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Agradeço aos irmãos William Carvalho, Leandro Hüttl Dias e Augustus Nicodemus,
que contribuíram de forma direta ou indireta para a construção de cada um desses
argumentos. Neste artigo, estão parte da argumentação destes irmãos somados aos
meus argumentos.
Tempos difíceis são os que vivemos, onde a Bíblia tem sido colocada abaixo da
cultura e da ideologia mundana. O “pastorado feminino” é um exemplo disso, pois,
além de deturpar os textos bíblico, acrescenta pontos influenciados pela cultura anti-
Deus, alterando a ordem perfeita da criação.
Nesse pequeno livreto, pretendo trazer quatro argumentos mais do que suficientes para
derrubar esse castelo de cartas chamado ministério “pastoral feminino”.
Antes de mais nada, gostaria de destacar que não existe ministério pastoral masculino
e ministério pastoral feminino. Existe, à luz das Escrituras, ministério pastoral e suas
especificações e condições. “Mas isso não é machismo?” Não! É Bíblia. Dizer que
Jesus encarnou como um ser humano do sexo masculino seria então machismo
também? Indagar isso é como dizer que Deus teria que enviar um Redentor e uma
“redentora” para apaziguar os reclames feministas (que já contaminou muitos homens)
ou então distorcer o gênero de Jesus, como alguns têm afirmado, dizendo que ele era
um “não-binário” – isso se configura como blasfêmia!
Mulheres também têm ministérios, é claro! Mas os que são bíblicos, assim como para
os homens. Para alguns ministérios não há especificação de papéis separados, mas
outros sim, também em função do reflexo da família e o exemplo para ela, como é o
caso do ministério pastoral.
1º ARGUMENTO:
Os defensores do pastorado feminino costumam usar esse texto para embasar a ideia
de que Deus chama homens e mulheres para o ministério pastoral. Mas existe um
problema: esse texto não fala absolutamente nada sobre ministério pastoral. Nem
o verso supracitado, nem mesmo o contexto.
Paulo, o autor desse texto inspirado pelo Espírito Santo, tratava com os Gálatas acerca
do assunto “salvação”. Veja o contexto:
Com isso, concluímos que em nenhum momento temos a citação de algo relacionado
ao ministério pastoral ou de qualquer tipo de igualitarismo. Usar esse texto para
defender o ministério pastoral feminino é fazer algo que já faziam na época do
apóstolo Pedro:
“Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos
difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as
outras Escrituras, para sua própria perdição.”
[ 2 Pedro 3:16 ]
2º ARGUMENTO:
Paulo ensina a Timóteo que para uma pessoa ser pastor de uma igreja, é necessário
preencher alguns requisitos. Dentre eles, temos:
PRIMEIRO REQUISITO:
“Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a
modéstia. Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa,
terá cuidado da igreja de Deus?”
[ 1 Timóteo 3:4-5 ]
Uma “pastora” NÃO pode cumprir esse requisito, uma vez que o chamado para
governar o lar foi dado ao HOMEM e não a mulher – basta olhar o aspecto criacional
de Deus em Gênesis.
Paulo garante esse pensamento no texto abaixo:
Não existe “pastorA”, a menos que se prove que Deus apoia que a mulher seja
“marido” de outra mulher. Nenhum papel de autoridade sobre os homens, seja na
igreja ou no matrimônio, é permitido às mulheres na Bíblia. Esse papel foi designado
aos homens – o esposo e também o pastor. A Bíblia não menciona “bispas”,
“pastoras” ou “presbíteras”, nem mesmo “sacerdotisas”. Isso não significa que a
mulher é inferior, como afirmam alguns filhos e filhas do diabo. Deus apenas
instituiu funções diferentes, “cada um no seu quadrado”.
3º Argumento:
Posto isso, fica claro que aqueles que usam desse texto distorcem o que a Bíblia
ensina. São falsos profetas e falsas “profetisas”.
Esse argumento já é suficiente para mostrar que o suposto “ministério pastoral
feminino” é insustentável pela Bíblia. Não há amparo nenhum!
4º Argumento:
O último argumento é, assim como os outros, sobre uma mulher de Deus do Antigo
Testamento. Débora, mulher profetisa, juíza sobre Israel, muito citada pelos
defensores do pastorado feminino para embasar a ideia de que ela era alguém que
exercia um ofício equiparado ao ministério pastoral.
O fato da Bíblia mencionar em histórias a maneira como Deus usou algumas pessoas
em épocas específicas para propósitos específicos não faz disso uma norma para a
igreja, no contexto de Nova Aliança. Existe na Bíblia dois tipos de textos:
Narrativa: “E Davi saltava com todas as suas forças diante do Senhor; e estava Davi
cingido de um éfode de linho” [2 Samuel 6.14]
No caso de Débora, temos a narrativa sobre uma mulher que exercia uma profissão
muito importante em Israel, mas que, assim como o exemplo de Davi dançando, não
deve ser imposto sobre a Nova Aliança.
O fato de que Deus transmitiu sua mensagem através de uma mulher não faz dela um
oficial da Igreja. Estamos falando sobre uma história narrada, não sobre uma norma.
Até porque, há outros requisitos no Novo Testamento para o ministério pastoral
conforme explicado no argumento 2.
Se assim fosse, poderíamos usar o exemplo da Jumenta de Balaão como um tipo de
“pregadora”, e a partir dessa história, começarmos a ordenar jumentas ao ministério
pastoral também – é ironia, claro, mas seguindo a mesma lógica dos que defendem
Débora como “um tipo de pastora”, cabe perfeitamente.
Além disso, no caso de Débora, vemos que ela foi juíza em Israel num tempo em que
não existiam reis e nem mesmo o sacerdócio funcionava.
Conclusão:
1. O texto que mostra Débora como juíza e profetisa é uma história, uma narrativa.
Portanto, não deve ser aplicado (de maneira nenhuma) como base de norma na
Nova Aliança.
2. Ainda assim, vale lembrar também que Débora não exercia autoridade sobre o
povo como um rei ou um sacerdote. Em momento algum ela foi ordenada e
recebeu do Senhor a autoridade de “liderar”.
O “pastorado feminino” é um dos pecados cometidos não só por “pastoras”, mas por
todos os que são coniventes com essa atitude de rebeldia. É ir contra a ordem
estabelecida por Deus para reger sua igreja.
Cremos que o “pastorado feminino” não tem amparo bíblico algum, além de desonrar
Cristo e a igreja, faz de Deus um ser bipolar, que hora diz chamar apenas homens ao
ministério, mas que de vez em quando abre brechas para chamar também mulheres.
Não é esse o Deus das Escrituras. Ele é imutável, e em seus planos nunca estabeleceu
o “pastorado feminino”.
Que Deus nos dê ânimo, disposição, ousadia e coragem para denunciar os males da
igreja moderna, principalmente o “pastorado feminino”.