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609-36
MÓDULO: BIBLIOLOGIA E EXEGESE DO ANTIGO
TESTAMENTO

EXEGESE DO ANTIGO
TESTAMENTO
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A exegese é uma das principais ferramentas de pesquisa e interpretação usada
para o estudo da Bíblia, principalmente no âmbito religioso. O termo exegese
vem do grego e tem como sentido básico a interpretação ou a explicação crítica
de um texto.
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É, portanto, a arte de extrair do texto o seu sentido mais original. Encontramos
no Novo Testamento referência a esta palavra, sempre usada no sentido da
explanação, interpretação ou narrativa:

A explicação sistemática de um texto é assim, o sentido essencial da exegese. É


tarefa daquele que narra ou explica um acontecimento, comunicar a
mensagem para seu destinatário.

Na dinâmica da narrativa bíblica o texto é o item mais fundamental nesta


tríade: narrador – narrativa ou texto – destinatário, pois ele é a razão de ser do
intérprete e do estudante.
DA BÍBLIA
OS MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO

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EXEGESE DO ANTIGO TESTAMENTO Ao longo da história de interpretação da Bíblia, foram criados
muitos métodos exegéticos com a intenção de facilitar e
sistematizar a exegese dos textos da Bíblia.

Muitas pessoas desenvolveram receios quanto à crítica bíblica,


por considerá-la ameaçadora da integridade da “Palavra de
Deus”, no entanto, esta forma de se fazer a análise dos textos,
proporciona uma investigação apreciativa dos fatos e
circunstâncias que nos trouxeram o texto bíblico,

O estudo da Bíblia usando um método exegético não a


desvaloriza como “Palavra de Deus”, pelo contrário, mostra o
quanto somos pequenos e humildes diante desta imensidão
cultural, religiosa e social de povos tão antigos.
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EXEGESE DO ANTIGO TESTAMENTO José Ademar Kaefer, citando (ARENS, 2007, p.68), ressalta que
no desenvolvimento da escrita, em transição com a tradição
oral, ainda nas comunidades do segundo testamento, o texto
hebraico era lido pelos escribas nas sinagogas e possuía um
caráter sagrado.

Como o hebraico não era mais a língua oficial falada, fazia-se


a tradução para o Aramaico (targum: tradução); em seguida
dava-se a explicação (darash: explicar, consultar), e por fim
fazia-se a atualização (midrash: atualizar).

Este processo foi aos poucos se oficializando como um modelo


para o método de interpretação bíblica.
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EXEGESE DO ANTIGO TESTAMENTO A exegese surge assim nesta dinâmica em que a inserção no
texto, passa por três etapas:

1. Leitura Diacrônica, onde se analisa o caráter cronológico


do texto e sua significação, é o momento onde mergulhamos
no texto para entender o pano de fundo de sua formação;

2. Leitura Sincrônica, onde se lê e interpreta o texto a partir


de sua realidade;

3. Interpretação, que se faz através da hermenêutica,


buscando entender o kerigma, (mensagem) do texto para hoje.
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EXEGESE DO ANTIGO TESTAMENTO É importante ressaltar que o pesquisador da Bíblia tem à sua
disposição dois textos originais: O texto Massorético que no
Antigo Testamento está em grande parte escrito em Hebraico e
o texto Grego do Novo Testamento.

Em se tratando do Antigo Testamento, existem cerca de quatro


versões consideradas de grande valor para o estudo do texto
original. São elas: a Septuaginta, tradução do hebraico para o
grego; o Targum, tradução do hebraico para o aramaico; a
Siríaca ou Peshita, tradução do hebraico para a língua síria; e
a Vulgata, tradução do hebraico para o latim.
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EXEGESE DO ANTIGO TESTAMENTO Há muitos outros textos de traduções tardias de menor valor
para as pesquisas como a tradução samaritana, Áquila,
Teodocião e Símaco.

O referencial mais confiável para o estudo exegético hoje é o


texto massorético publicado pela Sociedade Bíblica
Universal em Stuttgart, onde a Biblia Hebraica
Stuttgartencia concentra as notas e aparatos críticos dos
massoretas (masorah = tradição) e soferins (escribas).

Estes aparatos são resultados de análises e comparações feitas


pelos estudiosos a partir de vários manuscritos, aglutinando as
mudanças e acréscimos que espelhavam diversas tradições em
um único texto.
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EXEGESE DO ANTIGO TESTAMENTO Apresentamos dois modelos principais para nosso estudo: a
exegese acadêmica e a exegese pastoral.

Enquanto a acadêmica estuda o texto em todos os seus


aspectos, fazendo dele seu objeto para o conhecimento, tem
como meta o texto em si e por si mesmo, a exegese pastoral
limita-se aos aspectos do texto para compreender seu conteúdo
e atualizar sua mensagem.

A exegese acadêmica se utiliza de todos os meios humanos


para a sua pesquisa, excluindo ao máximo os elementos de fé
considerados “não racionais” fazendo de seu sistema científico
uma pesquisa pura e objetiva.
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EXEGESE DO ANTIGO TESTAMENTO A exegese pastoral carrega os elementos de fé, pois tem
como destinatário o ser humano religioso. Seu foco são os
problemas concretos da vida e por isto prefere desenvolver uma
pesquisa aplicada e sua ênfase está no processo eventual que
levou à constituição do texto canônico. Neste sentido, a
Hermenêutica tem uma função muito especial que faz da
“Bíblia palavra de Deus, sempre atual e útil, tendo algo a dizer
no dia a dia de qualquer tempo”
PANORÂMICA
EXEGESE DO ANTIGO
TESTAMENTO – VISÃO

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EXEGESE DO ANTIGO TESTAMENTO O AT está dividido em 7 períodos que são eles:

1º. Período primitivo Gn 1-11


É o período das primeiras coisas e como tudo começou.
2º. Período Patriarcal Gn 12-50
É período dos patriarcas que se estende desde Abraão até José.
3º. Período do Êxodo
Esse período estende-se desde a saída de Israel do Egito até
Josué. Estão envolvidos nesse período os livros do Êxodo,
Levítico, Números, Deuteronômio e Josué.
4º. Período dos juízes;
Demonstra a luta dos israelitas para se manter na terra
prometida.
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EXEGESE DO ANTIGO TESTAMENTO O AT está dividido em 7 períodos que são eles:

5º. Período da Monarquia


É o período do fim dos juízes e o início da monarquia em Israel
que envolve os livros de Samuel, Crônicas e Reis
6º. Período do exílio
É o período do reino dividido. O reino norte, Israel, é levado
cativo para Assíria e o reino sul, Judá, é levado cativo para
Babilônia;
7º. Período pós exílio
É o período do fim do exílio de Judá com o retorno dos cativos
para Jerusalém, e as construções do templo e dos muros da
cidade. Envolve os seguintes livros: Esdras, Neemias, Malaquias
e Ageu.
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EXEGESE DO ANTIGO TESTAMENTO Jesus e o Antigo Testamento

Jesus tinha uma ligação muito forte com o AT por que ele é o
cumprimento e o tema principal dele (Lc 4.21). Jesus é a
exegese do Antigo Testamento.
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EXEGESE DO ANTIGO TESTAMENTO Paulo e o Antigo Testamento

O apóstolo Paulo usava o AT para suas argumentações (1Tm


5.18); curvava-se para autoridade do velho testamento; ele
respeitava os seus vereditos e sua santidade.

Fazendo assim, ele estabeleceu o padrão para todos aqueles


que iam lidar com os oráculos de Deus.
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EXEGESE DO ANTIGO TESTAMENTO O Velho Testamento é inspirado?

No AT, nós temos três fontes de revelação da vontade divina de


acordo com Jeremias 18.18:
Os sacerdotes com a instrução;
Os sábios com os conselhos;
Os profetas com as mensagens divinas.

Em 1Tm 3.16 Paulo diz que toda Escritura é divinamente


inspirada. E quando ele diz “toda”, ele está se referindo ao AT.
Logo, o velho testamento, é inspirado por Deus.
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EXEGESE DO ANTIGO TESTAMENTO Qual Propósito da Exegese do Antigo testamento?

O alvo da exegese do AT é procurar esclarecer a natureza e a


sua revelação inspiradora.

Ou seja, é procurar a base. E qual é a base do AT? A base é


Jesus.
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EXEGESE DO ANTIGO TESTAMENTO O Cânon do Antigo testamento

Primeiro temos que entender o que é Canon, Canonicidade e


canonização.

Canon: é o conjunto de livros que compõem o velho


testamento.

Canonicidade: é a qualidade exclusiva dos livros bíblicos que


os credenciam como padrões de fé e conduta. A canonicidade
decorre da inspiração.

Canonização: é o processo mediante o qual o povo de Deus


reconheceu a canonicidade dos livros.
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EXEGESE DO ANTIGO TESTAMENTO O processo de canonização

Vários livros são citados no AT, livros como:


O Livro do Justo (Js 10.13); O Livro das Guerras do Senhor (Nm
21.14); Livro dos Atos de Salomão (1Re 11,41); Livro do Profeta
Natã 2Cr 9,29); Livro de Gade, o vidente (1Cr 29,29); Livro de
Aías, o Silonita (2Cr 9,29); Livro de Ado, o Vidente (2Cr 9,29);
Livros de Semaias, o profeta (2Cr 12,15); Anais dos Reis de
Israel (2Cr 33,18); Comentários de Jeú, filho de Hanani (2Cr
20,34); A História de Osias, por Isaías, filho de Amós, o profeta
(2Cr 26,22); Palavras de Hozai (2Cr 33,19); Livros dos Medos e
dos Persas (Es 10,1-2).

Porém, apesar de serem citados, nenhum desses livros fizeram


parte do cânon do AT.
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EXEGESE DO ANTIGO TESTAMENTO Teorias erradas sobre a canonização no Velho Testamento:

Primeira – A idade do livro é quem determinava a sua


canonização. Se a idade do livro é um requisito para ser
canonizado, o Livro do Justo teria passado.

Segunda – Se o livro fosse escrito só em hebraico, ele fseria


considerado sagrado. E os que houvessem sido escritos em
outras línguas não seriam introduzidos no cânon. Só que nem
todo livro escrito em hebraico foi canonizado.
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EXEGESE DO ANTIGO TESTAMENTO Teorias erradas sobre a canonização no Velho Testamento:

Terceira – A não concordância com os textos da torá iria


determinar ou não a sua canonização. Mas é preciso entender
que os 5 livros escritos por Moisés fazem parte das escrituras. E
os outros livros são tão importantes quanto a torá.

Quarta – O valor religioso determinava a canonização. Essa é


outra hipótese que o valor religioso determinava sua inclusão
no cânon. Todos os livros tinham um valor religioso muito
grande, mas também existe um valor histórico grande. Os livros
de Crônicas, Samuel e Reis é livro histórico. Não tem nada de
religioso neles.
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EXEGESE DO ANTIGO TESTAMENTO O concílio de Jâmnia em 100 d.C.

O objetivo do concílio de Jâmnia formado por judeus no


segundo século, foi discutir livros já canonizados. A discursão
tinha como objetivo saber o motivo de alguns livros terem sidos
aceitos no cânon. Livros como Ester, Ezequiel, Provérbios,
Cantares de Salomão e Eclesiastes.
“Guarde esses princípios basilares. Bons estudos!!!”

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