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Sephora Marchesini

10856@por.ulusiada.pt
 1.º Ponto Escrito 20 de março 9h

 2.º Ponto Escrito 23 de abril 12h

 1.ª Frequência 14 de junho 15h

 Exame 2.ª Época 10 de julho 15h


TERÇA QUARTA

9h PRÁTICA – B TEÓRICA – ABCD


(anf. 2) (anf. 4)
10h Gabinete 7 Gabinete 7 - Atendimento

11h Gabinete 7 PRÁTICA – CD


(303)
12h TEÓRICA – ABCD PRÁTICA – A
(anf. 4) (235)
13h

14h (208) (anf.4)

15h (208) (208)

16h (208) (anf.4)

17h (anf.2) (235)

18h Gabinete 7 – Atendimento

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Semana Aulas P Assunto
12 a 16 fev 1 1 Noção jurídica | A morte (comoriência e morte presumida)
19 a 23 fev 2, 3 2 Objeto da Sucessão | Distinção de Sucessores (herdeiros e legatários)
26 fev a 01 4, 5 3 Pressupostos da vocação sucessória | Sucessão Legal - Sucessão legítima
mar Abertura da Sucessão (chamamento ou vocação sucessória) – Capacidade sucessória | Indignidade | Deserdação
04 a 09 mar 6, 7 4 Abertura da Sucessão (chamamento ou vocação sucessória) – Aceitação e Repúdio
Representação
11 a 16 mar 8, 9 5 Abertura da Sucessão (chamamento ou vocação sucessória) – Transmissão | Direito de Acrescer |Substituição Direta |
Substituição fideicomissária
Sucessão legitimária - Cálculo do Valor da Herança | Liberalidades inoficiosas
18 a 23 mar 10, 6 Revisão| 1.º Ponto Escrito
11
25 a 29 mar PÁSCOA
01 a 05 abr 12,13 7 Sucessão legitimária - Liberalidades inoficiosas | Tutela da Legítima
08 a 12 abr 14, 8 Colação | Sucessão Voluntária - Sucessão Contratual
15
15 a 19 abr 16, 9 Sucessão Voluntária - Sucessão testamentária – Forma | Requisitos, Vícios, Invalidade
17
22 a 26 abr 18, 10 2.º Ponto Escrito | Correção
19
29 abr a 03 20 Sucessão Voluntária - Sucessão testamentária – Interpretação | Conteúdo | FERIADO
mai
06 a 10 mai Queima - Aulas Práticas
13 a 17 mai 21 , 11 Sucessão Voluntária - Sucessão testamentária – Conteúdo, Cláusulas Acessórias | Revogação, Caducidade, Substituições
22
20 a 24 mai 23, 12 Petição de Herança, Habilitação, Herança Indivisa | Administração de Herança |Encargos da Herança
24
27 a 31 mai 25, 13 Alienação da Herança | Liquidação da Herança | Partilha, Ineficácia da Partilha, Processo de Inventário (Extrajudicial e Judicial)
26
Seman Terça Quarta
a
12 a Carnaval 1 - Teórica - ABCD
16 fev 1 - Prática – CD
1 - Prática – A
19 a 1 - Prática – B 3 - Teórica - ABCD
23 fev 2 - Teórica - ABCD 2 - Prática – CD
2 - Prática – A
26 fev 2 - Prática – B 5 - Teórica - ABCD
a 01 4 - Teórica – ABCD 3 - Prática – CD
mar 3 - Prática – A
04 a 3 - Prática – B 7 - Teórica - ABCD
09 6 - Teórica – ABCD 4 - Prática – CD
mar 4 - Prática – A
11 a 4 - Prática – B 9 - Teórica - ABCD
16 8 - Teórica – ABCD 5 - Prática – CD
mar 5 - Prática – A
18 a 5 - Prática – B 11 - Teórica – ABCD 1.º PONTO ESCRITO
23 10 - Teórica – ABCD REVISÃO 6 - Prática – CD Correção
mar 6 - Prática – A Correção
Semana Terça Quarta

01 a 05 abr 6 - Prática – B Correção 13 - Teórica - ABCD


12 - Teórica - ABCD 7 - Prática – CD
7 - Prática – A
08 a 12 abr 7 - Prática – B 15 - Teórica - ABCD
14 - Teórica – ABCD 8 - Prática – CD
8 - Prática – A
15 a 19 abr 8 - Prática – B 17 - Teórica - ABCD
16 - Teórica – ABCD 9 - Prática – CD – Revisão
9 - Prática – A – Revisão
22 a 26 abr 9 - Prática – B – Revisão 19 - Teórica – ABCD Correção
18 - Teórica – ABCD 2.º PONTO ESCRITO 10 - Prática – CD
10 - Prática – A
29 abr a 03 mai 10 - Prática – B Feriado
20 - Teórica – ABCD
06 a 10 mai Prática – B Queima Teórica – ABCD Queima
Teórica – ABCD Queima Prática – CD Queima
Prática – A Queima
13 a 17 mai 11 - Prática – B 22 - Teórica - ABCD
21 - Teórica - ABCD 11 - Prática – CD
11 - Prática – A
20 a 24 mai 12 - Prática – B 24 - Teórica - ABCD
23 - Teórica – ABCD 12 - Prática – CD
12 - Prática – A
27 a 31 mai 13 - Prática – B 26 - Teórica - ABCD
25 - Teórica – ABCD 13 - Prática – CD
13 - Prática – A
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Morte
• Data do óbito Momento da Abertura da Sucessão

• Domicílio do de cuius Competência --» Planejamento Sucessório


• Existência de cônjuge e regime de bens do casamento
Herança Jacente - PJ

• Existência de descendentes e ascendentes Sucessão Legal


(Legítima ou Legitimária)
• Existência de outros parentes
• Existência de bens no momento da abertura da sucessão
(relicta)
• Existência de dívidas
• Doações feitas em vida (donata) ( pactos sucessórios ou da doação para casamento)
• Existência de testamento (Público e Cerrado) Sucessão Voluntária

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https://www.pordata.pt/portugal/obitos+de+residentes+em+portugal+total+e+por+mes+de+morte-3499
https://www.pordata.pt/subtema/municipios/esperanca+de+vida+e+mortes-213

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Artigo 2031.º
Momento e lugar
Lei n.º 141/99 de 28 de agosto
A sucessão abre-se no momento da morte do seu autor e no lugar do último domicílio dele
Artigo 2.º
Definição
A morte corresponde à cessação irreversível das funções do tronco cerebral.
Artigo 68.º Artigo 3.º
Termo da personalidade Verificação
1. A personalidade cessa com a morte. 1 - A verificação da morte é da competência dos médicos, nos termos da lei.
2. Quando certo efeito jurídico depender da sobrevivência de uma a outra pessoa, presume- 2 - Cabe à Ordem dos Médicos definir, manter actualizados e divulgar os critérios
se, em caso de dúvida, que uma e outra faleceram ao mesmo tempo. médicos, técnicos e científicos de verificação da morte.
3. Tem-se por falecida a pessoa cujo cadáver não foi encontrado ou reconhecido, quando o
desaparecimento se tiver dado em circunstâncias que não permitam duvidar da morte dela.

Artigo 114.º  Desafios --» verificação e determinação


Requisitos
1. Decorridos dez anos sobre a data das últimas noticias, ou passados cinco anos, se do momento da morte
entretanto o ausente houver completado oitenta anos de idade, podem os interessados a que
se refere o artigo 100.º requerer a declaração de morte presumida. *Técnicas de Prolongamento artificial da vida
2. A declaração de morte presumida não será proferida antes de haverem decorrido cinco
anos sobre a data em que o ausente, se fosse vivo, atingiria a maioridade.
3. A declaração de morte presumida do ausente não depende de prévia instalação da
curadoria provisória ou definitiva e referir-se-á ao fim do dia das últimas notícias que dele
houve.

Morte presumida --» abertura de sucessão --» abertura de testamento --» entrega
dos bens aos sucessores

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 Aos 13 anos, após cirurgia (retirada das amígdalas), foi declarada a morte encefálica, e por isso o sistema de
apoio à vida seria descontinuado.

 Seus pais defenderam manutenção do suporte vital – em 20 de dezembro de 2013 apresentaram ação
judicial no Tribunal Superior do Condado de Alameda.

 Após 4 dias, o pedido dos pais foi negado (avaliação pericial confirmou a morte encefálica).

 Em 30 de dezembro de 2013, a família apelou da decisão para o Segundo Distrito, os Tribunais de Recurso
da Califórnia e o Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Norte da Califórnia.

 Mãe defendeu que a Lei de Determinação da Morte violava os direitos religiosos e constitucionais, afetando a
privacidade.

 O Hospital defendeu-se alegando ser antiético e “grotesco” dar assistência à um cadáver.

 Em 3 de janeiro de 2014, foi emitido certificado de óbito oficial com data de óbito indicada em 12 de
dezembro de 2013, faltando a determinação da morte (ausência de autópsia).

 Hospital deu custódia a mãe (com ventilador e linhas de líquidos intravenosos, mas não efetuou a
trasqueotomia).

 A família moveu a menina para um local não revelado onde uma traqueostomia foi realizada e um tubo de
alimentação foi inserido.

 Em março de 2015, a família apresentou ação de negligência contra o Children's Hospital Oakland e contra o
cirurgião que realizou a cirurgia de McMath (sangramento, demora no atendimento, pressão para doação de
órgãos,)

 Em 25 setembro de 2016 – Publicação de um vídeo “Jahi taking breaths on her own. Glory to God. Always
trust your instincts when it comes to your children, but above all TRUST GOD.”

 Dr. Alan Shewmon, um renomado neurologista pediátrico da UCLA, declarou a menina viva em 29 de junho
“still asleep” - Mãe de 2017 (vídeos)

“Keep Jahi Mcmath on life *Se fosse em Nova Jersey, havia legislação que permitia objeção
support” religiosa a declaração de morte com base em critérios neurológicos;
 A morte desencadeia [real ou potencialmente] inúmeros
efeitos jurídicos
Sucessórios Penais,
Familiares, processuais,
Administrativos, etc. fiscais, etc.

 A lei impõe o seu registo É requisito da invocação da qualidade de


herdeiro (CRC 3.º, 4,º)

apenas pode ser questionado diretamente: a impugnação judicial tem


como condição o pedido de cancelamento/retificação

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Código do Registo Civil
Decreto-Lei n.º 131/95 de 6 de junho
Artigo 1.º
Objecto e obrigatoriedade do registo
1 – O registo civil é obrigatório e tem por objecto os seguintes factos:
[…] j) A curadoria provisória ou definitiva de ausentes e a morte presumida
p) O óbito; […]
Artigo 2.º
Atendibilidades dos factos sujeitos a registo
Salvo disposição legal em contrário, os factos cujo registo é obrigatório só
podem ser invocados depois de registados.
Artigo 192.º
Prazo e lugar
1 - O falecimento de qualquer indivíduo ocorrido em território português deve ser
declarado, verbalmente, dentro de quarenta e oito horas, em qualquer
conservatória do registo civil.
2 - O prazo para a declaração conta-se, conforme os casos, do momento em que
ocorrer o falecimento, for encontrado ou autopsiado o cadáver, da dispensa da
autópsia ou daquele em que for recebida a cópia ou o duplicado da guia de
enterramento emitida por autoridade policial.

Artigo 68.º
Termo da personalidade
1. A personalidade cessa com a morte.
2. Quando certo efeito jurídico depender da sobrevivência de uma a outra
pessoa, presume-se, em caso de dúvida, que uma e outra faleceram ao mesmo
tempo.
3. Tem-se por falecida a pessoa cujo cadáver não foi encontrado ou
reconhecido, quando o desaparecimento se tiver dado em circunstâncias que
não permitam duvidar da morte dela.

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CASO 1 CASO 2
X e Y são vítimas de acidente de Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não
trânsito, vindo a falecer em se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu os
decorrência do evento. Nos termos outros, presumir-se-ão mortos primeiro os mais velhos e
do Código Civil, se dois ou mais depois os mais novos.
indivíduos falecerem na mesma
ocasião, não se podendo averiguar a Certo Errado
precedência de algum dos
falecimentos, presumir-se-ão
simultaneamente mortos. Trata-se
do instituto da:
CASO 3 - RLX (52)

A e B são casados. Cada um deles tem um filho de um


casamento anterior, C e D.
Ausência? A e B falecem no mesmo acidente de viação – não se sabe
quem faleceu antes.
Comoriência?
Comoriência A e B não são chamados a sucessão um do outro.
Premoriência? C será chamado a sucessão de A e D a sucessão
de B

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 Acidentes de tráfego/aéreos, naufrágios, catástrofes naturais, atos de
terrorismo ou em guerras.
 SUCESSÃO afetada conforme quem morreu antes.
 Solução artificial -» PREMORIÊNCIA -» presumir que os mais velhos
sobrevivessem aos mais novos, ou que de um determinado sexo às do outro,
ou vice-versa.
COMORIÊNCIA
Artigo 68.º
Termo da personalidade
1. A personalidade cessa com a morte.
2. Quando certo efeito jurídico depender da sobrevivência de uma a outra pessoa, presume-se, em caso de dúvida, que uma e outra faleceram ao mesmo tempo.
3. Tem-se por falecida a pessoa cujo cadáver não foi encontrado ou reconhecido, quando o desaparecimento se tiver dado em circunstâncias que não permitam duvidar
da morte dela.

Ex.: Casal que sofre acidente, não sendo possível identificar quem faleceu antes,
considera-se que nenhum sobreviveu ao outro, e por isso nenhum deles entra na
sucessão do outro --» nos termos do artigo 350.º n.º2 pode ser ilidida a comoriência.
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http://www.dgsi.pt/jtrg.nsf/86c25a698e4e7cb7802579ec004d3832/8702dc0ca13c58a98025
85f40048f241?OpenDocument

Ac. TRG de 24/09/2020


Proc. n.º 149/17.0T8PVZ.G2
 - A decisão proferida em processo penal constitui, nos termos do art. 623º do CPC,
uma presunção juris tantum (ilidível mediante prova em contrário de terceiro) da
existência dos factos constitutivos em que se tenha baseado a condenação;
- O problema da prova do momento da morte coloca-se ou surge-nos nos casos em
que o falecimento de pessoas tem lugar simultaneamente em momentos que não
seja possível determinar a sua ordem cronológica, nomeadamente, conforme
ocorre in casu, não constando dos assentos de óbito das 4 vítimas a hora da sua
morte, tendo todas falecido na mesmo dia.
- O art. 68º,nº2 do CC consagra uma presunção ( da comoriência) relativa que, por
conseguinte, cessa sempre que haja prova ( por todos os meios possíveis, inclusive
por presunções judiciais) sobre o momento efetivo em que ocorreram as mortes.
- No caso da comoriência, como não se consegue identificar quem faleceu primeiro,
sendo os indivíduos considerados simultaneamente mortos, não cabe direito
sucessório entre comorientes, pelo que os comorientes não são herdeiros entre si.

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http://www.dgsi.pt/jtrp.nsf/56a6e7121657f91e80257cda00381fdf/ae863b4db6966e4080258
6400036ca2a?OpenDocument

Ac. TRP de 10/11/2020


Proc. n.º 1911/16.7T8STS-G.P1
 I- A sucessão abre-se no momento da morte do seu autor, chamando-se à titularidade das
relações jurídicas do falecido os que gozam de prioridade na hierarquia dos sucessíveis.
 II - Desde a abertura da herança, e enquanto os sucessores não a aceitarem, expressa
ou tacitamente, verifica-se uma situação de herança jacente, definida legalmente como
aquela ainda não aceite nem declarada vaga para o Estado (cf. art.º 2046.º do C Civil), a
qual goza de personalidade judiciária (cf. art.º 12.º, alínea a), do CP Civil).
 III - Após a aceitação da herança pelos sucessores, a herança transmuta-se em herança
indivisa e perde a respectiva personalidade judiciária, por desnecessidade.
 IV - Estando a herança dos autos a aguardar a determinação da ordem dos óbitos vítimas
de um quádruplo homicídio que, por sua vez, irá determinar quem são os sucessíveis da
de cujus, a interposição da presenta acção não pode configurar uma aceitação tácita da
herança, até por que tal herança não está ainda determinada quer em termos de
definição dos sucessores, quer em termos de fixação dos bens concretos a partilhar.

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Artigo 68.º
Termo da personalidade
1. A personalidade cessa com a morte.
2. Quando certo efeito jurídico depender da sobrevivência de uma a outra pessoa, presume-se, em caso de dúvida, que uma e outra faleceram ao mesmo tempo.
3. Tem-se por falecida a pessoa cujo cadáver não foi encontrado ou reconhecido, quando o desaparecimento se tiver dado em circunstâncias que não permitam duvidar
da morte dela.

Código do Registo Civil


Decreto-Lei n.º 131/95 de 6 de junho
Artigo 207.º
Justificação Judicial
1 - Cabe ao magistrado do Ministério Público da comarca em cuja área tiver ocorrido o acidente promover, por intermédio de qualquer conservatória do registo civil, a
justificação judicial do óbito nos seguintes casos:
a) Quando os cadáveres não forem encontrados;
b) Quando os cadáveres tiverem sido destruídos em consequência do acidente ou só aparecerem despojos insusceptíveis de ser individualizados; ou
c) Quando seja impossível chegar ao local onde os corpos se encontrem.
2 - Se o acidente ocorrer no mar e não for caso de naufrágio, cabe ao magistrado do Ministério Público da comarca da sede da capitania que deve proceder às averiguações
promover, por intermédio de uma conservatória do registo civil, a justificação judicial do óbito.
3 - Julgada a justificação, o conservador deve lavrar o assento de óbito, com base nos elementos fornecidos pela sentença e servindo-se de todas as informações
complementares recolhidas.
4 - O assento de óbito referido no número anterior produz os mesmos efeitos que a morte.

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http://www.dgsi.pt/jtrp.nsf/-/DC1830AC32B4F716802581FA004D8303

*Convenção Relativa à Verificação de Certos Óbitos

Ac. TRP de 23/11/2017


Proc. n.º 3979/16.0T8PVZ.P1
 I - O pedido de declaração de morte presumida do ausente não se confunde com o pedido de declaração de morte. São duas realidades
distintas.
II - Se a ação tem por fundamento o disposto no art.º 68º, nº 3, do Código Civil (a declaração da morte de alguém), não tem cabimento a
aplicação do processo especial de declaração de morte presumida a que se referem os art.ºs 886º e seg.s do Código de Processo Civil.
III - As ações de registo, ao invés das ações de estado pessoal, não incidem diretamente sobre o facto registado, antes se reportam ao próprio
ato de registo em si, visando suprir uma omissão, operar uma reconstituição avulsa, declarar vícios de natureza formal que o afetam, o acerto
ou o desacerto de um ato de registo.
IV - A queda em mar alto e o imediato desaparecimento do corpo de uma pessoa que viajava num navio de pesca de matrícula espanhola pode
ter ocorrido em circunstâncias que evidenciam a sua morte, devendo esta ser declarada sem aguardar o decurso do prazo para declaração de
morte presumida.
V - Respeitando o dito desaparecimento a uma pessoa de nacionalidade portuguesa, pescador, residente em Espanha, ao serviço num barco
de matrícula espanhola, de onde foi arrastado por uma onda, não pode funcionar o processo de justificação judicial previsto nos art.ºs 204º, nºs
2 e 3 e 207º, ex vi art.º 233º, nº 1, do Código do Registo Civil.
VI - Neste caso, aplica-se a Convenção nº 10 da CIEC, de que são aderentes Portugal e Espanha, sendo a declaração de óbito da
competência das autoridades espanholas, com posterior ingresso no registo civil português, onde o óbito será registado para todos os efeitos
legais.
VII - Atribuída assim a competência internacional das autoridades espanholas e não tendo sido invocada qualquer dificuldade significativa na
propositura da ação ou na emissão da declaração de óbito naquele país, não funciona o princípio da necessidade que, nos termos da al. c) do
art.º 62º do Código de Processo Civil, poderia justificar uma extensão de competência com interposição da ação nos tribunais portugueses.
VIII - Nestas circunstâncias, os tribunais portugueses são internacionalmente incompetentes para conhecer da ação declarativa comum
destinada a obter a declaração de óbito do desaparecido.

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Estatuto Jurídico da Ausência – 89.º a 121.º

“A existência de uma massa de bens carente de administração, na titularidade de alguém que desapareceu e se não sabe se está vivo ou morto,
constitui fator de perturbação e de potencial perigo. Perigo para os bens do ausente, que estão por administrar e a mercê das cobiças alheias, e
perigo para a paz pública que pode ser perturbada por apetências ou cobiças eventualmente geradoras de conflito.” - PPV/PLPV (108)

Defesa da paz pública Proteção do património do ausente (e sucessores)

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Curadoria definitiva
Curadoria provisória Morte presumida
(99.º ss.)
(89.º ss.) 2 ou 5 anos
(114.º ss.)

a eventual necessidade de prover à administração dos bens

Artigo 114.º
Requisitos
1. Decorridos dez anos sobre a data das últimas noticias, ou passados cinco anos, se entretanto o ausente houver completado
oitenta anos de idade, podem os interessados a que se refere o artigo 100.º requerer a declaração de morte presumida.
2. A declaração de morte presumida não será proferida antes de haverem decorrido cinco anos sobre a data em que o ausente,
se fosse vivo, atingiria a maioridade.
3. A declaração de morte presumida do ausente não depende de prévia instalação da curadoria provisória ou definitiva e
referir-se-á ao fim do dia das últimas notícias que dele houve. A ausência, sem notícias, durante
determinados períodos temporais
Artigo 118.º • 10 anos
Óbito em data diversa
1. Quando se prove que o ausente morreu em data diversa da fixada na sentença de declaração de morte presumida, o direito • 5 anos se > 80
à herança compete aos que naquela data lhe deveriam suceder, sem prejuízo das regras da usucapião. • + de 5 sobre a maioridade
2. Os sucessores de novo designados gozam apenas, em relação aos antigos, dos direitos que no artigo seguinte são atribuídos
ao ausente.

Artigo 120.º
Direitos que sobrevierem o ausente
Os direitos que eventualmente sobrevierem ao ausente desde que desapareceu sem dele haver notícias e que sejam dependentes da
condição da sua existência passam às pessoas que seriam chamadas à titularidade deles se o ausente fosse falecido.

Sem prejuízo das regras de representação sucessória

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http://www.dgsi.pt/jtrg.nsf/86c25a698e4e7cb7802579ec004d3832/8702dc0ca13c58a98025
85f40048f241?OpenDocument

Ac. TRE de 22/11/2018


Proc. n.º 3346/15.0T8STRE.E1
 A cópia de um “boletim de óbito” emitido por uma autoridade estrangeira não constitui
meio de prova admissível da morte de uma pessoa, nomeadamente para o efeito de
julgar extinta, por inutilidade superveniente da lide, uma acção especial para
declaração da morte presumida dessa mesma pessoa

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http://www.dgsi.pt/jtrp.nsf/56a6e7121657f91e80257cda00381fdf/14fadecf0042c2b5802584
2c00538b2b

Ac. TRP de 09/05/2019


Proc. n.º 10421/15.9T8VNG.P1
 Deve o tribunal realizar todas as diligências de prova possíveis e úteis para apurar a
verdadeira identidade do requerente e, na falência da prova global, decidir contra
aquele que se apresenta como sendo o ausente cuja morte presumida foi declarada
por sentença transitada em julgado

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Abertura da Sucessão
• Data do óbito Momento da Abertura da Sucessão

• Domicílio do de cuius Competência --» Planejamento Sucessório


• Existência de cônjuge e regime de bens do casamento
Herança Jacente - PJ

• Existência de descendentes e ascendentes Sucessão Legal


(Legítima ou Legitimária)
• Existência de outros parentes
• Existência de bens no momento da abertura da sucessão
(relicta)
• Existência de dívidas
• Doações feitas em vida (donata) ( pactos sucessórios ou da doação para casamento)
• Existência de testamento (Público e Cerrado) Sucessão Voluntária

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Código de Processo Civil
Artigo 72.º-A
Matéria Sucessória
1 - Em matéria sucessória é competente
o tribunal do lugar da abertura da
sucessão.
2 - Se, no momento da sua morte, o
autor da sucessão não tiver residência
lex domicilii ou lex patriae habitual em território português, é
competente o tribunal em cuja
circunscrição esse autor teve a sua
última residência habitual em território
nacional.
3 - Se o tribunal competente não puder
o lugar do último domicílio distinto do lugar da morte, que consta ser determinado com base no disposto
do óbito, mas que pode ser acidental nos números anteriores, mas o autor da
[voluntário geral] do autor da sucessão tiver nacionalidade portuguesa
ou houver bens situados em Portugal, o
sucessão (2031.º) tribunal competente é:
a) Havendo imóveis, o tribunal da
situação dos bens, ou, situando-se os
imóveis em circunscrições diferentes, o
tribunal da situação do maior número;
ou
corresponde ao lugar da sua a sede normal dos seus interesses b) Não havendo imóveis, o tribunal de
Lisboa.
residência habitual (82.º)
Aditado pelo seguinte diploma: Lei n.º
117/2019, de 13 de Setembro

relevante para efeitos da Desafio --» Sucessão transnacional


[Regulamento (UE) n.º 650/2012 a partir de 17/08/2015]
determinação do tribunal https://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:32012R0650&from=PT

competente
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https://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:32012R0650
https://irn.justica.gov.pt/Portals/33/Certificado%20Sucessorio%20Europeu/Guia_cidadao_sucessoes. https://irn.justica.gov.pt/Servicos/Cidadao/Certificado-Sucessorio-Europeu
pdf?ver=2019-06-12-112404-783

Princípios fundamentais do regulamento da


União Europeia:
• Autoridade e lei do último país de residência do falecido
• Possibilidade de escolha da lei aplicável (ex.: testamento)
• Reconhecimento, aceitação e execução noutros Estados-
Membros da UE
• Certificado Sucessório Europeu

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https://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/HTML/?uri=CELEX:02014R1329-20141216#tocId5
https://e-justice.europa.eu/166/PT/succession?PORTUGAL&member=1

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https://www.dgsi.pt/jstj.nsf/954f0ce6ad9dd8b980256b5f003fa814/7449b220ba772956802589e5004e1256?OpenDocument

Ac. STJ de 06/07/2023


Proc. n.º 2724/20.7T8CBR.C1-A.S1
O Regulamento da EU n.º 650/12 do Parlamento Europeu e
do Conselho, de 4 de Julho de 2012 relativo à competência,
à lei aplicável, ao reconhecimento e execução das decisões,
e à aceitação e execução dos atos autênticos em matéria de
sucessões apenas se aplica à sucessão de pessoas falecidas a
partir de 17.08.2015.

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http://www.dgsi.pt/jtrg.nsf/86c25a698e4e7cb7802579ec004d3832/0c0daa41d2ebea918025890f003cdda4?OpenDocument

Ac. TRG de 17/11/2022


Proc. n.º 4625/21.2T8GMR.G2
SUMÁRIO (da exclusiva responsabilidade da relatora):

I - Em matéria de competência internacional estabelece o artº 4º do Regulamento (UE) Nº 650/2012


que são competentes para decidir do conjunto da sucessão os órgãos juridicionais do Estado-Membro
em que o falecido tinha a sua residência habitual no momento do óbito.
II – Pretende-se, todavia, uma conexão real entre a sucessão e o Estado-Membro em que a
competência é exercida.
III - A opção do legislador comunitário foi a de conferir competência internacional aos órgãos do país
com o qual o inventariado tivesse mais estreitas ligações (critério da residência habitual), mas numa
solução de efectiva e real ligação, afastando atribuições de competência meramente formais,
decorrentes de residências habituais aparentes, sem qualquer apego ao Estado em causa.
IV - No critério amplo e baseado na ligação emotiva e material à sua terra natal, adoptado pelo
Regulamento, poderemos dizer que a maioria dos portugueses emigrados continua, para efeitos de
atribuição de competência, a ter residência habitual em Portugal

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https://www.dgsi.pt/jtrl.nsf/33182fc732316039802565fa00497eec/6097762b37098d3b802589c6005049f5?OpenDocument

Ac. TRL de 30/05/2023


Proc. n.º 343/21.0T8RGR-A.L1-7

I. O Regulamento (UE) nº 650/2012 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 4 de


julho de 2012, prevalece sobre as normas dos Artigos 62º a 65º do Código Civil e
revogou tacitamente o Artigo 2223º do Código Civil.
II. Um testamento manuscrito no Canadá, em 16.5.2018, respeitando a lei local,
é válido e deve ser reconhecido no subsequente inventário em Portugal, tendo o
óbito ocorrido em 1.7.2018 e havendo que considerar que o inventariado tem
residência habitual em Portugal.

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https://www.dgsi.pt/jstj.nsf/954f0ce6ad9dd8b980256b5f003fa814/245364177a84cfa480258290004db8b2?OpenDocument

Ac. STJ de 16/05/2018


Proc. n.º 2341/13.8TBFUN.L1S1

I - A sucessão por morte de um cidadão de nacionalidade britânica, é regulada, por


regra, pela lei da nacionalidade, em concreto, pela Lei britânica – arts. 25.º, 31.º e
62.º, todos do CC.
 II - A Lei britânica congrega diferentes sistemas legislativos locais, mas não contém
normas de direito interlocal ou normas de direito internacional privado unificado, pelo
que, por excepção, a sucessão por morte é regulada pela Lei da residência habitual
(ainda que esta não coincida com o Estado de que é nacional), em concreto, pela Lei
portuguesa – art. 20.º, n.os. 1 e 2, do CC.
 III - A Lei portuguesa prescreve que, por testamento, o de cujus não pode dispor da
porção de bens que constituem a legítima, sob pena de redução dessa disposição – arts.
2156.º, 2168.º, 2169.º e 2172.º, todos do CC, pelo que, o facto de o testador ter
disposto da totalidade dos seus bens a favor da cônjuge não determina a inutilidade do
processo de inventário para partilha do acervo hereditário entre todos os herdeiros.

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Cônjuges - Regime de Bens
Comunhão Comunhão Separação Regime Pacto
Geral de Imperativo Antenupcial
Adquiridos da - Regimes
Separação Mistos
**Bens comuns na *compropriedades *compropriedades
Bens Comunhão de
Comuns Adquiridos:
a) O produto do
trabalho dos
cônjuges;
b) Os bens
adquiridos pelos
cônjuges a título
oneroso na
constância do
matrimónio.
*Possibilidade de *Possibilidade de
Bens “Todos” os bens são
renúncia à condição de renúncia à condição de
comuns exceto roupas,
Próprios correspondência bens herdeiro no pacto. herdeiro
doados com cláusula de
incomunicabilidade e os
estritamente pessoais
(usufruto e direito de
uso ou habitação)

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Relação de Sangue

Artigo 1578.º Artigo 1579.º


Noção de Parentesco Elementos do Parentesco
Parentesco é o vínculo que une duas pessoas, em consequência de uma delas descender da outra ou de ambas O parentesco determina-se pelas gerações que vinculam os
procederem de um progenitor comum. parentes um ao outro: cada geração forma um grau, e a
série dos graus constitui a linha de parentesco.

Artigo 1580.º
Linhas de Parentesco
Geração 1 3.º Grau 1. A linha diz-se recta, quando um dos parentes descende
do outro; diz-se colateral, quando nenhum dos parentes
descende do outro, mas ambos procedem de um progenitor
comum.
Geração 2 2.º Grau 2. A linha recta é descendente ou ascendente:
descendente, quando se considera como partindo do
ascendente para o que dele procede; ascendente, quando
se considera como partindo deste para o progenitor.

Artigo 1581.º
Geração 3 1.º Grau Cômputo do graus
1. Na linha recta há tantos graus quantas as pessoas que
formam a linha de parentesco, excluindo o progenitor.
2. Na linha colateral os graus contam-se pela mesma
Geração 4 forma, subindo por um dos ramos e descendo pelo outro,
mas sem contar o progenitor comum.

Artigo 1582.º
Limites do Parentesco
Geração 5 1.º Grau Salvo disposição da lei em contrário, os efeitos do
parentesco produzem-se em qualquer grau na linha recta e
até ao sexto grau na colateral.

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Relação de Sangue

Artigo 1579.º
Artigo 1578.º Elementos do Parentesco
Noção de Parentesco O parentesco determina-se pelas gerações que vinculam os
Parentesco é o vínculo que une duas pessoas, em consequência de uma delas descender da outra ou de ambas parentes um ao outro: cada geração forma um grau, e a série
procederem de um progenitor comum. dos graus constitui a linha de parentesco.

Artigo 1580.º
Linhas de Parentesco
Geração 1 1. A linha diz-se recta, quando um dos parentes descende do
outro; diz-se colateral, quando nenhum dos parentes descende
do outro, mas ambos procedem de um progenitor comum.
2. A linha recta é descendente ou ascendente: descendente,
quando se considera como partindo do ascendente para o que
Geração 2 dele procede; ascendente, quando se considera como partindo
deste para o progenitor.

Artigo 1582.º
Limites do Parentesco
Geração 3 3.º Grau Salvo disposição da lei em contrário, os efeitos do parentesco
produzem-se em qualquer grau na linha recta e até ao sexto
grau na colateral.
Artigo 2042.º contraria este limite “qualquer que seja …o grau de parentesco”

Geração 4 2.º Grau Artigo 2133.º


Classes de Sucessíveis
1. A ordem por que são chamados os herdeiros, sem prejuízo
do disposto no título da adopção, é a seguinte:
a) Cônjuge e descendentes;
Geração 5 3.º Grau b) Cônjuge e ascendentes;
c) Irmãos e seus descendentes;
d) Outros colaterais até ao quarto grau;
e) Estado.
Sephora Marchesini - 10856@por.ulusiada.pt […]
Artigo 2133.º Linha Reta
Classes de sucessíveis
1. A ordem por que são chamados os herdeiros, sem Linha Colateral
prejuízo do disposto no título da adopção, é a seguinte: Parente até o 6.º grau
a) Cônjuge e descendentes;
b) Cônjuge e ascendentes;
c) Irmãos e seus descendentes;
d) Outros colaterais até ao quarto grau;
e) Estado.
2. O cônjuge sobrevivo integra a primeira classe de
sucessíveis, salvo se o autor da sucessão falecer sem
descendentes e deixar ascendentes, caso em que integra
a segunda classe.
3. O cônjuge não é chamado à herança se à data da
morte do autor da sucessão se encontrar divorciado ou
Quem é quem?
separado judicialmente de pessoas e bens, por sentença
que já tenha transitado ou venha a transitar em julgado,
ou ainda se a sentença de divórcio ou separação vier a
ser proferida posteriormente àquela data, nos termos do
n.º 3 do artigo 1785.º.

Artigo 2042.º
Representação na sucessão legal
Na sucessão legal, a representação tem sempre lugar,
na linha recta, em benefício dos descendentes de filho
do autor da sucessão e, na linha colateral, em benefício
dos descendentes de irmão do falecido, qualquer que
seja, num caso ou noutro, o grau de parentesco.

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Artigo 1584.º
Noção de afinidade
Afinidade é o vínculo que liga cada um dos cônjuges aos parentes do outro.
Artigo 1585.º
Elementos de cessação da afinidade
A afinidade determina-se pelos mesmos graus e linhas que definem o parentesco
Geração 1 e não cessa pela dissolução do casamento por morte.

Em caso de Divórcio cessa!

Geração 2 Efeitos da afinidade são menos


extensos que os efeitos do
parentesco
Geração 3 3.º Grau (ex.: não tem direito sucessório)

Geração 4 2.º Grau

Geração 5 3.º Grau

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No Código Civil e na Legislação especial há muitas outras referências sobre os efeitos do parentesco

Limitações e restrições
à capacidade jurídica Efeito Sucessório Obrigação de alimentos Arrendamento
Artigo 1602.º Artigo 2133.º Artigo 2009.º Artigo 1106.º
Impedimentos dirimentes relativos Classes de sucessíveis Pessoas obrigadas a alimentos Transmissão por morte
São também dirimentes, obstando ao casamento entre si das 1. Estão vinculados à prestação de 1 - O arrendamento para habitação não caduca por
1. A ordem por que são chamados os
pessoas a quem respeitam, os impedimentos seguintes: morte do arrendatário quando lhe sobreviva:
herdeiros, sem prejuízo do disposto no título alimentos, pela ordem indicada:
a) O parentesco na linha recta; a) Cônjuge com residência no locado;
b) A relação anterior de responsabilidades parentais; da adopção, é a seguinte: a) O cônjuge ou o ex-cônjuge; b) Pessoa que com ele vivesse em união de facto há mais
c) O parentesco no segundo grau da linha colateral; a) Cônjuge e descendentes; b) Os descendentes; de um ano;
d) A afinidade na linha recta; b) Cônjuge e ascendentes; c) Os ascendentes; c) Pessoa que com ele vivesse em economia comum há
e) A condenação anterior de um dos nubentes, como autor ou c) Irmãos e seus descendentes; d) Os irmãos; mais de um ano.
cúmplice, por homicídio doloso, ainda que não consumado, d) Outros colaterais até ao quarto grau; e) Os tios, durante a menoridade do 2 – (Revogado.)
contra o cônjuge do outro. e) Estado. alimentando; 3 - Havendo várias pessoas com direito à transmissão, a
Artigo 1604.º 2. O cônjuge sobrevivo integra a primeira f) O padrasto e a madrasta, posição do arrendatário transmite-se, em igualdade de
Impedimentos impedientes relativamente a enteados menores circunstâncias, sucessivamente para o cônjuge sobrevivo
classe de sucessíveis, salvo se o autor da
São impedimentos impedientes, além de outros designados ou pessoa que com o falecido vivesse em união de facto,
sucessão falecer sem descendentes e deixar que estejam, ou estivessem no
em leis especiais: para o parente ou afim mais próximo ou, de entre estes,
a) A falta de autorização dos pais ou do tutor para o ascendentes, caso em que integra a segunda momento da morte do cônjuge, a para o mais velho ou para a mais velha de entre as
casamento do nubente menor, quando não suprida pelo classe. cargo deste. restantes pessoas que com ele residissem em economia
conservador do registo civil; 3. O cônjuge não é chamado à herança se à 2. Entre as pessoas designadas nas comum.
b) (Revogada.) data da morte do autor da sucessão se alíneas b) e c) do número anterior, a 4 - O direito à transmissão previsto nos números
c) O parentesco no terceiro grau da linha colateral; encontrar divorciado ou separado obrigação defere-se segundo a ordem anteriores não se verifica se, à data da morte do
d) O vínculo de tutela, acompanhamento de maior ou judicialmente de pessoas e bens, por da sucessão legítima. arrendatário, o titular desse direito tiver outra casa,
administração legal de bens; sentença que já tenha transitado ou venha a 3. Se algum dos vinculados não puder própria ou arrendada, na área dos concelhos de Lisboa
e) (Revogada.) prestar os alimentos ou não puder ou do Porto e seus limítrofes ou no respetivo concelho
transitar em julgado, ou ainda se a sentença
f) A pronúncia do nubente pelo crime de homicídio doloso, quanto ao resto do País.
de divórcio ou separação vier a ser proferida saldar integralmente a sua
ainda que não consumado, contra o cônjuge do outro, 5 - A morte do arrendatário nos seis meses anteriores à
enquanto não houver despronúncia ou absolvição por decisão posteriormente àquela data, nos termos do responsabilidade, o encargo recai data da cessação do contrato dá ao transmissário o
passada em julgado n.º 3 do artigo 1785.º sobre os onerados subsequentes. direito de permanecer no local por período não inferior
a seis meses a contar do decesso

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Artigo 1576.º
Fontes das relações jurídicas familiares
São fontes das relações jurídicas familiares o casamento, o parentesco, a afinidade e a adopção.

Paternidade não biológica


União de Facto Apadrinhamento Civil Consentida e Post mortem
(PMA)

Adoção restrita*
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Eu sou viúvo e tenho um filho homem
Arrumei uma viúva e fui me casar
A minha sogra era muito teimosa
Com o meu filho foi se matrimoniar

Desse matrimônio nasceu um garoto


Desde esse dia que eu ando é louco
Esse garoto é filho do meu filho
Sendo filho da minha sogra é irmão da minha mulher

Ele é meu neto e eu sou cunhado dele


Desafio

A minha nora é minha sogra


https://www.youtube.com/watch?v Meu filho, meu sogro é
=VqXL8FKQFkg Nessa confusão, eu já nem sei quem sou
Acaba esse garoto sendo meu avô

Seu Delegado - Trio Ô seu Doutor, não aguento mais


Forrozão Vou dar um jeito em minha vida e vou viver em paz
Esse garoto é filho do meu filho
Sendo filho da minha sogra é irmão da minha mulher
Ele é meu neto e eu sou cunhado dele
A minha nora é minha sogra
Meu filho, meu sogro é
Nessa confusão, eu já nem sei quem sou
Acaba esse garoto sendo meu avô
Ô seu Doutor, não aguento mais
Vou dar um jeito em minha vida e vou viver em paz
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Sucessão Legítima
António, através de testamento
público, dispôs o seguinte:
“Deixo os meus bens imóveis sitos
em Portugal, a norte do Tejo, ao
CASO 04

meu filho, Bento. Quanto aos


demais bens sitos em Portugal,
quero que fiquem para o meu filho
Carlos. O remanescente da minha
herança quero que fique para a
minha filha Diana. O meu prédio
urbano em Paris quero que fique
para Fernando, meu neto. Para os
devidos efeitos jurídicos, apenas
Bento e Fernando são meus
herdeiros.”
• Bento (filho) - Legatário (bens não determinados mas
determináveis) – “bens imóveis sitos em Portugal a norte
do Tejo”;
António, através de testamento • Carlos (filho) – Consoante a interpretação:
público, dispôs o seguinte: • Legatário – se interpretado como “demais bens
“Deixo os meus bens imóveis sitos imóveis sitos em Portugal – sul do Tejo e ilhas’’ (bens
não determinados mas determináveis); Esta parece
em Portugal, a norte do Tejo, ao
ser a interpretação mais correta, não obstante a
meu filho, Bento. Quanto aos literalidade dar aso a interpretações dúbias. Ou…
demais bens sitos em Portugal, • Herdeiro - interpretado como ‘’demais bens (todos
quero que fiquem para o meu filho os outros, móveis ou imóveis, indetermináveis) ‘‘ –
Carlos. O remanescente da minha herda todos os demais bens, independentemente da
herança quero que fique para a natureza (móvel ou imóvel). Se os bens forem todos
minha filha Diana. O meu prédio sitos em Portugal, parece que Carlos tem a
urbano em Paris quero que fique possibilidade de receber a totalidade da herança,
mas sabemos que assim não poderá ser.
para Fernando, meu neto. Para os
• Diana (filha) – Herdeira (bens indetermináveis);
devidos efeitos jurídicos, apenas • Fernando (neto) – Legatário (bem determinado).
Bento e Fernando são meus
herdeiros.”
A casado com B,
sofreram um acidente
e faleceram em
CASO 05

simultâneo.

Sobrevivem-lhe os
filhos C e D, e os
irmãos E (germano) F e
G (consanguíneos)

C repudia a herança.
• 2031.º Abertura da Sucessão
de A

• Esposa – Comoríência 68.º n.º2


(uma não sucede ao outro)
A casado com B, • Sobrevive – Filhos e Irmãos
sofreram um acidente • 2133.º | 2156.º- Sucessíveis
e faleceram em Prioritários C e D
simultâneo. • Legítima de 2/3 (ausência de
cônjuge 2159.º n.º2), se não
dispor do 1/3 que poderia,
Sobrevive-lhe os filhos aplica-se 2131.º, sendo
chamado seus filhos conforme
C e D, e os irmãos E 2134.º
(germano) F e G • C e D são herdeiros.
(consanguíneos) • C ao repudiar, sem
representantes (2042.º, acresce
a Legítima de D (2137.º n.º2)
C repudia a herança. Recebe tudo
• Irmãos afastados 2134.º
(terceira classe 2133 n.º1 al. c))
Caberia direito de Representação por C e D
de B na sucessão de A?
Não -» 2042.º e 2044.º
2159.º n.º2
Rui, solteiro e sem filhos,
falece em agosto de 2018,
tendo-lhe apenas
sobrevivido o seu primo
CASO 06

Daniel, neto de Bernardo,


que é irmão de Xavier
(falecido pai de Rui).
Como se partilharão os
100.000€ que compõem o
património hereditário de
Rui?
O Rui é o nosso ponto de referência. Só Daniel
sobreviveu. É preciso atender ao art.2133º CC. Rui e
Daniel são parentes na linha colateral porque
Rui, solteiro e sem filhos, descendem de um progenitor comum, o pai ou mãe.
No art.2134º temos uma hierarquia de classes. O rui
falece em agosto de 2018, não tem cônjuge, nem descendentes. Por isso temos
tendo-lhe apenas de passar à alínea seguinte. Os parentes pré-
sobrevivido o seu primo falecidos já não existem. Temos de analisar os
irmãos e seus descendentes. O rui não tem irmãos,
Daniel, neto de Bernardo, por isso temos de passar a outros colaterais até ao
que é irmão de Xavier 4º grau. O Daniel é parente colateral. Resta saber
(falecido pai de Rui). qual o grau de parentesco – 1581º. Temos de contar
as pessoas que entram na linha, sem contar com o
Como se partilharão os progenitor comum, subindo por um ramo e
100.000€ que compõem o descendo por outro. Eles são parentes no 5º grau da
património hereditário de linha colateral. Por isso, D não sucede a R. Temos
de passar ao seguinte: o Estado.
Rui? Há exceções no art.1582º (parente é até 6.º grau,
mas em sucessões está limitada a sucessão até o 4.º
grau)
Carlos morre, solteiro e
sem filhos, deixando
apenas sobrevivos os
seus irmãos: Guilherme
CASO 07

(filho dos pais de


Carlos), Daniela (filha
do pai de Carlos) e
Manuel (filha da mãe de
Carlos). Sabendo que
Carlos deixa uma
herança no valor de
120.000€, quid iuris?
Temos de atender ao artigo 2133.º e ao 2146º
O Guilherme é irmão germano por ser filho do
Carlos morre, solteiro e mesmo pai e mãe, Daniela, que só tem em
comum o mesmo pai (irmã consanguínea), e o
sem filhos, deixando Manuel é um irmão uterino.
Carlos é parente colateral de todos os seus
apenas sobrevivos os irmãos – linha colateral no 2.º grau.

seus irmãos: Guilherme


(filho dos pais de O Guilherme vai receber 60.000€ e cada um dos
Carlos), Daniela (filha outros vai receber 30.000€.

do pai de Carlos) e A Q.I.U (quota dos irmãos unilaterais) = valor da


herança: nº de irmãos unilaterais + (nº de
Manuel (filha da mãe de irmãos bilaterais x 2).
120 mil = 2w + 1(2w) = 4w = 120mil/4 = 30mil
Carlos). Sabendo que Ou 120 mil = 2w + 1y* = 4x = 120mil/4 = 30mil
(onde w = 2y)
Carlos deixa uma W = 30 mil
Y = 2w = 2x30mil= 60mil
herança no valor de A Q.I.B (quota dos irmãos bilaterais) = valor da
120.000€, quid iuris? herança: nº de irmãos unilaterais + (nº de
irmãos bilaterais x 2) x 2.
120 mil = [2w + 1(2w)] x 2 = 4w x 2 = [120mil/4] x
2 = 60mil
Capacidade Sucessória
Vocação Sucessória:
Aceitação/Repúdio |Representação
Quem Sucede A?

A teve filho C, e posteriormente


casou com B que já tinha um
filho F.
CASO 08

A e B tiveram dois filhos juntos,


D e E.

C é casado, e tem o filho G.

Na Sucessão por morte de A,


C,D,E,F recebem igualmente?

(Valor total de Herança de 75 mil


euros)
•C e D, ou C e E são irmãos
consanguíneos, D e E são
irmãos germanos e E e F
ou D e F são irmãos
Quem Sucede A? uterinos.

A filho de Y, teve filho C, e •2146.º – C,D,E recebem o


posteriormente casou com B que mesmo, eles estão a
já tinha um filho F. suceder ao pai. Face ao A
A e B tiveram dois filhos juntos, eles são descentes na linha
reta em 1º grau.
D e E, mas B faleceu no parto.
•F é enteado, afim na linha
C é casado, e tem o filho G. reta em 1.º grau --» não
tem direito sucessório.
Na Sucessão por morte de A,
C,D,E,F recebem igualmente?
 Irmãos Germanos --»

(Valor total de Herança de 75 mil


euros)  Irmãos Uterinos --»

Total de 75 mil,  Irmãos consanguíneos --»


divididos por 3 --»
25mil euros cada
E faleceu.
Sobreviveram-lhe os
filhos F e G, e os
netos, M e J, filho de
H, pré-falecido, e P,
filho de G.
CASO 09

E deixou bens no
valor de 105mil euros
e dívidas no valor de
15 mil.
fez testamento em que
dispôs a sua quota
disponível em favor do
filho G.
F repudia, e J foi
deserdado por H.
•Sucessão legitimária – art 2157º, 2133.º
E faleceu. n.º 1 al.a), 2135.º - são herdeiros
legitimários os descendentes F G e M e J pelo
Sobreviveram-lhe os direito de representação de H, que é pré-
falecido.

filhos F e G, e os •Património de E (2162.º) -» 105 mil ativo –


15 de passivo= 90mil, e conforme 2159.º
netos, M e J, filho de n.º2 a Legitima objetiva é de 60 mil.

H, pré-falecido, e P, •30 mil da quota disponível ficam para filho


G.

filho de G. •P, neto é afastado pela preferência de grau


de parentesco 2135.
E deixou bens no •Partilha conforme 2136.º, 2139.º n.º2,

valor de 105mil euros 2157.º é por cabeça, ficando F com 20mil, G


com 20 mil. E a estirpe de H com 20 mil.

e dívidas no valor de •Como F repudiou, não sendo aplicável o


direito de representação (2137.º n.º2 e

15 mil. 2157.º), a sua parte irá acrescer a dos mais.


Portanto os 20 mil vão para G e estirpe de H.

fez testamento em que •Pressupostos do Direito de acrescer...

dispôs a sua quota •M e J chamados na estirpe de H 2044.º

disponível em favor do •Deserdação de J por H não a afasta da


sucessão de A, 2043.º

filho G. •G 30mil QD + 20mil legítima + 10 mil pelo


direito de acrescer

F repudia, e J foi •M e J recebem 20mil legítima + 10mil pelo


direito de acrescer, dividido por 2 (2136.º),
cada um leva 15mil
deserdado por H. 90 mil euros
Vocação Sucessória: Transmissão,
Direito de Acrescer, Substituições
Sucessão Legitimária
M é autor da sucessão. M é
casado com N e é pai de B que é
mãe de D. M também é pai de C.
C tem três filhos, A, H, J. Indique
CASO 10

passo a passo a sucessão de M,


considerando que B é pré-
falecida, que C repudia e que M
instituiu L como seu herdeiro
universal.

Indique as quotas.
• 2031.º Abertura da Sucessão de M

• L instituído por testamento, sobrevivem a


M a sua mulher, , N o seu filho C e os
seus netos H A J, e o D filho de B pré
falecido.
• Cônjuge e descendentes são herdeiros
legitimários (2157.º) - quota indisponível
M é autor da sucessão. M é de 2/3 (2159.º).
casado com N e é pai de B que é • M instituiu L herdeiro universal, é uma
mãe de D. M também é pai de C. deixa que resulta em
liberalidade inoficiosa (2168.º), ofende a
C tem três filhos, A, H, J. Indique legítima - liberalidade pode ser reduzida
(2168.º) a requerimentos dos herdeiros
passo a passo a sucessão de M, legitimários. A deixa de L deve ser
considerando que B é pré- reduzida a 1/3.
falecida, que C repudia e que M • Cônjuge e descendentes – 1.ª Classe
sucessória (2133.º n.º1 al. a)). B se fosse
instituiu L como seu herdeiro vivo seria chamado, mas como é pré-
universal. falecido à data da abertura, é chamado,
em representação de B - 2042.º.

• Legítima de cônjuge e descendentes é por


Indique as quotas. cabeça (2139.º n.º1, 1.ª parte), cabendo a
cada um 2/9 (2/3x1/3)

• C repudia (2062.º), mas sobrevivem três


filhos, e pelo direito de representação
(2039.º e2042.º) são chamados, recebendo
2/27 (2/9:3=2/9x1/3)
António tem dois filhos do
primeiro casamento com Benta:
Carlos e Diana. Diana é casada
com Eduardo. O casal tem três
filhos: Fernando, Gustavo e Hélia.
Carlos vive em união de facto com
CASO 11.1

Igor. O casal tem uma filha


adotiva: Joana. A atual mulher de
António, Luísa, tem um filho de
um casamento anterior com Nélio:
Marcos. Após a abertura da
sucessão de António, analise as
seguintes hipóteses:
a) Proceda à divisão da sua
herança.
b) Proceda à divisão da herança de
Diana sabendo que esta
repudiou a sua herança.
António tem dois filhos do
primeiro casamento com Benta:
Carlos e Diana. Diana é casada
com Eduardo. O casal tem três
filhos: Fernando, Gustavo e Hélia.
Carlos vive em união de facto com
Igor. O casal tem uma filha
adotiva: Joana. A atual mulher de
António, Luísa, tem um filho de
um casamento anterior com Nélio:
Marcos. Após a abertura da
sucessão de António, analise as
seguintes hipóteses:
a) Proceda à divisão da sua
herança.
b) Proceda à divisão da herança de
Diana sabendo que esta
repudiou a sua herança.
a) Verificando os Títulos de sucessão, não há voluntária
António tem dois filhos do (Testamentária e Contratual), nem mesmo doações em vida que
primeiro casamento com Benta: pudessem resultar em liberalidades inoficiosas ou colação. Diante
disso, seguimos para sucessão Legal, neste caso legítima (2131.º)
Carlos e Diana. Diana é casada Verificamos a concorrência entre cônjuge e 2 filhos do primeiro
com Eduardo. O casal tem três casamento, sendo os netos afastados (2134.ºpreferência de classes
e 2135.º preferência de graus). Resultando na divisão por cabeça
filhos: Fernando, Gustavo e Hélia. (2136.º), visto estar assegurado o mínimo de ¼ a cônjuge L (2139.º
Carlos vive em união de facto com n.º1).
Igor. O casal tem uma filha Total da herança, em que 1/3 vai para cônjuge L, 1/3 para filha D,
1/3 para C.
adotiva: Joana. A atual mulher de
António, Luísa, tem um filho de
um casamento anterior com Nélio: b) Com o repúdio da Diana antes de se aplicar o
Marcos. Após a abertura da 2137º nº2 (ineficácia do chamamento),é preciso
sucessão de António, analise as verificar se há direito de representação.
seguintes hipóteses: Conforme o 2039.º e seguintes, atentando ao
a) Proceda à divisão da sua 2042.º, permitindo que os filhos de D, FGH ocupem
herança. o lugar atribuído à mãe, ou seja, o valor que seria
atribuído à mãe divide-se por cabeça pelos 3 filhos.
b) Proceda à divisão da herança de
Diana sabendo que esta 1/3 da herança que caberia a Diana, recairia 1/3 de
repudiou a sua herança. 1/3 da herança a cada um dos filhos (ou seja 1/9)
António tem dois filhos do primeiro casamento
com Benta: Carlos e Diana. Diana é casada com
Eduardo. O casal tem três filhos: Fernando,
Gustavo e Hélia. Carlos vive em união de facto
com Igor. O casal tem uma filha adotiva: Joana. A
atual mulher de António, Luísa, tem um filho de
um casamento anterior com Nélio: Marcos. Após
a abertura da sucessão de António, analise as
seguintes hipóteses:
CASO 11.2

c) Diana aceita a herança do pai caso


esta seja superior a um milhão de euros.
d) Diana repudia. Eduardo entende que a
mulher não deveria ter repudiado a
herança e pretende saber se pode opor a
este ato.
e) Diana repudia a herança, mas,
passados dois dias, descobre a existência
de um testamento. Ainda pode aceitar?
f) Diana pretende aceitar a parte
correspondente à sucessão legitimária,
mas pretende repudiar a sucessão
legítima. Pode fazê-lo?
g) Diana repudia. Os seus credores
pretendem reagir contra esta situação.
Terão algum meio para o fazer?
António tem dois filhos do primeiro casamento
com Benta: Carlos e Diana. Diana é casada com
Eduardo. O casal tem três filhos: Fernando,
Gustavo e Hélia. Carlos vive em união de facto C) 2054º nº1 – a herança não pode ser sujeita a condição
com Igor. O casal tem uma filha adotiva: Joana. A (facto futuro e incerto).
atual mulher de António, Luísa, tem um filho de
um casamento anterior com Nélio: Marcos. Após
a abertura da sucessão de António, analise as
D) Não – só nos termos do 2067º poderá haver substituição
seguintes hipóteses: na aceitação.
A depender do regime de bens (exceto no regime da
c) Diana aceita a herança do pai caso separação de bens), Eduardo poderia recorrer ao instituto
esta seja superior a um milhão de euros. das ilegitimidades conjugais, visto que para Repudiar seria
d) Diana repudia. Eduardo entende que a necessário o seu consentimento – 1668.º.
mulher não deveria ter repudiado a
herança e pretende saber se pode opor a E) 2066º é o regime-base – contudo, opera aqui a exceção
este ato. do 2055º - o repúdio em sede de sucessão legal não impede
e) Diana repudia a herança, mas, o direito de aceitação ou repúdio a título voluntário,
passados dois dias, descobre a existência nomeadamente testamentário. A regra da indivisibilidade
de um testamento. Ainda pode aceitar? só se quebra relativamente ao testamento que ao tempo da
f) Diana pretende aceitar a parte abertura da sucessão não era conhecido.
correspondente à sucessão legitimária,
mas pretende repudiar a sucessão F) 2054º nº2 – 2055º não se aplica, pois não se verifica a
legítima. Pode fazê-lo? dicotomia sucessão voluntária (testamentária) e legal.
g) Diana repudia. Os seus credores
pretendem reagir contra esta situação. G) Sim, não será aplicado o direito de representação para
Terão algum meio para o fazer? os seus filhos. Os credores nos termos 2067º poderão
aceitar a herança no seu lugar.
António tem dois filhos do
primeiro casamento com Benta:
Carlos e Diana. Diana é casada
com Eduardo. O casal tem três
filhos: Fernando, Gustavo e Hélia.
Carlos vive em união de facto com
Igor. O casal tem uma filha
CASO 11.3

adotiva: Joana. A atual mulher de


António, Luísa, tem um filho de
um casamento anterior com Nélio:
Marcos.

Na sequência de um violento
acidente de viação, morreram
Carlos e Joana. António, que
também seguia no carro, morreu
três dias depois da do filho e da
neta.
a) Qual o destino da parte da
herança de António que caberia
a Carlos?
António tem dois filhos do
primeiro casamento com Benta: Carlos não pode aceitar a herança porque morreu
Carlos e Diana. Diana é casada antes, é pré-morto. A António vão suceder,
com Eduardo. O casal tem três legitimariamente, o cônjuge e os filhos, Quanto a
filhos: Fernando, Gustavo e Hélia. Joana, não poderá haver representação porque
Carlos vive em união de facto com funciona a presunção de comoriência. Então qual o
Igor. O casal tem uma filha destino da parte que caberia ao C e não pode
adotiva: Joana. A atual mulher de transitar para o património de J?
António, Luísa, tem um filho de Funcionará o direito de acrescer. Se não existisse
um casamento anterior com Nélio: este direito, funcionariam as regras da sucessão
Marcos. legítima, mas existe. Se funcionasse o direito de
representação, ele teria primazia sobre o direito de
Na sequência de um violento acrescer (2304º CC), sendo que só funciona na linha
acidente de viação, morreram reta descendente (2042º CC).
Carlos e Joana. António, que Assim, concorrem à herança Diana, filha, Luísa,
também seguia no carro, morreu mulher, e C, mas C sendo pré-falecido, e sem
três dias depois do filho e da neta. possibilidade do direito de representação, aplica-se o
a) Qual o destino da parte da o direito de acrescer em que é distribuído pelos
herança de António que caberia a demais herdeiros, na devida proporção,
Carlos? independentemente de serem pré-mortos e terem
proporções internas subsequentes (atentar ao
2139.º n.º1 quanto aos cônjuges e ao 2301º nº1 e
nº2 quanto aos herdeiros testamentários.
António tem dois filhos do primeiro
casamento com Benta: Carlos e
Diana. Diana é casada com Eduardo.
O casal tem três filhos: Fernando,
Gustavo e Hélia. Carlos vive em
CASO 11.4

união de facto com Igor. O casal tem


uma filha adotiva: Joana. A atual
mulher de António, Luísa, tem um
filho de um casamento anterior com
Nélio: Marcos.

Imagine que Diana morre dois dias


depois do pai e que os seus filhos,
Fernando, Gustavo e Hélia, e o
marido, morrem três dias depois
de Diana. A viúva de António
entende que é a parte que a este
caberia lhe acresce; terá razão?
António tem dois filhos do primeiro
casamento com Benta: Carlos e
Diana. Diana é casada com Eduardo.
O casal tem três filhos: Fernando,
Gustavo e Hélia. Carlos vive em
união de facto com Igor. O casal tem
uma filha adotiva: Joana. A atual
mulher de António, Luísa, tem um
filho de um casamento anterior com
Nélio: Marcos.

Imagine que Diana morre dois dias


depois do pai e que os seus filhos,
Fernando, Gustavo e Hélia, e o
marido, morrem três dias depois de
Diana. A viúva de António entende
que é a parte que a este caberia lhe
acresce; terá razão?
A autor da sucessão é
casado com B que lhe
sobrevive.
CASO 11

Sobrevive-lhe também
o filho C, e netos D, E,
F.

C morre sem ter


aceitado ou repudiado
a sucessão.
• 2031.º Abertura da
Sucessão de A

1/2 • Sobrevive – B,C, D, E, D


1
• 2133.º - Sucessíveis
- B e C --» Prioritários
A autor da sucessão é - D, E, F --» 2.ª Classe
casado com B que lhe
• 2133.º n.º 1 a) e 2135.º
sobrevive. 2 Cônjuge e Descendente
1/2
• 2139.º Partilha entre
Sobrevive-lhe também Cônjuge e 1 descendente
o filho C, e netos D, E,
• Descendente C falece --»
F. 2058.º herdeiros D, E, F

• Quota disponível não foi


C morre sem ter utilizada, se fosse, estava
aceitado ou repudiado limitada a 1/3 – 2159.º
a sucessão. • Cálculo entre cônjuge e
½ -» Dividido por 3 = 1/6 de C cada filhos é dividir =, desde que
o cônjuge receba pelo
menos1/4 – 2139.º
B é autor da sucessão.
B é filho de A que é pré-
CASO 12

falecido. B tem uma irmã


C e é casado com H, com
quem tem um filho T. T
tem um filho S.

T morreu sem ter aceitado


ou repudiado.
S é indigno em relação a
T.
•2031.º abre-se a sucessão

•Sobrevivem a B, cônjuge H, filho T, e o neto S, e o irmão C.


•Sucessíveis prioritários são cônjuge H e os descendentes, mas
pelo grau de parentesco afasta-se S – 2133.º n.º1 al. A) 2135.º

•Cálculo da legítima (2162.º n.º1 e 2159.º n.º2) será de 2/3 a


quota indisponível. Mas B não dispôs em vida.

•Total divide-se metade para cônjuge H e a outra metade para


B é autor da sucessão. T.
B é filho de A que é pré-
•Como T faleceu após, sem ter aceitado ou repudiado, abre o
falecido. B tem uma irmã direito de suceder a B, que é atribuído a S 2058.º n.º1.
C e é casado com H, com
•Mas S é indigno em relação a T. Como sucederia B,
quem tem um filho T. T 1 aparentemente seria indiferentes. Contudo no 2058.º n.º2
tem um filho S. afasta "transmissão só se verifica se os herdeiros
aceitarem a herança do falecido", mas como é indigno
não poderia aceitar. Se é incapaz de suceder a T (2034.º) S
T morreu sem ter aceitado também não poderá ter direito a suceder B. Logo H acresce a
quota de T (2137.º n.º2) e receberá sozinha todos os bens.
ou repudiado.
S é indigno em relação a 2 •Diferente seria se T tivesse repudiado ou fosse pré-falecido,
caberia a representação pelo S (2042.º), não importando a
T. indignidade em relação a T, somente se fosse relacionado ao
de cuius B -» VOCAÇÃO INDIRETA 2043.º.

•C está na 3.ª classe sucessória apenas (2133.º n.º1 al.c) e por


isso não chega a ser chamado por se obedecer a regra de
preferência do 2134.º
A autor da sucessão.
Casado com F que lhe
sobrevive.
Sobrevive-lhe também o
filho B. e os netos N, L, P.
CASO 13

N é mãe de J e P é pai de
C.

B morre sem ter aceitado


ou repudiado.
N repudia.

A não fez testamento nem


dispôs de outra forma os
seus bens.
•Com a morte de A abre-se a sucessão
legitimária a favor dos descendentes e cônjuge
– 2156.º, 2157.º e 2133.º n.º1 a)

•Cônjuge F, e B, por serem os sucessíveis


prioritários - 1.ª classe
•Restantes, descendentes P, N, L netos e Os
A autor da sucessão. bisnetos J e C são afastados, pela regra de
Casado com F que lhe preferência de grau 2135.º.
sobrevive. 1
•Cálculo da legítima (2162.º n.º1 e 2159.º n.º2)
Sobrevive-lhe também o será de 2/3 a quota indisponível . Entretanto ele
não fez qualquer disposição, e por isso o valor
filho B. e os netos N, L, P. integral será para cônjuge e descendente.
N é mãe de J e P é pai de
•Repartição entre cônjuge e descendente será
C. por cabeça- 2139.º n.º1, 1.ª parte.
2
•B morre sem ter aceitado ou repudiado. Direito
B morre sem ter aceitado de Transmissão 2058.º n.º1.
ou repudiado.
•N, L, P se repudiassem a herança de B não
N repudia. poderiam suceder a herança de A. Entretanto
poderiam repudiar a herança de A, e aceitar
apenas a de B – 2058.º n.º2
A não fez testamento nem
dispôs de outra forma os •N repudia a herança de A, como tem um
descendente, J, esta será chamada pelo direito
seus bens. de representação (2042.º), ocupando assim a
posição de N, junto com L e P.
•Sucessão de A resulta no concurso entre
cônjuge F e os sucessores de B.

•Cônjuge receberá ½ da herança.


•Netos ½ ÷ 3 que é equivalente a 1/6
E faleceu.
Sobreviveram-lhe os filhos
CASO 15

F e G, e os netos, M e J,
filhos de H, pré-falecido, e
P, filho de G.
E deixou 105mil, e 15 mil
em dívidas.
Em testamento dispôs da
sua quota disponível a G.
F repudia e J foi deserdado
por H.
•Com a morte de A abre-se a sucessão
legitimária a favor dos descendentes –
2156.º, 2157.º e 2133.º n.º1 a)

•Cálculo da legítima (2162.º n.º1 e


2159.º n.º2) será de 2/3 a quota
indisponível

•105 mil -15 mil = 90 mil dos quais 60


indisponível e 30 disponível.
E faleceu. •Legítima será dividida pelos 3 filhos,
Sobreviveram-lhe os filhos F por cabeça 2136.º e 2139.º n.º2
e G, e os netos, M e J, filhos •20 mil para cada F,H (estirpe),G
•G receberá mais 30 mil da quota
de H, pré-falecido, e P, filho disponível.
de G. •F repudiou, a sua parte acresce aos
E deixou 105mil, e 15 mil em sucessíveis da mesma classe 2137.º n.º2
dívidas. e 2157.º --» 10 mil para G e 10 mil para
estirpe de H.
Em testamento dispôs da
sua quota disponível a G. •H é pré falecido (não
aceitou/repudiou), descendentes M e J
F repudia e J foi deserdado são chamados pelo direito de
por H. representação 2039.º, 2042.º e 2044.º.

•Ainda que J tenha sido deserdado


(2166.º) pode exercer o direito de
representação 2043.º.

G – 30 mil legítima (20+10) e 30 mil


da sucessão testamentária
M e J – 20 mil mais 10 mil do direito
de acrescer F (2136.º e 2157.º /2 –»
105 mil euros 15 mil euros 15 mil cada)
Tendo em atenção os seguintes factos:
- António e Benedita eram casados no
regime da separação de bens, não tinham
filhos em comum e já não tinham
ascendentes vivos;
- Benedita tinha um filho (Carlos) de um
anterior casamento;
- António era proprietário de um
apartamento e de um valioso quadro;
- António fez testamento no qual deixou o
CASO 18

valioso quadro à filha da sua sobrinha


Daniela, que se previa vir a nascer daí a
três meses;
- Um mês depois de feito o testamento,
António e Benedita, quando velejavam no
seu barco em alto mar, caíram água, não
mais sendo vistos;
- Dois meses depois, Daniela acabou por
“dar à luz” a sua filha já morta.
Diga quem tem direito aos bens deixados
por António, uma vez que, por um lado,
Daniela reclama o quadro, e, por outro,
Francisco, único irmão de António, e Carlos
reclamam o quadro e o apartamento (na
resposta, além das outras normas
pertinentes, tenha também em atenção os
artigos 2033.º e 2133.º).
1.º Ponto Escrito (T. ABCD) de DPSJ 2023
Tendo em atenção os seguintes factos:
- António e Benedita eram casados no
regime da separação de bens, não tinham
filhos em comum e já não tinham
ascendentes vivos;
- Benedita tinha um filho (Carlos) de um
anterior casamento;
- António era proprietário de um
apartamento e de um valioso quadro;
- António fez testamento no qual deixou o
valioso quadro à filha da sua sobrinha
Daniela, que se previa vir a nascer daí a
três meses;
- Um mês depois de feito o testamento,
António e Benedita, quando velejavam no
seu barco em alto mar, caíram água, não
mais sendo vistos;
- Dois meses depois, Daniela acabou por
“dar à luz” a sua filha já morta.
Diga quem tem direito aos bens deixados
por António, uma vez que, por um lado,
Daniela reclama o quadro, e, por outro,
Francisco, único irmão de António, e Carlos
reclamam o quadro e o apartamento (na
resposta, além das outras normas
pertinentes, tenha também em atenção os
artigos 2033.º e 2133.º)

1.º Ponto Escrito (T. ABCD) de DPSJ 2023


 Abertura de Sucessão 2031.º 2026.º|Caso de Comoriência - 68.º n.º2

 Sucessão Legitimária 2027.º, 2157.º- Sucessíveis Prioritários, afastamento dos demais (Regra de preferência -
Classe, Grau) 2134.º, 2135.º, 2136.º

 Cálculo da Herança 2162.º (2158.º, 2159.º, 2160.º, 2161.º) - Legítima Objetiva, Legítima Subjetiva, Quota
Disponível (calcular Relictum, Donatum e Passivo e verificar se há liberalidades inoficiosas 2168.º e 2169.º)

 Testamento| Sucessão Legítima 2027.º, 2131.º - Sucessíveis na Legítima, afastamento dos demais (Regra de
preferência - Classe 2133.º 2134.º, Grau de parentesco 2135.º)

 Cálculo da Herança - Valor restante após cumprir o testamento.

 Verificar se há casos de prioritário que não possa (não sobrevivência| morte presumida| indignidade 2036.º|
deserdação 2166.º) ou não queira (Repúdio - 2062.º) aceitar a herança … morte subsequente*

 Aplicar se necessário Direito de Representação (2039.º ss) /Direito de Acrescer (2137.º e 2143.º), Substituição
Vulgar, Transmissão* (2058.º).

 Iniciar divisão por cabeça/estirpe (ressalvado alguns casos – 2139.º, 2142.º, 2146.º)
Correção do Ponto Escrito

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