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FORTALEZA-CEARÁ
2019
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FORTALEZA-CEARÁ
2019
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BANCA EXAMINADORA
__________________________________________________________________________
RESUMO
ABSTRACT
The present study aimed to identify the national scientific publications, covering the
period from 2008 to 2016, on popular practices carried out during the puerperium.
However, it was decided to perform a literature review in the narrative modality,
developed through the reading of five scientific articles, from the search in the
databases of the digital library: Scientific Electronic Library Online (SCIELO), using
as inclusion criteria: articles available in full, published between 2008 and 2016, in
Portuguese language, and that, in fact, presented relevance with the subject in
question. The studies made possible the creation of four categories: "Guidelines for
the care of puerperal women performed by health professionals", "Obstetric nursing
care for women in the puerperium", "Popular care for puerperal women" and "Care
given to puerperal women performed by health professionals breastfeeding and care
of the umbilical stump ". Some care in this period is carried out by influences, beliefs
and practices that are passed on by generations, thus requiring the preparation,
efforts and knowledge of health professionals to understand the different popular
customs during this period. There are the following popular precautions: no cold or
hot temperatures are exposed, women who pass all the shelter without washing their
hair, they claim that such an attitude could break the shelter and lead to "madness".
Respect for quarantine extends even to sexual activities. In this study the participants
claimed that the cotton dye and the plastil, increased the production of milk. In
relation to the fissure and breast engorgement, they used banana peel and papaya
for healing. It was noticed that some divergent care occurred and others agree with
the literature, as divergence we have the use of papaya peel and banana in the
breasts and concordant we have the preservation of body temperature, avoiding cold
temperatures.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................8
2 OBJETIVO.......................................................................................................................11
2.1 OBJETIVO GERAL..................................................................................................11
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.....................................................................................11
3 METODOLOGIA............................................................................................................12
3.1 TIPO E NATUREZA DA PESQUISA......................................................................12
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES...................................................................................14
4.1 ORIENTAÇÕES DE CUIDADOS ÀS PUÉRPERAS REALIZADOS POR
PROFISSIONAIS DA SAÚDE ...........................................................................................17
4.2 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM OBSTÉTRICA À MULHER NO PUERPÉRIO
...............................................................................................................................................18
4.3 CUIDADOS POPULARES DAS PUÉRPERAS ...........................................................19
4.4 CUIDADOS PRESTADOS ÀS PUÉRPERAS, REALIZADOS POR PROFISSIONAIS
DA SAÚDE NO ALEITAMENTO MATERNO E NO CUIDADO COM O COTO
UMBILICAL........................................................................................................................20
5 CONCLUSÃO....................................................................................................................23
REFERÊNCIAS...................................................................................................................24
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1 INTRODUÇÃO
Essa temática despertou a atenção da pesquisadora, devido à vivência das
consultas puerperais realizadas no campo de estágio durante o período da
graduação, na unidade de atenção a saúde, onde as puérperas não se sentiam
preparadas com os cuidados repassados pelos profissionais de saúde, sendo mais
fácil seguir as orientações e crenças populares dos seus parentes e vizinhos para
seu autocuidado.
Na formação dos profissionais de saúde devem englobar características
técnicas e científicas agregando a realidade da comunidade que estão inseridos com
o intuito de desenvolver seu papel de forma sensível. Devem conhecer as práticas e
crendices populares relacionando ao processo saúde-doença, e compreender os
seus valores, convicções e costumes (OLIVEIRA et al., 2006)
O surgimento do conhecimento popular é devido à necessidade de resolver
problemas imediatos, pelo fato de darem certo, as mesmas se transformam em seus
princípios onde é adquirido de forma empírica e passado de geração para geração
(KOCHE, 1997). Quando as mulheres do Brasil e principalmente as do Nordeste são
desfavoráveis economicamente, tendem a recorrer aos cuidados populares, com
intuito de obter benefícios, prevenir e solucionar rapidamente os seus problemas
(OLIVEIRA et al., 2006).
Contudo, fica claro que o enfermeiro tem o papel de conhecer as duas
vertentes, que é o conhecimento cientifico do puerpério e os conhecimentos
populares, atendendo a mulher em sua totalidade. Logo, esse período as mulheres
apresentam alteração física e emocional, onde vivencia as expectativas que foram
formadas durante a gestação e a realidade do período pós-parto. O período do
puerpério pode ser dividido em: imediato (do 1° ao 10° dia), tardio (do 11° ao 45°
dia) e remoto (a partir do 45° dia), onde ocorre e um período de maior
vulnerabilidade psíquica. Devida à alta fragilidade feminina, o Ministério da Saúde
implantou em 1983 o Programa Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher
(PAISM), com a finalidade de prestar atenção integral em todos os níveis
(ANDRADE et al., 2015).
Estratégias como o Programa de Humanização do Parto e Nascimento
(PHPN), no ano de 2002, prioriza a qualidade do serviço prestado durante a
gestação, parto e o puerpério. Logo, o puerpério passou a ser incluído com máxima
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atenção aos serviços de saúde, com o intuito de alcançar o objetivo de levar para a
mãe e o neonato a saúde plena (ANDRADE et al., 2015).
Algumas alterações emocionais são manifestadas no puerpério, por conta de
alguns fatores, tais como: separação mãe e bebê; o não retorno imediato do corpo;
materno ou baby blues que acomete cerca de 50 a 70 % das puérperas, surge em
torno do terceiro dia do pós-parto e tem uma duração média de duas semanas. A
puérpera fica mais emotiva, tem alteração do humor e surge sentimento de
incapacidade; a depressão que atinge cerca de 10 a 15% das puérperas. As
mesmas não conseguem conciliar o sono, tem alteração de apetite, pensamento de
morte, ideias suicidas e rejeição do bebê; Na amamentação tem receio de ficar
ligadas ao bebê e existe a preocupação com a estética das mamas (BRASIL, 2006).
Para que os profissionais possam intervir e ajudar as puérperas, seria
indispensável o retorno das mesmas para as consultas, contrariando o que
Ministério sugere, uma pesquisa mostrou que no ano de 2001 e 2002, das mulheres
inscritas no SISPRENATAL foram acompanhadas nesse período e que tinham seis
consultas de pré-natal, apenas 6,47 e 9,43% retornaram para o serviço de saúde
para a consulta do pós-parto, respectivamente (SANTOS, 2013).
Desta forma, as consultas no período puerperal, visa diminuir os riscos de
hemorragias, infecções, o profissional deve realizar anamnese de qualidade, deverá
verificar o cartão de vacina, confirmar se durante a gravidez a mesma teve alguma
intercorrência, se a gestante recebeu as devidas orientações sobre sífilis, HIV e se
está fazendo uso de alguma medicação (GOMES; NEVES, 2011).
Durante a consulta deve ser ressaltado a importância do aleitamento materno
e os cuidados necessários com a mama; orientar sobre atividade física; alimentação;
atividade sexual, mostrar a necessidade de prevenção das doenças sexualmente
transmissíveis; cuidados com recém-nascido; direitos trabalhistas; planejamento
familiar, ajudando a mulher escolher a melhor forma de métodos contraceptivos;
dentre outras orientações (GOMES; NEVES, 2011).
Desta forma, fica claro que a atenção pré-natal e puerperal feito com
qualidade e humanizada se dá através da integralidade de condutas acolhedoras e
sem interferências desnecessárias, prestando a assistência de qualidade e
integrando todos os níveis da atenção: promoção, prevenção e assistência à saúde
da gestante e do recém-nascido, do atendimento básico ao atendimento hospitalar
de alto risco.
10
2 OBJETIVO
3 METODOLOGIA
.
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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Obedecendo aos critérios de inclusão previamente estabelecidos na
metodologia, o resultado dessa revisão de literatura narrativa conta com uma
amostra composta por 5 estudos científicos. Desse modo, estes foram numerados
em ordem de acordo com os autores e ano de publicação, título, periódico e
resultados/considerações, foram alocados em um quadro os aspectos importantes a
serem analisados na revisão foram alocados em um quadro, conforme exposto no
quadro 01.
Quadro 01: Caracterização dos estudos quanto aos autores, título, periódico/ano e
resultados/considerações da publicação compreendidos no período de 2008 a 2016.
A3- BERNARDI; Poder vital de Texto Contexto Constatou-se que na visita domiciliar os
CARRARO. puérperas Enfermagem, cuidados realizados, orientados e
durante o Florianópolis, discutidos no decorrer das visitas oscilam
cuidado de 2014. entre a neutralidade, positividade e
enfermagem no negatividade. Apontando para a
domicílio. necessidade das ações em que a
enfermagem pode desempenhar
empoderando a mulher e tornando o seu
poder vital de forma positiva, durante a
realização do cuidado no domicílio.
5 CONCLUSÃO
O período puerperal é visto como o momento de sensibilidade das mulheres,
desta forma os profissionais precisam ser compromissados na avaliação e no
cuidado com as mesmas. Como profissionais, não devemos desconsiderar o
contexto social em que cada mulher é inserida, devemos ampliar a abordagem
profissional. Sabendo que as mulheres se sentem mais fragilizadas, devido às
mudanças e responsabilidades, é importante o vínculo do profissional com a
paciente para estreitar os laços e permitir uma melhor comunicação.
Assim, as práticas populares realizadas por mulheres durante o período
puerperal: não se expõe as temperaturas frias ou quentes, tem mulheres que
passam todo o resguardo sem lavar os cabelos, as mesmas alegam que tal atitude
poderá quebrar o resguardo e, levar a “loucura”. Durante a quarentena as mulheres
evitam ter atividades sexuais. Nesse estudo as participantes alegaram que a tintura
de algodoeiro e o plasil, aumentava a produção do leite. Em relação à fissura e
ingurgitamento mamário, as mesmas utilizavam casca de banana e mamão para
cicatrização.
Nesse período se tem as principais situações de morbidade e mortalidade
materna e neonatal que acontecem principalmente na 1ª semana após o parto, por
isso se faz necessário o retorno da mulher ao serviço para retirar as duvidas e
identificar intercorrências.
O cuidado dos profissionais nesse período deve ser de forma integral,
respeitando o contexto sociocultural, buscando compreender suas crenças e a
capacidades de realizar o autocuidado. Esses cuidados persistem de gerações para
gerações, necessitando, portanto de preparo, esforços e conhecimentos dos
profissionais da saúde para entender os diferentes costumes populares.
As orientações sobre os conhecimentos científicos devem ser passados para
as mulheres de forma clara, com o vocabulário em que as mesmas entendam e que
seja acessível, no intuito de reforçar a educação em saúde, pois a imposição gera
afastamento das mulheres para o profissional, é preciso dar espaço para à
concordância e troca de saberes.
Os profissionais que conhecem as práticas populares quebram barreiras e
contribuem para o processo de educação em saúde, a comunicação se torna mais
fácil, incentiva às práticas saudáveis e, desestimula as inadequadas, atendendo as
necessidades individuais de cada mulher.
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6 REFERÊNCIAS