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Apostila:
PRODUÇÃO MECÂNICA - II no Ensino Técnico de
Eletromecânica Integrado ao Ensino Médio
Imperatriz – MA
2023
Prof. LAÉCIO GOMES GALDINO
Apostila:
PRODUÇÃO MECÂNICA - II no Ensino Técnico de
Eletromecânica Integrado ao Ensino Médio
Apostila aplicada no Curso Técnico
Integrado em Eletromecânica do Instituto Federal
de Educação, Ciências e Tecnologia do Maranhão/
CAMPUS IMPERATRIZ, como complementação
didática à disciplina Produção Mecânica - II.
Imperatriz – MA
2023
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................... 5
1.1 Tipos de Normas Elaboradas pela ABNT .......................................................... 6
1.1.1 Procedimento ..................................................................................................... 6
1.1.2 Especificação ..................................................................................................... 7
1.1.3 Padronização ..................................................................................................... 7
1.1.4 Terminologia....................................................................................................... 7
1.1.5 Simbologia.......................................................................................................... 8
1.1.6 Classificação ...................................................................................................... 8
1.1.7 Método de ensaio ............................................................................................... 9
1.2 Lista de Exercícios do Capítulo 1 ...................................................................... 9
2 TERMINOLOGIAS E SIGNIFICAÇÃO DE TOLERÂNCIAS E
AJUSTES ............................................................................................. 10
2.1 Tolerância .......................................................................................................... 11
2.1.1 Terminologias de tolerâncias ............................................................................ 12
2.2 Afastamentos..................................................................................................... 13
2.2.1 Terminologias de afastamento ......................................................................... 16
2.3 Ajustes ............................................................................................................... 17
2.2.1 Terminologias de ajustes.................................................................................. 18
2.3.1 Ajuste com folga ............................................................................................... 19
2.3.2 Ajuste com interferência ................................................................................... 20
2.3.3 Ajuste incerto .................................................................................................... 20
2.4 Lista de Exercícios do Capítulo 2 .................................................................... 21
3 SISTEMA DE TOLERÂNCIA E AJUSTES ABNT/ISO ...................... 23
3.1 Campos de Tolerância ISO ............................................................................... 24
3.2 Interpretação de Tolerâncias no Sistema ABNT/ISO ..................................... 26
3.2 Sistema Furo-Base ............................................................................................ 27
3.3 Sistema Eixo-Base ............................................................................................ 29
3.4_ Lista de Exercícios do Capítulo 3 .................................................................. 30
4 TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS ..................................................... 35
4.1 Conceitos Básicos ............................................................................................ 35
4.2 Tolerância de Forma para Elemento Isolado .................................................. 36
4
1 INTRODUÇÃO
1.1.1 Procedimento
1.1.2 Especificação
1.1.3 Padronização
1.1.4 Terminologia
1.1.5 Simbologia
1.1.6 Classificação
2.1 Tolerância
2.2 Afastamentos
Linha Zero – linha que nos desenhos fixa a dimensão nominal e serve de
origem aos afastamentos.
Represente um desenho ilustrativo:
2.3 Ajustes
Para entender o que são ajustes precisamos antes saber o que são eixos
e furos de peças. Quando falamos em ajustes, eixo é o nome genérico dado a
qualquer peça, ou parte de peça, que funciona alojada em outra. Em geral, a
superfície externa de um eixo trabalha acoplada, isto é, unida à superfície interna de
um furo. No exemplo ilustrado na figura 7, temos uma bucha e um eixo. Observe que
a bucha está em corte para mostrar seu interior que é um furo.
Tolerância = ............................................
b) Refaça o mesmo procedimento para os valores cotados na figura da 2ª
questão.
ø12 (Tolerância = ..........................) ø16(Tolerância = ............................)
20 (Tolerância = .............................) 40(Tolerância = .............................)
Entre os dois sistemas, o furo-base é o que tem maior aceitação. Uma vez
fixada a tolerância do furo, fica mais fácil obter o ajuste recomendado variando
apenas as tolerâncias dos eixos.
a) (.....................) b) (.....................)
tolerância da cota .
R.: (................................)
9ª)_ Um lote de peças foi produzido a partir do desenho técnico abaixo.
Observando os afastamentos, você percebe que as peças são acopladas por que
tipo de ajuste?
R.:(.........................................)
4 TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS
4.2.1 Retilineidade
Símbolo:
É a condição pela qual cada linha deve estar limitada dentro do valor de
tolerância especificada. Se o valor da tolerância (t) for precedido pelo símbolo Æ , o
campo de tolerância será limitado por um cilindro “t”, conforme figura.
4.2.2 Planeza
Símbolo:
É a condição pela qual toda superfície deve estar limitada pela zona de
tolerância “t”, compreendida entre dois planos paralelos, distantes de “t”.
4.2.3 Circularidade
Símbolo:
É a condição pela qual qualquer círculo deve estar dentro de uma faixa
definida por dois círculos concêntricos, distantes no valor da tolerância especificada.
4.2.4 Cilindricidade
Símbolo:
É a condição pela qual a zona de tolerância especificada é a distância
radial entre dois cilindros coaxiais.
Símbolo:
O campo de tolerância é limitado por duas linhas envolvendo círculos
cujos diâmetros sejam iguais à tolerância especificada e cujos centros estejam
situados sobre o perfil geométrico correto da linha.
Símbolo:
O campo de tolerância é limitado por duas superfícies envolvendo esferas
de diâmetro igual à tolerância especificada e cujos centros estão situados sobre uma
superfície que tem a forma geométrica correta. Pode ser observado na figura 32,
que a superfície considerada deve estar compreendida entre duas superfícies
envolvendo esferas de 0,2 mm de diâmetro, centradas sobre o perfil geométrico
correto.
4.3.1 Paralelismo
Símbolo:
Paralelismo é a condição de uma linha ou superfície ser eqüidistante em
todos os seus pontos de um eixo ou plano de referência. Veja os exemplos a seguir:
4.3.2 Perpendicularidade
Símbolo:
É a condição pela qual o elemento deve estar dentro do desvio angular,
tomado como referência o ângulo reto entre uma superfície, ou uma reta, e tendo
como elemento de referência uma superfície ou uma reta, respectivamente.
4.3.3 Inclinação
Símbolo:
Existem dois métodos para especificar tolerância angular:
O primeiro é pela variação angular, especificando o ângulo máximo e o
ângulo mínimo.
Símbolo:
A tolerância de posição pode ser definida, de modo geral, como desvio
tolerado de um determinado elemento (ponto, reta, plano) em relação a sua posição
teórica. É importante a aplicação dessa tolerância de posição para especificar as
posições relativas, por exemplo, de furos em uma carcaça para que ela possa ser
montada sem nenhuma necessidade de ajuste. Vamos considerar as seguintes
tolerâncias de posição de um elemento: Tolerância de posição do ponto - É a
tolerância determinada por uma superfície esférica ou um círculo, cujo diâmetro
mede a tolerância especificada. O centro do círculo deve coincidir com a posição
teórica do ponto considerado, ou seja, as medidas nominais.
4.4.2 Concentricidade
Símbolo:
Define-se concentricidade como a condição segundo a qual os eixos de
duas ou mais figuras geométricas, tais como cilindros, cones etc., são coincidentes.
Na realidade não existe essa coincidência teórica. Há sempre uma variação do eixo
de simetria de uma das figuras em relação a um outro eixo tomado como referência,
caracterizando uma excentricidade. Pode-se definir como tolerância de
concentricidade a excentricidade te considerada em um plano perpendicular ao eixo
tomado como referência. Nesse plano, tem-se dois pontos que são a intersecção do
eixo de referência e do eixo que se quer saber a excentricidade. O segundo ponto
deverá estar contido em círculo de raio te, tendo como centro o ponto considerado do
eixo de referência, conforme esquema da figura 47, e o diâmetro B deve ser
concêntrico com o diâmetro A, quando a linha de centro do diâmetro B estiver dentro
do círculo de diâmetro te , cujo centro está na linha de centro do diâmetro A. A
tolerância de excentricidade poderá variar de ponto para ponto, ao se deslocar o
plano de medida paralelo a si mesmo e perpendicular à linha de centro de
referência. O centro do círculo maior deve estar contido em um círculo com diâmetro
de 0,1 mm, concêntrico em relação ao círculo de referência A. Observe que os
desvios de excentricidade constituem na realidade um caso particular dos desvios
de coaxialidade.
4.4.3 Coaxialidade
Símbolo:
A tolerância de coaxialidade de uma reta em relação a outra, tomada
como referência, é definida por um cilindro de raio tc, tendo como geratriz a reta de
referência, dentro do qual deverá se encontrar a outra reta. A tolerância de
coaxialidade deve sempre estar referida a um comprimento de referência. O desvio
de coaxialidade pode ser verificado pela medição do desvio de concentricidade em
alguns pontos. No exemplo da figura 48, o eixo do diâmetro central deve estar
contido em uma zona cilíndrica de 0,08 mm de diâmetro, coaxial ao eixo de
referência AB.
4.4.4 Simetria
Símbolo:
A tolerância de simetria é semelhante à de posição de um elemento,
porém utilizada em condição independente, isto é, não se leva em conta a grandeza
do elemento. O campo de tolerância é limitado por duas retas paralelas, ou por dois
planos paralelos, distantes no valor especificado e dispostos simetricamente em
relação ao eixo (ou plano) de referência. No exemplo a seguir o eixo do furo deve
estar compreendido entre dois planos paralelos, distantes 0,08 mm, e dispostos
simetricamente em relação ao plano de referência AB (figura 49).
Símbolo:
Na usinagem de elementos de revolução, tais como cilindros ou furos,
ocorrem variações em suas formas e posições, o que provoca erros de ovalização,
conicidade, excentricidade etc. em relação a seus eixos. Tais erros são aceitáveis
até certos limites, desde que não comprometam seu funcionamento. Daí a
necessidade de se estabelecer um dimensionamento conveniente para os
elementos. Além desses desvios, fica difícil determinar na peça o seu verdadeiro
eixo de revolução. Nesse caso, a medição ou inspeção deve ser feita a partir de
outras referências que estejam relacionadas ao eixo de simetria. Essa variação de
referencial geralmente leva a uma composição de erros, envolvendo a superfície
medida, a superfície de referência e a linha de centro teórica. Para que se possa
fazer uma conceituação desses erros compostos, são definidos os desvios de
batimento, que nada mais são do que desvios compostos de forma e posição de
superfície de revolução, quando medidos a partir de um eixo ou superfície de
referência.
O batimento representa a variação máxima admissível da posição de um
elemento, considerado ao girar a peça de uma rotação em torno de um eixo de
referência, sem que haja deslocamento axial. A tolerância de batimento é aplicada
separadamente para cada posição medida. Se não houver indicação em contrário, a
variação máxima permitida deverá ser verificada a partir do ponto indicado pela seta
no desenho.O batimento pode delimitar erros de circularidade, coaxialidade,
Prof. Engº Ind. Mec. Laécio Gomes Galdino
e-mail: lggaldino@ifma.edu.br
54
a)
b)
c)
d)
5 RUGOSIDADE
a) b)
c)
Figura 52. a) rugosímetro digital portátil; b) Rugosímetro digital com
registro gráfico incorporado; e c) Sistema para avaliação
de textura superficial analógico.
a)
b)
c)
d)
6.1 Usinagem
vc=2.c.gpm/1000[m/min] (7.2)
Vf=f.n[mm/min] (7.3)
Somente o ângulo de cunha não garante que o material seja cortado com
sucesso, outros ângulos também assumem papel importante e estão relacionados
com a posição da ferramenta em relação a peça. A Figura 77 ilustra uma ferramenta
de corte (ferramenta de plaina) com os ângulos de folga (α), e de saída (γ).
Figura 68. Ângulo de folga (α) e de saída () para uma ferramenta de corte
de plaina.
Figura 73. Tipos de ângulos de saída (γ) para uma ferramenta de torno.
desse problema é mais uma questão de higiene pessoal (vestir um avental a prova
de óleo, lavar as áreas da pele que entram em contato com o fluido, sujeiras e
partículas metálicas ao menos duas vezes ao dia. Tratar e proteger imediatamente
os cortes e arranhões, aplicar cremes adequados as mãos e aos braços antes do
início do trabalho e depois de lavá-los, instalar nas máquinas, protetores contra
salpicos, etc.).
6.1.3.1 Serramento
6.1.3.2 Furação
Essa operação de usinagem tem por objetivo abrir furos em peças. Ela é,
muitas vezes, uma operação intermediária de preparação de outras operações como
alargar furos com acabamentos rigorosos, serrar contornos internos e abrir roscas.
A ferramenta que faz o trabalho de furação chama-se broca. Na
execução do furo, a broca recebe um movimento de rotação, responsável pelo corte,
e um movimento de avanço, responsável pela penetração da ferramenta.
O furo obtido tem baixo grau de exatidão e seu diâmetro em geral varia de
1 a 50 mm.
Na maioria das operações de furar na indústria mecânica são
empregadas brocas iguais àquelas que usamos em casa, na furadeira doméstica.
Ou igual àquela que o dentista usa para cuidar dos seus dentes: a broca helicoidal.
A broca helicoidal é uma ferramenta de corte de forma cilíndrica,
fabricada com aço rápido, aço-carbono, ou com aço-carbono com ponta de metal
duro. A broca de aço rápido pode também ser revestida com nitreto de titânio, o que
aumenta a vida útil da ferramenta porque diminui o esforço do corte, o calor gerado
e o desgaste da ferramenta. Isso melhora a qualidade de acabamento do furo e
aumenta a produtividade, uma vez que permite o trabalho com velocidades de corte
maiores. Para fins de fixação e afiação, ela é dividida em três partes: haste, corpo e
ponta.
como a furação por meio de uma ferramenta chamada broca. As furadeiras mais
comuns são:
1. Furadeira portátil – são usadas em montagens, na execução de furos
de fixação de pinos, cavilhas e parafusos em peças muito grandes como turbinas,
carrocerias etc., quando há necessidade de trabalhar no próprio local devido ao
difícil acesso de uma furadeira maior. São usadas também em serviços de
manutenção para extração de elementos de máquina (como parafusos, prisioneiros).
Pode ser elétrica e também pneumática.
2. Furadeira de coluna – é chamada de furadeira de coluna porque seu
suporte principal é uma coluna na qual estão montados o sistema de transmissão de
movimento, a mesa e a base. A coluna permite deslocar e girar o sistema de
transmissão e a mesa, segundo o tamanho das peças.
As furadeiras de coluna podem ser:
a) de bancada (também chamada de sensitiva, porque o avanço da
ferramenta é dado pela força do operador) – por ter motores de pequena potência é
empregada para fazer furos pequenos (1 a 12 mm). A transmissão de movimentos é
feita por meio de sistema de polias e correias.
b) de piso – geralmente é usada para a furação de peças grandes com
diâmetros maiores do que os das furadeiras de bancada. Possuem mesas giratórias
que permitem maior aproveitamento em peças de formatos irregulares. Possuem,
também, mecanismo para avanço automático do eixo árvore. Normalmente a
transmissão de movimentos é feita por engrenagens.
3. Furadeira radial – é empregada para abrir furos em peças pesadas,
volumosas ou difíceis de alinhar. Possui um potente braço horizontal que pode ser
abaixado e levantado e é capaz de girar em torno da coluna. Esse braço, por sua
vez, contém o eixo porta-ferramentas que também pode ser deslocado
horizontalmente ao longo do braço. Isso permite furar em várias posições sem mover
a peça. O avanço da ferramenta também é automático.
1) 2) 3)
6.1.3.3 Rasqueteamento
As operações de usinagem com máquinas produzem estrias ou sulcos
nas superfícies das peças mesmo quando aparentemente elas estão perfeitamente
lisas. É o caso das superfícies planas das mesas de traçagem, das guias de carros
de máquinas, dos barramentos e dos mancais de deslizamento, faces de contato de
acessórios de fixação como blocos prismáticos, cantoneiras e calços especiais.
Para diminuir os defeitos resultantes da ação da ferramenta de corte,
emprega-se a raspagem, também conhecida como rasqueteamento. Trata-se de
um processo manual de acabamento realizado com o auxílio de uma ferramenta
chamada de raspador, ou rasquete.
Além de uma superfície perfeitamente acabada, a raspagem aumenta os
pontos de contato entre as superfícies que são separadas por pequenos sulcos que
proporcionam melhor lubrificação, uma vez que ajudam a manter uma película de
óleo homogênea sobre elas. Isso diminui o desgaste e aumenta a vida útil de peças
sujeitas ao atrito.
Uma das características mais importantes da raspagem é que ela retira
partículas extremamente pequenas, cerca de 0,01 mm da superfície da peça. Isso é
muito menor do que os cavacos resultantes de um corte com lima.
Para realizar a raspagem são necessárias ferramentas, instrumentos e
materiais. Os raspadores são fabricados em aço-carbono ou aço-liga extra duro e
têm o formato semelhante ao de uma lima. Em sua extremidade prende-se uma
pastilha de aço rápido ou de metal duro por meio de grampo ou por soldagem.
Quanto ao formato os raspadores podem ser classificados em:
1. Raspador chato, que pode ou não ser curvado, e que é usado para
raspar superfícies planas de mesas de máquinasferramenta, barramentos de tornos
e desempenos a fim de remover pequenas quantidades material de superfícies que
já tenham sido usinadas no formato desejado.
2. Raspador triangular, que é usado para retirar rebarbas de furos e
para a raspagem de superfícies internas de furos de pequeno diâmetro.
3. Raspador de mancais, empregado na raspagem de mancais, para
ajustes de eixos e em superfícies côncavas em geral.
Dica tecnológica: As arestas cortantes dos raspadores têm desgaste
rápido e necessitam de afiações frequentes. Essas afiações são feitas em
esmerilhadoras. O acabamento das arestas de corte é feito em uma pedra de afiar.
Veja ângulo de afiação na ilustração.
Um equipamento pode ser usado na raspagem: é a rasqueteadeira
elétrica na qual se fixa um inserto de tungstênio. Apesar disso, a raspagem continua,
dependendo da habilidade manual do operador.
6.1.3.4 Aplainamento
6.1.3.5 Fresamento
6.1.3.6 Torneamento
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CUNHA, L. S. Manual prático do mecânico. Hemus Editora Ltda, São Paulo – SP,
8ª ed., (...2006).