O projeto Sirius é a mais nova fonte de luz síncrotron a ser desenvolvida em território
brasileiro.As fontes de luz síncrotron são máquinas extremamente sofisticadas que
produzem radiação eletromagnética de amplo espectro e alto brilho, compreendendo o infravermelho, ultravioleta e os raios X.Atualmente, o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) conta com um síncrotron chamado UVX. Apesar da sua confiabilidade, ele já não tem sido capaz de atender as necessidades dos pesquisadores de todo o Brasil. Dessa forma, o projeto Sirius foi concebido para atender a grande demanda da pesquisa nacional.Sirius será uma fonte de luz síncrotron de 4ª geração, mais moderna que a tecnologia utilizada atualmente no UVX. Contará com um grande acelerador de elétrons, capaz de acelerá-los com até 3 GeV (Gigaelétron-volts) de energia. Além disso, a circunferência do anel principal medirá 518,4 m e comportará até 40 linhas de luz – cada uma delas é capaz de portar um laboratório para análise de materiais distintos. A luz síncrotron é uma radiação eletromagnética que pode ser usada para a observação das estruturas internas dos materiais, como átomos e ligações químicas. Síncrotron é uma máquina que acelera partículas carregadas, geralmente elétrons, a velocidades altíssimas, próximas à velocidade da luz. Essas partículas são direcionadas a um grande anel circular, onde são defletidas pela presença de um intenso campo magnético. A aceleração centrípeta sofrida pelas cargas elétricas durante as curvas no interior do anel produzem ondas eletromagnéticas que podem ser usadas pela investigação científica para diversos fins. Os síncrotrons de 4ª geração, como o Sirius, contam com diversos polos magnéticos invertidos, chamados de onduladores, distribuídos por toda a circunferência do anel. Por essa razão, os elétrons sofrem acelerações e desacelerações sucessivas e de alta frequência, produzindo, assim, uma radiação muito mais “luminosa” Síncrotron de dipolo magnético (à esquerda) e síncrotron ondulador (à direita). (Fonte: LNLS/CPNEM)