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Os portugueses acharam ilhas que pareciam desabitadas, mas não queriam parar
Porém viram alguns barcos na Ilha de Moçambique, que estava mais chegada à costa e
decidiram ir descobrir que povo eram aqueles
Eram mouros que se fingiram amigos dos portugueses e prometeram-lhes um piloto
para os guiar até à Índia e mantimentos
Na manhã seguinte o chefe da ilha foi visitar os portugueses perguntou a Vasco da
Gama de onde vinha e qual era a sua religião
O chefe da ilha adorava o Deus dos Maometanos
Vasco da Gama explicou que era português e cristão e que queria chegar à Índia
O mouro ficou cheio de raiva e medo e planeou destruir os portugueses
Baco transformou-se num mouro e inventou mentiras sobre os portugueses,
aconselhando os mouros a matá-los todos
Na manhã seguinte os portugueses foram à praia apanhar água, mas como já estavam
desconfiados levaram armas
Logo os mouros apareceram e começaram a lutar com os portugueses que saíram
vitoriosos
De seguida o Xeque, chefe da ilha, propôs paz a Vasco da Gama e deu-lhe um piloto
infiel dizendo que era bom
Vasco da Gama aceitou o piloto, porém desconfiou dele
Este queria levar a frota dos portugueses para Quíloa, terra onde viviam terríveis
mouros, mas Vénus desviou-a dessa terra
O piloto mouro ainda levou os portugueses para uma terra que dizia ser cristã
Quando chegaram o Rei mandou um mouro a bordo da nau para dar aos portugueses
mantimentos e convidá-los a visitar a cidade
Vasco da Gama por precaução mandou dois portugueses irem explorar a ilha para ver
se era mesmo povoada por um povo cristão
Baco transformou-se em sacerdote e quando os portugueses o viram voltaram para a
nau
Quando as naus iam atracar, Vénus escondeu-se no mar e impeliu a armada para fora
Os portugueses desistiram então de chegarem àquela terra e o piloto mouro atirou-se
ao mar
Logo Vasco da Gama percebeu que era uma armadilha e agradeceu a Deus, pedindo-
lhe que chegassem à Índia ou, pelo menos, que parassem numa terra onde pudessem
descansar
V. O Gigante Adamastor
Os portugueses estavam a navegar no Oceano Atlântico e à procura de novas ilhas e
países que D. Henrique mandara encontrar
Encontraram: Montes de Mauritânia (terra de Anteu ou Marrocos), Ilha da Madeira
(muitas árvores), a costa do deserto do Sara, Ilhas das Canárias, Ilhas de Cabo Verde
(os portugueses ficaram em Santiago, o nome de um Santo que era temido pelos
Mouros), Ilha de São Tomé (já era dos portugueses), Reino do Congo (convertido à Fé
Cristã pelos portugueses), rio Zaire
Nos climas tropicais, sofreram calmarias, tempestades e vendavais provocados por
Éolo, deus do vento
Perigos do Oceano: Santelmo (lume vivo que voa sobre as ondas, quando está escuro),
as nuvens sorver (fundas águas do abismo), tromba (espécie de furacão)
Pararam numa baía no Sul da África e foram bem recebidos pelas pessoas, mas depois
Veloso foi explorar a ilha e voltou a correr. Os portugueses foram quase mortos e
tiveram de fugir
Voltaram a navegar até que uma nuvem se tornou muito espessa e Vasco da Gama
rezou a Deus. De seguida, apareceu uma figura que era um gigante e que disse que os
portugueses não deviam conhecer os seus segredos.
O gigante previu que se os portugueses passassem o cabo da Boa Esperança:
A próxima armada que por lá passasse iria ser morta
Bartolomeu Dias iria naufragar nesse Cabo
D. Francisco de Almeida morrerá ali
Manuel Sepúlveda verá os seus filhos e a sua mulher morrerem ali
Vasco da Gama perguntou quem era o gigante e ele disse que era o Cabo da Boa
Esperança, o Adamastor. Ele apaixonou-se por Tétis e pediu-a em casamento e ela
fingiu aceitar o pedido. Adamastor achou que a viu e abraçou-a, mas ela estava
transformada numa rocha e com o desespero também se transformou num penedo
que ficou um Cabo. De seguida, o Gigante desapareceu
Vasco da Gama rezou a Deus que o que Adamastor profetizou não se concretizasse
De seguida, os portugueses dobraram o Cabo da Boa Esperança e pararam numa terra
agradável. Os habitantes, pretos, deram-lhes galinha e carneiros e deixaram-nos levar
água doce
No dia dos Reis Magos pararam numa praia onde não se conseguiram comunicar com
ninguém e encontraram um rio que o batizaram o Rio de Reis
Voltaram a navegar e passaram muitos dias. Começaram a sentir falta de comida e
água
Até que os Mouros dão notícia de uma terra e chamaram a um rio que lá havia Rio dos
Bons Sinais
Estavam muito contentes os portugueses até que apanharam uma doença e muitos
morreram
Foram embora e foram para Moçambique e Mombaça onde foram mal recebidos
O Rei de Melinde ficou surpreendido com a coragem de Portugal e orgulhoso por ter
hóspedes com uma história tão bonita
VI. Magriço
Os portugueses foram recebidos com grandes festas em Melinde
Vasco da Gama quis continuar a viagem até a Índia e o Rei de Melinde deu-lhe um bom
piloto
Os portugueses estavam a navegar quando Baco resolveu tentar impedi-los
Baco foi ter com Neptuno e pediu-lhe para reunir um conselho com os Deuses
marinhos.
Baco disse que os portugueses queriam destruir o Oceano e Neptuno chamou Éolo,
que soltou os quatro irmãos irrequietos, provocando um temporal furioso
Entretanto os portugueses estavam a navegar descansados e pediram a Veloso para
contar a história de Magriço
História de Magriço: No tempo de D. João I, em Inglaterra, houve uma questão entre
doze damas e doze cavaleiros que tanto foi discutida que os cavaleiros disseram que
nem o nome de damas estas mereciam. As damas ficaram indignadas e os fidalgos
ingleses disseram que se alguém quisesse defendê-las poderia matar os cavaleiros
naquele preciso momento. As damas foram pedir conselhos ao Duque de Lencastre
(combateu com os portugueses contra os castelhanos e a sua filha era casada com D.
João I) e este indicou-lhes o nome de doze portugueses capazes de combater por elas.
As damas mandaram cartas aos portugueses e todos disseram que iriam, porém,
enquanto onze foram num navio o outro, Magriço decidiu ir por terra. Quando chegou
o dia, estavam lá apenas os onze fidalgos que tinham navegado, pois Magriço tinha
parado em Flandres. De repente, quando o torneio ia começar chega Magriço pronto
para lutar. Passado algum tempo, os portugueses vencem e o Duque de Lencastre
deixou-os ficar no palácio até voltarem a Portugal. Magriço e um companheiro ainda
tiveram alguns desafios em Flandres e na Alemanha e foram sempre muito corajosos.
Enquanto Veloso contava a história, o mestre do navio reparou que havia uma nuvem
muito escura no céu que indicava uma tempestade e avisou logo os marinheiros
A tempestade de Baco estava muito forte e o mastro da nau que o irmão de Vasco da
Gama comandava já se tinha partido
Vasco da Gama reza a Deus que a tempestade abrande e assim acontece
Na manhã seguinte, o piloto de Melinde exclama que a terra que estava ali era
Calecute, uma cidade da Índia
VII. A Índia
Chegaram à India, Calecute e estavam muito felizes
A frota portuguesa parou num porto e muitas pessoas foram vê-la
Desceu um mensageiro que encontrou um mouro chamado Monçaide que sabia falar
espanhol. Este ficou espantado com os mares perigosos que os portugueses
percorreram.
O mensageiro disse-lhe que não queria guerrear, mas apenas dar a conhecer a glória
da Fé Cristã e da sua Terra e Monçaide convidou-o a ir para sua casa
De seguida, vão os dois para a nau de Vasco da Gama contar o que sabem e o mouro
afirma que aquela província se chama Malabar e que existem grandes riquezas nela
Passado algum tempo, Vasco da Gama sai do navio e é recebido pelo governador da
terra (título de Catual) que o leva até um templo sumptuoso, num palanquim e os
outros portugueses vão a pé
Lá havia uma estátua de Baco, da Rainha Semíramis e de Alexandre de Macedónia
O Catual contou que os sábios profetizaram que novas pessoas iriam conquistar
aquelas terras que fariam esquecer os representados em estátuas
De seguida, Vasco da Gama foi ter com o Imperador Samorim e disse que queria trocar
riquezas com ele de forma pacífica
Samorim prometeu uma reposta rápida e hospedou os portugueses no seu palácio
Samorim foi procurar informações sobre os portugueses a Monçaide que lhe falou
muito bem destes. De seguida, o Imperador quis ir visitar a nau comandada por Paulo
da Gama.
Paulo da Gama deu-lhe vinho primeiro e depois explicou os símbolos que havia no
navio
Catual ficou espantado com a generosidade e magnificência dos portugueses