O documento discute como alguns usam versículos bíblicos fora de contexto para justificar a violência doméstica contra mulheres. Muitas mulheres cristãs aceitam o abuso com medo de desobedecer a palavra de Deus ou serem julgadas na igreja. Dados mostram que 40% das mulheres que sofrem agressões em casa são evangélicas.
O documento discute como alguns usam versículos bíblicos fora de contexto para justificar a violência doméstica contra mulheres. Muitas mulheres cristãs aceitam o abuso com medo de desobedecer a palavra de Deus ou serem julgadas na igreja. Dados mostram que 40% das mulheres que sofrem agressões em casa são evangélicas.
O documento discute como alguns usam versículos bíblicos fora de contexto para justificar a violência doméstica contra mulheres. Muitas mulheres cristãs aceitam o abuso com medo de desobedecer a palavra de Deus ou serem julgadas na igreja. Dados mostram que 40% das mulheres que sofrem agressões em casa são evangélicas.
Sob o argumento de que a submissão é bíblica, cada vez mais
mulheres têm sido alvo de violência doméstica “Mulheres, sujeitem-se a seus maridos, pois ele é o cabeça da mulher” (Ef 5:22,23). “As vossas mulheres estejam caladas nas igrejas. Se querem aprender, interroguem em casa a seus próprios maridos” (I Co 14:26,35). Esses dois versículos bíblicos são usados por aproveitadores que, em nome da fé, interpretam o texto de forma isolada para atacar e humilhar suas esposas, dentro de casa, com palavras de desprezo, gritos, xingamentos e agressões físicas. Muitas mulheres cristãs, por não terem o entendimento correto do significado do que Paulo quis transmitir, sentem-se menosprezadas. Com medo das ameaças dos maridos ou de se exporem diante da igreja, elas aceitam o abuso, não denunciam e optam por viver a dor da falsa submissão, que não passa de distorção de uma fé jamais ensinada por Jesus. Os dados reveleram que 40% das mulheres que se declaram sujeitas a agressões físicas e verbais de seus maridos são evangélicas. Temerosas de desobedecerem à Palavra de Deus, ficam divididas entre a fé e a denúncia. Não sabem se oram ou se procuram a polícia. Se recorrem aos líderes religiosos ou a uma delegacia. Mas o próprio Paulo diz que em Cristo não há judeu ou grego, escravo ou livre, homem ou mulher, rico ou pobre, mas somos todos iguais perante Ele. Basta ver como Jesus tratava as mulheres. Acho que quem levanta esse assunto (normalmente homens ciumentos de sua liderança) está procurando pretexto para subjugar a mulher. A submissão é sempre de alguém que desenvolve uma missão ao lado de, e não sob alguém. Aliás, a recomendação do Evangelho é que sejamos submissos uns aos outros em amor.
a carta de Paulo aos Efésios foiescrita dentro de um contexto,
e não se pode ler apenas um versículo e aplicá-lo naíntegra na vida de uma família, da esposa. “Conheço mulheres cristãs e não cristãs que sofrem abusos e violências dentro de casa” – “O termo submisso trata do que está debaixo de uma missão. Imediatamente depois de falar de submissão, Paulo apresenta a missão sob a qual a mulher deve submeter-se. Ele define que a missão do marido é amar sua esposa. Logo, a mulher deve permitir-se ser amada por esse marido; isso sim é ser submissa. Ninguém vai destruir o próprio corpo porque ama o Família próprio corpo; do mesmo modo, o homem por amar sua esposa. No Evangelho não há espaço para inferioridade. Jesus colocou todos no mesmo nível, com responsabilidades diferentes. E ele compara o marido com Cristo e faz uma relação de Cristo como cabeça, porque qualquer relacionamento humano precisa de uma referência, e o casamento cristão tem a referência de Cristo e da Igreja. Em Gênesis, Deus estabelece, no Éden, a figura masculina como liderança da casa, o que não coloca o homem em superioridade à mulher, nem a mulher para ser submissa a ponto de o homem humilhá-la e ele ter a palavra final nos assuntos dentro de casa”, observa. Paulo disse que as mulheres devem ficar caladas na igreja porque em Corinto elas estavam causando desordem e interrompendo o culto para fazer perguntas. O apóstolo não estava ordenando o silêncio em todas as situações na igreja. Tanto em português como no grego original, “falar” é um verbo muito geral, que pode ter vários significados, como falar em público – que engloba ensinar, pregar, profetizar, orar. Ou conversar, perguntar, tagarelar sobre assuntos corriqueiros, sem parar. Um pouco antes, em I Coríntios 11:5, ele fala sobre como as mulheres devem orar e profetizar com decência na igreja. Por isso, o falar em público não é totalmente proibido. O contexto da passagem enfatiza a importância da ordem e da paz na igreja.
800 INQUÉRITOS POLICIAIS
O equívoco de que cabe à mulher o sucesso do casamento é desfeito pela psicopedagogae neuroterapeuta Cris Barcelos, do Centro de Tratamento para Família, em Vila Velha (ES). “Efésios 5:25 diz que o marido