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John Smyth

BREVE CONFISSÃO DE FÉ BATISTA DE (1609)


CREMOS COM O CORAÇÃO E CONFIADAMENTE CONFESSAMOS COM A
BOCA:

I. Que existe um Deus, o melhor, o mais alto e o mais glorioso Criador e


Preservador de todos; que é Pai, Filho e Espírito Santo.

II. Que Deus criou e redimiu a raça humana à sua própria imagem, e
ordenou a todos os homens (ninguém sendo reprovado) em vida.

III. Que Deus não impõe nenhuma necessidade de pecar a quem quer
que seja; mas que o homem livremente, pela instigação satânica, se
afasta de Deus.

IV. Que a lei da vida foi originalmente colocada por Deus na guarda da
lei; então, por causa da fraqueza da carne, foi, pelo bom prazer de Deus,
através da redenção de Cristo, transformada em justificação de fé; em
cujo relato, ninguém deve culpar justamente a Deus, mas sim, com seu
coração mais íntimo, reverenciar, adorar e louvar sua misericórdia, que
Deus deveria ter tornado isso possível ao homem, pela sua graça, que
antes, desde que o homem havia caído, era impossível por natureza.
V. Que não há pecado hereditário, mas todo pecado é real e voluntário,
isto é, uma palavra, uma ação ou um desígnio contra a lei de Deus;
portanto, às crianças não se imputa pecado.

VI. Que Jesus Cristo é Deus verdadeiro e homem verdadeiro; isto é, o


Filho de Deus levando a si mesmo, além disso, a natureza verdadeira e
pura de um homem, de uma verdadeira alma racional e existente em um
verdadeiro corpo humano.

VII. Que Jesus Cristo, como pertencente à carne, foi concebido pelo
Espírito Santo no ventre da Virgem Maria, depois nasceu, foi
circuncidado, batizado, tentado; também que tinha fome, tinha sede,
comia, bebia, aumentava tanto em estatura como em conhecimento; ele
se cansou, dormiu, finalmente foi crucificado, morto, ressuscitado, subiu
ao céu; e isso para si mesmo como único Rei, Sacerdote e Profeta da
igreja, todo poder no Céu e na Terra é dado.

VIII. Que a graça de Deus, através da redenção final de Cristo, deveria ser
preparada e oferecida a todos sem distinção, e não em fingimento, mas
de boa fé, em parte pelas coisas feitas, que declaram as coisas invisíveis
de Deus, e em parte pela pregação do Evangelho.

IX. Que os homens, pela graça de Deus através da redenção de Cristo,


são capazes (o Espírito Santo, pela graça, sendo antes para eles graça
preveniente) de se arrepender, crer, recorrer a Deus e alcançar vida
eterna; por outro lado, eles podem resistir ao Espírito Santo, afastar-se
de Deus e perecer para sempre.

X. Que a justificação do homem perante o tribunal divino (que é o trono


da justiça e da misericórdia) consiste em parte da imputação da justiça
de Cristo apreendida pela fé e em parte da justiça inerente, nos santos,
pela operação do Espírito Santo, que se chama regeneração ou
santificação. Uma vez que alguém é justo, que faça justiça.
XI. Que a fé, destituída de boas obras, é vã; mas a fé verdadeira e viva se
distingue pelas boas obras.

XII. Que a igreja de Cristo é uma corporação dos fiéis; batizados após
confissão de pecado e de fé, dotados do poder de Cristo.

XIII. Que a igreja de Cristo tem o poder delegado para anunciar a palavra,
administrar os sacramentos, nomear ministros, negando-os e
excomungando-os; mas o último apelo é para os irmãos do corpo da
igreja.

XIV. Esse batismo é o sinal externo da remissão de pecados, de morrer e


de ser vivificado e, portanto, não pertence aos infantes.

X. Que a Ceia do Senhor é o sinal externo da comunhão de Cristo e dos


fiéis entre eles pela fé e pelo amor.

XVI. Que os ministros da igreja são, não apenas os bispos ("Epíscopos"),


aos quais é dado o poder de dispensar a palavra e os sacramentos, mas
também os diáconos, os homens e as viúvas, que atendem aos assuntos
da Igreja, os irmãos pobres e doentes.

XVII. Que os irmãos que perseveram nos pecados conhecidos por si


mesmos, após a terceira admoestação, devem ser excluídos da
comunhão dos santos pela excomunhão.

XVIII. Que os que são excomungados não devem ser evitados no que diz
respeito a negócios mundanos (civile commercium).
XIX. Que os mortos (o ser vivo mudando instantaneamente) voltarão a
surgir com os mesmos corpos; não a substância, mas as qualidades
mudadas.

XX. Que depois da ressurreição, todos serão levados ao tribunal de


Cristo, o juiz, para serem julgados segundo as suas obras; o piedoso, após
a sentença da absolvição, gozará da vida eterna com Cristo no céu; os
ímpios condenados, serão punidos com tormentos eternos no inferno
com o diabo e seus anjos.

Fonte (inglês): http://www.reformedreader.org/ccc/scof.htm

Traduzido em Português por Ícaro Alencar de Oliveira em 15 de março de


2018.
Rio Branco, Acre, Brasil.

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