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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ – IFCE

CAMPUS DE QUIXADA
LICENCIATURA PLENA EM GEOGRAFIA

NATHÁLIA KÉSIA GOMES DE SOUZA

RELATÓRIO FINAL DE RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA

QUIXADÁ - CE
2022/2024
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NATHÁLIA KÉSIA GOMES DE SOUZA

RELATÓRIO DE RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA

Relatório de Residência Pedagógica apresentado ao Curso de Licenciatura Plena em Geografia, do


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) - Campus de Quixadá, para
equiparação às disciplinas de Estágios Curriculares Supervisionados em Geografia.

Docente(s) Orientador(as)(es): Dra. Camila Freire Sampaio; Dra. Danielle Rodrigues

Matos Preceptor(es)(as): Prof. Davi Lopes; Prof. João Paulo Oliveira; Prof. Marcolino

Cardozo

QUIXADÁ - CE
2022-2024
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RESUMO

O Programa Residência Pedagógica (PRP) é uma iniciativa da Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal


de Nível Superior (CAPES) com o propósito central de impulsionar projetos de residência pedagógica em
colaboração com instituições de Ensino Superior. Esses projetos têm como meta aprimorar e capacitar a
formação inicial de professores da educação básica. Nesse contexto, é crucial considerar a formação de
professores por meio de reflexões e pesquisas sobre a prática pedagógica ocorrida no ambiente escolar,
buscando otimizar a colaboração entre a universidade e a escola. Portanto, o presente trabalho tem como
objetivo descrever as práticas e atividades realizadas durante o processo, visando analisar o papel do
Programa na formação profissional docente, colaborando com a efetivação teórico-prática. Isso permite
uma análise aprofundada das práticas estabelecidas na parceria entre as instituições e entre os diversos
participantes que contribuíram para a formação do licenciando. O Programa de Residência Pedagógica em
Geografia no IFCE - Campus de Quixadá e Crateús tem como objetivos aprimorar a formação profissional
dos licenciandos e consolidar sua identidade profissional. Além disso, busca proporcionar aprendizados
práticos e qualificar para atuação na Educação Básica, promovendo a troca de saberes entre residentes,
preceptores e demais estudantes. Dentro dessa perspectiva orientada pelo programa, a construção de uma
identidade autônoma é essencial, não apenas para formar um profissional participativo e crítico-reflexivo,
mas também para contribuir para a construção de uma educação de qualidade, emancipatória e cheia de
esperança. Ao recordar o percurso percorrido, é importante reconhecer que o processo de formação, com
todas as disciplinas e suas demandas.

Palavras-chave: Aperfeiçoamento; Docência; Ensino; Geografia.


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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................................................................................04
1 MÓDULO I................................................................................................................................................05
1.1. Formação da equipe..............................................................................................................................05
1.2. Planejamento..........................................................................................................................................08
1.3. Regência..................................................................................................................................................14
1.4. Avaliação da aprendizagem..................................................................................................................19
2. MÓDULO II..............................................................................................................................................20
2.1. Formação da equipe..............................................................................................................................23
2.2. Planejamento..........................................................................................................................................27
2.3. Regência..................................................................................................................................................31
2.4 Avaliação da Aprendizagem..................................................................................................................32
3. MÓDULO III............................................................................................................................................35
3.1. Formação da equipe..............................................................................................................................38
3.2. Planejamento..........................................................................................................................................39
3.3. Regência..................................................................................................................................................40
3.4. Avaliação da Aprendizagem.................................................................................................................41
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................................................41
REFERÊNCIAS...........................................................................................................................................42
ANEXOS.......................................................................................................................................................43
ANEXO I - MÓDULO I...............................................................................................................................43
ANEXO II - MÓDULO II...........................................................................................................................57
ANEXO III –MÓDULO III.........................................................................................................................65
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INTRODUÇÃO

O Programa Residência Pedagógica (PRP) representa uma iniciativa da Coordenação de


Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Seu principal objetivo é fomentar projetos de
residência pedagógica em colaboração com instituições de Ensino Superior. Esses projetos visam aprimorar
e capacitar a formação inicial de professores da educação básica que estão matriculados em cursos de
licenciatura (BRASIL, 2018).
Dessa forma, o PRP foi concebido com o intuito de proporcionar uma experiência mais significativa
no ambiente escolar para os estudantes de licenciatura. No contexto da ciência geográfica, o programa
desempenha um papel crucial ao capacitar os futuros professores no ensino da Geografia. Além disso,
contribui para a interação e adaptação dos educadores em sintonia com todos os elementos que compõem o
espaço escolar. Esses momentos são, portanto, considerados fundamentais para a aproximação não apenas
na formação da práxis profissional. Essa afirmação, respalda a ideia de Cavalcanti (2002) de que é por
meio da prática que as teorias se concretizam, destacando a necessidade de um comprometimento docente
com o processo de ensino.
Reconhecemos que a formação inicial não visa abordar toda a complexidade inerente à prática
docente. No entanto, é crucial proporcionar ao estudante a compreensão da importância da reflexão e da
criticidade em relação às situações ligadas à profissão docente, a fim de estimular seu desenvolvimento
profissional. Dessa maneira, o futuro professor torna-se consciente de que sua responsabilidade docente vai
além do simples ensino de conteúdos, incluindo também a orientação para o pensamento, como destacado
por Paulo Freire (2019).
O subprojeto dos núcleos dos cursos de Licenciatura em Geografia do IFCE Campus de Quixadá e
Crateús apresentam como objetivos aprimorar a formação profissional dos licenciandos, consolidar sua
identidade profissional, fortalecendo parcerias entre instituições educacionais, e proporcionando
aprendizados práticos, além disso, qualifica para atuação na Educação Básica, promovendo a troca de
saberes entre residentes, preceptores e demais estudantes. Nesse sentido, percebe-se o empenho do
subprojeto, em capacitar o(a)s licenciando(a)s, em profissionais aptos ao ensino de geografia, e sobretudo,
profissionais críticos e reflexivos, capazes de colaborar para a formação de uma educação emancipatória.
Portanto, é fundamental que o(a) professor(a) de Geografia adote a postura de um profissional
crítico- reflexivo. Nessa perspectiva, a discussão deve se centrar em debates sobre o papel do educador na
formação da sociedade e na definição do papel específico da Geografia na educação global do cidadão,
conforme destacado por Cavalcanti (2002 Apud Vallerius et al., 2019).
Assim, compreendemos que a educação está intrinsecamente ligada a conhecimentos, ideias,
conceitos, valores, atitudes, hábitos, símbolos, e outros elementos essenciais para a formação integral de
cada
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indivíduo. Esses aspectos são intencionalmente cultivados por meio de relações pedagógicas entre os pares,
conforme destacado por Saviani (2015).

1. MÓDULO I

1.1. Formação da equipe


A formação das Equipes foi realizada presencialmente em uma reunião interativa com os residentes,
preceptores e orientadoras, onde foi apresentado o programa, as escolas contempladas e realizado os
primeiros contatos com os preceptores. Também foi proposto que os residentes de modo livre escolhessem
a escola-campo do primeiro módulo, levando em consideração os horários que melhor se adequassem a
dinâmica semanal dos residentes, para assim, melhor contribuir com a organização e evitar sobrecarga de
todos que integram o programa de residência pedagógica.
Desse modo, as equipes ficaram distribuídas da seguinte forma: na escola E.F. Raimundo Marques
de Almeida, orientada sob a preceporia do professor preceptor Marcolino, foi composta por seis residentes
(Nathália Késia, Suzyane, Joceliano, Gabriel, Pedro Vitor e Jocicleudo), na escola E.F José Jucá, orientada
sob a preceporiado preceptor João Paulo, também foi composta por seis residentes (Lizandra, Pricila,
Raissa, João Nilton, Edilson e Eliardo) e na E.E.M Gonzaga Mota da Fonseca, com professora preceptora
Ingrid, foi constituída por quatro residentes (Mailson, Caroline, Renata e Albaniza), nesta escola, diante as
consequências burocráticas na própria instituição, professora Ingrid necessitou sair, dando lugar ao
preceptor professor Davi Lopes.
Assim, com a formação das equipes, esse encontro foi destinado também, para marcar os primeiros
encontros de planejamento destas, com os preceptores das escolas-campo. Além disso, foi dado início os
primeiros passos para a conexão entre os membros das equipes, formando parcerias e primeiras
expectativas. O primeiro encontro na escola-campo (Figura 1), foi marcado ela presença do núcleo gestor e
apresentação dos discentes e funcionários.
Figura 1 – Primeiro encontro na escola-campo

Fonte: Autora, 2022.


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Levando em consideração, a importância de estabelecer laços e conexão dentro do programa,


juntamente com todos que formam a Residência Pedagógica, Santos et al. (2020), vem refletir que diante as
atividades desenvolvidas, e as convivências e conexões com o grupo, com os professores orientadores e
preceptores, que apoiam e acreditam na aprendizagem e trocas de saberes neste processo, tornam, portanto,
este processo em um caminho alternativo e enriquecedor para os conhecimentos além da graduação
Sobre a ambientação, podemos confirmar as reflexões de Cunha et al., (2020), diz que:

“Enquanto acadêmicos inseridos no PRP, compreende-se que a ambientação também é um processo


de ajustes. A adaptação que aqui assume-se pressupõe um processo mais abrangente, que envolve a
contextualização dos espaços físicos do educandário, como conhecer os sujeitos que fazem com que
esses espaços dialoguem entre si e uns com os outros. ”. (Cunha et al., 2020)

Em vista disso, essa importante etapa, permitiu diversas reflexões principalmente, a que leva a
compreensão de que todos que compõe a escola, desde o porteiro que recebe os alunos, aos responsáveis
pela limpeza e manutenção, são importantes agentes que contribuem para o equilíbrio necessário para a
construção do conhecimento
Dessa forma, a complexidade do ambiente na Escola de Ensino Fundamental Raimundo Marques
de Almeida, localizada em uma região periférica (Figura 2), desempenhou um papel singular no processo
de formação, tanto como educador, quanto como cidadão. Essa influência não se restringiu à observação
com um olhar puramente profissional, mas estendeu-se a uma percepção humanizada e sensível. Assim, a
imersão nesse contexto contribuiu significativamente para o desenvolvimento do senso de pertencimento,
criando uma conexão intensa com a escola enquanto espaço de aprendizado.

Figura 2 – Localização da E.E.F Raimundo Marques de Almeida

Fonte: Autora, 2022.

É dessa maneira que a configuração do ambiente influenciou o cultivo do sentido de pertencimento,


uma ligação breve e compacta, porém profundamente intensa, conectando o indivíduo à escola-campo.
Quanto ao significado do conceito de "pertencer", Sorrentino (2001) reflete que “[...] o oposto de alienação,
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numa interpretação marxista da questão que permita entender o que é pertencimento, sentir-se pertencente,
sentir que a coisa pertence a você”. O sentido de pertencimento, aqui refletido não está associado a posse,
mas está relacionado ao fato de que as experiências (primeiras experiências no programa) naquele
ambiente, com todas suas dificuldades e complexidades, serão levadas para a vida, como contribuição no
processo formativo docente e pessoal (Figura 3).
Figura 3 – Conhecendo o espaço escolar

Fonte: Autora, 2022.

Sobre o Projeto Político Pedagógico, podemos dizer que a realidade escolar condiz com o que está
escrito no documento, faltando um pouco no que diz respeito a comunicação entre gestão escolar e
docentes. Sendo assim, a escola pode ser apresentada não somente a partir da ambientação, mas por seu
valores e missão descritos no documento, que de sua maneira, conduzem os discentes e contribuem para a
formação dos alunos, afim de torna-los cidadãos críticos, capazes de agir com ética, solidariedade e
respeito às diferenças, fundamentada na produção cultural, cientifica e tecnológica, garantindo o acesso e
permanência dos educandos, além do seu desenvolvimento cognitivo e social.
As atividades realizadas no espaço escolar apresentaram significativa contribuição para a formação
docente, as vivencias dentro da escola, as relações e interações foram de total importância e excelência para
a construção da aprendizagem enquanto docente de geografia em formação. Observar o professor-preceptor
em suas aulas (Figura 4), apresentando seu modo de agir perante as particularidades das turmas, revelou ao
residente a possibilidade de espelhar-se, sobretudo pela eficiência da condução do preceptor.
Figura 4 – Observação na turma de 7°C

Fonte: Autora, 2022.


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A partir dos estudos teóricos realizados, foi possível refletir a necessidade que estudantes de
licenciaturas possuem em ter em sua formação a compreensão real da realidade do espaço escolar, principal
palco de nossa atuação profissional, pois é nesse espaço onde exercitamos a junção da teoria e prática.
Nesse sentido, Calderano (2012), reflete que:
“ O motor que anima e dá sentido ao estágio tanto na Pedagogia como nas demais licenciaturas é a
busca da relação contínua possível e necessária entre os estudos teóricos e a ação prática cotidiana.
[...] Importante analisar o que acontece, como, por que, onde, com quem e quando acontecem
determinadas situações buscando um novo sentido diante do que está sendo observado e apreendido
no processo junto à realidade observada ”. (Calderano, 2012, p. 251)

Portanto, os estudos teóricos analisados contribuíram significativamente para orientar o(a)s


residentes sobre a importância que o programa possui em formar docentes atuantes, voltados a
emancipação humana. Entretanto, esses estudos também destacam que nem tudo neste processo é fácil, e
são nas atividades diárias do(a)s residentes que surgem os desafios e obstáculos que podem limitar o
progresso. Ao mesmo tempo, é evidente que as dificuldades enfrentadas funcionam como uma fonte
valiosa de aprendizado potencial, especialmente no contexto do desenvolvimento docente. Isso ocorre à
medida que compreendemos mais profundamente a realidade da escola e da sala de aula, com todas as suas
complexidades.
1.2. Planejamento
Os planejamentos foram realizados mediante a uma logística sistemática, levando em consideração
fatores como a localização do(a)s residentes e toda a dinâmica por traz do deslocamento até a escola-campo
e Instituto. Sendo assim, os dias de planejamento foram divididos na seguinte forma: primeira e segunda
semana do mês planejamento na escola-campo E.E.F Raimundo Marques de Almeida, junto ao professor
preceptor nas segundas-feiras (Figura 5), terceira semana encontro de planejamento no Instituto junto com
demais residentes, professoras orientadoras e preceptores, variando nos dias de quartas-feiras e quintas-
feiras (Figura 6), e na quarta semana do mês estudos teóricos em casa e orientações, além de servir como
um momento para a elaboração dos instrumentais. Todas atividades realizadas estão disponíveis na ficha de
frequência, em ANEXO I – FICHAS DE FREQUÊNCIA DO MÓDULO I.
Figura 5 – Planejamentos com preceptor

Fonte: Autora, 2022.


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Figura 6 – Encontro de formação/confraternização natalina

Fonte: Autora, 2022.

Porém, apesar da organização, encontros a parte foram necessários durante o módulo, tornando
estes encontros de planejamento frequentes. Nos encontros de planejamento na escola-campo foi
estabelecido a metodologia, mais voltada a ambientação na sala de convívio dos professores, sendo este
local espaço de profunda relevância na ambientação na escola e também, para a própria formação docentes,
isso na medida em que as trocas de experiências, conversas e desabafos sobre a profissão docente são
pautadas com frequência.
Os encontros realizados apresentaram caráter dinâmico e interativo, em forma de roda de conversa.
Participar das atividades e ações propostas na dinâmica escolar é também vivenciar o mundo escolar com
maior intensidade. Diante disso, os planejamentos eram realizados de modo coletivo entre a equipe. No
período de observação eram discutidos em comunhão preceptor e residente as dificuldades das turmas, a
melhor maneira de abordar em certas situações, e aspectos que seriam mais relevantes para se atentar
durante a observação. Durante os períodos de regência os planejamentos foram mais técnicos de preparação
de plano de aula, estudos, feedbacks sobre as aulas, orientações e reflexões sobre a colaboração das
turmas.
Diante disso, é possível reflitir das palavras de Inforsato e Robson (2011), que diz:

“[...] O planejamento é, também, uma ação de pensamento profundo sobre o que se almeja em
relação à educação dos alunos e quais objetivos pretendidos, os conteúdos a serem abordados e
metodologias a serem colocadas em prática para que o processo de aprendizagem se efetive”
(Inforsato e Robson, 2011 apud Vieira et al., 2019).

Levando as informações acima em consideração, os encontros de planejamento na escola-campo,


planejamento individual e encontros de formação, estão sistematizados de acordo com as datas de
realização, o exemplo de plano de aula elaborado pode ser encontrado no ANEXO I – PLANO DE AULA
TURMA DE 9°.
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 14/10/2022: Foi realizado o primeiro encontro de lançamento geral do Programa de Residência


Pedagógica (PRP) e Programa de Institucional de bolsas de Iniciação à docência (PIBID),
transmitido pelo Youtube. A pauta principal foi apresentar os principais objetivos dos programas,
de como seria realizada as atividades do Módulo I do PRP, e as reflexões nas diferentes
perspectivas de antigos residentes e preceptores sobre a realização da residência, salientando sua
contribuição e importância para a formação docente e enfatizando a importância do trabalho
coletivo para a promoção de uma aprendizagem verdadeira. Uma das principais reflexões do
primeiro encontro foi diante da fala da professora Jamile, que trata do programa como uma
ferramenta social.

 18/10/2022: Foi realizado o segundo encontro de lançamento geral do Programa de Residência


Pedagógica (PRP) e Programa de Institucional de bolsas de Iniciação à docência (PIBID),
transmitido via Youtube. No encontro foi refletido a importância dos programas para a vida e
formação profissional dos docentes em formação, além de refletir sobre os objetivos e metas do
PRP. Podemos também enfatizar, de maneira fundamental, a (re)conexão das Instituições de ensino
superior e as Escolas, como contribuição para o aprofundamento das experiências e familiarização
no campo educacional/profissional, sendo isso parte imprescindível para a formação do discente em
formação.

 19/10/2022: Primeiro encontro presencial realizado no Campus (IFCE), junto com as professoras
orientadoras, preceptores e demais colegas residentes. No primeiro momento foi de apresentação
como o Diretor de Ensino do IFCE, em seguida a fala foi passada para a professora Daniele
Rodrigues, a qual é coordenadora do curso de Lic. Em Geografia, onde fez sua apresentação e suas
contribuições. Teve ainda a participação do professor Alexandre Praxedes (Diretor Geral do IFCE
Campus Quixadá), que fez uma breve apresentação de boas-vindas e refletiu sobre a importância e
grande oportunidade que o programa proporciona, do privilegio que é participar de um programa
que capacita os licenciandos para a experiência e formação enquanto docente em formação. Foi
entregue matérias de apoio aos residentes e preceptores. O encontro foi pautado principalmente em
refletir em o que é o PRP dando ênfase a seus objetivos e importância, sobre as atividades teórico-
prática diante do primeiro modulo e sobre a carga horaria a ser cumprida durante a residência. Foi
proposto ainda a divisão das equipes para cada escola-campo e também foi realizado uma breve
apresentação dos alunos residentes e professores preceptores. Para finaliza foi realizado a partilha
de um delicioso lanche promovido pelos organizadores

 26/10/2022: Após a divisão e definição a escola a qual será trabalhada é a Escola de Ensino
Fundamental Raimundo Marques de Almeida. A equipe de alunos residentes é composta por seis
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integrantes. O objetivo do encontro foi dividir as equipes por horários, levando em consideração a
dinâmica escolar, do professor preceptor e dos alunos residentes de acordo com seus horários.
Durante o encontro podemos refletir sobre as turmas que o professor trabalha, principalmente as
turmas que se alinharam nos horários aos quais os residentes atuarão, foi definido também a
organização dos encontros de planejamento, e de possíveis atividades a serem realizados durante o
primeiro modulo, marcamos também o dia do primeiro encontro presencial no ambiente escolar
(31/10). Pode-se ressaltar ainda, a importância desse momento para tirar e esclarecer dúvidas, além
de fortificar o vínculo de comunicação entre preceptor e residentes.

 31/10/2022: Neste dia foi realizado encontro de planejamento, na escola-campo. O objetivo do


encontro foi apresentar e conhecer o espaço escolar em sua infraestrutura e em quem o compõe,
deste modo, foi apresentado o núcleo gestor da escola, assim como o primeiro impacto com a sua
dinâmica e interação. Também foi pautado no encontro a introdução a métodos de planejamento,
onde o professor preceptor refletiu sobre os princípios da Geografia e apresentou o Documento
Curricular Referencial do Ceará (DCRC), também apresentou o projeto de um laboratório de
estudos (LADIGEO), ao qual é atribuído ações que fortaleça e trabalhe a ética na escola, oratória,
sendo este um espaço para planejamento e tempo pedagógico.

 14/11/2022: Foi proposto um estudo dirigido domiciliar, que consistia na leitura sobre a definição
do PRP e seus objetivos contidos no site da CAPES do Subprojeto do PRP de Geografia, publicado
na sala virtual. Logo após análise, foi apontado uma atividade que consistia em identificar quais as
relações entre os dois documentos, e desse moto dissertar.

 21/11/2022: Durante o planejamento na escola alguns informes foram nos passados, principalmente
sobre as dinâmicas de como ocorreriam os dias posteriores. O professor também, explicou seu
método para elaboração e aplicação de prova. Neste dia, também foi realizado uma roda de
conversa onde, diante das observações, pontuaríamos quais limites e desafios acreditávamos que
iriamos passar, e quais as dificuldades teríamos, os medos a serem enfrentados. Nos foi proposto
uma ficha de observação, contendo orientações de quais pontos observar. Esse dia foi de muita
reflexão, sobretudo no que diz respeito a flexibilização e compreensão do professor preceptor, e da
estimulação para seguir a profissão, embora os desafios na trajetória docente.

 24/11/2022: Encontro de planejamento formativo com a professora orientadora. Neste dia tivemos
orientação sobre a realização dos instrumentais (Fichas de frequência, diário de bordo). Foi falado
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sobre a carga horária do mês de outubro. E também uma apresentação geral de todos os
instrumentais a serem realizados.

 07/12/2022: Encontro presencial no instituto, mediador do encontro foi o professor preceptor João
Paulo. Ao finalizar, após uma breve reflexão da professora Daniele Rodrigues, pudemos refletir
sobre a verdadeira realidade do docente, no meio acadêmico e literário muito se escreve e discute o
fazer docente, a profissão, o papel. Entretanto, embora exista um excesso em obras falando sobre, a
uma profunda escassez no fazer docente, no real, na prática.

 08/12/2022: Encontro de planejamento na escola campo, onde refletimos sobre o posicionamento


do professor dentro de sala de aula, relação aluno-professor e professor e gestão escolar. Logo após
pudemos conhecer a estrutura física da escola, onde foi observado muito descaso do poder público,
e pontos negativos. Refletindo através disso, a existência do descaso municipal e uma
desvalorização imensa para com a educação, comunidade acadêmica, sociedade, desrespeitando, a
partir do observado, a própria dignidade e segurança dos alunos.

 21/12/2022: Momento de finalização das atividades devido as festividades de final de ano. Foi
realizado um momento de acolhimento do espirito natalino com preceptores e residentes (figura 7/
figura 8), e através disso refletido como foi o ano de 2022, e o que se esperar para o novo ano de
2023.

Figura 7 – Residentes módulo I e preceptor da E.E.F. Raimundo Marques de Almeida

Fonte: Autora, 2022.

Figura 8 – Momento de festejo natalino com residentes, preceptores e orientadoras


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Fonte: Autora, 2022

 09/01/2023: Neste dia nos foi proposto realizar uma atividade de leitura e interpretação de um texto,
intitulado de Epistemologia da Prática ou Possibilidade de Investigação a Caminho da Práxis? De
Adrielly Aparecida de Oliveira e outros. Tal atividade foi encaminhada com dois questionamentos,
que tinham como objetivo provocar a reflexão do residente, a respeito da continuidade formativo
professor, e as fragilidades acerca da pesquisa encontradas durante a formação docente. Sobre isso,
refletimos que a residência pedagógica é uma importante ferramenta que impulsiona e encaminha o
professor em formação para o caminho da pesquisa, pois este é um dos elementos principais para a
formação do professor. E é através da pesquisa que estes se tornam professores reflexivos e
atualizados, além ainda de possibilitar a autonomia e opinião própria com relação aos conteúdos
ministrados, fortalece a aprendizagem continua, e também, a capacidade de reconhecer a
importância da sua função na construção de um mundo melhor e para a emancipação humana.
Recorremos então a fala de Arend e Baroni (2018), que reflete que é por meio da pesquisa que a
prática docente pode ser aperfeiçoada. Sobre as dificuldades e fragilidades encontradas no processo
de formação do eu- pesquisador, e da contínua formação do docente, posso citar que as maiores
dificuldades estão associadas a conciliação da carga horaria da Residência com as atividades
acadêmicas e núcleos de
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extensão. Só isso, busca-se a partir da organização do tempo no decorrer dos módulos, a


possibilidade de pesquisar e elaborar projetos associados as realidades encontradas na realidade em
campo.

 30/01/2023: Encontro de planejamento, neste dia foi refletido a importância e necessidade de


preparação para as regências. Portanto o encontro teve o objetivo de dividir e organizar as aulas de
regência, tendo em vista que os dias são poucos e deve ser cumprida a carga horaria de 40h. Sendo,
tratamos com urgência de refletir sobre o cumprimento das regências. Além disso, buscamos ainda
no encontro definir e acordar a dinâmica a ser realizada na escola na semana anterior ao começo da
regência, estudando o percurso estudado pelas turmas.

 01/02/2023: Planejamento no IFCE junto com preceptores, orientadores e colegas residentes (2h),
onde foi reforçado a urgência de começar as regências diante o curto prazo.
 02/02/2023: O planejamento foi realizado junto ao professor preceptor, onde conversamos e
analisamos o controle do horário em sala de aula e planejamos a aula das turmas de 9° A, B, C e D.
A metodologia ser utilizada, condizia ao processo de aprendizagem dos alunos, desse modo para
tornar a aula mais interativa e de “fácil” absorção dos conteúdos, propomos perguntas que seriam
feitas durante o memento de explicação do conteúdo, além do mapa mental construído junto com a
turma.

 06/02/2023: Neste dia, o planejamento foi bem mais diferente, refletimos sobre como agir em sala
de aula, e planejamos os conteúdos para as turmas de 9° ano A, B, C e D. Diante disso, refletimos
sobre como a postura é importante, e também manter um acordo de convivência entre Professores e
alunos, e sobre o controle no horário da aula.

 08/02/2023: Encontro coletivo de orientação no IFCE, com colegas residentes, preceptores e


orientadores, mediado pelo Preceptor Prof. Marcolino Cardozo. O encontro foi de formação de
modo a nos ajudar durante as regências. Esse encontro foi de muita relevância, pois nos apresenta
meios de como agir em certas situações em sala. Estratégias capazes de fortalecer a relação
professor-aluno, principalmente a confiança. Também foi refletido a relação Professor-Gestão
escolar, onde a comunicação é fundamental para que a dinâmica escolar possa fluir saudavelmente.
Uma reflexão importante, que se pode apropriar a vida docente é que a clareza é fundamental e agir
honestamente é a melhor maneira vivenciar a realidade profissional docente.

 09/02/2023: Este dia foi dedicado ao planejamento. O conteúdo estudado foram os elementos
básicos da cartografia, conceituando e apresentando o que é a cartografia, mapa e apresentando os
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básicos que o constitui. Esse dia também foi de muita reflexão, visto que é necessário aprendermos
a ouvir o ponto de vista dos alunos, e a observar sinais de satisfação, insatisfação. Auxiliando-nos a
melhorar pontos da aula, e torna-la mais eficaz e prazerosa.

 13/02/2023: Dia de planejamento coletivo, conversamos sobre as primeiras impressões sobre as


regências, e planejamos individualmente junto ao professor preceptor dando ênfase as próximas
aulas de regência.

 16/02/2023: O Planejamento foi realizado de modo a preparar as aulas, pensando em novos


métodos e novas ações diante os conteúdos. Neste dia, foi proposto trabalhar aulas de cunho
participativo e coletivo com atividades a serem desenvolvidas durante as aulas.

1.3. Regência
Durante o período de regência foi utilizado uma metodologia sistematizada de acordo com fatores
de relevância para a aprendizagem do docente residente, e como pessoa, isso através da observação das
regências do professor preceptor, como postura, domínio do conteúdo, relação entre professor-
alunos/professor-gestão escolar, desenvoltura e controle da turma em certas situações, assim como a
empatia, caráter íntimo que faz toda a diferença no campo escolar.
Além disso foi observado fatores como comportamento, participação, nível de aprendizagem em
geografia dos discentes, e também, a geografia no contexto escola. Diante disso, é possível dizer que esse
processo na escola-campo foi e muita valia para a aprendizagem do residente, não somente por vivenciar
experiências, mas também por observar como colegas de profissão lidam no campo de atuação, e assim
fomentar o processo de construção da identidade docente.
É valido ressaltar que, “[...] o “eu” formado está imbricado na presença do “outro”, e que a ideia de
mundo não se separa em nenhum momento dessa construção e são justamente nessas facetas que
acontecem a construção da identidade docente” (Ferreira, 2014 Apud Souza e Lima, 2023), se fazendo fora
do próprio universo. Não como apropriação dos métodos de ensino utilizado pelo professor preceptor, pois
embora seja uma forma importante de aprender, não é eficaz para a verdadeira construção da identidade
docente, assim como bem lembra Pimenta e Lima (2006): “Cientes da importância dessa forma de
aprender, ela não é, entretanto, suficiente e apresenta alguns limites. Nem sempre o aluno dispõe de
elementos para essa ponderação crítica e apenas tenta transpor os modelos em situações para as quais não
são adequados”, tornando-se assim docentes incapazes de refletir e ter posicionamento crítico.
Assim, mas uma vez retomo a ideias de Souza e Lima (2023), onde refletimos que a mera
apropriação de modelos apresenta um retrocesso para a formação e construção dessa identidade docente,
sendo este capaz
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de tornar o licenciando um sujeito transformador, crítico e participativo da realidade social, mas sim um
sujeito distante da construção de sua identidade. Sendo assim, essa fomentação aqui dita, na construção da
identidade do residente, através da observação do professor preceptor, não significa apropriação, mas sim a
capacidade de refletir em conjunto através das trocas de experiências e observação no modo em que lidam
diante os desafios e dificuldades encontradas no caminho docente.
Portanto, faz-se imprescindível o papel do preceptor para o residente, pois este é responsável por
diminuir o distanciamento entre teoria e prática, auxiliando e orientado na prática em sala de aula,
descontruindo e desmitificando os receios em torno da atuação em sala de aula. Portanto, diante do
processo de ensino-aprendizagem gerado através da observação, orientação e trocas entre preceptor e
residente, podemos refletir o quanto essa figura atua de modo significativo no processo de
desenvolvimento do residente no ambiente escolar.
Além disso, e não menos importante, devemos levar em consideração dois campos de aprendizagem
adquiridos nessa experiência, o pedagógico (aqui já mencionado) e o emocional, também trabalhado nessa
relação, isso está imbricado na pessoa do professor e no modo como ele lida e controla seu emocional
diante as situações diárias do “ser professor”.
Diante ao exporto até aqui, posso dizer que o Preceptor proporcionou ao residente um
melhoramento no desempenho didático, pois durante os planejamentos semanais possibilitou uma melhor
compreensão da relação ensino-aprendizagem, tendo em vista a dicas, orientações, empatia,
reconhecimento, confiança, acolhimento e uma melhor leitura das exigências do sistema educacional.
Dessa forma, também foram utilizados materiais considerados importantes e fundamentais para as
aulas de Geografia, incluindo exposição de mapas, globo, fotografias e recursos naturais dentro do próprio
espaço dos alunos, auxiliando na interpretação e construção do conhecimento, garantindo aulas mais
interativas, potencializando o modo de ensino e auxiliando na aprendizagem dos alunos. A mera presença
de recursos de ensino na sala de aula não assegura qualidade nem dinamismo completo à prática docente.
Entretanto, sua existência proporciona aos residentes subsídios para, ao utilizar esses recursos, oferecer
oportunidades para que os alunos ampliem sua compreensão do mundo e desenvolvam uma postura crítica
com base nas informações proporcionadas pelos recursos.
As aulas de regências, foram realizadas nas turmas de 9° (figura 9) e 6° (Figura 10), cujo conteúdos
foram baseados no livro didático Expedições geográficas da Editora Moderna (ANEXO I – CAPAS DOS
LIVROS UTILIZADOS NO MÓDULO I NAS TURMAS DE 8° E 9°).
17

Figura 9 – momento de regência, visão da sala da turma de 9°A com mapa temático no quadro

Fonte: Autora, 2022.

Figura 10 – Momento de regência na turma de 6°, aula interativa com utilização de Mapas

Fonte: Autora, 2022.

Sendo assim, as aulas foram organizadas nas turmas de 9° e 6° de acordo com a data e descritas
diante as atividades realizadas, da seguinte maneira:

 A Primeira aula de regência foi realizada nas turmas de 9° A, B, C e D, no dia 07de fevereiro. O
conteúdo foi desenvolvido a partir do percurso 02 – Economia global: Transnacionais e Trabalho.
Aqui foi trabalhado o desigual comércio global, explicando que esse comercio e todo o fluxo e
dinâmica do comércio se d ade forma desigual no mundo, onde países da Europa, Ásia e na
América do Norte, são bem mais favorecidos devido suas transnacionais, enquanto países do
continente Africano e na América Latina, ainda vivem em posições marginais, por ter reduzido
fluxo de exportação e importação. Através disso, apresentamos o conceito de Transacional, e onde
mais se concentram no mundo d seu poder no comércio. Apresentamos a divisão internacional do
trabalho, o mercado atual e as grandes consequências, como o aumento do desemprego na
economia global e como isso se repercute no futuro. O método para a exposição do conteúdo foi
18

escrito no quadro, para que assim os alunos pudessem ter acesso a material de estudo, para a melhor
explicação foi utilizado o mapa Mundi e para fixação do conteúdo foi aplicado um breve e objetivo
questionário. Para a avaliação foi levado em consideração a participação, comportamento e
contribuição durante a aula.

 A segunda aula de regência foi realizada no dia 09 de fevereiro, na turma de 6°A, onde foi
trabalhado a Unidade 2 – Conhecimentos básicos de Cartografia, do livro didático, trabalhamos o
percurso 05 – Orientação no espaço geográfico; 06 – Localização no espaço geográfico. O método
utilizado foi de exposição escrito do conteúdo no quadro, e explicação do conteúdo. Sendo assim,
foi realizada uma breve contextualização histórica sobre a preocupação que o ser humano tinha
de determinar sua localização, para isso apresentamos o conceito de localização e de orientação
geográfica. Logo após, para que aula fosse interativa simulamos algumas formas de orientação no espaço
geográfico, como por exemplo a orientação pelos astros. Depois, refletimos a importância do ponto de
referência, a orientação através da bússola, a rosa dos ventos, assim entramos no percurso 6, onde
explicamos os paralelos e meridianos terrestres, para isso foi desenhado no quadro um globo com traços de
modo que representassem os paralelos e meridianos, para aula também foi utilizado o globo terrestre. Para a
fixação do conteúdo foi realizado a atividade de mapa mental, onde foi desenvolvido pelos estudantes um
mapa mental do percurso realizado pelos estudantes até a escola, levando em consideração os pontos de
referências observados no caminho. Para a avaliação foi pontuado a interação, realização da atividade,
comportamento e participação e contribuições durante a aula.

 A terceira aula de regência foi realizada nas turmas de 9° A, B, C, e D. O conteúdo trabalhado


durante a aula foi percurso 03 – Consumo e Cultura globalizada. Nesta aula aplicamos material para
estudos no quadro, com a finalidade de proporcionar aos alunos material para estudo. Na explicação
do conteúdo foi refletido o conceito de Forma geográfica criado por Milton Santos, assim, fizemos
uma breve contextualização histórica e forma geográfica, enfatizando no período clássico da Grécia
a forma geográfica Ágora, na Idade Média os castelos e mosteiros, o período das grandes
revoluções Industriais, representados pelas indústrias e cidades, até o período atual, marcado por
verdadeiros templos de consumo, no chamado período da Revolução Técnico-Cientifico-
Informacional. Além disso explicamos o poder da publicidade e marketing como influencia para o
crescimento do consumo, e de como isso afeta o meio ambiente, causando diversas consequências
ao espaço, e a partir disso, refletimos práticas de consumo consciente. Assim, refletindo sobre o
avanço no consumo global, conversamos sobre o abandono da cultura local e apropriação/consumo
de culturas estrangeiras. Para fixação do conteúdo foi passado questionário simples e objetivo, para
auxiliar os alunos no habito de raciocinar e pensar. Para avaliação foi levado em consideração o
comportamento, participação, contribuição e realização das atividades propostas durante a aula.

 A quarta aula de regência foi realizada no dia 16, de fevereiro, na turma de 6°A, onde foi trabalhado
o percurso 07 – Do desenho ao mapa, nesta aula trabalhamos os elementos básicos que constituem
um mapa, mas foi necessário relembrar o conteúdo da aula anterior, e dá continuidade ao percurso
19

6, apresentando novamente os paralelos e meridianos, e a partir deles a latitude e as longitudes, e


assim trabalhar com eles o que são as coordenadas geográficas, para que essa aula fluísse mais
facilmente, contribuindo com a aprendizagem dos alunos, assim, foi utilizado, dois tipos de mapas
diferentes um com uma dimensão maior e uma menor (trabalhando dessa forma Escala), além disso
foi apresentado um mapa de fácil interpretação para melhor ajudar os alunos na leitura de mapas, e tornar a
aula mais interativa e dinâmica. Para explicar as diferentes representações da Terra, foi utilizado o globo
terrestre, o mapa como planisfério, o notebook para apresentar os mapas digitais e as plataformas que
facilitaram o cotidiano no que diz respeito a representação e localização. Para a fixação do conteúdo, foi
proposto uma atividade coletiva, levando em consideração todos os aspectos trabalhados durante a aula, mas
devido ao tempo não foi possível concluir. A avaliação foi realizada com base na participação, colaboração e
desenvolvimento da atividade coletiva durante a aula. E da contribuição e comportamento diante o momento
de explicação e reflexão.

 A quinta aula de regência foi realizada nas turmas de 9° A, B, C e D, o percurso trabalhado foi o 4 –
Globalização e meio ambiente, realizada no dia 28, de fevereiro. O método utilizado não foi
diferente das demais aulas, mas houve a utilização do projetor de slides, para que assim pudéssemos
levar aos alunos uma interação maior de imagens, vídeos, e assim atender as necessidades do
conteúdo e possibilitar o interesse do aluno em participar e interagir durante a aula. Sobre o
conteúdo, foi apresentado os motivos do avanço da globalização e as principais consequências desse
avanço para o meio ambiente e diante disso os debates internacionais sobre o meio ambiente, como
a Conferência das sobre o Meio Ambiente Humano, RIO-92, RIO+10, RIO+20, ONUBR- 2015
(Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) e a partir disso os principais problemas ambientais do
século XXI, como o Aquecimento Global, a Degradação do solo, queimadas, a Escassez dos
recursos hídricos e a Biodiversidade em perigo, para finalizar a exposição do conteúdo e assim
refletir reproduzimos dois vídeos de Steve Cutts, “MAN” e “HAPPINESS”, com o objetivo de fazer
com que os alunos pudessem refletir sobre a consequência que o consumismo exagerado traz para o
meio ambiente. As aulas foram muito dinâmicas, houve a interação e colaboração dos alunos. Para
a fixação do conteúdo foi proposto uma produção textual de um breve comentário, de no mínimo 20
linhas, explicando o que entenderam a respeito de como a globalização afeta o meio ambiente e
quais medidas poderiam ser adotadas para cuidar do meio ambiente e preservar seus recursos
garantindo a vida dos seres vivos e do planeta. A avaliação foi realizada com base na participação,
contribuição e desenvolvimento de atividade durante a aula.

 A sexta aula foi desenvolvida na turma de 6° A, realizada no dia 02, de março. Neste dia foi
finalizado a unidade 2, no percurso 8 – A representação gráfica do relevo, e dado início a unidade 3
do livro didático – O planeta Terra e a circulação geral da atmosfera, com o percurso 9 – A terra no
sistema solar. Utilizamos a mesma proposta de dinâmica durante a exposição do conteúdo no
quadro como forma de proporcionar ao aluno material complementar para estudo e explicação do
conteúdo, assim
20

para começar a explicação do conteúdo trabalhamos o significado de relevo, para isso utilizamos a
própria paisagem comtemplada pelos estudantes em seus espaços, e assim trabalhar com eles como
são representados essas formações graficamente, e assim apresentamos as curvas de nível, o uso das
cores, o perfil topográfico e sua característica mais marcante que é o relevo em detalhes e também o
bloco-diagrama. Para adentrar ao conteúdo do percurso 9, refletimos a história da Terra, desde hoje
há 14 bilhões de anos atrás, e como assim apresentar a geografia como agente fundamental para
compreender a Terra no Universo, dando ênfase sempre nas características únicas do nosso planeta,
sua posição no sistema solar, sua forma (geoide) e através disso as consequências térmicas, as zonas
de iluminação e aquecimento, conteúdo importantíssimo para entendermos como existe vida na
terra, e os fatores que torna a Terra única. Para a fixação do conteúdo foi realizado um questionário,
servindo também como forma de avaliação, além da participação, colaboração e comportamento em
sala de aula.

 A sétima aula de regência foi realizada no dia 07, de março, nas turmas de 9° A, B, C e D. Nesta
aula damos início a unidade 2 do livro didático – Sociedade urbano-industrial, recursos naturais e
fontes de energia. Trabalhamos o percurso 5 – Um mundo Urbano. Antes de tudo, também foi uma
aula de despedida, isso devido a finalização do módulo I, onde refletimos os momentos vividos e a
importância destes, para a formação e construção docentes dos residentes. Utilizamos o mesmo
método (escrita de material complementar para estudo no quadro e logo após explicação do
conteúdo), atendendo a praticidade de modo que os alunos acompanhem. Assim, foi explicado o
conceito de urbanização e como se desenvolveu o processo de urbanização, também como ocorreu e
ocorre o crescimento constante da população urbana, e os hábitos de consumo mundializados, e a
partir disso as transformações da produção agropecuária e urbanização, além da relação da
urbanização e capital financeiro, ressaltando as cidades globais. Para a fixação do conteúdo foi
passado um questionário claro e objetivo, para facilitar a interpretação e avaliar se os alunos
conseguiram entender e ter atenção durante a explicação. A avaliação foi realizada através da
participação e colaboração dos alunos durante a aula.

 A última aula de regência na E.E.F Raimundo Marques de Almeida, foi realizada no dia 09, de
março, na turma de 6°A, trabalhamos o percurso 10 - A terra em movimento. O conteúdo e material
complementar para estudo foi exposto no quadro, o conteúdo foi apresentado de maneira simples e
dinâmica através de slides, com vídeos e recursos visuais interativos. Apresentamos os movimentos
da Terra e o tempo atmosférico e clima, a partir disso foi definido o que é o movimento de rotação e
translação, e consequentemente os dias e as horas, e o tempo em anos. Também foi apresentado o
21

movimento aparente do sol, a importância da inclinação do Eixo da Terra para as estações do ano.
Foi realizado para a fixação do conteúdo por meio de três perguntas objetivas sobre o conteúdo da
aula, e assim a aula foi concluída com uma breve reflexão de agradecimento e despedida da turma.

1.4. Avaliação da Aprendizagem


A avaliação foi desenvolvida a partir de encontros onde conversamos em equipe, juntamente com
professoras orientadoras e refletimos os desafios e a importância da residência no processo formativo
enquanto docentes. Além disso, foi realizado um breve questionário desenvolvido no Google Forms onde
avaliamos o primeiro modulo, assim como orientadores, preceptores e auto avaliação, nossas
potencialidades, limitações e o que esperávamos melhorar para o módulo II.
Durante a observação na escola-campo em alguns momentos foi nos dados tarefas, principalmente
durante períodos avaliativos, como ajudar na correção das provas e de atividades complementares para
assim reconhecer um pouco da metodologia adotada pelo professor para correções de provas e a dinâmica
escolar. Após as aulas de observação e regências, realizávamos um breve momento de reflexão sobre o dia
e avaliação do momento enquanto parte fundamental no processo de construção e elaboração de aulas, com
métodos e atividades adequadas ao público trabalhado.
Sobre isso, Conceição (2019), reflete que a “Residência Pedagógica busca aproximar o discente a
desenvolver métodos tais como objetivos, estratégias, seleção de conteúdos e avaliação mediante um
planejamento engajado ao processo educacional, para que o mesmo aprenda a ensinar mediante o processo
formativo”. Assim, esse momento de reflexão, feedbacks e avaliação realizado pelo preceptor, torna-se um
potencial instrumento responsável pela construção da identidade profissional docente e aperfeiçoamento da
didática.
É diante dessa análise que refletimos, a necessidade de vivenciar esses momentos de participação e
interação ativa e concreta na formação de uma educação de qualidade. Nesse sentido, Libâneo (2017),
reflete que:
O ensino consiste no planejamento, organização, direção e avaliação da atividade didática,
concretizando as tarefas da instrução; o ensino inclui tanto o trabalho do professor (magistério)
como a direção da atividade de estudo dos alunos. Tanto a instrução como o ensino se modificam
em decorrência da sua necessária ligação com o desenvolvimento da sociedade e com as condições
reais em que ocorre o trabalho docente. (Libâneo, 2017)

A avaliação é antes de tudo uma prática de auto-reflexão, que nos auxilia a atingir uma versão
melhor de nós mesmos, aprimorando nossa prática e estimulando a construção da identidade profissional
docente. O docente quando se auto avalia, entende e acolhe suas limitações, e trabalha seu potencial.
22

2. MÓDULO II

2.1. Formação da equipe


No segundo módulo, foi decidido manter as equipes de residentes formadas no primeiro módulo,
levando em consideração a parceria já formada e conexão do grupo. A escola contemplada para o grupo,
que antes estava na escola de ensino Fundamental Raimundo Marques de Almeida, foi a escola de Ensino
Médio Gonzaga Mota da Fonseca, sob supervisão do preceptor Davi Lopes. Nesse dia, foram repassados os
primeiros informes, destacando as principais orientações para o módulo II e comunicando as atividades a
serem realizadas mensalmente.
Após a organização e planejamento das atividades do módulo, realizou-se uma dinâmica de
reflexão, usando a música "Auto-reverse" de O Happa. Para encerrar o momento de formação da equipe,
foi realizado um momento com os grupos e os respectivos preceptores. Durante esse momento de reflexão
e apresentação, foram definidos os dias de atuação dos residentes, juntamente com uma breve
contextualização sobre a realidade escolar, suas dificuldades, limitações e potencialidades.
Através dos estudos teóricos, é possível analisar a ótica de alguns autores sobre a Educação e o
Ensino de Geografia. Além disso, podemos refletir e analisar o Programa de Residência Pedagógica diante
as vivências e análise de trabalhos acadêmicos a respeito.
Assim, apesar das limitações encontradas a partir do contexto da realidade escolar, os estudos
teóricos auxiliaram no exame das possíveis potencialidades da escola e na formação profissional docente,
principalmente quando diz respeito a realidade atual da escola, bem como do espaço ao qual está inserido,
que são frequentemente vistas em todo o Brasil. As atividades realizadas na escola, possibilitaram a
aprendizagem de métodos de ensino adequadas à realidade, e ao modo de agir perante as dificuldades no
processo de ensino dos alunos.
Em março, o foco foi na ambientação e adaptação à escola-campo. Desse modo, a ambientação na
escola campo foi o primeiro passo de conhecimento do espaço físico escolar (Figura 11), bem como de
todos que fazem parte da escola, funcionários e discentes, “ importantes agentes para o equilíbrio
necessário ao processo de construção do conhecimento” (Cunha et al., 2020). Neste sentido, não diferente
do primeiro módulo, as palavras de Cunha et al. (2020) continuam auxiliando na reflexão de entender a
adaptação e ambientação no espaço escolar, como processo fundamental na construção profissional.
23

Figura 11 - Reconhecimento da escola-campo, visão do pátio principal

Fonte: Autora, 2023.

Dando a ambientação a função de compreender esse momento como um processo de ajustes. Essa
importante etapa permite diversas reflexões que potencializam a formação profissional docente, bem como
a forma de ver e refletir as variadas situações no cotidiano. Pois, é no cotidiano que encontramos os
desafios necessários para lapidar nossa prática e o modo como agir em determinadas situações.
Levando em consideração as palavras de Calderano (2012) como referência no que diz respeito a
importância de analisar e compreensão do contexto e realidade ao qual a escola se insere, conseguimos
compreender a necessidade de refletir essa etapa do programa como a base, para consolidar as
metodologias, modos, práticas das demais etapas. Assim, o autor reflete que:

“Pode-se dizer que o motor que anima e dá sentido ao estágio – tanto na Pedagogia como nas demais
licenciaturas – é a busca da relação contínua – possível e necessária – entre os estudos teóricos e a
ação prática cotidiana. [...] Importante analisar o que acontece, como, por que, onde, com quem e
quando acontecem determinadas situações buscando um novo sentido diante do que está sendo
observado e apreendido no processo junto à realidade observada” (Calderano, 2012, p. 251).

A Escola de Ensino Médio Gonzaga Mota da Fonseca, situa-se próximo a escola-campo do


primeiro módulo (Figura 12), E.E.F Raimundo Marques. Assim, possuem a mesma situação social. Tal
fator influencia a escola a incessante busca em atrair os discentes para as mais variadas atividades.
Figura 12 – Delimitação da E.E.M Gonzaga Mota da Fonseca

Fonte: Autora, 2022.


24

Entender o cenário ao qual a escola faz parte, é entender que ser profissional não é o bastante, e que
conciliar o profissional com o olhar e posicionamentos humanizado e sensível a realidade dos estudantes,
também é um ato político que transforma. Sobre isso, Arend e Baroni (2018) refletem a importância de
vivenciar o espaço escolar como um todo, assim diz:

“A vivência escolar possibilita ao docente refletir sobre a prática, avaliando sua atuação quanto às
concepções norteadoras e os procedimentos adotados frente à aprendizagem numa perspectiva
extensiva quanto aos seus elementos (planejamento, execução, avaliação), estabelecendo conexões
entre a dinâmica escolar e a prática vivenciada em sala de aula” (Arend e Baroni, 2018).

Apesar de não estar atualizado, o PPP da escola Gonzaga Mota apresenta coerência com seus
objetivos, metas e missão. Reflete bem a realidade ao qual está inserida a escola, é um reflexo real de
vulnerabilidade qual está submetido: violência, drogas, marginalidade, fome, prostituição, desemprego,
desestruturação familiar.
Embora, a realidade da escola dos alunos, sejam críticas e difíceis, no cotidiano da escola, percebe-
se o desempenho de construir um ambiente escolar mais democrático, com acesso à educação de qualidade,
que concentre em valores como a solidariedade e respeito, com o objetivo de tornar pessoas participativas,
reflexivas e críticas perante a sociedade. Nesse sentido, as ações desenvolvidas na escola, condiz bem com
os objetivos e planos de missão e futuro visado pela instituição.

2.2. Elaboração de planos de aula


Os momentos de planejamento foram realizados de acordo com a organização do calendário
semanal da disciplina de geografia na escola. Desse modo, os dias definidos para planejamento seguiram a
seguinte organização: nos dias de atuação do residente (Quarta-feira) na escola campo forma decididos que
uma hora (1h) de planejamento seria junto ao professor preceptor e colega residente, e uma hora (1h)
individual, elaborando os planos de aula. Exemplo de plano de aula, presente no ANEXO II – PLANO DE
AULA DAS TURMAS DE 2°SERIE.
Os encontros de planejamento no Instituto (Figura 13) seriam uma vez ao mês também nas Quartas-
feiras juntos com os demais residentes, preceptores e orientadoras. Sabe-se que situações atípicas são
comuns, nesses casos foram necessários mais encontros de planejamentos, além do pré-estabelecido, e em
certos momentos o planejamento coletivo na escola, passou a ser individual, devido as atividades realizadas
no espaço escolar, como eventos poliesportivos e recreativos (Figura 14).

Figura 13 – Encontro Formativo


25

Fonte: Autora, 2023.

Figura 14 – Jogos da XVII OCACE, na quadra esportiva da escola

Fonte: Autora, 2023

Os encontros de planejamento na escola campo e no Instituto, de modo geral, não se reduziram


somente em planejar aulas, mas também, foram baseados em momentos fundamentais na reflexão do papel
do(a) professor(a), levando a necessidade em obter sensibilidade ao debater temas que cobre a realidade da
escola e da sociedade, pautas relevantes para a formação docente.
Nesse contexto, o planejamento deixa de ser uma obrigação e torna-se um período dedicado à
reflexão sobre o tipo de educação que se pretende promover. Planejar implica ponderar, observar, avaliar e,
por fim, conceber estratégias que orientem o processo de ensino-aprendizagem.
Levando em consideração o papel do professor-preceptor nesse importante momento, foi orientado
ao residente apresentar feedbacks para compreender o desenvolvimento das aulas, observando e
entendendo quais metodologias melhor se aplicam em determinadas turmas e as diversas possibilidades de
recursos didáticos para abordar os conteúdos, contemplando a extensão da Geografia escolar (Figura 15).
26

Figura 15 – Momento de observação na turma de 2° A.

Fonte: Autora, 2023.

Assim, reformular o planejamento nas aulas de Geografia possibilita a reflexão e aprimoramento da


prática docente, intervindo por meio de ações estratégicas que facilitem ao estudante a compreensão dos
conteúdos geográficos. Sobre isso, as autoras Arend e Baroni (2018), no que diz respeito ao planejamento,
refletem que para esse processo, é crucial que o professor-pesquisador conte com uma base sólida, obtida
tanto por meio de materiais didáticos e documentos quanto por meio de suas próprias pesquisas e
conhecimentos prévios. As imagens adicionais do módulo II, serão adicionadas no ANEXO II –
IMAGENS ADICIONAIS DO MÓDULO II.
Dessa forma, os encontros de planejamento foram sistematizados e organizados de acordo com a
ordem de acontecimentos, seguido os momentos de planejamento coletivo e individual, direcionando-se da
seguinte forma:

 29/03/2023: Neste dia foi realizado o planejamento coletivo e individual na escola-campo, onde
analisamos o livro didático, a socialização e ambientação na sala dos professores, bem como no
espaço escolar. Observamos a estrutura, dificuldades e potencialidades da escola, além de conversar
sobre as primeiras observações das turmas.

 26/04/2023: Foi realizado planejamento coletivo junto ao professor preceptor onde teve a primeira
preparação para a realização das regências, o professor preceptor propôs a realização de uma
atividade que se resumia na elaboração de um “plano de aula” genérico, para observamos a
otimização do tempo tendo em vista o horário reduzido, devido a eventos planejados pela escola.
Neste dia também, foi realizado o encontro de formação mediado pelo professor preceptor João
Paulo, onde refletiu sobre os fazeres docentes.

 03/05/2023: O dia foi atípico, neste dia foi realizado os jogos de interclasse estadual, pela falta de
alunos em algumas turmas, o tempo destinado a aula foi aproveitado para planejamento e estudo
coletivo com preceptor pela manhã, estendendo até o período da tarde, com a pauta de planejar o
início das aulas de regências.
27

 10/05/2023: O planejamento individual e coletivo foi marcado com reflexões sobre a primeira
regência, pontuando os pontos positivos e negativos. Também, foram repassados alguns informes
sobre os eventos que ocorreriam na escola na semana seguinte (XVII OCACE), o funcionamento
das regências, a redução da carga horária e a importância de observar e participar das decisões
tomadas pela gestão escolar. Na semana seguinte, foi orientado que o momento planejamento
seriam destinados a observar esses eventos e participar e colaborar assim como o corpo discente da
escola.

 17/05/2023: O planejamento foi realizado com o objetivo de refletir a dinâmica e rotina da escola
no dia em questão e das primeiras regências e orientações para a aplicação das provas parciais. O
restante do momento de planejamento foi destinado a colaboração para a preparação das atividades
do evento. Estes momentos dinâmicos no espaço escolar se materializam no desafio e no prazer de
ser docente, sobretudo diante as conexões com os demais docentes, núcleo gestor, comunidade
discente e todos aqueles que compões a escola. A troca de experiências e vivencias possibilita
enxergar novas vertentes do mundo docente, no contexto educacional e social. Neste dia, também
aconteceu o encontro de planejamento e formação no campus, na turma de S6 em Geografia, com
orientador, mediado pelo professor preceptor Marcolino e Profa. Orientadora Camila.

 24/05/2023: O planejamento foi realizado individualmente em domicilio, o objetivo foi realizar


estudos teóricos sobre a importância do PRP e o ensino de geografia, e sua relevância para
construção de um Ensino de Geografia de qualidade, analisando a Portaria GAB nº 38/2018, de
2018, onde Institui o Programa de Residência Pedagógica e o artigo intitulado “a importância da
residência pedagógica no ensino de geografia: um estudo de caso na E. E. E. F. Rodrigues de
Carvalho, Araçagi/PB”, de Oliveira et al., 202.

 31/05/2023: O dia foi de aplicação de provas em todas as turmas, e o momento de planejamento foi
dedicado a correção de provas e lançamentos de notas junto com os demais discentes da escola.
 07/06/2023: O planejamento foi destinado ainda, a correção de provas e lançamentos de notas.
Além disso, foi planejado as regências da semana seguinte.

 14/06/2023: O momento de planejamento foi no campus, com formação mediada pelo preceptor
Marcolino, com a temática “A necessidade do cuidado com as questões socioemocionais dos
profissionais da educação”.

 26/06/2023: Arraiá da residência – este dia foi dedicado a partilhar alegria no nosso primeiro arraiá.
Em seguida participamos do I Colóquio do Dia do(a) professor(a) de Geografia do IFCE campus de
Quixadá, onde foi contemplado experiências docentes de professores e professoras frutos do curso
de licenciatura em geografia do IFCE - campus Quixadá.

 05/07/2023: Neste dia foi realizado estudo individual domiciliar, onde foi refletido o texto
28

“Processo de construção da identidade profissional de professores de Geografia em uma perspectiva


crítica e reflexiva” de Fernanda Marques Fernandes et al. Os autores refletem o professor de
geografia e a sua identidade profissional em uma abordagem crítica e reflexiva. Esse estudo
possibilitou refletir sobre a importância da formação profissional do professor de geografia, que deve ser
pautada sempre com olhar crítico, reflexivo e com senso de justiça.

 20/07/2023: Neste dia foi dado início a escrita do instrumental plano de formação, onde foi
realizado estudo e planejamento das atividades do módulo seguinte.

 26/07/2023: Estudo domiciliar dos textos “O Estágio curricular supervisionado e o programa de


residência pedagógica: um estudo sobre a formação docente” de Maria Kelly Araújo. Brena Quesia
de Sousa Monteiro, Marly Alves dos Santos. Onde refletem a importância dessas ferramentas para a
formação de professores. Também foi refletido o trabalho de conclusão de curso de Thiago Rocha,
intitulado “Residência Pedagógica: um olhar sobre o ensino da Geografia – vivências na escola
municipal Governador Afrânio Salgado Lages – Delmiro Gouveia, Alagoas. Onde reflete a
importância da residência para sua formação e seu olhar a partir dos desafios enfrentados.

 28/07/2023: Encontro de planejamento, para uma breve avaliação e para planejar o evento de
finalização do módulo II.

 16/08/2023: Planejamento individual e coletivo na escola campo, com o objetivo de atualizar a


carga- horária e refletir o desenvolvimento e participação das turmas da quarta-feira. No campus foi
realizado o encontro de planejamento coletivo, apresentando a carga-horária já realizada.

O professor que preza e sabe da importância do momento de planejamento, sabe o verdadeiro


significado de trabalhar com excelência, sua função no espaço e seu papel perante a sociedade. Pois é no
planejar que se encontra a ternura da preparação e zelo de uma aula capaz de ensinar não somente os
conteúdos, mas também valores. Todas atividades realizadas estão disponíveis na ficha de frequência, em
ANEXO IV – FICHAS DE FREQUÊNCIA DAS ATIVIDADES REALIZADAS NO MÓDULO II.

2.3. Regência
Considerando o que foi apresentado nas etapas anteriores, torna-se evidente a significância do
programa de residência pedagógica como uma oportunidade para vivenciar práticas concretas no campo de
atuação. Isso ocorre ao integrar de maneira efetiva a teoria com a prática, conferindo a essa experiência um
sentimento de realização, mesmo diante de desafios e dificuldades significativas, é assim que entendemos
que “o aprendizado é muito mais eficiente quando é obtido através da experiência; já que na prática a teoria
é assimilada com muito mais eficácia” (Silva et al., 2019).
29

Assim, as regências em sala, constituem-se em importante elemento que apresenta ao professor em


formação a experiência de entender o funcionamento e dinâmica existente na sala de aula, exercitando e
pondo em prática as teorias, metodologias e recursos didáticos sobre tudo na disciplina de Geografia.
Silva et al. (2019), ressaltam que esses recursos funcionam como ferramentas para aplicação em
aulas, contribuindo para a interpretação e construção do conhecimento. A mera inclusão de um recurso de
ensino na sala de aula não assegura qualidade nem confere pleno dinamismo à prática docente. No entanto,
sua presença proporciona aos educadores subsídios para, ao empregar o recurso de ensino, oferecer
oportunidades aos alunos de expandirem sua compreensão do mundo e aprimorarem sua capacidade crítica,
fundamentadas nas informações proporcionadas pelo recurso.
Sobre os recursos disponíveis na escola-campo, pode se dizer que, existe uma forte carência de
matérias didáticos para o ensino de Geografia, entretanto, as diversas paisagem observada ao redor da
escola, serviram como instrumento didático fundamental, para o ensino e aprendizagem durante as aulas.
É valido ressaltar, que em todo o processo do Programa, alcançar com excelência todos esses
procedimentos não seriam possíveis sem a orientação e supervisão dos professores orientadores e
preceptores. Pensando nisso, Gomes e Lima (2023), refletem que inúmeros são os desafios e dificuldades
enfrentados no processo de estágio, mas que este percurso é carregado de surpresas e satisfações que
contribuem significativamente para a construção do fazer docente.
Os temas das aulas ministradas foram abordados sob uma perspectiva que instiga a reflexão,
utilizando as experiências dos alunos e valorizando seus conhecimentos, sobre tudo sobre o espaço em que
vivem. Além disso, foi incentivada a participação continua por meio de debates individuais e em grupo.
Para isso, foram planejadas diversas metodologias, incluindo a leitura de textos, a realização de
experimentos e a utilização de slides durante as aulas.
Os momentos de regências foram definidos de maneira colaborativa entre professor-preceptor e
residente, realizadas conformes os conteúdos organizados pelo preceptor, com o planejamento prévio.
Assim, as regências foram realizadas nas turmas da Quarta-feira (2°G, A, B, e C; e 3°B e D),
também foram realizadas (Figura 16 e Figura 17), em alguns casos isolados, regências em outras turmas em
aplicações de provas e aulas extras para complementação de carga-horária, nas aulas de regência,
atividades foram desenvolvidas para fortalecer o processo de ensino-aprendizagem dos alunos e avalia-los.
Nas aulas, utilizamos em muito, os livros didáticos (disponíveis no ANEXO II – LIVROS DE DÁTICOS
UTILIZADOS NAS TURMAS DE 2° SERIE), e matérias de apoio pedagógico como projetor, slides e
recursos de vídeos e imagens.
30

Figura 16 – Regência na turma de 2°G

Fonte: Autora, 2023.

Figura 17 - Regência na turma de 2°C com colega residente Gabriel Otasso.

Fonte: Autora, 2023.

 10/05/2023 – Essa foi a primeira aula de regência nas turmas de 2° G, A, B e C. O conteúdo


ministrado foi com base na temática: Ecologia, meio ambiente e sustentabilidade, trazendo os
conceitos e os movimentos conservacionistas e preservacionistas, relacionando o conteúdo com a
realidade geográfica e territorial dos estudantes. O objetivo da aula foi fazer com que os alunos
pudessem compreender os conceitos de Ecologia, Ambiente, Meio Ambiente e Sustentabilidade,
associados aos movimentos ambientalistas. Além de entender os conceitos de Conservação e
preservação. E desse modo lembrar os estudantes da importância dos aspectos vegetacionais e
geológicos presentes no espaço em que vivem.
31

 17/05/2023 – Este dia foi bem dinâmico, o dia estava bastante corrido devido os jogos escolares -
XVII OCACE, evento escolar. Diante a realização do evento, o tempo de aula foi reduzido. As
regências foram realizadas nas turmas de 2°G, A, B, C. O conteúdo ministrado foram os Modos de
vida de comunidades tradicionais, com ênfase na comunidade tradicional indígena, cujo objetivo
central era fazer os estudantes compreenderem o que são as comunidades tradicionais, sua
importância na construção identitária e cultural do povo brasileiro, além de entender como se
organizam as comunidades tradicionais dos povos originários e na turma de 3° B, foi debatido e
analisado os aspectos gerais dos Estados Unidos, com o objetivo de entender como se deu o
processo de formação dos Estados Unidos, e sua importância para este pais a principal potência
econômica do mundo.

 24/05/2023 – As aulas de regências foram realizadas nas turmas de 2°G, A, B. O conteúdo


ministrado foi o de Unidades de Conservação, onde debatemos os tipos de Unidades de
Conservação e sua importância, na conservação de unidades naturais e culturais que constituem o
espaço geográfico, enfatizando sobre maneira a Unidade de Conservação do município de Quixadá,
a MONAT (Monumentos Naturais Monólitos de Quixadá) que tem valor significativo para o
município.

 31/05/2023 – Este dia foi dedicado a aplicação de provas parciais (Regências) em todas as turmas
de Quarta-feira (1°B; 2°G, A ,B; 3°B; 2°C; 1°D; 2°D; e 3°D) do professor preceptor. Considero
como experiência essencial para a formação docente, entender como se dá a dinâmica das turmas
diante a aplicação de prova, considerando suas diversidades e particularidades, sobretudo os
desafios encontrados, além dos momentos técnicos tão recorrentes no espaço escolar.

 07/06/2023 – As regências foram realizadas nas turmas de 1°B, onde trabalhamos a o processo de
expansão territorial dos Estados Unidos; e nas turmas de 2°G, A, B, C com o conteúdo sobre o
conceito de ordenamento territorial e mudanças climáticas, analisando a importância do
ordenamento territorial no contexto ambiental, sobretudo climáticos. E nas turmas de 3°B,
trabalhamos os aspectos gerais da Alemanha e Reino Unido, analisando seu processo histórico de
expansão e crescimento econômico.
 14/06/2023 – Regências nas turmas de 2° G, A e B. Trabalhamos neste dia as reflexões sobre o
Meio Ambiente urbano e aas questões socioambientais, analisamos os problemas ambientais nos
espaços urbanos, além de trabalhar a sustentabilidade no Brasil, refletindo os impactos das
atividades agropecuárias. Debatemos ainda o papel do ser humano nesse processo, e quais medidas
poderíamos adotar para melhorar esse contexto.
32

 21/06/2023 – Aplicação de intervenção na turma de 2°C. Esse dia trouxe importantes reflexões
sobre o nível de aprendizagem desses alunos e o nível de responsabilidade que os mesmos têm em
relação aos estudos e planos futuros.

 09/08/2023 – Regências na turma de eletiva (1°B) geopolítica, onde trabalhamos o conceito de


Geopolítica, sua importância na organização do território; nas turmas de 2°G e B, foi analisado os
indicadores socioeconômicos IDH e PIB. Ambas as aulas foram dinâmicas e interativas.

 16/08/2023 – Neste dia foi finalizado a carga-horária de regências. As últimas aulas ministradas
foram nas turmas de 1°B (Geopolítica), onde trocamos ideias sobre a geopolítica do petróleo,
enfatizando as reservas brasileiras. E nas turmas de 2°G, 2°A, 2°B, 2°, nestas aulas abordamos
outro indicador socioeconômico (Coeficiente de Gini). Na turma de 3°B, foi aplicado questões de
modo a preparar os alunos para ENEM. Ambas as aulas foram interativas e dinâmicas, levando em
consideração as diferenças e especificidades das turmas.

Os momentos de regência tornam-se ainda mais importantes quando você se encontra dentro da sala
de aula, quando se sente fortes sentimentos e emoções que proporcionam prazer ao ensinar, e a
compartilhar conversas e momentos, vivenciar a complexidade que se encontra na sala de aula, é se sentir
realizado enquanto profissional e ser humano. Ao final das regências foi preparado, sensivelmente um
momento de despedida, preparado pelos estudantes da turma 2°G (Figura 18)
Figura 18 – Momento de acolhimento ao final do módulo na escola-campo

Fonte: Autora, 2023.


33

2.4. Avaliação da Aprendizagem


Assim como no processo de estágio, o programa de residência pedagógica sugere que os residentes,
enquanto futuros docentes, avaliem seu próprio progresso, visando fortalecer seu desempenho e confiança
na prática profissional.
Como Daresh (1990) nas palavras de Zabalza (2014) vem dizer que é fundamental que o
estagiário/residente identifique as áreas onde mais é necessário aperfeiçoamento, podendo ser no
desenvolvimento pessoal ou profissional. Considerando essa abordagem, o período de avaliação
desempenha um papel fundamental ao promover a reflexão sobre as aprendizagens adquiridas durante as
atividades do módulo.
Assim, o momento de avaliação da aprendizagem, foi dividido em dois momentos: Primeiro de
modo coletivo; e, Segundo de maneira individual. No primeiro caso, foi desenvolvido por meio de
encontros, nos quais cada grupo das escolas-campo teve a oportunidade de dialogar e ponderar em conjunto
sobre os desafios e a relevância da residência no processo formativo como docentes, além da participação e
contribuição do papel dos preceptores no módulo.
Além disso, contemplou-se todo o processo, desde as atividades na escola-campo, na instituição
superior, nos estudos teóricos até os planejamentos individuais e coletivos. Foi proposta também a
avaliação do papel desempenhado pela orientação e pelos preceptores. Os conhecimentos e habilidades
adquiridos nesse módulo tiveram um impacto positivo na formação docente.
No segundo momento, foi possível realizar de modo individual, todos aprendizados adquiridos,
considerando esse módulo como o mais desafiador, não somente na escola-campo, mas em todo processo
como integrante do programa.

3. MÓDULO III

3.1. Formação da equipe


Para o terceiro módulo, permanecemos com as mesmas equipes formadas desde o primeiro módulo.
Neste dia, foi repassado os primeiros informes, onde foi ressaltado as principais orientações sobre o
módulo III, com base do planejamento desenvolvido pelas orientadoras e preceptores. Neste módulo,
a escola contemplada foi a José Jucá, escola de ensino fundamental, localzada no Centro da cidade (Figura
19), sob preceptoria do professor preceptor João Paulo. Assim foi orientado as atividades a serem
desenvolvidas mensalmente. Setembro – Dedicado a ambientação e observação na escola-campo;
Outubro – Dedicado a observação, planejamento das aulas e início das regências; Novembro – Além da
observação e planejamento, realização das oficinas temáticas, em parceria com os núcleos de estudos do
curso de Licenciatura em Geografia; Dezembro – Atividades de planejamento, observação e regências
deveriam permanecer em execução, além da confraternização de natal do PRP/campus Quixadá; Janeiro –
Estudos domiciliares, reunião formativa, conclusão do plano de atividades e o início da escrita do relatório
34

final, e planejamento de produto educacional a ser exposto no evento de encerramento; Fevereiro –


Observação, planejamentos e regências, além do encontro formativo e planejamento do evento de
encerramento do PRP; em Março – Encerramento módulo III, conclusão de instrumentais, entrega e
apresentação dos relatórios finais.
Figura 19 – Delimitação da E.E.F José Jucá

Fonte: Autora, 2024.

Desse modo, a imersão na escola-campo representou o ponto inicial na compreensão do espaço


físico escolar, tanto por parte dos alunos quanto dos funcionários (Figura 20, Figura 21, Figura 22). Todos
esses elementos são considerados agentes importantes para o equilíbrio responsável ao processo de
construção do conhecimento (Cunha et al., 2020). Nesse contexto, assim como nos módulos anteriores,
esse momento é de suma importância para adaptação e ambientação no ambiente escolar, destacando-as
como componentes essenciais no processo de desenvolvimento profissional.

Figura 20 – Primeiro momento na escola-campo, formação da equipe e conhecendo o espaço.

Fonte: Autora, 2023.


35

Figura 21 – Conhecendo espaço Fisico

Fonte: Autroa, 2023.

Figura 22 – Momento de ambientação

Fonte: Autora, 2023.

Como acadêmicos integrados ao Programa de Residência Pedagógica, compreendemos que o


processo de ambientação é, por sua vez, um período de ajustes. A adaptação que assumimos abrange um
escopo mais amplo, incluindo a familiarização com os espaços físicos da instituição educacional, assim
como o entendimento das dinâmicas entre os indivíduos que tornam esses espaços interativos entre si e
com os demais. Essa etapa crucial proporciona uma gama de reflexões que potencializam a formação
profissional dos educadores, influenciando a maneira como percebem e analisam diversas situações no
cotidiano. De fato, é no dia a dia que nos deparamos com os desafios necessários para aprimorar nossa
prática e determinar como agir diante de diferentes circunstâncias.
Ao analisar o Projeto Político-Pedagógico (PPP) da Escola de Ensino Fundamental José Jucá, foi
possível destacar que a escola demonstra coerência com seus objetivos e metas principais. O documento
reflete a importância de formar alunos ativos e protagonistas na sociedade, destacando-se pela ênfase na
construção de indivíduos participativos e atuantes. O PPP da escola busca contribuir para a consolidação de
36

uma sociedade justa e saudável, evidenciando o compromisso com a formação integral dos estudantes e o
papel fundamental da educação na promoção de valores cívicos e sociais.
Neste contexto, a vivência educacional oferece ao professor a chance de ponderar sobre sua
abordagem, analisando como ele se posiciona em relação às abordagens sugeridas e às técnicas
implementadas no âmbito da aprendizagem. Essa reflexão se amplia para incluir diversos aspectos do
processo educativo, como o planejamento, a execução e a avaliação, possibilitando a criação de conexões
substanciais entre a dinâmica escolar e a experiência prática na sala de aula.
Partindo desse contexto, pode-se dizer que neste módulo, foi possível observar todo
amadurecimento profissional adquirido durante o processo de formação no PRP. As limitações encontradas
durante todo o módulo, como conciliar as atividades acadêmicas e produção cientifica, com as atividades
da residência, foi um obstáculo a ser superado, e a superação veio através das potencialidades alcançadas, o
auto- reconhecimento como professor (a) de geografia, que o programa de residência possibilita aos
integrantes, é uma forma de oferecer ao docente em formação, a apropriação do sentido profissional e
humano.
Os estudos teóricos realizados durante esse processo, tornou-se um importante instrumento para
compreender a organização das ideias propostas por estudiosos da Educação, além do olhar de residentes,
sobre o papel da residência na construção da identidade docente de professores reocupados com a
educação.
Além disso, como determinado no planejamento do módulo, foi efetivado no dia 04/10 pelas turmas
de 9° série (Figura 23), a realização da oficina temática, que teve como título “Arquiteturas: Espaços
culturais de Quixadá-CE”, desenvolvida pelo professor-preceptor João Paulo, com auxílio dos residentes. O
principal objetivo do projeto foi fazer com que os alunos reconhecessem os espaços culturais presentes no
município, assim, foi realizado estudos durantes as aulas. Para isso, foi solicitado que os estudantes
formassem grupos e desenvolvesse maquetes dos espaços culturais escolhidos (Figura 24). Foi realizado
visitas de outras turmas da escola e dos integrantes do LEPEG (Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão
em Geografia) do Instituto, assim como sua coordenadora Camila Freire, também orientadora do PRP
geografia – Campus Quixadá.
Figura 23 - Apresentação dos projetos
37

Fonte: Autora, 2023.

Figura 24 – Algumas maquetes apresentadas.

Fonte: Autora, 2023.

3.2. Elaboração de planos de aula


Os momentos de planejamento foram realizados de acordo com a organização do calendário
semanal da disciplina de geografia na escola. Desse modo, os dias definidos para planejamento seguiram a
seguinte organização: Na segunda-feira o dia inteiro era destinado a atividade de planejamento e na Quinta-
feira, durante o período da manhã, exemplo de plano de aula desenvolvido pode ser encontrado no ANEXO
III – PLANO DE AULA PARA TURMA DE 9°.
Os encontros de planejamento de formação no Instituto (Figura 25) foram realizados uma vez ao
mês nas Quartas-feiras juntos com os demais residentes, preceptores e orientadoras. Além disso, os estudos
teóricos e planejamentos domiciliares foram realizados uma vez ao mês. Sabe-se que situações atípicas são
comuns, nesses casos foram necessários mais encontros de planejamentos, além do pré-estabelecido, e em
certos momentos o planejamento coletivo na escola, vieram a ser individual, devido as atividades na escola,
de acordo com o estabelecido no calendário escolar.
Figura 25 – Encontro de formação em comemoração ao dia dos professores
38

Fonte: Autora, 2023

Os encontros de planejamento na escola de campo e no Instituto, de maneira abrangente, não se


limitaram apenas ao planejamento de aulas, também foram fundamentados em momentos essenciais de
reflexão sobre o papel do professor dentro da sociedade. Considerar a sensibilidade de temas que abrangem
a realidade da escola e da sociedade também foi uma pauta relevante para a formação docente durante essas
reuniões.
Nesse sentido, a experiência escolar proporciona ao docente a oportunidade de refletir sobre sua
prática, avaliando sua atuação em relação às concepções orientadoras e aos procedimentos adotados no
contexto da aprendizagem. Essa reflexão se estende aos diferentes elementos envolvidos no processo
educacional, como o planejamento, a execução e a avaliação, permitindo estabelecer conexões
significativas entre a dinâmica escolar e a prática vivenciada em sala de aula.

Assim, os encontros de planejamento seguiram na seguinte forma:

 25/09/2023: Início do módulo III, neste dia foi realizado o primeiro momento na escola-campo da
residência, onde foi organizado o calendário semanal, de acordo com os dias a cumprirem a carga-
horaria e atuação na escola, mediante as possibilidades de cada residente.

 11/10/2023: Este momento refletimos um pouco sobre o papel do professor, e as dinâmicas


existentes no espaço escolar, da escola-campo.

 18/10/2023: Realizado o encontro de formação em comemoração ao dia dos(as) professor(as). Este


momento foi marcado por diversas reflexões com professora orientadora Daniele Matos e
professora convidada Zélia.

 19/10/2023: Neste dia foi planejado sob orientação do professor preceptor a primeira aula de
regência, onde analisamos o conteúdo a ser trabalhado e a melhor metodologia a ser aplicada,
diante a turma observada previamente.

 30/10/2023: O planejamento foi realizado com o objetivo organizar o plano de aula, realizar
39

pesquisas e estudos sobre o conteúdo, de modo domiciliar.

 06/11/2023: O planejamento foi realizado com o objetivo de preparar as aulas de regência e


entender algumas informações sobre a realização de provas bimestrais.

 08/11/2023: O planejamento foi realizado no encontro de formação onde aconteceu a avaliação dos
preparativos das oficinas temáticas

 16/11/2023: Estudos domiciliares do texto “Jogos cartográficos: Metodologias práticas para o


ensino de Geografia em uma escola estadual do município de Tefé - AM” de Jefferson Moreira e
Alex Coelho, onde os autores vão discutir o processo de ensino-aprendizagem de cartografia,
mediado por jogos, como uma ferramenta metodológica no Ensino Médio. O objetivo central desse
trabalho é descrever a contribuição dos jogos para o processo de ensino-aprendizagem dos alunos
em Geografia. Também foi realizado o estudo do capitulo “Identidade e fazer docente: dois
movimentos que cruzam” escrito por Josete Sales, que compõe o livro “Aprendiz da prática docente
– A Didática no exercício do magistério” de Maria Socorro Lucena Lima e Josete de Oliveira
Branco Sales.

 20/11/2023: Planejamento das aulas das regências e novas instruções sobre o calendário.

 23/11/2023: Planejamento das aulas de regências, conteúdos e informações adicionais sobre as


atividades de final de bimestre.

 29/11/2023: Neste dia também foi realizado a Live “Preceptoria, Residência Pedagógica e Formação
Docente no IFCE”, transmitido na TVIFCE, no Youtube ás 14h30 (Figura 26). Participamos também,
junto com os demais residentes, do evento “I Colóquio Inventário participativo do patrimônio cultural do
Cedro Novo – Quixadá-CE” (Figura 27), cujo o objetivo é conhecer o projeto e as ações do Inventário
Participativo como instrumento para identificação e gestão do Patrimônio Cultural, promovendo
conhecimentos enriquecedores sobre preservação e valorização do patrimônio cultural. Neste momento,
tivemos a participação e fala da orientadora do PRP – Camila Freire e do Preceptor – João Paulo.

Figura 26 – Live “Preceptoria, Residência Pedagógica e Formação Docente no IFCE”


40

Fonte: Autora, 2023.

Figura 27 - I Colóquio Inventário participativo do patrimônio cultural do Cedro Novo – Quixadá-CE

Fonte: Autora, 2023

 30/11/2023: Planejamento das aulas de revisão para intervenção.

 06/12/2023: Encontro de formação e confraternização natalina (Figura 28).


Figura 28 – Confraternização natalina com residentes, preceptores e orientadoras

Fonte: Autora, 2023.

Os momentos de planejamento exercem um papel crucial na formação do professor, representando


41

uma ferramenta indispensável para o desenvolvimento de práticas educacionais eficazes e significativas.


Ele contribui para a organização e estruturação dos conteúdos e ideias, otimizando o tempo disponível,
permitindo uma compreensão mais aprofundada das metodologias adequadas para as diferentes
características de suas turmas e estimulando a criatividade.
Em síntese, o planejamento na formação do professor não apenas impacta diretamente a qualidade
do ensino, mas também impulsiona o desenvolvimento profissional contínuo, gerando efeitos positivos no
aprendizado dos alunos e no ambiente educacional como um todo, além disso favorece o habito de auto
avaliação necessário para a formação docente, e construção dos saberes e identidade. Todas atividades
desenvolvidas no módulo podem ser vistas no ANEXO III – FICHA DE FREQUÊNCIA DAS
ATIVIDADES REALIZADAS NO MÓDULO III.

3.3. Regência
Os momentos de regências no terceiro módulo, atingiu um grau de pura serenidade e leveza.
Observar a diferença da atuação neste momento, desse modo, compreendemos efetivamente os resultados
reais do programa, evidenciados pela maneira como enfrentamos os desafios de forma distinta em
comparação com o início. Isso destaca a importância genuína da oportunidade de vivenciar diretamente a
prática e discuti-la durante o período de formação inicial.
Desse modo, os momentos de regência oferecem oportunidades valiosas para a reflexão e análise
crítica, possibilitando avaliar suas práticas, identificar pontos fortes, aprender com a experiência prática,
onde necessita melhorar ou mudar, facilitando a integração eficaz entre teoria e prática, fomentando uma
abordagem de formação docente mais holística e aplicada.
Sobre isso, Libêneo (1990), adquirir conhecimento é um ato de compreensão da realidade concreta,
da situação efetiva vivenciada pelo educando, e só possui significado quando surge de uma abordagem
crítica dessa realidade. O conhecimento que o educando internaliza reflete uma situação alcançada por
meio do processo de compreensão, reflexão e análise crítica.
Essas experiências, proporcionada pelo PRP, possibilitam que os futuros docentes lidem de forma
direta com a diversidade encontrada em uma sala de aula na escola contemporânea, abrangendo aspectos
como origens culturais e necessidades individuais dos alunos. Isso colabora para o desenvolvimento de
uma abordagem inclusiva e atenta às diversas particularidades.
As aulas foram enriquecidas por diversas abordagens metodológicas, incorporando aulas que se
fundamentam em atividades simples e eficazes, impactando diretamente no desenvolvimento e aprendizado
dos alunos. Essa abordagem é fundamentada na utilização e exploração de processos metodológicos, tanto
verbais quanto não verbais, que não se limitam apenas ao conteúdo do livro e a atividades monótonas.
Entretanto, foi identificado uma forte limitação da escola-campo, no que diz respeito a recursos
pedagógicos para o ensino de geografia. As imagens das capas dos livros utilizados para regência podem
ser encontrados no ANEXO III – CAPAS DOS LIVROS DIDÁTICOS UTILIZADOS NO MÓDULO III
NAS TURMAS DE 8 E 9°.
42

Nesse sentido, as regências foram conduzidas conforme a carga horária designada e a distribuição
das turmas, incentivando a troca de experiências e interações dinâmicas com os alunos. Dessa forma, as
turmas que participaram das regências foram as do 8°A, 8°E, 9°, 7°C, 7°D, 6°A, B e C.

 01/11/23 – Regências nas turmas de 8°A e 9°A. Na primeira, o percurso trabalhado em aula foi o
percurso 25, com a tema Organizações Mundiais. E, na segunda, trabalhamos o percurso 24, onde
abordamos e contextualizamos a economia indiana.

 08/11/23 – As aulas foram realizadas me modo dinâmico e interativo, nas turmas de 8°A e 8°E,
onde trabalhamos o percurso 26, abordando as Organizações internacionais regionais, presentes no
Continente Americano. Na turma de 9° A, estudamos os percursos 25 e 26, trabalhando o Oriente
Médio, em seus aspectos físicos e humanos gerais. Também analisamos o percurso 27,
contextualizando Israel e Palestina, dando ênfase ao seu histórico caminho de conflitos,
relacionando a atualidade.

 22/11/23 – As aulas de regência desse dia, foi dedicado a realizar a revisão prévia dos conteúdos e
aplicação de provas bimestrais. Isso, nas turmas de 8°A e E, e 9°A. Desse modo, foi revisto alguns
dos conteúdos estudados.

 23/11/23 – Neste dia foi realizado revisão para prova bimestral na turma de 7°D, além disso foi
aplicada a prova bimestral.

 28/11/23 – As regências das turmas de 6°C e 7°C, foi realizado resumo do conteúdo para atividade
de intervenção. As diversidades encontradas em sala de aula, proporcionaram intensas reflexões
sobreo olhar mais sensível que o professor deve adquirir, diante todas a diversidades existentes no mundo
contemporâneo.

 29/11/23 – Para aula de 8°A, estudamos o Percurso 31, abordando as características gerais do
continente Africano (Primeiro momento), para aplicação de atividade de intervenção. Na turma de
9°A, trabalhamos os aspectos gerais da Oceania, para assim aplicarmos a atividade de intervenção.
Na turma 8°E (Percurso 31), explicamos o percurso e aplicamos a atividade de intervenção. Nestas
turmas, a atividade proposta foi que os estudantes se dividissem em equipes, e assim produzissem
questões. Ao final da elaboração do questionário. O residente transcreveria tudo para o quadro, para
que eles pudessem observar as perguntas elaboradas dos colegas e assim, concluir com as respostas,
a atividade. Na turma de 6°D, foi discutido e resumido o conteúdo, para a aplicação da atividade de
intervenção previamente construída.

 30/11/23 – As regências nas turmas de 6°B, 6°A, 7°C e 7°D. Desse modo, foi realizado o resumo
para a aplicação da atividade de intervenção. Neste dia, foi possível realizar uma análise crítica da
realidade do sistema educacional.
43

3.4. Avaliação da Aprendizagem


A avaliação da aprendizagem foi realizada de modo individual, contemplando todas vivencias e
desafios, refletindo as limitações e as potencialidades. Durante o período do programa de residência
pedagógica, foi refletido que um bom professor se renova e reconhece quando é necessário tomar outras
atitudes, abordagens e ações.
Nesse sentido, o processo de auto-avaliação mostra sua relevância quando promove a auto-
correção. E, as vivências no cotidiano escolar e nos encontros de formação, favorece o processo de reflexão
de nossas práticas, auxiliando no auto-renconhecimento. A vivência é enriquecedora para todos os
participantes, carregada de saberes, princípios e emoções. Ao refletir continuamente sobre o papel do
educador, percebo- me como o protagonista desse processo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao analisarmos as experiências adquiridas e todas as vivencias durante o programa de residência


pedagógica, é possível notar a intensa mudança nas perspectivas antes tidas. Tomar medidas e atitudes, e
aprender como agir em determinadas situações, também são fatores promovidos pelo programa, e nesse
processo entendemos nossos limites, e antes de mais nada, nossa capacidade de supera-los. Afinal, esse é o
objetivo central do programa, auxiliar no processo de aperfeiçoamento da identidade docente. Portanto, a
44

prática, inseridos no espaço escolar permite ao residente, provar da complexidade escolar, promovendo sua
autonomia docente.
Assim, torna-se essencial considerar a formação de professores por meio de reflexões e pesquisas
sobre a prática pedagógica ocorrida no ambiente escolar. Isso visa otimizar a colaboração entre a
universidade e a escola, permitindo uma análise aprofundada das práticas estabelecidas na parceria entre
instituições e entre os diversos participantes que contribuíram na formação do licenciando.
Na perspectiva orientada dentro do programa, construir uma identidade crítica e reflexiva é
necessário, não apenas para a construção de um profissional autônomo, participativo e crítico-reflexivo.
Mas, para a construção de uma educação de qualidade, emancipatória e cheia de esperança. Ao relembrar
do caminho percorrido, lembra-se também que está em processo de formação, com todas disciplinas e suas
demandas, o que possibilita a melhor organização e otimização do temo profissional e acadêmico.

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46

ANEXOS

ANEXO I – FICHAS DE FREQUÊNCIA DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO MÓDULO I

OUTUBRO
47
48

NOVEMBRO
49
50

DEZEMBRO
51

JANEIRO
52
53

FEVEREIRO
54
55

MARÇO

ANEXO II - EXEMPLO DE PLANO DE AULA PARA TURMAS DE 9° REALIZADAS NO


MÓDULO I
56

ANEXO III – CAPAS DOS LIVROS UTILIZADOS NO MÓDULO I NAS TURMAS DE 8° E 9°


57
58
59

ANEXO IV – FICHAS DE FREQUÊNCIA DAS ATIVIDADES REALIZADAS NO MÓDULO

II MARÇO p. 2

ABRIL
60

MAIO
61

JUNHO

JULHO
62

AGOSTO
63

SETEMBRO p. I
64

ANEXO V - EXEMPLO DE PLANO DE AULA PARA TURMAS DE 2°SERIE REALIZADAS NO


MÓDULO II
65

ANEXO VI – CAPA DO LIVRO DIDÁTICO UTILIZADO NO MÓDULO II NAS TURMAS DE


2°SERIE
66

ANEXO VII - FICHAS DE FREQUÊNCIA DAS ATIVIDADES REALIZADAS NO MÓDULO

III

SETEMBRO p. 2
67

OUTUBRO

NOVEMBRO
68
69

DEZEMBRO
70

JANEIRO

FEVEREIRO
71
72

ANEXO VIII – PLANO DE AULA UTILIZADO NAS TURMAS DE 9°


73

ANEXO IX – CAPAS DOS LIVROS DIDÁTICOS UTILIZADOS NO MÓDULO III NAS TURMAS
DE 8° E 9°
74
75
76

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