caso, devem dar conta ao Soberano, e estão sujeitos à
sua sanção e ao seu visto.

ARTIGO V
Cada Grande Inspetor Geral ou Príncipe de Real Segredo,
nos casos previstos nos artigos 1º, 2º e 3º, deve ter um registro de suas
operações por ordem de data.

33
ARTIGO VI
Este registro deve ser aberto por uma determinação do
constituinte, estabelecendo suas qualidades maçônicas, o destino do
registro, os nomes e qualidades daqueles que inicia, e fechado por um
ne varietur rubricado, com menção da qualidade de folhas que compõe
este registro.

ARTIGO VII
Toda a vez que um Grande Inspetor Geral ou Príncipe do Real
Segredo reconhecer um Irmão, deve ver sua patente e fazer ver a sua;
a revisão deve ter a data do dia e ponto vertical do lugar.

ARTIGO VIII
Um Grande Inspetor ou Príncipe do Real Segredo deve fazer
prestar a obrigação prescrita pelos regulamentos gerais da Alta
Maçonaria a todos os iniciados ou filiados antes de sua recepção e
lhes é prescrito reprovar os que recusarem preencher esta formalidade.

ARTIGO IX
Um Grande Inspetor Geral ou Príncipe do Real Segredo deve
ter o maior cuidado em mencionar o balaústre de suas operações em
seus registros à medida que os for praticando, e de circunstanciar o
verbal, de maneira que se torna, em caso de necessidade, a ele recorrer;
fazer assinar pelo filiado ou iniciando, etc., assim como numa dupla
obrigação prescrita para ficar nos seus arquivos.

ARTIGO X
Os Grandes Inspetores Gerais e Príncipes Maçons, que não
estão na proximidade de obter a sanção ou o visto do Soberano, devem,
ao menos uma vez por ano, mandar uma explicação em forma das
suas operações para obter sua sanção.

ARTIGO XI
Em um estado onde não houver estabelecido Grande
Consistório, mas somente Grandes Conselhos dos Soberanos

34
Príncipes Maçons, têm o direito de exercer seus poderes somente no
caso em que eles estejam domiciliados ao menos 25 léguas de
distância do mais perto dos ditos conselhos.

ARTIGO XII
Depois do estabelecimento de um Grande Consistório em um
estado, os Grandes Inspetores Gerais e Príncipes Maçons perdem o
direito particular de exercer o poder administrativo e dogmático que
se acha concentrado à sua dignidade.

ARTIGO XIII
Os Grandes Inspetores Gerais e Príncipes Maçons, em número
de sete, ao menos, reunido em tribunal geral, onde não exista um
corpo legislativo da Alta Maçonaria, têm direito de pedir constituições
ao Soberano Grande Inspetor Geral, que, neste caso, está assaz
autorizado para lhes conceder.

35
DA LEGISLAÇÃO

CAPÍTULO ÚNICO

Os Grandes Dignitários de cinco Grandes Conselhos, pelo


menos, de Sublimes Príncipes, reunidos em tribunal geral na metrópole
de um estado onde não houver corpo legislativo da Alta Maçonaria,
poderão formar um Capítulo Geral Constituinte, e escolher do seio
do tribunal geral os membros que o devem compor: conformando-se
no mais às leis da Alta Maçonaria.

DA ADMINISTRAÇÃO E DO DOGMA
Art. I – Os Grandes Inspetores Gerais e Príncipes do Real
Segredo, reunidos em tribunal geral na metrópole de um estado onde
não houver Consistório algum, poderão formar-se em Grande
Consistório, e escolher, no seio do tribunal geral, os membros que o
devem compor, conformando-se, para este estabelecimento, com as
leis da Alta Maçonaria.
Art. II - Os Grandes Inspetores Gerais e Príncipes Maçons
devem ser convidados em toda a extensão de um estado. Para serem
como tais reconhecidos, devem ter patentes legais, e estas
valiosamente seladas, assinadas e rubricadas.
Art. III - O consistório assim estabelecido fica revestido do
poder administrativo e dogmático concedido pelas leis da Alta
Maçonaria.

DA FORMAÇÃO DO GRANDE CONSISTÓRIO

Art. I - O Grande Consistório forma-se da maneira


seguinte: Doze Grandes Oficiais ou Dignitários serão escolhidos
indistintamente dentre os Grandes Inspetores Gerais, Presidentes dos
Grandes Conselhos dos Sublimes Príncipes, como membros natos do
Grande Consistório; e dentre os vinte e um mais antigos Príncipes
Maçons devidamente reconhecidos.
36
Art. II - Feita a nomeação dos Grandes Dignitários do
Consistório, proceder-se-á o estabelecimento do Conselho Supremo
dos Grandes Inspetores Gerais mais antigos, que formam o Grande
Conselho de Legislação.
Art. III - Não fazendo parte dos Grandes Dignitários, os doze
Grandes Inspetores Gerais mais antigos formam o Grande Conselho
de Apelação; prestam o juramento nesta qualidade, e são
proclamados.
Art. IV - Nas deliberações do Grande Consistório, os membros
do Grande Conselho de Apelação têm somente voz consultiva.
Art. V - Nos casos em que não houver número suficiente de
Grandes Inspetores Gerais para completar o Grande Consistório, os
mais antigos Presidentes dos Conselhos, e, em sua falta, os mais
antigos dos Príncipes membros, são proclamados Grandes Inspetores
Gerais e membros do Grande Consistório.
Art. VI - Além dos vinte e um membros ativos, tira-se sempre,
por ordem de antiguidade dentre os Sublimes Príncipes, membros
adjuntos, para complemento do Grande Consistório, fixado em
oitenta e um; de maneira que os Grandes Dignitários. Grandes
Oficiais, membros do Supremo Grande Conselho de Apelação,
Presidente dos Conselhos; os membros ativos e adjuntos, no número
de oitenta e um, formam o Grande Consistório.
Art. VII - Os membros adjuntos, ainda que façam parte do
Grande Consistório, têm aí somente voz consultiva; porém, podem
ser chamados para substituir momentaneamente funções, em lugar
dos Dignitários Oficiais.
Art. VIII - Eles, de direito, substituem os membros ativos nas
deliberações; nestes casos, têm voz deliberativa e gozam dos mesmos
direitos daqueles a quem substituem.
Art. IX - Os Deputados ou representantes dos Sublimes
Conselhos dos Príncipes não podem ser tirados senão dentre eles.
Art. X - Podem ser nomeados em comissões, deputações e
outras operações do cerimonial do Grande Consistório.
37
DAS ATRIBUIÇÕES DOS GRANDES CONSELHOS DOS
SUBLIMES PRÍNCIPES DE REAL SEGREDO

Art. I - Os Grandes Conselhos dos Príncipes Maçons exercem


o poder departamentário em suas respectivas jurisdições.
Art. II - Têm o direito de inspeção sobre todas as operações
da Alta Maçonaria.
Art. III - Velam na execução das leis gerais da Alta Maçonaria,
e os regulamentos particulares do Grande Consistório.
Art. IV - Eles se correspondem e formam diretamente, em
seus nomes, as súplicas de patentes e constituições que lhes são feitas
pelos Capítulos e Conselhos de suas jurisdições ao Grande
Consistório.

DOS DEPUTADOS INSPETORES GERAIS

Art. I - Os Deputados Inspetores Gerais, estabelecidos nas


jurisdições onde não houver Grande Consistório, serão os
representantes do Grande Consistório, e preencherão as obrigações
de vigilantes e inspeção atribuídas aos Grandes Conselhos de
Sublimes Príncipes.
Art. II - São obrigados a se conformarem com tudo quanto
lhes é prescrito pelas leis da Alta Maçonaria.
Assinado: Adington, Grande Chanceler.

38
NOVOS INSTITUTOS SECRETOS E
FUNDAMENTAIS DA MUITO ANTIGA E
VENERÁVEL SOCIEDADE DOS ANTIGOS
MAÇONS LIVRES ASSOCIADOS, OU ORDEM
REAL E MILITAR DA FRANCO-MAÇONARIA

Nós Frederico, por graça de Deus, Rei da Prússia, Margrave


de Brandebourg etc. etc. etc.

SOBERANOS GRANDE PROTETOR, Grande Comendador,


Grão-Mestre Universal, e Conservador da Muito Antiga e Venerável
Sociedade dos Antigos Maçons Livres Associados, ou Ordem Real e
Militar da Franco-Maçonaria:
A todos os nossos ilustres e muito amados IIr∴ que as
presentes letras virem.

TOLERÂNCIA, UNIÃO E PROSPERIDADE

A nossa convicção e os deveres conservadores e soberanos


que temos contrído para com a muito antiga e respeitável instituição,
conhecida em nossos dias com o título de Franco-Maçonaria, de
Fraternidade, ou Ordem dos Antigos Maçons Livres Associados, a
tem feito, como cada um sabe, objeto de nossa proteção e da nossa
solicitude especial.
Pura em seu dogma e nas suas doutrinas fundamentais; sábia,
prudente e moral em suas lições, em suas práticas, em suas vistas e
seus meios, esta instituição universal, cuja origem remonta àquela
da sociedade humana, se recomenda principalmente pelo fim
eminentemente filosófico, social e filantrópico a que se tem proposto:
a união, felicidade, progresso e bem estar da humanidade em geral,
de cada um em particular, tal é seu fim, e o único digno dela e para o
qual devem tender constantemente todos os seus esforços.
39
Atravessando às idades a sua organização e unidade de seu
regime primitvo, têm sofrido graves alterações pelo efeito das
catástrofes e das grandes revoluções que têm transtornado, mudando
alternativamente a face do mundo, e dispersado os franco-maçon
pelos diversos pontos do globo, em diferentes períodos dos tempos
antigos e modernos. Esta dispersão operou as divisões que hoje
existem debaixo do nome de ritos, cujo complexo compões a Ordem.
Porém, algumas divisões, destacadas do seio destas primeiras,
têm dado lugar a novas associações, algumas das quais não têm de
comum com a Franco-Maçonaria senão o nome, e algumas fórmulas
conservadas pelos seus fundadores para disfarçarem vistas secretas,
muitas vezes exclusivas, algumas outras até perigosas, e quase sempre
em oposição aos princípios e doutrinas sublimes e tradicionais da
Franco-Maçonaria.
As perturbações que estas novas associações têm acarretado,
e muito tempo entretido na Ordem, são conhecidas, e a tem
excessivamente exposto a suspeitas, à desconfiança de quase todos
os governos e até à perseguição de alguns.
Os esforços dos maçons virtuosos têm conseguido aplacar
estas perturbações, e todos seus votos reclamam há muito tempo uma
geral medida que abstém a outras novas, e conforme a Ordem,
restituindo-lhe a unidade do seu regime, da sua organização primitiva
e da sua antiga disciplina.
Colhendo nós este voto, que também é o nosso desde a nossa
iniciação completa em todos os mistérios maçônicos, não temos
podido, entretanto, dissimular nem o número nem a natureza delicada,
nem a grandeza real dos obstáculos que seria preciso vencer para seu
cumprimento. A nossa intenção tutelar era meditar os meios e
combinar com os IIr∴ mais influentes e chefes da fraternidade, em
todos os países, aquelas medidas que fossem mais próprias a conseguir
este fim útil, sem violar dependência alguma, nem algumas das
verdadeiras liberdades maçônicas, particularmente aquelas das
opiniões, que é a primeira, a mais suscetível e a mais sagrada de
todas.
40
Até o presente, os nossos deveres mais especiais de Monarca,
e o numerosos e graves acontecimentos que têm assinado o curso do
nosso reinado, têm paralisado as nossas intenções a esse respeito, e
nos têm desviado deste projeto.
Ao tempo, à soberania, às luzes e ao zelo dos IIr∴, que
brevemente nos sucederão como tudo nô-lo anuncia, é que pretende
completar esta obra, tão bela, tão grande quanto necessária. Nós
lhes deixamos em legado esta tarefa, e lhes recomendamos que
trabalhem sem descanso, mas com prudência e doçura.
Todavia as recentes e instantes representações que nos têm
sido dirigidas de todas as partes, nestes últimos tempos, nos
demonstram a urgência que há de pôr um dique forte aos progressos
do espírito de intolerância de seita, de sisma a de anarquia, que
modernos inovadores se esforçam por introduzir entre os IIr∴, com
vistas mais ou menos restritas, refletidos os repreensíveis, e
apresentadas debaixo de fórmulas especiosas, capazes de
desorientarem do seu fim a verdadeira Maçonaria, desnaturalizando-
a, e chegarem, destarde, ao aviltamento e aniquilamento da Ordem.
Nós mesmos reconhecemos esta urgência, pelo que se passa hoje nos
Estados vizinhos da nossa monarquia.
Estas razões e outras considerações de uma gravidade não
menos importante nos induzem, portanto, a reunir e associar, em um
só corpo maçônico, todos os ritos do regime Escocês, cujas doutrinas
são geralmente reconhecidas como as mais idênticas àquelas da
instituição primitiva, cujo fim é o mesmo, e que sendo ramos principais
de uma só árvore não diferem entre si senão por pontos de fórmulas
já entre muito combinadas ou fáceis de combinar. Estes ritos são
conhecidos pelas denominações de Antigo de Héredom, ou Héredom
de Kilwening, do Oriente de Santo André, do Imperadores do Oriente
e Ocidente, Príncipes do Real Segredo ou da Perfeição Filosófica, e
do Rito muito Moderno, chamado Primitivo.
Portanto, adotando nós, por base da nossa reforma
conservadora, o título do primeiro deste ritos, e o número dos ggr∴
hierarquicos do último, os declaramos todos unidos e associados de
hoje em diante em uma só Ordem, a qual professando o dogma e as
doutrinas puras da Franco-Maçonaria primitiva, abrangerá todos
41
os sistemas do Escocesismo, combinado debaixo do título de Rito
Escocês Antigo e Aceito.
Dar-se-á nele, a instrução maçônica com 33 graduações ou
ggr∴, divididos em 7 tempos ou classes, pelos quais todo maçom
será obrigado a passar sucessivamente, antes de chegar ao mais
sublime, e último, e em cada gr∴ sofrerá os tempos e exames de
provas exigidos pelos institutos, estatutos, e antigos e novos
regulamentos da ordem da perfeição.
O primeiro gr∴ será submetido ao segundo, o segundo ao
terceiro, e sucessivamente até o mais elevado (o trigésimo terceiro e
último), o qual vigiará, examinará e mandará em todos os outros, e
cuja assembéia, ou capítulo será o Grande Conselho Soberano,
dogmático ou protetor e conservador da Ordem, o qual governará,
regerá, administrará, em virtude dos presentes, e das constituições
que serão imediatamente feitas.
Todos os ggr∴ do Rito acima associados, desde o primeiro
até o décimo oitavo, serão classificados na sua escala correspondente,
e, segundo sua analogia ou semelhança, nos dá a perfeição, e fixarão
os dezoito primeiros ggr∴ do Rito Antigo e Aceito; o décimo nono
gr∴ do Rito chamado Primitivo será o vigésimo da Ordem, o
vigésimo e o vigésimo terceiro ggr∴ da perfeição, ou o décimo sexto
e vigésimo quarto do Rito Primitivo serão o vigésimo primeiro e
vigésimo oitavo da Ordem; os Príncipes do Real Segredo tomarão
escala no trigésimo segundo gr∴, debaixo dos Soberanos, Grandes
Inspetores Gerais 33, e último gr∴ da Ordem; os Grandes Juízes
Comendadores tomarão escala no gr∴ trigésimo primeiro; os
Grandes Comendadores, Grandes Eleitos Cavaleiros Kadosch
formarão o trigésimo gr∴, o vigésimo terceiro, o vigésimo quarto,
vigésimo nono serão os Chefes do Tabernáculo, Príncipe do
Tabernáculo, Cavaleiros Grandes Comendadores do templo e
Grandes Escoceses de Santo André.
Todos os altos ggr∴ aglomerados do dito regime Escocês serão
pela mesma sorte, classificados nas suas escalas correspondentes, e
segundo suas analogias ou identidades, naquelas do Rito Escocês
Antigo e Aceito.

42
Porém, jamais, nem debaixo de qualquer pretexto, nenhum
destes altos ggr∴ poderá se assemelhado ao trigésimo terceiro e muito
sublime gr∴ de Soberano Grande Inspetor Geral, protetor,
conservador da Ordem, e último do Rito Escocês Antigo e Aceito.
Nenhum poderá, em ocasião alguma, gozar dos mesmos direitos,
prerrogativas e privilégios de que nós o investimos.
Assim, havendo instituído em virtude dos nossos soberanos e
conservadores.
E, para sua firmeza e estabilidade, mandamos a todos os
nossos caríssimos e bem amados, valentes e Sublimes Cavaleiros, e
Príncipes Maçons, que assim o cumpram, e façam cumprir e guardar.
Dados em nossa residência real de Berlim, em 1º de maio do
ano de graça 1786, e do nosso reinado 47.

(Assinado) – FREDERICO

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AD UNIVERSI TERRARUM ORBIS SUMMI
ARCHITECTI GLORIAM

CONSTITUIÇÕES, ESTATUTOS E REGULAMENTOS

Para o Governo do Supr∴∴ Cons∴ ∴ GGer∴


∴ dos IInsp∴ ∴ do
∴ 33 e de todos os CCons∴
gr∴ ∴ sob sua jurisdição.

Formulados e aprovados no Supr∴ Cons∴ do Gr∴ 33,


devida e legalmente estabelecido e constituído no Gr∴ Or∴ de
Berlim, no dia 1 de maio de 5786, Ano Lucis, em 1786, era Cristã,
com a presença e aprovação de Sua Augusta Majestade Frederico II,
Rei da Prússia, Soberano Gr∴ Comendador.

EM NOME DO M∴ ∴ SANTO E GR∴ ∴ ARQ∴ ∴ DO UNIV∴ ∴


Ordo ab. Chao!
Os Soberanos GGr∴ Insp∴ reunidos em Supr∴, têm
deliberado e determinado as seguintes Constituições e Regulamentos
para o governo dos Conselhos Maçônicos sob sua jurisdição.

ARTIGO I
As Constituições e Regulamentos, feitos pelos nove comissários
nomeados pelo Gr∴ Cons∴ dos SSubl∴ PPr∴ do Real Segr∴, serão
estritamente executados, exceto aqueles AArt∴ que militam contra
os da presente Const∴.

ARTIGO II
O Gr∴ 33, chamado Gr∴ Insp∴ Ger∴, ou Supr∴ Cons∴
do gr∴ 33, é formado e organizado da maneira seguinte:
O Insp∴, a quem for primeiramente conferido este gr∴, fica
autorizado a dar a outro Ir∴, que, por seu caráter e ggr∴, se faça
digno dele e de receber suas obrigações.

44
Esses dois podem, da mesma maneira, conceder o gr∴ a um
terceiro; os outros serão admitidos, por sufrágio, de viva voz,
começando pelo Insp∴ mais moderno.
Um só pode excluir para sempre qualquer aspirante, se forem
julgados suficientemente as razões apresentadas.

ARTIGO III
Os dois primeiros, que receberam este gr∴ em qualquer país
onde estejam, serão os OOfic∴ Presidentes.
No caso de morte, renúncia ou ausência do país (para mais
não tornar) do primeiro Ofic∴, o segundo tomará seu lugar e nomeará
um Insp∴ para o suceder.
Se o segundo Ofic∴ morrer, renunciar, ou deixar o país para
sempre, o primeiro nomeará outro para a vaga.
O M∴Pod∴Sob∴ nomeará, da mesma maneira, o II∴Tes∴,
o II∴Secr∴Ger∴ do Santo Império, o II∴Mestr∴ de CCer∴, o
II∴Cap∴ das GGuard∴ e preencherá assim todas as vagas que
puderem ocorrer.

ARTIGO IV
Cada Insp∴, que for iniciado neste Subl∴gr∴, pagará de
antemão, ao II∴Gr∴Tes∴, dez luzes de 24 libras tornezas, igual soma
exigir-se-á dos que receberem os ggr∴ de Cav∴Kad∴, e de Pr∴ de
Real Segr∴, a qual será para o uso do Supr∴Cons∴.

ARTIGO V
Cada Cons∴Supr∴ será composto de 9 Insp∴GGer∴,
dos quais 5 deverão professar a religião cristã.
Se o M∴Pod∴Sob∴ e o II∴ Inspetor estiverem, três
membros poderão despachar os negócios da Ord∴ e reunir o Cons∴.
Haverá somente um Cons∴ do gr∴ 33 em cada nação ou
reino da Europa; dois nos Estados Unidos da América, afastados o
mais possível um do outro; um nas Ilhas Inglêsas da América e um
igualmente nas Francesas.

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ARTIGO VI
O Poder do Supr∴Cons∴ não interfere em nenhum gr∴
abaixo do 17 ou Cav∴ do Or∴ e Oc∴; mas tanto o Cons∴ como as
LLoj∴ de PPerf∴ Maçon∴ são obrigados a reconhecer, no que
concerne ao gr∴ 33, a autoridade dos IInsp∴GGer∴, recebendo-os
com as honras que lhes são devidas.

ARTIGO VII
Todos os CCons∴, ou IIr∴ acima do gr∴ de Pr∴ de
Jerusalém, podem apelar para Supr∴Cons∴ e, neste caso, aí
comparecer e ser ouvidos.

ARTIGO VIII
O Gr∴Cons∴ dos PPr∴ do Real Segr∴ elegerá um
Presidente dentre os seus membros; mas nenhum de seus atos será
válido senão depois de haver sido sancionado pelo Supr∴Cons∴ do
gr∴ 33, que, após a morte de sua augusta majestade, o rei da Prússia,
é a soberana autoridade Maçônica.

ARTIGO IX
Nenhum Deputado Insp∴Ger∴ poderá fazer uso de seus
poderes em um país onde estiver estabelecido um Supr∴Cons∴ de
IInsp∴GGer∴, a menos que seja aprovado pelo dito Cons∴.

ARTIGO X
Nenhum Deputado Insp∴Ger∴ precedentemente recebido,
ou que para o futuro o posa ser em virtude desta Const∴, terá o
poder de dar certificados, nem o gr∴ de Cav∴Kad∴ ou superiores.

ARTIGO XI
O gr∴ de Cav∴ Kad∴ e o de Pr∴ de Real Segr∴ não poderão
ser conferidos senão em presença de 3 SSob∴GGr∴IInsp∴GGer∴.

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ARTIGO XII
O Supr∴Cons∴ exercerá todos os soberanos poderes
maçônicos de que sua augusta majestade Frederico II, rei da Prússia,
era revestido: e quando for conveniente protestar contra as PPat∴
de DDep∴GGer∴ como ilegais, enviar-se-ão informações disto a
todos os SSupr∴Cons∴.

ARTIGO XIII
O Supr∴Cons∴ do gr∴ 33 é autorizado a deputar um Ir∴,
membro de seu seio, para estabelecer um Supr∴Cons∴ desse gr∴
em qualquer país designado pela presente Const∴, com obrigação
de ser regular pelo art∴ II. Estes Deputados terão também o poder
de conceder PPat∴ aos Deputados IInsp∴GGer∴, os quais deverão
ter recebido pelo menos o gr∴ de Kad∴, para estabelecer LLoj∴ e
CCons∴ dos ggr∴ superiores ao de Cav∴ do Sol, em um país onde
não existam LLoj∴SSubl∴ ou CCons∴.
O Ritual manuscrito do gr∴ não será dado a nenhum outro
Insp∴, senão aos dois primeiros OOfic∴ de cada Cons∴, ou a um
Ir∴ mandado a um país remoto estabelecer um Cons∴ deste gr∴.

ARTIGO XIV
Em todas as procissões dos ggr∴SSubl∴, o
Supr∴Const∴ irá por último e os dois OOfic∴ o seguirão, precedidos
do Gr∴Port∴Estand∴ da Ord∴.

ARTIGO XV
As assembléias do Cons∴ terão lugar de três em três luas
novas: efetuar-se-ão, porém, mais vezes, se as necessidade o exigir,
para o expediente dos negócios.
Haverá duas sessões solenes no ano: uma no 1º de outubro,
quando as nossas possessões foram sequestradas aos CCav∴ de
Malta; e outra em 27 de dezembro, festa da Ord∴Maçon∴.

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ARTIGO XVI
Cada Insp∴Ger∴ do gr∴ 33 será munido de seus títulos e
credenciais, conforme o ritual deste gr∴ pelos quais pagará ao
Secr∴Ger∴ um luiz de ouro, pelo trabalho de os selar, e outro ao
Supr∴Cons∴, para cobrir as suas despesas. O grande selo do
Supr∴Cons∴ é uma águia negra de duas cabeças, com o bico de
ouro, as asas abertas, tendo nas garras uma espada nua; sobre uma
fita estendida, por baixo, estará esta inscrição:DEUS NEUMQUE
JUS, e por cima da águia: SUPREMO CONSELHO DO GRAU 33.

ARTIGO XVII
Um Insp∴Ger∴ não terá poder algum individual em um país
onde houver um Supr∴Cons∴, porque é necessária a maioria de
votos para tornar seus atos legais, salvo em virtude de patentes
especialmente concedidas pelo Cons∴.

ARTIGO XVIII
A soma proveniente das iniciações nos CCons∴ de ggr∴
superiores ao de Pr∴ de Jerusalém serão remetidas para fundos dos
SSupr∴CCons∴.

∴ 33
PRIVILÉGIOS AFETOS AO GR∴

Um Sob∴Gr∴Insp∴ entrará de chapéu na cabeça em todos


os CCons∴ e LLoj∴, com exceção do Supr∴Cons∴ do gr∴ 33,
tendo o privilégio de falar sem se levantar de sua cadeira. Quando
um Sob∴Gr∴Insp∴ for anunciado à porta de um Cons∴ de Gr∴
superior ao 16, será recebido debaixo de abóbada de aço. Se o Pres∴
não for Insp∴, oferecerá a sua cadeira ao Insp∴ visitante, ao qual
ficará o alvedrio de a aceitar ou não. No Gr∴Cons∴ dos PPr∴ de
Jerusalém, assim como na Subl∴ e Resp∴Loj∴ dos PPerf∴MMaç∴
assentar-se-á à direita dos três vezes poderosos. (*) Os outros
privilégios são absolutamente os mesmos que têm os Príncipes de
Jerusalém.

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Um Sob∴ Gr∴ Insp∴Ger∴, em todas as LLOj∴ e CCons∴,
apresentar-se-á com os atributos de seu gr∴. Cada Insp∴ Ger∴
possuirá um atestado, escrito em francês e inglês, no qual todos
maçons deste gr∴ aporão suas assinaturas.
Quando um Insp∴Ger∴ assinar um papel maçônico, juntará
ao seu nome os títulos de Cav∴ Kad∴, Prínc∴ do Real Segr∴,
Sob∴Gr∴Insp∴Ger∴ do gr∴ 33, documento rubricado pelo
Gr∴Secr∴Ger∴Cav∴Kad∴, Prínc∴ do Real Segredo,
Sob∴Gr∴Insp∴Ger∴, Secr∴ do Santo Império.

(*) Os privilégios se referen a Oficinas de Altos Graus.

49
APÊNDICE DOS INSTITUTOS E GRANDES
CONSTITUIÇÕES DO
SUPREMO CONSELHO DO GRAU 33

ARTIGO I
O estandarte da Ordem é da cor da prata (branca), franjado
de ouro em roda, carregado no centro com uma águia de duas cabeças,
com asas abertas pretas, bicos e pés de ouro, sustentando nas garras
uma espada antiga, guarnecida de ouro, posta em frente da direita à
esquerda, da qual pende uma divisa com as palavras – DEUS
MEUNQUE JUS – escrita também com letras de ouro.
A águia é coroada da glória de ouro, a gravata de púrpura,
franjada de ouro, e estrelado do mesmo metal.

ARTIGO II
As insígnias do Soberano Grande Inspetor Geral são:
1º - A cruz teutônica esmaltada de encarnado, posta sobre o
peito esquerdo.
2º - Cordão ondeado, orlado de ouro, carregado em frente de
uma glória radiante de ouro, marcada no centro com o algarismo 33,
acompanhada à direita e esquerda de dois punhais de prata com as
pontas para o centro da glória. Este cordão, levado da esquerda para
a direita, acaba em ponta, franjada de ouro, carregada no centro
com um simples laço encarnado, do qual pende a jóia da Ordem.
3º - Esta jóia é a águia, semelhante à do estandarte, coroada
com a real coroa da Prússia.
4º - A medalha da Ordem se traz por cima da cruz teutônica.
É uma estrela de 9 pontas radiante, de prata, formada de três
triângulos de ouro enlaçados, atravessados por uma espada e a mão
da justiça pendente do pescoço sobre o peito, por cima de tudo. O
escudo da Ordem, esmaltado de azul, tem a águia semelhante àquela
do estandarte, acompanhada, à direita, de uma balança de ouro, e, à
esquerda, de uma esquadria e compasso enlaçados da mesma
50
maneira. O escudo é debruado de azul, carregado com a divisa –
ORDO AB CHAO – em letras de ouro, circulada de duas serpentes,
matizadas de ouro, mordendo a cauda, ao lado de 9 pequenos
triângulos, esmaltados de púrpura, e carregado cada um com a sua
letra, das seguintes: S.A.P.I.E.N.T.I.A.
5º - Os três primeiros Oficiais do Supremo Conselho trazem
de mais uma banda branca em cinto franjada de ouro, pendente à
esquerda.

ARTIGO III
O grande selo da Ordem tem de prata a águia de duas cabeças,
semelhante à do estandarte, coroado com a coroa da Prússia,
realçada da glória radiante do mesmo metal, carregado no centro
com o algarismo 33, ou somente com um dos dois. Nas margens
inferiores, por baixo das asas e pés da águia, estão postas, em meia
lua, 33 estrelas de ouro. O todo é circulado com a divisa – Supremo
Conselho dos 33 graus de ...
Dado em Supremo Conselho de Grau 33, no dia, mês e ano ut
supra.
(Assinado) N∴Stark∴N∴N∴K∴ Wolkner
aprovado. – Assinado –

FREDERICO.

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