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DIVINÓPOLIS
2022
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SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS..............................................................................................................3
LISTA DE QUADROS............................................................................................................4
1 - INTRODUÇÃO...................................................................................................................5
4 – METODOLOGIA............................................................................................................13
5.1 #NAOVOUVACINAR...............................................................................................16
5.1.2 PREOCUPAÇÃO..................................................................................................21
5.1.3 COMPROMETIMENTO.....................................................................................21
5.1.5 ALINHAMENTO..................................................................................................22
5.2 #DERRUBAYOUTUBE...............................................................................................23
5.2.2 PREOCUPAÇÃO..................................................................................................29
5.2.3 COMPROMETIMENTO.....................................................................................31
5.2.4 POSICIONAMENTO............................................................................................33
5.2.5 ALINHAMENTO..................................................................................................33
5.3 #VACINAMATA..........................................................................................................35
5.3.2 PREOCUPAÇÃO..................................................................................................40
5.3.3 COMPROMETIMENTO.....................................................................................41
5.3.4 POSICIONAMENTO............................................................................................43
5.3.5 ALINHAMENTO..................................................................................................43
6 - CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................................45
7- REFERÊNCIAS.................................................................................................................46
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LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
1 - INTRODUÇÃO
são os protagonistas que atingiram uma maior audiência, quais temáticas estão relacionadas a
marca; que perfis mais colaboram para a discussão e propagação da marca; quais os
principais posicionamentos dos usuários e que discussões ocorrem em paralelo.
Estudar os meios de comunicação digitais está em processo de expansão e descoberta
de seu valor simbólico, isso tem desencadeado grandes mudanças nas formas em que nos
comunicamos, passando a criamos sentidos além das escolhas racionais. Esta pesquisa é
relevante porque os meios de comunicação estão em constantes processos de expansão, e isso
tem desencadeado diversas mudanças nas formas como nos comunicamos. A comunicação
nas redes sociais digitais vem se alterando com o tempo em função da facilidade na
transmissão de informações. É possível observar que os usuários buscam se informar através
de redes sociais e aplicativos de mensagens, criando uma rede de conversação daquilo que é
de interesse para cada.
Diante desse cenário e do interesse da pesquisa, acreditamos que existe uma produção
bibliográfica restrita sobre “hashtag studies” (BRUNS; BURGESS, 2016) no Brasil. Assim,
buscamos contribuir com estudos da área a partir de uma análise específica que envolve
conceitos fake news, redes sociais e hashtags. O tema de notícias Fake News foi escolhido
por ter ganhado grande destaque nas mídias sociais digitais desde as eleições presidenciais do
EUA em 2018. O Twitter foi escolhido por ser uma plataforma que não faz diferenciação
entre os perfis quando se diz respeito a pessoas físicas e jurídicas, diferente de outras redes,
como o Facebook, que traz uma formatação diferente nas fanpages e perfis pessoais.
Seguindo esta lógica, acresce-se que a estrutura do Twitter permite a construção de públicos
ilimitadas, sendo as narrativas de seus usuários espalhadas a partir de uma conversação de
massa. Essas características coligadas a variabilidade na organização das conexões,
transformaram o Twitter em uma plataforma bastante utilizada pelos na promoção de
campanhas a partir das hashtags.
Esta pesquisa enquadra-se na categoria de “hashtag studies”, de acordo com a
proposta de Bruns e Burgess (2016), ou seja, ações que procuram capturar um conjunto
abrangente de tweets contendo hashtags proeminentes para compreender um determinado
tema ou evento. Neste caso, trata-se do método de estudo de caso, visto que se pretende, a
partir da seleção de hashtags, reconstruir o contexto da rede de conversação estabelecida, não
sendo objetivo promover uma generalização dos resultados, mas sim fornecer em
profundidade reflexões sobre o fenômeno.
Para tanto, selecionamos três hashtags publicadas pelos usuários do Twitter, sendo
elas #naovouvacinar, #derrubayoutube #vacinamata. A metodologia foi elaborada a partir da
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Análise Crítica (ROGERS, 2018). O autor propõe uma classificação de hashtags em cinco
categorias que visam analisar modos de engajamento por parte daqueles usuários que
transmitem conteúdos na rede. As cinco categorias propostas pelo autor são: voz dominante,
preocupação, comprometimento, posicionamento e alinhamento.
Para o desenvolvimento da pesquisa, foi realizada uma pesquisa bibliográfica em que
apresentamos as definições de Pós-Verdade, Fake News e as dinâmicas das redes sociais. Em
seguida, apresentamos nossas observações sobre as fakes news no contexto da pandemia. Por
fim, apresentamos o percurso metodológico, a análise e as conclusões da pesquisa
Podemos afirmar que a notícia é uma concepção da realidade, mas ela não reproduz
diretamente a realidade. Desta forma, para Xavier (2018) “Mesmo não sendo possível chegar
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a uma verdade absoluta, os jornalistas precisam estar comprometidos com a ética e com o
interesse público”. Assim, o jornalista deve defender o objetivo principal da profissão: levar a
verdade dos fatos e fidelidade das narrativas.
Mesmo com essa preocupação em manter a fidelidade às informações, ainda existe
um fenômeno de fake news (em português, notícias falsas) devido ao aumento no fluxo de
informações, principalmente nos meios de comunicação digital, como as redes sociais,
aplicativos de troca de mensagens e blogs.
Nos últimos anos abriu se o debate sobre a “pós-verdade”, o termo pós-verdade foi
eleito a palavra do ano de 2016 pelo Dicionário Oxford, onde apresenta a seguinte definição
sobre: “relativo a uma situação ou circunstâncias em que as pessoas são mais propensas a
aceitar um argumento com base em suas emoções e a crenças pessoais”1.
Nesta situação, as pessoas passam a levar a emoção acima da razão, assim, não
importa saber se realmente aquilo é verdadeiro. Para Xavier (2018) se a sociedade não
consegue distinguir o que é verdadeiro, coloca-se em risco a atividade profissional cuja
principal função é relatar fatos reais. Desta maneira surge então uma preocupação quanto o
fazer jornalístico.
Pode se dizer que um dos produtos da pós-verdade, são as fake News. O termo fake
news pode ser compreendido como a produção e propagação intensa e massiva de notícias
falsas, com propósito de distorcer fatos intencionalmente, de modo a atrair audiência,
enganar, desinformar, induzir a erros, manipular uma opinião, desprestigiar ou exaltar uma
instituição ou uma pessoa diante de um assunto específico, para obter vantagens econômicas
e até mesmo políticas.
As fakes news utilizam narrativas jornalísticas e componentes noticiosos, tomando
parte nas guerras informativas (GRUZD, RECUER, 2019). Desta forma, essas falsas notícias
ganham “credibilidade” por se assemelhar com notícias jornalísticas, e para isso se
estruturam em três elementos de acordo com Gruzd e Recuer (2019), sendo eles: a) o
componente de uso da narrativa jornalística e dos componentes noticiosos; b) o componente
1
Disponível em https://dictionary.cambridge.org/pt/dicionario/ingles/post-truth. Acesso em 30 nov 2021.
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Uma das maneiras que vem travando uma batalha contra a desinformação é o fact-
checking, ou checadores de notícias.
A quantidade de informação que consumimos no dia a dia, nos leva a uma dificuldade
de discernir o que é verdadeiro ou falso. O objetivo das agências de fact-checking é realizar
uma apuração do material que vem sendo divulgado nas redes sociais, blogs e aplicativos de
mensagens e assim classificá-los como verdadeiros ou não. Desta forma, podemos afirmar
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que o fact-checking é um parceiro dos leitores e usuários das redes sociais para a
identificação dos verdadeiros.
3 – AS FAKES NEWS NO CONTEXTO DA PANDEMIA
Nos últimos meses do ano de 2019 o mundo foi surpreendido pela notícia que
disseminação de um vírus na China, estaria colocando em alerta as organizações
internacionais de saúde. Já no início de 2020 começou uma luta contra de contenção de
disseminação do novo Coronavírus, como fechamento das fronteiras, protocolos de
tratamentos, lockdow, fechamento de indústrias, entre outros.
Os últimos dois anos foram marcados pela pandemia no COVID-19. Ainda que a
pandemia consista em ser um problema de saúde pública, o assunto tem gerado grande
repercussão na mídia, principalmente nas redes sociais onde o acesso as informações
acontecem de maneira mais rápida e difusa.
Durante todo o período da pandemia do COVID-19, houve várias discordâncias entre
as autoridades brasileiras, tanto a nível nacional e federal. Destaca-se a atitude negacionista
do então Presidente da República Jair Bolsonaro no que dizia a respeito da capacidade do
poder do novo coronavírus. Além desse acontecimento, surgiu uma disputa entre os
governos estaduais em suas ações de enfrentamento do COVID-19, que buscaram manter
suas imagens públicas.
Por serem lugares onde as informações circulam em alta velocidade, governos tem
utilizados dessas plataformas divulgar dados oficiais, realizar pronunciamentos públicos
sobre a pandemia, entre outros.
Nas redes sociais, os debates acerca da pandemia do novo coronavírus ganharam
grande repercussão, principalmente nas plataformas como o Facebook e o Twitter, onde
existe uma possibilidade de ter engajamento e visibilidade sem terem muito esforço, pois
essas redes têm como objetivo de estreitar relações e gerar conteúdo. Em contrapartida, existe
uma produção desenfreada de conteúdo nessas redes, muitos desses sensacionalistas ou falsos
sobre o COVID-19, que se viraliza em uma velocidade muito alta.
Pesquisas recentes têm demonstrado como as redes sociais contribuem para a
pluralização e a distribuição de debates sobre diversos temas polêmicos (JACKSON;
VALENTINE, 2014). Com destaque no ano de 2020, a questão das notícias falsas
envolvendo a pandemia mundial do novo coronavírus se tornou elemento presente nos meios
de comunicação, nas redes sociais e nas conversas cotidianas.
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Falas como essas podem agravar a pandemia e saúde de quem recebe essas
informações, principalmente por haver uma falta de confiabilidade por partes dessas
autoridades.
No Brasil circulam várias fake News durante esse momento pandêmico. Algumas
temáticas das fake news relacionadas à Covid-19 estão associadas à sua origem; propagação;
diagnóstico e tratamento; impactos econômicos; impactos na sociedade; entre outras. As
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fakes News não são um fenômeno novo nas redes sociais, diferente das narrativas
verdadeiras, elas possuem distorção nas informações com o objetivo de mexer com sensações
emotivas dos receptores.
4 – METODOLOGIA
Para isso foram analisadas hashtags através do aplicativo online Twitonomy 2, que
oferece dados específicos de engajamento. O estudo está na categoria “hashtag studies”
(BRUNS; BURGESS, 2016) e consiste em buscar um conjunto de tweets contendo hashtags
relevantes para compreender determinado tema ou acontecimento. Neste trabalho, trata-se do
método de estudo de Critical Analysis, que é proposto por Richard Rogers (2018).
Nesse tipo de análise os sites de redes sociais digitais são vistos como locais de ações
e engajamento e não apenas como um espaço para a representação ou espetacularização.
Neste sentido Rogers sugere as métricas de engajamento que se baseiam nas seguintes
categorias:
a) Voz dominante: As vozes dominantes estão relacionadas aos perfis que atingem maior
engajamento. Ou seja, qual é a voz que atinge a maior audiência? Quais são os tweets
mais replicados e favoritados? De acordo com Rogers (2018, p.456, tradução nossa),
“a voz dominante capta as fontes consideradas mais impactantes (embora não
necessariamente confiáveis) dentro desse espaço”.
b) Preocupação: A preocupação se refere a temática em debate. “A análise crítica aqui
apresentada são registros instantâneos relacionando-se não apenas a quem, mas
especificamente, a quem uma questão é motivo de preocupação em um dado
momento” (ROGERS, 2018, p.459, tradução nossa).
c) Comprometimento: O comprometimento refere-se aos usuários que estão mais
presentes em um determinado tempo colaborando para a discussão e propagação do
assunto em debate. “Por quanto tempo uma questão é motivo de preocupação para os
atores? [...] a questão relacionada para o assunto diz respeito à longevidade ou
perseverança das preocupações” (ROGERS, 2018, p.459, tradução nossa).
d) Posicionamento: Busca identificar qual a posição desses usuários em relação a
determinados temas em questão. “Uma análise de posicionamento começa localizando
e classificando as escolhas intencionais das palavras-chave utilizadas pelos atores [...]
detectando (e significativamente interpretando e traçando) temas que são emitidos
pelos atores” (ROGERS, 2018, p.461, tradução nossa).
e) Alinhamento: Busca identificar quais discussões ocorrem em paralelo. Segundo
Rogers (2018, p.466, tradução nossa), “são palavras-chave ou termos específicos que
os atores usam quando discutem uma questão. Quando vários atores usam a mesma
língua [...] eles se alinham”.
2
Disponível em: https://www.twitonomy.com
15
Desta forma, o autor propõe uma análise intercorrente para análise de métricas nas
mídias sociais digitais a partir desses cinco movimentos listados acima. “Análise crítica -
projeto de métricas alternativas para mídia social - procura medir o ‘envolvimento de outra
maneira’ ou modos de engajamento” (ROGERS, 2018, p.467, tradução nossa).
Para o autor, essa proposta metodológica busca ver a rede de conversação daqueles
que emitem conteúdo. Assim, a rede social é produtiva não apenas para si mesma, mas para a
análise de engajamento dos transmissores.
Diante do exposto, para nossa análise foram feitas escolha de três hashtags. Cada uma
delas foi analisada a partir das cinco categorias propostas por Richard Rogers (2018) e serão
descritas a seguir.
5 – ANÁLISE
A terceira hashtag, #vacinamata, surgiu na rede após uma postagem feita pelo perfil
do portal de notícias G1 RS em 27 de dezembro de 2021, onde o portal trouxe a notícia que
o estado do Rio Grande do Sul não exigirá prescrição médica para vacinação de crianças de
5 a 11 anos contra a Covid. A partir dessa publicação, surgiu um comentário de um perfil
identificado como @rcpedruzzi, onde o usuário critica a decisão do Governador do Rio
Grande do Sul, Eduardo Leite, e lança a hashtag #vacinamata.
A partir da escolha das hashtags foi possível construir a análise a partir das cinco
categorias propostas por Richard Rogers (2018).
5.1 #NAOVOUVACINAR
3
Disponível em: https://twitter.com/AGazetaES/status/1336983858663862273. Acesso em 08 de nov 2021.
17
4
Disponível em: https://twitter.com/IldomarPinto/status/1337035523890745345. Acesso em 08 de nov de 2021.
18
perfis que protagonistas que atingiram uma maior audiência na filtragem da hashtag. Os
perfis que possuem maior quantidade de seguidores possuem maior alcance através de novos
tweets, retweets, retweets com comentários e respostas. No quadro abaixo relacionamos os
principais perfis, com maior número de seguidores durante a coleta dos dados:
NÚMERO DE
PERFIL ORIGEM
SEGUIDORES
Nota se que o perfil @silvanaappio possui alcance maior em relação aos outros perfis
da amostra. Seu maior alcance se deu a partir de um novo tweet feito pelo perfil em 16 de
20
dezembro de 2020, com a quantidade de três retewets. Nesta publicação percebe-se apenas o
uso da hashtag e uma imagem, onde a autora critica o uso das vacinas, dando a entender que a
vacinação em humanos seria feita para testes científicos.
perfil, sendo 2 entre todos os tweets. Abaixo estão relacionadas as postagens com o maior
número de retweets:
Replying 1 1
2 silvanaappio #NaoVouVacinar + imagem
Concordo plenamente.
Vacina ao meu ver , já é
desnecessária. Sendo que a
Replying 1 0
3 Lupita590362110 doença tem cura e
tratamento. Desse jeito
então? Nem pensar.
#NãoVouVacinar
No ranking dos retweets percebe-se que 2 das 3 postagens com retweets são do
perfil @silvanaappio, onde ambas as postagens repetem o mesmo conteúdo da Figura 5,
sendo contra o uso de vacinas contra a covid-19.
5.1.2 PREOCUPAÇÃO
5.1.3 COMPROMETIMENTO
Observou se nesta categoria aqueles perfis que mais colaboraram para a discussão
e propagação da hashtag #naovouvacinar e, verificou se a participação dos usuários após
uma classificação de participação, onde foi levado em consideração a quantidade de
vezes que hashtag foi usada por um mesmo perfil. No quadro abaixo vemos que houve
uma grande participação do perfil da @Lupita590362110, totalizando três tweets, com a
hashtag em análise, seguido do perfil do usuário @silvanaappio, sendo esses os que mais
colaboraram:
TWEET MAIS
PERFIL PARTICIPAÇÃO CURTIDAS RETWEETS
RELEVANTE
Concordo plenamente.
Vacina ao meu ver , já é
desnecessária. Sendo
silvanaappio 4 que a doença tem cura e 1 0
tratamento. Desse jeito
então? Nem pensar.
#NãoVouVacinar
#NaoVouVacinar +
Lupita590362110 2 2 3
imagem
5.1.4 POSICIONAMENTO
23
5.1.5 ALINHAMENTO
5.2 #DERRUBAYOUTUBE
8
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2021/12/bolsonaro-atacou-imprensa-em-86-das-lives-de-
2021.shtml. Acesso em: 29 de out 2021.
24
9
Disponível em: https://twitter.com/desmentindobozo/status/1452464903722315780. Acesso em 05 jan 2022.
25
10
https://twitter.com/EDSONFILHO74/status/1453109419194077185
26
Através da análise dos dados, nota-se que o usuário @desmentindobozo teve o maior
em relação aos outros perfis da amostra, com 272.235 seguidores o usuário se destaca em
primeiro da lista. O perfil consegue atingir mais pessoas devido os mais de duzentos mil
seguidores.
11
Disponível em: https://twitter.com/brasildefato/status/1452716773267148805. Acesso em: 13 jan 2022.
27
12
Disponível em: https://twitter.com/EmersonAnomia/status/1452576381544681479. Acesso em 13 jan 2022.
28
No ranking dos retweets percebe-se que apenas duas das postagens do perfil
@desmentindobozo se destacam, seguidas do perfil @paoladcs. Ambas as postagens são
do perfil @paoladcs, onde ambas as postagens fazem um apelo ao Youtube pela remoção
do conteúdo postado pelo Presidente Jair Bolsonaro.
No ranking dos retweets percebe-se que apenas duas das postagens possuem essa
interação com curtidas, e nenhuma apresentou retweets. Ambas as postagens são do perfil
@paoladcs, onde ambas as postagens se apresentam conta a vacinação do covid-19.
5.2.2 PREOCUPAÇÃO
b) Impeachment do presidente;
c) Memes;
d) Pró Bolsonaro.
Houve a presença de tweets que fugissem do sentido proposto hashtag, mas todos as
postagens analisadas trazem conteúdos contra a vacinação, sem em crianças e ou adultos.
Abaixo separamos alguns dessas tweets para poder ilustrar nossa análise:
13
Disponível em https://twitter.com/Dandarosa2021/status/1452625965142716423. Acesso em 13 jan 2022.
31
5.2.3 COMPROMETIMENTO
14
Disponível em: https://twitter.com/Lucas_Morais016/status/1452639241549275142. Acesso em: 14 jan 2022.
32
#DerrubaYoutube
Nesta categoria, foi possível analisar que a grande parte da amostra dos tweets
tiveram o mesmo posicionamento dentro da temática da hashtag, onde o objetivo era
pressionar o Youtube a remover o conteúdo de fakes news com tempo ágil e eficiente,
sem precisar de grandes mobilizações para isso.
15
Disponível em: https://twitter.com/franciscobronze/status/1452470299874713603. Acesso em 15 jan 202
33
5.2.4 POSICIONAMENTO
5.2.5 ALINHAMENTO
16
Disponível em: https://twitter.com/T0ny_vcf/status/1452635844444098574. Acesso em: 14 jan 2022.
34
#ForaBolsonaro
#TemUmShortsDisso
#ForaBolsonaroGenocida
#VacinaSim
#VacinasSalvamVidas
#Bolsonaro
17
Disponível em: https://twitter.com/locutorjonatas/status/1452619872215646208. Acesso em 05 jan 2022.
35
5.3 #VACINAMATA
18
Disponível em: https://twitter.com/g1rs/status/1475589720948318209. Acesso em: 02 jan 2022
36
19
Disponível em: https://twitter.com/rcpedruzzi/status/1475591714542952448. Acesso em: 02 jan 2022
20
Disponível em: https://twitter.com/rcpedruzzi/status/1478022013499457536. Acesso em: 02 jan 2022
37
NÚMERO DE
PERFIL ORIGEM
SEGUIDORES
531
1 JohnMot62039918 Novo tweet
A partir da análise dos dados, nota-se que o usuário @JohnMot62039918 têm alcance
maior em relação aos outros perfis da amostra. Seu destaque no alcance se deu devido a sua
quantidade de seguidores e não por uma quantidade de interações em suas publicações.
21
Disponível em: https://twitter.com/JohnMot62039918/status/1477401884294094851. Acesso em 08 jan 2022.
39
22
Disponível em: https://twitter.com/JohnMot62039918/status/1477971294922674176. Acesso em 04 jan 2022.
40
@CezarMirandaNet @claudiocastroRJ
@reinaldosalgado "Tamo junto" Cézar. Não vou
ficar arriscando minha vida como cobaia da Replying 1
2 rcpedruzzi
#EsquerdaCriminosa . E se alguém achar que estou
contaminando alguém é só ficar longe de mim.
#vacinamata
No ranking dos retweets percebe-se que apenas duas das postagens possuem essa
interação com curtidas, e nenhuma apresentou retweets. Ambas as postagens são do perfil
@rcpedruzzi, onde ambas as postagens se apresentam conta a vacinação do covid-19.
5.3.2 PREOCUPAÇÃO
e) Passaporte vacina;
f) Antivacina
g) Vacinação em crianças
h) Voto impresso
Houve a presença de tweets que fugissem do sentido proposto hashtag, mas todos as
postagens analisadas trazem conteúdos contra a vacinação, sem em crianças e ou adultos.
Abaixo separamos alguns dessas tweets para poder ilustrar nossa análise:
23
Disponível em: https://twitter.com/Marcelo17br/status/1476294621391171585. Acesso 28 dez 2021
41
5.3.3 COMPROMETIMENTO
quantidade de vezes que hashtag foi usada por um mesmo perfil. Abaixo relacionamos os
perfis de maior participação:
É o desgoverno do síndico
@EduardoLeite_ passando por cima de
rcpedruzzi 4 uma determinação federal. Só aqui os
4
postes mijam nós cachorros. #vacinamata
Podemos notar que houve uma grande participação dos perfis @rcpedruzzi
@BolsonaroFerro, totalizando cada um quatro tweets, com a hashtag #vacinamata, logo
em seguido temo o perfil do usuário @JohnMot62039918, com colaboração de dois
tweets.
A postagem do perfil @JohnMot62039918 nos chamou atenção pelo fato do
usuário ter associado a morte de do cantor Murilo 25 a vacina do covid-19. O usuário fez
um comentário a partir de um tweet da cantora Maraisa 26, onde ela lamentava a perda de
seu amigo.
25
Notícia do falecimento do Canto Murilo está disponível em:
https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2021/12/29/cantor-maurilio-morre-em-hospital-de-goiania.ghtml. Acesso
em 02 jan 2022.
26
Postagem de lamento da cantora Maraisa está disponível em
https://twitter.com/Maraisa/status/1476296426938408965. Acesso em 02 jan 2022
43
Nesta categoria, foi possível analisar que todos os usuários, tiveram o mesmo
posicionamento dentro da temática da hashtag, onde em ambas as postagens os
envolvidos eram contra a vacinação do covid-19.
5.3.4 POSICIONAMENTO
5.3.5 ALINHAMENTO
27
Disponível em: https://twitter.com/reyssu/status/1476399213474988034. Acesso em 02 jan 2022
44
#globolixo 2
#distanciamento 2
#ômicron 1
#víruschinês 1
#vírus 1
#máscara 1
#esquerdacriminosa 1
#vacinanunca 1
28
Disponível em: https://twitter.com/BolsonaroFerro/status/1476891254843752448. Acesso em 10 de jan 2022.
45
6 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
As fake News podem ser consideradas uma ferramenta contra a democracia, visto que
em sua maioria são ligadas a temáticas sobre política, ciência e saúde, indo na contramão da
verdade, trazendo em seu contexto a descredibilização aos meios de comunicação, aos
cientistas ou até mesmo a políticos da oposição. Em nossa análise, percebeu-se que notícias
vinculadas ao vírus possui uma narrativa não fundamentada no saber científico.
Desta maneira cabe aos profissionais do jornalismo e produtores de notícias mais
atenção na checagem dos fatos, fontes que são recebidas, processadas e transmitidas durante
o processo de produção e transmissão de notícias.
7- REFERÊNCIAS
BRUNS, Axel; BURGES, Jean. The Use of Twitter Hashtags in the Formation of Ad Hoc Publics.
Disponível em: https://eprints.qut.edu.au/46515/. Acesso em 02 Jan. 2022.
COSTA, Ana Cristina. 42º Congresso Brasileiro De Ciências Da Comunicação - INTERCOM, 2019.
Credibilidade e jornalismo: “fact-checking” e as mudanças no mercado de notícias brasileiro. Belém:
Intercom, 2019. Disponível em: <http://portalintercom.org.br/anais/nacional2019>. Acesso em: 28
nov 2021.
FALCÃO, Paula. SOUZA, Aline Batista. Pandemia de desinformação: as fake news no contexto da
Covid-19 no Brasil. Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde, 15(1).
doi:https://doi.org/10.29397/reciis.v15i1.2219. Acesso em: 18 de dez. de 2021.
GRUZD, A. & RECUERO, R. Cascatas de Fake News Políticas: um estudo de caso no Twitter.
Galáxia. n. 41, 2019. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/gal/n41/1519-311X-gal-41-
0031.pdf>. Acesso em 28 de set 2021.
JACKSON, L., VALENTINE, G. Emotion & politics in a mediated public sphere: Questioning
democracy, responsibility & ethics in a computer mediated world. Geoforum, 52, 193-202, 2014.
LAGE, Nilson. Conceitos de jornalismo e papéis sociais atribuídos aos jornalistas. Pauta Geral,
Estudos em Jornalismo, v. 1, n. 1, p. 20-25, 2013
47
RABAÇA, Carlos Alberto; BARBOSA, Gustavo; SODRÉ, Muniz. 2010. Dicionário de comunicação.
São Paulo: Ática, 1998.
REULE, D. A dinâmica dos rumores na rede: a web como espaço de propagação de boatos virtuais.
2008. 131p. Dissertação (Mestrado em Comunicação e Informação) – Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, Porto Alegre, 2008.
ROGERS, Richard. Otherwise Engaged: social media from vanity metrics to critical analytics.
International Journal of Communication 12, p.450–472, 2018.