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missionária de Paulo
c. 53-57 d.C.
(At 19:1-21:16)
Percorreu praticamente o
mesmo terreno que a
segunda.
Ao fundo está o
Acrocorinto, com um
templo para Afrodite
em seu topo.
Atos 19 relata o ministério de Paulo em Éfeso, onde encontra discípulos
de João Batista e os batiza em nome de Jesus. Ele prega e realiza milagres
na escola de Tirano por dois anos.
1 Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo viajava pela regiões altas da província da Ásia e chegou a Éfeso, onde
encontrou diversos discípulos.
4 Então Paulo mostrou-lhes que o batismo de João era um batismo de arrependimento, e também disse que eles
deviam prosseguir e crer em Jesus, aquele que João disse que viria depois dele.
5 Logo que eles ouviram isso, foram batizados no nome do Senhor Jesus.
6 E depois, quando Paulo impôs as mãos sobre a cabeça deles, o Espírito Santo veio sobre eles, e começaram a
falar em outras línguas e a profetizar.
Histórica: Essa passagem descreve o encontro de Paulo com discípulos que receberam apenas o batismo de João
Batista. Paulo os batiza em nome de Jesus e o Espírito Santo desce sobre eles.
Bíblica: Isso demonstra a importância do batismo em nome de Jesus e a relação entre batismo e recebimento do
Espírito Santo, realçando a continuidade entre as diferentes fases da revelação.
Sistemática: Destaca a pneumatologia, enfatizando o papel do Espírito Santo na vida do crente e como o batismo simboliza
a nova identidade em Cristo.
Prática: Destaca a necessidade de uma compreensão profunda do batismo e da importância da trindade para a formação da
fé.
Cultural e Geográfica: Em Éfeso, uma cidade rica em sincretismo religioso, a transição dos discípulos de João Batista para o
batismo em nome de Jesus reflete a complexidade de uma sociedade onde várias crenças coexistem.
Linguística: O uso do termo "batizo" (βαπτίζω) no contexto grego indica uma ação profunda e imersiva, refletindo a mudança
radical no entendimento e na experiência do batismo cristão.
8-12: Pregação e Milagres em Éfeso
8 Então Paulo foi à sinagoga e pregou corajosamente todas as semanas durante três meses, argumentando de
forma convincente a respeito do Reino de Deus.
9 Porém alguns rejeitaram a mensagem dele e falaram publicamente contra o Caminho; por causa disso ele saiu
de lá, recusando-se a pregar novamente para eles. Depois tomou os discípulos e passou a falar diariamente na
escola de um homem chamado Tirano.
10 Isso continuou durante os dois anos seguintes, de modo que todos na província da Ásia, tanto judeus como
gregos, ouviram a palavra do Senhor.
12 De modo que até quando os lenços ou peças da roupa que ele usava eram levados e colocados sobre os
doentes, estes ficavam curados das suas doenças, e os espíritos malignos que estavam neles saíam.
8-12: Pregação e Milagres em Éfeso
Histórica: Descreve a pregação e os milagres de Paulo em Éfeso, destacando a resposta positiva dos ouvintes.
Bíblica: Ressalta a eficácia da Palavra de Deus e o papel dos milagres como sinais da presença do Reino.
Prática: Mostra a relevância do ensino e dos milagres para a propagação do Evangelho e a transformação de vidas.
Cultural e Geográfica: A escola de Tirano, um local de busca pelo conhecimento em Éfeso, destaca como a cidade era um
centro intelectual e cultural. Os milagres de Paulo confrontaram as crenças populares e desafiaram a influência de Artemis.
Linguística: O termo "milagre" (δύναμις) em grego reflete a demonstração de um poder divino que ultrapassa as leis naturais,
ilustrando a natureza sobrenatural dos eventos.
13-20: Confronto com os Exorcistas e Impacto na Cidade
13 Um grupo de judeus viajantes que ia de lugar em lugar expulsando espíritos imundos tentou usar o nome do
Senhor Jesus, dizendo: “Em nome de Jesus, a quem Paulo prega, eu lhes ordeno que saiam!”
14 Quem estava fazendo isso eram os sete filhos de Cevá, um dos sacerdotes principais dos judeus.
15 Mas quando eles tentaram isso com um homem dominado com um espírito imundo, o espírito respondeu:
“Eu conheço Jesus e conheço Paulo, mas quem são vocês?”
16 Então o homem dominado pelo espírito mau saltou em cima deles e os espancou, de modo que fugiram da
casa dele, nus e feridos.
17 A história do que tinha acontecido espalhou-se rapidamente por toda a Éfeso, tanto entre os judeus como
entre os gregos; e um grande temor desceu sobre a cidade, e o nome do Senhor Jesus era grandemente
reverenciado.
18 Então muitos dos que creram confessavam em público as obras más que tinham feito antes.
19 Muitos dos crentes, que tinham praticado ocultismo, confessaram as suas obras. Trouxeram seus livros de
magia e bruxaria e os queimaram numa fogueira pública. Alguém calculou o valor dos livros em 50.000 denários.
20 Assim, de maneira poderosa, a região toda foi muito abalada pela palavra do Senhor.
13-20: Confronto com os Exorcistas e Impacto na Cidade
Histórica: Relata o conflito entre Paulo e os exorcistas judeus, que tentam invocar o nome de Jesus em vão. Isso
resulta em revelação e a Palavra se espalhando.
Sistemática: Destaca a autoridade do nome de Jesus e a diferença entre religiosidade vazia e uma fé genuína.
Cultural e Geográfica: O exorcismo era uma prática comum na cultura da época. O conflito com os exorcistas judeus destaca
como as tradições judaicas e pagãs se encontravam em Éfeso.
Linguística: A tentativa fracassada dos exorcistas de usar o "nome de Jesus" (Ἰησοῦς) demonstra a centralidade da autoridade
divina.
21-41: Tumulto em Éfeso e sua Resolução
21 Depois disso, Paulo sentiu-se impulsionado pelo Espírito a passar pela Macedônia e Acaia antes de voltar a
Jerusalém. “E depois de lá”, dizia ele, “eu devo seguir para Roma!”
22 Assim Paulo enviou Timóteo e Erasto, seus dois ajudantes, à Macedônia, enquanto ele permanecia mais um
pouco na Ásia.
23 Mas por aquele tempo surgiu um enorme alvoroço em Éfeso por causa do Caminho.
24 Começou com Demétrio, um ourives que empregava muitos operários na fabricação de modelos de prata do
templo da deusa grega Ártemis, que dava muito lucro aos artífices.
25 Ele convocou uma reunião dos seus homens, juntamente com outros empregados em ofícios parecidos, e
disse:
“Senhores, este negócio é a nossa fonte de renda.
26 Como vocês sabem muito bem, por aquilo que já viram e ouviram, esse sujeito, Paulo, convenceu muita gente
de que deuses feitos por mãos humanas não são deuses. Como resultado, o volume das nossas vendas está
caindo! E esta tendência é evidente não apenas aqui em Éfeso, mas na província toda!
21-41: Tumulto em Éfeso e sua Resolução
27 E eu não estou falando apenas sobre os aspectos comerciais desta situação e do nosso prejuízo, mas também
da possibilidade de que o templo da grande deusa Ártemis perca a sua influência, esta magnífica deusa adorada
não somente em toda esta parte da Ásia mas em todo o mundo, e seja destituída de sua majestade divina!”
28 Com isso a fúria deles aumentou e começaram a gritar: “Grande é a Ártemis dos efésios!”
29 Começou a juntar-se uma multidão e daí a pouco a cidade toda estava em confusão. O povo correu para o
anfiteatro, e arrastaram com eles os macedônios Gaio e Aristarco, companheiros de viagem de Paulo.
31 Alguns amigos de Paulo, que eram autoridades da província, mandaram também um recado a ele,
suplicando-lhe que não arriscasse a vida entrando lá.
32 Dentro, o povo todo estava gritando, cada pessoa uma coisa diferente. Aliás, a maioria deles nem mesmo
sabia por que estava ali.
33 Alguns judeus descobriram Alexandre no meio da multidão, e o empurraram para a frente. Ele fez sinal
pedindo silêncio, e tentou falar, com a intenção de fazer a sua defesa diante do povo.
21-41: Tumulto em Éfeso e sua Resolução
34 Mas quando a multidão percebeu que ele era judeu, todos começaram a gritar novamente, por cerca de duas
horas: “Grande é a Ártemis dos efésios! Grande é a Ártemis dos efésios!”
35 Por fim o escrivão da cidade conseguiu silêncio e falou: “Homens de Éfeso”, disse ele, “todo mundo sabe que
Éfeso é o centro da religião da grande Ártemis, cuja imagem caiu do céu para nós.
36 E já que isto é um fato sem discussão, vocês não devem ficar perturbados, digam o que disserem, e não
façam nada sem pensar primeiro.
21-41: Tumulto em Éfeso e sua Resolução
37 Todavia, vocês trouxeram aqui estes homens que não roubaram nada do templo dela, nem difamaram a
deusa.
38 Se Demétrio e seus companheiros de profissão têm alguma queixa contra eles, os tribunais estão abertos
normalmente e os juízes podem cuidar do caso bem depressa. Deixem que eles tratem do assunto pelos meios
legais.
39 E se há queixas a respeito de outros assuntos, elas podem ser apresentadas nas reuniões regulares da
assembleia da cidade, conforme a lei.
40 Pois corremos o perigo de ser acusados pelo governo romano por causa deste tumulto de hoje, visto que não
existe motivo para ele. E se Roma exigir uma explicação, eu nem sei o que dizer”.
Histórica: Narra o tumulto causado pelos ourives de Artemis devido à ameaça ao comércio de ídolos. O
secretário da cidade intervém para acalmar a multidão.
Bíblica: Mostra o conflito entre a mensagem do Evangelho e sistemas econômicos e religiosos arraigados.
Sistemática: Reflete sobre a relação entre a mensagem cristã e as estruturas sociais, incentivando a responsabilidade social
dos crentes.
Prática: Enfatiza a coragem necessária para enfrentar desafios culturais e a importância de resolver conflitos de maneira
pacífica.
Cultural e Geográfica: A adoração a Artemis era vital para a economia e cultura efésias. O tumulto destaca o poder da
religião na moldagem das sociedades antigas.
Linguística: O termo "Artemis de Éfeso" (Ἀρτεμίς Ἐφέσιος) ressalta a devoção particular à deusa na região.
O teatro em
Éfeso, onde
uma multidão
de 24.000
efésios
organizou um
protesto
ameaçador
contra Paulo.
Acreditavam
que ele estava
tentando
minar o culto
a Ártemis na
cidade.