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ORÇAMENTAÇÃO PARA UMA OBRA DE HABITAÇÃO DE

INTERESSE SOCIAL (HIS) NO MUNICÍPIO DE PALMAS-TO:


Análise entre metodologia BIM e tradicional

BUDGET FOR A SOCIAL INTEREST HOUSING WORK (HIS) IN


THE MUNICIPALITY OF PALMAS-TO: Analysis between BIM and
traditional methodology

Tayllanderson Marinho de Castro1


Thaís Freitas Zenkner2

Resumo: Este estudo aborda a orçamentação de Abstract: This study addresses the budgeting of
Habitações de Interesse Social (HIS) no município Social Interest Housing (SIH) projects in the
de Palmas-TO, explorando a transição entre métodos municipality of Palmas-TO, exploring the transition
tradicionais e a Metodologia BIM (Building between traditional methods and Building
Information Modeling). O objetivo geral consiste em Information Modeling (BIM) methodology. The
retrospectivamente analisar e comparar a general objective is to retrospectively analyze and
orçamentação de obras de HIS em Palmas-TO, compare the budgeting of SIH projects in Palmas-
empregando a metodologia tradicional e BIM, com TO, employing both traditional and BIM
ênfase nas diferenças de precisão e eficiência. Os methodologies, with a focus on differences in
objetivos específicos visam identificar desafios na accuracy and efficiency. Specific objectives aim to
orçamentação tradicional, avaliar a eficácia do BIM identify challenges in traditional budgeting, assess
na melhoria da precisão dos custos e elucidar as the effectiveness of BIM in improving cost accuracy,
mudanças práticas necessárias para sua and elucidate practical changes required for its
implementação. A metodologia adotada compreende implementation. The adopted methodology involves
uma análise retrospectiva de casos, utilizando dados a retrospective case analysis, utilizing historical data
históricos de obras de HIS em Palmas-TO. A from SIH projects in Palmas-TO. A comparison
comparação entre os métodos tradicional e BIM na between traditional and BIM methods in budgeting
orçamentação será conduzida, priorizando a will be conducted, prioritizing the reliability of
fidedignidade dos resultados. A conclusão busca results. The conclusion seeks to provide practical
oferecer insights práticos sobre as implicações da insights into the implications of transitioning to
transição para o BIM, destacando possíveis ganhos BIM, highlighting potential gains in budget accuracy
na precisão e eficiência da orçamentação em projetos and efficiency in SIH projects.
de HIS.
Keywords: Budgeting. Social Interest Housing.
Palavras-chave: Orçamentação. Habitação de BIM Methodology.
Interesse Social. Metodologia BIM..

Introdução

A concepção da habitação popular é resultado de um processo multifacetado, permeado


por determinantes políticos, sociais, econômicos e jurídicos, essenciais para cumprir suas
diversas funções, que incluem a associação a serviços urbanos, infraestrutura e equipamentos

1
Aluno bacharelando no curso de Engenharia Civil da faculdade CESUP.
2
Possui graduação em Engenharia civil (UFT - 2017). Especialista em Pavimentação Rodoviária (ITPAC - 2018).
Mestra em Processos construtivos e Saneamento Urbano (UFPA - 2023). Professora adjunta da Faculdade de
Palmas (FAPAL), Professora Adjunta da UNITOP e Professora Substituta da Universidade Federal do Tocantins
(UFT).
sociais (ABIKO, 1995). O termo "habitação de interesse social" (HIS) refere-se àquela
originada por políticas públicas, implementadas por meio de dispositivos legais, financiadas
pelo poder público e direcionadas a famílias de baixa renda. A intervenção estatal na produção
de habitação de interesse social teve início em 1930, marcando o surgimento da habitação social
como uma questão social, refletindo a tendência internacional de intervenção estatal no
mercado de aluguéis e na produção ou financiamento de moradias (BONDUKI, 2014, p.19).
As discussões arquitetônicas sobre a demanda por habitação nas cidades estiveram
presentes nos primeiros três CIAM (Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna)
realizados em 1927 (Stutgart), 1929 (Frankfurt) e 1930 (Bruxelas), influenciando propostas de
projetos de habitação popular racionalizadas e mínimas. O ideal modernista de "habitação para
o nível mínimo de vida" (Benetti, 2012, p. 24) impactou a produção da habitação popular no
Brasil. Na virada dos anos 50, a crise urbana e habitacional se agravou com a industrialização,
acelerando o crescimento da população urbana. Em 1963, durante o Seminário de Habitação e
Reforma Urbana (SHRU), promovido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), arquitetos e
urbanistas debateram amplamente a habitação social, propondo a primeira política urbana e
habitacional do país em meio à crise político-social da época.
Os loteamentos periféricos clandestinos, as favelas e a autoconstrução representaram as
formas de moradia predominantes para os mais pobres. Para enfrentar esses desafios, a Lei
Federal nº 6.766/79, que regula o parcelamento do solo urbano, foi instituída, impondo
responsabilidades ao loteador e ao Poder Público. Definindo parâmetros legais, como
infraestrutura básica, dimensões e área mínima do lote, áreas livres de uso
público/equipamentos comunitários e sistema viário, a lei permitiu aos municípios regularizar
loteamentos já existentes. Posteriormente, a Lei nº 9.785, de 29 de janeiro de 1999, flexibilizou
a Lei nº 6.766/79, reduzindo as exigências para parcelamentos em zonas habitacionais de
interesse social (ZHIS), excluindo iluminação pública e pavimentação da infraestrutura básica,
buscando assim diminuir os custos na viabilização do parcelamento do solo para a população
de baixa renda. A partir de 2008, com o avanço das políticas públicas e programas de estímulo
à construção de moradias populares para famílias de baixa renda, o tema da habitação social
voltou a ganhar relevância (TEIXEIRA et al., 2017).
Na empreitada para a construção civil, a orçamentação desempenha um papel crucial na
viabilização e sucesso de projetos. A delimitação precisa dos custos, tradicionalmente realizada
por métodos convencionais, tem passado por uma metamorfose com a emergência de
tecnologias inovadoras, notadamente a Metodologia BIM (Building Information Modeling).
Este estudo se propõe a explorar a fundo a diferença entre a abordagem tradicional e a
metodologia BIM na orçamentação de obras, com foco específico em Habitações de Interesse
Social (HIS) no município de Palmas-TO.
A necessidade de abordagens mais precisas e eficientes no processo de orçamentação
para HIS torna-se imperativa, dada a complexidade e importância desses projetos no contexto
da construção civil. A contextualização do tema envolve a compreensão do papel central
desempenhado pelos orçamentos na consecução bem-sucedida de projetos habitacionais de
cunho social. Nesse contexto, a metodologia BIM se destaca como uma potencial revolução,
promovendo uma abordagem mais integrada e detalhada na estimativa de custos.
A problemática subjacente a esta pesquisa reside na lacuna existente no entendimento
das implicações práticas da transição da orçamentação tradicional para a metodologia BIM em
projetos específicos de HIS, considerando as peculiaridades do município de Palmas-TO. A
pergunta norteadora deste estudo indaga sobre como a adoção da Metodologia BIM impacta a
precisão e eficiência na orçamentação de obras de HIS em comparação com os métodos
tradicionais.
O objetivo geral consiste em analisar e comparar, retrospectivamente, a orçamentação
de obras de HIS em Palmas-TO, empregando a metodologia tradicional e BIM, destacando as
diferenças em termos de precisão e eficiência. Dentre os objetivos específicos, almeja-se
identificar os desafios enfrentados na orçamentação tradicional, avaliar a eficácia da
metodologia BIM na melhoria da precisão dos custos, e elucidar as mudanças práticas e de
mentalidade necessárias para a implementação bem-sucedida do BIM.
A justificativa para esta pesquisa repousa na relevância contemporânea de aprimorar os
métodos de orçamentação na construção de HIS, considerando o impacto significativo desses
empreendimentos na sociedade e a necessidade premente de otimização de recursos. A
Metodologia BIM, como catalisadora da inovação na construção civil, oferece potenciais
benefícios na precisão e eficiência da orçamentação, contudo, há uma carência de estudos
focados em contextos específicos, como os projetos habitacionais de interesse social em
Palmas-TO.
A urgência de investigações que transcendam os aspectos teóricos e abordem os desafios
práticos dessa transição é evidente, sendo esta pesquisa uma resposta a esse apelo por
conhecimento aplicado. A metodologia adotada compreende uma análise retrospectiva de casos,
envolvendo obras de HIS em Palmas-TO, utilizando dados históricos e comparando as
abordagens tradicional e BIM na orçamentação. O rigor metodológico é vital para a
confiabilidade dos resultados, alicerçando a credibilidade e utilidade prática deste estudo no
cenário da construção civil.
Habitação de interesse social

Neste tópico, será apresentado um breve histórico da Habitação de Interesse Social


(HIS) com o intuito de contextualizar a pesquisa e destacar os períodos de relevância. A
compreensão do precedente é crucial para a produção arquitetônica de qualidade, uma vez que
o tema tem sido amplamente explorado em pesquisas relacionadas ao assunto. Além disso, será
abordada a definição do termo "habitação" para compreender sua abrangência, conforme
expresso por Vaz (2002, p.17; p.18).
A habitação, componente fundamental do ambiente construído, ocupa uma parcela
significativa do solo urbano e desempenha papéis essenciais na reprodução da força de trabalho,
no investimento do capital na cidade e nas práticas sociais. Entendemos a habitação não apenas
como um abrigo isolado, mas como parte integrante dos sistemas espaciais, conferindo-lhe um
complexo valor de uso que se transforma ao longo do tempo, em paralelo às mudanças nas
formações econômico-sociais (Vaz, 2002).
As HIS são residências destinadas a famílias com rendimento mensal de até três salários
mínimos, enquadrando-se na categoria de baixa renda. A problemática da HIS tornou-se uma
preocupação global a partir do século XIX, impulsionada pela Revolução Industrial, que não
apenas acelerou o processo de urbanização, mas também gerou um persistente déficit
habitacional.
Até a década de 1930, todas as modalidades de habitação popular no Brasil eram
construídas pela iniciativa privada, e as políticas habitacionais governamentais priorizavam os
interesses privados, deixando as HIS em segundo plano. É crucial compreender que a habitação
vai além das paredes, abrangendo atividades externas, serviços e instalações complementares
para proporcionar facilidades aos habitantes em seu cotidiano e contexto social e urbano.
No município de Santa Maria/RS e em outras periferias globais, uma parcela expressiva
da população reside em barracos improvisados, ocupando áreas irregulares ou de risco, em
situação socioambiental precária. O problema habitacional brasileiro é marcado por vários
períodos históricos, como o Rentista (final do século XIX até a década de 1930), o Populista
(1930 até 1964), a atuação do BNH (1964 até 1986) e o Pós-BNH (a partir de 1986 até os dias
atuais), com a implementação de programas governamentais como o PAR, PAC e PMCMV a
partir do final da década de 1990. Estes últimos têm como objetivo compreender o contexto
atual da HIS e as motivações por trás dessas construções em cada período, considerando o
contexto sociopolítico e cultural. A seguir, serão explorados esses períodos, apresentando
exemplos representativos de cada fase.
Nesse período, que coincide com a República Velha, a habitação no Brasil tem como
referência os Cortiços, conhecidos como "Casas de Cômodos". Essas habitações, mencionadas
por Piccini (2004, p. 22), adotavam diversas terminologias ao longo dos anos, refletindo sua
precariedade, tais como "cabeça de porco", "estância", "zungu", "pensão", "hotel",
"hospedaria", "vila", "quintal", "estalagem" e "fileira de quartos". Apesar das diferentes
denominações, essas unidades mantinham características de precariedade, tanto físicas quanto
de rotatividade dos moradores, devido à sua infraestrutura externa coletiva.
Na época, o ideal era que os proprietários obtivessem renda sem trabalhar, pois o aluguel
era uma atividade lucrativa, como destacado no conto "Casa de Cômodos" de Aluísio de
Azevedo, escrito em 1884. Essa abordagem levanta reflexões sobre quem são os atuais
proprietários de "casas de cômodos" no Brasil, seja o governo, instituições financeiras,
construtoras ou outros, evidenciando a persistência de certos padrões ao longo do tempo.
O aluguel era a principal forma de acesso à moradia naquele período, e grande parte das
construções ocupadas por trabalhadores de baixa renda eram cortiços. Bonduki (2004) destaca
que a intervenção do Estado no controle do espaço urbano e da habitação teve início com
medidas de combate às epidemias, envolvendo legislação urbanística, planos de saneamento
básico e estratégias de controle sanitário.
Características do contexto das edificações, do espaço urbano e sociopolítico-cultural
dos cortiços retrocedem em alguns casos atuais, mesmo com as peculiaridades do mundo
contemporâneo. Os cortiços, pioneiros das habitações coletivas no Brasil, são a origem das
residências multifamiliares, uma tipologia comum nos empreendimentos da Habitação de
Interesse Social (HIS).
Bonduki (2014) avalia que, durante esse período, nem todos os empreendimentos foram
de qualidade, citando cortiços desestruturados e vilas particulares focadas no mercado
imobiliário e na geração de renda. Destaca-se, porém, a exceção das primeiras vilas de
operários, construídas por empresas privadas para seus funcionários, que ofereciam diversas
tipologias de casas, ruas largas, equipamentos coletivos e outras características de qualidade,
embora também sujeitas a interesses das empresas, como manter o controle sobre os
trabalhadores.
Em contrapartida ao período anterior, que favorecia o setor rentista, a Era Vargas revelou
a insuficiência da iniciativa privada para resolver o problema habitacional no Brasil. Nesse
contexto, a intervenção estatal tornou-se indispensável para garantir o acesso à moradia aos
cidadãos com direitos sociais, principalmente aos operários com carteira assinada.
As bases das políticas de provisão de Habitação de Interesse Social (HIS) foram
estabelecidas nesse período, com a criação, em 1937, dos Institutos de Aposentadoria e Pensão
(IAP) e, posteriormente, da Fundação da Casa Popular (FCP) em 1946. Ambos eram órgãos
governamentais que desempenharam um papel crucial no impulsionamento da produção social
de moradias. Destacam-se os IAPs, organizados por categorias profissionais, que construíam
conjuntos habitacionais, alugavam e financiavam para seus associados, proporcionando a
oportunidade de os trabalhadores se tornarem proprietários. As obras desenvolvidas por esses
institutos foram responsáveis pela principal produção qualitativa de HIS no Brasil, com
características arquitetônicas e urbanísticas fortemente influenciadas pelo movimento moderno.
Este período, marcado por construções voltadas para operários, é exemplificado por
notáveis projetos arquitetônicos. Destacam-se a Vila para operários de Monlevade, nas
proximidades de Sabará em Minas Gerais, projetada pelo Arquiteto e Urbanista Lucio Costa
(apesar de não construída, é um precedente relevante). Além disso, o Conjunto Residencial
Prefeito Mendes de Moraes, conhecido como Residencial Pedregulho, e o Conjunto Residencial
Marquês de São Vicente, também chamado de Conjunto Gávea ou "Minhocão", ambos
localizados no Rio de Janeiro/RJ e projetados pelo arquiteto Affonso Eduardo Reidy, são
reconhecidos internacionalmente. Por fim, a famosa Vila do IAPI – Instituto de Aposentadoria
e Pensão dos Industriários, em Porto Alegre/RS, cujo projeto foi idealizado e acompanhado
pelo engenheiro civil Edmundo Gardolinski, é outra referência de destaque nesse período.
Os empreendimentos dessa época são reconhecidos por sua qualidade, introduzindo
inovações significativas nos projetos arquitetônicos e na implantação urbanística. Além de
seguir os princípios da arquitetura moderna, destacam-se pela valorização dos espaços públicos
e pela harmonização entre economia, prática, técnica e estética. Embora direcionados
principalmente aos trabalhadores formais urbanos, não se priorizava apenas a dimensão
quantitativa, abrindo espaço para a garantia de assistência social, incluindo saúde, educação,
lazer e recreação.
Diante do expressivo crescimento populacional desse período, a produção habitacional
não acompanhou o mesmo ritmo. Sob a lógica rentista, onde a rentabilidade precedia a questão
habitacional, a qualidade arquitetônica empobreceu no final do período, abrindo espaço para
uma produção massiva e de menor qualidade que caracterizou a próxima fase.
O período de atuação do Banco Nacional de Habitação (BNH), de 1964 a 1986, foi
marcado por grandes mudanças sociopolíticas, culturais e econômicas que impactaram
negativamente as políticas habitacionais e a produção de moradias. O regime militar de 1964
abraçou a questão habitacional como elemento crucial em seu discurso legitimador, resultando
na criação do Plano Nacional de Habitação, BNH e Serviço Federal de Habitação e Urbanismo
(SERFHAU) em 1964. O BNH destacou o espaço urbano como centro da política de
desenvolvimento, demandando investimentos em infraestrutura e habitação.
No entanto, a produção habitacional desse período priorizou o viés econômico em
detrimento do social, resultando em projetos de péssima qualidade, monótonos e desvinculados
do contexto urbano. O modelo de financiamento ao produtor, não ao usuário final, e a busca
pela eficácia na produção em série levaram a um retrocesso considerável na qualidade
arquitetônica e urbanística.
O BNH, fundamentado no financiamento ao produtor e no equilíbrio financeiro, excluiu
boa parte da população que não tinha renda mínima para acesso ao financiamento. As
Companhias Estaduais de Habitação (COHABs) foram criadas para atender à demanda, mas,
com o declínio do BNH, seus financiamentos foram restringidos pelo governo central,
limitando sua atuação.
A extinção do BNH em 1986 resultou em uma fragmentação institucional e
descentralização nas políticas públicas de habitação. A falta de uma política que priorizasse a
habitação e o morador persiste até hoje, com programas atuais, como o Programa Minha Casa
Minha Vida, mantendo características do período anterior. A atenção aos aspectos negativos
desse período é crucial para evitar a reprodução de falhas, especialmente na arquitetura,
urbanismo e relações sociais. O atual cenário revela uma carência de políticas públicas que
priorizem a habitação e o morador, mantendo a lógica de mercado em primeiro plano.

Orçamento na construção civil

A determinação dos gastos necessários para a concretização de um projeto, conforme


um plano de execução previamente estabelecido, constitui a definição de orçamento (LIMMER,
1997, p. 86). No contexto da construção civil, o orçamento e seu processo de construção,
denominado orçamentação, desempenham papel crucial. A assertividade dos custos em uma
obra é essencial para a competitividade no mercado, como ressalta Mattos (2006), ao afirmar
que uma orçamentação eficiente é primordial para resultados lucrativos e sucesso na construção
(MATTOS, 2006, p. 22).
Limmer (1997, p. 86) destaca que a unidade monetária é amplamente utilizada em
orçamentos, embora outras unidades não monetárias também possam ser empregadas. O ato de
orçar um empreendimento implica prever os custos gerados por uma sequência de atividades
necessárias para sua construção, antecipando os eventos e suas reais exigências financeiras
durante a execução do projeto. Os objetivos do orçamento, segundo Limmer (1997, p. 86),
incluem definir o custo de execução de cada atividade, servir como documento contratual,
referência na análise de rendimentos e fornecer instrumento de controle da execução do projeto.
Dias (2011, p. 10) destaca a importância da aplicação adequada dos princípios da
engenharia de custos na elaboração de orçamentos, enfatizando o comprometimento
profissional como crucial em um mercado competitivo. Segundo o autor, é necessário
desenvolver um orçamento não apenas com métodos atuais, mas também com preços
competitivos e mínimos.
O orçamentista, para assegurar a qualidade de seu trabalho, deve examinar
minuciosamente todos os aspectos que envolvem a execução de uma edificação, analisando as
condições que afetam o custo (TISAKA, 2011, p. 67). Isso envolve, por exemplo, a habilidade
de avaliar o impacto da introdução de soluções como alvenaria de steel frame em uma empresa
acostumada à alvenaria estrutural. Para Mattos (2006, p. 22), é necessário um trabalho bem
executado, com critérios técnicos estabelecidos, informações confiáveis e julgamento
apropriado, embora o verdadeiro custo de um empreendimento seja virtualmente impossível de
ser fixado.
Dias (2011, p. 12) conceitua o orçamento das construções como a soma do custo direto,
custo indireto e resultado estimado do contrato (lucro previsto). Os custos diretos estão
associados aos serviços de campo, representando o custo orçado dos serviços levantados
(MATTOS, 2006, p. 29; LIMMER, 1997, p. 87). O custo direto compreende gastos com
insumos como mão de obra, materiais e equipamentos incorporados ou não ao produto
(LIMMER, 1997, p. 87; TISAKA, 2011, p. 74).
O custo indireto, por sua vez, engloba gastos coadjuvantes necessários à elaboração do
produto, sendo difícil alocá-los a uma atividade específica (LIMMER, 1997, p. 87). Mattos
(2006, p. 200) o define como todos os custos não associados diretamente a mão de obra, material
ou equipamento nas composições de custo unitário do orçamento. Dias (2011) apresenta itens
relevantes para o custo indireto, como mobilização e desmobilização de equipamentos,
administração local, tributos e benefícios.
Em suma, a correta elaboração de um orçamento na engenharia civil demanda a
adequada aplicação dos princípios da engenharia de custos, envolvendo
comprometimento profissional e análise cuidadosa dos diversos fatores que impactam nos
custos da construção. O orçamento, sendo um instrumento essencial, visa não apenas prever os
custos, mas também servir como documento contratual, base para faturamento, referência na
análise de rendimentos e controle da execução do projeto (LIMMER, 1997).
A utilização de unidades monetárias é comum, mas a diversificação para outras unidades
não monetárias é viável, dependendo das necessidades da obra. O orçamentista, ao analisar
minuciosamente todos os campos que abrangem a execução de uma edificação, desempenha
papel crucial na identificação e avaliação dos fatores que afetam o custo, contribuindo para a
precisão do orçamento (TISAKA, 2011; MATTOS, 2006).
Os custos diretos, representando os gastos com mão de obra, materiais e equipamentos
diretamente associados aos serviços de campo, são parte essencial do orçamento. Por outro
lado, os custos indiretos abrangem elementos coadjuvantes necessários à correta elaboração do
produto, sendo difícil sua alocação específica a uma atividade (LIMMER, 1997; MATTOS,
2006).
A elaboração de um orçamento eficiente é crucial para o sucesso de uma empresa na
competitividade do mercado da construção. A compreensão dos custos diretos e indiretos, aliada
ao comprometimento profissional, é fundamental para o desenvolvimento de orçamentos
precisos e competitivos (DIAS, 2011; MATTOS, 2006). Cabe ressaltar que o custo real de um
empreendimento é virtualmente impossível de ser fixado, exigindo constantes ajustes e análises
ao longo do processo (MATTOS, 2006).
Finalmente, na engenharia, o Benefício e Despesas Indiretas (BDI) é conceituado como
um acréscimo percentual aplicado aos custos diretos de uma obra ou serviço. Este adicional
engloba as despesas indiretas relacionadas à administração central, os tributos incidentes e a
margem de lucro (TISAKA, 2011, p. 71).

Plataforma BIM

A abordagem tradicional de novos empreendimentos na construção civil, caracterizada


por equipes técnicas isoladas e limitada troca de informações, tem resultado em perdas de
eficiência e inovação em comparação com outros setores produtivos. A adoção gradual e lenta
de novas tecnologias na construção civil brasileira, historicamente, também contribui para a
implementação tardia da tecnologia BIM em relação a outros mercados. O setor, ao buscar
automação por meio de componentes produzidos fora do canteiro, tem se esforçado para
aprimorar seu processo físico. Com a introdução da plataforma BIM, a construção civil visa
automatizar-se digitalmente, melhorando tanto a gestão quanto a concepção de novos
empreendimentos.
Eastman et al. (2014) depositam grandes expectativas na tecnologia BIM para a
Arquitetura, Engenharia e Construção (AEC), considerando-a uma ferramenta que permite a
construção virtual de edificações com dimensões e especificações precisas, refletindo fielmente
a execução real da obra. Com um modelo virtual bem elaborado e detalhado, o BIM oferece
benefícios e resultados integrados em todas as fases da edificação, auxiliando na concepção,
construção e uso pelos usuários (EASTMAN et al., 2014, p. 1).
A Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura-RS (2015, p. 15) destaca que a
tecnologia permitiu o uso de programas que combinam modelagem 3D e informações,
conhecidos como modelos BIM. No entanto, a transição para o BIM requer uma compreensão
do novo modo de trabalho, indo além da aquisição de software, treinamento e atualizações de
hardware. A mudança para o BIM exige ajustes em quase todos os aspectos dos negócios,
conforme observado por Eastman et al. (2014, p. 22).
A implementação do BIM implica uma mudança na abordagem do projeto. A
Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura-RS (2015, p. 41-42) destaca a diferença
entre BIM e CAD, ressaltando que, no BIM, todas as informações e documentações do projeto
estão concentradas em um único arquivo ou em arquivos vinculados. Isso exige uma
organização cuidadosa da equipe, pois todas as informações estão centralizadas. Em projetos
maiores, é necessária uma colaboração simultânea de vários colaboradores no mesmo arquivo,
evidenciando um dos diferenciais do BIM em relação ao CAD, que é o trabalho em equipe
(Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura-RS, 2015, p. 20).
O ganho proporcionado pelo BIM vai além da concepção da edificação, estendendo-se
a toda a sua vida útil, conforme avaliado pela Associação Brasileira dos Escritórios de
Arquitetura-RS (2015, p. 20). Mattos (2014, p. [1]) ressalta a ideia de que o BIM é uma
plataforma que reúne informações para a gestão completa do projeto, da obra e ao longo de toda
a vida útil do edifício ou instalação. Eastman et al. (2014, p. 16) enumeram diversos benefícios
potenciais do BIM para a indústria da AEC, abrangendo desde a pré-construção até a fase pós-
construção, embora reconheçam que nem todos esses benefícios estão plenamente em uso
atualmente.
Quanto às dimensões do BIM, Mattos (2014) fornece uma análise compreensível das
várias dimensões da plataforma. O BIM 3D, consolidando os projetos da obra em um ambiente
virtual tridimensional, permite detecção de conflitos, identificando inconsistências entre
diversos projetos. No BIM 4D, os elementos gráficos da edificação são vinculados ao
cronograma da obra, possibilitando o acompanhamento do avanço físico da construção. O BIM
5D incorpora a dimensão do custo ao modelo tridimensional, vinculando cada elemento a dados
de custo. Já o BIM 6D representa a facilities management, gerenciamento do ciclo de vida do
bem, incluindo garantias, planos de manutenção, dados de fabricantes e fornecedores, custos
operacionais e até mesmo fotos.
A dimensão do BIM 5D, dedicada à orçamentação, desempenha um papel crucial.
Inicialmente, no início do projeto, as estimativas de custo são baseadas em quantidades
associadas a áreas e volumes. À medida que o projeto se desenvolve e ganha detalhamento, é
possível extrair quantitativos detalhados diretamente do modelo da edificação. A consistência
do modelo é essencial, e o projetista deve seguir os parâmetros de modelagem do BIM, criando
um histórico das especificações utilizadas, fundamental para o levantamento de quantidades
(KOELLN, 2015, p. 30).
Eastman et al. (2014, p. 218) apresentam métodos para auxiliar o levantamento de
quantitativos, destacando a exportação de dados para software de orçamentação, a conexão
direta entre a ferramenta BIM e o software de orçamentação, e o uso de ferramentas BIM
especializadas. A eficiência e os resultados na estimativa de custo são aprimorados quando os
profissionais de orçamentação compreendem as potencialidades do BIM e onde ele pode ser
aplicado em suas tarefas (EASTMAN et al., 2014, p. 220). A implementação do BIM para
levantamento de quantidades ainda está em fase inicial, e diretrizes como iniciar com
simplicidade, começar pela contagem, estabelecer expectativas e promover a padronização são
cruciais (Eastman et al., 2014, p. 220-221).

Metodologia

A Habitação de Interesse Social (HIS) em Palmas-TO destaca-se como uma necessidade


urgente para suprir a demanda habitacional na região. Neste contexto, a orçamentação eficiente
torna-se crucial para o sucesso do projeto. O presente plano visa analisar e comparar as
metodologias Building Information Modeling (BIM) e a tradicional na orçamentação de uma
obra dessa natureza.

Objetivos:

Geral: Avaliar e comparar as metodologias BIM e tradicional na orçamentação de uma


obra de HIS em Palmas-TO, buscando identificar vantagens, desafios e eficiência.

Específicos:

− Compreender particularidades da orçamentação em projetos de HIS.


− Avaliar benefícios da metodologia BIM em comparação com a abordagem
tradicional.
− Identificar desafios e limitações na implementação de ambas as metodologias.

Metodologia:

Para atingir os objetivos propostos, serão realizadas as seguintes etapas:


− Revisão bibliográfica sobre orçamentação em projetos de HIS.
− Análise de estudos de caso que aplicaram BIM e abordagem tradicional em projetos
similares.
− Análise de com profissionais da construção civil especializados em orçamentação.
− Levantamento de dados sobre custos, prazos e eficiência nas duas abordagens.

Orçamentação Tradicional:

Na abordagem tradicional, os custos diretos envolvem mão de obra, materiais e


equipamentos. Os custos indiretos abrangem despesas administrativas, manutenção do canteiro
e tributos. O lucro é adicionado ao somatório dos custos diretos e indiretos. Simulações indicam
que a orçamentação tradicional pode demandar mais tempo devido à natureza manual do
processo, com uma precisão sujeita a variações.

Orçamentação com Metodologia BIM:

Com a metodologia BIM, a construção virtual do projeto permite uma visualização


tridimensional detalhada. A detecção de conflitos é automatizada, e a integração de dados
facilita a orçamentação. A simulação sugere maior precisão na estimativa de custos. A
comparação de custos, tempo e eficiência revela que a metodologia BIM proporciona vantagens
significativas. A visualização 3D e a detecção automatizada de conflitos minimizam erros,
enquanto a integração de dados contribui para uma estimativa mais precisa. Desafios na
implementação do BIM incluem a curva de aprendizado e a necessidade de investimentos
iniciais em tecnologia. A análise destaca a superioridade da metodologia BIM na orçamentação
de projetos de HIS em Palmas-TO. Recomenda-se a adoção de BIM para otimizar custos,
melhorar eficiência e contribuir para o sucesso do empreendimento.

Projeto de Obra: Habitação de Interesse Social em Palmas-TO


A proposta visa desenvolver um projeto de Habitação de Interesse Social (HIS) em
Palmas-TO, com a implementação de metodologias de orçamentação tradicional e Building
Information Modeling (BIM). O projeto busca atender às necessidades habitacionais da região,
considerando eficiência, sustentabilidade e inovação.

Características da Obra:

− Localização: Palmas-TO.
− Número de Unidades: 1.
− Área Total Construída: 46,16 m².
− Padrões de HIS: Conformidade com regulamentações locais para projetos de
Habitação de Interesse Social.

Metodologia de Orçamentação:

Orçamentação Tradicional:

− Custos Diretos:
• Mão de Obra.
• Materiais.
• Equipamentos.
− Custos Indiretos:
• Despesas Administrativas.
• Manutenção do Canteiro.
• Tributos.
− Lucro:
• Percentual sobre Custos Diretos e Indiretos.

Orçamentação com Metodologia BIM:

− Construção virtual detalhada.


− Detecção automatizada de conflitos.
− Integração de dados para orçamentação.
− Simulação 3D para visualização precisa.

Desenvolvimento do Projeto:
O projeto proposto visa desenvolver uma Habitação de Interesse Social (HIS) em
Palmas-TO, orientado pelas diretrizes da portaria nº 725, emitida pelo Ministério das Cidades.
A metodologia adotada busca integrar ferramentas de orçamentação modernas - ORSE e
Orçafascio - com o software de modelagem Revit, para maximizar a eficiência, precisão e
conformidade com os padrões urbanísticos estabelecidos.
1 Fase Inicial de Planejamento e Modelagem:
a. Seleção de Software e Ferramentas:
• Foi escolhido o Autodesk Revit como o software principal de modelagem devido
à sua capacidade de fornecer uma representação detalhada e precisa do projeto
de HIS, alinhada com as diretrizes urbanísticas do programa Minha Casa, Minha
Vida e a portaria nº 725 do Ministério das Cidades.
b. Desenvolvimento do Modelo de HIS:
• A equipe de projeto utilizou o Revit para criar um modelo tridimensional
detalhado da habitação, considerando todos os aspectos arquitetônicos e
estruturais. Este modelo serviu como base para todas as fases subsequentes de
orçamentação e análise.
2 Extração de Quantitativos com Orçafascio:
a. Integração do Modelo Revit com Orçafascio:
• Utilizando a integração do Revit com o Orçafascio, foram extraídos os
quantitativos do projeto. Esta etapa permitiu obter uma visão abrangente dos
materiais, custos e outros recursos necessários para a execução da obra.
b. Análise dos Dados Obtidos:
• Os dados extraídos foram analisados cuidadosamente para garantir sua precisão
e relevância. A equipe avaliou a conformidade dos quantitativos com as
expectativas do projeto e os padrões de construção exigidos.
3 Levantamento Convencional com ORSE:
a. Execução do Levantamento Tradicional:
• Paralelamente, foi realizado um levantamento convencional dos quantitativos
utilizando a ferramenta ORSE. Este processo envolveu a análise manual dos
elementos do projeto para determinar os quantitativos necessários.
b. Comparação com os Dados do Orçafascio:
• Os resultados obtidos através do ORSE foram comparados com aqueles
extraídos pelo Orçafascio. Essa comparação visava identificar discrepâncias,
avaliar a precisão das duas metodologias e entender as diferenças entre as
abordagens tradicional e BIM.
4 Análise Comparativa e Avaliação:
a. Eficiência e Precisão:
• Foi observado que a metodologia BIM, através do uso do Revit e Orçafascio,
apresentou maior eficiência e precisão na extração de quantitativos, reduzindo o
tempo de orçamentação para aproximadamente metade do tempo exigido pelo
método tradicional com ORSE.
b. Identificação de Desafios e Oportunidades:
• A análise destacou desafios como a curva de aprendizado para o uso eficaz do
Revit e Orçafascio, bem como a necessidade de investimento inicial em
tecnologia. No entanto, também foram identificadas oportunidades
significativas para otimização de custos e melhoria na precisão da orçamentação.
5 Conclusões e Recomendações:
a. Vantagens da Metodologia BIM:
• Foi concluído que a utilização da metodologia BIM, incorporando Revit e
Orçafascio, ofereceu vantagens substanciais sobre o método tradicional,
especialmente em termos de precisão dos quantitativos, eficiência de tempo e
redução de erros.
b. Recomendações para Futuros Projetos:
• Com base nos resultados e análises, recomendou-se a adoção contínua da
metodologia BIM em projetos futuros de HIS, considerando a necessidade de
treinamento contínuo e atualização tecnológica para maximizar os benefícios
dessa abordagem.
A prancha arquitetônica (figura 1) ilustra o ponto de partida detalhado e técnico para o
projeto de Habitação de Interesse Social (HIS) em Palmas-TO. Este conjunto de desenhos,
compreendendo plantas baixas, cortes, fachadas e uma tabela de quantitativos de material,
reflete a integração sinérgica de precisão técnica e inovação de design. A planta ressalta a
conformidade com as diretrizes urbanísticas e os padrões de qualidade estabelecidos pela
portaria nº 725 do Ministério das Cidades, assim como os requisitos específicos do programa
Minha Casa, Minha Vida.
Figura 1. Prancha arquitetônica do projeto de Habitação de Interesse Social em Palmas-TO

Fonte: Autoria própria (2023).

Os desenhos técnicos demonstram uma preocupação com a otimização do espaço e a


eficiência estrutural, aspectos fundamentais em projetos de HIS. A planta baixa do térreo exibe
uma distribuição lógica dos cômodos, evidenciando uma utilização eficaz da área disponível,
essencial para garantir o conforto dos futuros moradores dentro dos limites de custo e espaço
do projeto. Os cortes AA e BB proporcionam uma visão transversal, destacando a estrutura e a
altura dos espaços, elementos cruciais para assegurar uma habitação funcional e confortável.
A tabela de quantitativos de material, visível na prancha (figura 1), é um recurso vital
para a fase de orçamentação, onde o uso das metodologias ORSE e Orçafascio entram em cena.
Esta tabela oferece uma base para o cálculo preciso dos custos e para a comparação entre as
abordagens tradicional e BIM de orçamentação. A precisão dos quantitativos é crucial para a
eficiência do projeto, permitindo um controle de custos mais rigoroso e a prevenção de
desperdícios de material.
A figura 1 também sugere a utilização de um layout eficiente, com atenção às questões
de acessibilidade e ao bem-estar dos habitantes, refletindo as melhores práticas no design de
HIS. Ao mesmo tempo, a representação em 3D fornece uma visualização imediata do resultado
esperado, facilitando a compreensão do projeto por todas as partes interessadas e ajudando na
detecção e correção de potenciais conflitos de design antes da construção. A prancha
arquitetônica associada ao projeto de HIS em Palmas-TO é mais do que um simples conjunto
de desenhos técnicos; ela é uma manifestação da meticulosa integração entre design
arquitetônico e orçamentação precisa. A execução deste projeto, conforme representado pelos
desenhos e tabelas de quantitativos, exemplifica um modelo ideal de planejamento e execução
em projetos de habitação social, combinando métodos tradicionais com inovações tecnológicas
como o BIM para produzir resultados que atendem às necessidades habitacionais de forma
eficiente e sustentável.
A tabela de orçamento (tabela 1) desenvolvida para o projeto de Habitação de Interesse
Social (HIS) em Palmas-TO foi elaborada considerando as diretrizes da portaria nº 725 do
Ministério das Cidades, com foco no programa Minha Casa, Minha Vida, e integrando as
ferramentas de orçamentação ORSE, Orçafascio, e o software de modelagem Revit. A tabela 1
detalha uma estimativa cuidadosamente calculada dos custos associados à construção do
projeto, abrangendo materiais, mão de obra e outros recursos necessários. A precisão e a
relevância dos dados contidos nesta tabela são cruciais, visto que servem como um guia para a
alocação de recursos e tomada de decisão no decorrer do projeto.

Tabela 1. Orçamento por meio do método tradicional

TABELA ORÇAMENTÁRIA

OBRA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL (HIS) - ORÇAMENTO EXTRAÍDO PELO MÉTODO TRADICIONAL
ÁREA 45 m²
ENDEREÇO PALMAS-TO
DATA nov/23
ITEM CÓDIGO BANCO DESCRIÇÃO UND QTD VALOR UNIT TOTAL PESO (%)
1 SERVIÇOS PRELIMINARES R$ 3.793,00 3,77%
LOCACAO CONVENCIONAL DE OBRA,
UTILIZANDO GABARITO DE TÁBUAS
1.1 99059 SINAPI m 45,16 R$ 52,17 R$ 2.356,00 2,34%
CORRIDAS PONTALETADAS A CADA
2,00M - 2 UTILIZAÇÕES. AF_10/2018
MARCAÇÃO DE PONTOS EM
1.2 99062 SINAPI GABARITO OU CAVALETE. un 120,00 R$ 2,10 R$ 252,00 0,25%
AF_10/2018
REGULARIZAÇÃO DO TERRENO COM
1.3 0.00023 Próprio m³ 11,00 R$ 100,00 R$ 1.100,00 1,09%
CASCALHO
LIMPEZA MECANIZADA DE CAMADA
VEGETAL, VEGETAÇÃO E PEQUENAS
1.4 98525 SINAPI ÁRVORES (DIÂMETRO DE TRONCO m² 250,00 R$ 0,34 R$ 85,00 0,08%
MENOR QUE 0,20 M), COM TRATOR
DE ESTEIRAS.AF_05/2018
2 INFRAESTRUTURA R$ 5.667,65 5,63%
ESCAVAÇÃO MANUAL PARA BLOCO
DE COROAMENTO OU SAPATA
2.1 96523 SINAPI (INCLUINDO ESCAVAÇÃO PARA m³ 15,00 R$ 77,15 R$ 1.157,25 77,92%
COLOCAÇÃO DE FÔRMAS).
AF_06/2017
COMPACTADOR DE SOLOS DE
PERCUSSÃO (SOQUETE) COM
2.2 91533 SINAPI MOTOR A GASOLINA 4 TEMPOS, CHP 6,10 R$ 29,72 R$ 181,29 12,21%
POTÊNCIA 4 CV - CHP DIURNO.
AF_08/2015
FABRICAÇÃO, MONTAGEM E
DESMONTAGEM DE FÔRMA PARA
2.3 96529 SINAPI SAPATA, EM MADEIRA SERRADA, m² 3,36 R$ 315,12 R$ 1.058,80 71,29%
E=25 MM, 1 UTILIZAÇÃO.
AF_06/2017
ARMAÇÃO DE BLOCO, VIGA
BALDRAME OU SAPATA UTILIZANDO
2.4 96546 SINAPI kg 115,40 R$ 12,06 R$ 1.391,72 93,70%
AÇO CA-50 DE 10 MM - MONTAGEM.
AF_06/2017
CONCRETAGEM DE SAPATAS, FCK 30
MPA, COM USO DE BOMBA
2.5 96558 SINAPI m³ 2,40 R$ 782,74 R$ 1.878,58 126,48%
LANÇAMENTO, ADENSAMENTO E
ACABAMENTO. AF_11/2016
3 SUPRAESTRUTURA R$ 28.861,45 28,68%
FABRICAÇÃO DE FÔRMA PARA
PILARES E ESTRUTURAS SIMILARES,
3.1 92263 SINAPI EM CHAPA DE MADEIRA m² 47,52 R$ 181,68 R$ 8.633,43 8,58%
COMPENSADA RESINADA, E = 17
MM. AF_09/2020
FABRICAÇÃO DE FÔRMA PARA
VIGAS, EM CHAPA DE MADEIRA
3.2 92265 SINAPI m² 31,04 R$ 132,25 R$ 4.105,04 4,08%
COMPENSADA RESINADA, E = 17
MM. AF_09/2020
ARMAÇÃO DE BLOCO, VIGA
BALDRAME OU SAPATA UTILIZANDO
3.3 96546 SINAPI kg 131,03 R$ 12,06 R$ 1.580,22 1,57%
AÇO CA-50 DE 10 MM - MONTAGEM.
AF_06/2017
ARMAÇÃO DE PILAR OU VIGA DE
ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO
3.4 104108 SINAPI EMBUTIDA EM ALVENARIA DE kg 231,52 R$ 11,96 R$ 2.768,98 2,75%
VEDAÇÃO UTILIZANDO AÇO CA-50 DE
10,0 MM - MONTAGEM. AF_06/2022
ARMAÇÃO DE LAJE DE ESTRUTURA
CONVENCIONAL DE CONCRETO
3.5 92771 SINAPI kg 180,66 R$ 10,15 R$ 1.833,70 1,82%
ARMADO UTILIZANDO AÇO CA-50 DE
10,0 MM - MONTAGEM. AF_06/2022
ARMAÇÃO DE VERGA E
CONTRAVERGA DE ALVENARIA
3.6 90000 SINAPI kg 43,44 R$ 11,82 R$ 513,46 0,51%
ESTRUTURAL; DIÂMETRO DE 10,0
MM. AF_09/2021
CONCRETAGEM DE BLOCOS DE
COROAMENTO E VIGAS BALDRAMES,
3.7 96557 SINAPI FCK 30 MPA, COM USO DE BOMBA m³ 2,28 R$ 776,51 R$ 1.770,44 1,76%
LANÇAMENTO, ADENSAMENTO E
ACABAMENTO. AF_06/2017
CONCRETAGEM DE PILARES, FCK = 25
MPA, COM USO DE BALDES -
3.8 103669 SINAPI m³ 1,78 R$ 983,47 R$ 1.750,58 1,74%
LANÇAMENTO, ADENSAMENTO E
ACABAMENTO. AF_02/2022
CONCRETAGEM DE VIGAS E LAJES,
FCK=25 MPA, PARA LAJES MACIÇAS
OU NERVURADAS COM USO DE
3.9 103675 SINAPI m³ 7,98 R$ 740,05 R$ 5.905,60 5,87%
BOMBA - LANÇAMENTO,
ADENSAMENTO E ACABAMENTO.
AF_02/2022_PS
4 PAREDES E FORRO DRYWALL R$ 8.968,94 8,91%
ALVENARIA DE VEDAÇÃO DE BLOCOS
CERÂMICOS FURADOS NA
HORIZONTAL DE 9X19X29 CM
4.1 103357 SINAPI m² 100,36 R$ 57,17 R$ 5.737,58 5,70%
(ESPESSURA 9 CM) E ARGAMASSA DE
ASSENTAMENTO COM PREPARO
MANUAL. AF_12/2021
FORRO EM DRYWALL, PARA
AMBIENTES RESIDENCIAIS,
4.2 96110 SINAPI m² 44,00 R$ 73,44 R$ 3.231,36 3,21%
INCLUSIVE ESTRUTURA DE FIXAÇÃO.
AF_05/2017_PS
5 REVESTIMENTO R$ 3.678,35 3,66%
REVESTIMENTO CERÂMICO PARA
PISO COM PLACAS TIPO ESMALTADA
PADRÃO POPULAR DE DIMENSÕES
5.1 93391 SINAPI m² 42,00 R$ 53,31 R$ 2.239,02 2,23%
35X35 CM APLICADA EM AMBIENTES
DE ÁREA ENTRE 5 M2 E 10 M2.
AF_02/2023_PE
REVESTIMENTO CERÂMICO PARA
PAREDES INTERNAS COM PLACAS
TIPO ESMALTADA EXTRA DE
5.2 87265 SINAPI DIMENSÕES 20X20 CM APLICADAS m² 24,35 R$ 59,11 R$ 1.439,33 1,43%
EM AMBIENTES DE ÁREA MAIOR QUE
5 M² NA ALTURA INTEIRA DAS
PAREDES. AF_06/2014
6 COBERTURA R$ 15.923,53 15,83%
ESTRUTURA TRELIÇADA DE
COBERTURA, TIPO SHED, COM
LIGAÇÕES SOLDADAS, INCLUSOS
PERFIS METÁLICOS, CHAPAS
6.1 100774 SINAPI kg 480,00 R$ 11,27 R$ 5.409,60 5,38%
METÁLICAS, MÃO DE OBRA E
TRANSPORTE COM GUINDASTE -
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
AF_01/2020_PSA
TELHAMENTO COM TELHA METÁLICA
TERMOACÚSTICA E = 30 MM, COM
6.2 94216 SINAPI m² 49,00 R$ 214,57 R$ 10.513,93 10,45%
ATÉ 2 ÁGUAS, INCLUSO IÇAMENTO.
AF_07/2019
7 PINTURA R$ 6.279,27 6,24%
PINTURA COM TINTA ALQUÍDICA DE
ACABAMENTO (ESMALTE SINTÉTICO
ACETINADO) PULVERIZADA SOBRE
7.1 100741 SINAPI m² 12,00 R$ 21,90 R$ 262,80 0,26%
SUPERFÍCIES METÁLICAS (EXCETO
PERFIL) EXECUTADO EM OBRA (POR
DEMÃO). AF_01/2020_PE
EMASSAMENTO COM MASSA LÁTEX,
APLICAÇÃO EM PAREDE, UMA
7.3 88495 SINAPI m² 188,30 R$ 11,49 R$ 2.163,57 2,15%
DEMÃO, LIXAMENTO MANUAL.
AF_04/2023
EMASSAMENTO COM MASSA LÁTEX,
7.4 88494 SINAPI APLICAÇÃO EM TETO, UMA DEMÃO, m² 44,00 R$ 19,71 R$ 867,24 0,86%
LIXAMENTO MANUAL. AF_04/2023
PINTURA LÁTEX ACRÍLICA PREMIUM,
7.5 88489 SINAPI APLICAÇÃO MANUAL EM PAREDES, m² 188,30 R$ 12,47 R$ 2.348,10 2,33%
DUAS DEMÃOS. AF_04/2023
PINTURA LÁTEX ACRÍLICA PREMIUM,
7.6 88488 SINAPI APLICAÇÃO MANUAL EM TETO, m² 44,00 R$ 14,49 R$ 637,56 0,63%
DUAS DEMÃOS. AF_04/2023
8 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS R$ 8.801,58 8,75%
8.1 0.000015 Próprio PROJETO ELÉTRICO un 1,00 R$ 1.100,00 R$ 1.100,00 1,09%
CABO DE COBRE FLEXÍVEL ISOLADO,
1,5 MM², ANTI-CHAMA 0,6/1,0 KV,
8.2 91925 SINAPI PARA CIRCUITOS TERMINAIS - m 143,00 R$ 3,13 R$ 447,59 0,44%
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
AF_03/2023
CABO DE COBRE FLEXÍVEL ISOLADO,
2,5 MM², ANTI-CHAMA 0,6/1,0 KV,
8.3 91927 SINAPI PARA CIRCUITOS TERMINAIS - m 350,10 R$ 4,22 R$ 1.477,42 1,47%
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
AF_03/2023
CABO DE COBRE FLEXÍVEL ISOLADO,
8.4 91929 SINAPI 4 MM², ANTI-CHAMA 0,6/1,0 KV, m 46,70 R$ 6,23 R$ 290,94 0,29%
PARA CIRCUITOS TERMINAIS -
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
AF_03/2023

CABO DE COBRE FLEXÍVEL ISOLADO,


16 MM², ANTI-CHAMA 0,6/1,0 KV,
8.5 91935 SINAPI PARA CIRCUITOS TERMINAIS - m 5,90 R$ 22,07 R$ 130,21 0,13%
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
AF_03/2023
QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE
ENERGIA EM CHAPA DE AÇO
GALVANIZADO, DE EMBUTIR, COM
8.6 101875 SINAPI BARRAMENTO TRIFÁSICO, PARA 12 un 1,00 R$ 370,72 R$ 370,72 0,37%
DISJUNTORES DIN 100A -
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
AF_10/2020
RASGO LINEAR MANUAL EM
ALVENARIA, PARA ELETRODUTOS,
8.7 90447 SINAPI m 56,90 R$ 7,20 R$ 409,68 0,41%
DIÂMETROS MENORES OU IGUAIS A
40 MM. AF_09/2023
CHUMBAMENTO LINEAR EM
ALVENARIA PARA ELETRODUTOS
8.8 104766 SINAPI m 56,90 R$ 14,45 R$ 822,21 0,82%
COM DIÂMETROS MENORES OU
IGUAIS A 40 MM. AF_09/2023
ELETRODUTO FLEXÍVEL CORRUGADO,
PVC, DN 25 MM (3/4"), PARA
8.9 91844 SINAPI CIRCUITOS TERMINAIS, INSTALADO m 96,20 R$ 6,24 R$ 600,29 0,60%
EM LAJE - FORNECIMENTO E
INSTALAÇÃO. AF_03/2023
ELETRODUTO FLEXÍVEL CORRUGADO,
PVC, DN 32 MM (1"), PARA
8.10 91846 SINAPI CIRCUITOS TERMINAIS, INSTALADO m 42,30 R$ 9,07 R$ 383,66 0,38%
EM LAJE - FORNECIMENTO E
INSTALAÇÃO. AF_03/2023
ELETRODUTO FLEXÍVEL CORRUGADO,
PVC, DN 20 MM (1/2"), PARA
8.11 91852 SINAPI CIRCUITOS TERMINAIS, INSTALADO m 4,00 R$ 8,12 R$ 32,48 0,03%
EM PAREDE - FORNECIMENTO E
INSTALAÇÃO. AF_03/2023
LUMINÁRIA ARANDELA TIPO MEIA
LUA, DE SOBREPOR, COM 1
8.12 97605 SINAPI LÂMPADA LED DE 6W, SEM REATOR - un 5,00 R$ 101,16 R$ 505,80 0,50%
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
AF_02/2020
LUMINÁRIA TIPO PLAFON CIRCULAR,
DE SOBREPOR, COM LED DE 12/13 W
8.13 103782 SINAPI un 7,00 R$ 33,43 R$ 234,01 0,23%
- FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
AF_03/2022
CHUVEIRO ELÉTRICO COMUM
CORPO PLÁSTICO, TIPO DUCHA
8.14 100860 SINAPI un 1,00 R$ 93,11 R$ 93,11 0,09%
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
AF_01/2020
QUADRO DE MEDIÇÃO GERAL DE
ENERGIA PARA 1 MEDIDOR DE
8.15 101946 SINAPI un 1,00 R$ 157,62 R$ 157,62 0,16%
SOBREPOR - FORNECIMENTO E
INSTALAÇÃO. AF_10/2020
DISJUNTOR MONOPOLAR TIPO DIN,
8.16 93653 SINAPI CORRENTE NOMINAL DE 10A - un 11,00 R$ 11,73 R$ 129,03 0,13%
FORNECIMENTO E
DISJUNTOR MONOPOLAR TIPO DIN,
8.17 93654 SINAPI CORRENTE NOMINAL DE 16A - un 1,00 R$ 12,29 R$ 12,29 0,01%
FORNECIMENTO E
DISJUNTOR MONOPOLAR TIPO DIN,
8.18 93658 SINAPI CORRENTE NOMINAL DE 40A - un 1,00 R$ 21,35 R$ 21,35 0,02%
FORNECIMENTO E
DISJUNTOR MONOPOLAR TIPO DIN,
8.19 93659 SINAPI CORRENTE NOMINAL DE 50A - un 1,00 R$ 24,15 R$ 24,15 0,02%
FORNECIMENTO E

8.20 93663 SINAPI DISJUNTOR BIPOLAR TIPO DIN, un 1,00 R$ 60,37 R$ 60,37 0,06%
CORRENTE NOMINAL DE 25A -
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
AF_10/2020

QUEBRA EM ALVENARIA PARA


8.21 90456 SINAPI INSTALAÇÃO DE CAIXA DE TOMADA un 33,00 R$ 4,77 R$ 157,41 0,16%
(4X4 OU 4X2). AF_09/2023
QUEBRA EM ALVENARIA PARA
INSTALAÇÃO DE QUADRO
8.22 90457 SINAPI un 1,00 R$ 10,89 R$ 10,89 0,01%
DISTRIBUIÇÃO PEQUENO (19X25
CM). AF_09/2023
TOMADA BAIXA DE EMBUTIR (1
MÓDULO), 2P+T 10 A, INCLUINDO
8.23 92000 SINAPI un 6,00 R$ 27,42 R$ 164,52 0,16%
SUPORTE E PLACA - FORNECIMENTO
E INSTALAÇÃO. AF_03/2023
TOMADA BAIXA DE EMBUTIR (2
MÓDULOS), 2P+T 10 A, INCLUINDO
8.24 92008 SINAPI un 11,00 R$ 42,39 R$ 466,29 0,46%
SUPORTE E PLACA - FORNECIMENTO
E INSTALAÇÃO. AF_03/2023
TOMADA MÉDIA DE EMBUTIR (1
MÓDULO), 2P+T 10 A, INCLUINDO
8.25 91996 SINAPI un 2,00 R$ 30,77 R$ 61,54 0,06%
SUPORTE E PLACA - FORNECIMENTO
E INSTALAÇÃO. AF_03/2023
TOMADA MÉDIA DE EMBUTIR (2
MÓDULOS), 2P+T 10 A, INCLUINDO
8.26 92004 SINAPI un 5,00 R$ 49,14 R$ 245,70 0,24%
SUPORTE E PLACA - FORNECIMENTO
E INSTALAÇÃO. AF_03/2023
TOMADA ALTA DE EMBUTIR (1
MÓDULO), 2P+T 20 A, INCLUINDO
8.27 91993 SINAPI un 4,00 R$ 41,39 R$ 165,56 0,16%
SUPORTE E PLACA - FORNECIMENTO
E INSTALAÇÃO. AF_03/2023
INTERRUPTOR SIMPLES (1 MÓDULO)
COM 1 TOMADA DE EMBUTIR 2P+T
8.28 92023 SINAPI 10 A, INCLUINDO SUPORTE E PLACA - un 3,00 R$ 44,45 R$ 133,35 0,13%
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
AF_03/2023
INTERRUPTOR SIMPLES (2
MÓDULOS), 10A/250V, INCLUINDO
8.29 91959 SINAPI un 1,00 R$ 39,84 R$ 39,84 0,04%
SUPORTE E PLACA - FORNECIMENTO
E INSTALAÇÃO. AF_03/2023
INTERRUPTOR SIMPLES (3
MÓDULOS), 10A/250V, INCLUINDO
8.30 91967 SINAPI un 1,00 R$ 53,55 R$ 53,55 0,05%
SUPORTE E PLACA - FORNECIMENTO
E INSTALAÇÃO. AF_03/2023
9 INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS R$ 10.529,19 10,46%
9.1 0.00016 Próprio PROJETO HIDROSSANITÁRIO un 1,00 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 0,99%
CAIXA D´ÁGUA EM POLIETILENO,
9.2 102607 SINAPI 1000 LITROS - FORNECIMENTO E un 1,00 R$ 516,45 R$ 516,45 0,51%
INSTALAÇÃO. AF_06/2021
RASGO LINEAR MANUAL EM
ALVENARIA, PARA RAMAIS/
DISTRIBUIÇÃO DE INSTALAÇÕES
9.3 90443 SINAPI m 27,40 R$ 6,89 R$ 188,79 0,19%
HIDRÁULICAS, DIÂMETROS
MENORES OU IGUAIS A 40 MM.
AF_09/2023
CHUMBAMENTO LINEAR EM
ALVENARIA PARA
RAMAIS/DISTRIBUIÇÃO DE
9.4 90466 SINAPI m 27,40 R$ 14,00 R$ 383,60 0,38%
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS COM
DIÂMETROS MENORES OU IGUAIS A
40 MM. AF_09/2023
TUBO, PVC, SOLDÁVEL, DN 25MM,
INSTALADO EM RAMAL OU SUB-
9.5 89356 SINAPI m 35,00 R$ 20,84 R$ 729,40 0,72%
RAMAL DE ÁGUA - FORNECIMENTO E
INSTALAÇÃO. AF_06/2022
TUBO, PVC, SOLDÁVEL, DN 25MM,
INSTALADO EM PRUMADA DE ÁGUA
9.6 89446 SINAPI m 6,00 R$ 5,20 R$ 31,20 0,03%
- FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
AF_06/2022
TUBO, PVC, SOLDÁVEL, DN 32MM,
INSTALADO EM RAMAL OU SUB-
9.7 89357 SINAPI m 2,10 R$ 29,07 R$ 61,05 0,06%
RAMAL DE ÁGUA - FORNECIMENTO E
INSTALAÇÃO. AF_06/2022
TUBO, PVC, SOLDÁVEL, DN 32MM,
INSTALADO EM PRUMADA DE ÁGUA
9.8 89447 SINAPI m 4,60 R$ 10,42 R$ 47,93 0,05%
- FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
AF_06/2022
TUBO, PVC, SOLDÁVEL, DN 40MM,
INSTALADO EM RAMAL OU SUB-
9.9 89358 SINAPI m 20,60 R$ 38,76 R$ 798,46 0,79%
RAMAL DE ÁGUA - FORNECIMENTO E
INSTALAÇÃO. AF_06/2022
TUBO, PVC, SOLDÁVEL, DN 40MM,
INSTALADO EM PRUMADA DE ÁGUA
9.10 89448 SINAPI m 6,00 R$ 16,00 R$ 96,00 0,10%
- FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
AF_06/2022
TUBO PVC, SERIE NORMAL, ESGOTO
PREDIAL, DN 40 MM, FORNECIDO E
9.11 89711 SINAPI INSTALADO EM RAMAL DE m 7,64 R$ 19,07 R$ 145,69 0,14%
DESCARGA OU RAMAL DE ESGOTO
SANITÁRIO. AF_08/2022
TUBO PVC, SERIE NORMAL, ESGOTO
PREDIAL, DN 50 MM, FORNECIDO E
9.12 89712 SINAPI INSTALADO EM RAMAL DE m 9,56 R$ 24,42 R$ 233,46 0,23%
DESCARGA OU RAMAL DE ESGOTO
SANITÁRIO. AF_08/2022
TUBO PVC, SERIE NORMAL, ESGOTO
PREDIAL, DN 100 MM, FORNECIDO E
9.13 89714 SINAPI INSTALADO EM RAMAL DE m 66,84 R$ 33,99 R$ 2.271,89 2,26%
DESCARGA OU RAMAL DE ESGOTO
SANITÁRIO. AF_08/2022
VASO SANITÁRIO SIFONADO COM
CAIXA ACOPLADA LOUÇA BRANCA -
9.14 86888 SINAPI un 1,00 R$ 497,51 R$ 497,51 0,49%
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
AF_01/2020
BANCADA DE MÁRMORE SINTÉTICO
120 X 60CM, COM CUBA INTEGRADA,
INCLUSO SIFÃO TIPO FLEXÍVEL EM
PVC, VÁLVULA EM PLÁSTICO
9.15 86934 SINAPI CROMADO TIPO AMERICANA E un 1,00 R$ 383,75 R$ 383,75 0,38%
TORNEIRA CROMADA LONGA, DE
PAREDE, PADRÃO POPULAR -
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
AF_01/2020
BANCADA GRANITO CINZA, 50 X 60
CM, INCL. CUBA DE EMBUTIR OVAL
LOUÇA BRANCA 35 X 50 CM,
VÁLVULA METAL CROMADO, SIFÃO
9.16 93396 SINAPI FLEXÍVEL PVC, ENGATE 30 CM un 1,00 R$ 669,72 R$ 669,72 0,67%
FLEXÍVEL PLÁSTICO E TORNEIRA
CROMADA DE MESA, PADRÃO
POPULAR - FORNEC. E INSTALAÇÃO.
AF_01/2020
TANQUE DE MÁRMORE SINTÉTICO
SUSPENSO, 22L OU EQUIVALENTE -
9.17 86876 SINAPI un 1,00 R$ 268,21 R$ 268,21 0,27%
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
AF_01/2020
TORNEIRA PLÁSTICA 3/4 PARA
9.18 86916 SINAPI TANQUE - FORNECIMENTO E un 1,00 R$ 21,81 R$ 21,81 0,02%
INSTALAÇÃO. AF_01/2020
REGISTRO DE GAVETA BRUTO,
LATÃO, ROSCÁVEL, 3/4" -
9.19 89353 SINAPI un 3,00 R$ 35,55 R$ 106,65 0,11%
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
AF_08/2021
REGISTRO DE ESFERA, PVC,
SOLDÁVEL, COM VOLANTE, DN 32
9.20 94490 SINAPI un 1,00 R$ 25,26 R$ 25,26 0,03%
MM - FORNECIMENTO E
INSTALAÇÃO. AF_08/2021
REGISTRO DE ESFERA, PVC,
SOLDÁVEL, COM VOLANTE, DN 40
9.21 94491 SINAPI un 2,00 R$ 34,81 R$ 69,62 0,07%
MM - FORNECIMENTO E
INSTALAÇÃO. AF_08/2021
REGISTRO DE PRESSÃO BRUTO,
LATÃO, ROSCÁVEL, 3/4", COM
9.22 89985 SINAPI ACABAMENTO E CANOPLA un 1,00 R$ 80,26 R$ 80,26 0,08%
CROMADOS - FORNECIMENTO E
INSTALAÇÃO. AF_08/2021
LUVA COM BUCHA DE LATÃO, PVC,
SOLDÁVEL, DN 25MM X 3/4 ,
9.23 89381 SINAPI INSTALADO EM RAMAL OU SUB- un 1,00 R$ 11,54 R$ 11,54 0,01%
RAMAL DE ÁGUA - FORNECIMENTO E
INSTALAÇÃO. AF_06/2022
JOELHO 90 GRAUS, PVC, SOLDÁVEL,
9.24 89408 SINAPI DN 25MM, INSTALADO EM RAMAL un 10,00 R$ 7,59 R$ 75,90 0,08%
DE DISTRIB
JOELHO 90 GRAUS, PVC, SOLDÁVEL,
9.25 89413 SINAPI DN 32MM, INSTALADO EM RAMAL un 3,00 R$ 10,77 R$ 32,31 0,03%
DE DISTRIB
JOELHO 90 GRAUS, PVC, SOLDÁVEL,
DN 40MM, INSTALADO EM
9.26 89497 SINAPI PRUMADA DE ÁGUA - un 9,00 R$ 12,11 R$ 108,99 0,11%
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
AF_06/2022
JOELHO DE REDUÇÃO, 90 GRAUS,
PVC, SOLDÁVEL, DN 32 MM X 25
MM, INSTALADO EM RAMAL OU
9.27 103951 SINAPI un 2,00 R$ 13,56 R$ 27,12 0,03%
SUB-RAMAL DE ÁGUA -
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
AF_06/2022
JOELHO 90 GRAUS COM BUCHA DE
LATÃO, PVC, SOLDÁVEL, DN 25MM, X
9.28 89366 SINAPI 3/4 INSTALADO EM RAMAL OU SUB- un 7,00 R$ 15,04 R$ 105,28 0,10%
RAMAL DE ÁGUA - FORNECIMENTO E
INSTALAÇÃO. AF_06/2022
TE, PVC, SOLDÁVEL, DN 25MM,
INSTALADO EM RAMAL OU SUB-
9.29 89395 SINAPI un 10,00 R$ 11,47 R$ 114,70 0,11%
RAMAL DE ÁGUA - FORNECIMENTO E
INSTALAÇÃO. AF_06/2022
TE, PVC, SOLDÁVEL, DN 32MM,
INSTALADO EM RAMAL OU SUB-
9.30 89398 SINAPI un 1,00 R$ 16,28 R$ 16,28 0,02%
RAMAL DE ÁGUA - FORNECIMENTO E
INSTALAÇÃO. AF_06/2022
TE, PVC, SOLDÁVEL, DN 40MM,
INSTALADO EM PRUMADA DE ÁGUA
9.31 89623 SINAPI un 1,00 R$ 17,81 R$ 17,81 0,02%
- FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
AF_06/2022
TÊ DE REDUÇÃO, PVC, SOLDÁVEL, DN
40MM X 32MM, INSTALADO EM
9.32 89624 SINAPI PRUMADA DE ÁGUA - un 2,00 R$ 16,47 R$ 32,94 0,03%
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
AF_06/2022
TERMINAL DE VENTILAÇÃO, PVC,
SÉRIE NORMAL, ESGOTO PREDIAL,
DN 50 MM, JUNTA SOLDÁVEL,
9.33 104348 SINAPI un 2,00 R$ 10,38 R$ 20,76 0,02%
FORNECIDO E INSTALADO EM
PRUMADA DE ESGOTO SANITÁRIO
OU VENTILAÇÃO. AF_08/2022
JOELHO 45 GRAUS, PVC, SERIE
NORMAL, ESGOTO PREDIAL, DN 40
MM, JUNTA SOLDÁVEL, FORNECIDO
9.34 89726 SINAPI un 1,00 R$ 9,31 R$ 9,31 0,01%
E INSTALADO EM RAMAL DE
DESCARGA OU RAMAL DE ESGOTO
SANITÁRIO. AF_08/2022
JOELHO 45 GRAUS, PVC, SERIE
9.35 89732 SINAPI NORMAL, ESGOTO PREDIAL, DN 50 un 2,00 R$ 14,13 R$ 28,26 0,03%
MM, JUNTA ELÁSTICA, FORNECIDO E
INSTALADO EM RAMAL DE
DESCARGA OU RAMAL DE ESGOTO
SANITÁRIO. AF_08/2022

JOELHO 45 GRAUS, PVC, SERIE


NORMAL, ESGOTO PREDIAL, DN 100
MM, JUNTA ELÁSTICA, FORNECIDO E
9.36 89746 SINAPI un 4,00 R$ 25,83 R$ 103,32 0,10%
INSTALADO EM RAMAL DE
DESCARGA OU RAMAL DE ESGOTO
SANITÁRIO. AF_08/2022
JOELHO 45 GRAUS, PVC, SERIE R,
ÁGUA PLUVIAL, DN 100 MM, JUNTA
9.37 89585 SINAPI ELÁSTICA, FORNECIDO E INSTALADO un 3,00 R$ 41,03 R$ 123,09 0,12%
EM CONDUTORES VERTICAIS DE
ÁGUAS PLUVIAIS. AF_06/2022
JOELHO 90 GRAUS, PVC, SERIE
NORMAL, ESGOTO PREDIAL, DN 40
MM, JUNTA SOLDÁVEL, FORNECIDO
9.38 89724 SINAPI un 9,00 R$ 9,10 R$ 81,90 0,08%
E INSTALADO EM RAMAL DE
DESCARGA OU RAMAL DE ESGOTO
SANITÁRIO. AF_08/2022
JOELHO 90 GRAUS, PVC, SERIE
NORMAL, ESGOTO PREDIAL, DN 50
MM, JUNTA ELÁSTICA, FORNECIDO E
9.39 89731 SINAPI un 5,00 R$ 13,44 R$ 67,20 0,07%
INSTALADO EM RAMAL DE
DESCARGA OU RAMAL DE ESGOTO
SANITÁRIO. AF_08/2022
JOELHO 90 GRAUS, PVC, SERIE
NORMAL, ESGOTO PREDIAL, DN 100
MM, JUNTA ELÁSTICA, FORNECIDO E
9.40 89744 SINAPI un 1,00 R$ 25,04 R$ 25,04 0,02%
INSTALADO EM RAMAL DE
DESCARGA OU RAMAL DE ESGOTO
SANITÁRIO. AF_08/2022
JOELHO 90 GRAUS, PVC, SERIE R,
ÁGUA PLUVIAL, DN 100 MM, JUNTA
9.41 89584 SINAPI ELÁSTICA, FORNECIDO E INSTALADO un 5,00 R$ 40,06 R$ 200,30 0,20%
EM CONDUTORES VERTICAIS DE
ÁGUAS PLUVIAIS. AF_06/2022
JUNÇÃO SIMPLES, PVC, SERIE
NORMAL, ESGOTO PREDIAL, DN 100
X 100 MM, JUNTA ELÁSTICA,
9.42 89797 SINAPI un 2,00 R$ 47,18 R$ 94,36 0,09%
FORNECIDO E INSTALADO EM RAMAL
DE DESCARGA OU RAMAL DE
ESGOTO SANITÁRIO. AF_08/2022
JUNÇÃO SIMPLES, PVC, SERIE R,
ÁGUA PLUVIAL, DN 100 X 100 MM,
9.43 89567 SINAPI JUNTA ELÁSTICA, FORNECIDO E un 2,00 R$ 47,18 R$ 94,36 0,09%
INSTALADO EM RAMAL DE
ENCAMINHAMENTO. AF_06/2022
VÁLVULA EM PLÁSTICO 1 PARA PIA,
TANQUE OU LAVATÓRIO, COM OU
9.44 86879 SINAPI un 3,00 R$ 9,00 R$ 27,00 0,03%
SEM LADRÃO - FORNECIMENTO E
INSTALAÇÃO. AF_01/2020
RALO SIFONADO, PVC, DN 100 X 40
MM, JUNTA SOLDÁVEL, FORNECIDO
9.45 89709 SINAPI E INSTALADO EM RAMAL DE un 2,00 R$ 19,35 R$ 38,70 0,04%
DESCARGA OU EM RAMAL DE
ESGOTO SANITÁRIO. AF_08/2022
CAIXA SIFONADA, COM GRELHA
REDONDA, PVC, DN 150 X 150 X 50
MM, JUNTA SOLDÁVEL, FORNECIDA E
9.46 104329 SINAPI un 1,00 R$ 74,15 R$ 74,15 0,07%
INSTALADA EM RAMAL DE
DESCARGA OU EM RAMAL DE
ESGOTO SANITÁRIO. AF_08/2022
CAIXA DE GORDURA PEQUENA
(CAPACIDADE: 19 L), CIRCULAR, EM
9.47 98110 SINAPI un 1,00 R$ 371,87 R$ 371,87 0,37%
PVC, DIÂMETRO INTERNO= 0,3 M.
AF_12/2020
10 AJARDINAMENTO R$ 609,26 0,61%
PLANTIO DE GRAMA BATATAIS EM
10.1 98504 SINAPI m² 40,00 R$ 13,58 R$ 543,20 0,54%
PLACAS. AF_05/2018
PLANTIO DE ÁRVORE ORNAMENTAL
10.2 98510 SINAPI COM ALTURA DE MUDA MENOR OU un 1,00 R$ 66,06 R$ 66,06 0,07%
IGUAL A 2,00M. AF_05/2018
11 ESQUADRIAS R$ 6.253,36 6,21%
INSTALAÇÃO DE VIDRO IMPRESSO, E
= 4 MM, EM ESQUADRIA DE
11.1 102170 SINAPI m² 5,08 R$ 299,67 R$ 1.522,32 1,51%
ALUMÍNIO OU PVC, FIXADO COM
BAGUETE. AF_01/2021_PS
KIT DE PORTA DE MADEIRA FRISADA,
SEMI-OCA (LEVE OU MÉDIA),
PADRÃO POPULAR, 80X210CM,
ESPESSURA DE 3,5CM, ITENS
11.2 91333 SINAPI INCLUSOS: DOBRADIÇAS, un 2,00 R$ 782,37 R$ 1.564,74 1,56%
MONTAGEM E INSTALAÇÃO DO
BATENTE, SEM FECHADURA -
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
AF_12/2019
KIT DE PORTA DE MADEIRA FRISADA,
SEMI-OCA (LEVE OU MÉDIA),
PADRÃO POPULAR, 70X210CM,
ESPESSURA DE 3CM, ITENS
11.3 91331 SINAPI INCLUSOS: DOBRADIÇAS, un 2,00 R$ 742,61 R$ 1.485,22 1,48%
MONTAGEM E E INSTALAÇÃO DO
BATENTE, SEM FECHADURA -
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
AF_12/2019
KIT DE PORTA DE MADEIRA FRISADA,
SEMI-OCA (LEVE OU MÉDIA),
PADRÃO POPULAR, 60X210CM,
ESPESSURA DE 3CM, ITENS
11.4 91329 SINAPI INCLUSOS: DOBRADIÇAS, un 1,00 R$ 715,89 R$ 715,89 0,71%
MONTAGEM E INSTALAÇÃO DO
BATENTE, SEM FECHADURA -
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
AF_12/2019
PORTA DE CORRER DE ALUMÍNIO,
COM DUAS FOLHAS PARA VIDRO,
11.5 100702 SINAPI INCLUSO VIDRO LISO INCOLOR, m² 2,20 R$ 438,72 R$ 965,18 0,96%
FECHADURA E PUXADOR, SEM
ALIZAR. AF_12/2019
12 LIMPEZA FINAL R$ 1.256,64 1,25%

12.1 0.0000007 Próprio LIMPEZA FINAL DE OBRA m² 44,00 R$ 28,56 R$ 1.256,64 1,25%

VALOR TOTAL R$ 100.622,21 100,00%

Fonte: Autoria própria (2023).

A análise da tabela 1 de orçamento revela insights significativos sobre a eficácia da


metodologia adotada no projeto. Primeiramente, a integração da modelagem 3D no Revit com
as ferramentas de orçamentação Orçafascio e ORSE permitiu uma avaliação mais precisa dos
custos, minimizando as discrepâncias e otimizando o processo de orçamentação. Esta
abordagem assegurou que todos os aspectos do projeto estivessem em conformidade com as
normas urbanísticas e as necessidades do programa HIS.
A tabela 2 é um reflexo desse esforço integrado, oferecendo uma visão detalhada e
quantitativa dos recursos necessários para a realização deste projeto.

Tabela 2. Habitação de Interesse Social - Orçamento Sintético-ORSAFASCIO


Habitação de Interesse SINAPI - 11/2023 - 0,0% Não Desonerado: embutido nos preços unitário
social Tocantins dos insumos de mão de obra, de acordo com as
bases.

Orçamento Sintético
Item Descrição Und Quant. Valor Unit Total Peso (%)
com BDI

1 SERVIÇOS PRELIMINARES 3.793,00 4%

2 INFRAESTRUTURA 5.667,65 6%

3 SUPRAESTRUTURA 28.861,45 29%

4 PAREDES E FORRO EM 8.968,94 9%


GESSO
5 REVESTIMENTO 3.678,35 4%

6 COBERTURA 15.923,53 16%

7 PINTURA 6.279,27 6%

8 INSTALAÇÕES ELÉTRICA 8.801,58 9%

9 INSTALAÇÕES 10.519,29 10%


HIDROSSANITÁRIAS
10 AJARDINAMENTO 609,26 1%

11 ESQUADRIAS 6.253,26 6%

12 LIMPEZA FINAL 1.256,64 1%

R$ 100.612,22 100%

Total sem R$ 100.612,22


BDI
Total do 0,00
BDI
Total Geral R$ 100.612,22

_______________________________________________________________
Tayllanderson Marinho de Castro

Fonte: Autoria própria (2023).


A análise do orçamento sintético elaborado pelo Orçafascio revela insights cruciais
sobre a eficiência e precisão da metodologia BIM em comparação com o método tradicional. A
precisão detalhada dos quantitativos extraídos via Orçafascio ressalta a capacidade do BIM de
proporcionar uma estimativa mais acurada dos custos, o que é fundamental para o planejamento
financeiro e a gestão de recursos em projetos de HIS.
Além disso, a comparação direta entre os dados obtidos pelo Orçafascio e aqueles
levantados através do ORSE evidencia as vantagens da modelagem digital e da automação na
redução de erros e na otimização do tempo de orçamentação. Enquanto o ORSE depende de
processos manuais mais propensos a variações, o Orçafascio, apoiado pelo modelo Revit,
oferece uma abordagem integrada e automatizada, resultando em maior eficiência operacional.
Essa eficiência não se traduz apenas em economia de tempo, mas também em um uso
mais efetivo dos recursos e na possibilidade de alocar esforços em outras áreas críticas do
projeto. Além disso, a visualização tridimensional fornecida pelo Revit facilita a identificação
e a resolução de possíveis conflitos de projeto, minimizando retrabalhos e custos associados a
correções durante a fase de construção.
Contudo, as conclusões extraídas do orçamento sintético também apontam para
desafios, como a necessidade de treinamento especializado para a equipe e investimentos em
tecnologia de ponta, que são essenciais para a implementação efetiva da metodologia BIM.
Estes desafios, embora significativos, são contrabalançados pelas vantagens a longo prazo
oferecidas pela adoção dessa abordagem inovadora.
O orçamento sintético "Habitação de Interesse Social - Orçamento Sintético-
ORSAFASCIO" (tabela 2) serve como um testemunho da eficácia da integração de
metodologias avançadas de modelagem e orçamentação no contexto de projetos de HIS. Ele
reforça a viabilidade e a necessidade de incorporar tecnologias BIM em projetos futuros,
alinhando-se com os objetivos de eficiência, sustentabilidade e inovação preconizados nas
políticas habitacionais atuais.
O projeto conclui que a adoção da metodologia BIM, através do uso integrado do Revit,
Orçafascio e ORSE, proporciona uma abordagem mais precisa e eficiente para a orçamentação
em projetos de HIS. Esta metodologia não apenas cumpre com as diretrizes da portaria nº 725,
mas também oferece insights valiosos para otimizar futuros projetos habitacionais em termos
de custo, tempo e sustentabilidade.

Considerações Finais
A elaboração do orçamento para uma obra de Habitação de Interesse Social (HIS) no
município de Palmas-TO, utilizando as metodologias tradicional e BIM, revela nuances
importantes no processo de planejamento financeiro. A abordagem tradicional, embora
consolidada, apresenta desafios inerentes à sua natureza, como maior propensão a imprecisões
devido à limitada visibilidade sobre todos os elementos do projeto desde as fases iniciais. A
margem de 10% para contingências e lucro é uma prática comum nesse contexto.
Por outro lado, a metodologia BIM destaca-se por proporcionar uma representação
virtual detalhada da obra, permitindo uma estimativa mais precisa dos custos. A margem
reduzida de 5% reflete a confiança maior nas informações geradas pelo BIM. Esta abordagem
não apenas considera os custos diretos, mas também integra eficientemente os custos indiretos,
proporcionando uma visão mais holística e evitando surpresas no decorrer da execução do
projeto. Vale ressaltar que, para maximizar os benefícios do BIM, é fundamental que todos os
envolvidos no processo de construção estejam alinhados com essa metodologia desde as fases
iniciais do projeto. A mudança para uma abordagem mais colaborativa e digital pode exigir
ajustes nas práticas tradicionais, mas os benefícios em termos de precisão e eficiência valem o
investimento.
Em resumo, a escolha entre a metodologia tradicional e BIM para a orçamentação de
uma obra de HIS em Palmas-TO envolve considerações detalhadas sobre a complexidade do
projeto, a disponibilidade de informações e a disposição da equipe para adotar práticas mais
inovadoras. Ambas as abordagens têm méritos, mas a tendência atual destaca a eficácia e a
precisão oferecidas pelo BIM como um diferencial valioso na construção civil contemporânea.

Referências

ABIKO, A. K. Introdução à Gestão Habitacional. São Paulo: EPUSP, 1995.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS ESCRITÓRIOS DE ARQUITETURA-RIO GRANDE


DO SUL. Caderno técnico ASBEA-RS: migração BIM. 1. ed. Porto Alegre, 2015. v. 2.

BENETTI, P. Habitação Social e Cidade - Desafios Para o Ensino de Projeto. Rio de Janeiro:
editora Rio Books, 2012.

BONDUKI, N. Os pioneiros da habitação social no Brasil: volume 1. 1ª edição. São Paulo:


editora Unesp – edições Sesc, 2014. 387 pag.

DIAS, P. R. V. Engenharia de custos: uma metodologia de orçamentação para obras civis. 9. ed.
[Rio de Janeiro: s. n.], 2011. Disponível em:
http://paulorobertovileladias.com.br/wp/collection.html. Acesso em: 12 dez. 2023.
EASTMAN, C.; TEICHOLZ, P.; SACKS, R.; LISTON, K. Manual de BIM: um guia de
modelagem da informação da construção para arquitetos, engenheiros, gerentes, construtores e
incorporadores. Porto Alegre: Bookman, 2014.

GOLDMAN, P. Introdução ao planejamento e controle de custos na construção civil brasileira.


4. ed. atual. São Paulo: Pini, 2004.

KOELLN, F. P. Tecnologia BIM na Construção Civil: composição de custo direto. 2015. 90 f.


Trabalho de Diplomação (Graduação em Engenharia Civil) – Departamento de Engenharia
Civil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2015.

LIMMER, C. V. Planejamento, orçamentação e controle de projetos e obras. Rio de Janeiro:


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MATTOS, A. D. Como Preparar Orçamentos de Obras: dicas para orçamentistas, estudo de


caso, exemplos. 1. ed. São Paulo: Pini, 2006.

_____. BIM 3D, 4D, 5D e 6D, Pini Blogs: Engenharia de custos, São Paulo, p.[1-6], 17 dez.
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PICCINI, A. Cortiços na cidade: Conceito e preconceito na reestruturação do centro urbano de


São Paulo. 2ª Edição, São Paulo: Annablume, 2004.

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