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Resumo: Este estudo aborda a orçamentação de Abstract: This study addresses the budgeting of
Habitações de Interesse Social (HIS) no município Social Interest Housing (SIH) projects in the
de Palmas-TO, explorando a transição entre métodos municipality of Palmas-TO, exploring the transition
tradicionais e a Metodologia BIM (Building between traditional methods and Building
Information Modeling). O objetivo geral consiste em Information Modeling (BIM) methodology. The
retrospectivamente analisar e comparar a general objective is to retrospectively analyze and
orçamentação de obras de HIS em Palmas-TO, compare the budgeting of SIH projects in Palmas-
empregando a metodologia tradicional e BIM, com TO, employing both traditional and BIM
ênfase nas diferenças de precisão e eficiência. Os methodologies, with a focus on differences in
objetivos específicos visam identificar desafios na accuracy and efficiency. Specific objectives aim to
orçamentação tradicional, avaliar a eficácia do BIM identify challenges in traditional budgeting, assess
na melhoria da precisão dos custos e elucidar as the effectiveness of BIM in improving cost accuracy,
mudanças práticas necessárias para sua and elucidate practical changes required for its
implementação. A metodologia adotada compreende implementation. The adopted methodology involves
uma análise retrospectiva de casos, utilizando dados a retrospective case analysis, utilizing historical data
históricos de obras de HIS em Palmas-TO. A from SIH projects in Palmas-TO. A comparison
comparação entre os métodos tradicional e BIM na between traditional and BIM methods in budgeting
orçamentação será conduzida, priorizando a will be conducted, prioritizing the reliability of
fidedignidade dos resultados. A conclusão busca results. The conclusion seeks to provide practical
oferecer insights práticos sobre as implicações da insights into the implications of transitioning to
transição para o BIM, destacando possíveis ganhos BIM, highlighting potential gains in budget accuracy
na precisão e eficiência da orçamentação em projetos and efficiency in SIH projects.
de HIS.
Keywords: Budgeting. Social Interest Housing.
Palavras-chave: Orçamentação. Habitação de BIM Methodology.
Interesse Social. Metodologia BIM..
Introdução
1
Aluno bacharelando no curso de Engenharia Civil da faculdade CESUP.
2
Possui graduação em Engenharia civil (UFT - 2017). Especialista em Pavimentação Rodoviária (ITPAC - 2018).
Mestra em Processos construtivos e Saneamento Urbano (UFPA - 2023). Professora adjunta da Faculdade de
Palmas (FAPAL), Professora Adjunta da UNITOP e Professora Substituta da Universidade Federal do Tocantins
(UFT).
sociais (ABIKO, 1995). O termo "habitação de interesse social" (HIS) refere-se àquela
originada por políticas públicas, implementadas por meio de dispositivos legais, financiadas
pelo poder público e direcionadas a famílias de baixa renda. A intervenção estatal na produção
de habitação de interesse social teve início em 1930, marcando o surgimento da habitação social
como uma questão social, refletindo a tendência internacional de intervenção estatal no
mercado de aluguéis e na produção ou financiamento de moradias (BONDUKI, 2014, p.19).
As discussões arquitetônicas sobre a demanda por habitação nas cidades estiveram
presentes nos primeiros três CIAM (Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna)
realizados em 1927 (Stutgart), 1929 (Frankfurt) e 1930 (Bruxelas), influenciando propostas de
projetos de habitação popular racionalizadas e mínimas. O ideal modernista de "habitação para
o nível mínimo de vida" (Benetti, 2012, p. 24) impactou a produção da habitação popular no
Brasil. Na virada dos anos 50, a crise urbana e habitacional se agravou com a industrialização,
acelerando o crescimento da população urbana. Em 1963, durante o Seminário de Habitação e
Reforma Urbana (SHRU), promovido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), arquitetos e
urbanistas debateram amplamente a habitação social, propondo a primeira política urbana e
habitacional do país em meio à crise político-social da época.
Os loteamentos periféricos clandestinos, as favelas e a autoconstrução representaram as
formas de moradia predominantes para os mais pobres. Para enfrentar esses desafios, a Lei
Federal nº 6.766/79, que regula o parcelamento do solo urbano, foi instituída, impondo
responsabilidades ao loteador e ao Poder Público. Definindo parâmetros legais, como
infraestrutura básica, dimensões e área mínima do lote, áreas livres de uso
público/equipamentos comunitários e sistema viário, a lei permitiu aos municípios regularizar
loteamentos já existentes. Posteriormente, a Lei nº 9.785, de 29 de janeiro de 1999, flexibilizou
a Lei nº 6.766/79, reduzindo as exigências para parcelamentos em zonas habitacionais de
interesse social (ZHIS), excluindo iluminação pública e pavimentação da infraestrutura básica,
buscando assim diminuir os custos na viabilização do parcelamento do solo para a população
de baixa renda. A partir de 2008, com o avanço das políticas públicas e programas de estímulo
à construção de moradias populares para famílias de baixa renda, o tema da habitação social
voltou a ganhar relevância (TEIXEIRA et al., 2017).
Na empreitada para a construção civil, a orçamentação desempenha um papel crucial na
viabilização e sucesso de projetos. A delimitação precisa dos custos, tradicionalmente realizada
por métodos convencionais, tem passado por uma metamorfose com a emergência de
tecnologias inovadoras, notadamente a Metodologia BIM (Building Information Modeling).
Este estudo se propõe a explorar a fundo a diferença entre a abordagem tradicional e a
metodologia BIM na orçamentação de obras, com foco específico em Habitações de Interesse
Social (HIS) no município de Palmas-TO.
A necessidade de abordagens mais precisas e eficientes no processo de orçamentação
para HIS torna-se imperativa, dada a complexidade e importância desses projetos no contexto
da construção civil. A contextualização do tema envolve a compreensão do papel central
desempenhado pelos orçamentos na consecução bem-sucedida de projetos habitacionais de
cunho social. Nesse contexto, a metodologia BIM se destaca como uma potencial revolução,
promovendo uma abordagem mais integrada e detalhada na estimativa de custos.
A problemática subjacente a esta pesquisa reside na lacuna existente no entendimento
das implicações práticas da transição da orçamentação tradicional para a metodologia BIM em
projetos específicos de HIS, considerando as peculiaridades do município de Palmas-TO. A
pergunta norteadora deste estudo indaga sobre como a adoção da Metodologia BIM impacta a
precisão e eficiência na orçamentação de obras de HIS em comparação com os métodos
tradicionais.
O objetivo geral consiste em analisar e comparar, retrospectivamente, a orçamentação
de obras de HIS em Palmas-TO, empregando a metodologia tradicional e BIM, destacando as
diferenças em termos de precisão e eficiência. Dentre os objetivos específicos, almeja-se
identificar os desafios enfrentados na orçamentação tradicional, avaliar a eficácia da
metodologia BIM na melhoria da precisão dos custos, e elucidar as mudanças práticas e de
mentalidade necessárias para a implementação bem-sucedida do BIM.
A justificativa para esta pesquisa repousa na relevância contemporânea de aprimorar os
métodos de orçamentação na construção de HIS, considerando o impacto significativo desses
empreendimentos na sociedade e a necessidade premente de otimização de recursos. A
Metodologia BIM, como catalisadora da inovação na construção civil, oferece potenciais
benefícios na precisão e eficiência da orçamentação, contudo, há uma carência de estudos
focados em contextos específicos, como os projetos habitacionais de interesse social em
Palmas-TO.
A urgência de investigações que transcendam os aspectos teóricos e abordem os desafios
práticos dessa transição é evidente, sendo esta pesquisa uma resposta a esse apelo por
conhecimento aplicado. A metodologia adotada compreende uma análise retrospectiva de casos,
envolvendo obras de HIS em Palmas-TO, utilizando dados históricos e comparando as
abordagens tradicional e BIM na orçamentação. O rigor metodológico é vital para a
confiabilidade dos resultados, alicerçando a credibilidade e utilidade prática deste estudo no
cenário da construção civil.
Habitação de interesse social
Plataforma BIM
Metodologia
Objetivos:
Específicos:
Metodologia:
Orçamentação Tradicional:
Características da Obra:
− Localização: Palmas-TO.
− Número de Unidades: 1.
− Área Total Construída: 46,16 m².
− Padrões de HIS: Conformidade com regulamentações locais para projetos de
Habitação de Interesse Social.
Metodologia de Orçamentação:
Orçamentação Tradicional:
− Custos Diretos:
• Mão de Obra.
• Materiais.
• Equipamentos.
− Custos Indiretos:
• Despesas Administrativas.
• Manutenção do Canteiro.
• Tributos.
− Lucro:
• Percentual sobre Custos Diretos e Indiretos.
Desenvolvimento do Projeto:
O projeto proposto visa desenvolver uma Habitação de Interesse Social (HIS) em
Palmas-TO, orientado pelas diretrizes da portaria nº 725, emitida pelo Ministério das Cidades.
A metodologia adotada busca integrar ferramentas de orçamentação modernas - ORSE e
Orçafascio - com o software de modelagem Revit, para maximizar a eficiência, precisão e
conformidade com os padrões urbanísticos estabelecidos.
1 Fase Inicial de Planejamento e Modelagem:
a. Seleção de Software e Ferramentas:
• Foi escolhido o Autodesk Revit como o software principal de modelagem devido
à sua capacidade de fornecer uma representação detalhada e precisa do projeto
de HIS, alinhada com as diretrizes urbanísticas do programa Minha Casa, Minha
Vida e a portaria nº 725 do Ministério das Cidades.
b. Desenvolvimento do Modelo de HIS:
• A equipe de projeto utilizou o Revit para criar um modelo tridimensional
detalhado da habitação, considerando todos os aspectos arquitetônicos e
estruturais. Este modelo serviu como base para todas as fases subsequentes de
orçamentação e análise.
2 Extração de Quantitativos com Orçafascio:
a. Integração do Modelo Revit com Orçafascio:
• Utilizando a integração do Revit com o Orçafascio, foram extraídos os
quantitativos do projeto. Esta etapa permitiu obter uma visão abrangente dos
materiais, custos e outros recursos necessários para a execução da obra.
b. Análise dos Dados Obtidos:
• Os dados extraídos foram analisados cuidadosamente para garantir sua precisão
e relevância. A equipe avaliou a conformidade dos quantitativos com as
expectativas do projeto e os padrões de construção exigidos.
3 Levantamento Convencional com ORSE:
a. Execução do Levantamento Tradicional:
• Paralelamente, foi realizado um levantamento convencional dos quantitativos
utilizando a ferramenta ORSE. Este processo envolveu a análise manual dos
elementos do projeto para determinar os quantitativos necessários.
b. Comparação com os Dados do Orçafascio:
• Os resultados obtidos através do ORSE foram comparados com aqueles
extraídos pelo Orçafascio. Essa comparação visava identificar discrepâncias,
avaliar a precisão das duas metodologias e entender as diferenças entre as
abordagens tradicional e BIM.
4 Análise Comparativa e Avaliação:
a. Eficiência e Precisão:
• Foi observado que a metodologia BIM, através do uso do Revit e Orçafascio,
apresentou maior eficiência e precisão na extração de quantitativos, reduzindo o
tempo de orçamentação para aproximadamente metade do tempo exigido pelo
método tradicional com ORSE.
b. Identificação de Desafios e Oportunidades:
• A análise destacou desafios como a curva de aprendizado para o uso eficaz do
Revit e Orçafascio, bem como a necessidade de investimento inicial em
tecnologia. No entanto, também foram identificadas oportunidades
significativas para otimização de custos e melhoria na precisão da orçamentação.
5 Conclusões e Recomendações:
a. Vantagens da Metodologia BIM:
• Foi concluído que a utilização da metodologia BIM, incorporando Revit e
Orçafascio, ofereceu vantagens substanciais sobre o método tradicional,
especialmente em termos de precisão dos quantitativos, eficiência de tempo e
redução de erros.
b. Recomendações para Futuros Projetos:
• Com base nos resultados e análises, recomendou-se a adoção contínua da
metodologia BIM em projetos futuros de HIS, considerando a necessidade de
treinamento contínuo e atualização tecnológica para maximizar os benefícios
dessa abordagem.
A prancha arquitetônica (figura 1) ilustra o ponto de partida detalhado e técnico para o
projeto de Habitação de Interesse Social (HIS) em Palmas-TO. Este conjunto de desenhos,
compreendendo plantas baixas, cortes, fachadas e uma tabela de quantitativos de material,
reflete a integração sinérgica de precisão técnica e inovação de design. A planta ressalta a
conformidade com as diretrizes urbanísticas e os padrões de qualidade estabelecidos pela
portaria nº 725 do Ministério das Cidades, assim como os requisitos específicos do programa
Minha Casa, Minha Vida.
Figura 1. Prancha arquitetônica do projeto de Habitação de Interesse Social em Palmas-TO
TABELA ORÇAMENTÁRIA
OBRA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL (HIS) - ORÇAMENTO EXTRAÍDO PELO MÉTODO TRADICIONAL
ÁREA 45 m²
ENDEREÇO PALMAS-TO
DATA nov/23
ITEM CÓDIGO BANCO DESCRIÇÃO UND QTD VALOR UNIT TOTAL PESO (%)
1 SERVIÇOS PRELIMINARES R$ 3.793,00 3,77%
LOCACAO CONVENCIONAL DE OBRA,
UTILIZANDO GABARITO DE TÁBUAS
1.1 99059 SINAPI m 45,16 R$ 52,17 R$ 2.356,00 2,34%
CORRIDAS PONTALETADAS A CADA
2,00M - 2 UTILIZAÇÕES. AF_10/2018
MARCAÇÃO DE PONTOS EM
1.2 99062 SINAPI GABARITO OU CAVALETE. un 120,00 R$ 2,10 R$ 252,00 0,25%
AF_10/2018
REGULARIZAÇÃO DO TERRENO COM
1.3 0.00023 Próprio m³ 11,00 R$ 100,00 R$ 1.100,00 1,09%
CASCALHO
LIMPEZA MECANIZADA DE CAMADA
VEGETAL, VEGETAÇÃO E PEQUENAS
1.4 98525 SINAPI ÁRVORES (DIÂMETRO DE TRONCO m² 250,00 R$ 0,34 R$ 85,00 0,08%
MENOR QUE 0,20 M), COM TRATOR
DE ESTEIRAS.AF_05/2018
2 INFRAESTRUTURA R$ 5.667,65 5,63%
ESCAVAÇÃO MANUAL PARA BLOCO
DE COROAMENTO OU SAPATA
2.1 96523 SINAPI (INCLUINDO ESCAVAÇÃO PARA m³ 15,00 R$ 77,15 R$ 1.157,25 77,92%
COLOCAÇÃO DE FÔRMAS).
AF_06/2017
COMPACTADOR DE SOLOS DE
PERCUSSÃO (SOQUETE) COM
2.2 91533 SINAPI MOTOR A GASOLINA 4 TEMPOS, CHP 6,10 R$ 29,72 R$ 181,29 12,21%
POTÊNCIA 4 CV - CHP DIURNO.
AF_08/2015
FABRICAÇÃO, MONTAGEM E
DESMONTAGEM DE FÔRMA PARA
2.3 96529 SINAPI SAPATA, EM MADEIRA SERRADA, m² 3,36 R$ 315,12 R$ 1.058,80 71,29%
E=25 MM, 1 UTILIZAÇÃO.
AF_06/2017
ARMAÇÃO DE BLOCO, VIGA
BALDRAME OU SAPATA UTILIZANDO
2.4 96546 SINAPI kg 115,40 R$ 12,06 R$ 1.391,72 93,70%
AÇO CA-50 DE 10 MM - MONTAGEM.
AF_06/2017
CONCRETAGEM DE SAPATAS, FCK 30
MPA, COM USO DE BOMBA
2.5 96558 SINAPI m³ 2,40 R$ 782,74 R$ 1.878,58 126,48%
LANÇAMENTO, ADENSAMENTO E
ACABAMENTO. AF_11/2016
3 SUPRAESTRUTURA R$ 28.861,45 28,68%
FABRICAÇÃO DE FÔRMA PARA
PILARES E ESTRUTURAS SIMILARES,
3.1 92263 SINAPI EM CHAPA DE MADEIRA m² 47,52 R$ 181,68 R$ 8.633,43 8,58%
COMPENSADA RESINADA, E = 17
MM. AF_09/2020
FABRICAÇÃO DE FÔRMA PARA
VIGAS, EM CHAPA DE MADEIRA
3.2 92265 SINAPI m² 31,04 R$ 132,25 R$ 4.105,04 4,08%
COMPENSADA RESINADA, E = 17
MM. AF_09/2020
ARMAÇÃO DE BLOCO, VIGA
BALDRAME OU SAPATA UTILIZANDO
3.3 96546 SINAPI kg 131,03 R$ 12,06 R$ 1.580,22 1,57%
AÇO CA-50 DE 10 MM - MONTAGEM.
AF_06/2017
ARMAÇÃO DE PILAR OU VIGA DE
ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO
3.4 104108 SINAPI EMBUTIDA EM ALVENARIA DE kg 231,52 R$ 11,96 R$ 2.768,98 2,75%
VEDAÇÃO UTILIZANDO AÇO CA-50 DE
10,0 MM - MONTAGEM. AF_06/2022
ARMAÇÃO DE LAJE DE ESTRUTURA
CONVENCIONAL DE CONCRETO
3.5 92771 SINAPI kg 180,66 R$ 10,15 R$ 1.833,70 1,82%
ARMADO UTILIZANDO AÇO CA-50 DE
10,0 MM - MONTAGEM. AF_06/2022
ARMAÇÃO DE VERGA E
CONTRAVERGA DE ALVENARIA
3.6 90000 SINAPI kg 43,44 R$ 11,82 R$ 513,46 0,51%
ESTRUTURAL; DIÂMETRO DE 10,0
MM. AF_09/2021
CONCRETAGEM DE BLOCOS DE
COROAMENTO E VIGAS BALDRAMES,
3.7 96557 SINAPI FCK 30 MPA, COM USO DE BOMBA m³ 2,28 R$ 776,51 R$ 1.770,44 1,76%
LANÇAMENTO, ADENSAMENTO E
ACABAMENTO. AF_06/2017
CONCRETAGEM DE PILARES, FCK = 25
MPA, COM USO DE BALDES -
3.8 103669 SINAPI m³ 1,78 R$ 983,47 R$ 1.750,58 1,74%
LANÇAMENTO, ADENSAMENTO E
ACABAMENTO. AF_02/2022
CONCRETAGEM DE VIGAS E LAJES,
FCK=25 MPA, PARA LAJES MACIÇAS
OU NERVURADAS COM USO DE
3.9 103675 SINAPI m³ 7,98 R$ 740,05 R$ 5.905,60 5,87%
BOMBA - LANÇAMENTO,
ADENSAMENTO E ACABAMENTO.
AF_02/2022_PS
4 PAREDES E FORRO DRYWALL R$ 8.968,94 8,91%
ALVENARIA DE VEDAÇÃO DE BLOCOS
CERÂMICOS FURADOS NA
HORIZONTAL DE 9X19X29 CM
4.1 103357 SINAPI m² 100,36 R$ 57,17 R$ 5.737,58 5,70%
(ESPESSURA 9 CM) E ARGAMASSA DE
ASSENTAMENTO COM PREPARO
MANUAL. AF_12/2021
FORRO EM DRYWALL, PARA
AMBIENTES RESIDENCIAIS,
4.2 96110 SINAPI m² 44,00 R$ 73,44 R$ 3.231,36 3,21%
INCLUSIVE ESTRUTURA DE FIXAÇÃO.
AF_05/2017_PS
5 REVESTIMENTO R$ 3.678,35 3,66%
REVESTIMENTO CERÂMICO PARA
PISO COM PLACAS TIPO ESMALTADA
PADRÃO POPULAR DE DIMENSÕES
5.1 93391 SINAPI m² 42,00 R$ 53,31 R$ 2.239,02 2,23%
35X35 CM APLICADA EM AMBIENTES
DE ÁREA ENTRE 5 M2 E 10 M2.
AF_02/2023_PE
REVESTIMENTO CERÂMICO PARA
PAREDES INTERNAS COM PLACAS
TIPO ESMALTADA EXTRA DE
5.2 87265 SINAPI DIMENSÕES 20X20 CM APLICADAS m² 24,35 R$ 59,11 R$ 1.439,33 1,43%
EM AMBIENTES DE ÁREA MAIOR QUE
5 M² NA ALTURA INTEIRA DAS
PAREDES. AF_06/2014
6 COBERTURA R$ 15.923,53 15,83%
ESTRUTURA TRELIÇADA DE
COBERTURA, TIPO SHED, COM
LIGAÇÕES SOLDADAS, INCLUSOS
PERFIS METÁLICOS, CHAPAS
6.1 100774 SINAPI kg 480,00 R$ 11,27 R$ 5.409,60 5,38%
METÁLICAS, MÃO DE OBRA E
TRANSPORTE COM GUINDASTE -
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
AF_01/2020_PSA
TELHAMENTO COM TELHA METÁLICA
TERMOACÚSTICA E = 30 MM, COM
6.2 94216 SINAPI m² 49,00 R$ 214,57 R$ 10.513,93 10,45%
ATÉ 2 ÁGUAS, INCLUSO IÇAMENTO.
AF_07/2019
7 PINTURA R$ 6.279,27 6,24%
PINTURA COM TINTA ALQUÍDICA DE
ACABAMENTO (ESMALTE SINTÉTICO
ACETINADO) PULVERIZADA SOBRE
7.1 100741 SINAPI m² 12,00 R$ 21,90 R$ 262,80 0,26%
SUPERFÍCIES METÁLICAS (EXCETO
PERFIL) EXECUTADO EM OBRA (POR
DEMÃO). AF_01/2020_PE
EMASSAMENTO COM MASSA LÁTEX,
APLICAÇÃO EM PAREDE, UMA
7.3 88495 SINAPI m² 188,30 R$ 11,49 R$ 2.163,57 2,15%
DEMÃO, LIXAMENTO MANUAL.
AF_04/2023
EMASSAMENTO COM MASSA LÁTEX,
7.4 88494 SINAPI APLICAÇÃO EM TETO, UMA DEMÃO, m² 44,00 R$ 19,71 R$ 867,24 0,86%
LIXAMENTO MANUAL. AF_04/2023
PINTURA LÁTEX ACRÍLICA PREMIUM,
7.5 88489 SINAPI APLICAÇÃO MANUAL EM PAREDES, m² 188,30 R$ 12,47 R$ 2.348,10 2,33%
DUAS DEMÃOS. AF_04/2023
PINTURA LÁTEX ACRÍLICA PREMIUM,
7.6 88488 SINAPI APLICAÇÃO MANUAL EM TETO, m² 44,00 R$ 14,49 R$ 637,56 0,63%
DUAS DEMÃOS. AF_04/2023
8 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS R$ 8.801,58 8,75%
8.1 0.000015 Próprio PROJETO ELÉTRICO un 1,00 R$ 1.100,00 R$ 1.100,00 1,09%
CABO DE COBRE FLEXÍVEL ISOLADO,
1,5 MM², ANTI-CHAMA 0,6/1,0 KV,
8.2 91925 SINAPI PARA CIRCUITOS TERMINAIS - m 143,00 R$ 3,13 R$ 447,59 0,44%
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
AF_03/2023
CABO DE COBRE FLEXÍVEL ISOLADO,
2,5 MM², ANTI-CHAMA 0,6/1,0 KV,
8.3 91927 SINAPI PARA CIRCUITOS TERMINAIS - m 350,10 R$ 4,22 R$ 1.477,42 1,47%
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
AF_03/2023
CABO DE COBRE FLEXÍVEL ISOLADO,
8.4 91929 SINAPI 4 MM², ANTI-CHAMA 0,6/1,0 KV, m 46,70 R$ 6,23 R$ 290,94 0,29%
PARA CIRCUITOS TERMINAIS -
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
AF_03/2023
8.20 93663 SINAPI DISJUNTOR BIPOLAR TIPO DIN, un 1,00 R$ 60,37 R$ 60,37 0,06%
CORRENTE NOMINAL DE 25A -
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
AF_10/2020
12.1 0.0000007 Próprio LIMPEZA FINAL DE OBRA m² 44,00 R$ 28,56 R$ 1.256,64 1,25%
Orçamento Sintético
Item Descrição Und Quant. Valor Unit Total Peso (%)
com BDI
2 INFRAESTRUTURA 5.667,65 6%
7 PINTURA 6.279,27 6%
11 ESQUADRIAS 6.253,26 6%
R$ 100.612,22 100%
_______________________________________________________________
Tayllanderson Marinho de Castro
Considerações Finais
A elaboração do orçamento para uma obra de Habitação de Interesse Social (HIS) no
município de Palmas-TO, utilizando as metodologias tradicional e BIM, revela nuances
importantes no processo de planejamento financeiro. A abordagem tradicional, embora
consolidada, apresenta desafios inerentes à sua natureza, como maior propensão a imprecisões
devido à limitada visibilidade sobre todos os elementos do projeto desde as fases iniciais. A
margem de 10% para contingências e lucro é uma prática comum nesse contexto.
Por outro lado, a metodologia BIM destaca-se por proporcionar uma representação
virtual detalhada da obra, permitindo uma estimativa mais precisa dos custos. A margem
reduzida de 5% reflete a confiança maior nas informações geradas pelo BIM. Esta abordagem
não apenas considera os custos diretos, mas também integra eficientemente os custos indiretos,
proporcionando uma visão mais holística e evitando surpresas no decorrer da execução do
projeto. Vale ressaltar que, para maximizar os benefícios do BIM, é fundamental que todos os
envolvidos no processo de construção estejam alinhados com essa metodologia desde as fases
iniciais do projeto. A mudança para uma abordagem mais colaborativa e digital pode exigir
ajustes nas práticas tradicionais, mas os benefícios em termos de precisão e eficiência valem o
investimento.
Em resumo, a escolha entre a metodologia tradicional e BIM para a orçamentação de
uma obra de HIS em Palmas-TO envolve considerações detalhadas sobre a complexidade do
projeto, a disponibilidade de informações e a disposição da equipe para adotar práticas mais
inovadoras. Ambas as abordagens têm méritos, mas a tendência atual destaca a eficácia e a
precisão oferecidas pelo BIM como um diferencial valioso na construção civil contemporânea.
Referências
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editora Rio Books, 2012.
DIAS, P. R. V. Engenharia de custos: uma metodologia de orçamentação para obras civis. 9. ed.
[Rio de Janeiro: s. n.], 2011. Disponível em:
http://paulorobertovileladias.com.br/wp/collection.html. Acesso em: 12 dez. 2023.
EASTMAN, C.; TEICHOLZ, P.; SACKS, R.; LISTON, K. Manual de BIM: um guia de
modelagem da informação da construção para arquitetos, engenheiros, gerentes, construtores e
incorporadores. Porto Alegre: Bookman, 2014.
_____. BIM 3D, 4D, 5D e 6D, Pini Blogs: Engenharia de custos, São Paulo, p.[1-6], 17 dez.
2014. Disponível em: http://blogs.pini.com.br/posts/Engenharia-custos/bim-3d-4d-5d-e-6d-
335300-1.aspx. Acesso em: 12 dez. 2023.
PINI. TCPO: tabelas de composição de preços para orçamentos. 14. ed. São Paulo, 2012.
TISAKA, M. Orçamento na construção civil: consultoria, projeto e execução. 2. ed. rev. e ampl.
São Paulo: Pini, 2011.