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de Cupido
O amor nos contos gregos.
Zeus: Albert 2º DS
Hera: Thamiris 3ºADM
Poseidon: Júlio 2º AGRO
Demeter: Monica 3º ADM
Hades: Christian 3º ADM
Atena: Layla 3º ADM
Ares: Lucas Nobre 3º ADM
Artemis: Alessandra 2º DS
Apolo: Djavan 3º ENFER
Hermes: Jota 2º AGRO
Iris: Taylane 2º AGRO
Hefesto: Gaby 3º ENFER
Afrodite: Lara 2º AGRO
Dionisio: Nathan 2º ADMO
Eros: Jean 3º ADM
Perséfone: Costa 3º ADM
Psiquê: Lavinia 3º ADM
Medusa: Rafinha 3º ENFER
Musa Calíope: Jenifer 2º DS
Ninfa: Lara 2º AGRO
Dafne: Victoria 3º ENFER
Nebulosa: Luiza 3º ADM
ATO I
(Música 1)
Musa Calíope:
Zeus:
Poseidon:
Hades:
Demeter:
Atena:
Eu sou calma, estratégia, calculismo, sou a própria sabedoria.
Contemplem-me com reverência, pois sou Palas Atena, cujo
escudo protege os buscadores da verdade.
Ares:
Iris:
Apolo:
Ártemis:
Apolo e Ártemis:
Juntos somos, sol e lua, controlamos os céus em nossos carros
e nossas fechas alcançam todos que são infiéis com os deuses.
Hefesto:
Dionísio:
Hermes:
Afrodite:
ATO II
Musa Calíope:
Ares:
Ares:
Afrodite:
Sim, acho que eles merecem aprender uma lição, mas não
acho correto fazer uma guerra por um motivo tão supérfluo...
Ares:
Afrodite:
Ares:
Eu odeio você.
Afrodite:
Eu odeio mais.
(Música 2)
Musa Calíope:
Hefesto:
Meu filho, com esse arco, você acertara qualquer alvo, não
importa o tamanho ou distância, apenas segure forte, puxe e
aponte para aquilo que desejar...
Eros:
Afrodite:
Eros:
E a fecha de chumbo?
Hefesto:
Musa Calíope:
Eros:
Aceito teu desafio, oh, Febo Apolo. Que nossos tiros sejam
justos e nossos alvos sejam verdadeiros. Que vença o mais
habilidoso, mas que a amizade entre nós prevaleça, pois
somos todos filhos do Olimpo.
Musa Calíope:
E assim, os dois deuses se preparam para o desafio de arco e
flecha, enquanto no Olimpo os outros deuses observam com
grande expectativa, ansiosos para ver quem sairá vitorioso
neste teste de habilidade divina. O primeiro foi Apolo, que
solta sua flecha, cortando o ar com graça e velocidade. Ela
voa em direção ao alvo, atingindo-o com precisão milimétrica,
deixando uma marca impecável.
Apolo:
Meu tiro é certeiro como o sol que ilumina o mundo. Que tal,
Eros, consegues superar minha façanha?
Musa Calíope:
Zeus:
Hoje o dia é de festa, Eros mostra ser um deus do arco e se
torna patrono das flechas em conjunto com os irmãos do sol e
da lua.
Meu nome não importa, Apolo. Mas saiba que tuas palavras
não ficarão sem resposta.
Musa Calíope:
ATO III
(Música 3)
Musa Calíope:
Olá, doce ninfa, desculpe lhe incomodar, mas assim que te vi,
logo quis saber o teu nome, me diga por favor, como te
chamam?
Musa Calíope:
Dafne:
Mas... como posso viver sem ti, Dafne? Como posso suportar
a solidão de não ter teu amor?
Eu sinto muito, Apolo. Mas não posso mudar o que sinto. Por
favor, entenda.
(Som trovão)
(Música 3)
Musa Calíope:
ATO IV
(Música 4)
Musa Calíope:
Musa Calíope:
Musa Calíope:
Musa Calíope:
Musa Calíope:
Musa Calíope:
Assim que Hades a viu, logo achou Core a criatura mais linda
que existiu em todos os mundos, nem a beleza de Afrodite era
párea comparada com a da deusa da primavera. A deusa do
amor e seu filho observavam tudo do olimpo, onde Afrodite
teve a ideia de punir Demeter por esconder filha tão bela dos
encantos do amor, então Eros apontou a sua flecha para o
Senhor do submundo e assim fulminou o coração do deus das
sombras com uma paixão avassaladora.
Hades:
Sou um dos deuses primordiais, mais poderoso que os filhos
de meus irmãos e espíritos da natureza, mas todo esse poder,
não significa nada, se não tiver Core como minha esposa, eu
não serei nada. Eu cuidaria dela, daria amor e joias, ela seria
feliz comigo e me ensinaria o que é o amor.
Musa Calíope:
Musa Calíope:
Mas assim que a deusa pega a flor em suas mãos ela sente o
chão se abrir sobre seus pés, o senhor do submundo agarra sua
amada, com a deusa em seus braços ele a leva aos gritos para
seu palácio no submundo.
ATO V
Perséfone:
Ó, minha amada mãe! Como anseio pelo calor de teu abraço e
pela luz dos campos que Zeus tão magnificamente ilumina.
Como sinto falta das cores vivas das flores que perfumam o
ar! Aqui, neste sombrio reino, só encontro frio, sombras e um
profundo vazio... As lágrimas secaram de tanto chorar, ou
talvez já nem as sinta mais [suspira, pensativa.] Ai de mim!...
Minha mãe, rogo-te que lembres de tua filha que agora jaz
viva nas sombras dos mortos! Hades deseja transformar-me na
rainha do submundo, mas eu ainda anseio pela vida. Coitada
de mim, até meu nome foi alterado! Agora sou Perséfone, a
infeliz entre as mais infelizes! Coitada, coitada de ti,
Perséfone!
[Soluça desesperadamente.]
ATO VI
(Entra Hermes, mensageiro de Zeus. Aproxima-se
lentamente.)
Hermes:
Choras, Perséfone, tu, a que foi arrebatada por Hades para o
reino das sombras? Zeus sabe, o mundo todo sabe da tua
desgraça e Deméter, tua mãe, também está inconsolável.
Perséfone:
Minha mãe Deméter chora muito por mim? E por que não me
acode?
Hermes:
Zeus não o permitiu ainda, mas os deuses vão reunir em
concílio para decidirem do teu futuro. No mundo superior, tua
mãe, Deméter, revoltada, deixou de prestar assistência aos
homens e às suas colheitas. A terra está dura e fria, as plantas
não crescem e as árvores não dão fruto.
Perséfone:
Não pode ajudar caro irmão? Eu, soterrada viva, e os homens
passando tantas mortificações? Ó Hermes, não me diz que não
há esperança alguma!...
Hermes:
Nada sei, Perséfone. Nada sei. Tudo depende do que resolvam
os deuses no concílio. Mas tem esperança... Essa tem de ser a
última a morrer. (Preocupado.) Olha cá: tu não comeste nada
aqui, nem bebeste água do Letes, pois não?
Perséfone:
Hermes, tenho resistido aos avanços de meu tio Hades, que
deseja me fazer sua esposa e rainha do reino dos mortos.
Embora sinta uma sede insaciável às vezes, sei que se provar
algo das sombras esquecerei completamente a vida que
amava. Não quero esquecer o amor e o carinho de minha mãe,
nem as risadas com minhas amigas.
Hermes:
Então, se é assim, não temas, Perséfone. Basta voar até o
Olimpo e informar a teu pai, Zeus, que me enviou até ti, de
que estás realmente viva e tão desesperada quanto tua mãe.
Perséfone:
Ainda há solução para a solidão que me rodeia aqui, no reino
dos mortos? Não me dês falsas esperanças irmão.
Hermes:
Ânimo, Perséfone. Não te deixes abater. Eu vou levar-te a
Zeus. Ele vai decidir de acordo com o destino. Também está
muito incomodado com toda esta situação. Tem fé no destino!
Que este te seja propício! Vem.
Perséfone: (Chorando)
Que ele te ouça, Hermes! E que nosso pai, Zeus nos proteja no
voo até o olimpo!
Hermes:
Descansa minha irmã. Tu verás tua mãe amada. Ela deixará o
luto em que se confinou desde a tua ausência e toda a
Natureza renascerá e deuses e homens ficarão felizes com tua
presença. (Dando-lhe a mão) Vem.
ATO VII
Hades:
Como minha vida é infeliz, Deméter conseguiu tirar Perséfone
de mim! Zeus permitiu que Hermes a levasse de volta ao
mundo superior, a minha única alegria, meu raio de sol. Todas
as tentativas de mostrar a ela que não sou um mostro foram
em vão. Mas eu não desistirei! Descobri através de um dos
espíritos de meu reino, que minha adorada Perséfone comeu
três sementes de romã... Zeus precisa ser informado disso!
Conforme a lei do submundo, quem come ou bebe das águas
do Estígio deve permanecer aqui. Não suporto a ideia de viver
sem minha Perséfone, a minha rainha e senhora do submundo.
Preciso de sua beleza e doçura... como sinto saudades da sua
companhia, sua presença que me acalma, seu lindo sorriso que
está gravado em meu coração. Não, não permitirei que
Perséfone escape! As sementes de romã foram minha
salvação! Minha amada finalmente será minha rainha! Irei ao
Olimpo contar a Zeus e meus irmãos. Deméter não
prevalecerá sobre meu amor por Perséfone.
ATO VIII
Deméter:
Hades, como pode? Irmão infeliz que trouxe desgraça a minha
filha!... A pobre Core, consumida pela sede, ingeriu três
sementes de romã, e agora, segundo as leis do Inferno, minha
amada filha foi roubada de mim! Mas eu me vingarei: não
haverá colheitas, apenas frio e fome. Nem animais, nem
humanos se multiplicarão, e os deuses, meus iguais, não
receberão mais oferendas. A terra será tão dura quanto o
coração sombrio e implacável de meu irmão Hades.
[Comovida.] Minha querida, como pôde Zeus, seu próprio pai,
entregá-la a Hades para ser sua esposa. Coitada dela e de mim,
agora separadas para sempre e desesperadas... [revoltada
novamente.] Como não poderia eu estar desesperada pela falta
de minha tão amada filha?!... Não posso aceitar! Ó terra,
cobre-te de neve! Ó neve, sufoca a vida sob teu manto gelado!
Esta será a vingança de Deméter: a terra será estéril para
sempre, como meu coração de mãe dilacerado.
ATO IX
[No palco, Perséfone e Hades estão diante um do outro, em
um ambiente sombrio.]
Perséfone:
Hades:
Nunca vi alguém tão linda e encantadora como você, minha
esposa. Eu não sabia o que era o amor antes de te conhecer,
não sabia como expressar meus sentimentos. E se eu falasse,
será que seria suficiente? Eu seria suficiente para a própria
primavera? Será que iria me querer, não suportaria a dor da
rejeição.
Perséfone:
Hades:
Perséfone:
Hades:
Perséfone:
Hades:
ATO X
ATO XI
(Música 7)
Musa Calíope:
(Som mar)
Medusa:
Quem está aí? Pelo sagrado nome de Palas Atena eu ordeno
que apareça, venha para a luz se não tem medo da verdade.
Poseidon:
Eu vim interceder pelas suas orações minha querida...
Medusa: (segurando uma faca, mas com certo medo na fala)
Apareça se tiver coragem, vamos apareça, eu tenho a proteção
de minha deusa, não tenho medo de um homem covarde.
Poseidon:
Pobre criança, você não tem proteção de deusa nenhuma, mas
pode ter a minha, não sou um simples homem, eu escutei seu
chamado e vim, vim cuidar de você bela dama.
Medusa:
Saia daqui senhor, antes que eu chame os guardas...
Musa Calíope:
E quando Poseidon olhou bem para os olhos de Medusa, uma
fecha atingiu seu peito, mas não foi amor que ele sentiu, e sim
um desejo incontrolável, ela deveria ser sele, aquela mulher
que amava tanto sua inimiga tinha que ser dele.
Poseidon: (Avançando lentamente em direção a Medusa)
Medusa, meu doce, não precisa temer. Sou Poseidon, o senhor
dos mares, e venho não como um invasor, mas como alguém
que vê em você uma beleza única e uma alma pura.
(Medusa recua um pouco, segurando a faca com mais
firmeza, seus olhos fixos em Poseidon.)
Medusa:
Poseidon, senhor dos mares, não importa sua divindade, não
posso aceitar suas palavras. Sou devota a Atena, e minha
devoção e pureza são destinadas apenas a ela.
(Os sons do mar ficam mais intensos, ecoando pelo templo
enquanto Poseidon se aproxima, seu olhar fixo e
determinado.)
Poseidon:
Atena não é a única divindade neste mundo. Há espaço para
mais do que uma deusa em seu coração. Deixe-me mostrar-lhe
o poder do amor que transcende as fronteiras divinas.
(A cena se torna tensa e sombria, com Poseidon avançando
sobre Medusa, enquanto ela chora e tenta resistir,
implorando pela proteção de Atena.)
Poseidon: (Com uma expressão malévola)
Você não precisa temer, minha querida. Eu cuidarei de você
como nenhum outro pode.
(Medusa tenta se afastar, mas é agarrada com firmeza por
Poseidon, que a puxa para si.)
Medusa: (Chorando desesperadamente)
Por favor, não faça isso! Deixe-me em paz!
(A estátua de Atena permanece imóvel, observando a cena
com uma expressão inabalável.)
(Música 8)
Poseidon: (Com um riso cruel)
Sua deusa não virá em seu socorro, minha cara. Ela não é mais
do que uma pedra sem vida.
(Medusa soluça de angústia enquanto é forçada contra sua
vontade, sua voz se mistura com os sons das ondas do mar.)
Medusa: (Entre soluços)
Por favor, pare... Atena, me ajude!
Poseidon: (Rindo de maneira sinistra)
Não há ajuda para você aqui, minha querida. Você pertence a
mim agora.
Musa Calíope:
Os gritos da jovem se misturaram com o som da tempestade e
suas lagrimas com a água do oceano, ninguém veio ajudar a
jovem que ficou ali no altar do templo enxarcada de sangue
enquanto o Deus fugiu junto aos primeiros raios do dia. Tudo
que a sacerdotisa conseguia dizer era...
Medusa:
Me desculpe senhora Atena, me ajude...
Atena (com ódio):
Como você ousa me chamar após essa vergonha Medusa! O
que você fez?
Medusa: (Chorando e tremendo de medo)
Senhora Atena, eu... eu não pude evitar, ele... Poseidon veio
até mim e... ele...
Atena: (Com uma voz grave e acusatória)
Poseidon veio até você porque você permitiu! Por sua
vaidade, por sua fraqueza, você convidou a desgraça para
dentro deste templo sagrado!
(Medusa tenta se explicar, mas é interrompida por Atena, que
está cada vez mais furiosa.)
Atena:
Sua vaidade e sua fraqueza abriram a porta para a traição e o
desrespeito! Como sacerdotisa deste templo, você deveria ter
sido fiel à sua deusa e resistido a todas as tentações! Em vez
disso, você permitiu que um deus profanasse este santuário
com sua luxúria!
(Medusa se curva ainda mais diante de Atena, soluçando de
remorso.)
Medusa:
Perdoe-me, senhora Atena! Eu não queria... eu não sabia...
Atena: (Com um gesto de desdém)
Suas desculpas são vãs, Medusa. Sua traição não pode ser
ignorada. Por sua arrogância e sua falha em manter sua
promessa, você será punida.
(Medusa treme de medo, suas mãos agarradas ao altar
enquanto Atena levanta seu escudo reluzente.)
Atena:
Que esta maldição seja sua eterna lembrança de sua desonra e
sua queda do favor dos deuses!
(Medusa solta um grito de horror enquanto Atena ergue seu
escudo e as luzes se apagam.)
Atena:
Como castigo por sua traição, você será transformada em uma
criatura tão hedionda quanto o seu coração corrupto. Seu rosto
será coberto por uma maldição que fará qualquer um que
ousar olhar em seus olhos transformar-se em pedra, e seus
cabelos serão entrelaçados em serpentes para lembrá-la de sua
traição para sempre.
(som de gritos e de choro de medusa)
Atena: (Com uma voz fria e impiedosa)
Que sua maldição seja sua prisão, Medusa. Que todos que
ousarem olhar em seus olhos sejam lembrados de sua traição e
sua punição.
ATO XII
Musa Calíope:
Medusa fugiu para uma ilhota e se escondeu de todos, para
que ninguém a visse daquele jeito, todo o amor e admiração
que ela sentia pelos deuses viraram pedra junto com o seu
coração.
Medusa: (Medusa permanece de pé no centro do cenário
sombrio, sua figura envolta em sombras e sua expressão
contorcida pela dor e pela raiva.)
Olhem para mim! Vejam o que fui reduzida pelos caprichos
dos deuses! todo isso por conta dos deuses. Mesmo sendo
uma mulher dedicada à minha deusa, inocente em minha
devoção. Mas o que recebi em troca? Traição e desonra! Eu
era fiel, eu era pura, eu era devota! E o que os deuses fizeram
por mim? Eles me puniram! Eles me transformaram em um
monstro, uma aberração, uma criatura destinada à solidão e ao
horror!
(Ela se curva, as mãos trêmulas de raiva.)
Medusa:
Medusa:
ATO XIII
Musa Calíope:
E assim mais uma jovem era punida por uma fecha de Eros,
mais esse amor que o deus causava em deuses e humanos teve
seu fim quando ele mesmo se apaixonou, a última história
conta de como cupido se casou com uma princesa mortal.
(Música 9)
Musa Calíope:
Nossa história se inicia em uma festa entre os deuses, todos se
encontravam nesta data especial, até mesmo Hades e sua
esposa, Perséfone que saíram do submundo em honra ao deus
Dionisio, que dava uma das suas melhores festas.
Dionisio:
Atena:
Apolo:
Artemis:
Afrodite:
Artemis:
Afrodite:
Não jovem caçadora, acho que o que falta aqui é uma cena de
amor, irei atras de meu filho...
Atena:
Afrodite:
(Afrodite saí)
Ares: (Furioso)
Hermes:
Hefesto: (Pacificamente)
Por favor, irmãos, não vamos estragar esta noite com brigas.
Todos nós precisamos nos unir como uma família divina.
Ares, sabe que Hermes ajuda a todos os heróis, e se sente tanta
falta assim do seu javali, eu construo um de bronze para você,
um que ninguém possa matar.
Ares:
Poseidon: (baixinho)
Hades: (Amargurado)
Como posso aproveitar uma festa quando meu reino está
sendo negligenciado? As fúrias maltratam demais as almas,
não acho correto.
Perséfone: (Suavemente)
Hades: (Resignado)
Perséfone:
Demeter:
Perséfone:
Romã, agora estou plantando umas macieiras e pitangueiras,
mas o gosto não é o mesmo dos da senhora.
Demeter:
Perséfone:
Hades:
Poseidon:
(Som do trovão.)
Hera: (Furiosa)
Mais uma vez, Zeus? Mais uma traição flagrante! Você não
consegue manter sua promessa de fidelidade nem por uma
noite de festa?
Hera: (Indignada)
Artemis:
E o que aconteceu?
Zeus:
(Deuses cochichando.)
Apolo:
Atena:
Dionisio:
Eles poderiam ter esperado até outro dia para fazer essa briga,
tipo todo santo dia, como já e habitual, mas na minha festa,
justo na minha festa.
Artemis:
Eu não sou apenas sua esposa, Zeus. Sou uma deusa poderosa
por direito próprio, e exijo ser tratada como tal! Se você não
pode respeitar nosso casamento, então não espere que eu o
trate como meu rei!
Afrodite:
Hera:
Afrodite:
Que exagero, ela pode ser bonitinha, mas se comparar a mim é
demais.
Hera:
Iris:
Hera:
Iris:
Afrodite:
Não termine essa frase. Ora mais, Psique! Apenas o nome dela
já me traz agonia! Como pode Hera, alguém ousar alegar que
sua filha é mais bela que eu, Afrodite, a própria deusa da
beleza? (Afrodite caminha em círculos, exalando frustração)
Zeus:
Hera:
Sim minha cara, temo em dizer que essa mortal tem uma
beleza muito mediana, em Mileto só podem precisar de
óculos. A desgraçada é filha bastarda de meu marido, mas não
tem culpa de ser bonita.
ATO XIV
(Música 1)
Musa Calíope:
Enquanto isso, em Mileto, Psique estava em seu palácio,
lotado de pretendentes, mas a princesa não pensava em um
casamento, estava preocupada em zelar pelo seu reino, seu
nome ecoava pelos corredores dos palácios, despertando
suspiros e invejas por onde passava. Mas essa beleza causou
inveja a Afrodite, que pediu ao povo do reino, a jovem
princesa como oferenda.
ATO XV
Eros: (hesitante)
Tolice! Ela precisa ser punida. Quero que você use suas
flechas para fazê-la se apaixonar por um monstro repugnante.
Só assim aprenderá sua lição.
Eros: (hesitante)
Musa Calíope:
Eros prepara sua flecha, mirando na direção de Psique. No
entanto, quando ele afasta o cabelo da jovem, e olhando para
seu rosto, algo muda em sua expressão. Ele hesita por um
momento, então, acidentalmente, dispara a flecha em seu
próprio peito. Ele se agarra à flecha, surpreso e atordoado.
Musa Calíope:
Eros olha nos olhos de Psique, e uma sensação calorosa e
reconfortante se espalha por seu peito. Ele percebe, então, se
descobre, enfim profundamente apaixonado por ela.
Eros:
Sério?
Psique:
Eros:
Psique:
(Mostra a flecha.)
Eros:
Já conseguiu retirar? Como a senhorita tem mãos delicadas.
Muitíssimo obrigado.
Psique:
Eros:
Eros:
Minha senhora?
Psique:
Eros:
Estou um pouco triste, não nego, mas pelo menos sei que meu
lar está seguro, que minha família e meu povo estarão bem,
então estou satisfeita pela minha escolha.
Eros:
Psique:
E outra coisa me alegra, sei que não vou estar tão sozinha,
conheço alguém aqui dentro.
Eros:
Conhece? quem
Psique: (rindo)
Você bobo, com você para cuidar de Afrodite também, sei que
não serei a única desastrada por aqui. Mas meu amigo, me
diga, como o chamam?
Eros:
Como me chamam?
Psique:
Sim, sei que não tem muitos anjos pela Grécia, mais acho que
você tem um nome. Meu nome e Psique.
Eros:
Psique:
ATO XVI
Musa Calíope:
Nebulosa: (gentilmente)
Nebulosa: (explicando)
Nebulosa:
Musa Calíope:
Psique:
Eros:
Musa Calíope:
ATO XVII
(Música 8)
Afrodite:
Musa Calíope:
E assim, Afrodite decidiu confrontar Psique, e assim
envenenando a relação de seu filho. A deusa então chegou ao
palácio do filho e adentrou os aposentos de Psique
Psique:
Afrodite:
Psique:
Afrodite:
Psique:
Afrodite:
Você não pode, querida. Você deve fugir deste palácio o mais
rápido possível, antes que seja tarde demais
Psique:
(Música 11)
Musa Calíope:
Por favor, Eros, não vá. Eu sei que errei, mas meu amor por
você é verdadeiro. Eu daria qualquer coisa para remediar meu
erro e provar minha devoção a você.
ATO XVIII
Musa Calíope:
(Música 12)
Perséfone:
Medusa:
Daphne:
Medusa:
No reflexo de minhas próprias lágrimas, encontrei força. Que
tua jornada, Psique, seja guiada pela coragem de encarar teus
demônios, mesmo que eles estejam refletidos nos olhos
daqueles que te rodeiam.
Perséfone:
(Música Psique)
Eros:
Psique...
Psique:
Eros:
Psique:
Musa Calíope:
ÚLTIMO ATO
(Música 10)
Medusa:
Nós clamamos por justiça, por redenção, por uma libertação
do poder opressor que os homens exercem sobre nós. Pois o
amor não é aprisionar, o amor não dói, o que Poseidon me deu
foi uma armadilha que os homens fazem, que nos aprisiona e
nos consome, deixando-nos vazias e desoladas.
Dafne:
Perséfone:
Medusa: