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1.2 – Sobreaviso:
Art. 5º: Sempre que for imprescindível à continuidade operacional durante as 24 horas
do dia, o empregado com responsabilidade de supervisão das operações previstas no
art. 1º, ou engajado em trabalhos de geologia de poço, ou, ainda, em trabalhos de apoio
operacional às atividades enumeradas nas alíneas "a" e "b" do §1º do art. 2º, poderá ser
mantido no regime de sobreaviso.
- Definição de salário-básico:
Art. 6º, parágrafo único: Considera-se salário-básico a importância fixa mensal
correspondente à retribuição do trabalho prestado pelo empregado na jornada normal de
trabalho, antes do acréscimo de vantagens, incentivos ou benefícios, a qualquer título.
- Definição de esporte:
Toda forma de atividade predominantemente física que, de modo informal ou organizado,
tenha por objetivo a prática de atividades recreativas, a promoção da saúde, o alto
rendimento esportivo ou o entretenimento (Lei 14.597/23 art. 1º, §1º).
Para ser considerado um trabalhador esportivo profissional, o esporte deve ser sua
principal atividade remunerada.
No entanto, o art. 82 da LGE estabelece que a atividade assalariada (isto é, o vínculo
empregatício) não é a única forma de caracterização desta profissionalização do
trabalhador, sendo possível também definir como profissional quem é remunerado por
meio de contratos de natureza cível (Art. 82).
Esta regra permite, em tese, a terceirização ou "pejotização" do atleta, visto que não
necessariamente ele seria um empregado da organização esportiva.
Outro ponto importante é que a LGE veda que o trabalhador seja sócio ou acionista da
própria organização esportiva "tomadora" dos seus serviços.
A LGE diferencia o "vínculo trabalhista" do "vínculo esportivo" e, deixa claro que o vínculo
esportivo não caracteriza o vínculo de emprego. Exemplo disso é a possibilidade de
existir vínculo meramente esportivo entre a organização esportiva e o menor de 12 anos (o
qual é proibido de trabalhar, por força da Constituição Federal) - art. 5º, §1º, parte final.
1- Atleta
2 - Treinador
3 – Árbitro
1 – Atletas:
Art. 74, I - Participar dos jogos, dos treinos, dos estágios e de outras sessões
preparatórias de competições com aplicação e dedicação correspondentes às suas
condições psicofísicas e técnicas;
II - Preservar as condições físicas que lhe permitam participar das competições
esportivas, submetendo-se às intervenções médicas e assistências especializadas
necessárias à prática esportiva;
III - Exercitar a atividade esportiva profissional de acordo com as regras da respectiva
modalidade esportiva e as normas que regem a disciplina e a ética esportivas.
2 - Treinadores:
Estes requisitos, entretanto, não se aplicam aos profissionais que exerçam trabalho
voluntário e aos que atuem em organização esportiva de pequeno porte.
- Os ex-atletas também podem exercer a atividade de treinador esportivo, desde que (art.
75, §3º):
I - Comprovem ter exercido a atividade de atleta por 3 anos consecutivos ou por 5 anos
alternados, devidamente comprovados pela respectiva organização que administra e
regula a modalidade esportiva; e
II - Participem de curso de formação de treinadores, reconhecido pela respectiva
organização que administra e regula a modalidade esportiva.
Zelar pela disciplina dos atletas sob sua orientação, ministrando os treinamentos no
intuito de dotar os atletas da máxima eficiência tática e técnica em favor do contratante.
Manter o sigilo profissional.
3 – Árbitros:
O árbitro (e seus auxiliares) serão remunerados pela entidade que organiza o evento,
sendo que tal remuneração deve ser paga antes do início da partida (art. 194). Além
disso, o trabalho do árbitro esportivo é regulado pelas organizações esportivas
responsáveis pela atividade de arbitragem (como a Fifa, em âmbito internacional).
- Relação de trabalho:
As despesas com o seguro a que se refere o inciso VI acima serão custeadas, conforme
a hipótese, com recursos oriundos da exploração de loteria destinados ao COB
(Comitê Olímpico Brasileiro) e ao CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro).
Em geral, torneios profissionais serão disputados por atletas profissionais. Nesse sentido,
a Lei veda que de atletas não profissionais com idade superior a 21 anos participem
de competições esportivas profissionais (art. 84, §4º).
2.3 - Contrato de Trabalho:
2.3.1 - Características do Contrato de Trabalho Esportivo:
O vínculo do atleta profissional com seu empregador esportivo regula-se pelas normas da
Lei do Esporte, pelos acordos e pelas convenções coletivas, pelas cláusulas
estabelecidas no contrato de trabalho e, subsidiariamente, pelas disposições da
legislação trabalhista e da seguridade social (Art. 85).
Seu valor será livremente pactuado entre as partes e formalizado no contrato especial de
trabalho esportivo, observando-se, como limite máximo, 400 vezes o valor do salário
mensal no momento da rescisão e, como limite mínimo, o valor total de salários
mensais a que teria direito o atleta até o término do referido contrato.
Se ocorrer o atraso no pagamento das parcelas da cláusula compensatória esportiva
superior a 2 meses, vencer-se-á automaticamente toda a dívida (§6º).
O atleta pode ceder o uso de seu direito de imagem para a organização esportiva. No
entanto, o pagamento desta cessão do direito de imagem não substitui o pagamento da
remuneração do atleta, devido pela organização esportiva empregadora (art. 164, §1º).
Além disso, o valor pago ao atleta pela organização esportiva, pelo direito de imagem,
não poderá ser superior a 50% de sua remuneração (art. 164, §2º).
O legislador explicitou que os contratos celebrados com atletas mulheres, ainda que de
natureza cível, não poderão ter qualquer tipo de condicionante relativo à gravidez, a
licença-maternidade ou a questões referentes a maternidade em geral (art. 86, §10).
Para atuar profissionalmente, o atleta estrangeiro precisa ter visto de trabalho (Lei
13.445/2017, art. 14).
- Concessão de visto de trabalho e prazo:
Ao atleta não nacional, poderá ser concedida autorização de trabalho, pelo Ministério
do Trabalho, observadas as exigências da legislação específica, pelo máximo de 5
anos e correspondente à duração fixada no respectivo contrato especial de trabalho
esportivo, permitida a renovação (art. 90, §7º).
É possível a cessão do atleta, durante a vigência de seu contrato, desde que o atleta
concorde (art. 91).
- Remuneração do atleta cedido:
Assim como nos contratos em geral, o contrato de cessão, celebrado entre organizações
esportivas, poderá prever multa a ser paga pela organização esportiva que descumprir
os termos ajustados (§5º).
De modo abrangente, a Lei define o Agente esportivo como sendo a pessoa, natural ou
jurídica, que "exerce a atividade de intermediação na celebração de contratos
esportivos e no agenciamento de carreiras de atletas" (art. 95).
Esta figura é popularmente conhecida como "empresário" do atleta.
Estas são regras gerais, o que não impede que Convenção ou acordo coletivo disponham
de forma diversa (art. 97, §1º), em respeito à autonomia da vontade dos entes coletivos.
São regras específicas para os atletas do futebol. No entanto, estas regras poderão ser
estendidas a atletas profissionais de outras modalidades por meio de contrato ou de
convenção ou acordo coletivo (§2º).
O atleta terá direito ao adicional noturno de pelo menos 20% sobre a hora diurna, como
os trabalhadores em geral.
No entanto, para estes trabalhadores considera-se trabalho noturno a participação em
jogos e em competições realizados entre as 23h59 de um dia e as 6h59 do dia
seguinte (§3º).
Assim como no caso dos atletas, os prêmios por performance ou resultado, o direito de
imagem e o valor das luvas do treinador, caso ajustadas, não possuem natureza
salarial e constarão de contrato avulso de natureza exclusivamente civil (§2º).
2.6.1.1 – Alojamentos:
Em relação aos atletas que residirem em alojamentos dos clubes de formação (alíneas
'd' e 'p' acima), a Lei exige ainda que sejam proporcionadas ao atleta:
Art. 101, §1º, I - Instalações físicas certificadas pelos órgãos e pelas autoridades
competentes com relação à habitabilidade, à higiene, à salubridade e às medidas de
prevenção e combate a incêndio e a desastres;
II - Assistência de monitor responsável durante todo o dia;
III - Convivência familiar;
IV - Participação em atividades culturais e de lazer, nos horários livres;
V - Assistência religiosa àqueles que a desejarem, de acordo com suas crenças.
Se o jovem tiver entre 12 e 14 anos, será possível que seja estabelecido vínculo de
natureza meramente esportiva com a entidade formadora (art. 5º, §1º).
Neste caso, a organização formadora deve respeitar os mesmos requisitos listados acima
(art. 99, §1º), não se exigindo que ela atenda ao seguinte (art. 99, §4º):
b) Comprove que, efetivamente, o atleta em formação está inscrito em competições
oficiais;
d) Mantenha, quando tiver alojamento de atletas, instalações de moradia adequadas,
sobretudo quanto a alimentação, higiene, segurança e salubridade;
h) Comprove que participa anualmente de competições organizadas por organização
esportiva que administra e regula o esporte em, pelo menos, 2 categorias da respectiva
modalidade esportiva;
Art. 99: A organização esportiva formadora de atleta terá o direito de assinar com ele,
a partir de 16 anos de idade, o primeiro contrato especial de trabalho esportivo, cujo
prazo não poderá ser superior a 3 anos para a prática do futebol e a 5 anos para
outros esportes.
O pagamento desta indenização somente poderá ser efetuado por outra organização
esportiva, devendo-se observar o seguinte:
Art. 99, § 5º, I - O atleta deverá estar regularmente registrado e não poderá ter sido
desligado da organização esportiva formadora;
II - A indenização será limitada ao montante correspondente a 200 vezes os gastos
comprovadamente efetuados com a formação do atleta;
III - O pagamento do valor indenizatório somente poderá ser efetuado por outra
organização esportiva e deverá ser efetivado diretamente à organização esportiva
formadora no prazo máximo de 15 dias, contado da data da vinculação do atleta à
nova organização esportiva, para efeito de permitir novo registro em organização
esportiva que administra e regula o esporte.
- O não cumprimento destas garantias (art. 101) aos atletas em formação implicará a
aplicação de penalidades progressivas, na seguinte forma:
- No caso de cessão:
Estes valores deverão ser distribuídos em até 30 dias da efetiva transferência (art. 102,
§3º).
*** resumo da lei geral do esporte na aula 19 pg 35 – único
Além das regras sobre o trabalho esportivo de modo geral, por prudência comentaremos
também os preceitos da Lei 9.615/1998, a famosa “Lei Pelé”, que dispõe a respeito do
"atleta profissional".
Com a publicação da LGE (Lei Geral do Esporte), a "Lei Pelé" regulamenta o trabalho do
atleta, naquilo que não contrariar a Lei Geral.
Em primeiro lugar, a lei define que o atleta profissional deve necessariamente ter contrato
de trabalho celebrado com a entidade de prática desportiva, o que não se verifica para o
atleta não profissional.
3.1.1 - Contrato de Trabalho:
- Prazo do contrato:
Lei 9.615/1998, art. 30: O contrato de trabalho do atleta profissional terá prazo
determinado, com vigência nunca inferior a 3 meses nem superior a 5 anos.
Lei 9.615/1998, art. 28: A atividade do atleta profissional é caracterizada por remuneração
pactuada em contrato especial de trabalho desportivo, firmado com entidade de prática
desportiva, no qual deverá constar, obrigatoriamente:
Lei 9.615/1998, art. 28, §4º - Aplicam-se ao atleta profissional as normas gerais da
legislação trabalhista e da Seguridade Social, ressalvadas as peculiaridades
constantes desta Lei, especialmente as seguintes:
I - Se conveniente à entidade de prática desportiva, a concentração não poderá ser
superior a 3 dias consecutivos por semana, desde que esteja programada qualquer
partida, prova ou equivalente, amistosa ou oficial, devendo o atleta ficar à disposição
do empregador por ocasião da realização de competição fora da localidade onde tenha
sua sede;
Lei 9.615/1998, art. 28, §10: Não se aplicam ao contrato especial de trabalho desportivo
os arts. 479 e 480 da CLT.
Lei 9.615/1998, art. 28, §9º: Quando o contrato especial de trabalho desportivo for por
prazo inferior a 12 meses, o atleta profissional terá direito, por ocasião da rescisão
contratual por culpa da entidade de prática desportiva empregadora, a tantos 1/12 da
remuneração mensal quantos forem os meses da vigência do contrato, referentes a
férias, abono de férias e 13º salário.
3.1.4 – Salário:
Lei 9.615/1998, art. 31, §1º - São entendidos como salário, para efeitos do previsto no
caput, o abono de férias, o décimo terceiro salário, as gratificações, os prêmios e
demais verbas inclusas no contrato de trabalho.
- Luvas:
As luvas representam uma importância paga ao atleta pelo clube em virtude da celebração
do contrato de trabalho, constituindo, portanto, reconhecimento pelo desempenho e pelos
resultados alcançados pelo atleta profissional em sua carreira.
A jurisprudência tem entendido que possuem caráter salarial, integrando a remuneração
para os efeitos legais.
- Bicho:
- Direito de arena:
Art. 42-A, §2º - Serão distribuídos aos atletas profissionais, em partes iguais, 5% da
receita proveniente da exploração de direitos desportivos audiovisuais do espetáculo
desportivo de que trata o caput deste artigo.
§4º - O pagamento da verba de que trata o §2º deste artigo será realizado por
intermédio dos sindicatos das respectivas categorias, que serão responsáveis pelo
recebimento e pela logística de repasse aos participantes do espetáculo, no prazo de
até 72 horas, contado do recebimento das verbas pelo sindicato.
§5º - Para fins do disposto no §2º deste artigo, quanto aos campeonatos de futebol,
consideram-se atletas profissionais todos os jogadores escalados para a partida,
titulares e reservas.
A distribuição deste direito de arena, em regra, é uma parcela não salarial, apesar de
uma convenção coletiva poder dispor em sentido contrário, isto é, que se trata de parcela
salarial:
Art. 42-A, §3º - A distribuição da receita de que trata o §2º deste artigo terá caráter de
pagamento de natureza civil, exceto se houver disposição em contrário constante de
convenção coletiva de trabalho. (Incluído pela Lei nº 14.205, de 2021)
- Direito de imagem:
Lei 9.615/1998, art. 32: É lícito ao atleta profissional recusar competir por entidade de
prática desportiva quando seus salários, no todo ou em parte, estiverem atrasados em 2
ou mais meses;
Lei 9.615/1998, art. 31: A entidade de prática desportiva empregadora que estiver com
pagamento de salário ou de contrato de direito de imagem de atleta profissional em
atraso, no todo ou em parte, por período igual ou superior a 3 meses, terá o contrato
especial de trabalho desportivo daquele atleta rescindido, ficando o atleta livre para
transferir-se para qualquer outra entidade de prática desportiva de mesma modalidade,
nacional ou internacional, e exigir a cláusula compensatória desportiva e os haveres
devidos.
§1º - São entendidos como salário, para efeitos do previsto no caput, o abono de férias, o
décimo terceiro salário, as gratificações, os prêmios e demais verbas inclusas no contrato
de trabalho.
§2º - A mora contumaz será considerada também pelo não recolhimento do FGTS e das
contribuições previdenciárias.
Lei 6.533/1978, art. 2º, I - Artista, o profissional que cria, interpreta ou executa obra de
caráter cultural de qualquer natureza, para efeito de exibição ou divulgação pública,
através de meios de comunicação de massa ou em locais onde se realizam
espetáculos de diversão pública;
Lei 6.533/78, art. 21: A jornada normal de trabalho dos profissionais de que trata esta
Lei, terá nos setores e atividades respectivos, as seguintes durações:
I - Radiodifusão, fotografia e gravação: 6 horas diárias, com limitação de 30 horas
semanais;
II - Cinema, inclusive publicitário, quando em estúdio: 6 horas diárias;
III - Teatro: a partir de estreia do espetáculo terá a duração das sessões, com 8 sessões
semanais;
IV - Circo e variedades: 6 horas diárias, com limitação de 36 horas semanais;
V - Dublagem: 6 horas diárias, com limitação de 40 horas semanais.
§1º - O trabalho prestado além das limitações diárias ou das sessões semanais
previstas neste artigo será considerado extraordinário, aplicando-se-lhe o disposto nos
artigos 59 a 61 da CLT.
§2º - A jornada normal será dividida em 2 turnos, nenhum dos quais poderá exceder
de 4 horas, respeitado o intervalo previsto na CLT.
§3º - Nos espetáculos teatrais e circenses, desde que sua natureza ou tradição o
exijam, o intervalo poderá, em benefício do rendimento artístico, ser superior a 2
horas.
§4º - Será computado como trabalho efetivo o tempo em que o empregado estiver à
disposição do empregador, a contar de sua apresentação no local de trabalho,
inclusive o período destinado a ensaios, gravações, dublagem, fotografias,
caracterização, e todo àquele que exija a presença do Artista, assim como o destinado
a preparação do ambiente, em termos de cenografia, iluminação e montagem de
equipamento.
§5º - Para o Artista, integrante de elenco teatral, a jornada de trabalho poderá ser de 8
horas, durante o período de ensaio, respeitado o intervalo previsto na CLT.
4.1.2 – Menor:
CLT, Art. 406: O Juiz de Menores poderá autorizar ao menor o trabalho a que se
referem as letras "a" [prestado de qualquer modo, em teatros de revista, cinemas, boates,
cassinos, cabarés, dancings e estabelecimentos análogos] e "b" [em empresas circenses,
em funções de acróbata, saltimbanco, ginasta e outras semelhantes] do §3º do art. 405:
I - Desde que a representação tenha fim educativo ou a peça de que participe não
possa ser prejudicial à sua formação moral;
II - Desde que se certifique ser a ocupação do menor indispensável à própria
subsistência ou à de seus pais, avós ou irmãos e não advir nenhum prejuízo à sua
formação moral.
4.1.3 - Infrações à Lei do Artista:
Outra sanção aplicável ao empregador pelo descumprimento desta Lei é que, enquanto
não regularizar a situação que deu causa à autuação, e não recolher a multa aplicada
(após esgotados os recursos cabíveis), ele não poderá (Lei 6.533/1978, art. 34):
I - Receber qualquer benefício, incentivo ou subvenção concedidos por órgãos
públicos;
II - Obter liberação para exibição de programa, espetáculo, ou produção, pelo órgão ou
autoridade competente.
Lei 13.146/2015, art. 2º: Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem
impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o
qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena
e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
Lei 13.146/2015, art. 35: É finalidade primordial das políticas públicas de trabalho e
emprego promover e garantir condições de acesso e de permanência da pessoa com
deficiência no campo de trabalho.
Lei 13.146/2015, art. 34: A pessoa com deficiência tem direito ao trabalho de sua livre
escolha e aceitação, em ambiente acessível e inclusivo, em igualdade de
oportunidades com as demais pessoas.
Lei 13.146/2015, art. 37. Constitui modo de inclusão da pessoa com deficiência no
trabalho a colocação competitiva, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas,
nos termos da legislação trabalhista e previdenciária, na qual devem ser atendidas as
regras de acessibilidade, o fornecimento de recursos de tecnologia assistiva e a adaptação
razoável no ambiente de trabalho.
Parágrafo único. A colocação competitiva da pessoa com deficiência pode ocorrer por
meio de trabalho com apoio, observadas as seguintes diretrizes:
I - Prioridade no atendimento à pessoa com deficiência com maior dificuldade de inserção no
campo de trabalho;
II - Provisão de suportes individualizados que atendam a necessidades específicas da
pessoa com deficiência, inclusive a disponibilização de recursos de tecnologia assistiva, de
agente facilitador e de apoio no ambiente de trabalho;
III - Respeito ao perfil vocacional e ao interesse da pessoa com deficiência apoiada;
IV - Oferta de aconselhamento e de apoio aos empregadores, com vistas à definição de
estratégias de inclusão e de superação de barreiras, inclusive atitudinais;
V - Realização de avaliações periódicas;
VI - Articulação intersetorial das políticas públicas;
VII - Possibilidade de participação de organizações da sociedade civil.
Lei 13.146/2015, art. 38: A entidade contratada para a realização de processo seletivo
público ou privado para cargo, função ou emprego está obrigada à observância do
disposto nesta Lei e em outras normas de acessibilidade vigentes.
Lei 8.213/1991, art. 93: A empresa com 100 ou mais empregados está obrigada a
preencher de 2% a 5% dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas
portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção:
Lei 13.146/2015, art. 36: O poder público deve implementar serviços e programas
completos de habilitação profissional e de reabilitação profissional para que a pessoa
com deficiência possa ingressar, continuar ou retornar ao campo do trabalho, respeitados
sua livre escolha, sua vocação e seu interesse.
§1º - Equipe multidisciplinar indicará, com base em critérios previstos no §1º do art. 2º
desta Lei, programa de habilitação ou de reabilitação que possibilite à pessoa com
deficiência restaurar sua capacidade e habilidade profissional ou adquirir novas
capacidades e habilidades de trabalho.
§6º - A habilitação profissional pode ocorrer em empresas por meio de prévia formalização
do contrato de emprego da pessoa com deficiência, que será considerada para o
cumprimento da reserva de vagas prevista em lei, desde que por tempo determinado e
concomitante com a inclusão profissional na empresa, observado o disposto em
regulamento.