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Bacharel em Artes Plásticas e Licenciado em Educação Artística pela Universidade São Judas. Concluiu
pós-graduação lato sensu em Artes Plásticas na mesma Universidade. Mestre em Educação pela
Universidade Nove de Julho - UNINOVE. Atualmente é docente do ensino superior, curso de Arquitetura
e Urbanismo da Universidade Nove de Julho – UNINOVE e Centro Universitario Belas Artes de São Paulo,
ministrando aulas de História da Arte, Restauro e Desenho do Objeto. É professor efetivo de Educação
Artística da Rede Pública Estadual.
As produções arquitetônicas sempre serviram para representar
sentimentos, sobretudo no que se refere às orientações emocionais coletivas
por meio de comunicação estética. Na religião católica, doutrinava- se, na
Idade Média, por meio de suas imensas construções, para um povo inculto e
analfabeto, seja nos murais ou nas grandes cúpulas bizantinas por onde
entrava toda a luminosidade, que Deus é soberano e está acima de todos,
seres tão pequenos em Sua casa. Também na verticalidade das catedrais
góticas, com suas paredes rasgadas em grandes vitrais policrômicos, que
permitiam que a luz entrasse por todos os lados, buscava-se mostrar que Deus
está entre todos. Assim as produções arquitetônicas no ambiente cultural tem
muita influências na construção da subjetividade humana.
Frago (2001, p.26) define que o espaço escolar “tem que ser analisado
como um constructo cultural que expressa e reflete, para além de sua
materialidade” e que os espaços escolares “como lugares que abrigam a
liturgia acadêmica, estão dotados de significados e transmitem uma importante
quantidade de estímulos, conteúdos e valores do chamado currículo oculto”
(idem, p.27).
Educar é mostrar a vida a quem ainda nunca a viu, ainda que isso às
vezes provoque certo estranhamento. A influência do educador nesse processo
é enorme. Ele diz ao aluno - Veja! – e, ao falar, aponta, orienta. O aluno olha
na direção apontada e vê o que nunca viu, ou revê aquilo com outro olhar. É aí
que seu mundo se expande e ele aprende para sempre. A educação só tem
sentido como vida, e a arquitetura como vivência. Como explica Escolano
(2001, p. 45):
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Ideia preliminar do edifício projetado, levando em consideração a topografia, o entorno, orientação
solar, para se ter uma definição formal com elementos de fachada, abertura, elementos de ligação,
circulação, interpretação do tema e conceito.
moldadas. Com essas escolas, agravou-se mais a questão da identidade da
arquitetura escolar e uma escola sem identidade não atrai os alunos:
Por sua vez, a sociedade está tão acostumada a ver a escola como
instituição fechada, que não percebe nas novas edificações os espaços que
vão sendo concebidos, e continua mantendo as salas de aula fechadas, com o
professor usando o mesmo modelo de transmissão de conhecimento - ele na
frente das carteiras enfileiradas, em que os alunos permanecem sentados e
trancafiados durante quatro horas, vendo a mesma paisagem, ou seja, as
paredes e eventualmente os muros.
Referências Bibliográficas
ARGAN, G.C. Arte Moderna. Trad. Denise Bottmann e Frederico Cartti. São
Paulo: Companhia da Letras, 1992.
MORAIS, Regis de. Sala de aula: que espaço é esse? 7ª ed. Campinas, SP:
Papirus, 1994.
SALES, Jose Albino Moreira de. Será que temos a arquitetura escolar que
merecemos? é possível des-construir e re-construir a concepção e as práticas
vigentes da arquitetura escolar? In Revista da Educação AEC Brasília. v. 34,
n. 135, p. 80-85, jun., 2005
www.aprenda450anos.com.br/450anos/escola_cidade/6_ceu.asp#aprenda
www.arcoweb.com.br/memoria/ceus-centros-unificados-educacionais-prefeitura-municipal-
24-02-2006.html
www.piniweb.com.br
www.prefeitura.sp.gov.br/portal/a_cidade/noticias/index.php?p=13124
www.revistaau.com.br/au/extra/galeria.asp?e=178|122928&t=E1
www.vitruvius.com.br