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Esse tem sido um dos temas mais controversos ao longo dos anos, e que
lamentavelmente muitos têm respondido de uma maneira emocional e não através
da análise bíblica. Aqueles de nós que crescemos no catolicismo sempre ouvimos
que o suicídio é um pecado mortal que irremediavelmente envia a pessoa para o
inferno. Para muitos que têm crescido com essa posição, é impossível despojar-se
dessa ideia.
Outros têm estudado o tema e, depois de fazê-lo, concluem que nenhum cristão
seria capaz de acabar com sua própria vida. Há outros que afirmam que um
cristão poderia cometer suicídio, mas perderia a salvação. E ainda outros pensam
que um cristão poderia cometer suicídio em situações extremas, sem que isso o
conduza à condenação.
1. Todo aquele que comete suicídio, sob qualquer circunstância, vai para o inferno
(posição Católica Tradicional).
2. Um cristão nunca chega a cometer suicídio, porque Deus impediria.
3. Um cristão pode cometer suicídio, mas perderá sua salvação.
4. Um cristão pode cometer suicídio, sem que necessariamente perca sua
salvação.
A primeira dessas quatro posições foi basicamente a única crença até a época da
Reforma, quando a doutrina da salvação (Soteriologia) começou a ser melhor
estudada e entendida. Nesse momento, tanto Lutero como Calvino concluíram
que eles não podiam afirmar categoricamente que um cristão não poderia cometer
suicídio e/ou o que se suicidava iria ser condenado. Na medida em que a
salvação das almas foi sendo analisada em detalhes, muitos dos reformadores
começaram a fazer conclusões, de maneira distinta, sobre a posição que a Igreja
de Roma tinha até então.
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09/08/2016 Ministério Fiel
Gostaríamos de enfatizar que, se alguém que vive uma vida consistente com a fé
cristã comete suicídio, teríamos que nos perguntar antes de ir mais além, se
realmente essa pessoa evidenciava frutos de salvação, ou se sua vida era mais
uma religiosidade do que qualquer outra coisa. Eu acho que, provavelmente, esse
seria o caso da maioria dos suicídios dos chamados cristãos.
Apesar disso, cremos que, como Jó, Moisés, Elias e Jeremias, os cristãos podem
se deprimir tanto a ponto de quererem morrer. E se esse cristão não tem um
chamado e um caráter tão forte como o desses homens, pensamos que pode ir
além do mero desejo e acabar tirando a própria vida. Nesse caso, o que Deus
permitir acontecer pode representar parte da disciplina de Deus, por esse cristão
não ter feito uso dos meios da graça dentro do corpo de Cristo, proporcionados
por Deus para a ajuda de seus filhos.
estamos esperando pelo momento apropriado para ir orar e pedir tal perdão.
A realidade sobre isso é que, quando Cristo morreu na cruz, ele pagou por nossos
pecados passados, presentes e futuros, como já dissemos. Portanto, o mesmo
sacrifício que cobre os pecados que permanecerão conosco até o momento de
nossa morte é o que cobrirá um pecado como o suicídio. A Palavra de Deus é
clara em Romanos 8:38 e 39: “Porque eu estou bem certo de que nem a
morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do
presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a
profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de
Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”.Note que o texto diz que
“nenhuma outra coisa criada”. Esta frase inclui o próprio crente. Notemos também
que essa passagem fala que “nem as coisas do presente, nem do
porvir”, fazendo referência às situações futuras que ainda não vivemos. Por outro
lado, João 10:27-29 nos fala que ninguém pode nos arrebatar da mão de nosso
Pai, eFilipenses 1:6 diz que “aquele que começou a boa obra em vós, há de
completá-la até o dia de Cristo Jesus”. Concluindo:
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Como você pode ver, não é tão fácil estabelecer uma posição categórica sobre o
suicídio e a salvação. Tudo o que podemos fazer é raciocinar através de verdades
teológicas claramente estabelecidas, a fim de chegar a uma provável conclusão
sobre um fato não estabelecido de forma definitiva. Portanto, quanto mais
coerentemente teológico for meu argumento, mais provável será a conclusão que
eu chegar. Agostinho tinha razão ao dizer: “Naquilo que é essencial, unidade;
naquilo que é duvidoso, liberdade; e em todas as coisas, caridade”. Minha
recomendação é que você possa fazer um estudo exaustivo, outra vez ou pela
primeira vez, acerca de tudo o que Deus disse sobre a salvação, que é muito mais
importante que o suicídio, que é quase nada.
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Autor
Miguel Núñez
Miguel Núñez é pastor da International Baptist Church e presidente do
Ministério Wisdom and Integrity em São...
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